A premissa é interessante e os intérpretes cativantes. Mas o resultado é apenas superficial e, francamente, pra que reunir tantos clichês?
Tem até a cena do rapaz ajudando a mocinha a juntar os livros que foram parar no chão desastradamente. E todo aluno novo de filme precisa chegar depois que a aula já começou? Sempre? E a piada de explorar o passado problemático do aluno novo que acaba gerando rumores absurdos já foi explorado no superior "Dez Coisas Que eu Odeio em Você".
E por que, em nome de Deus, a protagonista e o aluno novo são tão parecidos? Ou foi só eu que notei que eles poderiam ser irmãos?
Pra finalizar, que adolescência chata. Até a minha foi menos chata e nem por isso eu acho que ela mereça um filme. A verdade é que o personagem do Caio Blat renderia um filme melhor, mas esse filme já foi feito e se chama "1985". Esse, aliás, eu recomendo.
As atuações são realmente brilhantes, mas esperava um pouco mais do roteiro e da direção por ser o clássico que é. Fora que o sanatório é um spa de luxo, né? A realidade brasileira mandou um beijo. Quem tá pagando a conta pro McMurphy ficar ali?
Mas achei aquele prólogo absolutamente desnecessário. Um desperdício de dinheiro e de tempo em um filme já suficientemente longo, devia ter ficado no roteiro ou na ilha de edição.
Tem muitas coincidências forçadas para uma trama que pretende ser minimalista: o gato que precisa ser recolhido justo naquele momento e o galho que quebra bem na hora; o personagem que volta para sua casa exatamente quando os capatazes do Factor também foram lá pra quebrar tudo; e o reencontro dos dois amigos perto do fim, totalmente por acaso.
E tem ainda o cachorro da moça no início que encontra os esqueletos. Fiquei surpreso em ver como ela os desenterra com as próprias mãos na terra gelada com uma facilidade surpreendente.
Acho que faltou uma certa elegância narrativa pro dono da vaca descobrir que estava sendo roubado de outro modo e pro reencontro dos dois amigos acontecer de outra, que não por acaso, no fim.
Mas achei bonito que, no fim, até que eles tiveram uma morte digna.
Perderam uma bela oportunidade de fazer um bom filme. Tinha muita coisa pra dar certo, mas não deu.
Exploraram um universo pouco conhecido pelo grande público e reuniram alguns dos maiores talentos da história recente do Eurovision só pra misturar tudo em uma trama fraca que parece incerta sobre qual tipo de humor abraçar. Uma pena. As músicas são ótimas e Rachel McAdams (que, obviamente, apenas dubla suas canções, não que isso seja um problema) é uma estrela de verdade, um poço de carisma. Ademais, algumas piadas funcionam e o filme passa rápido.
Baita crítica ao capitalismo e a fragilidade do ego masculino. Vi muitas vezes quando criança, de madrugada na TV, sem entender estas questões e também só agora fui me ligar que...
Era tudo imaginação do Patrick. O exagero de tudo que ele faz e seu comportamento bizarro/impulsivo de coisas que ele só imagina são as pistas. Quando o cara fala que encontrou o outro em Londres é a prova.
Outro fato curioso é que eu lembro de ficar "empolgadinho" com as cenas do Christian Bale pelado, ainda que ele me desse um pouco de medo. A cena da escadaria me apavorou e nunca esqueci. E o legal é que eles são todos "vice-presidentes" de alguma coisa e nunca são vistos trabalhando, só falando de futilidades hahah.
Alvaro é um imbecil completo, um psicopata, um sujeito burro, medíocre e egoísta que mereceu o destino que teve. O que ele não merece, por outro lado, é nossa empatia, nosso investimento emocional e provavelmente não merecia um filme sobre ele.
O velho que morre e a vizinha solitária tem lá seu carisma, mas Alvaro não tem nem isso.
E, no fim, os mexicanos, imigrantes já tão marginalizados, são dois assassinos. Ah, vão se foder.
Com excessão de Lara e das crianças (ainda que o menino seja um tanto irritante) não dá vontade de torcer por nenhum personagem ali. E isso porque Stênio é claramente um psicopata e Odete uma mulher desprezível. Ainda assim, me surpreendi ao ver que, para afundar de vez o seu caráter, ela estava determinada a traumatizar (ou matar) os filhos só para se vingar do marido.
E há uma falha grave na lógica interna da trama, pois no início, de alguma forma, Stênio parece absolutamente ciente de seu compromisso para com o seu dom/maldição: jamais levar coisas ditas pelos mortos para fora dali, sob a pena de sofrer retaliações do além. Porém, ele o faz assim que tentado. E depois de fazê-lo, quando um morto diz a ele que ele está "marcado" Stênio reage surpreso, como se não esperasse por isso.
O triste é que esse "isso" não é um vingança do mundo dos mortos, mas sim da própria esposa falecida, o que para mim não faz o menor sentido.
Outra falha na lógica interna do filme é que todos os mortos, uma vez que já "do outro lado" pareciam ter uma espécie de onisciência do mundo dos vivos. A mãe de Lara, por exemplo, sabe o que Stênio fez. O já citado morto que diz que ele está "marcado" também. Só Odete que não sabia e fica surpresa ao constatar que foi Stênio o mandante do crime que a vitimou.
Além disso, há incoerências que considero um tanto imperdoáveis, tal como no filme "As Boas Maneiras", o que me faz questionar o comprometimento de alguns dos nossos roteiristas como a verossimilhança. Por exemplo, Stênio vai trabalhar à noite e deixa as crianças sozinhas. Alô, conselho tutelar? Lara passa a cuidar das crianças por vontade própria, sendo que faria mais sentido Stênio ter recorrido a ela. E que necrotério permitiria que um legista fosse o responsável pelo corpo de um ente querido? E isso acontece duas vezes, com Odete e com Lara. Reconhecer o corpo é uma coisa, mas parece que ele realmente é o responsável pela autopsia dos corpos das duas, já que o outro legista não está em cena.
Porém, o mais sério de tudo é o fato de Odete querer que Stênio mate Lara, sendo que ela estava ali só para AJUDAR com as crianças. Odete querer enlouquecer e se vingar do marido até tudo bem, mas porque a Lara? Aliás, Lara é uma personagem bem mal inserida na trama. Seria mais crível se ela fosse uma tia das crianças, que chega para ajudar após a morte da irmã ou cunhada e não um interesse amoroso do personagem (?) e tampouco a filha do amante da esposa, algo totalmente descartável. E a subtrama envolvendo a doença e morte de sua mãe também é um desperdício de tempo que não leva a lugar algum.
No fim das contas, Lara entra de gaiato na história e sofre mais do que merece, assim como as crianças. E no fim o filme que dar a entender que ela se tornou a responsável pelas duas? Não, né? Ela tava quebrada, sem condições de criá-las, o conselho tutelar (olha ele aqui de novo) vai ter que ficar com essas crianças.
O que me traz ao problema de ritmo do filme, que economiza ao não filmar sequências chave: o enterro de Odete, por exemplo, mas cria uma sequência desnecessária relacionada ao sumiço da espinha de um cadáver no necrotério que aparece na festa que Stênio promove ao filho. Essa sequência toda é até legal, mas é só mais do mesmo: Odete infernizando a vida do Stênio e traumatizando (?) o filho. Não avança na história, tornando-se uma ação desnecessária para um filme longe e já arrastado. E a já mencionada suposta morte e volta à vida de Lara também é uma sequência bem desnecessária.
Os efeitos especiais dos momentos em que os mortos (especialmente Odete) falam é bem estranho e de qualidade questionável. Porque não deixaram os atores falar normalmente?
Por fim, os atores são bons e a direção segura, mas nem isso salva o filme, que se decompõe mais rápido que qualquer cadáver diante de simples questionamentos.
Baita filme! É incrível como não pegaram só uma boa história, mas também atribuíram múltiplos discursos provocadores e personagens marcantes, que se complementam lindamente.
E sim, é bem triste. Sensível e de uma beleza singela e extraordinária. Chorei horrores. Uma curiosidade: A sequência de Freddie Krueger que aparece no filme é considerado o filme de horror "mais gay" já feito, tem várias análises sobre isso e tal.
Eu ADORO esse filme. O clima, a tensão e o tesão que ele constrói é muito marcante. É elegante, inteligente e engraçado. Só agora reparei que é baseado na peça de um dramaturgo espanhol. E meu deus, pegaram as duas atrizes mais velhas mais lindas da atualidade pra atuar no mesmo filme.
a Elle nunca existiu (Elle em francês é ela) e Ela era um lado artístico e autodestrutivo da escritora que queria fazê-la escrever algo mais pessoal. Podia ser interessante, mas é muito óbvio. O Atendente do café nunca oferece nada pra Elle; Na sua festa não vão convidados; Ninguém mais a vê e tal, isso compromete a experiência. E quem, afinal, mandava as cartas? Ou eram só imaginação também? Aquele negócio de "enfrentar" a página em branco também é uma bobagem forçada e também clichê, uma escritora experiente já teria aprendido a lidar com isso. E que diabo de escritor usaria o word do Mac, gente?
Porra, que suspense divertido. Achei muito bem construído. Claro que não é uma obra prima, mas me interessei pelo cartaz e assisti sem esperar nada. Me surpreendeu. Recomendo!
É engraçado como ele inverte e brinca com nossas expectativas, primeiro estabelecendo uma atmosfera de filme de fantasmas, pra depois surpreender. E também é legal reparar como no desfecho do primeiro ato tememos pelo policial e já no segundo ato é pelo invasor que torcemos, mas é só no fim que dá pra entender as intenções do rapaz.
Claro que tem umas coisas forçadas, tipo o outro policial encontrar o fio que derrubou o menino só depois, o policial voltar pegar um papel justo quando o amante da esposa está lá, depois ele sair com o carro justo quando a menina estava lá dentro e aquele conversa no computador do menino também pareceu desnecessária, assim como a caneca cair bem na cabeça do amante foi um pouco demais. Acho também desnecessário a menina ter ido parar lá no cativeiro do policial, foi legal e tal como cena, mas inverossímil, já que era pra morrer ela poderia ter morrido antes, mas enfim, nada é perfeito. Achei um filme divertido e surpreendente.
Uma Casa no Fim do Mundo
3.5 130O livro é uma obra-prima irretocável. O filme fica muito aquém disso, tanto do ponto de vista estético quanto narrativo. Uma pena.
V de Vingança
4.3 3,0K Assista AgoraÉ um tanto falho enquanto narrativa, mas brilhante enquanto alegoria e absolutamente poderoso pelo efeito catártico.
My Happy Family
3.9 49Família é família. Em qualquer lugar do mundo. Adorei.
Que sutileza, que sensibilidade, que atuações fantásticas e que país belo e interessante é a Geórgia, confesso que nunca tinha ouvido falar.
Califórnia
3.5 302A premissa é interessante e os intérpretes cativantes. Mas o resultado é apenas superficial e, francamente, pra que reunir tantos clichês?
Tem até a cena do rapaz ajudando a mocinha a juntar os livros que foram parar no chão desastradamente. E todo aluno novo de filme precisa chegar depois que a aula já começou? Sempre? E a piada de explorar o passado problemático do aluno novo que acaba gerando rumores absurdos já foi explorado no superior "Dez Coisas Que eu Odeio em Você".
E por que, em nome de Deus, a protagonista e o aluno novo são tão parecidos? Ou foi só eu que notei que eles poderiam ser irmãos?
Pra finalizar, que adolescência chata. Até a minha foi menos chata e nem por isso eu acho que ela mereça um filme. A verdade é que o personagem do Caio Blat renderia um filme melhor, mas esse filme já foi feito e se chama "1985". Esse, aliás, eu recomendo.
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraAs atuações são realmente brilhantes, mas esperava um pouco mais do roteiro e da direção por ser o clássico que é. Fora que o sanatório é um spa de luxo, né? A realidade brasileira mandou um beijo. Quem tá pagando a conta pro McMurphy ficar ali?
O suicídio de um personagem importante que desencadeia o desfecho me fez reparar algo em comum com "Garota, Interrompida".
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraGostei. Tenso e sempre envolvente, apesar de algumas digressões serem mais interessantes do que outras.
Mas achei aquele prólogo absolutamente desnecessário. Um desperdício de dinheiro e de tempo em um filme já suficientemente longo, devia ter ficado no roteiro ou na ilha de edição.
O Amante Duplo
3.3 108Feito alguns anos atrasado pra ser considerado um bom supercine, ou até intercine, da década de 90. Uma pena.
First Cow: A Primeira Vaca da América
3.8 131 Assista AgoraÉ delicado, bonito e envolve. Mas não é um grande filme.
Tem muitas coincidências forçadas para uma trama que pretende ser minimalista: o gato que precisa ser recolhido justo naquele momento e o galho que quebra bem na hora; o personagem que volta para sua casa exatamente quando os capatazes do Factor também foram lá pra quebrar tudo; e o reencontro dos dois amigos perto do fim, totalmente por acaso.
E tem ainda o cachorro da moça no início que encontra os esqueletos. Fiquei surpreso em ver como ela os desenterra com as próprias mãos na terra gelada com uma facilidade surpreendente.
Acho que faltou uma certa elegância narrativa pro dono da vaca descobrir que estava sendo roubado de outro modo e pro reencontro dos dois amigos acontecer de outra, que não por acaso, no fim.
Mas achei bonito que, no fim, até que eles tiveram uma morte digna.
Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars
3.2 278Perderam uma bela oportunidade de fazer um bom filme. Tinha muita coisa pra dar certo, mas não deu.
Exploraram um universo pouco conhecido pelo grande público e reuniram alguns dos maiores talentos da história recente do Eurovision só pra misturar tudo em uma trama fraca que parece incerta sobre qual tipo de humor abraçar. Uma pena. As músicas são ótimas e Rachel McAdams (que, obviamente, apenas dubla suas canções, não que isso seja um problema) é uma estrela de verdade, um poço de carisma. Ademais, algumas piadas funcionam e o filme passa rápido.
Malcolm X
4.1 267 Assista AgoraUma obra prima sem defeitos. Deveriam exibir nas escolas.
Logan Lucky: Roubo em Família
3.4 254 Assista AgoraO roteiro mirou nos Irmãos Coen e acertou na cara de quem assistiu.
Direção interessante e atores dispostos, mas é só pra passar o tempo mesmo.
Obra
3.0 48O filme tem poucos diálogos e os poucos que tem são ruins. E porque os personagens levam tanto tempo para responder? Credo. Quem fala assim?
Parece que quis ser profundo, mas é só vazio mesmo.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraBaita crítica ao capitalismo e a fragilidade do ego masculino. Vi muitas vezes quando criança, de madrugada na TV, sem entender estas questões e também só agora fui me ligar que...
Era tudo imaginação do Patrick. O exagero de tudo que ele faz e seu comportamento bizarro/impulsivo de coisas que ele só imagina são as pistas. Quando o cara fala que encontrou o outro em Londres é a prova.
Outro fato curioso é que eu lembro de ficar "empolgadinho" com as cenas do Christian Bale pelado, ainda que ele me desse um pouco de medo. A cena da escadaria me apavorou e nunca esqueci. E o legal é que eles são todos "vice-presidentes" de alguma coisa e nunca são vistos trabalhando, só falando de futilidades hahah.
O Autor
3.3 117 Assista AgoraPrende a atenção em alguns momentos, mas se mostra decepcionante, especialmente naquilo que deveria ser seu ponto forte: o protagonista.
Alvaro é um imbecil completo, um psicopata, um sujeito burro, medíocre e egoísta que mereceu o destino que teve. O que ele não merece, por outro lado, é nossa empatia, nosso investimento emocional e provavelmente não merecia um filme sobre ele.
O velho que morre e a vizinha solitária tem lá seu carisma, mas Alvaro não tem nem isso.
E, no fim, os mexicanos, imigrantes já tão marginalizados, são dois assassinos. Ah, vão se foder.
Morto Não Fala
3.4 385 Assista AgoraNuma análise superficial, é um filme de terror que assusta e diverte.
Numa análise um pouco mais profunda, é um filme falho sob todos os aspectos e que representa uma bela oportunidade perdida.
A começar pelos personagens...
Com excessão de Lara e das crianças (ainda que o menino seja um tanto irritante) não dá vontade de torcer por nenhum personagem ali. E isso porque Stênio é claramente um psicopata e Odete uma mulher desprezível. Ainda assim, me surpreendi ao ver que, para afundar de vez o seu caráter, ela estava determinada a traumatizar (ou matar) os filhos só para se vingar do marido.
E há uma falha grave na lógica interna da trama, pois no início, de alguma forma, Stênio parece absolutamente ciente de seu compromisso para com o seu dom/maldição: jamais levar coisas ditas pelos mortos para fora dali, sob a pena de sofrer retaliações do além. Porém, ele o faz assim que tentado. E depois de fazê-lo, quando um morto diz a ele que ele está "marcado" Stênio reage surpreso, como se não esperasse por isso.
O triste é que esse "isso" não é um vingança do mundo dos mortos, mas sim da própria esposa falecida, o que para mim não faz o menor sentido.
Outra falha na lógica interna do filme é que todos os mortos, uma vez que já "do outro lado" pareciam ter uma espécie de onisciência do mundo dos vivos. A mãe de Lara, por exemplo, sabe o que Stênio fez. O já citado morto que diz que ele está "marcado" também. Só Odete que não sabia e fica surpresa ao constatar que foi Stênio o mandante do crime que a vitimou.
Além disso, há incoerências que considero um tanto imperdoáveis, tal como no filme "As Boas Maneiras", o que me faz questionar o comprometimento de alguns dos nossos roteiristas como a verossimilhança. Por exemplo, Stênio vai trabalhar à noite e deixa as crianças sozinhas. Alô, conselho tutelar? Lara passa a cuidar das crianças por vontade própria, sendo que faria mais sentido Stênio ter recorrido a ela. E que necrotério permitiria que um legista fosse o responsável pelo corpo de um ente querido? E isso acontece duas vezes, com Odete e com Lara. Reconhecer o corpo é uma coisa, mas parece que ele realmente é o responsável pela autopsia dos corpos das duas, já que o outro legista não está em cena.
Porém, o mais sério de tudo é o fato de Odete querer que Stênio mate Lara, sendo que ela estava ali só para AJUDAR com as crianças. Odete querer enlouquecer e se vingar do marido até tudo bem, mas porque a Lara? Aliás, Lara é uma personagem bem mal inserida na trama. Seria mais crível se ela fosse uma tia das crianças, que chega para ajudar após a morte da irmã ou cunhada e não um interesse amoroso do personagem (?) e tampouco a filha do amante da esposa, algo totalmente descartável. E a subtrama envolvendo a doença e morte de sua mãe também é um desperdício de tempo que não leva a lugar algum.
No fim das contas, Lara entra de gaiato na história e sofre mais do que merece, assim como as crianças. E no fim o filme que dar a entender que ela se tornou a responsável pelas duas? Não, né? Ela tava quebrada, sem condições de criá-las, o conselho tutelar (olha ele aqui de novo) vai ter que ficar com essas crianças.
O que me traz ao problema de ritmo do filme, que economiza ao não filmar sequências chave: o enterro de Odete, por exemplo, mas cria uma sequência desnecessária relacionada ao sumiço da espinha de um cadáver no necrotério que aparece na festa que Stênio promove ao filho. Essa sequência toda é até legal, mas é só mais do mesmo: Odete infernizando a vida do Stênio e traumatizando (?) o filho. Não avança na história, tornando-se uma ação desnecessária para um filme longe e já arrastado. E a já mencionada suposta morte e volta à vida de Lara também é uma sequência bem desnecessária.
Os efeitos especiais dos momentos em que os mortos (especialmente Odete) falam é bem estranho e de qualidade questionável. Porque não deixaram os atores falar normalmente?
Por fim, os atores são bons e a direção segura, mas nem isso salva o filme, que se decompõe mais rápido que qualquer cadáver diante de simples questionamentos.
Má Educação
3.6 106 Assista AgoraBaita filme! É incrível como não pegaram só uma boa história, mas também atribuíram múltiplos discursos provocadores e personagens marcantes, que se complementam lindamente.
Meu Passado me Condena
4.1 37Um grande filme ainda bastante atual. Precisa ser visto.
O Ano de 1985
4.0 45Me enrolei pra ver porque achei que seria triste. Mas super recomendo.
E sim, é bem triste. Sensível e de uma beleza singela e extraordinária. Chorei horrores. Uma curiosidade: A sequência de Freddie Krueger que aparece no filme é considerado o filme de horror "mais gay" já feito, tem várias análises sobre isso e tal.
Dentro da Casa
4.1 553 Assista AgoraEu ADORO esse filme. O clima, a tensão e o tesão que ele constrói é muito marcante. É elegante, inteligente e engraçado. Só agora reparei que é baseado na peça de um dramaturgo espanhol. E meu deus, pegaram as duas atrizes mais velhas mais lindas da atualidade pra atuar no mesmo filme.
Revisto durante a quarentena. 22/04/2020.
Baseado em Fatos Reais
3.1 189 Assista AgoraVale pela atmosfera e pela beleza das atrizes, mas pra mim desde a primeiríssima cena fica muito claro que
a Elle nunca existiu (Elle em francês é ela) e Ela era um lado artístico e autodestrutivo da escritora que queria fazê-la escrever algo mais pessoal. Podia ser interessante, mas é muito óbvio. O Atendente do café nunca oferece nada pra Elle; Na sua festa não vão convidados; Ninguém mais a vê e tal, isso compromete a experiência. E quem, afinal, mandava as cartas? Ou eram só imaginação também? Aquele negócio de "enfrentar" a página em branco também é uma bobagem forçada e também clichê, uma escritora experiente já teria aprendido a lidar com isso. E que diabo de escritor usaria o word do Mac, gente?
Studio 54
3.3 117Boas atuações. Vale pela atmosfera e pelo Ryan Phillipe novinho sem camisa. Podia ser mais intenso.
Verão de 84
3.4 411 Assista AgoraFraquinho.
À Espreita do Mal
3.6 898Porra, que suspense divertido. Achei muito bem construído. Claro que não é uma obra prima, mas me interessei pelo cartaz e assisti sem esperar nada. Me surpreendeu. Recomendo!
É engraçado como ele inverte e brinca com nossas expectativas, primeiro estabelecendo uma atmosfera de filme de fantasmas, pra depois surpreender. E também é legal reparar como no desfecho do primeiro ato tememos pelo policial e já no segundo ato é pelo invasor que torcemos, mas é só no fim que dá pra entender as intenções do rapaz.
Claro que tem umas coisas forçadas, tipo o outro policial encontrar o fio que derrubou o menino só depois, o policial voltar pegar um papel justo quando o amante da esposa está lá, depois ele sair com o carro justo quando a menina estava lá dentro e aquele conversa no computador do menino também pareceu desnecessária, assim como a caneca cair bem na cabeça do amante foi um pouco demais. Acho também desnecessário a menina ter ido parar lá no cativeiro do policial, foi legal e tal como cena, mas inverossímil, já que era pra morrer ela poderia ter morrido antes, mas enfim, nada é perfeito. Achei um filme divertido e surpreendente.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraDelícia de filme que se torna necessário por seu discurso e provocações.