Este é um daqueles filmes baseados em Vídeo Game e portanto não adianta reclamar muito da estrutura do filme. Resumindo a trama, duas "Bad Girls", uma em estilo Cowboy com espada samurai e a outra no estilo pistoleira e um gordinho de cabelo pintado enfrentam um exército de mortos-vivos zumbis esfomeados sedentos de sangue. A personagem que estampa a capa é Aya, ela que matar a irmã dela, Saki, pois esta assassinou o pai quando criança para provar que era uma garota forte. Por este breve resumo da trama você deduz o resto. O filme abusa do CGI e tem bastante ação, as atrizes são charmosas e bonitas e o filme tem ação intensa, mas como já havia escrito acima o público ao qual o filme está destinado são realmente os apreciadores dos Games, Tokusatsu e Trash Japonês.
O diretor inglês Derek Jarman (1942-1994) filma uma pequena biografia de um dos mais reconhecidos e influentes filósofos do século XX, o austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951). O filme é realizado em tom irônico e humorístico filmado em estúdio, de forma quase teatral sem cenários reais. O ator Karl Johnson interpreta o Wittgenstein já adulto e Clancy Chassay interpreta de forma bastante carismática o jovem Wittgenstein. A atriz inglesa Tilda Swinton também atua no filme no papel de Lady Ottoline Morrell.
Filme de Xavier Gens (A Fronteira) peca em muitos aspectos, mas o clima de tensão criado no confinamento entre os personagens enclausurados em um abrigo anti-nuclear tem bons momentos. Não chega a ser tão forte em termo de cenas grotescas como o filme anterior do diretor e confesso que fiquei em dúvida se daria duas ou três estrelas ao filme, mas pesei bem a dramaticidade criada em muitas das cenas e optei por dar uma boa nota ao longa. No elenco destacam-se a atriz alemã Lauren German no papel de Eva e Michael Biehn no papel do zelador Mickey. Vale uma espiada se você curte o gênero trash de Horror e Ficção.
Gostei mais da segunda vez que vi,após um debate na sessão de Cinema do Cinemarana, uma espécie de clube de cinefilia criado pelo moderador Elvis Pinheiro no SESC -Crato.
Com um orçamento limitado de apenas U$ 15 milhões, o que não é nada comparado aos orçamentos dos grandes blockbusters norte-americanos, este filme de estréia do diretor Josh Trank consegue unir com criatividade a linguagem do filme documentário, aquela velha idéia que vem sendo explorada com frequência desde o sucesso da Bruxa de Blair, com a linguagem dos filmes de personagens que ganham super-poderes, não usei a palavra filme de Super-Herói porque não é a temática aqui uma vez que os personagens não usam seus poderes para fazer justiça. Trata-se de adolescentes brincando com os grandes poderes que adquiriram e o filme aborda muito mais a questão do momento na educação, o bullying, assim como os problemas pessoais dos alunos, como a falta de popularidade na escola, alcoolismo e doenças terminais usados com fundamentação dramática. Apesar de ter dado quatro estrelas ao filme, achei que faltou um pouco mais de ousadia ao diretor em alguns momentos da utilização dos poderes, mas acredito que só verei isto no dia em que Akira virar um longa-metragem live-action.
Um clássico dos irmãos Marx, segundo filme sonoro da carreira destes humoristas americanos que fizeram grande sucesso entre os anos 30 e 50. As piadas são às vezes ingênuas, de um humor bem pastelão e às vezes construídas com grande poesia visual. Este Animal Crackers foi dirigido por Victor Heerman com roteiro escrito por Morrie Ryskind baseado em peça escrita por ele próprio juntamente com George S. Kaufman, Bert Kalmar e Harry Ruby. A trama inicia quando o grande explorador, o capitão Spaulding, interpretado pelo genial Groucho Marx, volta para a África e vai a uma festa de gala oferecida pela senhora Rittenhouse, papel de Margaret Dumont. Durante a festa um valioso quadro é roubado, e o Capitão Spaulding juntamente com o lunático Professor (Harpo) e o pianista Ravelli (Chico), tentam recuperá-la. Uma cena que acontece logo no inicio com Groucho cantando "Hello, I Must Be Going" pode ser ouvida no início do filme de Woody Allen Tudo pode dar certo (2009).
Filme feito com câmera de home vídeo em 1984 por Chester Novell Turner (1950) que merece elogios pela boa montagem e os bons efeitos que o autor consegue realizar para dar vida ao boneco ventríloquo usado no filme. A trama segue uma mulher cristã fervorosa chamada Hellen Black, ela compra um boneco em uma loja e é avisado pela vendedora que o boneco é amaldiçoado e que pode fazer vir a tona os desejos mais recôndidos de quem o possuir, e mesmo sendo avisada ela leva o boneco até sua casa e ele então torna realidade os desejos sexuais reprimidos de Hellen. O filme recebeu uma sátira recente em 2007 feita com melhor qualidade e mais recursos por Jonathan Lewis com o título Black Devil Doll.
Eis um filme ridículo com um ator meio decadente. A atuação de Al Pacino é digna do péssimo roteiro, cheio de clichês e situações pífias, melodramáticas e que apenas nos primeiros momentos da trama conseguem distrair o espectador. Os primeiros minutos são até interessantes mas o que ocorre na sequência é digna de filme trash, a diferença entretanto é que estes se assumem como tal, não é o caso deste aqui.
O que o diretor Afonso Poyart fez com os míseros 4 milhões de reais da produção deste 2 coelhos é realmente digno de louvor. A crítica brasileira quase que em peso, cito aqui três dos mais prestigiados como Isabela Boscov, Rubens Ewald Filho e Pablo Villaça, teceram muitos elogios ao filme, que além de buscar inspiração nos norte-americanos Guy Ritchie, Zack Snyder e Quentin Tarantino, tenta no meio do bolo tecer uma crítica à grande corrupção dos políticos brasileiros, esta mancha que não sai da nossa história e nos enche de vergonha.
Cheio de ação e momentos de grande apuro visual o filme pecou um pouco, creio eu, na minha humilde visão, em não empolgar muito o espectador cinéfilo já bastante calejado com esse tipo de produção. Vale pela tentativa que acredito só será válida, se esta produção catapultar outras produções do gênero e fomentar a criação e o incentivo tanto dos filme de ação, quanto dos demais gêneros pouco explorados no cinema nacional como o Horror e a Ficção Científica.
Mesmo sendo bastante inferior a um de seus últimos trabalhos, A vida secreta das palavras, a diretora catalã Isabel Coixet (1960) consegue conduzir com mão segura este drama escrito por Nicholas Meyer baseado na obra "O animal agonizante" do escritor norte-americano Philip Roth (1933).
O filme consegue boa parte de seu efeito estético graças à bela fotografia de Jean-Claude Larrieu (o mesmo de A vida Secreta das Palavras) e na parte dramática temos as boas atuações de Ben Kingsley (1943), no papel do professor David Kepesh, e da atriz espanhola Penélope Cruz (1974), no papel de Consuela Castillo, aluna de David.
David e Consuello iniciam um relacionamento e vamos acompanhando sua rotina de professor universitário, seus encontros com a outra amante chamada Carolyn, interpretada por Patricia Clarkson, e suas conversas com o filho Peter Kepesh, um renomado oncologista e também com o amigo poeta chamado George O'Hearn, vivido por Dennis Hopper (1936).
O filme peca um pouco no ritmo, apesar da elegância de Coixet na condução da trama, os movimentos de câmera e o tom melancólico que o filme consegue transmitir, os personagens por vezes soam desinteressantes, e o ritmo cadenciado em conjunto com todos os outros atributos técnicos e estéticos não conseguiram nada de muito impressionante, mas é um bom filme, merece ser visto.
Curiosidade: O nome em inglês, Elegy, que significa elegia é bem mais apropriado do que este título brasileiro, Fatal. [Abaixo duas definições para a palavra Elegia retirados do dicionário Aurélio] Elegia: 1. Arte Poét. Entre os gregos e latinos, poema formado de versos hexâmetros e pentâmetros alternados. 2. Poema lírico, cujo tom é quase sempre terno e triste.
Um bom suspense com toques dramáticos, envolvente e que peca apenas na criação do romantismo entre o casal principal do filme, com um certo exagero melodramático que destoa diante da violência e das situações rocambolescas no qual o personagem principal se envolve. A direção ficou a cargo de Guillaume Canet (1973), que também atua interpretando o pedófilo Phillipe Neuville e o roteiro escrito pelo próprio Canet juntamente com Philippe Lefebvre foi baseado no romance homônimo do escritor americano Harlan Coben.
O elenco principal é encabeçado por François Cluzet que interpreta o pediatra Alexandre Arnaud Beck, sua esposa Margot Beck, papel de Marie-Josée Croze (1970) e seu pai Jacques Laurentin, interpretado por André Dussollier (1946). Vale destacar também a presença da atriz inglesa Kristin Scott Thomas (1960) no papel de Helene Perkins.
A trama gira em torno do assassinato envolvendo Margot Beck e as investigações sobre sua morte que são retomadas 8 anos depois quando a polícia descobre outros corpos no local do crime. O marido dela, Alexandre Beck passa então a investigar o caso após receber e-mails que parecem estar sendo enviados por Margot. O roteirista Philippe Lefebvre também atua no filme interpretando o Tenente Philippe Meynard.
Drama de ação envolvendo a sensação mundial do mundo esportivo, as lutas do MMA (Mixed Martial Arts) com direção de Gavin O'Connor e um Nick Nolte inspirado no papel de Paddy Conlon, um alcóolatra que tenta se reconciliar com os dois filhos, ambos lutadores de MMA. Os atores Joel Edgerton e Tom Hardy interpretam os irmãos Brendan e Tommy Conlon, cada um deles tem um drama de vida como pano de fundo para desenrolar a trama que joga o espectador no mundo violento e excitante das lutas do MMA que ocorrem em um torneio fictício chamado SPARTA, cujo prêmio de 5 milhões de dólares é cobiçado por vários lutadores do mundo, incluindo é claro os dois irmãos lutadores.
O filme é envolvente, tem os clichês típicos de filmes esportivos, mas o incrível é que funciona, entretem e chega a empolgar o espectador com os dramas que motivam cada personagem.
Concordo com o que o Rafael Castilho falou. Mark Borchardt é um personagem vivo e humano, com todos os seus sonhos e defeitos e o filme desperta imensa curiosidade em acompanhar a carreira deste lutador no qual os olhos brilham quando o assunto é cinema.
Começei a ver hoje a chamada "Trilogia do Silêncio" ou "Trilogia da Fé", termos com o quais ficaram conhecidas estas três obras fundamentais da filmografia deste grande cineasta chamado Ingmar Bergman (1918-2007). Ele filmou na sequência os filmes Através de um Espelho (1961), Luz de Inverno (1962) e O Silêncio (1963), abordando questões existenciais e estas barreiras terríveis que como campos de força psicológicos parecem não deixar nós humanos vermos o que se esconde por trás dos jogos cênicos que constroem nossas realidades ou virtualidades, os termos parecem se confundir por vezes, ou sempre, não sei. Nas obras de Bergman esse mundo onírico parece sempre atravessar a realidade e a atmosfera criada através das sempre competentes interpretações de Max Von Sydow (1929), Harriet Andersson (1932) e Gunnar Björnstrand (1909-1986) que unem-se à fotografia magistral de Sven Nykvist (1922-2006), um dos mais poéticos e sublimes dos diretores de fotografia que o cinema já concebeu. Obra-prima vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1962, este foi o segundo prêmio oscar de melhor filme estrangeiro da carreira do cineasta, os outros foram para A Fonte da Donzela (1962) e Fanny e Alexandre (1984) .
Fiquei em dúvida ao final se eu colocaria duas ou três estrelas para esta verdadeira bomba trash realizada em 1981 pelo diretor Norman J. Warren. Porém sempre procuro ver a poesia por trás dos filmes que estão alocados dentro do Universo Trash. Tudo bem que Inseminoid é ruim, ruim de chorar, mas é daqueles que vale a frase: É tão ruim que é bom. Há tantas cenas toscas, tanta bobagem reunida que quando você para um pouco para pensar só fica mesmo a vontade de rir, e rir muito. A trama é uma chupação de Alien: o 8º passageiro, filme norte-americano lançado em 1979 e que fazia muito sucesso na época e que hoje em dia é um dos clássicos da ficção científica de horror.
Voltando a Inseminoid, a trama narra a chegada de um grupo de 12 cientistas do projeto Xeno que chegam até um planeta desconhecido e começam a explorá-lo, eles são atacados por uma criatura e uma das cientistas do grupo é estuprada pelo monstrengo alienígena. Quando é levada a bordo da nave, Sandy, a cientista estuprada pelo alien, interpretada pela atriz Judy Greeson, começa a perseguir seus amigos ensandecida pelo bebê alien que ela agora carrega em seu corpo. Há algumas cenas gosmentas, mas sem exageros e também um pouco de nudez feminina, mas nada frontal e explícito. As lutas são pessimamente coreografadas e há inúmeros furos de roteiro que se eu fosse enumerar teria que escrever um texto enorme e o tempo que perderia fazendo isso poderia estar vendo um outro filme, portanto finalizo aqui o comentário reforçando que o filme é indicado apenas para os que já estão acostumados com filmes bagaceira e lixos trash.
Estrelado pelo sempre hilariante Groucho Marx e pela nossa eterna estrela do cinema Carmen Miranda, esta comédia centra-se no talento de ambos e narra uma trama simples na qual Carmen interpreta duas mulheres, uma cantora francesa chamada Fifi e uma versão da própria Carmen Miranda com o pseudônimo de Carmen Navarro. O filme vale pela presença de Groucho e sua boa química com Carmen, e pelo famoso número musical de Carmen Miranda "Tico-tico no Fubá".
A diretora russa Kira Muratova (1934) dirigiu em 1989 esta bela obra-prima na qual descreve com imagens poéticas um mundo caótico e desumano pontuado por dois personagens principais. No início, filmado em preto e branco acentuado com tons em cinza, acompanhamos o desespero e a loucura de uma médica chamada Natasha, papel de Olga Antonova, que não consegue se consolar ao perder o marido, a cena no cemitério é simplesmente sublime, uma das cenas mais realistas de um enterro que já pude assistir até hoje, até pensei que fosse um enterro real sendo filmado, mas quando a ficção revela-se descobrimos que tudo fazia parte do processo cênico extremamente bem realizado de Muratova. Quando o outro personagem principal da trama surge na tela passamos para o momento a cores da narrativa, o professor Nikolai, interpretado pelo co-roteirista Sergei Popov, sofre da tal síndrome astênica que dá título ao filme, e ao contrário da médica que explode em agressividade, ele simplesmente adormece não importa o barulho ou as situações que estejam ocorrendo ao seu redor. O filme exige paciência do espectador, mas o resultado é um filme simplesmente inesquecível cheio de imagens arrebatadoras como a do canil com cachorros e gatos abandonados, a cena do enterro e a cena final no metrô. É considerado um dos melhores filmes da Glasnost [Transparência] e da Perestroika [Reestruturação], período político que marcou a abertura da antiga URSS [1922-1991] com o governo de Mikhail Gorbatchev eleito em 1985.
Te Pego Lá Fora
3.6 518Esse eu não perdia. Ria à beça com a covardia do Jerry Mitchell.
O Garoto que Podia Voar
3.2 168Esse eu sempre assistia. É que eu queria voar também. :)
Cheque em Branco
3.0 249 Assista AgoraVi em VHS. Acho que em 1995.
Chanbara Beauty
2.5 23Este é um daqueles filmes baseados em Vídeo Game e portanto não adianta reclamar muito da estrutura do filme. Resumindo a trama, duas "Bad Girls", uma em estilo Cowboy com espada samurai e a outra no estilo pistoleira e um gordinho de cabelo pintado enfrentam um exército de mortos-vivos zumbis esfomeados sedentos de sangue. A personagem que estampa a capa é Aya, ela que matar a irmã dela, Saki, pois esta assassinou o pai quando criança para provar que era uma garota forte. Por este breve resumo da trama você deduz o resto. O filme abusa do CGI e tem bastante ação, as atrizes são charmosas e bonitas e o filme tem ação intensa, mas como já havia escrito acima o público ao qual o filme está destinado são realmente os apreciadores dos Games, Tokusatsu e Trash Japonês.
Velocidade Máxima 2
2.5 287 Assista AgoraBomba!!!!!
A Gaiola das Loucas
3.6 223 Assista AgoraQuem viu o original sabe o quanto é fraquinha esta versão americana.
La Bamba
3.6 294 Assista AgoraEsse eu sempre assistia quando passava só para ouvir a cena do La Bamba!!
Wittgenstein
4.1 39"Digam a todos que tive uma vida maravilhosa"...
O diretor inglês Derek Jarman (1942-1994) filma uma pequena biografia de um dos mais reconhecidos e influentes filósofos do século XX, o austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951). O filme é realizado em tom irônico e humorístico filmado em estúdio, de forma quase teatral sem cenários reais. O ator Karl Johnson interpreta o Wittgenstein já adulto e Clancy Chassay interpreta de forma bastante carismática o jovem Wittgenstein. A atriz inglesa Tilda Swinton também atua no filme no papel de Lady Ottoline Morrell.
O Abrigo
3.0 414Filme de Xavier Gens (A Fronteira) peca em muitos aspectos, mas o clima de tensão criado no confinamento entre os personagens enclausurados em um abrigo anti-nuclear tem bons momentos. Não chega a ser tão forte em termo de cenas grotescas como o filme anterior do diretor e confesso que fiquei em dúvida se daria duas ou três estrelas ao filme, mas pesei bem a dramaticidade criada em muitas das cenas e optei por dar uma boa nota ao longa. No elenco destacam-se a atriz alemã Lauren German no papel de Eva e Michael Biehn no papel do zelador Mickey. Vale uma espiada se você curte o gênero trash de Horror e Ficção.
Shortbus
3.7 548 Assista AgoraGostei mais da segunda vez que vi,após um debate na sessão de Cinema do Cinemarana, uma espécie de clube de cinefilia criado pelo moderador Elvis Pinheiro no SESC -Crato.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraCom um orçamento limitado de apenas U$ 15 milhões, o que não é nada comparado aos orçamentos dos grandes blockbusters norte-americanos, este filme de estréia do diretor Josh Trank consegue unir com criatividade a linguagem do filme documentário, aquela velha idéia que vem sendo explorada com frequência desde o sucesso da Bruxa de Blair, com a linguagem dos filmes de personagens que ganham super-poderes, não usei a palavra filme de Super-Herói porque não é a temática aqui uma vez que os personagens não usam seus poderes para fazer justiça. Trata-se de adolescentes brincando com os grandes poderes que adquiriram e o filme aborda muito mais a questão do momento na educação, o bullying, assim como os problemas pessoais dos alunos, como a falta de popularidade na escola, alcoolismo e doenças terminais usados com fundamentação dramática. Apesar de ter dado quatro estrelas ao filme, achei que faltou um pouco mais de ousadia ao diretor em alguns momentos da utilização dos poderes, mas acredito que só verei isto no dia em que Akira virar um longa-metragem live-action.
Os Galhofeiros
3.6 10Um clássico dos irmãos Marx, segundo filme sonoro da carreira destes humoristas americanos que fizeram grande sucesso entre os anos 30 e 50. As piadas são às vezes ingênuas, de um humor bem pastelão e às vezes construídas com grande poesia visual. Este Animal Crackers foi dirigido por Victor Heerman com roteiro escrito por Morrie Ryskind baseado em peça escrita por ele próprio juntamente com George S. Kaufman, Bert Kalmar e Harry Ruby. A trama inicia quando o grande explorador, o capitão Spaulding, interpretado pelo genial Groucho Marx, volta para a África e vai a uma festa de gala oferecida pela senhora Rittenhouse, papel de Margaret Dumont. Durante a festa um valioso quadro é roubado, e o Capitão Spaulding juntamente com o lunático Professor (Harpo) e o pianista Ravelli (Chico), tentam recuperá-la. Uma cena que acontece logo no inicio com Groucho cantando "Hello, I Must Be Going" pode ser ouvida no início do filme de Woody Allen Tudo pode dar certo (2009).
Black Devil Doll from Hell
2.9 8Filme feito com câmera de home vídeo em 1984 por Chester Novell Turner (1950) que merece elogios pela boa montagem e os bons efeitos que o autor consegue realizar para dar vida ao boneco ventríloquo usado no filme. A trama segue uma mulher cristã fervorosa chamada Hellen Black, ela compra um boneco em uma loja e é avisado pela vendedora que o boneco é amaldiçoado e que pode fazer vir a tona os desejos mais recôndidos de quem o possuir, e mesmo sendo avisada ela leva o boneco até sua casa e ele então torna realidade os desejos sexuais reprimidos de Hellen. O filme recebeu uma sátira recente em 2007 feita com melhor qualidade e mais recursos por Jonathan Lewis com o título Black Devil Doll.
88 Minutos
3.1 144 Assista AgoraEis um filme ridículo com um ator meio decadente. A atuação de Al Pacino é digna do péssimo roteiro, cheio de clichês e situações pífias, melodramáticas e que apenas nos primeiros momentos da trama conseguem distrair o espectador. Os primeiros minutos são até interessantes mas o que ocorre na sequência é digna de filme trash, a diferença entretanto é que estes se assumem como tal, não é o caso deste aqui.
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraO que o diretor Afonso Poyart fez com os míseros 4 milhões de reais da produção deste 2 coelhos é realmente digno de louvor. A crítica brasileira quase que em peso, cito aqui três dos mais prestigiados como Isabela Boscov, Rubens Ewald Filho e Pablo Villaça, teceram muitos elogios ao filme, que além de buscar inspiração nos norte-americanos Guy Ritchie, Zack Snyder e Quentin Tarantino, tenta no meio do bolo tecer uma crítica à grande corrupção dos políticos brasileiros, esta mancha que não sai da nossa história e nos enche de vergonha.
Cheio de ação e momentos de grande apuro visual o filme pecou um pouco, creio eu, na minha humilde visão, em não empolgar muito o espectador cinéfilo já bastante calejado com esse tipo de produção. Vale pela tentativa que acredito só será válida, se esta produção catapultar outras produções do gênero e fomentar a criação e o incentivo tanto dos filme de ação, quanto dos demais gêneros pouco explorados no cinema nacional como o Horror e a Ficção Científica.
Fatal
3.5 179Mesmo sendo bastante inferior a um de seus últimos trabalhos, A vida secreta das palavras, a diretora catalã Isabel Coixet (1960) consegue conduzir com mão segura este drama escrito por Nicholas Meyer baseado na obra "O animal agonizante" do escritor norte-americano Philip Roth (1933).
O filme consegue boa parte de seu efeito estético graças à bela fotografia de Jean-Claude Larrieu (o mesmo de A vida Secreta das Palavras) e na parte dramática temos as boas atuações de Ben Kingsley (1943), no papel do professor David Kepesh, e da atriz espanhola Penélope Cruz (1974), no papel de Consuela Castillo, aluna de David.
David e Consuello iniciam um relacionamento e vamos acompanhando sua rotina de professor universitário, seus encontros com a outra amante chamada Carolyn, interpretada por Patricia Clarkson, e suas conversas com o filho Peter Kepesh, um renomado oncologista e também com o amigo poeta chamado George O'Hearn, vivido por Dennis Hopper (1936).
O filme peca um pouco no ritmo, apesar da elegância de Coixet na condução da trama, os movimentos de câmera e o tom melancólico que o filme consegue transmitir, os personagens por vezes soam desinteressantes, e o ritmo cadenciado em conjunto com todos os outros atributos técnicos e estéticos não conseguiram nada de muito impressionante, mas é um bom filme, merece ser visto.
Curiosidade: O nome em inglês, Elegy, que significa elegia é bem mais apropriado do que este título brasileiro, Fatal. [Abaixo duas definições para a palavra Elegia retirados do dicionário Aurélio]
Elegia: 1. Arte Poét. Entre os gregos e latinos, poema formado de versos hexâmetros e pentâmetros alternados. 2. Poema lírico, cujo tom é quase sempre terno e triste.
Não Conte a Ninguém
3.6 157 Assista AgoraUm bom suspense com toques dramáticos, envolvente e que peca apenas na criação do romantismo entre o casal principal do filme, com um certo exagero melodramático que destoa diante da violência e das situações rocambolescas no qual o personagem principal se envolve. A direção ficou a cargo de Guillaume Canet (1973), que também atua interpretando o pedófilo Phillipe Neuville e o roteiro escrito pelo próprio Canet juntamente com Philippe Lefebvre foi baseado no romance homônimo do escritor americano Harlan Coben.
O elenco principal é encabeçado por François Cluzet que interpreta o pediatra Alexandre Arnaud Beck, sua esposa Margot Beck, papel de Marie-Josée Croze (1970) e seu pai Jacques Laurentin, interpretado por André Dussollier (1946). Vale destacar também a presença da atriz inglesa Kristin Scott Thomas (1960) no papel de Helene Perkins.
A trama gira em torno do assassinato envolvendo Margot Beck e as investigações sobre sua morte que são retomadas 8 anos depois quando a polícia descobre outros corpos no local do crime. O marido dela, Alexandre Beck passa então a investigar o caso após receber e-mails que parecem estar sendo enviados por Margot. O roteirista Philippe Lefebvre também atua no filme interpretando o Tenente Philippe Meynard.
Guerreiro
4.0 919 Assista AgoraDrama de ação envolvendo a sensação mundial do mundo esportivo, as lutas do MMA (Mixed Martial Arts) com direção de Gavin O'Connor e um Nick Nolte inspirado no papel de Paddy Conlon, um alcóolatra que tenta se reconciliar com os dois filhos, ambos lutadores de MMA. Os atores Joel Edgerton e Tom Hardy interpretam os irmãos Brendan e Tommy Conlon, cada um deles tem um drama de vida como pano de fundo para desenrolar a trama que joga o espectador no mundo violento e excitante das lutas do MMA que ocorrem em um torneio fictício chamado SPARTA, cujo prêmio de 5 milhões de dólares é cobiçado por vários lutadores do mundo, incluindo é claro os dois irmãos lutadores.
O filme é envolvente, tem os clichês típicos de filmes esportivos, mas o incrível é que funciona, entretem e chega a empolgar o espectador com os dramas que motivam cada personagem.
American Movie
4.1 9 Assista AgoraConcordo com o que o Rafael Castilho falou. Mark Borchardt é um personagem vivo e humano, com todos os seus sonhos e defeitos e o filme desperta imensa curiosidade em acompanhar a carreira deste lutador no qual os olhos brilham quando o assunto é cinema.
Através de um Espelho
4.3 249Começei a ver hoje a chamada "Trilogia do Silêncio" ou "Trilogia da Fé", termos com o quais ficaram conhecidas estas três obras fundamentais da filmografia deste grande cineasta chamado Ingmar Bergman (1918-2007). Ele filmou na sequência os filmes Através de um Espelho (1961), Luz de Inverno (1962) e O Silêncio (1963), abordando questões existenciais e estas barreiras terríveis que como campos de força psicológicos parecem não deixar nós humanos vermos o que se esconde por trás dos jogos cênicos que constroem nossas realidades ou virtualidades, os termos parecem se confundir por vezes, ou sempre, não sei. Nas obras de Bergman esse mundo onírico parece sempre atravessar a realidade e a atmosfera criada através das sempre competentes interpretações de Max Von Sydow (1929), Harriet Andersson (1932) e Gunnar Björnstrand (1909-1986) que unem-se à fotografia magistral de Sven Nykvist (1922-2006), um dos mais poéticos e sublimes dos diretores de fotografia que o cinema já concebeu. Obra-prima vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1962, este foi o segundo prêmio oscar de melhor filme estrangeiro da carreira do cineasta, os outros foram para A Fonte da Donzela (1962) e Fanny e Alexandre (1984) .
Planeta do Medo
2.4 17 Assista AgoraFiquei em dúvida ao final se eu colocaria duas ou três estrelas para esta verdadeira bomba trash realizada em 1981 pelo diretor Norman J. Warren. Porém sempre procuro ver a poesia por trás dos filmes que estão alocados dentro do Universo Trash. Tudo bem que Inseminoid é ruim, ruim de chorar, mas é daqueles que vale a frase: É tão ruim que é bom. Há tantas cenas toscas, tanta bobagem reunida que quando você para um pouco para pensar só fica mesmo a vontade de rir, e rir muito. A trama é uma chupação de Alien: o 8º passageiro, filme norte-americano lançado em 1979 e que fazia muito sucesso na época e que hoje em dia é um dos clássicos da ficção científica de horror.
Voltando a Inseminoid, a trama narra a chegada de um grupo de 12 cientistas do projeto Xeno que chegam até um planeta desconhecido e começam a explorá-lo, eles são atacados por uma criatura e uma das cientistas do grupo é estuprada pelo monstrengo alienígena. Quando é levada a bordo da nave, Sandy, a cientista estuprada pelo alien, interpretada pela atriz Judy Greeson, começa a perseguir seus amigos ensandecida pelo bebê alien que ela agora carrega em seu corpo. Há algumas cenas gosmentas, mas sem exageros e também um pouco de nudez feminina, mas nada frontal e explícito. As lutas são pessimamente coreografadas e há inúmeros furos de roteiro que se eu fosse enumerar teria que escrever um texto enorme e o tempo que perderia fazendo isso poderia estar vendo um outro filme, portanto finalizo aqui o comentário reforçando que o filme é indicado apenas para os que já estão acostumados com filmes bagaceira e lixos trash.
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na …
3.5 535o primeiro já está disponível para venda em DVD?
Copacabana
3.7 35Estrelado pelo sempre hilariante Groucho Marx e pela nossa eterna estrela do cinema Carmen Miranda, esta comédia centra-se no talento de ambos e narra uma trama simples na qual Carmen interpreta duas mulheres, uma cantora francesa chamada Fifi e uma versão da própria Carmen Miranda com o pseudônimo de Carmen Navarro. O filme vale pela presença de Groucho e sua boa química com Carmen, e pelo famoso número musical de Carmen Miranda "Tico-tico no Fubá".
Síndrome Astênica
3.6 5A diretora russa Kira Muratova (1934) dirigiu em 1989 esta bela obra-prima na qual descreve com imagens poéticas um mundo caótico e desumano pontuado por dois personagens principais. No início, filmado em preto e branco acentuado com tons em cinza, acompanhamos o desespero e a loucura de uma médica chamada Natasha, papel de Olga Antonova, que não consegue se consolar ao perder o marido, a cena no cemitério é simplesmente sublime, uma das cenas mais realistas de um enterro que já pude assistir até hoje, até pensei que fosse um enterro real sendo filmado, mas quando a ficção revela-se descobrimos que tudo fazia parte do processo cênico extremamente bem realizado de Muratova. Quando o outro personagem principal da trama surge na tela passamos para o momento a cores da narrativa, o professor Nikolai, interpretado pelo co-roteirista Sergei Popov, sofre da tal síndrome astênica que dá título ao filme, e ao contrário da médica que explode em agressividade, ele simplesmente adormece não importa o barulho ou as situações que estejam ocorrendo ao seu redor. O filme exige paciência do espectador, mas o resultado é um filme simplesmente inesquecível cheio de imagens arrebatadoras como a do canil com cachorros e gatos abandonados, a cena do enterro e a cena final no metrô. É considerado um dos melhores filmes da Glasnost [Transparência] e da Perestroika [Reestruturação], período político que marcou a abertura da antiga URSS [1922-1991] com o governo de Mikhail Gorbatchev eleito em 1985.