Tamires Prado

fiquei com a sensação de “condescendência” (não pelo fato em si, mas pelo momento, ponto de vista único e falta de exploração de contexto), mas vai lá. descobri que não sou grande fã de filme jornalístico, ao invés de tensão senti que estava maçante em várias partes. não é um filme ruim, mas não é um filme pra mim.

pra mim um dos melhores filmes da temporada e merecia mais o oscar de melhor filme do que alguns indicados ali. “ai porque o filme é simples e não tem nada demais” EXATAMENTE, o filme menos pretensioso dessa temporada, não tenta ser nada além do que é, não vende nenhuma ideia em cima de si mesmo e pra mim é disso que o cinema mais precisa agora. muito melhor do que diversos filmes da lista cheios de pretensão que não atingem nem metade do potencial que acreditam ter.

e sim, benji insuportável muitas vezes, passei o filme todo me identificando com o personagem do jesse eisenberg (inclusive chorei um pouquinho com o monólogo dele) e não conseguiria conviver com um benji na minha vida mas isso não torna o filme ruim, a ideia do personagem era essa mesma. enfim pra mim um filme que atinge o que se propõe, mesmo simples, vale muito mais do que os que colocam grandes pautas e polêmicas mas não se aprofundam de verdade em nada.

achei “os rejeitados” do ano, não teria chance se tivesse sido indicado mas pelo menos merecia a indicação.

até agora um dos que mais gostei da temporada do oscar mas acho que mais porque os outros estão tão ruins do que por esse ser realmente bom. traz boas reflexões, gostei da estética no geral e gostei muito das atuações que, a mim, pareceram bem naturais. mas também me irritou em algumas cenas, o excesso de cenas caóticas me estressou e acho que podia ser mais aprofundado e menos superficial (mais cenas do que se passa no interno da anora do que de sexo explícito seria bom).

no geral é um bom filme mas também esquecível, provavelmente nunca mais vou ver na vida.