Inquietos tem sim um enredo gasto, um verdadeiro clichê; porém, e graças a Van Sant, não perde em nenhum "moment' o carisma e a sagacidade juvenil, atribuída aos personagens centrais. Uma ressalva sobre o diretor é que Van Sant é louvado pela crítica, mas não reconhecido por ela. Com seus 59 anos, Van Sant já possui uma filmografia de bater palmas, e de pé!! Não só pelos memoráveis Elefante, Gênio Indomável ou Garotos de Programa, mas sim pelo seu estilo peculiar e pessoal de dirigir enredos perdidos, inalcançáveis, mas que pelas suas habilidosas mãos, tornam-se água e vinho, assim como verdadeiros diamantes cinematográficos. Um drama não só para meninas.
É um filme cerebral porque intuí do personagem várias facetas, e a personalidade cruel que o habita. Florescer de dentro para fora faz de Dorian Gray um personagem célebre, na medida que suas ações invadem novas perspectivas elúcidas de uma mente pura; é uma transformação racional de caráter, na persona doentia de um manipulador.
Gore Verbinski é um diretor nato de comédia, e dirige Johnny Depp como ninguém (assim como Tim Burton!). Rango é uma super comédia com valores éticos e morais, o que na verdade é o tema do século nas animações dos últimos tempos. Os valores aqui são citados na beira dos diálogos, e nas ações do personagem central na medida que se encontra em colapso de originalidade e superficialidade de seu próprio caráter. Apesar de ser premiado como a melhor animação do ano, Rango não é completo e falhas são recorrentes nas sequências que deveriam aprofundar o roteiro, e nas diversas cenas de ação, que poderiam dar uma trancada "básica" e submeter o espectador a uma espécie de melancolia associada à tensão. Filme inteligente que usa costumes humanos para orientar uma vivência de animais que supostamente exalam liberdade e promovem revoluções comportamentais; Rango é rápido no gatilho!
Uma mulher é violentada pelo seu marido, por ciúmes e pela própria doença mental que ele diz possuir, desculpando-se ou tentando assim diminuir a sua culpa. Porém, ela nada pode fazer para fugir desse sofrimento, e acaba se apegando à religião e à fé. Vive sua vida miudamente dia após dia, e esquece que existe a felicidade e que todos podem ser agraciados com ela. Já um homem que perdeu sua esposa lentamente, provocada pela diabetes, tem todo o seu orgulho e anseio de liberdade levado com ela após sua morte. Tristeza e culpa o consome dia após dia, e no fim resta apenas se embriagar e deixar o tempo passar, em que o rancor e a mágoa o conduzirá a ter péssimas relações com os seus amigos. O pior é que seu único e melhor amigo se encontra em estado terminal, por causa do câncer já avançado. Um roteiro assim tão pesado parece ser de difícil recepção, mas graças à forma contada pelo jovem Paddy Considine (direção) a história se torna agradável no sentido de se analisar os vários subenredos. Assistir Tiranossauro se torna uma experiência muito atraente, tanto pelo estilo próprio de Considine como pelas maravilhosas atuações dos atores principais. Tão premiado como agraciado pela crítica (e por mim também), Tiranossauro me saiu uma surpresa porque trouxe uma questão renovável e incalculável, pois o medo de cada um existe para propor barreiras ao sentimento e à reflexão: é tão difícil aprender/reaprender a amar? Não se deve esquecer ainda que o frio na barriga e os olhos grudados no filme que se assiste, é tão importante como refletir pessoalmente sobre o que se vê. Cantando no Escuro e Alpha Dog fizeram isso, e agora temos Tiranossauro.
Uma doença desconhecida e silenciosa assola todo o planeta primeiro em questões de dias, e depois em apenas algumas horas seu grau mais severo ataca toda a população. Sem tempo para reagirem a essa pandemia, todos decidem conviver e viver, esperando sempre o pior e o fim para suas vidas. Assim, de imediato a história parece ser sem pé nem cabeça, daquelas bem exageradas e inimagináveis, e na verdade é isso mesmo. Imagine agora: comer sabão e espuma de barbear, fazer amor experimentando apenas dois sentidos (visão e audição), ver em qualquer pessoa ao seu redor agressão, raiva, ira, ódio e rebeliões por todos os cantos do planeta. Um fato consumado deterá amores e paixões, e no fim restará apenas o passado, a lembrança do toque e o sabor extinto do beijo. Em Sentidos do Amor os relacionamentos ganham proporções grandiosas, quando o interesse mesmo é no outro, e não em se próprio. É o coletivo, e não a individualidade que pondera as relações dos nossos dias. O filme mostra, de vários ângulos e com perspectivas tão fantásticas, o que poderia acontecer se os nossos sentidos fossem extintos, na medida em que encontrássemos a pessoa certa para viver intensamente durante toda a vida; além é claro de relações impessoais, transpostas em metáforas sequenciais maravilhosas. Não é um filme americano, já é um filme repleto de nuances. Com produção tão criativa e esforçada quanto os dois atores principais, o conhecido Ewan McGregor e a bela francesa Eva Green, Sentidos do Amor tem um enredo explosivo, que cresce à medida que o tão esperado e inevitável desfecho se aproxima. O espectador sabe desde o primeiro momento o que vai acontecer, mas espera que aconteça, mesmo que com uma dor no peito.
O que normalmente ocorre em um filme de história onde o personagem principal tem uma doença terminal é que nada deixa a desejar em seu princípio, meio e fim. Assim, em 50% tudo é bem feito, sustentado e colabora no que uma boa trama de humor negro deseja passar ao espectador, que é emoção e identificação. Joseph Gordon-Levitt (10 Coisas Que Eu Odeio em Você), interpreta em 50% Adam, um rapaz simpático que tem um emprego certo (acredita ele), a namorada perfeita (pensa ele) e o amigo de todas as horas (sem comentários). De primeiro tudo soa simples e dá pra pensar mesmo que é uma daquelas histórias regulares e quadradinhas, com falsidades nos relacionamentos e dificuldades de se relacionar com o outro na sociedade. Contudo, as dificuldades aqui são de se conhecer e rever todos os valores que realmente importam, no fim. Jonathan Levine (direção) emerge o espectador em sequências de prender a respiração, acreditar e TORCER pra que tudo dê certo com Adam, e no final tudo acabe bem. Isso acontece não só por Gordon-Levitt ser um dos atores jovens mais simpáticos e competentes da atualidade, mas sim também pelo roteiro honesto de Will Reiser. O filme trata de sobrevivência e como um ser humano (não herói) se relaciona com uma força inexplicável que lhe quer tirar da realidade, e deixar para trás sonhos tão simplórios que é dizer “eu te amo” para a pessoa amada. Acredito que 50% não vá te fazer comparar películas da enorme lista sobre o enredo de doença terminal (Inquietos e O Amor Pode Dar Certo) etc , mas pode te fazer acreditar que os sonhos e as pessoas valem à pena, e que lutar, com ou sem garras, no fim sai no mesmo.
Se você for assistir Poder Sem Limites pensando que encontrará só razão e emoção, irá se decepcionar. Nada até agora foi tão profundo e irregular como Poder Sem Limites, que encanta, com suas passagens surreais e inacreditáveis, ele emerge também para um poço escuro e sem fim.
“Ela tem 62 anos e é uma das atrizes mais decentes de Hollywood”.
Meryl Streep já concorreu com Katharine Hepburn, competiu diversas vezes com Glenn Close, foi indicada ao globo de ouro por filmes que nada prometem como Ela é o Diabo, pela interpretação da perua Mary Fisher, e é a atriz com maior número de indicações ao Oscar, levando para casa dois como Melhor Atriz e um como Coadjuvante; sem falar no Globo de Ouro, venceu SETE! É praxe ano após ano (no máximo de dois em dois) ela estar lá sentada nos bancos de ouro do teatro-recepção da Academia, sentada em volta aos grandes, e mesmo assim parecer ser uma mulher normal, que somente faz o seu trabalho como qualquer outra atriz. Mas números à parte, Meryl Streep é mais que prêmios e prestígio, ela mesma diz que o prêmio “é o reconhecimento dos esforços, e não uma disputa entre atrizes”. De filmografia perfeita a personagens memoráveis como o coração de pedra Miranda Priestly, Streep foi dirigida por mestres como Wood Allen, Clint Eastwood e Mike Nichols. É uma atriz em plena atividade, e não se rebaixou a filmes de final de carreira, como algumas se submetem.
Num ano repleto de biografias boas e outras ruins, A Dama de Ferro está no meio termo. Phyllida Lloyd (diretora) de nenhuma forma captou a essência da história de Margaret Thatcher, única mulher a enfrentar o sistema político machista da Inglaterra nas décadas 60 e 70 do século XX. A história é contada em flashes que não agradam, já que não há tempo necessário para seguir a narrativa, que por vezes soa fantástica demais, e o espectador não consegue colaborar na interpretação dos fatos. Ainda por isso, nesse vai e vem insuportável, no momento em que tudo está indo agradável, o roteiro novamente dá aquela trancada e fico me perguntando quando vai acontecer algo e se acontecer, vai ter final, ou vão cortar a cena e passar para outra como se a mínima noção de linearidade não tivesse importância. Enfim, nada no filme é tão majestoso quanto à interpretação de Meryl, tanto na sua fase decrépita e senil quanto na sua melhor fase autoritária e secular. A maquiagem severamente verdadeira burla a percepção de qualquer espectador mais atento, na medida em que recorre ao declínio físico e mental da personagem. O importante agora é ficarem todos atentos para os próximos anos, porque como dizem com o tempo tudo melhora, e Streep sempre virá melhor a cada ano.
Com um elenco de verdadeiros grandes nomes, alguns premiados e outros desconhecidos, Sete Dias com Marilyn é um filme sutil, sereno e honesto. Sutil por que não força o texto a passar velocidade, excitação, comandos que surgem na própria filmagem. Sereno por que mostra a vida de uma das mais poderosas personalidades do planeta, e mesmo assim concentra todas suas complicações do enredo num cubo de ações que agradam os sentidos visuais e auditivos; é agradável de se assistir. E ainda, é honesto por que não falta com a história que retrata, adaptada dos livros de Colin Clark; mostra a sensualidade e brilho de Marilyn, mas também revela tão profunda e complicada é sua personalidade. Uma história muito boa com performances meio a meio. Adorei ver Judi Denth como Dame Sybil; porém não gostei de ver Julia Ormond no papel de Vivien Leigh. Ema Watson mesmo contida me pareceu insegura. Eddie Redmayne não precisava fazer nada. E Michelle Williams não me convenceu tão completamente no papel da deusa Monroe. Não acreditei, de nenhuma forma, que o filme levasse prêmios para casa, mas valeu a tentativa. Recomendo por sua criatividade estética, colaboração da interpretação de Denth e pelo sabor que deixa no final de "quero ver O Princípe Encantado".
O mais original e sombrio filme de vampiro dos últimos anos, sendo ainda assim uma refilmagem, é dirigido por um cara desconhecido e que errou antes. Matt Reeves construiu e arquitetou sua própria categoria de filmagem, com fotografia escura, montagem substancial e uma trilha sonora superior a média. Ainda que Deixa Ela Entrar, filme de 2008 dirigido pelo sueco Tomas Alfredson (O Espião Que Sabia Demais) seja superior a este de 2010, acredito numa medida equivalente de interpretação da história, feita por Reeves. "Chloe Moretz não é uma dúvida, agora é uma certeza", disse Weliton Vicente (crítico de cinema), e concordo plenamente. Não conheço a história cinematográfica de Kodi Smit-McPhee, mais sua interpretação também é incrível. Fantasia, terror e um drama básico embasam a curiosa história de Owen, um menino que sofre agressões na escola, tem uma vida familiar desestruturada, e que encontra na solidão o refúgiu para os problemas; mas que conhece uma linda garota com segredos que são diferentes da realidade. Filme com começo (chama o espectador), meio (proporciona e aprofunda o roteiro) e fim (uma elevação da tensão que sequencia o meio, e sofre um desnível).
Coisa linda de cinema. Scorcese realizou aqui um espetacular filme de fantasia. Dá pra sentir algumas vezes o estilo sombrio e magro do diretor de filmes Os Infiltrados e Os Bons Companheiros, sendo que algumas cenas não conseguem sustentar o enredo profundo e angustiante, acabando por deixar certas sequências incompletas e desgastantes. Outro negativo é a atuação mediana de Asa Butterfield, o Bruno de O Menino do Pijama Listrado, que não convence em cena. Ja a adorável Chloë Grace Moretz (de inacreditáveis 15 anos), que faz a sonhadora Isabelle, é um espetáculo de graça. Mas quem brilha em cena realmente é o talentoso Ben Kingsley, que interpreta um amargurado e carrancudo Méliés pós-esquecimento. O elenco ainda conta com o super engraçado Sacha Baron Cohen (que atropela com sua perna insustentável quase todo o elenco de figurantes atrás de Bruno), Jude Law (não menos importante, com seu sorriso enxuto e seu olhar 43), Christopher Lee, Richard Griffiths (a galerinha de Harry Potter conhece bem), e ainda Helen McCrory. É um super elenco. Fazendo um balanço entre o roteiro massante e pouco embasado do talentoso John Logan com a direção profissional, cabível e característica de Martin Scorcese podemos ver que há alguns complementos visuais e estéticos da linguagem a ser considerados. Porém, é inegável toda a direção de arte, todos os efeitos visuais e sonoros; uma trilha sonora muito interessante. Uma complexa estrutura técnica que impressiona mesmo sem a tecnologia do 3D. É curioso e ainda gratificante ver Scorcese remoer um assunto tão linear e previsível como são os filmes de fantasia. Mais tornará um clássico, uma bela homenagem ao cinema e seus primórdios. Agora vejo que alguns poucos diretores podem impressionar, como foi aqui o caso de Scorcese. Você vai sonhar com a história de Hugo Cabret, um menino orfão que tenta de todas as formas desvendar o mistério de um robô, deixado pelo seu pai; se deslumbrar com os variados personagens que convivem numa agitada e radiante estação de trem da Paris perdida; e se entreter com as raras passagens dos filmes clássicos das décadas de 10 e 20, do século passado. Mas, no fim, o que resta somente é o próprio fim. O filme encanta enquanto você usa o óculos 3D, depois nada mais resta, nada mais sobra. Um filme que será uma delícia pra quem conhece e sabe de cinema (algumas partes do clássico Viagem a Lua são exibidos, assim como outros grandes), e uma ótima diversão para todos que assistem cinema por puro entretenimento.
Desculpem pelo palavreado de baixo escalão, mais é uma grande porcaria. Eu assisti esse troço porque confundi com Donnie Darko de Richard Kelly. Perdi dinheiro, paciência e alguns minutos da minha vida - parecia que o filme nunca acabaria. Me dê um celular, um palito de dente e uma garota mestiça que faço um curta de qualidade.
Depois de dirigir um dos melhores filmes de 2011, David Fincher arquiteta uma história tão densa quanto o desejado, grandiosamente estilizada e numa medida irrefutável singular de perfeição atroz. Atuações impecáveis. Briga feia para as mulheres no Oscar com Rooney Mara no páreo!
O filme é repleto de fortes e importantes opiniões, mas há um sistema de produção que no decorrer não me agrada. Propostas artísticas interessantes e válidas, e ainda abre um espaço que admite a discussão das ideias praticadas no filme.
Uma hístória já vencida, mas que nas mãos de Van Sant parece ser inédita e ainda mais poética. Um dos mais interessantes diretores da década. Um drama não só para meninas.
Um fato poderoso de maestria ronda a direção divertida, charmosa e contida de Eastwood. Assim reconheci a grandiosidade crescente de J.Edgar, de ponto a ponto que agrada e familiariza apesar de reconhecer os péssimos valores pessoais do biografado. Não entendo e ainda fico confuso como uma obra tão especial como esta foi negada a participar de categorias de direção de arte, montagem, diretor e ator da Academia. Até já, o mais preferido do ano.
Revendo os cinco anos anteriores da categoria de melhor filme no Oscar, é visível a máxima de apresentar e dar chance a produções psicológicas e familiares. Foi com a charmosa história de Pequena Miss Sunshine, a pertinente categoria de Juno, a dramática trajetória de Preciosa, e o familiar caso de Minhas Mães e Meu Pai; e esse ano não será diferente, temos: Os Descendentes. Porém, diferente dos acima citados, a história dolorosa que se passa no Havaí é muito mais profunda e centrada num argumento que envolve o espectador: o medo e a incerteza. Dirigido pelo hábil Alexander Payne e estrelado por George Clooney o filme tem chances de receber as estatuetas nessas duas categorias, além de roteiro adaptado. Não é um grande filme, mas soube fazer de um enredo fácil uma história emocionante.
Em 80 anos nenhum filme foi produzido no sistema de áudio mudo. Em preto e branco, aí já fazem décadas. Contudo, O Artista, do frânces Michel Hazanavicius, elabora um quadro peculiar visto somente no cinema dos anos 20, quando o rosto e a expressão, assim como o talento corporal ainda contava na interpretação. Bem simples segue o enredo através da derradeira carreira de um ator do cinema mudo dos anos 20, na medida que o áudio chega nas telonas ele se vê num mundo que evoluiu, sendo que ele não. A única e póstuma surpresa não é muito relevante após concluído o filme. Ainda que tenha recebido exageradas 10 indicações ao Oscar acredito que não será o grande destaque da premiação. São relevantes o figurino, fotografia e direção de arte. Uma agradável homenagem ao cinema, apenas isso.
Uma família em crise se muda para um novo lar "às margens" de um zoológico, e lá tentarão vencer (poeticamente) as dificuldades que assolam o passado, o presente e o futuro substancial de cada um. Um pai sonhador, uma menina que vive sua infância e um garoto em crise de personalidade. Essa é a história que entorna quase duas horas de filme, poderia ser chata e cansativa, mas não é. A direção de Cameron Crowe é uma máxima de delícia. Sem grandes objeções, o longa Compramos um Zoológico que estreou em 2011 segue uma trilha simples e transformadora, crescendo em vários desníveis, abordando dramas irregulares e saboreando uma comicidade atroz ao rídiculo. Roteiro também de Crowe, deixa para trás a perspcácia instrumental que, se fosse usada na elaboração e análise das personagens, transformaria a película num derrame de auto-ajuda. E comentando a atuação madura e segura de Matt Damon, ainda existe ali um grande ator dos tempos de Gênio Indomável e o sexy O Talentoso Ripley.
Inquietos
3.9 1,6KInquietos tem sim um enredo gasto, um verdadeiro clichê; porém, e graças a Van Sant, não perde em nenhum "moment' o carisma e a sagacidade juvenil, atribuída aos personagens centrais.
Uma ressalva sobre o diretor é que Van Sant é louvado pela crítica, mas não reconhecido por ela. Com seus 59 anos, Van Sant já possui uma filmografia de bater palmas, e de pé!! Não só pelos memoráveis Elefante, Gênio Indomável ou Garotos de Programa, mas sim pelo seu estilo peculiar e pessoal de dirigir enredos perdidos, inalcançáveis, mas que pelas suas habilidosas mãos, tornam-se água e vinho, assim como verdadeiros diamantes cinematográficos.
Um drama não só para meninas.
O Retrato de Dorian Gray
3.2 1,5KÉ um filme cerebral porque intuí do personagem várias facetas, e a personalidade cruel que o habita. Florescer de dentro para fora faz de Dorian Gray um personagem célebre, na medida que suas ações invadem novas perspectivas elúcidas de uma mente pura; é uma transformação racional de caráter, na persona doentia de um manipulador.
Rango
3.6 1,6KGore Verbinski é um diretor nato de comédia, e dirige Johnny Depp como ninguém (assim como Tim Burton!).
Rango é uma super comédia com valores éticos e morais, o que na verdade é o tema do século nas animações dos últimos tempos.
Os valores aqui são citados na beira dos diálogos, e nas ações do personagem central na medida que se encontra em colapso de originalidade e superficialidade de seu próprio caráter.
Apesar de ser premiado como a melhor animação do ano, Rango não é completo e falhas são recorrentes nas sequências que deveriam aprofundar o roteiro, e nas diversas cenas de ação, que poderiam dar uma trancada "básica" e submeter o espectador a uma espécie de melancolia associada à tensão.
Filme inteligente que usa costumes humanos para orientar uma vivência de animais que supostamente exalam liberdade e promovem revoluções comportamentais; Rango é rápido no gatilho!
Tiranossauro
4.0 236“Vidas marcadas pela dor”.
Uma mulher é violentada pelo seu marido, por ciúmes e pela própria doença mental que ele diz possuir, desculpando-se ou tentando assim diminuir a sua culpa. Porém, ela nada pode fazer para fugir desse sofrimento, e acaba se apegando à religião e à fé. Vive sua vida miudamente dia após dia, e esquece que existe a felicidade e que todos podem ser agraciados com ela.
Já um homem que perdeu sua esposa lentamente, provocada pela diabetes, tem todo o seu orgulho e anseio de liberdade levado com ela após sua morte. Tristeza e culpa o consome dia após dia, e no fim resta apenas se embriagar e deixar o tempo passar, em que o rancor e a mágoa o conduzirá a ter péssimas relações com os seus amigos. O pior é que seu único e melhor amigo se encontra em estado terminal, por causa do câncer já avançado.
Um roteiro assim tão pesado parece ser de difícil recepção, mas graças à forma contada pelo jovem Paddy Considine (direção) a história se torna agradável no sentido de se analisar os vários subenredos. Assistir Tiranossauro se torna uma experiência muito atraente, tanto pelo estilo próprio de Considine como pelas maravilhosas atuações dos atores principais. Tão premiado como agraciado pela crítica (e por mim também), Tiranossauro me saiu uma surpresa porque trouxe uma questão renovável e incalculável, pois o medo de cada um existe para propor barreiras ao sentimento e à reflexão: é tão difícil aprender/reaprender a amar? Não se deve esquecer ainda que o frio na barriga e os olhos grudados no filme que se assiste, é tão importante como refletir pessoalmente sobre o que se vê. Cantando no Escuro e Alpha Dog fizeram isso, e agora temos Tiranossauro.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KUma doença desconhecida e silenciosa assola todo o planeta primeiro em questões de dias, e depois em apenas algumas horas seu grau mais severo ataca toda a população. Sem tempo para reagirem a essa pandemia, todos decidem conviver e viver, esperando sempre o pior e o fim para suas vidas. Assim, de imediato a história parece ser sem pé nem cabeça, daquelas bem exageradas e inimagináveis, e na verdade é isso mesmo.
Imagine agora: comer sabão e espuma de barbear, fazer amor experimentando apenas dois sentidos (visão e audição), ver em qualquer pessoa ao seu redor agressão, raiva, ira, ódio e rebeliões por todos os cantos do planeta. Um fato consumado deterá amores e paixões, e no fim restará apenas o passado, a lembrança do toque e o sabor extinto do beijo.
Em Sentidos do Amor os relacionamentos ganham proporções grandiosas, quando o interesse mesmo é no outro, e não em se próprio. É o coletivo, e não a individualidade que pondera as relações dos nossos dias. O filme mostra, de vários ângulos e com perspectivas tão fantásticas, o que poderia acontecer se os nossos sentidos fossem extintos, na medida em que encontrássemos a pessoa certa para viver intensamente durante toda a vida; além é claro de relações impessoais, transpostas em metáforas sequenciais maravilhosas.
Não é um filme americano, já é um filme repleto de nuances. Com produção tão criativa e esforçada quanto os dois atores principais, o conhecido Ewan McGregor e a bela francesa Eva Green, Sentidos do Amor tem um enredo explosivo, que cresce à medida que o tão esperado e inevitável desfecho se aproxima. O espectador sabe desde o primeiro momento o que vai acontecer, mas espera que aconteça, mesmo que com uma dor no peito.
50%
3.9 2,2KO que normalmente ocorre em um filme de história onde o personagem principal tem uma doença terminal é que nada deixa a desejar em seu princípio, meio e fim. Assim, em 50% tudo é bem feito, sustentado e colabora no que uma boa trama de humor negro deseja passar ao espectador, que é emoção e identificação.
Joseph Gordon-Levitt (10 Coisas Que Eu Odeio em Você), interpreta em 50% Adam, um rapaz simpático que tem um emprego certo (acredita ele), a namorada perfeita (pensa ele) e o amigo de todas as horas (sem comentários). De primeiro tudo soa simples e dá pra pensar mesmo que é uma daquelas histórias regulares e quadradinhas, com falsidades nos relacionamentos e dificuldades de se relacionar com o outro na sociedade. Contudo, as dificuldades aqui são de se conhecer e rever todos os valores que realmente importam, no fim. Jonathan Levine (direção) emerge o espectador em sequências de prender a respiração, acreditar e TORCER pra que tudo dê certo com Adam, e no final tudo acabe bem. Isso acontece não só por Gordon-Levitt ser um dos atores jovens mais simpáticos e competentes da atualidade, mas sim também pelo roteiro honesto de Will Reiser. O filme trata de sobrevivência e como um ser humano (não herói) se relaciona com uma força inexplicável que lhe quer tirar da realidade, e deixar para trás sonhos tão simplórios que é dizer “eu te amo” para a pessoa amada.
Acredito que 50% não vá te fazer comparar películas da enorme lista sobre o enredo de doença terminal (Inquietos e O Amor Pode Dar Certo) etc , mas pode te fazer acreditar que os sonhos e as pessoas valem à pena, e que lutar, com ou sem garras, no fim sai no mesmo.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraSe você for assistir Poder Sem Limites pensando que encontrará só razão e emoção, irá se decepcionar. Nada até agora foi tão profundo e irregular como Poder Sem Limites, que encanta, com suas passagens surreais e inacreditáveis, ele emerge também para um poço escuro e sem fim.
A Dama de Ferro
3.6 1,7K“Ela tem 62 anos e é uma das atrizes mais decentes de Hollywood”.
Meryl Streep já concorreu com Katharine Hepburn, competiu diversas vezes com Glenn Close, foi indicada ao globo de ouro por filmes que nada prometem como Ela é o Diabo, pela interpretação da perua Mary Fisher, e é a atriz com maior número de indicações ao Oscar, levando para casa dois como Melhor Atriz e um como Coadjuvante; sem falar no Globo de Ouro, venceu SETE! É praxe ano após ano (no máximo de dois em dois) ela estar lá sentada nos bancos de ouro do teatro-recepção da Academia, sentada em volta aos grandes, e mesmo assim parecer ser uma mulher normal, que somente faz o seu trabalho como qualquer outra atriz. Mas números à parte, Meryl Streep é mais que prêmios e prestígio, ela mesma diz que o prêmio “é o reconhecimento dos esforços, e não uma disputa entre atrizes”. De filmografia perfeita a personagens memoráveis como o coração de pedra Miranda Priestly, Streep foi dirigida por mestres como Wood Allen, Clint Eastwood e Mike Nichols. É uma atriz em plena atividade, e não se rebaixou a filmes de final de carreira, como algumas se submetem.
Num ano repleto de biografias boas e outras ruins, A Dama de Ferro está no meio termo. Phyllida Lloyd (diretora) de nenhuma forma captou a essência da história de Margaret Thatcher, única mulher a enfrentar o sistema político machista da Inglaterra nas décadas 60 e 70 do século XX. A história é contada em flashes que não agradam, já que não há tempo necessário para seguir a narrativa, que por vezes soa fantástica demais, e o espectador não consegue colaborar na interpretação dos fatos. Ainda por isso, nesse vai e vem insuportável, no momento em que tudo está indo agradável, o roteiro novamente dá aquela trancada e fico me perguntando quando vai acontecer algo e se acontecer, vai ter final, ou vão cortar a cena e passar para outra como se a mínima noção de linearidade não tivesse importância. Enfim, nada no filme é tão majestoso quanto à interpretação de Meryl, tanto na sua fase decrépita e senil quanto na sua melhor fase autoritária e secular. A maquiagem severamente verdadeira burla a percepção de qualquer espectador mais atento, na medida em que recorre ao declínio físico e mental da personagem. O importante agora é ficarem todos atentos para os próximos anos, porque como dizem com o tempo tudo melhora, e Streep sempre virá melhor a cada ano.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7KCom um elenco de verdadeiros grandes nomes, alguns premiados e outros desconhecidos, Sete Dias com Marilyn é um filme sutil, sereno e honesto.
Sutil por que não força o texto a passar velocidade, excitação, comandos que surgem na própria filmagem. Sereno por que mostra a vida de uma das mais poderosas personalidades do planeta, e mesmo assim concentra todas suas complicações do enredo num cubo de ações que agradam os sentidos visuais e auditivos; é agradável de se assistir. E ainda, é honesto por que não falta com a história que retrata, adaptada dos livros de Colin Clark; mostra a sensualidade e brilho de Marilyn, mas também revela tão profunda e complicada é sua personalidade.
Uma história muito boa com performances meio a meio. Adorei ver Judi Denth como Dame Sybil; porém não gostei de ver Julia Ormond no papel de Vivien Leigh. Ema Watson mesmo contida me pareceu insegura. Eddie Redmayne não precisava fazer nada. E Michelle Williams não me convenceu tão completamente no papel da deusa Monroe.
Não acreditei, de nenhuma forma, que o filme levasse prêmios para casa, mas valeu a tentativa. Recomendo por sua criatividade estética, colaboração da interpretação de Denth e pelo sabor que deixa no final de "quero ver O Princípe Encantado".
Deixe-me Entrar
3.4 1,9K Assista AgoraO mais original e sombrio filme de vampiro dos últimos anos, sendo ainda assim uma refilmagem, é dirigido por um cara desconhecido e que errou antes.
Matt Reeves construiu e arquitetou sua própria categoria de filmagem, com fotografia escura, montagem substancial e uma trilha sonora superior a média. Ainda que Deixa Ela Entrar, filme de 2008 dirigido pelo sueco Tomas Alfredson (O Espião Que Sabia Demais) seja superior a este de 2010, acredito numa medida equivalente de interpretação da história, feita por Reeves.
"Chloe Moretz não é uma dúvida, agora é uma certeza", disse Weliton Vicente (crítico de cinema), e concordo plenamente. Não conheço a história cinematográfica de Kodi Smit-McPhee, mais sua interpretação também é incrível.
Fantasia, terror e um drama básico embasam a curiosa história de Owen, um menino que sofre agressões na escola, tem uma vida familiar desestruturada, e que encontra na solidão o refúgiu para os problemas; mas que conhece uma linda garota com segredos que são diferentes da realidade.
Filme com começo (chama o espectador), meio (proporciona e aprofunda o roteiro) e fim (uma elevação da tensão que sequencia o meio, e sofre um desnível).
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6KCoisa linda de cinema. Scorcese realizou aqui um espetacular filme de fantasia. Dá pra sentir algumas vezes o estilo sombrio e magro do diretor de filmes Os Infiltrados e Os Bons Companheiros, sendo que algumas cenas não conseguem sustentar o enredo profundo e angustiante, acabando por deixar certas sequências incompletas e desgastantes. Outro negativo é a atuação mediana de Asa Butterfield, o Bruno de O Menino do Pijama Listrado, que não convence em cena. Ja a adorável Chloë Grace Moretz (de inacreditáveis 15 anos), que faz a sonhadora Isabelle, é um espetáculo de graça. Mas quem brilha em cena realmente é o talentoso Ben Kingsley, que interpreta um amargurado e carrancudo Méliés pós-esquecimento. O elenco ainda conta com o super engraçado Sacha Baron Cohen (que atropela com sua perna insustentável quase todo o elenco de figurantes atrás de Bruno), Jude Law (não menos importante, com seu sorriso enxuto e seu olhar 43), Christopher Lee, Richard Griffiths (a galerinha de Harry Potter conhece bem), e ainda Helen McCrory. É um super elenco.
Fazendo um balanço entre o roteiro massante e pouco embasado do talentoso John Logan com a direção profissional, cabível e característica de Martin Scorcese podemos ver que há alguns complementos visuais e estéticos da linguagem a ser considerados.
Porém, é inegável toda a direção de arte, todos os efeitos visuais e sonoros; uma trilha sonora muito interessante. Uma complexa estrutura técnica que impressiona mesmo sem a tecnologia do 3D. É curioso e ainda gratificante ver Scorcese remoer um assunto tão linear e previsível como são os filmes de fantasia. Mais tornará um clássico, uma bela homenagem ao cinema e seus primórdios. Agora vejo que alguns poucos diretores podem impressionar, como foi aqui o caso de Scorcese.
Você vai sonhar com a história de Hugo Cabret, um menino orfão que tenta de todas as formas desvendar o mistério de um robô, deixado pelo seu pai; se deslumbrar com os variados personagens que convivem numa agitada e radiante estação de trem da Paris perdida; e se entreter com as raras passagens dos filmes clássicos das décadas de 10 e 20, do século passado. Mas, no fim, o que resta somente é o próprio fim. O filme encanta enquanto você usa o óculos 3D, depois nada mais resta, nada mais sobra.
Um filme que será uma delícia pra quem conhece e sabe de cinema (algumas partes do clássico Viagem a Lua são exibidos, assim como outros grandes), e uma ótima diversão para todos que assistem cinema por puro entretenimento.
S. Darko - Um Conto de Donnie Darko
2.1 437Desculpem pelo palavreado de baixo escalão, mais é uma grande porcaria. Eu assisti esse troço porque confundi com Donnie Darko de Richard Kelly. Perdi dinheiro, paciência e alguns minutos da minha vida - parecia que o filme nunca acabaria.
Me dê um celular, um palito de dente e uma garota mestiça que faço um curta de qualidade.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1KDepois de dirigir um dos melhores filmes de 2011, David Fincher arquiteta uma história tão densa quanto o desejado, grandiosamente estilizada e numa medida irrefutável singular de perfeição atroz. Atuações impecáveis. Briga feia para as mulheres no Oscar com Rooney Mara no páreo!
Cada um Tem a Gêmea que Merece
2.4 1,9KFilme mediano com Adam Sandler. Entendo que é dificil seguir uma carreira de comediante, e aqui ele ariscou bonito. Positivo.
Quebrando o Tabu
4.0 255O filme é repleto de fortes e importantes opiniões, mas há um sistema de produção que no decorrer não me agrada. Propostas artísticas interessantes e válidas, e ainda abre um espaço que admite a discussão das ideias praticadas no filme.
Inquietos
3.9 1,6KUma hístória já vencida, mas que nas mãos de Van Sant parece ser inédita e ainda mais poética. Um dos mais interessantes diretores da década.
Um drama não só para meninas.
Premonição 5
2.9 2,1KNao supera o primeiro filme, que é colossal, mas agrade, ainda mais por ser o quinto da série!!!
Final bom.
Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família
2.9 677Continua engraçado após as duas anteriores produções, mérito de Paul Weitz que agrada o espectador com tomadas rápidas e diálogos supervalorizados.
J. Edgar
3.5 646Um fato poderoso de maestria ronda a direção divertida, charmosa e contida de Eastwood. Assim reconheci a grandiosidade crescente de J.Edgar, de ponto a ponto que agrada e familiariza apesar de reconhecer os péssimos valores pessoais do biografado. Não entendo e ainda fico confuso como uma obra tão especial como esta foi negada a participar de categorias de direção de arte, montagem, diretor e ator da Academia.
Até já, o mais preferido do ano.
Os Descendentes
3.5 1,3KRevendo os cinco anos anteriores da categoria de melhor filme no Oscar, é visível a máxima de apresentar e dar chance a produções psicológicas e familiares. Foi com a charmosa história de Pequena Miss Sunshine, a pertinente categoria de Juno, a dramática trajetória de Preciosa, e o familiar caso de Minhas Mães e Meu Pai; e esse ano não será diferente, temos: Os Descendentes. Porém, diferente dos acima citados, a história dolorosa que se passa no Havaí é muito mais profunda e centrada num argumento que envolve o espectador: o medo e a incerteza.
Dirigido pelo hábil Alexander Payne e estrelado por George Clooney o filme tem chances de receber as estatuetas nessas duas categorias, além de roteiro adaptado.
Não é um grande filme, mas soube fazer de um enredo fácil uma história emocionante.
O Artista
4.2 2,1KEm 80 anos nenhum filme foi produzido no sistema de áudio mudo. Em preto e branco, aí já fazem décadas. Contudo, O Artista, do frânces Michel Hazanavicius, elabora um quadro peculiar visto somente no cinema dos anos 20, quando o rosto e a expressão, assim como o talento corporal ainda contava na interpretação. Bem simples segue o enredo através da derradeira carreira de um ator do cinema mudo dos anos 20, na medida que o áudio chega nas telonas ele se vê num mundo que evoluiu, sendo que ele não. A única e póstuma surpresa não é muito relevante após concluído o filme. Ainda que tenha recebido exageradas 10 indicações ao Oscar acredito que não será o grande destaque da premiação. São relevantes o figurino, fotografia e direção de arte.
Uma agradável homenagem ao cinema, apenas isso.
A Morte e Vida de Charlie
3.5 1,1K Assista AgoraSuperficial e previsível, pontos positivos para a atuação madura de Zac Efron.
Compramos um Zoológico
3.6 1,2KUma família em crise se muda para um novo lar "às margens" de um zoológico, e lá tentarão vencer (poeticamente) as dificuldades que assolam o passado, o presente e o futuro substancial de cada um. Um pai sonhador, uma menina que vive sua infância e um garoto em crise de personalidade. Essa é a história que entorna quase duas horas de filme, poderia ser chata e cansativa, mas não é.
A direção de Cameron Crowe é uma máxima de delícia. Sem grandes objeções, o longa Compramos um Zoológico que estreou em 2011 segue uma trilha simples e transformadora, crescendo em vários desníveis, abordando dramas irregulares e saboreando uma comicidade atroz ao rídiculo. Roteiro também de Crowe, deixa para trás a perspcácia instrumental que, se fosse usada na elaboração e análise das personagens, transformaria a película num derrame de auto-ajuda.
E comentando a atuação madura e segura de Matt Damon, ainda existe ali um grande ator dos tempos de Gênio Indomável e o sexy O Talentoso Ripley.
Um filme apaixonante.
Quase Irmãos
2.9 262 Assista AgoraBom filme de piadas sacadas e historinha curiosa de dois "quase irmãos".