Um dos maiores shows de canastrice dos anos 90, com um roteiro repleto de chavões do gênero, e com uma música incidental patética, tendo até música do The Police na trama. A cena dos policiais ouvindo Murders by Numbers, do conjunto, é uma das mais risíveis já vista no cinema. E tudo com um ar de gravidade, o que só deixa a coisa mais hilária. Que ninguém cometa o sacrilégio de comparar com o Seven, que está milhões de léguas além.
Um road movie do jovem Spielberg, já exercendo sua grandiloquência em algumas cenas, mas que cai um pouco com a atuação exagerada da Goldie Hawn, que não conseguiu perder aquela caracterização estilo "Flower Power".
Roubar ladrões é um lance que sempre funciona no cinema, desde Robin Hood, e o Brooks aproveita bem esse filão, nesse filme chamado originalmente de "$". Beatty está convincente e sem aquele excesso de maneirismo tradicional dele, e a Goldie Hawn também funciona, bem dirigida pelo Brooks, sem aquele típico histerismo em suas performances. O roubo é bem bolado, os vilões são caricatos, mas dentro de um possível, e a perseguição final de quase meia hora pelas ruas de Berlin já vale o filme. Um filme divertido sem ofender sua inteligência.
Baseado no romance semi-autobiográfico da escritora Penelope Mortimer, "Pumpkin" é valorizado pelo olhar do dramaturgo e prêmio Nobel, Harold Pinter, e pela direção criativa e detalhista do Clayton, que emula aqui o estilo Antonioni. Anne Bancroft é um caso a parte. Sua interpretação é meticulosa, com uma maestria pouco vezes vista nas telas. Ela assume esse personagem complexo dentro de sua simplicidade, que nos assusta e emociona, deixando uma marca indelével após o final. Um filme fantástico e importante.
A atuação contida e segura do Ethan Hawke salva o filme do desastre narrativo politicamente correto e liberal que o velho Schrader adotou na sua terceira idade. Outro dia desses ele disse babando que a cantora americana Taylor Swift era uma entidade divina, que dava sentido às nossas vidas, e por aí vai. Triste ver um cara que escreveu "Taxi Driver", "Touro Indomável", dirigiu os ótimos "Mishima" e "Vivendo na Corda Bamba", virar um cara que escreve uma cena respeitosa para com o discurso extremo liberal de não definição de sexo, quando o Hawke pergunta para a personagem grávida se ela espera azul ou rosa. Hahahaha. É triste ver esses caras pisando em ovos e adotando discursos que compactuem com a nutelagem que virou Hollywood, para continuarem a trabalhar.
Longo e chato esse filme sobre quatro estudantes idiotas que planejam roubar um livro antigo, com um plano bastante patético e pueril. O estilo modernoso, cheio de musiquinhas da hora e o uso dos personagens reais, não ajuda muito.
Goldie Hawn tem que passar o filme quase todo escondendo o mala do Chevy Chase, seu ex-marido, que está sendo procurado por assalto a um banco em Carmel. O filme é tão pueril e estúpido, que causa estranheza ser baseado em um texto do Neil Simon. Tão ruim que chega a ser constrangedor.
Em uma abertura a la "black exploitation film" da década de 70, uma coroa meio rechonchuda e baixinha é apresentada como uma gostosa matadora de um grupo de gangsters negros. Ela mata um cara que devia grana ao seu chefe, e poupa seu filho, que jogava vídeo-game. Um ano depois, ela que vinha acompanhando de longe a vida desse garoto, agora envolvido com um grupo de gangsters gregos, acaba o colocando sob sua asa, destruindo assim sua vida tranquila. Tudo carregado dos piores chavões do gênero, repleto de exageros e situações mal elaboradas, tudo para a Taraji, que é produtora também, passar por essa "fodona". Um projeto egomaníaco, coisa comum em Hollywood. Gena Rowlands fez o mesmo papel em "Gloria", com muito mais classe e credibilidade.
Fraquíssimo suspense, com a Patty Duke sofrendo na mão de uma suposta sogra de seu marido falecido no Vietnã. Mal escrito e dirigido, tendo ainda o John Boy dos Waltons fazendo papel de malvadão sem convencer.
Alegoria sobre depressão pós-parto e casamentos que caem na rotina, não funciona porque se utiliza dos piores chavões no assunto. Um filme que se passa por adulto, bem construído, mas na realidade é endereçado para o público jovem. Passa longe de um Bergman, por exemplo.
Um homem, Orfeu moderno, consegue mexer com a cabeça e a vida de três mulheres em uma cidade do interior, nesse texto do Tenesse Williams. Brando dá o que o texto permite, e não é pouco. Woodward está linda e bastante convincente como a louca e inconformada com a vidinha vazia do interior. Anna Magnani e Victor Jory destoam um pouco fazendo o casal dramalhão, com a Magnani exagerando nas caretas.
Uma tentativa de retratar os relacionamentos na classe média pós-guerra, onde quatro casais são vizinhos de cerca, vivem seus dramas e seus anseios. É incrível e chocante ver depois de 60 anos, como certas situações eram resolvidas, como o estupro de uma das mulheres dessa vizinhança por um vizinho bêbado e frustrado. O texto tenta discutir esse e outros temas, como o racismo, mas cai na vala comum no final, diluindo o que poderia ter sido.
Segunda vez que o Newman encarna o detetive Harper, e é um acerto mais uma vez. O bom roteiro valoriza a atuação do Newman, com um elenco de suporte muito bom, com uma Melanie Griffith fazendo uma perigosa ninfeta.
Adaptação do texto do Faulkner, com boas atuações do elenco, com o Welles representando a interpretação clássica, contra o pessoal recém saído do Actor's Studio. E isso deu um certo trabalho para o Ritt, que teve que gerenciar essa briga de egos. Lee Remick está incrivelmente linda, Newman e Woodward trazem a química que tinham como casal na vida real, e o canastrão Franciosa não compromete.
Tudo errado nessa pretensa comédia, que erra o tom totalmente, exagerando no farsesco e na ausência de construção dos personagens, um elenco mal escolhido e uma direção perdida do Kershner. O elenco é um desperdício só. Connery não tem timing de comédia, é exagerado, e nunca se encontra no roteiro tão infantil e machista. Woodward é relegada a ser mal tratada pelo Connery, levando até um soco de direita no final, em um dos papeis mais ultrajantes que ela já fez. Jean Seberg, ícone da Nouvelle Vague é outro desperdício. Uma bagunça total e um castigo interminável para quem se propõe a assistir até o final.
Alan Ladd é um caso curioso da velha Hollywood. Baixo e sem um físico atlético, ele protagonizou inúmeros e importantes filmes chamados Noir, nas décadas de 40 e 50. E esse continua sendo o problema aqui. Ele não convence como um ex-tira durão, que foi preso injustamente, culpa de Amato, um velho mafioso feito quase no automático pelo G. Robinson, tipo que ele consagrou nos filmes de gangsters dos anos 30. Fora isso, tem que lidar com um chifre levado pela mulher, a maravilhosa Joanne Dru, quando estava preso. O filme ainda tem a paixão do King Kong, Fay Wray, já envelhecida, em um papel secundário, e uma ponta da deliciosa Jayne Mansfield. Em resumo, é o encontro de dois gêneros, film noir e gangster movie, com mulheres lindas, Ladd "Stone Face" que não convence como fodão e um Robinson no automático fazendo o que ele mais sabia, fazer o papel do desagradável. Vale checar.
Uma das maiores adaptações, senão a maior, de um texto do Tenesse Williams para o cinema, com uma atuação magistral da Vivian Leigh e uma direção inteligente do Kazan. Leigh é um caso à parte. A sutileza em sua interpretação beira a perfeição. É uma atuação épica, estudada, que dificilmente se vê hoje em dia.
Uma das mais importantes e maduras interpretações de um ator, em uma direção segura e inteligente do Bertolucci, com a fantástica música de Gato Barbieri. Único senão é a interpretação quase amadora da Schneider, que infelizmente não conseguiu segurar o rojão de contracenar com o Brando, chegando em algumas cenas a ficar caricata, perdida. A complexidade do personagem do Brando é quase palpável, crível e existencial. Um triunfo que dificilmente se repetirá hoje em dia.
Vingança
3.2 582 Assista AgoraFilme B comédia soft porn que se juntar a diretora e a roteirista (a mesma pessoa) não dá um neurônio. Lixo
Copycat: A Vida Imita a Morte
3.5 168 Assista AgoraUm dos maiores shows de canastrice dos anos 90, com um roteiro repleto de chavões do gênero, e com uma música incidental patética, tendo até música do The Police na trama. A cena dos policiais ouvindo Murders by Numbers, do conjunto, é uma das mais risíveis já vista no cinema. E tudo com um ar de gravidade, o que só deixa a coisa mais hilária. Que ninguém cometa o sacrilégio de comparar com o Seven, que está milhões de léguas além.
Louca Escapada
3.4 78 Assista AgoraUm road movie do jovem Spielberg, já exercendo sua grandiloquência em algumas cenas, mas que cai um pouco com a atuação exagerada da Goldie Hawn, que não conseguiu perder aquela caracterização estilo "Flower Power".
Ladrão Que Rouba Ladrão
3.4 6Roubar ladrões é um lance que sempre funciona no cinema, desde Robin Hood, e o Brooks aproveita bem esse filão, nesse filme chamado originalmente de "$". Beatty está convincente e sem aquele excesso de maneirismo tradicional dele, e a Goldie Hawn também funciona, bem dirigida pelo Brooks, sem aquele típico histerismo em suas performances. O roubo é bem bolado, os vilões são caricatos, mas dentro de um possível, e a perseguição final de quase meia hora pelas ruas de Berlin já vale o filme. Um filme divertido sem ofender sua inteligência.
Crescei e Multiplicai-vos
3.9 14Baseado no romance semi-autobiográfico da escritora Penelope Mortimer, "Pumpkin" é valorizado pelo olhar do dramaturgo e prêmio Nobel, Harold Pinter, e pela direção criativa e detalhista do Clayton, que emula aqui o estilo Antonioni. Anne Bancroft é um caso a parte. Sua interpretação é meticulosa, com uma maestria pouco vezes vista nas telas. Ela assume esse personagem complexo dentro de sua simplicidade, que nos assusta e emociona, deixando uma marca indelével após o final. Um filme fantástico e importante.
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraA atuação contida e segura do Ethan Hawke salva o filme do desastre narrativo politicamente correto e liberal que o velho Schrader adotou na sua terceira idade. Outro dia desses ele disse babando que a cantora americana Taylor Swift era uma entidade divina, que dava sentido às nossas vidas, e por aí vai. Triste ver um cara que escreveu "Taxi Driver", "Touro Indomável", dirigiu os ótimos "Mishima" e "Vivendo na Corda Bamba", virar um cara que escreve uma cena respeitosa para com o discurso extremo liberal de não definição de sexo, quando o Hawke pergunta para a personagem grávida se ela espera azul ou rosa. Hahahaha. É triste ver esses caras pisando em ovos e adotando discursos que compactuem com a nutelagem que virou Hollywood, para continuarem a trabalhar.
Uma Aventura Perigosa
3.5 110Longo e chato esse filme sobre quatro estudantes idiotas que planejam roubar um livro antigo, com um plano bastante patético e pueril. O estilo modernoso, cheio de musiquinhas da hora e o uso dos personagens reais, não ajuda muito.
Upgrade: Atualização
3.7 690 Assista AgoraBaixo orçamento e boas idéias fazem desse filme uma grata surpresa.
Parece Que Foi Ontem
3.2 11Goldie Hawn tem que passar o filme quase todo escondendo o mala do Chevy Chase, seu ex-marido, que está sendo procurado por assalto a um banco em Carmel. O filme é tão pueril e estúpido, que causa estranheza ser baseado em um texto do Neil Simon. Tão ruim que chega a ser constrangedor.
Acrimônia
3.2 127 Assista AgoraTosquera divertida do Perry, que acaba virando um "Atração Fatal". Uma meia hora a menos não faria mal.
Proud Mary
2.6 69 Assista AgoraEm uma abertura a la "black exploitation film" da década de 70, uma coroa meio rechonchuda e baixinha é apresentada como uma gostosa matadora de um grupo de gangsters negros. Ela mata um cara que devia grana ao seu chefe, e poupa seu filho, que jogava vídeo-game. Um ano depois, ela que vinha acompanhando de longe a vida desse garoto, agora envolvido com um grupo de gangsters gregos, acaba o colocando sob sua asa, destruindo assim sua vida tranquila. Tudo carregado dos piores chavões do gênero, repleto de exageros e situações mal elaboradas, tudo para a Taraji, que é produtora também, passar por essa "fodona". Um projeto egomaníaco, coisa comum em Hollywood. Gena Rowlands fez o mesmo papel em "Gloria", com muito mais classe e credibilidade.
Obsessão Sinistra
3.4 11Suspense trash que ainda tem uns números safados de dança que enterraram de vez a carreira da então quase quarentona Debbie Reynolds.
Sob a Sombra da Outra
2.4 4Fraquíssimo suspense, com a Patty Duke sofrendo na mão de uma suposta sogra de seu marido falecido no Vietnã. Mal escrito e dirigido, tendo ainda o John Boy dos Waltons fazendo papel de malvadão sem convencer.
Tully
3.9 562 Assista AgoraAlegoria sobre depressão pós-parto e casamentos que caem na rotina, não funciona porque se utiliza dos piores chavões no assunto. Um filme que se passa por adulto, bem construído, mas na realidade é endereçado para o público jovem. Passa longe de um Bergman, por exemplo.
Vidas em Fuga
3.9 45 Assista AgoraUm homem, Orfeu moderno, consegue mexer com a cabeça e a vida de três mulheres em uma cidade do interior, nesse texto do Tenesse Williams. Brando dá o que o texto permite, e não é pouco. Woodward está linda e bastante convincente como a louca e inconformada com a vidinha vazia do interior. Anna Magnani e Victor Jory destoam um pouco fazendo o casal dramalhão, com a Magnani exagerando nas caretas.
A Mulher do Próximo
3.4 3Uma tentativa de retratar os relacionamentos na classe média pós-guerra, onde quatro casais são vizinhos de cerca, vivem seus dramas e seus anseios. É incrível e chocante ver depois de 60 anos, como certas situações eram resolvidas, como o estupro de uma das mulheres dessa vizinhança por um vizinho bêbado e frustrado. O texto tenta discutir esse e outros temas, como o racismo, mas cai na vala comum no final, diluindo o que poderia ter sido.
A Piscina Mortal
3.2 12 Assista AgoraSegunda vez que o Newman encarna o detetive Harper, e é um acerto mais uma vez. O bom roteiro valoriza a atuação do Newman, com um elenco de suporte muito bom, com uma Melanie Griffith fazendo uma perigosa ninfeta.
O Mercador de Almas
3.8 31Adaptação do texto do Faulkner, com boas atuações do elenco, com o Welles representando a interpretação clássica, contra o pessoal recém saído do Actor's Studio. E isso deu um certo trabalho para o Ritt, que teve que gerenciar essa briga de egos. Lee Remick está incrivelmente linda, Newman e Woodward trazem a química que tinham como casal na vida real, e o canastrão Franciosa não compromete.
Sublime Loucura
2.7 2Tudo errado nessa pretensa comédia, que erra o tom totalmente, exagerando no farsesco e na ausência de construção dos personagens, um elenco mal escolhido e uma direção perdida do Kershner. O elenco é um desperdício só. Connery não tem timing de comédia, é exagerado, e nunca se encontra no roteiro tão infantil e machista. Woodward é relegada a ser mal tratada pelo Connery, levando até um soco de direita no final, em um dos papeis mais ultrajantes que ela já fez. Jean Seberg, ícone da Nouvelle Vague é outro desperdício. Uma bagunça total e um castigo interminável para quem se propõe a assistir até o final.
Horas Sombrias
3.0 1Alan Ladd é um caso curioso da velha Hollywood. Baixo e sem um físico atlético, ele protagonizou inúmeros e importantes filmes chamados Noir, nas décadas de 40 e 50. E esse continua sendo o problema aqui. Ele não convence como um ex-tira durão, que foi preso injustamente, culpa de Amato, um velho mafioso feito quase no automático pelo G. Robinson, tipo que ele consagrou nos filmes de gangsters dos anos 30. Fora isso, tem que lidar com um chifre levado pela mulher, a maravilhosa Joanne Dru, quando estava preso. O filme ainda tem a paixão do King Kong, Fay Wray, já envelhecida, em um papel secundário, e uma ponta da deliciosa Jayne Mansfield. Em resumo, é o encontro de dois gêneros, film noir e gangster movie, com mulheres lindas, Ladd "Stone Face" que não convence como fodão e um Robinson no automático fazendo o que ele mais sabia, fazer o papel do desagradável. Vale checar.
Uma Rua Chamada Pecado
4.3 456 Assista AgoraUma das maiores adaptações, senão a maior, de um texto do Tenesse Williams para o cinema, com uma atuação magistral da Vivian Leigh e uma direção inteligente do Kazan. Leigh é um caso à parte. A sutileza em sua interpretação beira a perfeição. É uma atuação épica, estudada, que dificilmente se vê hoje em dia.
Último Tango em Paris
3.5 570Uma das mais importantes e maduras interpretações de um ator, em uma direção segura e inteligente do Bertolucci, com a fantástica música de Gato Barbieri. Único senão é a interpretação quase amadora da Schneider, que infelizmente não conseguiu segurar o rojão de contracenar com o Brando, chegando em algumas cenas a ficar caricata, perdida. A complexidade do personagem do Brando é quase palpável, crível e existencial. Um triunfo que dificilmente se repetirá hoje em dia.
Oblivion
3.2 1,7K Assista AgoraMais uma ficção sem grandes qualidades e esquecível.
A Múmia
2.5 1K Assista AgoraUm reboot fraquíssimo na franquia de monstros da Universal. Tão fraco, que parece que cancelaram.