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Últimas opiniões enviadas

  • Augusto

    Revi este filme ontem, sendo que o vi pela primeira vez na época do lançamento (por volta de julho de 2011). Há vários detalhes interessantes além dos já óbvios citados, como a ambientação excepcional, a discussão sobre nostalgia e uma insatisfação permanente que as pessoas têm sobre sua condição, as referências culturais (que servem de base para a inspiração de Allen ao longo de sua filmografia) e a caracterização dos personagens, com menção honrosa ao Buñuel não entender seu próprio objetivo em "O Discreto Charme da Burguesia" (Woody Allen sempre foi um gozador com quem tem a pretensão de fazer grandes explicações culturais, por isso em geral seus filmes apresentam o máximo de simplificações possíveis, o que vejo como um dos seus vários méritos).

    Dito isso, gostaria de chamar a atenção para a dicotomia apresentada na chatice e no desconhecimento total de guias de museu (durante o dia) e entre viver, na prática, a história real acontecendo. Isso mostra que o guia do museu (Paul) apenas queria aparecer (é o ego falando aqui, já que ele nunca se importou em de fato saber do processo criativo de Monet ou Picasso, por exemplo), diferentemente de Gabrielle, que explica em poucas palavras que gosta de Cole Porter por ele ter canções sobre Paris, que é de fato o que a interessa, a cidade em si. A conexão entre os seres humanos, genuína, nasce da vontade de saber mais sobre alguém ou sobre algo em comum, sem esperar benefícios futuros. É um pouco do que ocorre com Adriana que se interessa em saber sobre o livro de Gil (e ele, em contrapartida, se interessa pela maneira como ela se relaciona com os outros e o que ela vê e sente estando em Paris), e é a partir daí que eles se envolvem emocionalmente.
    Woody Allen sempre tratou muito bem do falso interesse durante conversas - sobretudo no que diz respeito ao suposto interesse que as pessoas têm em arte - e neste filme o faz com maestria através da personagem Inez, que claramente não só não entende de arte como não está interessada, e esse é o gancho do término de sua relação com Gil. Alguns poderiam dizer que o motivo é fútil, mas ele quer dizer que se você não está interessado nas idéias de uma pessoa e sua maneira de pensar, você não está interessado nela de fato. É neste ponto que a maior parte das relações se desmontam e também é mostrado isto: Adriana não fica com nenhum dos seus admiradores pois ela está também focada em viver no passado (Belle Époque), sem interesse genuíno por nenhum deles. Ela está interessada em algum deles por um momento, e depois não está. É uma análise perspicaz e sutil da contradição feminina com relação aos seus sentimentos, que frequentemente estão em uma montanha-russa, e que é isso que fascina muitos homens, além de ser uma certa graciosidade que não deixa de ser apaixonante (e um pouco frustrante, daí também a contradição masculina). De fato, analisar o ser humano sem levar em consideração suas ambiguidades e contradições é tarefa inócua.

    Para encerrar, a referência que mais gostei foi da tentativa da Zelda Fitzgerald se suicidar às margens do que parecia ser o Rio Sena, em uma clara alusão ao livro A Queda do Albert Camus (outro frequentemente citado por Allen em sua filmografia). O paralelo é interessante pois Zelda tenta se matar pois não enxerga mais sentido na vida se Scott não a ama, em uma bela alegoria de que o amor pode ser o sentido da vida; já o protagonista de A Queda faz uma reflexão existencialista sobre este sentido quando assiste ao suicídio de uma mulher que se atirou no Rio Sena, e não faz nada para impedi-la, já que para ele o que importa são apenas as aparências e ninguém estaria ali para testemunhar seu grande feito de salvá-la (fiz um reducionismo para não estragar a leitura, que recomendo).

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  • Augusto

    Leio alguns comentários e definitivamente não entendo o que as pessoas esperam da quinta parte de uma trajetória brilhantemente protagonizada (e narrada) pelo Stallone. Aliás, sequer me parece que entenderam a premissa do filme original. Parece que a única coisa que aceitariam é uma melhor de 5 entre Rocky e Apollo.

    Na série Rocky ele não trata apenas dos altos e baixos da carreira de um lutador, mas sim de como um homem passa pelas diferentes fases da vida e encara todo tipo de pressão interior e exterior: seus medos, sua carreira, sua relação com a família, com seu amigo e rival, com seu mentor, com seu pupilo, e com a perda (eterna ou momentânea) de cada um deles.

    Desde o primeiro filme percebemos que Rocky é uma homem de bom coração, ingênuo e razoavelmente ignorante sobre como o mundo funciona. Vemos a importância de um homem sábio e experiente para guiá-lo (Mickey), um amigo para te ajudar nos momentos difíceis (Apollo) e uma família que te ame e não deixe você sair dos trilhos ou ter um desvio de caráter.

    Creio que todos já entenderam a referência ao Don King ou que Rocky por não aceitar a aposentadoria acaba "se vendo" no Tommy e, com isso, alienando seu filho. Mas o importante é o que ele disse ao próprio filho: que ele mesmo renasceu ao ver o nascimento dele. Foi um pouco do que ocorreu quando Tommy começou a vencer: Rocky estava buscando esse renascimento. Só que ele sempre esteve ali. Ele que demorou a perceber porque é natural para um homem se sentir momentaneamente confuso por ter perdido tudo e deixado sua família (e ele próprio) se expor a vergonha de retornar ao bairro humilde que morou (e fica claro na conversa dele com Adrian que embora para ela não importe, este é o sentimento que Rocky tem).

    Por mais que ele tenha perdido seu mentor e amigo (cujas lições ele claramente não esqueceu), Rocky ainda tinha sua esposa para lembrá-lo que tanto ela como seu filho o amam e precisam dele. A série é uma lição de paternidade, da necessidade da figura masculina como referência (seja moral, intelectual ou motivacional), de como cada decisão importa (por menor que pareça) e de lealdade e gratidão: Rocky era um grande lutador por conta da sua integridade e de seu caráter (ou seja, seu coração), algo que Tommy não foi capaz de demonstrar ao abandoná-lo e sequer reconhecer sua importância ao se tornar campeão.

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  • Vanessa
    Vanessa

    Que gracinha esse comentário. Eu senti isso também, como se o filme me ajudasse a entender minimamente um pouquinho da minha própria confusão. Bergman é sempre muito sensível, mas para mim, nesse filme, ele se superou.

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Cami
    Cami

    Mesmo? O Jimmy é um dos meus atores favoritos também!
    Ele e o Cary Grant são meus favoritos, na verdade :)

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