O que mais me deixou contente foi perceber como a produção de "Trumbo" se esforçou para deixar a caracterização dos personagens fiel, quero dizer, você não tem apenas um ator fazendo o papel de um fulano que realmente existiu. Ele É aquela pessoa. Kirk Douglas e Edward G.Robinson me fizeram dar berros, que coisa MAIS LINDA <3
E o que falar de Helen Mirren como Hedda Hopper? Me arrepiei toda. Lembrava o tempo inteiro da participação especial que a própria Hedda fez como ela mesma em "Crespúsculo dos Deuses", o jeitinho ~asqueroso de ser já estava lá, é só ver. Hedda era o que havia de mais podre no sistema - e o mais fascinante também.
Como se não bastasse o filme ser lindo, as atuações de Devos e Kiberlain soberbas etc e tal, a linda voz da Jeanne Moreau ilustra as passagens de Violette pelo interior da França. Como não amar? <3
O maior triunfo da Jeanne é ser francesa.Percebo um respeito maior dos franceses em relação à suas estrelas, pois elas continuam brilhando mesmo com a chegada da idade. Não são jogadas para escanteio. Os últimos filmes da Jeanne me fazem pensar sobre esse respeito, todos são maravilhosos, personagens que despertam empatia, ainda que a gente fique surpreso com algumas de suas ações, como é o caso de Frida de "Uma dama em Paris". Gostei do filme, achei que houve um equilíbrio de forças entre Jeanne e Laine Mägi, digo, houve um espaço para que Laine mostrasse sua grande atuação, o que tirou um pouco do filme aquela coisa de que a Moreau roubaria a cena e seguraria todo o filme.
Para quem conhece um pouco de cultura francesa, esse filme é sensacional. Desfaz toda aquele discurso ilusório de que a França é o "melhor lugar para se viver". Na verdade, não é. Os problemas da escola, da saia, da banlieue se confundem com os do próprio país e sua história. Coisas como a colonização e a maneira como a França trata os estrangeiros, a questão do ensino público no país não podem ser deixadas de lado quando se vê esse filme. Não achei o final ruim, pelo contrário. Se tivesse acabado no "felizes para sempre", aí sim, iria contrariar toda a lógica do filme.
Melhor frase do filme é quando a Lauren está falando sobre homens mais velhos: "Aquele ator do The African Queen? Sou louca por ele!" Também tem uma referência ao marido da Betty, o Harry James, que é ótima.
Aquela referência no fim do filme à Bette Davis e seu filme, "Uma velha amizade", me lembrou muito a homenagem que ele presta a essas estrelas em Tudo Sobre Minha Mãe.
Parecia que eu estava vendo uma espécie de remake de "Crespúsculo dos Deuses". A cena em que ele vê sua sombra na tela é muito parecida com a da Norma reassistindo seus filmes mudos, por exemplo. Não que isso seja ruim. Também em muitos momentos, lembrei de "Cantando na Chuva". A proposta é inovadora, homenagear a era de ouro do cinema, com uma história bem "água com áçúcar" à la filmes dessa geração. Achei muito interesssante a homenagem e as referências que aparecem, às vezes não tão óbvias.
Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a cena do copo no camarim, em que todos os objetos começam a "adquirir" som. Achei muito trabalhada no que tange a questão da passagem de um mundo "mudo" para o "falado". Com o som, parece possível sentir o sofrimento do personagem e o clímax, que é quando a pena cai no chão e o som é ensurdecedor. Mais uma vez, lembrei do "Crepúsculo dos Deuses" não pela cena em si, mas pela sensação mórbida que ela te dá, assim como quando a Norma tem seu primeiro diálogo com o Gilles e ele fala que "as pipocas servem para tapar os ouvidos".
Em comparação com os filmes seguintes da Carmen, achei fraco. Digo, as cores, os próprios figurinos nem se comparam aos filmes seguintes como "Uma noite no rio" e "Entre a loira e a morena". Acho que faltou carisma à Betty Grable, senti que a Carmen se sobressaiu a ela em todas as cenas que as duas participavam. Engraçado como a política da boa vizinhança se fez presente na última música, até o momento eu não tinha percebido claramente essa jogada, embora esteja presente em outros filmes da Pequena Notável.
Não é só um filme onde uma garota comete mil maldades, tem toda a abordagem psicológica, com o colapso da Christine e as teorias de Monica. Achei muito bacana a maneira como abordaram a psicopatia, bem avançado mesmo pros padrões da época como já disseram aqui
"Que reste-t-il de nos amours? Que reste-t-il de ceux bonjours? Une photo, vieille photo de ma jeunesse..." Acho que essa música sintetiza o filme. Lindo simplesmente.
Depois de tantos filmes, a gente se sente tão próximo do Doinel, que chega a dar uma dor no coração quando "O amor em fuga" termina. Gostei muito, principalmente da música nos créditos finais, do Alain Souchon.
Sempre lembro da música da Françoise Hardy que diz a melhor frase do filme: La vie est faite de morceaux qui ne se joignent pas. Maravilhoso simplesmente.
Depois que saiu a trilha sonora, a minha vontade de ver aumentou umas mil vezes! Alex Beaupain é sensacional. Fora que ver a Catherine junto com a Chiara como mãe e filha é algo que não se pode perder!
Minha única crítica é sobre La Deneuve: gostaria que ela tivesse aparecido mais. No entanto, a parte que ela canta no desfile do YSL me tocou bastante. Ótimo filme!
O filme do Serge foi feito para seus fãs. Diferentemente de Piaf, ele deixa algumas partes nebulosas e sem entendimento como a parte de sua obsessão pelo fato de ser judeu, que lhe perseguiu durante toda sua vida. O Eric Elmosnino tá simplesmente sensacional nesse papel e a B.B me surpreendeu bastante, a Laetita conseguiu trazer todo o charme da B.B, coisa que achei que seria muito difícil. Gostei que as polêmicas não foram deixadas de lado, como a com a France Gall. No filme da Piaf, parece que falta dizer muitas coisas sobre a cantora, sua perturbação, submissão aos homens, etc. E o que o começo com o instrumental de "Valse de melody"? Caramba, já comecei a me emocionar ali. Perfeito! É um desperdício este filme não ter chegado no Brasil ainda.
Trumbo: Lista Negra
3.9 374 Assista AgoraO que mais me deixou contente foi perceber como a produção de "Trumbo" se esforçou para deixar a caracterização dos personagens fiel, quero dizer, você não tem apenas um ator fazendo o papel de um fulano que realmente existiu. Ele É aquela pessoa. Kirk Douglas e Edward G.Robinson me fizeram dar berros, que coisa MAIS LINDA <3
E o que falar de Helen Mirren como Hedda Hopper? Me arrepiei toda. Lembrava o tempo inteiro da participação especial que a própria Hedda fez como ela mesma em "Crespúsculo dos Deuses", o jeitinho ~asqueroso de ser já estava lá, é só ver. Hedda era o que havia de mais podre no sistema - e o mais fascinante também.
Que filme maravilhoso apenas.
Violette
4.0 99 Assista AgoraComo se não bastasse o filme ser lindo, as atuações de Devos e Kiberlain soberbas etc e tal, a linda voz da Jeanne Moreau ilustra as passagens de Violette pelo interior da França. Como não amar? <3
"À chacun son amour et son besoin d'amour"
Uma Dama em Paris
3.5 16O maior triunfo da Jeanne é ser francesa.Percebo um respeito maior dos franceses em relação à suas estrelas, pois elas continuam brilhando mesmo com a chegada da idade. Não são jogadas para escanteio. Os últimos filmes da Jeanne me fazem pensar sobre esse respeito, todos são maravilhosos, personagens que despertam empatia, ainda que a gente fique surpreso com algumas de suas ações, como é o caso de Frida de "Uma dama em Paris". Gostei do filme, achei que houve um equilíbrio de forças entre Jeanne e Laine Mägi, digo, houve um espaço para que Laine mostrasse sua grande atuação, o que tirou um pouco do filme aquela coisa de que a Moreau roubaria a cena e seguraria todo o filme.
O Dia da Saia
3.8 26Para quem conhece um pouco de cultura francesa, esse filme é sensacional. Desfaz toda aquele discurso ilusório de que a França é o "melhor lugar para se viver". Na verdade, não é. Os problemas da escola, da saia, da banlieue se confundem com os do próprio país e sua história. Coisas como a colonização e a maneira como a França trata os estrangeiros, a questão do ensino público no país não podem ser deixadas de lado quando se vê esse filme. Não achei o final ruim, pelo contrário. Se tivesse acabado no "felizes para sempre", aí sim, iria contrariar toda a lógica do filme.
Querelle
3.6 128"Each man kills the thing he loves.. larara..." Jeanne, obrigada por existir.
Como Agarrar Um Milionário
3.7 162Melhor frase do filme é quando a Lauren está falando sobre homens mais velhos: "Aquele ator do The African Queen? Sou louca por ele!" Também tem uma referência ao marido da Betty, o Harry James, que é ótima.
A Flor do Meu Segredo
3.7 160Aquela referência no fim do filme à Bette Davis e seu filme, "Uma velha amizade", me lembrou muito a homenagem que ele presta a essas estrelas em Tudo Sobre Minha Mãe.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraParecia que eu estava vendo uma espécie de remake de "Crespúsculo dos Deuses". A cena em que ele vê sua sombra na tela é muito parecida com a da Norma reassistindo seus filmes mudos, por exemplo. Não que isso seja ruim. Também em muitos momentos, lembrei de "Cantando na Chuva". A proposta é inovadora, homenagear a era de ouro do cinema, com uma história bem "água com áçúcar" à la filmes dessa geração. Achei muito interesssante a homenagem e as referências que aparecem, às vezes não tão óbvias.
Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a cena do copo no camarim, em que todos os objetos começam a "adquirir" som. Achei muito trabalhada no que tange a questão da passagem de um mundo "mudo" para o "falado". Com o som, parece possível sentir o sofrimento do personagem e o clímax, que é quando a pena cai no chão e o som é ensurdecedor. Mais uma vez, lembrei do "Crepúsculo dos Deuses" não pela cena em si, mas pela sensação mórbida que ela te dá, assim como quando a Norma tem seu primeiro diálogo com o Gilles e ele fala que "as pipocas servem para tapar os ouvidos".
Minha Secretária Brasileira
3.5 15Em comparação com os filmes seguintes da Carmen, achei fraco. Digo, as cores, os próprios figurinos nem se comparam aos filmes seguintes como "Uma noite no rio" e "Entre a loira e a morena". Acho que faltou carisma à Betty Grable, senti que a Carmen se sobressaiu a ela em todas as cenas que as duas participavam. Engraçado como a política da boa vizinhança se fez presente na última música, até o momento eu não tinha percebido claramente essa jogada, embora esteja presente em outros filmes da Pequena Notável.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraÉ tão singela a maneira como homenageia a era de ouro do cinema, que é impossível não se emocionar.
Tara Maldita
4.0 224Não é só um filme onde uma garota comete mil maldades, tem toda a abordagem psicológica, com o colapso da Christine e as teorias de Monica. Achei muito bacana a maneira como abordaram a psicopatia, bem avançado mesmo pros padrões da época como já disseram aqui
A Baía dos Anjos
3.8 30É sensacional como o Demy consegue capturar o melhor da Jeanne, não apenas fisicamente, mas sua atuação como um todo. Que closes mais lindos!
A Maldição do Espelho
3.4 31Tão bom ver a Liz junto com o Rock de novo... aliás, lindo o close nos olhos dela quando ela olha para o quadro
Beijos Proibidos
4.1 138 Assista Agora"Que reste-t-il de nos amours? Que reste-t-il de ceux bonjours? Une photo, vieille photo de ma jeunesse..."
Acho que essa música sintetiza o filme. Lindo simplesmente.
O Amor em Fuga
4.1 92 Assista AgoraDepois de tantos filmes, a gente se sente tão próximo do Doinel, que chega a dar uma dor no coração quando "O amor em fuga" termina. Gostei muito, principalmente da música nos créditos finais, do Alain Souchon.
Duas Inglesas e o Amor
4.1 33 Assista AgoraSempre lembro da música da Françoise Hardy que diz a melhor frase do filme: La vie est faite de morceaux qui ne se joignent pas.
Maravilhoso simplesmente.
Bem Amadas
3.5 254 Assista AgoraDepois que saiu a trilha sonora, a minha vontade de ver aumentou umas mil vezes! Alex Beaupain é sensacional. Fora que ver a Catherine junto com a Chiara como mãe e filha é algo que não se pode perder!
Os Olhos de Sua Mãe
3.1 6A música do Jacques Brel sintetiza todo o trailer, eu acho...
Ascensor Para o Cadafalso
4.1 97 Assista AgoraAquele close nos olhos da Jeanne logo no começo do filme é lindo.
Uma Velha Amizade
4.0 19A cena que Bette chacoalha Hopkins creio que é o tipo de tensão revigorante se que se esperava desde de The Old Maid, hahaha
Adeus às Ilusões
3.8 15O que dizer de Liz Taylor e Richard Burton? Simplesmente sensacionais.
Eu Soube Amar
4.1 20Bette estava mais do que certa quando dizia que Hopkins era "real bitch".
O Louco Amor de Yves Saint Laurent
3.9 20Minha única crítica é sobre La Deneuve: gostaria que ela tivesse aparecido mais. No entanto, a parte que ela canta no desfile do YSL me tocou bastante. Ótimo filme!
Gainsbourg - O Homem que Amava as Mulheres
4.0 248 Assista AgoraO filme do Serge foi feito para seus fãs. Diferentemente de Piaf, ele deixa algumas partes nebulosas e sem entendimento como a parte de sua obsessão pelo fato de ser judeu, que lhe perseguiu durante toda sua vida. O Eric Elmosnino tá simplesmente sensacional nesse papel e a B.B me surpreendeu bastante, a Laetita conseguiu trazer todo o charme da B.B, coisa que achei que seria muito difícil. Gostei que as polêmicas não foram deixadas de lado, como a com a France Gall. No filme da Piaf, parece que falta dizer muitas coisas sobre a cantora, sua perturbação, submissão aos homens, etc.
E o que o começo com o instrumental de "Valse de melody"? Caramba, já comecei a me emocionar ali. Perfeito! É um desperdício este filme não ter chegado no Brasil ainda.