"Não estou com medo de morrer, mas pensar que eu não vivi... Isso me apavora."
Anos na lista e só agora vi... E lamento muito pelo fato da Alison Eastwood ainda não ter voltado a direção. Jeito para a coisa ela tem. E um puta pai fodão também, haha.
Bom filme, com uma ótima mas corrida trama e uma sutil e deliciosa trilha sonora. Alguns disseram ser datado demais por trazer elementos típicos das primeiras levas do cinema noir, outros se queixam da ausência da profundidade contida no livro em que ele se baseia, e há ainda quem tenha se incomodado demais com o roteiro, que ficou muito acelerado em relação a versão de 1935, dirigida pelo Frank Tuttle (de "A Hora Antes do Amanhecer"), criando assim uma certa imagem negativa do filme que sinceramente acho injusta. Se assim o fosse, trocentos filmes daquela época deveriam ser classificados como "datados". Não entendo também por que inventaram de fazer uma refilmagem apenas sete anos após a anterior. O curioso é que eu só soube desse filme graças a Yojimbo, do Kurosawa. E só soube de Yojimbo por causa de Por um Punhado de Dólares, do Sergio Leone, e quanto a este último... Daí é Clint, né? Fudeu, haha.
Um perfeito exemplo de como um filme pode ser perturbador sem precisar apelar para o sobrenatural, nutrindo-se "apenas" do humanamente possível e aceitável dentro do vasto campo dos acontecimentos nada aleatórios.
Os Coen têm um jeito tão peculiar de contar histórias (às vezes só com meio, sem começo ou fim) que sempre acabo me esquecendo quanto tempo se passou desde o início e deixando para lá qualquer perspectiva de fim. Assim me jogo. E assim sempre me apaixono.
"Não há nada tão bom como um novo casamento. Ainda sem psicoses, sem agressões e nada de complexos de culpa. Eu os parabenizo, e desejo que tenham bebês e não fobias."
Deixando a brincadeira de lado, finalmente, após sete tentativas, encontrei um filme do Hitchcock que realmente me envolveu. Provavelmente pelo grande peso da psicanálise, coisa que sempre me atraiu, mas claro que também pelo conjunto M-A-G-N-Í-F-I-C-O da obra, com fotografia e trilha sonora belíssimas. A Ingrid tá linda de morrer (não sei o motivo em si, acho que os traços do rosto, mas sempre que a vejo lembro da Joan Fontaine), Gregory Peck, mesmo não convencendo muito como Sr. Amnésia, cativa pelos momentos que liberta o pseudo-psicopata que há em si, mas o prêmio de melhor entre os melhores, de mais fofo entre mais fofos e de mais carismático entre os carismáticos foi para... Mickael Chekhov, o Dr. Brulov! ❤
O que dizer? Quando o Stephen acerta, acerta em cheio, já quando erra, erra feio. Roteiro fraco, povoado de exageros e personagens medonhos (representados por atores que atuam tão mal que chega a dar dó), direção e trilha sonora simplesmente indiferente e por aí vai. Gosto muito de algumas obras do King, principalmente as que pesam mais o drama, como em O Iluminado, It e Sob a Redoma, do que o puramente sobrenatural - com lobisomens, vampiros e etc -, mas vejo que o que certa vez me disseram, que ele era um cara de extremos, parece ser bem verdade: há momentos em que é um ótimo escritor e há outros em que é um péssimo roteirista, como em Sonâmbulos. Ah, e esses dois pontinhos da nota foi só pela matança das cenas finais mesmo, rs.
Provavelmente vocês já viram essa delicinha na (hoje extinta) Sessão da Tarde, né? Então... Elenco lindo, trilha sonora maravilhosa e um enredo simplesmente tocante. Só recentemente foi que percebi que o Monstrinho é o Kieran Culkin (sim, irmão do Macauley), que eu já havia me encantado por "A Excêntrica Família de Igby". Enfim, já vi muito filme que mexeu comigo, mas esse aqui é um daqueles raros casos que deixam meu coração apertadinho toda vez que revejo. Ah, e tem até a excelentíssima participação do Tony Soprano, haha.
Banderas sendo Banderas, Stallone sendo Stallone. Já a Juliane Moore até que me surpreendeu um pouco com seu estilo meio trombadinha/amalucada/inconsequente de ser. Tanto que até fiquei querendo conhecer suas outras "histórias", haha.
Mais do James Bond caricaturizado do Sean Connery e dos planos megalomaníacos de dominação mundial da SPECTRE... Não tem jeito. Essa era Connery não me convence. Isso graças à atuação quase cômica dele como 007 e às alterações drásticas feitas com relação aos livros que serviram de base para os filmes. Roald Dahl, roteirista do filme, chegou a comentar que You Only Live Twice era o pior livro do Fleeming, e não contava sequer com um enredo minimamente adaptável. Lógico, diante de tanta bagunça feita nos filmes anteriores, tornou-se impossível fazer uma boa adaptação do livro... O que, apesar do filme ser ótimo, é lamentável.
Como drama, é um ótimo filme, já como relato histórico, peca naquilo onde tantos outros também o fizeram: a ausência de imparcialidade. Imagino que todos conhecemos bem os feitos, desfeitos e defeitos nas ações do militares e simpatizantes naquela época, mas é absurdo ver como, no caso de Batismo de Sangue, e em outros tantos, há um esforço enorme para convencer o telespectador de que os opositores da ditadura eram simples e basicamente os coitadinhos, os injustiçados (com uma única exceção indireta: o discurso do Frei Betto sobre o uso justificado da violência extrema, logo no início do filme), e sabe-se que não era bem assim. Erros foram cometidos por todos os lados, mais por um do que por outro, eu creio, mas "santificar" um e "demonizar" o outro da forma como costumamos ver quando a questão vem à tona é de uma estupidez medonha.
Moonraker tem um cantinho especial no meu coração por ser um dos primeiros que vi quando ainda criança (apaixonado por foguetes e sonhando em ser astronauta), por contar com um dos enredos mais megalomaníacos da série e nos apresentar uma das mais toscas batalhas espaciais que já vi, digna de um troféu Star "Framboesa" Wars de Ouro. Resumindo: Jaws ❤.
Depois de ver Armageddon (muito bom, mas muito meloso), Impacto Profundo (bonzinho, mas meloso também), Volcano (ótimo e nada meloso) e O Inferno de Dante (muito bom, quase nada meloso e só pelo Pierce Brosnan já vale a pena), meu estoque de paciência para filmes sobre desastres naturais já se esgotou. E ainda por cima, O Dia Depois de Amanhã não ajuda: meloso ao extremo, cheio de situações desnecessárias e forçadas demais e cenas em CG que mais parecem ter sido feitas por alunos do 1º período de um curso de computação gráfica de alguma faculdade meia-boca - basta ver aqueles lobos toscos. Enfim, taí um daqueles filmes que não me arrependeria de não ter visto. Ah, e a meia estrela foi só pela lindinha da Laura, ok? É isso.
Esse é o tipo de filme que, mesmo que vejamos alguns tantos problemas, acabam nos conquistando por um personagem ou mesmo por apenas uma simples fala (como aconteceu comigo). A fala em questão refere-se ao fato de algumas pessoas não imporem limites as suas ambições, chegando ao ponto de pôr na reta a própria vida em busca de um sonho, que muitas vezes pode não passar de uma ilusão. E o longa acaba sendo um claro retrato de como isso pode vir a destruir parcial ou completamente a vida de tantos. E ainda tem aquele ar sobrenatural irresistível, no qual nunca sabemos de fato o que é ou não real. Já a natural dramaticidade nipônica sempre presente na atuação dos atores pode até incomodar alguns, mas é notável que esse é o jeito deles, gostemos ou não. Enfim, só de pensar como aquela gente vivia, praticamente sem posses, dependendo dos senhores feudais em meio a uma guerra civil, já agradeço por ter nascido bem mais tarde. Ou não.
Revendo o filme, mas dessa vez após ler o livro, percebo que de forma auto-suficiente ele funciona muito bem, já como adaptação fica notável que a obra original por si só é tão densa e profunda que nem a própria Anne Rice (autora do livro e roteirista dessa adaptação) conseguiu transpor tudo aquilo de forma satisfatória para a telona. Principalmente quanto ao Louis que, apesar de também ser o narrador aqui, passa longe do complexo e profundo Louis da versão literária, e isso acaba se refletindo, de certa maneira, na conflitante relação entre Lestat, Claúdia e ele, que acaba ganhando contornos um tanto superficiais e, dependendo do ponto de vista, até mesmo vagos. Imagino que a Anne fez o que podia fazer para condensar a coisa toda nas tradicionais duas horas que até hoje seguem sendo o padrão mais aceito para longas, mas ainda assim pecou ao pular passagens que alimentavam justamente a profundidade, do Louis do Lestat e mesmo da Cláudia, que acabou por praticamente se ausentar no filme. Há méritos, é claro, e não são poucos, como o fato de eles terem optado por, ao contrário do livro, por um ponto final aqui, deixando assim bastante claro que não havia intenção, àquela época, de dar continuidade às Crônicas Vampirescas - sendo Entrevista com o Vampiro apenas o primeiro de, atualmente, onze livros - no cinema. Entretanto, chega 2014 e a Universal diz que vai (re)adaptar a série... Bora ver no que vai dar. Só espero que, dessa vez, caso Entrevista com o Vampiro ganhe uma refilmagem, os envolvidos consigam captar toda a sua essência e complexidade, pelo menos deixando o novo Louis mais próximo daquele que ganhou o mundo em 1976 e que fez uma falta danada nessa versão de 1994. Se bem que acho que diante da amplitude psicológica dessa impecável obra da Anne, que pudemos ler aqui no Brasil com a belíssima tradução da Clarice Lispector, talvez só conseguíssemos ver uma adaptação realmente "fiel" do livro em uma minissérie de 4 ou 5 episódios. Ou nem mesmo assim, haha.
Os filmes de terror/horror, em sua maioria, de qualquer época, mas principalmente os mais antigos (a onda atual é possessão, sadismo e tédio intelectual), para serem devidamente apreciados, necessitam, em primeiro lugar, da boa vontade do telespectador para abstrair absurdos, como a estupidez em massa do elenco de personagens primários e secundários, as fracas atuações e, dependendo da situação, os vários furos no roteiro. Halloween é exatamente o tipo que depende disso. Mesmo com uma ideia interessantíssima – o tal garoto que é “puro mal” – e uma trilha sonora simples mas deliciosa, o filme não consegue ser crível caso quem o assista seja naturalmente crítico. Jamie Lee Curtis e Nancy Loomis atuam de forma medonha, e até meio caricata, e simplesmente não convencem. Ah, e não tem os clichês, né? Um vilão que consegue levantar um homem com uma única mão, mas que cai por causa de uma agulhada de tricô no pescoço é forçar demais, certo? Alguns relevam esse “detalhe”. Eu não consegui. E apesar de eu ser um admirador assumido do trabalho tipicamente “B” do John Carpenter, sinceramente, esse Halloween, que inventei justamente de assistir apenas por ser ele o diretor, mesmo com alguns pontos positivos (ideia, fotografia e trilha sonora), não merece mais que três estrelas.
Filmes de crime, principalmente sobre serial killers, costumam me cativar - mesmo quando são ruins eu gosto - e não foi diferente com O Observador. O enredo é interessante, tem uma proposta interessante, mesmo que meio batida, mas o problema é o elenco, que nem com o charme da Marisa Tomei conseguiu se salvar, haha. O Keanu Reeves aqui ainda é o mesmo e não convence, fazendo com que não consigamos ver o personagem, mas apenas ele, o ator. O James Spader até tenta, mas não dá. Ao invés de nos entregar um ex-investigador debilitado mais real e menos caricato, ele acaba nos dando exatamente o oposto: um desenho, ou mesmo um esboço, que não provoca empatia, mas apenas indiferença. A direção também tem seus problemas, já que o Joe Charbanic parece ter optado por apelar para tudo quanto é clichê, como as cenas quadro-a-quadro nos momentos em que o assassino observa e ataca as vítimas, nos encontros e desencontros quase absurdos, na clássica perseguição policial que mais parece uma "ronda passeio" da Patrulha do Bairro e por aí vai. Trilha sonora, fotografia e efeitos especiais também não se destacam, sendo praticamente "padrão" para filmes de baixo/médio orçamento feitos naquela época. Enfim, como curto muito o tema e as peças, mesmo que, às vezes, forçosamente, se encaixam, acabei curtindo uma boa reprise no domingão.
As sinopses que vi por aí não me animaram muito, mas acabei me deixando levar pelo fato do filme ser adaptado de um livro do Dennis Lehane, autor de Sobre Meninos e Lobos, além de contar com James Gandolfini e Naomi Rapace no elenco. E então? Me surpreendi. A trama é bem simples, mas cativante, e o tempo todo nos deixa pensando "esse cara não é o que parece" e a cada cena a expectativa por um desfecho (não tão, mas ainda assim) inesperado aumenta. E o tal desfecho não decepciona. Pelo menos não como um todo. O engraçado é que o jeitão do longa é bem "eastwoodiano" quanto à direção e o andamento, mas, levando em conta obras anteriores, é notável que essa é uma característica do Lehane mesmo. Ponto positivo para ele, haha.
Uma ideia razoavelmente interessante, que até poderia dar um bom filme se tivesse "caído" nas mãos de uma equipe minimamente competente e não nas do Johannes Roberts. Obs.: a uma estrela foi pela ideia, e só.
Nos anos 1970/80 (com menção honrosa a 1996, por Fuga de L.A.), John Carpenter era um daqueles poucos caras que conseguiam levar às telonas HQs fodásticas que sequer existiam, haha.
Simples, barato, com atuações e produção terríveis, mas com uma sequência final do tipo que deixa qualquer um meio fora de si (ou com o c* na mão, como dizia minha avó). Mas, independentemente disso, não sei o que apavora mais: aquela família insana ou os gritos da chata da Sally, haha.
Uma refilmagem quase 100% fiel (de Manhunter, primeira adaptação de Dragão Vermelho, lançada em 1986). E isso, de certa forma, me deixou encantado. E o elenco... Fantástico! Ah, e é naturalmente delicioso ver o Hopkins mais uma vez como meu tão querido Hannibal Lecter. Outra coisa que achei bem bacana foi que eles, além de praticamente refilmarem todo o roteiro do filme de 1986, e em quase todos os detalhes (o final mudou, é claro, mas não deixou nada a desejar), terem adicionado duas sequências que acabam "fechando" a série e colocando os acontecimentos dessa versão quase que imediatamente antes dos fatos de O Silêncio dos Inocentes. O engraçado é que na primeira vez que vi esse filme, logo após ter visto o Hannibal de 2001, não gostei muito, mas certamente isso se deu, àquela época, em razão de eu ainda estar meio que viajando no filme anterior e também por ainda não ter visto a memorável primeira aparição do "Hopkins Lecter". Já hoje, vejo que Dragão Vermelho, mesmo tendo sido feito provavelmente no intuito de se aproveitar da boa maré gerada por seu antecessor, é impecável e inesquecível. Só espero ainda viver para, quem sabe, ver o Hopkins como Lecter mais uma vez em um futuro próximo (Harris, bora escrever alguma coisa, né, meu filho? Tu tá devagar demais, haha).
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraMais um ótimo conto do Stephen grandiosamente adaptado e com um final simplesmente fodástico. Em outras palavras: Darabont ❤.
Trilhos do Destino
3.6 78 Assista Agora"Não estou com medo de morrer, mas pensar que eu não vivi... Isso me apavora."
Anos na lista e só agora vi... E lamento muito pelo fato da Alison Eastwood ainda não ter voltado a direção. Jeito para a coisa ela tem. E um puta pai fodão também, haha.
O Cão que Guarda as Estrelas
4.2 17Lágrimas, lágrimas e mais lágrimas (sniff, sniff...).
A Chave de Vidro
3.6 11Bom filme, com uma ótima mas corrida trama e uma sutil e deliciosa trilha sonora. Alguns disseram ser datado demais por trazer elementos típicos das primeiras levas do cinema noir, outros se queixam da ausência da profundidade contida no livro em que ele se baseia, e há ainda quem tenha se incomodado demais com o roteiro, que ficou muito acelerado em relação a versão de 1935, dirigida pelo Frank Tuttle (de "A Hora Antes do Amanhecer"), criando assim uma certa imagem negativa do filme que sinceramente acho injusta. Se assim o fosse, trocentos filmes daquela época deveriam ser classificados como "datados". Não entendo também por que inventaram de fazer uma refilmagem apenas sete anos após a anterior. O curioso é que eu só soube desse filme graças a Yojimbo, do Kurosawa. E só soube de Yojimbo por causa de Por um Punhado de Dólares, do Sergio Leone, e quanto a este último... Daí é Clint, né? Fudeu, haha.
Babel
3.9 996 Assista AgoraUm perfeito exemplo de como um filme pode ser perturbador sem precisar apelar para o sobrenatural, nutrindo-se "apenas" do humanamente possível e aceitável dentro do vasto campo dos acontecimentos nada aleatórios.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraOs Coen têm um jeito tão peculiar de contar histórias (às vezes só com meio, sem começo ou fim) que sempre acabo me esquecendo quanto tempo se passou desde o início e deixando para lá qualquer perspectiva de fim. Assim me jogo. E assim sempre me apaixono.
Quando Fala o Coração
4.0 161"Não há nada tão bom como um novo casamento. Ainda sem psicoses, sem agressões e nada de complexos de culpa. Eu os parabenizo, e desejo que tenham bebês e não fobias."
Deixando a brincadeira de lado, finalmente, após sete tentativas, encontrei um filme do Hitchcock que realmente me envolveu. Provavelmente pelo grande peso da psicanálise, coisa que sempre me atraiu, mas claro que também pelo conjunto M-A-G-N-Í-F-I-C-O da obra, com fotografia e trilha sonora belíssimas. A Ingrid tá linda de morrer (não sei o motivo em si, acho que os traços do rosto, mas sempre que a vejo lembro da Joan Fontaine), Gregory Peck, mesmo não convencendo muito como Sr. Amnésia, cativa pelos momentos que liberta o pseudo-psicopata que há em si, mas o prêmio de melhor entre os melhores, de mais fofo entre mais fofos e de mais carismático entre os carismáticos foi para... Mickael Chekhov, o Dr. Brulov! ❤
Sonâmbulos
3.1 244 Assista AgoraO que dizer? Quando o Stephen acerta, acerta em cheio, já quando erra, erra feio. Roteiro fraco, povoado de exageros e personagens medonhos (representados por atores que atuam tão mal que chega a dar dó), direção e trilha sonora simplesmente indiferente e por aí vai. Gosto muito de algumas obras do King, principalmente as que pesam mais o drama, como em O Iluminado, It e Sob a Redoma, do que o puramente sobrenatural - com lobisomens, vampiros e etc -, mas vejo que o que certa vez me disseram, que ele era um cara de extremos, parece ser bem verdade: há momentos em que é um ótimo escritor e há outros em que é um péssimo roteirista, como em Sonâmbulos. Ah, e esses dois pontinhos da nota foi só pela matança das cenas finais mesmo, rs.
Sempre Amigos
4.1 277 Assista AgoraProvavelmente vocês já viram essa delicinha na (hoje extinta) Sessão da Tarde, né? Então... Elenco lindo, trilha sonora maravilhosa e um enredo simplesmente tocante. Só recentemente foi que percebi que o Monstrinho é o Kieran Culkin (sim, irmão do Macauley), que eu já havia me encantado por "A Excêntrica Família de Igby". Enfim, já vi muito filme que mexeu comigo, mas esse aqui é um daqueles raros casos que deixam meu coração apertadinho toda vez que revejo. Ah, e tem até a excelentíssima participação do Tony Soprano, haha.
Assassinos
3.3 192 Assista AgoraBanderas sendo Banderas, Stallone sendo Stallone. Já a Juliane Moore até que me surpreendeu um pouco com seu estilo meio trombadinha/amalucada/inconsequente de ser. Tanto que até fiquei querendo conhecer suas outras "histórias", haha.
Com 007 Só Se Vive Duas Vezes
3.5 156 Assista AgoraMais do James Bond caricaturizado do Sean Connery e dos planos megalomaníacos de dominação mundial da SPECTRE... Não tem jeito. Essa era Connery não me convence. Isso graças à atuação quase cômica dele como 007 e às alterações drásticas feitas com relação aos livros que serviram de base para os filmes. Roald Dahl, roteirista do filme, chegou a comentar que You Only Live Twice era o pior livro do Fleeming, e não contava sequer com um enredo minimamente adaptável. Lógico, diante de tanta bagunça feita nos filmes anteriores, tornou-se impossível fazer uma boa adaptação do livro... O que, apesar do filme ser ótimo, é lamentável.
Batismo de Sangue
4.0 223 Assista AgoraComo drama, é um ótimo filme, já como relato histórico, peca naquilo onde tantos outros também o fizeram: a ausência de imparcialidade. Imagino que todos conhecemos bem os feitos, desfeitos e defeitos nas ações do militares e simpatizantes naquela época, mas é absurdo ver como, no caso de Batismo de Sangue, e em outros tantos, há um esforço enorme para convencer o telespectador de que os opositores da ditadura eram simples e basicamente os coitadinhos, os injustiçados (com uma única exceção indireta: o discurso do Frei Betto sobre o uso justificado da violência extrema, logo no início do filme), e sabe-se que não era bem assim. Erros foram cometidos por todos os lados, mais por um do que por outro, eu creio, mas "santificar" um e "demonizar" o outro da forma como costumamos ver quando a questão vem à tona é de uma estupidez medonha.
007 Contra o Foguete da Morte
3.2 175 Assista AgoraMoonraker tem um cantinho especial no meu coração por ser um dos primeiros que vi quando ainda criança (apaixonado por foguetes e sonhando em ser astronauta), por contar com um dos enredos mais megalomaníacos da série e nos apresentar uma das mais toscas batalhas espaciais que já vi, digna de um troféu Star "Framboesa" Wars de Ouro. Resumindo: Jaws ❤.
O Dia Depois de Amanhã
3.2 1,2K Assista AgoraDepois de ver Armageddon (muito bom, mas muito meloso), Impacto Profundo (bonzinho, mas meloso também), Volcano (ótimo e nada meloso) e O Inferno de Dante (muito bom, quase nada meloso e só pelo Pierce Brosnan já vale a pena), meu estoque de paciência para filmes sobre desastres naturais já se esgotou. E ainda por cima, O Dia Depois de Amanhã não ajuda: meloso ao extremo, cheio de situações desnecessárias e forçadas demais e cenas em CG que mais parecem ter sido feitas por alunos do 1º período de um curso de computação gráfica de alguma faculdade meia-boca - basta ver aqueles lobos toscos. Enfim, taí um daqueles filmes que não me arrependeria de não ter visto. Ah, e a meia estrela foi só pela lindinha da Laura, ok? É isso.
Contos da Lua Vaga
4.4 105 Assista AgoraEsse é o tipo de filme que, mesmo que vejamos alguns tantos problemas, acabam nos conquistando por um personagem ou mesmo por apenas uma simples fala (como aconteceu comigo). A fala em questão refere-se ao fato de algumas pessoas não imporem limites as suas ambições, chegando ao ponto de pôr na reta a própria vida em busca de um sonho, que muitas vezes pode não passar de uma ilusão. E o longa acaba sendo um claro retrato de como isso pode vir a destruir parcial ou completamente a vida de tantos. E ainda tem aquele ar sobrenatural irresistível, no qual nunca sabemos de fato o que é ou não real. Já a natural dramaticidade nipônica sempre presente na atuação dos atores pode até incomodar alguns, mas é notável que esse é o jeito deles, gostemos ou não. Enfim, só de pensar como aquela gente vivia, praticamente sem posses, dependendo dos senhores feudais em meio a uma guerra civil, já agradeço por ter nascido bem mais tarde. Ou não.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraRevendo o filme, mas dessa vez após ler o livro, percebo que de forma auto-suficiente ele funciona muito bem, já como adaptação fica notável que a obra original por si só é tão densa e profunda que nem a própria Anne Rice (autora do livro e roteirista dessa adaptação) conseguiu transpor tudo aquilo de forma satisfatória para a telona. Principalmente quanto ao Louis que, apesar de também ser o narrador aqui, passa longe do complexo e profundo Louis da versão literária, e isso acaba se refletindo, de certa maneira, na conflitante relação entre Lestat, Claúdia e ele, que acaba ganhando contornos um tanto superficiais e, dependendo do ponto de vista, até mesmo vagos. Imagino que a Anne fez o que podia fazer para condensar a coisa toda nas tradicionais duas horas que até hoje seguem sendo o padrão mais aceito para longas, mas ainda assim pecou ao pular passagens que alimentavam justamente a profundidade, do Louis do Lestat e mesmo da Cláudia, que acabou por praticamente se ausentar no filme. Há méritos, é claro, e não são poucos, como o fato de eles terem optado por, ao contrário do livro, por um ponto final aqui, deixando assim bastante claro que não havia intenção, àquela época, de dar continuidade às Crônicas Vampirescas - sendo Entrevista com o Vampiro apenas o primeiro de, atualmente, onze livros - no cinema. Entretanto, chega 2014 e a Universal diz que vai (re)adaptar a série... Bora ver no que vai dar. Só espero que, dessa vez, caso Entrevista com o Vampiro ganhe uma refilmagem, os envolvidos consigam captar toda a sua essência e complexidade, pelo menos deixando o novo Louis mais próximo daquele que ganhou o mundo em 1976 e que fez uma falta danada nessa versão de 1994. Se bem que acho que diante da amplitude psicológica dessa impecável obra da Anne, que pudemos ler aqui no Brasil com a belíssima tradução da Clarice Lispector, talvez só conseguíssemos ver uma adaptação realmente "fiel" do livro em uma minissérie de 4 ou 5 episódios. Ou nem mesmo assim, haha.
Um Ninja da Pesada
2.6 332 Assista AgoraTaí um dos poucos filmes que faço questão de ver com a dublagem daqui, haha.
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista AgoraOs filmes de terror/horror, em sua maioria, de qualquer época, mas principalmente os mais antigos (a onda atual é possessão, sadismo e tédio intelectual), para serem devidamente apreciados, necessitam, em primeiro lugar, da boa vontade do telespectador para abstrair absurdos, como a estupidez em massa do elenco de personagens primários e secundários, as fracas atuações e, dependendo da situação, os vários furos no roteiro. Halloween é exatamente o tipo que depende disso. Mesmo com uma ideia interessantíssima – o tal garoto que é “puro mal” – e uma trilha sonora simples mas deliciosa, o filme não consegue ser crível caso quem o assista seja naturalmente crítico. Jamie Lee Curtis e Nancy Loomis atuam de forma medonha, e até meio caricata, e simplesmente não convencem. Ah, e não tem os clichês, né? Um vilão que consegue levantar um homem com uma única mão, mas que cai por causa de uma agulhada de tricô no pescoço é forçar demais, certo? Alguns relevam esse “detalhe”. Eu não consegui. E apesar de eu ser um admirador assumido do trabalho tipicamente “B” do John Carpenter, sinceramente, esse Halloween, que inventei justamente de assistir apenas por ser ele o diretor, mesmo com alguns pontos positivos (ideia, fotografia e trilha sonora), não merece mais que três estrelas.
O Observador
2.8 135Filmes de crime, principalmente sobre serial killers, costumam me cativar - mesmo quando são ruins eu gosto - e não foi diferente com O Observador. O enredo é interessante, tem uma proposta interessante, mesmo que meio batida, mas o problema é o elenco, que nem com o charme da Marisa Tomei conseguiu se salvar, haha. O Keanu Reeves aqui ainda é o mesmo e não convence, fazendo com que não consigamos ver o personagem, mas apenas ele, o ator. O James Spader até tenta, mas não dá. Ao invés de nos entregar um ex-investigador debilitado mais real e menos caricato, ele acaba nos dando exatamente o oposto: um desenho, ou mesmo um esboço, que não provoca empatia, mas apenas indiferença. A direção também tem seus problemas, já que o Joe Charbanic parece ter optado por apelar para tudo quanto é clichê, como as cenas quadro-a-quadro nos momentos em que o assassino observa e ataca as vítimas, nos encontros e desencontros quase absurdos, na clássica perseguição policial que mais parece uma "ronda passeio" da Patrulha do Bairro e por aí vai. Trilha sonora, fotografia e efeitos especiais também não se destacam, sendo praticamente "padrão" para filmes de baixo/médio orçamento feitos naquela época. Enfim, como curto muito o tema e as peças, mesmo que, às vezes, forçosamente, se encaixam, acabei curtindo uma boa reprise no domingão.
A Entrega
3.4 227 Assista AgoraAs sinopses que vi por aí não me animaram muito, mas acabei me deixando levar pelo fato do filme ser adaptado de um livro do Dennis Lehane, autor de Sobre Meninos e Lobos, além de contar com James Gandolfini e Naomi Rapace no elenco. E então? Me surpreendi. A trama é bem simples, mas cativante, e o tempo todo nos deixa pensando "esse cara não é o que parece" e a cada cena a expectativa por um desfecho (não tão, mas ainda assim) inesperado aumenta. E o tal desfecho não decepciona. Pelo menos não como um todo. O engraçado é que o jeitão do longa é bem "eastwoodiano" quanto à direção e o andamento, mas, levando em conta obras anteriores, é notável que essa é uma característica do Lehane mesmo. Ponto positivo para ele, haha.
Floresta dos Condenados
1.6 70Uma ideia razoavelmente interessante, que até poderia dar um bom filme se tivesse "caído" nas mãos de uma equipe minimamente competente e não nas do Johannes Roberts.
Obs.: a uma estrela foi pela ideia, e só.
Os Aventureiros do Bairro Proibido
3.7 568 Assista AgoraNos anos 1970/80 (com menção honrosa a 1996, por Fuga de L.A.), John Carpenter era um daqueles poucos caras que conseguiam levar às telonas HQs fodásticas que sequer existiam, haha.
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1,0K Assista AgoraSimples, barato, com atuações e produção terríveis, mas com uma sequência final do tipo que deixa qualquer um meio fora de si (ou com o c* na mão, como dizia minha avó). Mas, independentemente disso, não sei o que apavora mais: aquela família insana ou os gritos da chata da Sally, haha.
Dragão Vermelho
4.0 894 Assista AgoraUma refilmagem quase 100% fiel (de Manhunter, primeira adaptação de Dragão Vermelho, lançada em 1986). E isso, de certa forma, me deixou encantado. E o elenco... Fantástico! Ah, e é naturalmente delicioso ver o Hopkins mais uma vez como meu tão querido Hannibal Lecter. Outra coisa que achei bem bacana foi que eles, além de praticamente refilmarem todo o roteiro do filme de 1986, e em quase todos os detalhes (o final mudou, é claro, mas não deixou nada a desejar), terem adicionado duas sequências que acabam "fechando" a série e colocando os acontecimentos dessa versão quase que imediatamente antes dos fatos de O Silêncio dos Inocentes. O engraçado é que na primeira vez que vi esse filme, logo após ter visto o Hannibal de 2001, não gostei muito, mas certamente isso se deu, àquela época, em razão de eu ainda estar meio que viajando no filme anterior e também por ainda não ter visto a memorável primeira aparição do "Hopkins Lecter". Já hoje, vejo que Dragão Vermelho, mesmo tendo sido feito provavelmente no intuito de se aproveitar da boa maré gerada por seu antecessor, é impecável e inesquecível. Só espero ainda viver para, quem sabe, ver o Hopkins como Lecter mais uma vez em um futuro próximo (Harris, bora escrever alguma coisa, né, meu filho? Tu tá devagar demais, haha).