Últimas opiniões enviadas
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Sabrina
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Esse filme é diferente de tudo o que eu já vi, a começar pelas técnicas que o diretor usa. Há umas cenas que eu não sei como ele conseguiu capturar.
A cena do sonho em que se vê Ivan e mão através da água.
Os planos longos utilizados são incríveis, até então a referência que eu havia criado para essa técnica era "Cidadão Kane", do Orson Welles.
Também é muito diferente a forma como os atores se comportam diante da câmera: há alguns planos em que ele estão na diagonal e outros em que eles estão muito próximos da câmera o que cria um efeito belíssimo.
Esse filme me ajudou a entender algo aparentemente óbvio: que a guerra não é feita apenas de momentos de ação, algo que talvez os filmes ocidentais tenham introjetado, mas talvez se assemelhe mais à um jogo de estratégia.
Essa verdadeira tragédia e o fim triste de Ivan leva a refletir sobre as injustiças da Guerra. Primeiro, Ivan teve sua infância arrancada pois ele age durante todo o filme como um adulto (com exceção dos sonhos). Além disso, o corpo das três crianças do filme que não puderam nem ser identificados (até Goebbels e sua família foram) tornam ainda mais triste e evidente tais injustiças.
Por fim, uma cena marcante:
A cruz que devido à movimentação da câmera se transforma numa suástica.
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Mommy
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Intenso, belíssimo e ousado.
Na minha opinião o filme Mommy tem como principal objeto a liberdade (não é por acaso que há duas referências ao filme Esqueceram de mim(1990). Engana-se quem pensa que liberdade significa estar sozinho, pois é justamente no momento em que o personagem Steve (Antoine Pilon) está mais próximo de sua mãe(Anne Dorval) e de sua vizinha (Suzanne Clément) é ele se sente mais livre.
O que quero dizer é que para o menino com TDAH o sentimento de estar livre está associado, paradoxalmente, com a companhia das duas mulheres, basta atentar-se para suas crises nervosas. Na primeira ele está num internato em que coloca fogo, depois sua mãe o rejeita pois julga ele andava roubando, posteriormente ele é deixado sozinho com a até então desconhecida vizinha, mais a frente ele se vê obrigado a dividir a própria mãe com um outro homem e, finalmente derradeira cena, ápice da solidão.
Por fim, me vejo obrigado a comentar sobre a suposta distopia da película. No início da projeção somos avisados de que se trata de um Canadá fictício, porém ao final do filme fiquei com a impressão de que, além da lei que regulamenta o programa de saúde do país, nada difere o Canadá de Xavier Dolan, do Canadá do espectador. Creio que essa alteração poderia muito bem ter sido introduzida por um diálogo qualquer, e que de fato se realiza durante o transcorrer do drama.
Últimos recados
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Alan Guimarães
Olá, Vinicius, obrigado pela minha curtida da lista de História do Brasil e espero que tenha gostado dela. Abraços.
Nunca achei que fosse escrever uma crítica de um filme dirigido por Billy Wilder e protagonizado pela Audrey Hepburn.
Achei o roteiro fraco, apesar de ter potencial. Explico: o que de início parecia um problema, a diferença social entre dois personagens, acaba não se concretizando.
Percebo muitos comentários positivos sobre a atuação da Hepburn, o que é verdade sem dúvida, porém isso acaba deixando de lado a carga altamente sexualizada de sua personagem.
Além disso, a conclusão da trama acaba por se resolver magicamente (Deus ex machina), o que é difícil de entender já que nem mesmo o problema inicial havia se colocado com clareza.
Para piorar a linda música "La vie en rose" toca repetidas vezes num curto período de tempo. Apesar de que vejo relação entre a canção e o roteiro, afinal mais de um dos personagens enxerga a vida através de "óculos cor de rosa".
De pontos positivos eu destaco a crítica da mentalidade "time is money" contida no triste personagem de Humphrey Bogart e que leva à loucura o seu próprio pai.