Utopia: Tem como significado mais comum a ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. O "utopismo" consiste na ideia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.
Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa". As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, caem as cortinas, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações. Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo.
A maioria das distopias tem alguma conexão com o nosso mundo, mas frequentemente em um futuro imaginado ou um mundo paralelo. Além disso, a distopia foi causada em consequência da ação ou da falta de ação humana, de um mau comportamento ou da ignorância.
A literatura distópica costuma ter, ao menos, alguns dos seguintes traços:
-Costumam ser contos morais explorando como os nossos dilemas morais presentes figurariam no futuro.
-Oferecem crítica social e apresentam as simpatias políticas do autor.
-Exploram a estupidez coletiva.
-O poder é mantido por uma elite pela somatização e consequente alívio de certas carências e privações do indivíduo.
-Discurso pessimista, raramente “flertando” com a esperança.