Entre os filmes que já vi do Hitchcock (Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai, Os Pássaros, Psicose e Rebecca), esse foi que mais me agradou, com um enredo interessante sendo executado de maneira bem natural e não forçada e semeada por clichês como em alguns dos outros trabalhos dele. Esse é dos filmes em que o Alfred mostra sua genialidade ao conduzir uma cena chave. Toda a sequência que se passa no Albert Hall em que não ouvimos os personagens mas apenas o som do espetáculo, nos deixando em frenesi pensando no que eles podem estar dizendo foi uma jogada de gênio, não? Enfim, esse eu realmente me senti obrigado a marcar como favorito.
Obs.: a primeira versão desse filme é de 1934, seis anos antes do Hitchcock abraçar Hollywood. Ainda não a vi, mas tá na mira, haha.
O bom filme com um ótimo enredo mas que poderia ser infinitamente melhor se contasse com um bom ator como protagonista (o que o Cage certamente não é). O andamento, apesar daquela correria nos primeiros momentos da investigação, foi muito bem conduzido e o desfecho é um dos que eu mais gosto entre os filmes investigativos que já vi. Ou seja, mais pelo filme, menos pelo Cage.
"Trash but sooo cool", como os melhores trabalhos do Robert. Taí outra que se a onda de adaptar filmes para séries de TV pegar mesmo (como parece que vai), mais cedo ou mais tarde dará as caras na telinha. Bom pra nós, haha. Ou não.
Leonardo DiCaprio em seu primeiro longa sério já nos mostrando quem era e o que viria a se tornar: um fantástico ator, principalmente em dramas. Sobre o De Niro... O que dizer? O cara é foda. Sempre o mesmo jeitão meio grosseiro e mau caráter que combina perfeitamente com seus personagens (a maioria deles é mau caráter mesmo, então... rs). Enfim, lindo filme, envolvente e bastante "pé no chão", sem apelar para exageros ou forçar a barra como alguns filmes "biográficos" teimam em fazer para atrair público.
Esperança. É isso que sentimos com filmes como esse. Percebemos que, apesar do pesares e se fizermos as escolhas corretas (coisa bem difícil, admito) talvez a vida possa mesmo dar certo, talvez possamos fazer desse mundo um lugar melhor para se viver, onde haja respeito mútuo e independente de cor, classe social, religião etc. Agora, saindo do aspecto subjetivo da coisa, Escritores da Liberdade é uma obra que cumpre seu papel com distinção, contando com ótimas atuações (a Hilary Swank tem um cantinho especial no meu coração desde Sombras do Passado), boa trilha sonora e uma condução bastante satisfatória. Tesourinho, tesourinho.
O que dizer sobre o Al? Fantástico. Sempre. É maravilhoso ver como ele incorpora o personagem e brinca com todas as suas nuances. Há uma marca registrada, é claro, afinal não dá para não notar certas semelhanças entre suas tantas atuações, mas algo que fica explicitamente claro é que os melhores filmes dele são dramas e não suspenses ou os policiais que ele tanto faz. Prova disso é Perfume de Mulher, O Advogado do Diabo e mais recentemente esse tesourinho do HBO Films (eles nunca erram?). Um tema pesado, uma discussão complexa e altamente dogmática, uma atuação impecável do Al, uma direção competente... Um grande filme. Que infelizmente passou batido por muitos, é verdade, mas que já está naquela minha seleta lista de filmes essenciais sobre a vida e a morte onde Mar Adentro, O Escafandro e a Borboleta e O Óleo de Lorenzo (entre outros) estão.
Sempre que paro para assistir algo do Hitchcock espero pelo não-óbvio. Ele costumava trabalhar dessa forma. As reviravoltas marcavam suas obras. Algumas mais sensatas, outras extravagantes (como a cena final de Um Corpo que Cai), elas sempre estão lá, nos surpreendendo. E em Rebecca não é diferente. O elenco, outro forte do Hitchcock, aqui também nos presenteia com belíssimas atuações, desde o Lawrence Olivier e seu centrado e instável Maxim De Winter à Judith Anderson e sua ranzinza, melancólica e puramente má Sra. Danvers (que teve um final bastante apropriado), passando ainda pelo George Sanders e seu simplesmente insolente e mau caráter Favell. Só lamento, de certa forma, pela Joan Fontaine. Pode ser falta de visão minha, já que tantos a admiram (me apaixonei de primeira por ela, mas não pela atuação nesse filme, haha), mas eu só vi uma sofrível, exageradamente afetada e nada convincente interpretação dela durante quase todo o filme como a sem nome que se torna a segunda Sra. De Winter. Entendo que ela tenta exaustivamente nos transmitir a tensão e o medo experienciados por sua personagem diante da forte e constante "presença" da falecida Rebecca em todos os cantos de Manderley, mas mesmo assim achei aquela aflição dela muito forçada e não tocante, não me provocando qualquer compaixão, mas o mais puro e simples desprezo. As coisas mudam um pouco próximo ao final, quando a maturidade aparentemente a atinge, e aí sim vejo surgir aquela Joan Fontaine que todos tanto aclamam. Enfim, entre prós (trilha sonora, figurino, roteiro, etc) e contras (Joan Fontaine, Joan Fontaine, Joan Fontaine e Joan Fontaine, na maior parte do filme), temos aqui mais um ótimo, mas não excepcional, filme do Hitchcock.
Obs.: O livro no qual o filme é baseado, escrito pela Daphne Du Maurier, tem uma edição nacional bem recente, de 2013, pela editora Manole (sob o selo Amarilys). A capa é um spoiler desgraçado, mas...
"A vida não é assim, a vida não é generosa. Você não deve amar alguém, não deve se apegar a alguém, pois a vida vai te trazer mágoas. Ela leva tudo para longe de você e ri na sua cara. Ela te trai."
É no mínimo difícil ver esse filme sem se identificar com um dos protagonistas, seja Elise (ou Alabama) ou Didier (ou Monroe). Relacionamentos em que as partes têm visões completamente diferentes de mundo não são incomuns, mas eles costumam acabar quase sempre por motivos banais se formos comparar com a situação que vemos aqui. E essa é uma grandiosa lição de Alabama Monroe: sejam menos tolos, menos egoístas, se importem com o que realmente importa. E isso quase nunca acontece. Enfim, deixando de lado a questão abstrata e pessoal, temos aqui um maravilhoso exemplo de como o já tão batido "jogo do tempo" (passado, presente, futuro, não necessariamente nessa ordem) pode ser excelentemente utilizado para se contar uma história que se contada normalmente não seria tão impactante. Mérito do Felix van Groeningen que o escreveu e dirigiu impecavelmente e do lindo casal Elise & Didier (Veerle Baetens & Johan Heldenbergh, respectivamente). Resumindo: Bluegrass ❤.
Dos quatro filmes do Hitchcock que vi (Psicose, Um Corpo que Cai, Janela Indiscreta e Os Pássaros), esse foi o segundo cujo final não me decepcionou. Lógico que eu gostaria de saber o que havia "por trás" daqueles pássaros, se é que havia alguma coisa, mas deixar essa questão em aberto acabou dando um brilho a mais à obra. Sou daqueles que preferem coisas não explicadas a coisas mal explicadas. Enfim, próximo passo da minha "The Hitchcock Experience": Quando Fala o Coração (1945).
Outro daqueles filmes que tratam um tema extremamente pesado com uma leveza notável. Robin é sempre fantástico e aqui não é diferente. O elenco em si também é maravilhoso (Liev Schreiber, Hannah Taylor-Gordon e Armin Mueller-Stahl, entre outros, estão excelentes) e a direção do Peter é naturalmente competente. É uma pena que ele não tenha mais se aventurado em filmes para o cinema.
Bom filme, mas longe de ser, para mim, tudo isso que dizem. Gostei muito da ideia em si, isso de ver a vida acontecendo pela janela, quase que sem participar dela e o texto é simplesmente excelente! Pena que tanto se perca nas traduções daqui. O andamento também me agradou bastante, mas achei aquela sequência final decepcionante, tanto pela questão técnica (sempre abominei aquele efeito de aceleração que costumava ser usado em cenas de ação antigamente) quanto pela coisa em si. Nisso me refiro especificamente à velocidade com que os policiais conseguiram chegar ao apartamento do Jeff e àquela queda completamente desnecessária. Ah, algo que me incomodou também foi aquela cena medonha do helicóptero sobrevoando os prédios logo no começo do filme. Qual o sentido daquilo? Nenhum! Enfim, entre prós e contras, três estrelinhas e meia para ele. Mais que isso não dá, haha.
- Por que você faz isso? - Ninguém lê avisos na América.
Spielberg é um gênio. Hanks é um gênio. O primeiro por conseguir com maestria tratar os mais diversos temas mesclando doses de realidade e fantasia em um desenho onde quem impera é a sutileza, a sensibilidade (há exceções, é claro, sempre há e não são poucas). O segundo por ser capaz de representar desde o dramático Andrew Beckett em Filadélfia ao tão ingênuo mas nada bobo Viktor Navorski em O Terminal e nos encantar com uma doçura quase inexplicável e com a leveza e o poder de convencimento proveniente de algo que poucos atores verdadeiramente detêm: o dom. Se separadamente, com seus próprios trabalhos isolados, ambos conseguem nos cativar, o que dizer então de uma obra como essa, que reúne dois dos maiores "achados" do cinema mundial? Simples: P-E-R-F-E-I-Ç-Ã-O.
Mesmo o sr. Hitchcock sendo uma lenda, nunca o dei muita atenção. Isso mudou após ver Psicose uma noite dessas no Telecine Cult. Como há tempos eu vinha pensando em procurar Vertigo (me nego a utilizar o estúpido título brasileiro), decidi dedicar minha "Sessão Dominical" a ele. E o que dizer? Até antes da última cena, a palavra seria "impecável" e, tecnicamente falando, é impecável mesmo, mas ao comentar sobre um filme ou livro ou ainda sobre um filme que foi baseado em um livro, como no caso em questão, sempre levo em consideração técnica e enredo, é claro. E esse é o problema aqui. Não li o livro, portanto não sei se o final em si é uma adaptação fiel (pelo que li por aí, não é), mas achei que o surgimento repentino daquela freira e o que ela desencadeou foi bobo demais. Enfim, essa é a minha opinião, se justa ou injusta isso é problema meu, haha.
Nem sei quantas vezes já vi e revi esse filme, e sempre que o faço, mesmo que pela centésima vez, ele me toca profundamente. Todos os detalhes, todas as visões... Eu particularmente adoro filmes que tratam das guerras de forma indireta, não tão focada, mas o grande mérito de Desejo e Reparação é que ele é mais um daqueles filmes que nos mostram claramente como pequenas atitudes e (más ou irresponsáveis) escolhas podem destruir toda uma vida. Seria fácil dizer "maldita Briony!", mas antes dessa conclusão há de se considerar alguns detalhes: A) Robbie errou ao escrever e ser descuidado com aquela carta; B) Cee errou ao simplesmente guardá-la, e não realmente escondê-la; C) Ambos erraram ao se "soltarem" na biblioteca com a porta aberta; D) Erraram de novo ao ignorar e não dizer nada a Briony após ela tê-los visto lá; E) Briony, mesmo com toda sua esperteza e inteligência, era uma criança de 13 anos uma com imaginação fértil e que achou estar fazendo o certo diante das informações que tinha diante de si. Ou seja, não dá para culpá-la, pelo menos não exclusivamente. Todos são culpados. Cee, Robbie, Lola, Briony... E todos, de uma maneira ou de outra, em maior ou menor grau, acabam pagando por seus erros. Enfim, temos aqui um filme que ensina coisas, muitas e importantes coisas. Só é uma pena que nós, humanos, sejamos tão tapados quanto a aprender o que realmente precisamos.
Mesmo com um enredo que passa longe da excelência de seu antecessor (Octopussy), temos um bom filme, que apela para mais um plano megalomaníaco, mas dessa vez nem tanto assim, de um típico vilão sociopata. Vejo isso, essa coisa da megalomania sempre presente nos filmes de Bond, como uma carta marcada. Dá certo, quanto ao público, mas acaba, muitas vezes, exagerando e forçando demais a barra provocando assim uma certa superficialidade totalmente dispensável. E isso cansa. Enfim, acho que o meu grande pesar quando a 007 é o fato dos filmes quase sempre não serem fiéis e acabarem passando bem longe dos irretocáveis livros escritos pelo Fleming.
Oprah, Whoopi, Danny, Avery... Todos mostrando com excelência como se deve atuar. E sob a tutela do Spielberg então? Perfeito. E é curioso ver como as melhores adaptações de livros acabam sendo "geridas" por grandes diretores (será que é mesmo tão difícil assim adaptar uma obra literária dramática para a telona?), como parece ser o caso de A Cor Púrpura. E aqueles últimos minutos... É de corroer o coração. No bom sentido, é claro. Só lamento pelo fato de o livro estar já há tanto tempo sumido das livrarias. Bora ver, né, Record? Reedição já!
Sem nenhuma dúvida, dentre os filmes da fase pré-moderna de Bond (me refiro ao abismo que há entre GoldenEye e os anteriores), Octopussy é o melhor. Digo ainda que é o único que se compara, em excelência de roteiro e produção, com o já citado GoldenEye, bem como com Cassino Royale e Skyfall (ambos da era Craig). Só lamento pela péssima escolha de título da versão nacional. Por que diabos naquela época era sempre 007 contra isso ou aquilo? Muitas vezes, o título ficava completamente sem sentido, fora de contexto, como isso de "Contra Octopussy". Ainda bem que pararam com isso. Imagina só: 007 Contra Skyfall, 007 Contra o Amanhã Que Nunca Morre, 007 Contra o Mundo Que Não É o Bastante, 007 Contra Cassino Royale... Que infortúnio seria, não? Ah, e vendo a habilidade de fuga do 009, dá para entender perfeitamente o motivo do Fleming ter escolhido o 007 como protagonista: se fosse com o outro só teríamos o primeiro filme porque certamente ele não escaparia do Dr. No, hahaha.
"Não sou ninguém. E terei de viver o resto da minha vida como um ninguém."
Mais um clássico filme de máfia que tanto amo. O maior brilho daqui está no fato de, mesmo mantendo a seriedade, não ter sido deixado de lado o fator cômico que, pelo que sabemos, sempre fez, direta ou indiretamente, parte dessas "irmandades" do crime.
Eu poderia falar da minha admiração pelo trabalho do Tom e do Robert, da ótima fotografia, do maravilhoso enredo, do simples mas absurdamente eficaz texto e blá-bláb-lá... Mas preferi resumir tudo em um clichê: Wiiiilsoooooooooooooon! ❤
Teoria da Conspiração
3.5 188 Assista AgoraSaudade de ver o Mel em um filme frenético assim, meio louco, e da "Era de Ouro" do Cine Belas Artes no SBT. Tempos que não voltam, haha.
O Homem Que Sabia Demais
3.9 258 Assista AgoraEntre os filmes que já vi do Hitchcock (Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai, Os Pássaros, Psicose e Rebecca), esse foi que mais me agradou, com um enredo interessante sendo executado de maneira bem natural e não forçada e semeada por clichês como em alguns dos outros trabalhos dele. Esse é dos filmes em que o Alfred mostra sua genialidade ao conduzir uma cena chave. Toda a sequência que se passa no Albert Hall em que não ouvimos os personagens mas apenas o som do espetáculo, nos deixando em frenesi pensando no que eles podem estar dizendo foi uma jogada de gênio, não? Enfim, esse eu realmente me senti obrigado a marcar como favorito.
Obs.: a primeira versão desse filme é de 1934, seis anos antes do Hitchcock abraçar Hollywood. Ainda não a vi, mas tá na mira, haha.
8mm: Oito Milímetros
3.5 364 Assista AgoraO bom filme com um ótimo enredo mas que poderia ser infinitamente melhor se contasse com um bom ator como protagonista (o que o Cage certamente não é). O andamento, apesar daquela correria nos primeiros momentos da investigação, foi muito bem conduzido e o desfecho é um dos que eu mais gosto entre os filmes investigativos que já vi. Ou seja, mais pelo filme, menos pelo Cage.
Planeta Terror
3.7 1,1K"Trash but sooo cool", como os melhores trabalhos do Robert. Taí outra que se a onda de adaptar filmes para séries de TV pegar mesmo (como parece que vai), mais cedo ou mais tarde dará as caras na telinha. Bom pra nós, haha. Ou não.
O Despertar de um Homem
3.7 260 Assista AgoraLeonardo DiCaprio em seu primeiro longa sério já nos mostrando quem era e o que viria a se tornar: um fantástico ator, principalmente em dramas. Sobre o De Niro... O que dizer? O cara é foda. Sempre o mesmo jeitão meio grosseiro e mau caráter que combina perfeitamente com seus personagens (a maioria deles é mau caráter mesmo, então... rs). Enfim, lindo filme, envolvente e bastante "pé no chão", sem apelar para exageros ou forçar a barra como alguns filmes "biográficos" teimam em fazer para atrair público.
Escritores da Liberdade
4.2 1,1K Assista AgoraEsperança. É isso que sentimos com filmes como esse. Percebemos que, apesar do pesares e se fizermos as escolhas corretas (coisa bem difícil, admito) talvez a vida possa mesmo dar certo, talvez possamos fazer desse mundo um lugar melhor para se viver, onde haja respeito mútuo e independente de cor, classe social, religião etc. Agora, saindo do aspecto subjetivo da coisa, Escritores da Liberdade é uma obra que cumpre seu papel com distinção, contando com ótimas atuações (a Hilary Swank tem um cantinho especial no meu coração desde Sombras do Passado), boa trilha sonora e uma condução bastante satisfatória. Tesourinho, tesourinho.
Você Não Conhece o Jack
4.1 414 Assista AgoraO que dizer sobre o Al? Fantástico. Sempre. É maravilhoso ver como ele incorpora o personagem e brinca com todas as suas nuances. Há uma marca registrada, é claro, afinal não dá para não notar certas semelhanças entre suas tantas atuações, mas algo que fica explicitamente claro é que os melhores filmes dele são dramas e não suspenses ou os policiais que ele tanto faz. Prova disso é Perfume de Mulher, O Advogado do Diabo e mais recentemente esse tesourinho do HBO Films (eles nunca erram?). Um tema pesado, uma discussão complexa e altamente dogmática, uma atuação impecável do Al, uma direção competente... Um grande filme. Que infelizmente passou batido por muitos, é verdade, mas que já está naquela minha seleta lista de filmes essenciais sobre a vida e a morte onde Mar Adentro, O Escafandro e a Borboleta e O Óleo de Lorenzo (entre outros) estão.
Na Linha de Fogo
3.5 111 Assista AgoraAtuando ou dirigindo, os filmes com o Clint são sempre "eastwoodianamente" deliciosos. E com o Malkovich de brinde? Fodástico.
Um Drink no Inferno
3.7 1,4K Assista AgoraSaudade de ver o Clooney em filmes "trash but cool" como esse, haha.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
4.2 359 Assista AgoraSempre que paro para assistir algo do Hitchcock espero pelo não-óbvio. Ele costumava trabalhar dessa forma. As reviravoltas marcavam suas obras. Algumas mais sensatas, outras extravagantes (como a cena final de Um Corpo que Cai), elas sempre estão lá, nos surpreendendo. E em Rebecca não é diferente. O elenco, outro forte do Hitchcock, aqui também nos presenteia com belíssimas atuações, desde o Lawrence Olivier e seu centrado e instável Maxim De Winter à Judith Anderson e sua ranzinza, melancólica e puramente má Sra. Danvers (que teve um final bastante apropriado), passando ainda pelo George Sanders e seu simplesmente insolente e mau caráter Favell. Só lamento, de certa forma, pela Joan Fontaine. Pode ser falta de visão minha, já que tantos a admiram (me apaixonei de primeira por ela, mas não pela atuação nesse filme, haha), mas eu só vi uma sofrível, exageradamente afetada e nada convincente interpretação dela durante quase todo o filme como a sem nome que se torna a segunda Sra. De Winter. Entendo que ela tenta exaustivamente nos transmitir a tensão e o medo experienciados por sua personagem diante da forte e constante "presença" da falecida Rebecca em todos os cantos de Manderley, mas mesmo assim achei aquela aflição dela muito forçada e não tocante, não me provocando qualquer compaixão, mas o mais puro e simples desprezo. As coisas mudam um pouco próximo ao final, quando a maturidade aparentemente a atinge, e aí sim vejo surgir aquela Joan Fontaine que todos tanto aclamam. Enfim, entre prós (trilha sonora, figurino, roteiro, etc) e contras (Joan Fontaine, Joan Fontaine, Joan Fontaine e Joan Fontaine, na maior parte do filme), temos aqui mais um ótimo, mas não excepcional, filme do Hitchcock.
Obs.: O livro no qual o filme é baseado, escrito pela Daphne Du Maurier, tem uma edição nacional bem recente, de 2013, pela editora Manole (sob o selo Amarilys). A capa é um spoiler desgraçado, mas...
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista Agora"A vida não é assim, a vida não é generosa. Você não deve amar alguém, não deve se apegar a alguém, pois a vida vai te trazer mágoas. Ela leva tudo para longe de você e ri na sua cara. Ela te trai."
É no mínimo difícil ver esse filme sem se identificar com um dos protagonistas, seja Elise (ou Alabama) ou Didier (ou Monroe). Relacionamentos em que as partes têm visões completamente diferentes de mundo não são incomuns, mas eles costumam acabar quase sempre por motivos banais se formos comparar com a situação que vemos aqui. E essa é uma grandiosa lição de Alabama Monroe: sejam menos tolos, menos egoístas, se importem com o que realmente importa. E isso quase nunca acontece. Enfim, deixando de lado a questão abstrata e pessoal, temos aqui um maravilhoso exemplo de como o já tão batido "jogo do tempo" (passado, presente, futuro, não necessariamente nessa ordem) pode ser excelentemente utilizado para se contar uma história que se contada normalmente não seria tão impactante. Mérito do Felix van Groeningen que o escreveu e dirigiu impecavelmente e do lindo casal Elise & Didier (Veerle Baetens & Johan Heldenbergh, respectivamente). Resumindo: Bluegrass ❤.
Os Pássaros
3.9 1,1KDos quatro filmes do Hitchcock que vi (Psicose, Um Corpo que Cai, Janela Indiscreta e Os Pássaros), esse foi o segundo cujo final não me decepcionou. Lógico que eu gostaria de saber o que havia "por trás" daqueles pássaros, se é que havia alguma coisa, mas deixar essa questão em aberto acabou dando um brilho a mais à obra. Sou daqueles que preferem coisas não explicadas a coisas mal explicadas. Enfim, próximo passo da minha "The Hitchcock Experience": Quando Fala o Coração (1945).
Um Sinal de Esperança
3.8 54 Assista AgoraOutro daqueles filmes que tratam um tema extremamente pesado com uma leveza notável. Robin é sempre fantástico e aqui não é diferente. O elenco em si também é maravilhoso (Liev Schreiber, Hannah Taylor-Gordon e Armin Mueller-Stahl, entre outros, estão excelentes) e a direção do Peter é naturalmente competente. É uma pena que ele não tenha mais se aventurado em filmes para o cinema.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraBom filme, mas longe de ser, para mim, tudo isso que dizem. Gostei muito da ideia em si, isso de ver a vida acontecendo pela janela, quase que sem participar dela e o texto é simplesmente excelente! Pena que tanto se perca nas traduções daqui. O andamento também me agradou bastante, mas achei aquela sequência final decepcionante, tanto pela questão técnica (sempre abominei aquele efeito de aceleração que costumava ser usado em cenas de ação antigamente) quanto pela coisa em si. Nisso me refiro especificamente à velocidade com que os policiais conseguiram chegar ao apartamento do Jeff e àquela queda completamente desnecessária. Ah, algo que me incomodou também foi aquela cena medonha do helicóptero sobrevoando os prédios logo no começo do filme. Qual o sentido daquilo? Nenhum! Enfim, entre prós e contras, três estrelinhas e meia para ele. Mais que isso não dá, haha.
O Terminal
3.8 1,3K Assista Agora- Por que você faz isso?
- Ninguém lê avisos na América.
Spielberg é um gênio. Hanks é um gênio. O primeiro por conseguir com maestria tratar os mais diversos temas mesclando doses de realidade e fantasia em um desenho onde quem impera é a sutileza, a sensibilidade (há exceções, é claro, sempre há e não são poucas). O segundo por ser capaz de representar desde o dramático Andrew Beckett em Filadélfia ao tão ingênuo mas nada bobo Viktor Navorski em O Terminal e nos encantar com uma doçura quase inexplicável e com a leveza e o poder de convencimento proveniente de algo que poucos atores verdadeiramente detêm: o dom. Se separadamente, com seus próprios trabalhos isolados, ambos conseguem nos cativar, o que dizer então de uma obra como essa, que reúne dois dos maiores "achados" do cinema mundial? Simples: P-E-R-F-E-I-Ç-Ã-O.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraMesmo o sr. Hitchcock sendo uma lenda, nunca o dei muita atenção. Isso mudou após ver Psicose uma noite dessas no Telecine Cult. Como há tempos eu vinha pensando em procurar Vertigo (me nego a utilizar o estúpido título brasileiro), decidi dedicar minha "Sessão Dominical" a ele. E o que dizer? Até antes da última cena, a palavra seria "impecável" e, tecnicamente falando, é impecável mesmo, mas ao comentar sobre um filme ou livro ou ainda sobre um filme que foi baseado em um livro, como no caso em questão, sempre levo em consideração técnica e enredo, é claro. E esse é o problema aqui. Não li o livro, portanto não sei se o final em si é uma adaptação fiel (pelo que li por aí, não é), mas achei que o surgimento repentino daquela freira e o que ela desencadeou foi bobo demais. Enfim, essa é a minha opinião, se justa ou injusta isso é problema meu, haha.
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraNem sei quantas vezes já vi e revi esse filme, e sempre que o faço, mesmo que pela centésima vez, ele me toca profundamente. Todos os detalhes, todas as visões... Eu particularmente adoro filmes que tratam das guerras de forma indireta, não tão focada, mas o grande mérito de Desejo e Reparação é que ele é mais um daqueles filmes que nos mostram claramente como pequenas atitudes e (más ou irresponsáveis) escolhas podem destruir toda uma vida. Seria fácil dizer "maldita Briony!", mas antes dessa conclusão há de se considerar alguns detalhes: A) Robbie errou ao escrever e ser descuidado com aquela carta; B) Cee errou ao simplesmente guardá-la, e não realmente escondê-la; C) Ambos erraram ao se "soltarem" na biblioteca com a porta aberta; D) Erraram de novo ao ignorar e não dizer nada a Briony após ela tê-los visto lá; E) Briony, mesmo com toda sua esperteza e inteligência, era uma criança de 13 anos uma com imaginação fértil e que achou estar fazendo o certo diante das informações que tinha diante de si. Ou seja, não dá para culpá-la, pelo menos não exclusivamente. Todos são culpados. Cee, Robbie, Lola, Briony... E todos, de uma maneira ou de outra, em maior ou menor grau, acabam pagando por seus erros. Enfim, temos aqui um filme que ensina coisas, muitas e importantes coisas. Só é uma pena que nós, humanos, sejamos tão tapados quanto a aprender o que realmente precisamos.
007: Na Mira dos Assassinos
3.4 141 Assista AgoraMesmo com um enredo que passa longe da excelência de seu antecessor (Octopussy), temos um bom filme, que apela para mais um plano megalomaníaco, mas dessa vez nem tanto assim, de um típico vilão sociopata. Vejo isso, essa coisa da megalomania sempre presente nos filmes de Bond, como uma carta marcada. Dá certo, quanto ao público, mas acaba, muitas vezes, exagerando e forçando demais a barra provocando assim uma certa superficialidade totalmente dispensável. E isso cansa. Enfim, acho que o meu grande pesar quando a 007 é o fato dos filmes quase sempre não serem fiéis e acabarem passando bem longe dos irretocáveis livros escritos pelo Fleming.
A Cor Púrpura
4.4 1,4K Assista AgoraOprah, Whoopi, Danny, Avery... Todos mostrando com excelência como se deve atuar. E sob a tutela do Spielberg então? Perfeito. E é curioso ver como as melhores adaptações de livros acabam sendo "geridas" por grandes diretores (será que é mesmo tão difícil assim adaptar uma obra literária dramática para a telona?), como parece ser o caso de A Cor Púrpura. E aqueles últimos minutos... É de corroer o coração. No bom sentido, é claro. Só lamento pelo fato de o livro estar já há tanto tempo sumido das livrarias. Bora ver, né, Record? Reedição já!
Poder Absoluto
3.5 80 Assista Agora- Ter ido procurar a minha filha foi totalmente inaceitável.
- Piedade.
- Temo que já não me reste nenhuma.
Um grande livro + um grande roteirista + um grande diretor = um filme grandioso. Sem mais.
007 Contra Octopussy
3.4 140 Assista AgoraSem nenhuma dúvida, dentre os filmes da fase pré-moderna de Bond (me refiro ao abismo que há entre GoldenEye e os anteriores), Octopussy é o melhor. Digo ainda que é o único que se compara, em excelência de roteiro e produção, com o já citado GoldenEye, bem como com Cassino Royale e Skyfall (ambos da era Craig). Só lamento pela péssima escolha de título da versão nacional. Por que diabos naquela época era sempre 007 contra isso ou aquilo? Muitas vezes, o título ficava completamente sem sentido, fora de contexto, como isso de "Contra Octopussy". Ainda bem que pararam com isso. Imagina só: 007 Contra Skyfall, 007 Contra o Amanhã Que Nunca Morre, 007 Contra o Mundo Que Não É o Bastante, 007 Contra Cassino Royale... Que infortúnio seria, não? Ah, e vendo a habilidade de fuga do 009, dá para entender perfeitamente o motivo do Fleming ter escolhido o 007 como protagonista: se fosse com o outro só teríamos o primeiro filme porque certamente ele não escaparia do Dr. No, hahaha.
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista Agora"Não sou ninguém. E terei de viver o resto da minha vida como um ninguém."
Mais um clássico filme de máfia que tanto amo. O maior brilho daqui está no fato de, mesmo mantendo a seriedade, não ter sido deixado de lado o fator cômico que, pelo que sabemos, sempre fez, direta ou indiretamente, parte dessas "irmandades" do crime.
Náufrago
3.9 1,9K Assista AgoraEu poderia falar da minha admiração pelo trabalho do Tom e do Robert, da ótima fotografia, do maravilhoso enredo, do simples mas absurdamente eficaz texto e blá-bláb-lá... Mas preferi resumir tudo em um clichê: Wiiiilsoooooooooooooon! ❤
Naufrágio no Pacífico
3.2 22Mais um clássico da Sessão da Tarde, rs. O que dizer? Um ótimo passatempo, um bom filme. Simples assim.