Kill List apresenta ideias interessantes, porém, ideias interessantes não são suficientes para sustentar um filme. O filme exagera nos jump cuts, constrói um relacionamento inconstante no casal, dificultando o apego aos mesmos, além de não responder perguntas centrais.
Diversas cenas de violência não foram utilizadas como um recurso narrativo, agregando para a história, pelo contrário, foram inseridas apenas para chocar.
Filmes como 'O Farol" e "Midsommar" também abrem margem para teorizar e não oferecer explicações ao telespectador, porém, o conteúdo não é um amontoado de ideias, pretensas a supostas metáforas intelectualizadas.
O curta mostra que a violência nunca nos abandona, por mais que possamos tentar fugir dela. O passado traz consequências, e temos de lidar com elas. Renderia um longa.
Que filme desgracento! Terminei de assistir tremendo. Um dos filmes mais pesado que já assisti. Nunca senti tanta raiva em um filme como este! Nota máxima porque mexeu comigo, me fez sentir e refletir!
No fim a impunidade vence, assim como na realidade. Quantos feminicídios são cometidos? Quantas crianças morrem em favelas? Quantos refugiados morrem tentando construir uma vida melhor? Quantos lucram as custas dos mais pobres? A impunidade vence todos os dias!
O que faz um filme de guerra ser tão bom? Fotografia deslumbrante? Atuações primorosas? Cenas de batalha épicas? Tais elementos são importantes, contudo, não se configuram como o elemento principal, o roteiro!
O Resgate do Soldado Ryan é o melhor filme de guerra não apenas pelos seus 20 minutos iniciais, mas pelo todo, principalmente na interação entre personagens bem desenvolvidos pelo roteiro.
Falta alma para 1917. O terceiro ato é minha parte favorita do filme, pois é onde a relação humana está mais presente. O filme poderia ter focado mais nos diálogos e até mesmo ter uma duração mais longa se necessário.
O plano sequência empolga em um primeiro momento, mas daqui a alguns anos, 1917 pode não permanecer na lembrança, pois uma nova técnica da moda pode surgir. A técnica não pode se sobrepor ao conteúdo.
Destaque para Roger Deakins, mestre do cinema! Além da boa trilha musical e ótimas atuações.
Nunca tive interesse pelo cinema de Xavier Dolan, mas depois de The Death and Life of John F. Donovan, meu preconceito foi quebrado. O filme apresenta atuações primorosas, uma fotografia belíssima, e uma história que apesar de não ser original, é contada à sua própria maneira, intimista e sensível. A trilha musical então... uma pérola a parte.
Amei ver Kit Harington em cena, gostaria que ele participasse de mais projetos como este.
"Cantar sempre foi o meu sonho. Quando eu era criança, lembro-me que meu pai costumava ficar bem bravo, mas eu só cantava mais e mais. Lembro-me dos microfones de suporte. Lembro-me de Mina, Walter Chiari e Alberto Lupo. Alberto costumava estourar em risos comigo. Lembro-me de cada fase que passei, cada canção que eu cantei, cada camarim, cada flash de cada fotógrafo, cada dedicação em cada álbum, os autógrafos, os passeios, os restaurantes, os risos, toda lágrima derramada por todos os fãs. Eu nasci em Vico Speranzella. Lembro-me de Nápoles durante a guerra, eu tinha 8 anos. Lembro-me do abrigo de bomba sob Augusta Square. Lembro-me... lembro-me que eu costumava ter... 6 smokings, 150 camisas, 90 pares de sapato. Lembro-me da primeira vez que usei algemas, toda lágrima que eu derramei. Como eu chorei toda vez que me mudaram de uma prisão para outra. Quando os guardas me submeteram à primeira inspeção anal. Eu me lembro de cada companheiro de cela. Lembro-me de todas as vezes que eu tive que abaixar minha voz e cada vez que eu tive medi de subir no palco. Lembro-me das flores nos vestiários, as mulheres fora dos vestiários, ansiosas para chegar perto de mim. Elas costumavam me achar interessante e sempre terminou na cama. Elas diziam que eu era bonito, mas nunca me senti bonito. Eu me sentia potente. Eu nunca dei a mínima. Eu lembro de tudo. É besteira o que eles dizem sobre a cocaína foder a memória. Eu estive cheirando por 30 anos e me lembro de tudo. Lembro-me de toda a coca que eu cheirei. Mas todo mundo fez isso nesses tempos fodidos. Quem pode dizer que não fez? Só os pobres não fizeram. E eles não sabem o que perderam. Eu me lembro de ter cantado em New York. E Frank Sinatra teve que vir e ouvir o fenomenal Tony. Lembro de minha mãe, quando ela era jovem. O que posso dizer? Ela ainda é a mais arrebatadora mulher da minha vida. Lembro-me de um bom amigo, seu nome era Antonio Pisapia. Ele era um grande jogador de futebol, fantástico. Ele queria se tornar treinador e nunca deixaram fazer isso. E aí ele se suicidou. Mas eu não vou cometer suicídio... porque eu me lembro de mais uma coisa: Eu sempre amei a liberdade. Você não tem a porra de uma pista do que isso significa. Eu sempre amei a liberdade. Eu sou um homem livre. "
Qual o preço pela busca de fazer o que se gosta? O caminho de liberdade compensa?
A vida pode ser arrasadora como o vento, fazendo-nos tentar ajuntar um monte de folhas sem sucesso.
"Na noite passada, fiquei observando Lena enquanto ela dormia. Fiquei pensando nas milhares de coisinhas que fiz por ela; como pai. Coisas que fiz de propósito, para que ela se lembrasse quando crescesse. Mas o tempo passou e ela não lembra de absolutamente nada. Tremendo esforço, Mick. Um tremendo esforço... e um resultado modesto. "
"Estou sempre indo para casa, sempre indo para a casa do meu pai. " (Novalis)
"Tenho que escolher o que vale a pena contar: terror ou desejo? E escolho o desejo. Vocês, todos vocês abriram meus olhos, me fizeram perceber que não devo perder tempo com a insignificância do terror. Eu não posso interpretar Hitler. Quero retratar o seu desejo, o meu desejo. Tão puro, tão impossível, tão imoral, mas não importa, pois são o que nos mantém vivos. "
Obra de arte extremamente poética, revolvendo nossos sentimentos como uma tempestade. Quando os créditos terminam, já não somos mais os mesmos...
The Other Lamb se assemelha a Midsommar, no sentido de ser uma narrativa em que você já viu a maior parte dos elementos em outras obras, porém, a obra em si desenvolve tais elementos à sua própria maneira. Filme sensorial com uma fotografia deslumbrante, desaguando em um desfecho surpreendente.
A única dúvida que o filme me deixou foi no desfecho da resolução entre Syd, a parte de Hannah e a Vole e Tesser. Hannah foi "perpetuada" pela Vole e Tesser Afterlife, o que explicaria a parte de Hannah ter concordado com a proposta. Certamente Syd teve a cura em troca, e a Vole e Tesser gnharia dinheiro com a Vole e Tesser Afterlife.
Porém, por que o corpo de Hannah da Vole e Tesser Afterlife foi contaminado com um vírus? Além disso, seria vendido. Se o corpo de Hannah da Vole e Tesser Afterlife foi constituído a partir de partes do corpo original e parcialmente cultivado do mesmo, não seria melhor para a Vole e Tesser manter a propriedade com eles mesmos, para desenvolver produtos a partir dele? Ou será que a venda seria tão alta que compensaria para a Vole e Tesser?
Gosto de acompanhar as obras do William Eubank, referenciando Alien então... amei! Destaque para a atuação de Kristen Stewart, atriz que aprendi a gostar com o tempo.
"Existe um certo conforto no ceticismo. Há muito menos a perder. "
O filme mistura imaginação com realidade, pois aquilo que imaginamos afeta nossa maneira de ver o outro, desconfiança, medo, confiabilidade, felicidade, sentimentos que moldam nossa realidade, ainda que não correspondam com a mesma.
Igrid revela o quão solitário e até mesmo perturbador é o interior humano.
No segundo ato comecei a adiantar o filme, cansativo e raso, com uma história já vista diversas vezes na ficção científica, porém, bem realizadas. O filme apenas me despertou o interesse pelo poema a que foi adaptado.
Entre os Muros da Escola desenvolve uma narrativa realista, aproximando o espectador de uma realidade dura, complexa e desafiadora. O filme me remeteu à O Substituto, filme este, que também discute o papel do professor sob uma perspectiva realista, porém, de forma intimista.
Iniciamos a trama sob o olhar de Marin, seu cotidiano é exposto fora da escola até o momento em que se insere dentro da escola. Em uma sala da direção, antigos professores conhecem os novos, conversas e sorrisos são trocados, na cena seguinte, os antigos alunos, da mesma maneira que os professores, conhecem os novos alunos. Narrativamente professores e alunos são tidos como iguais, elemento este que se modifica no decorrer da trama.
Ao longo das aulas de francês, adentramos nas falhas e virtudes do ambiente da sala de aula, onde a diversidade cultural gera diversos choques de realidade para com o professor e entre os próprios alunos. Em diversos momentos, vemos insultos mútuos sendo proferidos pelos alunos, desaguando no clímax, em que o próprio professor cede a tal prática, as diferenças predominam o ambiente, a conciliação entre o ideário e a realidade parece inconciliável.
O contexto social em que os alunos estão inseridos é problematizado, afinal, as notas baixas e o comportamento indisciplinado dos alunos é fruto exclusivo de suas escolhas? O filme apresenta uma crítica ao sistema de ensino em que estão inseridos, um verdadeiro mecanismo de punição foi criado, os próprios professores reconhecem que o debate já não era efetivo frente a punição, os professores tornaram-se acusadores, não mediadores.
Nos últimos instantes do filme, vemos os professores jogando futebol com os alunos, trocando risos e conversas, assim como no início do filme, professores e alunos são iguais novamente narrativamente, na cena final, temos um plano aberto, filmando apenas as cadeiras vazias, enquanto ouvimos o jogo ao fundo. O momento de conciliação entre educadores e alunos, onde de fato vemos o respeito e a alegria, não acontece dentro da sala de aula, mas fora dela, que plano significativo!
A mediação do professor transcende as paredes da escola, mas busca compreender a complexidade da realidade, não pelo autoritarismo, mas valorizando as diferenças através do exemplo. Envolver-se com o aluno é fundamental para que o direito à educação de qualidade possa ser assegurado, uma educação real, onde o aluno possa buscar além, desenvolver-se além.
Este filme poderia entrar em uma lista de "Piores finais", o primeiro e segundo ato se mantinham interessantes, até que você toma uma rasteira inesperada, com um final vazio e perdido, destoante com o restante da trama, até mesmo desfazendo o peso das consequências estabelecida anteriormente.
Um bom filme dinamarquês, com uma construção atmosférica instigante, subvertendo as expectativas e até mesmo se utilizando de metalinguagem. Destaque para Nikolaj Coster-Waldau, é interessante ver "Jaime Lannister" no início da carreira.
Come To Daddy apresenta um bom primeiro ato, além de uma bela fotografia e uma premissa interessante do papel de Elijah Wood. Já estava me perguntando qual o motivo da nota ser baixa, acreditei que seria devido a expectativa por parte dos espectadores do terror, em acharem que o filme seria visceral, mas se depararam com um filme que segue um lado dramático filosófico. Ledo engano...
O segundo ato ignora o aspecto dramático do primeiro ato, de fato entregando um filme visceral genérico. Humor negro e violência gratuita conduzem o filme até seu desfecho, além de personagens caricatos e um roteiro confuso. Come To Daddy marca minha primeira decepção de um filme lançado em 2020, realmente uma pena o desperdício de uma boa premissa.
Incomparável ao original de 1974, nesta versão temos atuações ruins por parte do elenco masculino, personagens rasos e desinteressantes, além da banalização da violência. Os únicos, porém insuficientes pontos positivos são, a atuação de Jessica Biel e a cena inicial e final das fitas com um narrador.
- A ânsia de destruir é algo criativo. - É também a marca do capitalismo, violenta destruição. - Velhas indústrias têm de ser eliminadas, novos mercados têm que surgir, e mercados antigos devem ser reexplorados. - Destruir o passado, construir o futuro.
Cosmópolis tem a duração de 1h 49min, mas parece ter 3h. Com uma boa premissa, mas desenvolvimento problemático, os diálogos e certas ações passam a se desconectar, fazendo com que a atração do espectador se perca, até mesmo o cansando.
Todavia, o filme apresenta questionamentos interessantes, como a relação inerente da tecnologia com o mercado, o individualismo do mundo contemporâneo e suas consequências, a mercadorização dos relacionamentos e a derrocada do poder. Destaque para a atuação de Robert Pattinson.
Kill List
3.3 199Kill List apresenta ideias interessantes, porém, ideias interessantes não são suficientes para sustentar um filme. O filme exagera nos jump cuts, constrói um relacionamento inconstante no casal, dificultando o apego aos mesmos, além de não responder perguntas centrais.
Shel não fazia parte da seita, pois os enfrentou, creio que ela foi drogada para causar desorientação e atacar o marido, resultando no riso.
Como a namorada de Gal conseguiu ter uma relação de amizade tão rápida com Shel? O filme não desenvolve tal relacionamento, apenas o joga na trama.
Por que Jay era um "escolhido"? O filme não apresentou nenhuma razão para isso, Jay não tinha nada de "especial".
Por que Jay não atacou os membros da seita após descobrir que foi enganado? Ainda mais sabendo que Jay era um homem impulsivo.
Diversas cenas de violência não foram utilizadas como um recurso narrativo, agregando para a história, pelo contrário, foram inseridas apenas para chocar.
Filmes como 'O Farol" e "Midsommar" também abrem margem para teorizar e não oferecer explicações ao telespectador, porém, o conteúdo não é um amontoado de ideias, pretensas a supostas metáforas intelectualizadas.
Indico o filme "The Conspiracy".
Parfum Fraise
4.4 1O curta mostra que a violência nunca nos abandona, por mais que possamos tentar fugir dela. O passado traz consequências, e temos de lidar com elas. Renderia um longa.
Sem Saída
3.3 734Que filme desgracento! Terminei de assistir tremendo. Um dos filmes mais pesado que já assisti. Nunca senti tanta raiva em um filme como este! Nota máxima porque mexeu comigo, me fez sentir e refletir!
No fim a impunidade vence, assim como na realidade. Quantos feminicídios são cometidos? Quantas crianças morrem em favelas? Quantos refugiados morrem tentando construir uma vida melhor? Quantos lucram as custas dos mais pobres? A impunidade vence todos os dias!
1917
4.2 1,8K Assista AgoraO que faz um filme de guerra ser tão bom? Fotografia deslumbrante? Atuações primorosas? Cenas de batalha épicas? Tais elementos são importantes, contudo, não se configuram como o elemento principal, o roteiro!
O Resgate do Soldado Ryan é o melhor filme de guerra não apenas pelos seus 20 minutos iniciais, mas pelo todo, principalmente na interação entre personagens bem desenvolvidos pelo roteiro.
Falta alma para 1917. O terceiro ato é minha parte favorita do filme, pois é onde a relação humana está mais presente. O filme poderia ter focado mais nos diálogos e até mesmo ter uma duração mais longa se necessário.
O plano sequência empolga em um primeiro momento, mas daqui a alguns anos, 1917 pode não permanecer na lembrança, pois uma nova técnica da moda pode surgir. A técnica não pode se sobrepor ao conteúdo.
Destaque para Roger Deakins, mestre do cinema! Além da boa trilha musical e ótimas atuações.
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Nunca tive interesse pelo cinema de Xavier Dolan, mas depois de The Death and Life of John F. Donovan, meu preconceito foi quebrado. O filme apresenta atuações primorosas, uma fotografia belíssima, e uma história que apesar de não ser original, é contada à sua própria maneira, intimista e sensível. A trilha musical então... uma pérola a parte.
Amei ver Kit Harington em cena, gostaria que ele participasse de mais projetos como este.
Um Homem a Mais
3.5 5"Cantar sempre foi o meu sonho. Quando eu era criança, lembro-me que meu pai costumava ficar bem bravo, mas eu só cantava mais e mais. Lembro-me dos microfones de suporte. Lembro-me de Mina, Walter Chiari e Alberto Lupo. Alberto costumava estourar em risos comigo. Lembro-me de cada fase que passei, cada canção que eu cantei, cada camarim, cada flash de cada fotógrafo, cada dedicação em cada álbum, os autógrafos, os passeios, os restaurantes, os risos, toda lágrima derramada por todos os fãs. Eu nasci em Vico Speranzella. Lembro-me de Nápoles durante a guerra, eu tinha 8 anos. Lembro-me do abrigo de bomba sob Augusta Square. Lembro-me... lembro-me que eu costumava ter... 6 smokings, 150 camisas, 90 pares de sapato. Lembro-me da primeira vez que usei algemas, toda lágrima que eu derramei. Como eu chorei toda vez que me mudaram de uma prisão para outra. Quando os guardas me submeteram à primeira inspeção anal. Eu me lembro de cada companheiro de cela. Lembro-me de todas as vezes que eu tive que abaixar minha voz e cada vez que eu tive medi de subir no palco. Lembro-me das flores nos vestiários, as mulheres fora dos vestiários, ansiosas para chegar perto de mim. Elas costumavam me achar interessante e sempre terminou na cama. Elas diziam que eu era bonito, mas nunca me senti bonito. Eu me sentia potente. Eu nunca dei a mínima. Eu lembro de tudo. É besteira o que eles dizem sobre a cocaína foder a memória. Eu estive cheirando por 30 anos e me lembro de tudo. Lembro-me de toda a coca que eu cheirei. Mas todo mundo fez isso nesses tempos fodidos. Quem pode dizer que não fez? Só os pobres não fizeram. E eles não sabem o que perderam. Eu me lembro de ter cantado em New York. E Frank Sinatra teve que vir e ouvir o fenomenal Tony. Lembro de minha mãe, quando ela era jovem. O que posso dizer? Ela ainda é a mais arrebatadora mulher da minha vida. Lembro-me de um bom amigo, seu nome era Antonio Pisapia. Ele era um grande jogador de futebol, fantástico. Ele queria se tornar treinador e nunca deixaram fazer isso. E aí ele se suicidou. Mas eu não vou cometer suicídio... porque eu me lembro de mais uma coisa: Eu sempre amei a liberdade. Você não tem a porra de uma pista do que isso significa. Eu sempre amei a liberdade. Eu sou um homem livre. "
Qual o preço pela busca de fazer o que se gosta? O caminho de liberdade compensa?
A vida pode ser arrasadora como o vento, fazendo-nos tentar ajuntar um monte de folhas sem sucesso.
A Juventude
4.0 342"Na noite passada, fiquei observando Lena enquanto ela dormia. Fiquei pensando nas milhares de coisinhas que fiz por ela; como pai. Coisas que fiz de propósito, para que ela se lembrasse quando crescesse. Mas o tempo passou e ela não lembra de absolutamente nada. Tremendo esforço, Mick. Um tremendo esforço... e um resultado modesto. "
"Estou sempre indo para casa, sempre indo para a casa do meu pai. " (Novalis)
"Tenho que escolher o que vale a pena contar: terror ou desejo? E escolho o desejo. Vocês, todos vocês abriram meus olhos, me fizeram perceber que não devo perder tempo com a insignificância do terror. Eu não posso interpretar Hitler. Quero retratar o seu desejo, o meu desejo. Tão puro, tão impossível, tão imoral, mas não importa, pois são o que nos mantém vivos. "
Obra de arte extremamente poética, revolvendo nossos sentimentos como uma tempestade. Quando os créditos terminam, já não somos mais os mesmos...
O Rebanho
2.9 77 Assista AgoraThe Other Lamb se assemelha a Midsommar, no sentido de ser uma narrativa em que você já viu a maior parte dos elementos em outras obras, porém, a obra em si desenvolve tais elementos à sua própria maneira. Filme sensorial com uma fotografia deslumbrante, desaguando em um desfecho surpreendente.
Antiviral
3.2 159A única dúvida que o filme me deixou foi no desfecho da resolução entre Syd, a parte de Hannah e a Vole e Tesser. Hannah foi "perpetuada" pela Vole e Tesser Afterlife, o que explicaria a parte de Hannah ter concordado com a proposta. Certamente Syd teve a cura em troca, e a Vole e Tesser gnharia dinheiro com a Vole e Tesser Afterlife.
Porém, por que o corpo de Hannah da Vole e Tesser Afterlife foi contaminado com um vírus? Além disso, seria vendido. Se o corpo de Hannah da Vole e Tesser Afterlife foi constituído a partir de partes do corpo original e parcialmente cultivado do mesmo, não seria melhor para a Vole e Tesser manter a propriedade com eles mesmos, para desenvolver produtos a partir dele? Ou será que a venda seria tão alta que compensaria para a Vole e Tesser?
Ameaça Profunda
3.0 628 Assista AgoraGosto de acompanhar as obras do William Eubank, referenciando Alien então... amei! Destaque para a atuação de Kristen Stewart, atriz que aprendi a gostar com o tempo.
"Existe um certo conforto no ceticismo. Há muito menos a perder. "
O Dia Seguinte
3.5 90 Assista AgoraSe eu fiquei impactado assistindo hoje, imagino como ficaram as pessoas que assistiram na época.
Blind
3.7 123 Assista AgoraO filme mistura imaginação com realidade, pois aquilo que imaginamos afeta nossa maneira de ver o outro, desconfiança, medo, confiabilidade, felicidade, sentimentos que moldam nossa realidade, ainda que não correspondam com a mesma.
Igrid revela o quão solitário e até mesmo perturbador é o interior humano.
Aniara
3.4 38 Assista AgoraNo segundo ato comecei a adiantar o filme, cansativo e raso, com uma história já vista diversas vezes na ficção científica, porém, bem realizadas. O filme apenas me despertou o interesse pelo poema a que foi adaptado.
Entre os Muros da Escola
3.9 363Entre os Muros da Escola desenvolve uma narrativa realista, aproximando o espectador de uma realidade dura, complexa e desafiadora. O filme me remeteu à O Substituto, filme este, que também discute o papel do professor sob uma perspectiva realista, porém, de forma intimista.
Iniciamos a trama sob o olhar de Marin, seu cotidiano é exposto fora da escola até o momento em que se insere dentro da escola. Em uma sala da direção, antigos professores conhecem os novos, conversas e sorrisos são trocados, na cena seguinte, os antigos alunos, da mesma maneira que os professores, conhecem os novos alunos. Narrativamente professores e alunos são tidos como iguais, elemento este que se modifica no decorrer da trama.
Ao longo das aulas de francês, adentramos nas falhas e virtudes do ambiente da sala de aula, onde a diversidade cultural gera diversos choques de realidade para com o professor e entre os próprios alunos. Em diversos momentos, vemos insultos mútuos sendo proferidos pelos alunos, desaguando no clímax, em que o próprio professor cede a tal prática, as diferenças predominam o ambiente, a conciliação entre o ideário e a realidade parece inconciliável.
O contexto social em que os alunos estão inseridos é problematizado, afinal, as notas baixas e o comportamento indisciplinado dos alunos é fruto exclusivo de suas escolhas? O filme apresenta uma crítica ao sistema de ensino em que estão inseridos, um verdadeiro mecanismo de punição foi criado, os próprios professores reconhecem que o debate já não era efetivo frente a punição, os professores tornaram-se acusadores, não mediadores.
Nos últimos instantes do filme, vemos os professores jogando futebol com os alunos, trocando risos e conversas, assim como no início do filme, professores e alunos são iguais novamente narrativamente, na cena final, temos um plano aberto, filmando apenas as cadeiras vazias, enquanto ouvimos o jogo ao fundo. O momento de conciliação entre educadores e alunos, onde de fato vemos o respeito e a alegria, não acontece dentro da sala de aula, mas fora dela, que plano significativo!
A mediação do professor transcende as paredes da escola, mas busca compreender a complexidade da realidade, não pelo autoritarismo, mas valorizando as diferenças através do exemplo. Envolver-se com o aluno é fundamental para que o direito à educação de qualidade possa ser assegurado, uma educação real, onde o aluno possa buscar além, desenvolver-se além.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KFiquei melancólico por uns três dias depois que assisti, este é o tipo de filme em que você termina diferente de quando começou.
O Sobrevivente
3.4 39O filme pós-apocalíptico mais realista que já assisti, sensível e sutil.
A Cura
3.0 707 Assista AgoraEste filme poderia entrar em uma lista de "Piores finais", o primeiro e segundo ato se mantinham interessantes, até que você toma uma rasteira inesperada, com um final vazio e perdido, destoante com o restante da trama, até mesmo desfazendo o peso das consequências estabelecida anteriormente.
Nightwatch: Perigo na Noite
3.5 36Um bom filme dinamarquês, com uma construção atmosférica instigante, subvertendo as expectativas e até mesmo se utilizando de metalinguagem. Destaque para Nikolaj Coster-Waldau, é interessante ver "Jaime Lannister" no início da carreira.
Arquivo X: O Filme
3.5 182 Assista AgoraJá assisti 3 vezes na infância, me lembro do filme com nostalgia da serie.
Vem Com o Papai
2.7 81 Assista AgoraCome To Daddy apresenta um bom primeiro ato, além de uma bela fotografia e uma premissa interessante do papel de Elijah Wood. Já estava me perguntando qual o motivo da nota ser baixa, acreditei que seria devido a expectativa por parte dos espectadores do terror, em acharem que o filme seria visceral, mas se depararam com um filme que segue um lado dramático filosófico. Ledo engano...
O segundo ato ignora o aspecto dramático do primeiro ato, de fato entregando um filme visceral genérico. Humor negro e violência gratuita conduzem o filme até seu desfecho, além de personagens caricatos e um roteiro confuso. Come To Daddy marca minha primeira decepção de um filme lançado em 2020, realmente uma pena o desperdício de uma boa premissa.
O Massacre da Serra Elétrica
3.2 837Incomparável ao original de 1974, nesta versão temos atuações ruins por parte do elenco masculino, personagens rasos e desinteressantes, além da banalização da violência. Os únicos, porém insuficientes pontos positivos são, a atuação de Jessica Biel e a cena inicial e final das fitas com um narrador.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista Agora- A ânsia de destruir é algo criativo.
- É também a marca do capitalismo, violenta destruição.
- Velhas indústrias têm de ser eliminadas, novos mercados têm que surgir, e mercados antigos devem ser reexplorados.
- Destruir o passado, construir o futuro.
Cosmópolis tem a duração de 1h 49min, mas parece ter 3h. Com uma boa premissa, mas desenvolvimento problemático, os diálogos e certas ações passam a se desconectar, fazendo com que a atração do espectador se perca, até mesmo o cansando.
Todavia, o filme apresenta questionamentos interessantes, como a relação inerente da tecnologia com o mercado, o individualismo do mundo contemporâneo e suas consequências, a mercadorização dos relacionamentos e a derrocada do poder. Destaque para a atuação de Robert Pattinson.
Insônia
3.4 412 Assista Agora"Acho que se trata do que achou que era certo no momento. E com aquilo que se está disposto a viver. "
Following
4.0 302 Assista Agora"Tirar o que tem, os mostra o que tinham. "
"Todos tem uma caixa. "