Não tem nada mais gratificante do que assistir um filme e, ao final, pensar: Que bom que tem pessoas por aí pra contar essa história. Se há uma coisa que me fascina (e sempre me fascinou) nos filmes é capacidade de condensar vidas inteiras em intervalos de 1:30h, 2h, 2:30h. Fazem isso sem precisar acompanhar a vida inteira de seus personagens. Aliás, basta um recorte bem delimitado de um curto período de suas vidas para que nos familiarizemos e no importemos com seus destinos.
Esse é o caso de Short Time 12. Basta acompanharmos Grace (Brie Larson, excelente!) andar pelo corredores do "abrigo" que dá título ao filme, revistar os quartos das crianças/adolescentes que lá habitam para conhecermos o lugar. Basta percebemos a postura da personagem e seus colegas frente aos mesmos para percebermos a lógica do funcionamento do local, sem necessidade de diálogos expositivos.
Bastar ouvirmos uma rap ou ouvir uma história infantil que reconhecemos todas as dores presentes no passado de certos personagens.
Para fazer isso, o diretor Dustin Cretton valoriza os ambientes, a linguagem corporal dos atores e deixa que eles falem por si mesmo; dando uma uma sensação de intimidade e proximidade que, muitas vezes, só os filmes conseguem promover.
Além disso, qualquer diretor que consegue criar uma rima visual entre o início e o final do filme já ganha pontos comigo. Estrutura é tudo numa narrativa tão "casual" e sem um trama definida como a de "Short Term 12". Ao final do filme, reconhecemos o arco dramático pelo qual os personagens passaram e ainda podemos inferir o que seguirá em seguida.
Se isso não é prova do sucesso do filme, então não sei o que é.
Nesta cena, aparentemente casual, de Jovens Adultos, a roteirista Diablo Cody estabelece seu verdadeiro objetivo neste 3º longa que roteiriza. - A neutralidade, ou melhor, a entorpecência do mundo atual. Dominado pelos constantes estímulos do mundo virtual, que, cada vez mais, se confundem com o mundo real, o universo que Mavis habita (é nós todos, consequentemente) é um com valores mistos (supervalorização de sub-celebridades através de "realities shows") e demasiada individualização ("Bebês são entediantes!") Não a toa, a personagem de Theron (magnífica) usa a desculpa mais esfarrapada de todas para ir atras de seu ex-namorado na sua cidade atual. Tão estagnada pela constância e tediosidade do mundo que a cerca (Não a toa, a fotografia e a direção de arte valorizam o cinza e o branco do apartamento no início do filme), Mavis parte numa jornada para voltar a "sentir" algo excitante ou perigoso pela primeira vez em muito tempo, mesma que essa a leve a auto-destruição. No final das contas, "Jovens Adultos" nunca acovarda ou "ameniza" as características desagradáveis de sua difícil protagonista,
"A Separação" chega a ser angustiante na maneira em que nos obriga a ficar no lugar de cada um dos seus personagens ao longo de sua trama. Ao jamais permitir que seus incidentes sejam visto a partir de uma perspectiva de preto/branco, o efeito acumulativo destes acaba se tornando ainda mais devastador para os espectadores. Filmaço!
Hermético, pretensioso, frustrante, mas, ao mesmo mesmo, fascinante por sua obsessão por si mesmo (e sua protagonista). É um filme falho,com certeza, mas revela muito mais sobre seu diretor (e o seu processo de criação) do que pode parecer a princípio.
Prejudicado pela mão pesada de Honoré na direção (e que permeia quase toda sua filmografia), o filme sobrevive graças intensidade com a qual os atores se entregam aos papéis e a honestidade com que algumas cenas são conduzidas.
Piegas em alguns momentos? Sim. Possui alguns furos cronológicos? Sim. Tem uma trama nada original? Também.
Apesar disso, o filme é preenchido por uma doçura e uma certa "inocência" contagiantes, e além de conter personagens pelos quais você torce, ainda conta com algumas atuações bem inspiradas do seu elenco.
Ponto extra pra os ótimos efeitos e a direção segura do Cláudio Torres.
Minha única real ressalva é trilha instrumental que irrita ao tentar criar um tema engraçadinha pra praticamente TODA cena (inclusive algumas que deveriam ser dramáticas). Por outro lado, a trilha incidental é ótima. "Tempo Perdido" e "Creep" foram muito bem usadas.
"Eu tenho que ir embora" - diz Hermila em um momento do filme. A questão quanto isso poderia ser: Pra onde ela vai? Por que ela quer ir? Isso, como o filme aponta, não importa realmente. Já que a própria natureza transitória da personagem é demarcada pelo "céu" que dá título ao filme, que continua o mesmo não importa pra onde se vá.
Karim Ainouz triunfa ao não procurar fazer um comentário social sobre a situação precária em que suas personagens vivem (embora esta não passe despercebida) e se foca ao tornar a história o mais universal possível. Contando com a ajuda de um elenco uniformemente eficaz. E se ele demonstra um cuidado especial pra composição dos seus quadros, com o auxílio do diretor de fotografia, Walter Carvalho, esse não se revela em vão. Já que se no início sempre observamos Hermila no canto da tela ou reduzida em relação ao cenário, como se fosse coadjuvante da própria história. Aos poucos, seu rosto vai tomando conta da tela, como se pela primeira ela estivesse no controle (aparente, é claro) de sua própria história.
Além disso, eu queria destacar o uso extremamente evocativo e correto das músicas e da sensível trilha sonora, que surge sempre pontual, nunca martelando um tema. E, claro, Hermila Guedes que está fantástica no papel principal(como já foi bem apontado aqui). A sua semelhança com a Franka Potente me faz gostar ainda mais dela.
Chega a ser irônico que antes do lançamento de "Melancolia", o Lars Von Trier declarou que "não haveriam mais finais felizes" quando nesse filme, ele criou o final mais otimista de toda a sua carreira.
O filme até começa de forma promissora (com a cena da velha na lanchonete), mas depois recai num palhaçada sem fim e boba sobre a natureza humana (pff), fé (zzzz) e religião. TANTO tempo é perdido em diálogos dispensáveis e personagens sem graça que as cenas de ação que deveriam ser o foco do filme acabam sendo corridas e feitas no piloto automático. Desperdício de tempo.
As atuações de Edward Norton e Naomi Watts elevam o filme ao retratarem seus personagens como seres imperfeitos (e complexos) e ao cuidadosamente construírem a nova dinâmica que se estabelece entre eles. O filme também merece pontos extras ao mudar seu foco na sua segunda parte e ao deixar de lado o que seria um conto simplista de traição/mulher entediada.
A menina que brincava com fogo é um livro bem mais difícil de adaptar do que o anterior ("Os homens que não amavam as mulheres"), seja pelas suas mais de 600 páginas ou pelas várias subtramas que o compõe. E, de fato, muito teria que ser cortado (ou alterado) para que pudesse se encaixar em um filme de 2 horas. O problema é, embora o roteiro tenha acertado em descartar duas tramas absolutamente inúteis do livro
(A estadia de Lisbeth no Caribe e a investigação policial)
, ele erra ao não conseguir reproduzir o clima conspiratório e de dúvida que permeava o livro todo. Por outro lado, Noomi Rapace continua comprovando que é Lisbeth ideal, conseguindo passar a inteligência e perspicácia da personagem, mesmo quando o filme insiste em colocá-la em situações estúpidas e descuidadas que não condizem com a personagem.
Não gostei por exemplo da visita que ela faz a Miriam Wu no hospital só pra "comprovar" que é o "Gigante Loiro", além do mais, sendo ela uma brilhante hacker (e pesquisadora) ela acaba descobrindo muitas notícias andando pela rua e vendo manchetes espalhadas, o que é completamente contrário a personagem, já que ela está sempre a frente dos outros.
Parece mais um show de stand up dividido em esquetes do que um filme de verdade com início, meio e fim. Isso até poderia não ser tão ruim se a maioria desses "esquetes" não fossem tão sem graça.
Talvez seja cedo demais pra avaliar o filme, já que acabo de assistir, e muitas coisas deste ainda não absorvi completamente. Porém, posso afirmar com certeza que é uma "obra de autor", Wenders nos passa tantas teorias, ideias e suposisões, que não pude deixar de reparar como esse é um trabalho pessoa. Já que mostra um diretor mergulhando fundo nas "grandes questões da vida". Não posso deixar destacar a direção de fotografia maravilhosa de Henri Alekan que confere um ar celestial (ainda que melancólico) de Berlin. Alekan e Wenders também demonstram uma lógica visual brilhante ao
usarem a cenas em cores para demonstrarem o ponto de vista dos humanos, e quando a personagem de Bruno Ganz se torna um, passamos a enxergar o mundo dele de outra forma, assim como o anjo está redescobrindo o mundo que conhecia mas o observava do céu.
E o que dizer também das atuações Bruno Ganz e Peter Falk, magníficas em sua economia e sutileza. Minha única reserva em relação ao filme é a de que ele não me envolveu tanto emocionalmente quanto intelectualmente, talvez por isso necessite de uma revisita. Algo que definitivamente acontecerá.
É triste ver a Pixar, uma produtora que sempre primou pela ambição e originalidade de seus filmes, se render a uma continuação tão formulaica e preguiçosa. Carros 2 é digno das infames continuações 'direto pra dvd/vhs' produzidas pela Disney ao longo das décadas.
Deneuve maravilhosa como sempre nessa leve e divertida comédia. Além de Ozon, em ótima forma, comandando com segurança o filme, que, além de tudo, tem uma direção de arte incrível.
Tem uma ou outra tirada que funciona, mas de resto, chega a ser embaraçoso. O filme não se define como comédia romântica, farsa ou pastelão, os atores parecem perdidos e oferecem atuações irregulares no máximo. O que não é muita surpresa considerando o roteiro completamente pedestre.
Aliás, esse filme só reforça uma coisa: Se em uma comédia romântica, você TORCE pra protagonista ficar sozinha é um sinal que alguma coisa está MUITO errada.
O filme não se contém ao puro "cinema choque" que muitas vezes os filmes de Claudio Assis (a quem Matheus Nachtergale claramente se inspirou) recai e demonstra um humanismo admirável. Além de ter uma compaixão imensa por suas personagens, sem revelar muito sobre elas, preferindo as observar a distância, mas com carinho.
É prejudicado imensamente pela falta de distanciamento de histórico que um projeto desses necessita. Além disso falha também como estudo de personagens já que depende demais do exagero e das caricaturas para funcionar. De qualquer forma, tem boas atuações(especialmente de Brolin)e é um avanço pra Stone depois dos péssimos Alexandre e Torres Gêmeas.
Temporário 12
4.3 590Short Term 12 e o porquê eu gosto de filmes
Não tem nada mais gratificante do que assistir um filme e, ao final, pensar: Que bom que tem pessoas por aí pra contar essa história. Se há uma coisa que me fascina (e sempre me fascinou) nos filmes é capacidade de condensar vidas inteiras em intervalos de 1:30h, 2h, 2:30h. Fazem isso sem precisar acompanhar a vida inteira de seus personagens. Aliás, basta um recorte bem delimitado de um curto período de suas vidas para que nos familiarizemos e no importemos com seus destinos.
Esse é o caso de Short Time 12. Basta acompanharmos Grace (Brie Larson, excelente!) andar pelo corredores do "abrigo" que dá título ao filme, revistar os quartos das crianças/adolescentes que lá habitam para conhecermos o lugar. Basta percebemos a postura da personagem e seus colegas frente aos mesmos para percebermos a lógica do funcionamento do local, sem necessidade de diálogos expositivos.
Bastar ouvirmos uma rap ou ouvir uma história infantil que reconhecemos todas as dores presentes no passado de certos personagens.
Para fazer isso, o diretor Dustin Cretton valoriza os ambientes, a linguagem corporal dos atores e deixa que eles falem por si mesmo; dando uma uma sensação de intimidade e proximidade que, muitas vezes, só os filmes conseguem promover.
Além disso, qualquer diretor que consegue criar uma rima visual entre o início e o final do filme já ganha pontos comigo. Estrutura é tudo numa narrativa tão "casual" e sem um trama definida como a de "Short Term 12". Ao final do filme, reconhecemos o arco dramático pelo qual os personagens passaram e ainda podemos inferir o que seguirá em seguida.
Se isso não é prova do sucesso do filme, então não sei o que é.
Jovens Adultos
3.0 874 Assista Agora"E neutro? E se você não sentisse nada?"
Nesta cena, aparentemente casual, de Jovens Adultos, a roteirista Diablo Cody estabelece seu verdadeiro objetivo neste 3º longa que roteiriza. - A neutralidade, ou melhor, a entorpecência do mundo atual. Dominado pelos constantes estímulos do mundo virtual, que, cada vez mais, se confundem com o mundo real, o universo que Mavis habita (é nós todos, consequentemente) é um com valores mistos (supervalorização de sub-celebridades através de "realities shows") e demasiada individualização ("Bebês são entediantes!")
Não a toa, a personagem de Theron (magnífica) usa a desculpa mais esfarrapada de todas para ir atras de seu ex-namorado na sua cidade atual. Tão estagnada pela constância e tediosidade do mundo que a cerca (Não a toa, a fotografia e a direção de arte valorizam o cinza e o branco do apartamento no início do filme), Mavis parte numa jornada para voltar a "sentir" algo excitante ou perigoso pela primeira vez em muito tempo, mesma que essa a leve a auto-destruição.
No final das contas, "Jovens Adultos" nunca acovarda ou "ameniza" as características desagradáveis de sua difícil protagonista,
como comprova seu irônico final
"We can beat this thing together"
A Separação
4.2 725"A Separação" chega a ser angustiante na maneira em que nos obriga a ficar no lugar de cada um dos seus personagens ao longo de sua trama. Ao jamais permitir que seus incidentes sejam visto a partir de uma perspectiva de preto/branco, o efeito acumulativo destes acaba se tornando ainda mais devastador para os espectadores. Filmaço!
Cleópatra
2.6 56Hermético, pretensioso, frustrante, mas, ao mesmo mesmo, fascinante por sua obsessão por si mesmo (e sua protagonista). É um filme falho,com certeza, mas revela muito mais sobre seu diretor (e o seu processo de criação) do que pode parecer a princípio.
Christopher and His Kind
3.7 152Simpático e relativamente bem realizado nos seus aspectos técnicos, mas tão artificial em seu desenvolvimento. (Narrativa e atuações)
Não Minha Filha, Você Não Irá Dançar
3.3 94Prejudicado pela mão pesada de Honoré na direção (e que permeia quase toda sua filmografia), o filme sobrevive graças intensidade com a qual os atores se entregam aos papéis e a honestidade com que algumas cenas são conduzidas.
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraPiegas em alguns momentos? Sim. Possui alguns furos cronológicos? Sim. Tem uma trama nada original? Também.
Apesar disso, o filme é preenchido por uma doçura e uma certa "inocência" contagiantes, e além de conter personagens pelos quais você torce, ainda conta com algumas atuações bem inspiradas do seu elenco.
Ponto extra pra os ótimos efeitos e a direção segura do Cláudio Torres.
Minha única real ressalva é trilha instrumental que irrita ao tentar criar um tema engraçadinha pra praticamente TODA cena (inclusive algumas que deveriam ser dramáticas). Por outro lado, a trilha incidental é ótima. "Tempo Perdido" e "Creep" foram muito bem usadas.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraUma agradável surpresa. Ótimos efeitos visuais associados à direção segura de Rupert Wyatt criam um filme de ação competente e envolvente.
Andy Serkis dá um show também, vale notar.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista Agora"Eu tenho que ir embora" - diz Hermila em um momento do filme. A questão quanto isso poderia ser: Pra onde ela vai? Por que ela quer ir? Isso, como o filme aponta, não importa realmente. Já que a própria natureza transitória da personagem é demarcada pelo "céu" que dá título ao filme, que continua o mesmo não importa pra onde se vá.
Karim Ainouz triunfa ao não procurar fazer um comentário social sobre a situação precária em que suas personagens vivem (embora esta não passe despercebida) e se foca ao tornar a história o mais universal possível. Contando com a ajuda de um elenco uniformemente eficaz. E se ele demonstra um cuidado especial pra composição dos seus quadros, com o auxílio do diretor de fotografia, Walter Carvalho, esse não se revela em vão. Já que se no início sempre observamos Hermila no canto da tela ou reduzida em relação ao cenário, como se fosse coadjuvante da própria história. Aos poucos, seu rosto vai tomando conta da tela, como se pela primeira ela estivesse no controle (aparente, é claro) de sua própria história.
Além disso, eu queria destacar o uso extremamente evocativo e correto das músicas e da sensível trilha sonora, que surge sempre pontual, nunca martelando um tema. E, claro, Hermila Guedes que está fantástica no papel principal(como já foi bem apontado aqui). A sua semelhança com a Franka Potente me faz gostar ainda mais dela.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraChega a ser irônico que antes do lançamento de "Melancolia", o Lars Von Trier declarou que "não haveriam mais finais felizes" quando nesse filme, ele criou o final mais otimista de toda a sua carreira.
Legião
2.7 1,3K Assista AgoraO filme até começa de forma promissora (com a cena da velha na lanchonete), mas depois recai num palhaçada sem fim e boba sobre a natureza humana (pff), fé (zzzz) e religião. TANTO tempo é perdido em diálogos dispensáveis e personagens sem graça que as cenas de ação que deveriam ser o foco do filme acabam sendo corridas e feitas no piloto automático. Desperdício de tempo.
A Garota da Capa Vermelha
3.0 2,5K Assista AgoraIsso que acontece quando se tenta adaptar uma alegoria de forma literal. Uma bobagem que não dá pra levar a sério.
O Despertar de uma Paixão
3.9 541 Assista AgoraAs atuações de Edward Norton e Naomi Watts elevam o filme ao retratarem seus personagens como seres imperfeitos (e complexos) e ao cuidadosamente construírem a nova dinâmica que se estabelece entre eles. O filme também merece pontos extras ao mudar seu foco na sua segunda parte e ao deixar de lado o que seria um conto simplista de traição/mulher entediada.
Millennium II - A Menina que Brincava com Fogo
3.9 572A menina que brincava com fogo é um livro bem mais difícil de adaptar do que o anterior ("Os homens que não amavam as mulheres"), seja pelas suas mais de 600 páginas ou pelas várias subtramas que o compõe. E, de fato, muito teria que ser cortado (ou alterado) para que pudesse se encaixar em um filme de 2 horas.
O problema é, embora o roteiro tenha acertado em descartar duas tramas absolutamente inúteis do livro
(A estadia de Lisbeth no Caribe e a investigação policial)
Por outro lado, Noomi Rapace continua comprovando que é Lisbeth ideal, conseguindo passar a inteligência e perspicácia da personagem, mesmo quando o filme insiste em colocá-la em situações estúpidas e descuidadas que não condizem com a personagem.
Não gostei por exemplo da visita que ela faz a Miriam Wu no hospital só pra "comprovar" que é o "Gigante Loiro", além do mais, sendo ela uma brilhante hacker (e pesquisadora) ela acaba descobrindo muitas notícias andando pela rua e vendo manchetes espalhadas, o que é completamente contrário a personagem, já que ela está sempre a frente dos outros.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista Agora"Ok, Mr. DeMille. I'm ready for my close-up"
Cilada.com
2.5 1,8KParece mais um show de stand up dividido em esquetes do que um filme de verdade com início, meio e fim. Isso até poderia não ser tão ruim se a maioria desses "esquetes" não fossem tão sem graça.
Fúria de Titãs
3.0 2,2K Assista AgoraFico impressionado como um filme que involve deuses, criaturas míticas e todo tipo de mitologia consiga ser tão entediante. Uma proeza.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraTalvez seja cedo demais pra avaliar o filme, já que acabo de assistir, e muitas coisas deste ainda não absorvi completamente. Porém, posso afirmar com certeza que é uma "obra de autor", Wenders nos passa tantas teorias, ideias e suposisões, que não pude deixar de reparar como esse é um trabalho pessoa. Já que mostra um diretor mergulhando fundo nas "grandes questões da vida".
Não posso deixar destacar a direção de fotografia maravilhosa de Henri Alekan que confere um ar celestial (ainda que melancólico) de Berlin. Alekan e Wenders também demonstram uma lógica visual brilhante ao
usarem a cenas em cores para demonstrarem o ponto de vista dos humanos, e quando a personagem de Bruno Ganz se torna um, passamos a enxergar o mundo dele de outra forma, assim como o anjo está redescobrindo o mundo que conhecia mas o observava do céu.
E o que dizer também das atuações Bruno Ganz e Peter Falk, magníficas em sua economia e sutileza.
Minha única reserva em relação ao filme é a de que ele não me envolveu tanto emocionalmente quanto intelectualmente, talvez por isso necessite de uma revisita. Algo que definitivamente acontecerá.
Transformers: O Lado Oculto da Lua
3.2 1,9K Assista AgoraFilmow, por que não posso dar estrelas negativas? ):
Carros 2
3.1 855 Assista AgoraÉ triste ver a Pixar, uma produtora que sempre primou pela ambição e originalidade de seus filmes, se render a uma continuação tão formulaica e preguiçosa. Carros 2 é digno das infames continuações 'direto pra dvd/vhs' produzidas pela Disney ao longo das décadas.
Potiche - Esposa Troféu
3.5 162Deneuve maravilhosa como sempre nessa leve e divertida comédia. Além de Ozon, em ótima forma, comandando com segurança o filme, que, além de tudo, tem uma direção de arte incrível.
Qualquer Gato Vira-Lata
3.1 1,2KTem uma ou outra tirada que funciona, mas de resto, chega a ser embaraçoso. O filme não se define como comédia romântica, farsa ou pastelão, os atores parecem perdidos e oferecem atuações irregulares no máximo. O que não é muita surpresa considerando o roteiro completamente pedestre.
Aliás, esse filme só reforça uma coisa: Se em uma comédia romântica, você TORCE pra protagonista ficar sozinha é um sinal que alguma coisa está MUITO errada.
A Festa da Menina Morta
3.3 233O filme não se contém ao puro "cinema choque" que muitas vezes os filmes de Claudio Assis (a quem Matheus Nachtergale claramente se inspirou) recai e demonstra um humanismo admirável. Além de ter uma compaixão imensa por suas personagens, sem revelar muito sobre elas, preferindo as observar a distância, mas com carinho.
W.
3.2 56É prejudicado imensamente pela falta de distanciamento de histórico que um projeto desses necessita. Além disso falha também como estudo de personagens já que depende demais do exagero e das caricaturas para funcionar. De qualquer forma, tem boas atuações(especialmente de Brolin)e é um avanço pra Stone depois dos péssimos Alexandre e Torres Gêmeas.