Não conhecia a história dela até assistir o filme, que diga-se de passagem não é muito cativante. Acho que o filme não soube explorar muito bem a sua autenticidade e o fato de ser uma mulher à frente de seu tempo. Mas enfim, representação nenhuma é capaz de ser fiel à um espírito autêntico.
Nossa... é de muita insensibilidade não gostar desse curta, ele é singelo em suas ações e diz muito. Talvez por eu ter passado por essa divisão de mundos desde a infância meu olhar foi mais tocado. Na infância nós crescemos significando o mundo, porque tudo se torna novo diante de nosso olhar e nossos sentimentos também acompanham essa descoberta do "mundo" e de nós mesmos. Uma coisa que pude perceber-sentir é que nessa divisão entre o mundo do pai e da mãe ele vai se tornando mais solitário e criando seu próprio mundo diante da ausência de afeto (afetar-se, sentir-se tocado) por parte dos pais (entretanto com uma ressalva, porque a mãe é quem ainda nutre no garoto o lúdico familiar que os une), significando tudo a sua volta dentro do mundo paralelo que precisou criar para poder se relacionar com seus afetos, por isso o cavalo e a raposa tornam-se seus melhores amigos. Tudo isso vem à tona enquanto ele pinta um quarto, possivelmente um cômodo que antes era usado em família, já que as caixas da separação ainda estão espalhadas pela casa; a mãe enquanto tocava piano pega em suas mãos um porta-retrato da família, o mesmo que o garoto pegará depois e que o levará à uma lembrança distante apesar da pouca idade, que é justamente o vazio de um momento em família em que sua mãe e seu pai estavam na cozinha, mas ele não consegue enxergá-los, vê apenas as roupas esvoaçantes e o jornal aberto de seu pai e sua mãe preparando o café, etc... essa passagem é muito foda, para mim. Penso que não há um pessoa que tenha crescido com os pais separados desde a infância que não tenha uma lembrança assim, uma ultima fotografia da presença-ausência em família.
A condição humana é a diversidade, a contradição, as escolhas e como as consequências do que escolhemos, fazemos e criamos interferem em nossa vida e na dos outros seres ao nosso redor. Fotografia sensacional! Fala tanto quanto os entrevistados. O Yann já tinha ganhado minha atenção com Terra, agora com Human tenho certeza que é uma grande fonte de inspiração.
Penso que o ponto chave nesse filme é o desejo e suas consequências: a repressão, satisfação, ilusão, desilusão, seja ele sexual ou desejo de realização pessoal, se bem que o diretor me pareceu bem freudiano, então a apelação foi bem sexual, o que me fez entediar em alguns momentos.
Bastante atual, mostrando os contrastes de Salvador e a resistência do povo. Adorei as imagens antigas da cidade. A Luiza Maranhão é linda, mas ainda assim, com o estereótipo da beleza negra como aquela que possui feições e traços brancos.
Gostei bastante. O que me cativou inicialmente foi a expressividade da arte realista, mas também o enredo: a medida que os personagens iam se apresentando, os conflitos e o desenvolvimento da estória ia tendo sua abertura e seu desenlace, simultaneamente. Uma obra bem feita! E o que falar da drag queen Miss Hanna?! A personagem mais bem desenvolvida na estória. Muito bom!!
A poesia dos filmes africanos têm me cativado cada vez mais. Esse filme etíope então...a beleza de uma amizade em meio à fome, à solidão, às ausências e o eterno desejo de viver. Lindo!!!
A globalização e a ajuda internacional que prejudica mais que auxilia. Quem entende o problema é quem sofre, o sujeito diretamente envolvido é quem pode dizer se ajuda traz benefícios ou malefícios. Filme crítico africano dos melhores!
O que me deixou mais fascinada foram as ações conduziram a narrativa. Ao mesmo tempo que me sentia envolvida pelas ações de Jaibo e Pedro, compreendia todo o contexto da situação em que eles viviam. Um drama simples e dos melhores.
"Por favor não maltrate esse nêgo, esse nêgo foi quem me ensinou, esse nêgo da calça rasgada, camisa furada, ele é meu professor..." Ô coisa gostosa!!!
Sigo os passos de Aamir Khan desde "Como estrelas sobre a terra" e foi ali que o cinema indiano me cativou com suas cores e comédia dramática das melhores, na atualidade. O que falar deste, então? Mais uma vez a educação que perpassa o prazer, as cores, os sons, a imaginação criativa e a sensibilidade. Mais uma vez me sinto tocada pela compreensão da participação dessa sensibilidade, tão rejeitada em nossa formação utilitária, em nossos projetos de vida sempre sempre presentes porque futuros.
Nossa! Que péssimo roteiro! Tinha tudo para uma boa estória, mas mal desenvolvida, apesar de demonstrar a crueza da vida nordestina com o sentimento petrificado.
Não é apenas um filme sobre justiça, mas, principalmente, sobre a impunidade dos atos maxistas e racistas contra a mulher negra, afirmando a sua invisibilidade social. Não é apenas um filme que retrata a situação das mulheres negras depois da "abolição", americana, mas, também, a continuidade da escravidão travestida de trabalho assalariado-escravizado. Não é apenas um filme americano, mas um filme que fala sobre mim, sobre minha mãe, minhas tias, minha avó, vizinhas, enfim, mulheres negras, que se sentem contempladas na mesma situação de opressão, apesar de nos situarmos em contextos diferentes e termos finalidades igualmente diferentes. Àqueles que criticam pelo fato de nos apoiarmos no movimento americano sem levar em conta a nossa realidade local, digo apenas que não é um apoio cego, mas a identidade de opressao que nos une e a força ativa para enfrentar a opressao-escravidao-machismo-opressao. Não é apenas um filme americano, mas um filme nosso e só quem já passou pela situação ou conhece/conheceu mulheres negras que pagaram com sua própria vida ou sofreram/sofrem retaliações físicas e/ou psicologicas por essas agressões, pode entender nossos motivos e razões, porque a razão não é argumentativa-racional, mas emotiva e sentimental e por uma razão: porque a agressão, apresar de sua reverberação psicológica, começa pelo corpo, pela nossa cor negra.
Concordo com alguns comentários críticos sobre o filme. A forma como ele explora a liberdade e a existência pode não soar tão romantica se comprendermos como uma ironia. Me entediou em diversas passagens a forma como, não só a literatura, mas também como a divisão sentimental x racional era era apresentada. Ninguém é 100% razão ou sentimento. As próprias escolhas dos personagens são respostas à esses aspectos de nossa condição humana e, ao final, a liberdade não parece ser tao poética e doce assim, até porque, ela é uma ilusão que conforta nossas escolhas: pode nos iludir se ansiamos demais por ela ou pode nos sufocar se igualmente ansiamos por ela. Penso que a resposta pode estar aí, na ânsia, no desejo... Quanto maior o desejo por ela mais eles se afundavam em escolhas vazias de desejo porque o desejo foi banalizado. O que restou foi a cadeia de insatisfações das escolhas. Seria essa a liberdade poética tao desejada e amada? Penso que o proposito seria mostrar-la em seu nada, na sua ausência de sentido. No fim das contas, é um filme experimental e como tal possui interrogações. Mas uma coisa é certa: se não fosse do Goddard, muita gente não diria que amou esse filme. Quanto a mim, achei apenas entediante o modo como explora essas questões existenciais. Nada de mais.
A sinceridade da atuação dele sempre me comoveu, mas nesse filme me tocou bastante. A existência por trás da arte é sempre uma pedra de toque para qualquer produção artística...
Ousado e criativo, apesar do apelo exagerado da poesia declamada pelo protagonista, o que, a meu ver, deixou o filme um pouco chato, além dos apelos machistas e do anarquismo "mais do mesmo"...
Afro Samurai: Resurrection
3.9 47 Assista AgoraO enredo muito bem construído. No início é um pouco chato, mas o final me surpreendeu. Muito bom!!
Isadora
3.5 20 Assista AgoraNão conhecia a história dela até assistir o filme, que diga-se de passagem não é muito cativante. Acho que o filme não soube explorar muito bem a sua autenticidade e o fato de ser uma mulher à frente de seu tempo. Mas enfim, representação nenhuma é capaz de ser fiel à um espírito autêntico.
Fins de Semana
3.8 31Nossa... é de muita insensibilidade não gostar desse curta, ele é singelo em suas ações e diz muito. Talvez por eu ter passado por essa divisão de mundos desde a infância meu olhar foi mais tocado. Na infância nós crescemos significando o mundo, porque tudo se torna novo diante de nosso olhar e nossos sentimentos também acompanham essa descoberta do "mundo" e de nós mesmos. Uma coisa que pude perceber-sentir é que nessa divisão entre o mundo do pai e da mãe ele vai se tornando mais solitário e criando seu próprio mundo diante da ausência de afeto (afetar-se, sentir-se tocado) por parte dos pais (entretanto com uma ressalva, porque a mãe é quem ainda nutre no garoto o lúdico familiar que os une), significando tudo a sua volta dentro do mundo paralelo que precisou criar para poder se relacionar com seus afetos, por isso o cavalo e a raposa tornam-se seus melhores amigos. Tudo isso vem à tona enquanto ele pinta um quarto, possivelmente um cômodo que antes era usado em família, já que as caixas da separação ainda estão espalhadas pela casa; a mãe enquanto tocava piano pega em suas mãos um porta-retrato da família, o mesmo que o garoto pegará depois e que o levará à uma lembrança distante apesar da pouca idade, que é justamente o vazio de um momento em família em que sua mãe e seu pai estavam na cozinha, mas ele não consegue enxergá-los, vê apenas as roupas esvoaçantes e o jornal aberto de seu pai e sua mãe preparando o café, etc... essa passagem é muito foda, para mim. Penso que não há um pessoa que tenha crescido com os pais separados desde a infância que não tenha uma lembrança assim, uma ultima fotografia da presença-ausência em família.
Minimalismo: Um Documentário Sobre Coisas Importantes
3.5 195Cansativo.... fica fácil propor o minimalismo para quem tem o custo de vida de quem nunca passou fome nem privacidades.
Ex-Pajé
3.9 41 Assista AgoraAlguém disponibiliza um link para assistir? Não consigo encontrar na internet...
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 326 Assista AgoraA condição humana é a diversidade, a contradição, as escolhas e como as consequências do que escolhemos, fazemos e criamos interferem em nossa vida e na dos outros seres ao nosso redor. Fotografia sensacional! Fala tanto quanto os entrevistados. O Yann já tinha ganhado minha atenção com Terra, agora com Human tenho certeza que é uma grande fonte de inspiração.
Felicidade
4.1 378Penso que o ponto chave nesse filme é o desejo e suas consequências: a repressão, satisfação, ilusão, desilusão, seja ele sexual ou desejo de realização pessoal, se bem que o diretor me pareceu bem freudiano, então a apelação foi bem sexual, o que me fez entediar em alguns momentos.
A Grande Feira
4.0 16Bastante atual, mostrando os contrastes de Salvador e a resistência do povo. Adorei as imagens antigas da cidade. A Luiza Maranhão é linda, mas ainda assim, com o estereótipo da beleza negra como aquela que possui feições e traços brancos.
Padrinhos de Tóquio
4.3 202 Assista AgoraGostei bastante. O que me cativou inicialmente foi a expressividade da arte realista, mas também o enredo: a medida que os personagens iam se apresentando, os conflitos e o desenvolvimento da estória ia tendo sua abertura e seu desenlace, simultaneamente. Uma obra bem feita! E o que falar da drag queen Miss Hanna?! A personagem mais bem desenvolvida na estória. Muito bom!!
Cordeiro
3.8 9A poesia dos filmes africanos têm me cativado cada vez mais. Esse filme etíope então...a beleza de uma amizade em meio à fome, à solidão, às ausências e o eterno desejo de viver. Lindo!!!
Bamako
4.3 7A globalização e a ajuda internacional que prejudica mais que auxilia. Quem entende o problema é quem sofre, o sujeito diretamente envolvido é quem pode dizer se ajuda traz benefícios ou malefícios. Filme crítico africano dos melhores!
Os Esquecidos
4.3 109O que me deixou mais fascinada foram as ações conduziram a narrativa. Ao mesmo tempo que me sentia envolvida pelas ações de Jaibo e Pedro, compreendia todo o contexto da situação em que eles viviam. Um drama simples e dos melhores.
Pastinha, Uma Vida pela Capoeira
4.4 3"Por favor não maltrate esse nêgo, esse nêgo foi quem me ensinou, esse nêgo da calça rasgada, camisa furada, ele é meu professor..." Ô coisa gostosa!!!
Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista AgoraRevolução silenciosa...
3 Idiotas
4.3 382Sigo os passos de Aamir Khan desde "Como estrelas sobre a terra" e foi ali que o cinema indiano me cativou com suas cores e comédia dramática das melhores, na atualidade. O que falar deste, então? Mais uma vez a educação que perpassa o prazer, as cores, os sons, a imaginação criativa e a sensibilidade. Mais uma vez me sinto tocada pela compreensão da participação dessa sensibilidade, tão rejeitada em nossa formação utilitária, em nossos projetos de vida sempre sempre presentes porque futuros.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377Fotografia facinante!!!!!
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraNossa! Que péssimo roteiro! Tinha tudo para uma boa estória, mas mal desenvolvida, apesar de demonstrar a crueza da vida nordestina com o sentimento petrificado.
A Verdadeira História de Lena Baker
3.8 57Não é apenas um filme sobre justiça, mas, principalmente, sobre a impunidade dos atos maxistas e racistas contra a mulher negra, afirmando a sua invisibilidade social. Não é apenas um filme que retrata a situação das mulheres negras depois da "abolição", americana, mas, também, a continuidade da escravidão travestida de trabalho assalariado-escravizado. Não é apenas um filme americano, mas um filme que fala sobre mim, sobre minha mãe, minhas tias, minha avó, vizinhas, enfim, mulheres negras, que se sentem contempladas na mesma situação de opressão, apesar de nos situarmos em contextos diferentes e termos finalidades igualmente diferentes. Àqueles que criticam pelo fato de nos apoiarmos no movimento americano sem levar em conta a nossa realidade local, digo apenas que não é um apoio cego, mas a identidade de opressao que nos une e a força ativa para enfrentar a opressao-escravidao-machismo-opressao. Não é apenas um filme americano, mas um filme nosso e só quem já passou pela situação ou conhece/conheceu mulheres negras que pagaram com sua própria vida ou sofreram/sofrem retaliações físicas e/ou psicologicas por essas agressões, pode entender nossos motivos e razões, porque a razão não é argumentativa-racional, mas emotiva e sentimental e por uma razão: porque a agressão, apresar de sua reverberação psicológica, começa pelo corpo, pela nossa cor negra.
O Demônio das Onze Horas
4.2 430 Assista AgoraConcordo com alguns comentários críticos sobre o filme. A forma como ele explora a liberdade e a existência pode não soar tão romantica se comprendermos como uma ironia. Me entediou em diversas passagens a forma como, não só a literatura, mas também como a divisão sentimental x racional era era apresentada. Ninguém é 100% razão ou sentimento. As próprias escolhas dos personagens são respostas à esses aspectos de nossa condição humana e, ao final, a liberdade não parece ser tao poética e doce assim, até porque, ela é uma ilusão que conforta nossas escolhas: pode nos iludir se ansiamos demais por ela ou pode nos sufocar se igualmente ansiamos por ela. Penso que a resposta pode estar aí, na ânsia, no desejo... Quanto maior o desejo por ela mais eles se afundavam em escolhas vazias de desejo porque o desejo foi banalizado. O que restou foi a cadeia de insatisfações das escolhas. Seria essa a liberdade poética tao desejada e amada? Penso que o proposito seria mostrar-la em seu nada, na sua ausência de sentido. No fim das contas, é um filme experimental e como tal possui interrogações. Mas uma coisa é certa: se não fosse do Goddard, muita gente não diria que amou esse filme. Quanto a mim, achei apenas entediante o modo como explora essas questões existenciais. Nada de mais.
Xapiri
4.5 7Tive orgasmos visuais com esse grande ritual.
Luzes da Ribalta
4.5 280 Assista AgoraA sinceridade da atuação dele sempre me comoveu, mas nesse filme me tocou bastante. A existência por trás da arte é sempre uma pedra de toque para qualquer produção artística...
Febre do Rato
4.0 657Ousado e criativo, apesar do apelo exagerado da poesia declamada pelo protagonista, o que, a meu ver, deixou o filme um pouco chato, além dos apelos machistas e do anarquismo "mais do mesmo"...
O Abraço da Serpente
4.4 237 Assista AgoraDá vontade de rever, rever, rever... E cada interpretação é uma nova aprendizagem!
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraDelícia de filme...