Grande filme. Charlize Theron sublime, pra variar. Um dos melhores, senão o melhor retrato que que já vi dessa atroz e complexa realidade que é a do assédio sexual. Acho que o pensamento final da personagem de Margot Robbie sintetiza bem a questão. Fico imaginando o tanto de podreira que não tem nesse "mundo dos holofotes", que tanto cativa quanto faz vítimas.
Que filme espetacular: há mitologia, sem ser vulgar; não se apela à pieguice das historietas de amor (geralmente tidas como imprescindíveis). Há, sim, muita beleza na mensagem, que é a de que a sociedade se corrompeu de tal modo que a virtude, por mais pura que seja, não terá valor, senão que será mais um pretexto para se oprimir aquele que a possui. Jamais imaginei que um filme tão simples fosse me causar tantas emoções...como querer viver num mundo em que Lazzaros são feitos de capacho?
Que filmão. Enredo cheio de contradições e contingências, bem como de filosofia de boteco e a mais profunda, que fazem parte da vida como ela é - e a constituem. Que fase perigosa é a da adolescência, especialmente em homens. Sem algum tipo de orientação, de guia, a sociedade tem de lidar com coquetéis molotov ambulantes por aí. O curioso é que, apesar disso,
Mero passatempo. Esperava mais por ter Viggo Mortensen e ser de Cronenberg. Mas o padrão é daqueles suspenses que passam no Supercine da Globo depois do zorra total: um filme impróprio pra crianças e tedioso para adultos.
Road movie contemporâneo, como tem que ser, politizado - sem esse atributo, torna-se inverosímil, e parece que ninguém mais quer perder tempo com isso. Por se tratar de um road movie, são toleráveis as cenas mais "fofas", afinal
O retrato é o de uma realidade crudelissima, infelizmente. Mas o filme é ruim. Tangencia o absurdo. Não pela falta de verossimilhança, necessariamente, mas por falta de coerência. O maior pecado são as adultas idiotas, francamente..delas dava pra esperar uma conduta diversa. Mas vá lá... Aceitemos que
Que filme excelente! Achei tudo bom mesmo: fotografia linda, enredo intrigante, roteiro e atuações também. Muito além de uma contradição com a prática profissional de Anne, a verdadeira ruptura ética foi a intenção deliberada de
incidir num crime - algo que só ficou evidente com o flagra de sua irmã, já que o horror que a cena lhe causou indicou ao espectador que Gustav não tinha idade para se envolver com Anne, de acordo com a lei dinamarquesa.
A questão é importante porque vai além do moralismo da "traição", por mais que tenha sido com o enteado - o que agravaria a questão, é bem verdade. Todos estamos sujeitos às estripulias da libido, mas sobram motivos para que, em muitas ocasiões, os freios racionais nos tolham de dar um passo à frente: infringir uma lei penal talvez seja o maior deles. A rainha de copas também se mostrou uma mestra das marionetes, já que botou os dois machos no bolso - em termos, a julgar pela reação final do esposo. Um dos melhores filmes que vi, tão bom que me fez lembrar de "The Hunt", outra obra-prima do cinema nórdico.
Já vi esse estilo de comédia despirocada (ou pirocada?) antes. É puro entretenimento: humor e absurdo sob um fino véu de "crítica social foda". Quem assistir sem esperar muito pode acabar se divertindo
Um bom filme, que força um pouco no humor: me proporcionou poucas risadas espontâneas. Gostei da articulação da trilha sonora durante as cenas: o ponto forte foi a direção. Adam Sandler muito caricato - como sempre. Julia Fox: bunda inesquecível. Filme divertido e tosco.
Esse filme é melhor do que 80% dos filmes nacionais, mas nem por isso representa o que há de melhor por aqui. O grande trunfo é o roteiro, cujo desfecho é de tirar o fôlego. A trama é intrigante também, mas certas pitadas de inverossimilhança e mesmo a atuação de Milhem Cortaz (de quem sou fã) deixaram-na um pouco caricata demais pro meu gosto.
Limite/fronteira: entre nacional e estrangeiro? Entre espécies? Entre códigos morais? Diferentemente de outros filmes "bizarros" (lembro de "Sob a Pele" e "Aniquilação") Border tem um enredo mais redondo e menos despirocado: aqui há uma plêiade de interpretações possíveis sobre problemas reais e que nos dizem respeito. E o grande limite/fronteira, a meu ver,
O filme é bom pra quem sabe o que esperar. Falando de referências, vieram-me à mente tanto Inland Empire de Lynch quanto os filmes de Ari Aster (ou mesmo A Bruxa do próprio Eggers). Eu não enxerguei nenhum simbolismo que eu conheça, mas neurose tem de sobra, e tanto as atuações quanto a fotografia são excelentes.
Clint Eastwood, mesmo "viejito", mantém os colhões. Apesar de certa pieguice no final, pra mim é um filme sobre maturidade: menos no sentido cronológico e mais no de lucidez para, com autonomia, fazer as próprias escolhas e (mais importante ainda) arcar com as consequências delas. Apesar das escolhas eticamente questionáveis do personagem, mostrou virtudes nos momentos chave do filme, e aí está a beleza dele.
Revendo após um ano o filme cresceu muito. É simplesmente excelente. De cabeça não me recordo de nenhum personagem brasileiro tão neurótico quanto Lourenço. A questão da grana como intermediário de suas relações é a síntese da personagem, que tem outras nuances também. A gente vê isso fora da tela, mas com (necessárias) pitadas de hipocrisia. Adorei o humor do filme; há várias caricaturas e uma plêiade de personagens com tiradas astutíssimas (a exemplo do homem do violino e dos encanadores). Esse filme se tornou, nessa reassistida, uma das pérolas do cinema nacional pra mim.
Caralho, jamais imaginei que o filme fosse acabar daquele jeito. Do que mais gostei: as interseções documentais, o argumento do racismo na maior proporção de negros na guerra, da puta trilha sonora e das atuações dos 5 Bloods (inclusive o filho bocó de Paul, que fez um excelente bocó). Do que não gostei: excesso de caricaturas (todos os vietnamitas e franceses), da inverossimilhança na questão do ouro largado no meio da selva e do roteiro meio estranho. Essa foi a primeira vez, que me lembro, em que os flashbacks eram com os personagens com a sua idade contemporânea.
Fernanda Montenegro, Julia Stockler e Antônio Fonseca roubaram a cena. Achei o filme esteticamente lindo e com atuações primorosas desses três. Achei o enredo um pouco piegas, e esse foi o único defeito da história. De roteiro, pra mim poderia ter tido algo de "Guida na Grécia". E porra, achei Duvivier muito caricato nesse papel...não achei que caiu bem.
A meticulosidade de Tarantino com os detalhes (sempre eles!) é sobrenatural. Talvez por isso ele se destaque tanto. É incrível notar a composição da trilha sonora com as cenas. Basta lembrar de "Mrs. Robinson" enquanto Cliff Booth flerta com a hippie Pussycat: só essa cena já vale o ingresso...é o portal direto para o final dos anos 60 que o filme ambienta. Palavras não são suficientes para traduzir todo o brilhantismo do sujeito. Aos que não acharam esse filme lá grande coisa...sugiro que revejam. Comigo se passou o mesmo!
Esse filme é excelente. Trilha sonora, enredo e roteiro afiadissimos. Tarantino em forma pura, para quem gosta. Pra mim não teve nada, nenhum frame, que não fosse essencial ou desinteressante. Inclusive não vejo a hora de ver de novo!
Esse filme é uma joia sobre o tempo e a sociedade. Mas, e principalmente, sobre o absurdo da vida - e isso vale para qualquer época, o que é ilustrado por um dos diálogos finais entre o xerife Ed Thom e Ellis. Tommy Lee Jones e Javier Bardem interpretam seus personagens com maestria e são as duas chaves interpretativas do filme: o absurdo e o desamparo.
A questão suscitada pelo filme é bem melhor do que ele. Isso mostra que o formato de longa-metragem pode não ter funcionado pra trabalhá-la. Inclusive vi que não fui só eu quem ficou confuso com a narrativa... Realmente: a sociedade só avalia a qualidade das relações familiares quando há uma "quebra" dos laços biológicos, que nem sempre são o melhor critério quando se pensa no bem-estar das crianças. O fato é que por mais "bonitinho" que seja, numa sociedade pautada por normas legais o que importa é a responsabilidade juridicamente atribuída aos envolvidos: por
melhores que fossem o "pai" e a "mãe" do filme, não seria possível responsabilizá-los por uma violação dos poderes familiares inerentes aos pai e mãe "legais".
Assim como o capitalismo globalista está em nítida derrocada, acho que o sistema jurídico também o está: precisamos refletir sobre as normas que regem nossas relações urgentemente!
O Escândalo
3.6 460 Assista AgoraGrande filme. Charlize Theron sublime, pra variar.
Um dos melhores, senão o melhor retrato que que já vi dessa atroz e complexa realidade que é a do assédio sexual. Acho que o pensamento final da personagem de Margot Robbie sintetiza bem a questão.
Fico imaginando o tanto de podreira que não tem nesse "mundo dos holofotes", que tanto cativa quanto faz vítimas.
Lazzaro Felice
4.1 217 Assista AgoraQue filme espetacular: há mitologia, sem ser vulgar; não se apela à pieguice das historietas de amor (geralmente tidas como imprescindíveis). Há, sim, muita beleza na mensagem, que é a de que a sociedade se corrompeu de tal modo que a virtude, por mais pura que seja, não terá valor, senão que será mais um pretexto para se oprimir aquele que a possui.
Jamais imaginei que um filme tão simples fosse me causar tantas emoções...como querer viver num mundo em que Lazzaros são feitos de capacho?
O Ódio
4.2 319Que filmão.
Enredo cheio de contradições e contingências, bem como de filosofia de boteco e a mais profunda, que fazem parte da vida como ela é - e a constituem.
Que fase perigosa é a da adolescência, especialmente em homens. Sem algum tipo de orientação, de guia, a sociedade tem de lidar com coquetéis molotov ambulantes por aí.
O curioso é que, apesar disso,
a tragédia que encerra o filme não foi decorrência das atitudes dos caras
Um filme sensacional que nos faz pensar em como cuidar melhor de nossos jovens, para o bem de toda a sociedade.
Marcas da Violência
3.8 401 Assista AgoraMero passatempo. Esperava mais por ter Viggo Mortensen e ser de Cronenberg. Mas o padrão é daqueles suspenses que passam no Supercine da Globo depois do zorra total: um filme impróprio pra crianças e tedioso para adultos.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraAchei longo demais e enfadonho. Confuso tbm.
Vi porque sou fã de Villeneuve.
Tetro
4.0 207Tá aí um filme difícil de achar pra ver. Todo ano tento.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraAté o meio estava intrigante. Depois ficou muito enfadonho...
Não tive dificuldade em perceber que
a coisa toda era um delírio do velho zelador.
Queen & Slim
4.3 298 Assista AgoraRoad movie contemporâneo, como tem que ser, politizado - sem esse atributo, torna-se inverosímil, e parece que ninguém mais quer perder tempo com isso.
Por se tratar de um road movie, são toleráveis as cenas mais "fofas", afinal
tudo pode dar errado a qualquer instante, então por que não invadir uma propriedade e montar num cavalo?
Se eu não aceitasse que se trata de um road movie,preferiria ver a Queen botando pra fuder juridicamente e salvando a pele dos dois dentro do jogo.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraO retrato é o de uma realidade crudelissima, infelizmente. Mas o filme é ruim. Tangencia o absurdo. Não pela falta de verossimilhança, necessariamente, mas por falta de coerência.
O maior pecado são as adultas idiotas, francamente..delas dava pra esperar uma conduta diversa. Mas vá lá... Aceitemos que
o contexto de abuso e manipulação possa causar um torpor como o delas. Mas de repente a velha despiroca e mata o cara?!
Pel'amor de deus.
Apesar disso, as atuações são convincentes e causam bastante desconforto no espectador.
Rede de Ódio
3.7 363 Assista AgoraInteligência e ressentimento são uma combinação perigosíssima.
Rainha de Copas
3.8 101 Assista AgoraQue filme excelente! Achei tudo bom mesmo: fotografia linda, enredo intrigante, roteiro e atuações também.
Muito além de uma contradição com a prática profissional de Anne, a verdadeira ruptura ética foi a intenção deliberada de
incidir num crime - algo que só ficou evidente com o flagra de sua irmã, já que o horror que a cena lhe causou indicou ao espectador que Gustav não tinha idade para se envolver com Anne, de acordo com a lei dinamarquesa.
A questão é importante porque vai além do moralismo da "traição", por mais que tenha sido com o enteado - o que agravaria a questão, é bem verdade. Todos estamos sujeitos às estripulias da libido, mas sobram motivos para que, em muitas ocasiões, os freios racionais nos tolham de dar um passo à frente: infringir uma lei penal talvez seja o maior deles.
A rainha de copas também se mostrou uma mestra das marionetes, já que botou os dois machos no bolso - em termos, a julgar pela reação final do esposo.
Um dos melhores filmes que vi, tão bom que me fez lembrar de "The Hunt", outra obra-prima do cinema nórdico.
Desculpe Te Incomodar
3.8 276Já vi esse estilo de comédia despirocada (ou pirocada?) antes. É puro entretenimento: humor e absurdo sob um fino véu de "crítica social foda".
Quem assistir sem esperar muito pode acabar se divertindo
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraUm bom filme, que força um pouco no humor: me proporcionou poucas risadas espontâneas.
Gostei da articulação da trilha sonora durante as cenas: o ponto forte foi a direção.
Adam Sandler muito caricato - como sempre. Julia Fox: bunda inesquecível.
Filme divertido e tosco.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraEsse filme é melhor do que 80% dos filmes nacionais, mas nem por isso representa o que há de melhor por aqui.
O grande trunfo é o roteiro, cujo desfecho é de tirar o fôlego. A trama é intrigante também, mas certas pitadas de inverossimilhança e mesmo a atuação de Milhem Cortaz (de quem sou fã) deixaram-na um pouco caricata demais pro meu gosto.
Border
3.6 219 Assista AgoraLimite/fronteira: entre nacional e estrangeiro? Entre espécies? Entre códigos morais?
Diferentemente de outros filmes "bizarros" (lembro de "Sob a Pele" e "Aniquilação") Border tem um enredo mais redondo e menos despirocado: aqui há uma plêiade de interpretações possíveis sobre problemas reais e que nos dizem respeito. E o grande limite/fronteira, a meu ver,
foi entre uma ética "humana" e a natureza de Tina, tendo ela se posicionado heroicamente dentro de ambas as balizas.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraO filme é bom pra quem sabe o que esperar. Falando de referências, vieram-me à mente tanto Inland Empire de Lynch quanto os filmes de Ari Aster (ou mesmo A Bruxa do próprio Eggers).
Eu não enxerguei nenhum simbolismo que eu conheça, mas neurose tem de sobra, e tanto as atuações quanto a fotografia são excelentes.
A Mula
3.6 355 Assista AgoraClint Eastwood, mesmo "viejito", mantém os colhões.
Apesar de certa pieguice no final, pra mim é um filme sobre maturidade: menos no sentido cronológico e mais no de lucidez para, com autonomia, fazer as próprias escolhas e (mais importante ainda) arcar com as consequências delas.
Apesar das escolhas eticamente questionáveis do personagem, mostrou virtudes nos momentos chave do filme, e aí está a beleza dele.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraRevendo após um ano o filme cresceu muito. É simplesmente excelente.
De cabeça não me recordo de nenhum personagem brasileiro tão neurótico quanto Lourenço. A questão da grana como intermediário de suas relações é a síntese da personagem, que tem outras nuances também. A gente vê isso fora da tela, mas com (necessárias) pitadas de hipocrisia.
Adorei o humor do filme; há várias caricaturas e uma plêiade de personagens com tiradas astutíssimas (a exemplo do homem do violino e dos encanadores).
Esse filme se tornou, nessa reassistida, uma das pérolas do cinema nacional pra mim.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraCaralho, jamais imaginei que o filme fosse acabar daquele jeito.
Do que mais gostei: as interseções documentais, o argumento do racismo na maior proporção de negros na guerra, da puta trilha sonora e das atuações dos 5 Bloods (inclusive o filho bocó de Paul, que fez um excelente bocó).
Do que não gostei: excesso de caricaturas (todos os vietnamitas e franceses), da inverossimilhança na questão do ouro largado no meio da selva e do roteiro meio estranho. Essa foi a primeira vez, que me lembro, em que os flashbacks eram com os personagens com a sua idade contemporânea.
A Vida Invisível
4.3 642Fernanda Montenegro, Julia Stockler e Antônio Fonseca roubaram a cena.
Achei o filme esteticamente lindo e com atuações primorosas desses três.
Achei o enredo um pouco piegas, e esse foi o único defeito da história. De roteiro, pra mim poderia ter tido algo de "Guida na Grécia". E porra, achei Duvivier muito caricato nesse papel...não achei que caiu bem.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraA meticulosidade de Tarantino com os detalhes (sempre eles!) é sobrenatural. Talvez por isso ele se destaque tanto. É incrível notar a composição da trilha sonora com as cenas. Basta lembrar de "Mrs. Robinson" enquanto Cliff Booth flerta com a hippie Pussycat: só essa cena já vale o ingresso...é o portal direto para o final dos anos 60 que o filme ambienta.
Palavras não são suficientes para traduzir todo o brilhantismo do sujeito. Aos que não acharam esse filme lá grande coisa...sugiro que revejam. Comigo se passou o mesmo!
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista AgoraEsse filme é excelente. Trilha sonora, enredo e roteiro afiadissimos. Tarantino em forma pura, para quem gosta. Pra mim não teve nada, nenhum frame, que não fosse essencial ou desinteressante.
Inclusive não vejo a hora de ver de novo!
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraEsse filme é uma joia sobre o tempo e a sociedade. Mas, e principalmente, sobre o absurdo da vida - e isso vale para qualquer época, o que é ilustrado por um dos diálogos finais entre o xerife Ed Thom e Ellis.
Tommy Lee Jones e Javier Bardem interpretam seus personagens com maestria e são as duas chaves interpretativas do filme: o absurdo e o desamparo.
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraA questão suscitada pelo filme é bem melhor do que ele. Isso mostra que o formato de longa-metragem pode não ter funcionado pra trabalhá-la. Inclusive vi que não fui só eu quem ficou confuso com a narrativa...
Realmente: a sociedade só avalia a qualidade das relações familiares quando há uma "quebra" dos laços biológicos, que nem sempre são o melhor critério quando se pensa no bem-estar das crianças.
O fato é que por mais "bonitinho" que seja, numa sociedade pautada por normas legais o que importa é a responsabilidade juridicamente atribuída aos envolvidos: por
melhores que fossem o "pai" e a "mãe" do filme, não seria possível responsabilizá-los por uma violação dos poderes familiares inerentes aos pai e mãe "legais".
Assim como o capitalismo globalista está em nítida derrocada, acho que o sistema jurídico também o está: precisamos refletir sobre as normas que regem nossas relações urgentemente!