Taí, só recentemente eu soube que o livro do Harris onde o Lecter aparece pela primeira vez já havia sido adaptado em 1986. Mesmo tendo visto muitos méritos na versão de 2002 (após uma recente reprise), fui buscar essa, na intenção de entender o motivo que os levou a readaptar o livro apenas um ano após o sucesso estrondoso de Hannibal. E não entendi. Aliás, tá na cara que foi só para colocar o Anthony Hopkins mais uma vez em cena (se bem que, sinceramente, o Lecter/Lektor do Brian Cox não ficou devendo nada em seus poucos momentos na tela). Ou talvez não, sei lá, afinal não li o livro para saber se Manhunter é mesmo fiel. Pelo Menos em Dragão Vermelho, além da "homenagem" ao original, eles aproveitaram para deixar a série mais redondinha, e isso foi muito bem-vindo. Enfim, entre entretantos e poréns, o filme é fantástico, com um enredo até simples, mas primoroso que, aliado à deliciosa trilha sonora totalmente oitentista, nos deixa instigados e envolvidos na frenética busca pelo "Fada dos Dentes". Ah, e pelo que ouvi, o filme também se chamaria Dragão Vermelho, como o livro, mas os envolvidos desistiram da ideia por considerar que talvez não fosse algo muito inteligente, já que ainda estavam abatidos com o fracasso de bilheteria de O Ano do Dragão, lançado pelo mesmo grupo em 1985. Que tontos. Ou não, haha.
Êta... Outro daqueles que eu via vidrado no Intercine quando era moleque. E penso na Julia. Tantos falam mal dela como atriz, mas até hoje não me decepcionei com sua atuação. Não vi tantos filmes assim com ela, mas já dá para se ter uma ideia de que talvez essas críticas tão pesadas não sejam lá muito justas. Opinião é opinião, então...
Aquele que nos trouxe um Hannibal inesquecível e certamente o melhor da série para muitos, com uma Jodie Foster que conseguiu nos apresentar uma agente que, apesar dos prós (inteligência e perspicácia), ainda em formação, teme e hesita, nos deixando na mais pura aflição e literalmente "no escuro" naquele ápice final. Já o Ted Levine, mesmo com tão poucas cenas, dá um verdadeiro show de terror psicológico. Enredo nem discuto. Ao que me parece, o Thomas Harris já escreve os romances na expectativa, ou certeza mesmo, sei lá, de "cinematizá-los". Um clássico. Simples assim. Se algum dia inventarem de refilmá-lo, como fizeram com Dragão Vermelho, já vejo o Javier Bardem como Buffalo Bill (só se ele não envelhecesse mais, rs). Já o Hopkins... Quem o substituiria satisfatoriamente? Talvez o Gaspard Ulliel daqui uns 30 anos, haha.
"Vivo numa cidade na qual não desejo viver. Vivo uma vida a qual não desejo viver. Como isso foi acontecer?"
Falar da profundidade de As Horas seria até meio redundante, afinal essa é uma das marcas das obras do Cunningham. E para ser bem sincero, com um elenco desse e com tantas atuações que beiram a perfeição (Harris, Kidman, Moore, Streep, Dillane), o filme só poderia ser ruim se o roteiro fosse escrito por mim, haha.
E Ridley Scott conseguiu de novo. Ao contrário de muitos, que exaltam O Silêncio dos Inocentes (sim, eu sei, é um filme fantástico mesmo), eu não consigo ver nenhum tipo de "dívida" desse terceiro filme com o seu antecessor. Na verdade, continuo preferindo este. Não necessariamente pela maravilhosa direção nem pela belíssima atuação do Hopkins, agora ainda mais convincente e cativante, e da Moore, que substituiu a Judie Foster impecavelmente, nos trazendo uma Clarice mais experiente e menos "em formação" (afinal, dez anos se passaram, não é?), mas pelo enredo mesmo, mais voltado para o Hannibal e consequentemente menos "colateralizado". Outro grande mérito é o fato de podermos conhecer como o Lecter levava a vida quando em liberdade, coisa da qual em O Silêncio dos Inocentes apenas ficamos a imaginar. Ou seja, de uma certa maneira, temos aqui uma outra perspectiva, não apresentada nos dois filmes anteriores. Isso tudo aliado ao enredo delicioso baseado no livro do Harris (taí um autor que eu gostaria que fosse menos vagaroso na escrita e mais valorizado por aqui), faz desse longa, na minha humilde opinião, o grande tesourinho da série.
Trash até o caroço, mas delicioso, com uma puta cara de HQ pós-apocalíptica. O Carpenter vez por outra dá uma errada feia, mas quando acerta... Acerta em cheio! E o curioso é que eu só soube desse depois de ver o sucessor, Fuga de Los Angeles (tão ou mais trash e delicioso quanto), numas da madrugadas da Globo.
Eu ia deixar uma citação aqui, mas acho que já fiz isso antes. Acho que também devo ter comentado alguma coisa, afinal não é primeira vez que (re)vejo esse filme. Então, dessa vez vou "inovar": Mary Ann ❤.
Fugindo do esquema totalmente amador visto no primeiro filme da trilogia (afinal, esse segundo já veio "abençoado" por um grande estúdio), vemos aqui os primeiros traços mais claros da fórmula que o Rodriguez trouxe com excelência em Um Drink no Inferno e que usa exausta e magistralmente até hoje. Muitos que viram o independente El Mariachi, de 1992, reclamaram quanto a troca do Carlos Gallardo pelo Antonio Banderas, mas pelo tom do filme a troca se justifica sem muitos rodeios: esse novo Mariachi, mais matador e menos fugitivo, não funcionaria muito bem com o estilo do Gallardo, mas se encaixou perfeitamente no Banderas. Percebemos isso claramente. Principalmente nas cenas de ação. E aquele encontro deles foi uma belíssima jogada. Lembro que durante anos aquela segunda cena do Quino (Albert Michel Jr.) disparando um míssil, direto do estojo, contra a limusine ou qualquer que seja aquele carro do Bucho, ficou na minha memória sem que eu sequer soubesse o nome do filme. Eu havia visto na Band e só lembrava que tinha algo com "pistoleiro" no título, rs. Enfim, chega de blá-blá-blá. Mais um delicioso clássico "Rodriguezco". Fim.
É bastante clara a razão pela qual esse filme se destacou tanto e suas sequências acabaram ficando fadadas ao fracasso: o enredo. Spielberg consegue nos deixar envolvidos no drama da pequena cidade costeira que economicamente depende do turismo sazonal e no medo instaurado ali, pela ameaça "tubaronesca", e até nos faz compreender que as atitudes do prefeito, por mais irresponsáveis que pareçam ou sejam, têm um fundo consciente e comunitário, altruísta até. Acho massa quando um diretor consegue dar vida assim a uma obra literária e fazê-la "funcionar" nas telonas. Assim nasce um clássico. E clássico é clássico, né? Mas levando em consideração o nível de estupidez e a incompetência dos que foram atrás da criatura, o final foi muito injusto (apesar de bastante engenhoso). Todos deveriam morrer, naquele barquinho meia-boca, afinal o tubarão era bem menos burro que os três juntos, haha.
Depois de ver tantos comentários depreciativos sobre esse filme, decidi tentar assisti-lo de forma independente, tentando não ligá-lo aos anteriores, não comparar demais um e outro. E gostei do que vi. Foi uma escolha muito acertada trazer o Mel Gibson em seu modo "completely insane" (versão Lethal Weapon) para interpretar um ex-Mercenário e com isso mexer um pouco no passado do Barney, só não gostei daquela besteirada de aposentar o time antigo e formar um novo. Imagino que isso tenha se dado não para dar um reforço à motivação de vingança contra o Stonebanks, mas apenas para ampliar o grupo já visando possíveis sequências, e essa "jogada" foi um tanto forçada. Já a ação em si, realmente não dá para não comparar, e aí digo que nesse quesito essa terceira parte da franquia se sobressai. Toda aquela sequência final, no edifício lá no Afeganistão, é de tirar o fôlego de qualquer um. E o time também recebeu um belo upgrade (Antonio Banderas + Wesley Snipes). Se todos estiverem juntos na próxima aventura, teremos uma experiência no mínimo eletrizante e divertida. Mas o melhor mesmo não foi a mexida no passado, o Mel ou a ação. Foi o Galgo.
Quando pensam em Rambo, esse primeiro filme, muitos só lembram da violência e das frases de efeito, e acabam desconsiderando a pesada crítica política e social que há no longa. Política por deixar claro o que acontecia (talvez ainda aconteça, não sei) com veteranos de guerra, como eles eram jogados de volta à sociedade sem qualquer apoio por parte do Estado e ainda tinham que lidar com o preconceito de boa parte da população, sendo recusados em trabalhos que qualquer pessoa faria (há uma fala no filme que sintetiza bem isso). Somando-se a esses problemas, temos também o próprio trauma psicológico proveniente dos fatos experienciados no campo de batalha, onde crianças, mulheres e idosos também eram guerrilheiros, voluntários ou não, e atacavam os americanos sem qualquer pudor, muitas vezes simplesmente por considerá-los forasteiros, invasores. Imagino que todo esse peso dramático seja a principal característica diferencial entre esse e os filmes seguintes, já que apenas esse primeiro foi baseado no aclamado First Blood do David Morell, que pelo que sei sequer chegou a sair por aqui. Livros costumam dar um peso bem maior ao drama do que a ação em si, então muita coisa se explica, né? Enfim, após essa "análise", se é que podemos chamar assim, fico tranquilo para dizer que tenho por esse filme um carinho imenso, mesmo com os furos no roteiro e os exageros típicos dos filmes de ação daquela época. Até pouco tempo atrás, eu considerava Rambo o macho mais macho do universo, mas aí eu conheci Machete, haha.
Gostei muito da ideia, do desenrolar dos acontecimentos e principalmente da protagonista, que consegue nos envolver no medo, na aflição de não saber o que está acontecendo na casa. Só o final é que decepcionou. Baseado em fatos reais ou não, achei forçado demais e isso estragou um pouco o clima tenso e real, por mais absurdo que fosse, e me levou a colocar esse filme naquela listinha de filmes de terror que só merecem reprise se realmente tivermos 90 minutos para matar e nada mais útil para se fazer com eles.
É incrível como o Robert consegue reunir e harmonizar um elenco maravilhoso em um filme que beira a insanidade (o próximo há de superá-la, rs) e tornar tudo isso, por mais absurdo que seja, convincente e extremamente divertido. No passado havia Rambo, hoje há Machete, haha!
Não sei por que tanta gente falou mal do enredo, já que para um típico filme de ação do tipo "saudosista" o roteiro clichê é um ingrediente básico. Na verdade, indispensável. E o elenco... Stallone, Dolph e Jet Li revivem o que de melhor sempre fizeram: destruir coisas. E pessoas.
Caçador de Assassinos
3.5 158 Assista AgoraTaí, só recentemente eu soube que o livro do Harris onde o Lecter aparece pela primeira vez já havia sido adaptado em 1986. Mesmo tendo visto muitos méritos na versão de 2002 (após uma recente reprise), fui buscar essa, na intenção de entender o motivo que os levou a readaptar o livro apenas um ano após o sucesso estrondoso de Hannibal. E não entendi. Aliás, tá na cara que foi só para colocar o Anthony Hopkins mais uma vez em cena (se bem que, sinceramente, o Lecter/Lektor do Brian Cox não ficou devendo nada em seus poucos momentos na tela). Ou talvez não, sei lá, afinal não li o livro para saber se Manhunter é mesmo fiel. Pelo Menos em Dragão Vermelho, além da "homenagem" ao original, eles aproveitaram para deixar a série mais redondinha, e isso foi muito bem-vindo. Enfim, entre entretantos e poréns, o filme é fantástico, com um enredo até simples, mas primoroso que, aliado à deliciosa trilha sonora totalmente oitentista, nos deixa instigados e envolvidos na frenética busca pelo "Fada dos Dentes". Ah, e pelo que ouvi, o filme também se chamaria Dragão Vermelho, como o livro, mas os envolvidos desistiram da ideia por considerar que talvez não fosse algo muito inteligente, já que ainda estavam abatidos com o fracasso de bilheteria de O Ano do Dragão, lançado pelo mesmo grupo em 1985. Que tontos. Ou não, haha.
Missão: Impossível
3.5 516 Assista AgoraÀs vezes é bom rever um "clássico" da Tela Quente, haha.
A Casa do Lago
3.6 1,6K Assista Agora- Oxe, já assisti a esse filme três vezes e continuo sem entender nada...
- Ah, sério? Então ele deve ser bom.
(um breve papo entre minha irmã e eu sobre A Casa do Lago, mas se aplica bem a outros tantos filmes que ela "não entendeu", haha)
Dormindo Com o Inimigo
3.4 303 Assista AgoraÊta... Outro daqueles que eu via vidrado no Intercine quando era moleque. E penso na Julia. Tantos falam mal dela como atriz, mas até hoje não me decepcionei com sua atuação. Não vi tantos filmes assim com ela, mas já dá para se ter uma ideia de que talvez essas críticas tão pesadas não sejam lá muito justas. Opinião é opinião, então...
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraAquele que nos trouxe um Hannibal inesquecível e certamente o melhor da série para muitos, com uma Jodie Foster que conseguiu nos apresentar uma agente que, apesar dos prós (inteligência e perspicácia), ainda em formação, teme e hesita, nos deixando na mais pura aflição e literalmente "no escuro" naquele ápice final. Já o Ted Levine, mesmo com tão poucas cenas, dá um verdadeiro show de terror psicológico. Enredo nem discuto. Ao que me parece, o Thomas Harris já escreve os romances na expectativa, ou certeza mesmo, sei lá, de "cinematizá-los". Um clássico. Simples assim. Se algum dia inventarem de refilmá-lo, como fizeram com Dragão Vermelho, já vejo o Javier Bardem como Buffalo Bill (só se ele não envelhecesse mais, rs). Já o Hopkins... Quem o substituiria satisfatoriamente? Talvez o Gaspard Ulliel daqui uns 30 anos, haha.
ABC do Amor
3.8 1,1KE qualquer um que já passou por "aquela fase" na infância, entende bem o drama do Gabe, haha.
As Horas
4.2 1,4K"Vivo numa cidade na qual não desejo viver. Vivo uma vida a qual não desejo viver. Como isso foi acontecer?"
Falar da profundidade de As Horas seria até meio redundante, afinal essa é uma das marcas das obras do Cunningham. E para ser bem sincero, com um elenco desse e com tantas atuações que beiram a perfeição (Harris, Kidman, Moore, Streep, Dillane), o filme só poderia ser ruim se o roteiro fosse escrito por mim, haha.
Didi e o Segredo dos Anjos
2.2 11Só não me arrependo de ter assistido por causa do Lima Duarte e seu sábio pateta dorminhoco, haha.
Do Inferno
3.6 472 Assista AgoraFoi até bom ver esse filme sem conhecer a HQ, assim a avaliação acaba sendo mais "justa", haha.
Hannibal
4.0 1,1K Assista AgoraE Ridley Scott conseguiu de novo. Ao contrário de muitos, que exaltam O Silêncio dos Inocentes (sim, eu sei, é um filme fantástico mesmo), eu não consigo ver nenhum tipo de "dívida" desse terceiro filme com o seu antecessor. Na verdade, continuo preferindo este. Não necessariamente pela maravilhosa direção nem pela belíssima atuação do Hopkins, agora ainda mais convincente e cativante, e da Moore, que substituiu a Judie Foster impecavelmente, nos trazendo uma Clarice mais experiente e menos "em formação" (afinal, dez anos se passaram, não é?), mas pelo enredo mesmo, mais voltado para o Hannibal e consequentemente menos "colateralizado". Outro grande mérito é o fato de podermos conhecer como o Lecter levava a vida quando em liberdade, coisa da qual em O Silêncio dos Inocentes apenas ficamos a imaginar. Ou seja, de uma certa maneira, temos aqui uma outra perspectiva, não apresentada nos dois filmes anteriores. Isso tudo aliado ao enredo delicioso baseado no livro do Harris (taí um autor que eu gostaria que fosse menos vagaroso na escrita e mais valorizado por aqui), faz desse longa, na minha humilde opinião, o grande tesourinho da série.
Fuga de Nova York
3.5 301 Assista AgoraTrash até o caroço, mas delicioso, com uma puta cara de HQ pós-apocalíptica. O Carpenter vez por outra dá uma errada feia, mas quando acerta... Acerta em cheio! E o curioso é que eu só soube desse depois de ver o sucessor, Fuga de Los Angeles (tão ou mais trash e delicioso quanto), numas da madrugadas da Globo.
Falcões da Noite
3.3 69 Assista AgoraApenas bom, mas clássico incontestável graças ao final memorável (quem viu sabe do que tô falando).
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraEu ia deixar uma citação aqui, mas acho que já fiz isso antes. Acho que também devo ter comentado alguma coisa, afinal não é primeira vez que (re)vejo esse filme. Então, dessa vez vou "inovar": Mary Ann ❤.
A Balada do Pistoleiro
3.6 302 Assista AgoraFugindo do esquema totalmente amador visto no primeiro filme da trilogia (afinal, esse segundo já veio "abençoado" por um grande estúdio), vemos aqui os primeiros traços mais claros da fórmula que o Rodriguez trouxe com excelência em Um Drink no Inferno e que usa exausta e magistralmente até hoje. Muitos que viram o independente El Mariachi, de 1992, reclamaram quanto a troca do Carlos Gallardo pelo Antonio Banderas, mas pelo tom do filme a troca se justifica sem muitos rodeios: esse novo Mariachi, mais matador e menos fugitivo, não funcionaria muito bem com o estilo do Gallardo, mas se encaixou perfeitamente no Banderas. Percebemos isso claramente. Principalmente nas cenas de ação. E aquele encontro deles foi uma belíssima jogada. Lembro que durante anos aquela segunda cena do Quino (Albert Michel Jr.) disparando um míssil, direto do estojo, contra a limusine ou qualquer que seja aquele carro do Bucho, ficou na minha memória sem que eu sequer soubesse o nome do filme. Eu havia visto na Band e só lembrava que tinha algo com "pistoleiro" no título, rs. Enfim, chega de blá-blá-blá. Mais um delicioso clássico "Rodriguezco". Fim.
El Mariachi
3.6 180 Assista AgoraUm Robert Rodriguez de apenas 23 anos já mostrando a que veio.
Tubarão
3.7 1,2K Assista Agora"Smile, you son of a bitch!"
É bastante clara a razão pela qual esse filme se destacou tanto e suas sequências acabaram ficando fadadas ao fracasso: o enredo. Spielberg consegue nos deixar envolvidos no drama da pequena cidade costeira que economicamente depende do turismo sazonal e no medo instaurado ali, pela ameaça "tubaronesca", e até nos faz compreender que as atitudes do prefeito, por mais irresponsáveis que pareçam ou sejam, têm um fundo consciente e comunitário, altruísta até. Acho massa quando um diretor consegue dar vida assim a uma obra literária e fazê-la "funcionar" nas telonas. Assim nasce um clássico. E clássico é clássico, né? Mas levando em consideração o nível de estupidez e a incompetência dos que foram atrás da criatura, o final foi muito injusto (apesar de bastante engenhoso). Todos deveriam morrer, naquele barquinho meia-boca, afinal o tubarão era bem menos burro que os três juntos, haha.
Os Mercenários 3
3.2 916 Assista AgoraDepois de ver tantos comentários depreciativos sobre esse filme, decidi tentar assisti-lo de forma independente, tentando não ligá-lo aos anteriores, não comparar demais um e outro. E gostei do que vi. Foi uma escolha muito acertada trazer o Mel Gibson em seu modo "completely insane" (versão Lethal Weapon) para interpretar um ex-Mercenário e com isso mexer um pouco no passado do Barney, só não gostei daquela besteirada de aposentar o time antigo e formar um novo. Imagino que isso tenha se dado não para dar um reforço à motivação de vingança contra o Stonebanks, mas apenas para ampliar o grupo já visando possíveis sequências, e essa "jogada" foi um tanto forçada. Já a ação em si, realmente não dá para não comparar, e aí digo que nesse quesito essa terceira parte da franquia se sobressai. Toda aquela sequência final, no edifício lá no Afeganistão, é de tirar o fôlego de qualquer um. E o time também recebeu um belo upgrade (Antonio Banderas + Wesley Snipes). Se todos estiverem juntos na próxima aventura, teremos uma experiência no mínimo eletrizante e divertida. Mas o melhor mesmo não foi a mexida no passado, o Mel ou a ação. Foi o Galgo.
Rambo: Programado Para Matar
3.7 578 Assista AgoraQuando pensam em Rambo, esse primeiro filme, muitos só lembram da violência e das frases de efeito, e acabam desconsiderando a pesada crítica política e social que há no longa. Política por deixar claro o que acontecia (talvez ainda aconteça, não sei) com veteranos de guerra, como eles eram jogados de volta à sociedade sem qualquer apoio por parte do Estado e ainda tinham que lidar com o preconceito de boa parte da população, sendo recusados em trabalhos que qualquer pessoa faria (há uma fala no filme que sintetiza bem isso). Somando-se a esses problemas, temos também o próprio trauma psicológico proveniente dos fatos experienciados no campo de batalha, onde crianças, mulheres e idosos também eram guerrilheiros, voluntários ou não, e atacavam os americanos sem qualquer pudor, muitas vezes simplesmente por considerá-los forasteiros, invasores. Imagino que todo esse peso dramático seja a principal característica diferencial entre esse e os filmes seguintes, já que apenas esse primeiro foi baseado no aclamado First Blood do David Morell, que pelo que sei sequer chegou a sair por aqui. Livros costumam dar um peso bem maior ao drama do que a ação em si, então muita coisa se explica, né? Enfim, após essa "análise", se é que podemos chamar assim, fico tranquilo para dizer que tenho por esse filme um carinho imenso, mesmo com os furos no roteiro e os exageros típicos dos filmes de ação daquela época. Até pouco tempo atrás, eu considerava Rambo o macho mais macho do universo, mas aí eu conheci Machete, haha.
A Casa
2.6 496Gostei muito da ideia, do desenrolar dos acontecimentos e principalmente da protagonista, que consegue nos envolver no medo, na aflição de não saber o que está acontecendo na casa. Só o final é que decepcionou. Baseado em fatos reais ou não, achei forçado demais e isso estragou um pouco o clima tenso e real, por mais absurdo que fosse, e me levou a colocar esse filme naquela listinha de filmes de terror que só merecem reprise se realmente tivermos 90 minutos para matar e nada mais útil para se fazer com eles.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraE chegou quem faltava: Chuck N❤rris, o segundo homem mais macho do universo (o primeiro é Machete, haha).
Machete Mata
3.1 749É incrível como o Robert consegue reunir e harmonizar um elenco maravilhoso em um filme que beira a insanidade (o próximo há de superá-la, rs) e tornar tudo isso, por mais absurdo que seja, convincente e extremamente divertido. No passado havia Rambo, hoje há Machete, haha!
Os Mercenários
3.2 1,9K Assista AgoraNão sei por que tanta gente falou mal do enredo, já que para um típico filme de ação do tipo "saudosista" o roteiro clichê é um ingrediente básico. Na verdade, indispensável. E o elenco... Stallone, Dolph e Jet Li revivem o que de melhor sempre fizeram: destruir coisas. E pessoas.
Machete
3.6 1,5K Assista AgoraCom um elenco desse, o enredo pode ser uma merda¹ que ainda assim o filme vai ser foda, haha. Ah, menção honrosa: Ana Lucia² ❤.
¹ o que não é o caso.
² previously on Lost...
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 920 Assista AgoraCoen, Coen... Sempre perfeitos. Se bem que só o Buscemi (Nucky ❤) já vale o filme, haha. Bora ver se a série de TV está a altura...