Pasolini é inegavelmente um grande diretor. Mas aqui, não pegou pra mim. Muito surrealista e a trama que prometia muito acaba tendo uma execução monótona. Parece muito um filme experimental, como se Pasolini tivesse experimentando linguagens. Respeito quem goste, mas pra mim não foi legal.
Linda animação, até violenta pro padrão do Studio Ghibli. Tem uma mensagem ecológica muito forte, numa questão de mesclar o místico com uma mensagem anti desmatamento. A primeira hora do filme é primorosa, magnetizante mesmo. Mas na hora final cai um pouco o ritmo, talvez fique muito focado na parte espiritual. Além do mais, muitos personagens passam a ter espacço, parece que a trama perde o prumo e não sabe em qual caminho priorizar. No geral, é um filme muito bom, e consegue passar bem a intenção do diretor. Mas fica aquela sensação de algo se perdeu no meio do caminho.
Essa produção, especialmente no início, anda perigosamente na corda bamba entre ser uma sátira inteligente e uma minimização e infantilização do nazismo. Apesar de trazer momentos de tensão, de bom drama sem ser piegas e momentos de ironia e deboche realmente divertidos, até o fim ainda fica uma sensação de que o longa exime muito a população da colaboração do nazismo, tratando como se boa parte fosse "enganada" e caído no conto do vigário. Claro que pode ser uma visão anacrônica minha, mas foi isso que "Jojo Rabbit" passou em determinados momentos. De todo modo, no geral o filme é bom e quando acerta, acerta muito.
Sempre li que "Duna" estaria naquele rol de livros praticamente impossíveis de adaptar pro cinema. Tendo essa informação em mente, acho que essa produção de certo modo consegue ser bem sucedida em criar uma história minimamente inteligível. Ainda que confusa e com muitos personagens e situações, a raiz da trama fica entendível pro espectador. Tecnicamente o filme é lindo também, apesar de ter achado, apenas como comparativo de produções de Villeneuve, "Blade Runner 2049" mais bonito e com melhor utilização do som. O elenco está bem, mas "Duna" passa muito a impressão de ser um épico futurista vazio e desprovido de emoção. Uma super produção blasé.
Filmaço de guerra, até me estranha ter passado tão batido na época (acho que porque "Dunkirk" monopolizou a atenção). As duas horas passam voando, pois as escolhas da direção de criar uma experiência praticamente imersiva funcionam. Você sente a tensão a cada cena, a cada esquina virada. É cinema em sua melhor forma, perfeita sintonia entre imagem e som. Gostei muito, recomendo!
Fraca sequência, tenta atualizar a trama fazendo paralelo com a crise de 2008. Porém, ao contrário do primeiro que era uma produção totalmente amoral, aqui Stone cria um chato drama familiar, que parece querer ser uma história de redenção. O resultado é apenas piegas e em nada honra o legado do primeiro filme. Não é totalmente ruim, tem alguns bons momentos, mas nada que sustente as mais de duas horas de filme.
Revisto depois de anos, dessa vez achei muito melhor. Até por entender um pouco mais do tema tratado no filme (ainda que em muita coisa eu tenha ficado perdido ainda rs), mas a raiz da trama é a velha história de jovem ambicioso que se aproxima de alguém poderoso, se deslumbra e depois vê que não era tudo tão bonito e lindo como parecia inicialmente. Acho que a qualidade do filme passa muito pela grande atuação de Michael Douglas, retratando fielmente o tubarão que mesmo multimilionário, praticamente tem como hobby ferrar outros e ganhar mais e mais. Além disso, é um bom retrato de uma época em que tudo parecia maravilhoso, colorido e festivo. Charlie e Martin Sheen também tem boas atuações também, mas é inegável que o magnetismo de Douglas que torna essa produção ainda atemporal.
Bom documentário, é curto mas consegue destrinchar bem seu objeto de estudo. Podemos dizer que praticamente todas as marcas pensavam assim até ficar feio ser explicitamente racista, xenofóbico e gordofóbico. Abercrombie não era filha única nessa visão distorcida de que só o magro e branco era bonito, mas foi a única que institucionalmente escolher como marca registrada ser excludente. É importante ter acesso a essas informações, até mesmo para escolhermos bem aonde e como gastamos nosso dinheiro, tentando evitar ao máximo enriquecer e dar visibilidade para quem se orgulha de querer exaltar uma única e racista visão de mundo.
Queria muito ter gostado dessa produção. Apesar de entender os simbolismos e a visão de que todo "mais velho" pode ser um griot, achei a execução meio falha. É tudo muito subjetivo e pouco prático, além do mais a protagonista não é uma personagem tão interessante, de modo que somente pela Jerusa e suas memórias que o filme se sustenta um pouco. Mas, pra uma produção tão curta, acaba sendo meio repetitiva e desinteressante.
Atualização do clássico do horror Homem Invisível e aqui conseguindo dar um grande frescor a uma trama batida. Whannell utiliza a invisibilidade para criar uma metáfora muito eficiente sobre relacionamento abusivo. É tão boa, que mesmo sendo sútil, o espectador entende exatamente o subtexto. Mas não é só por isso que esse filme é bom, ele também acerta na criação de suspense e tensão. Esse equilíbrio entre mensagem e aplicação na prática, ainda mais se tratando de cinema de gênero, não é fácil e pode facilmente descambar para a monotonia. Aqui, temos sempre um permanente clima de incômodo, de que a qualquer momento algo trágico pode ocorrer (e realmente, em determinados momentos, quando menos se espera ocorre algo inesperado). Esse clima de paranoia também é mérito da boa atuação de Elizabeth Moss, que passa uma urgência e uma constante sensação de estar se sentindo observada. Recomendo, mesmo para quem não curte produções que se enquadrem no famigerado "pós horror".
Boa produção, do mesmo diretor de "Apocalipse - Last Hunter". Não é boa como o filme citado e tem uns problemas de ritmo, mas tem bastante ação. O argumento em si lembra um pouco o de "Rambo II", mas dessa vez não foi picaretagem dos italianos, já que a produção estrelada por Stallone foi feita dois anos após esse "Tornado".
Bom filme B de guerra, cheio de ação e gore. As mortes são bem feitas, seguindo aquela tradição violenta das produções italianas do período. Tem uns momentos aleatórios que devem ter sido inseridos pro filme não ficar tão pesado, mas pra mim elas quebram muito o ritmo e não tem motivo para estarem ali.
Terror B que cresceu bastante na revisão. O humor bobo típico dos anos 2000 não me irritou como outrora, e também o fato de metade do filme ser pura encheção de linguiça também não. O gore ainda funciona bem, tem umas nojeiras típicas do body horror que os efeitos práticos se mostram eficientes. Pro padrão de filmes do tipo, achei o elenco até bom, conseguem transmitir minimamente o terror e a paranoia envolvidos nessa questão do vírus circulando. O final nem comento, o auge do humor ácido. Me lembrou alguns exploitations tipo "Aniversário Macabro" que tinham umas cenas com música caipira do nada.
Recomendo, mas essa é uma produção destinada a um público muito específico.
Achei bem chatinho. Uma coleção de memórias repetitiva e que acho que seria bem melhor se focasse somente na infância do protagonista. As passagens na vida universitária não são tão boas, parece que quebram o ritmo da trama. Destaco a boa atuação de Ben Affleck e nada mais.
Alguns filmes de horror disponíveis na Amazon tem notas baixas e maioria das críticas ruins mas eu gostei, tipo "Negra como a Noite" e "Noturno". Mas esse "Bingo Macabro" não tem como defender, é muito fraco. Consegue ser chato e monótono mesmo tendo uma duração muito curta. Nem a protagonista me agradou tanto assim. A trama também é desinteressante e vai de nada pra lugar nenhum. Não recomendo.
Divertido terrir que ainda entrega algum gore. Claro que quem espera um terror de verdade vai se decepcionar, já que desde o início a intenção de fazer galhofa fica clara. O Leprechaun lembra uma versão mística do Freddy Krueger em alguns momentos, sempre fazendo piadinhas enquanto mata e persegue as pessoas. Pra quem curte essa zoeira noventista pode ser uma boa pedida.
Terror que começa interessante e parecendo ser algo original, mas que com o passar do tempo se perde e acaba sendo maçante. Tem algumas ideias até legais, mas a execução em si é meio bleh.
Filme lento e que passa a impressão que nada acontece. Mas, pelo menos para mim, funcionou como retrato fiel de como é a rotina em um escritório aonde você não gosta, mas precisa manter o emprego. Julia Garner está contida, mas você vê que ela passa uma eterna sensação de incômodo com o que lhe rodeia (o chefe abusivo, os colegas de trabalho, o "compliance"). Quem espera reviravoltas e ação não vai conseguir curtir essa produção, mas quem estiver na vibe de assistir algo mais calcado nos diálogos e detalhes pode encontrar o que procura aqui.
Achei um bom exemplar de cinema de gênero, se assemelha em sua estrutura a um slasher, mas tem um quê de ficção científica. Lembra Cronenberg também pelo uso de nojeiras, a maquiagem é bem feita e eficiente. O estado deplorável do protagonista só vai piorando com o passar da exibição, tanto física quanto mentalmente, culminando na última cena, com um gore de encher os olhos pra quem curte. Lembra até o que vemos no posterior e igualmente B "Street Trash".
Esse aqui eu esperava mais. Novamente Rollin utiliza um castelo como cenário de uma produção de terror, dando uma atmosfera de isolamento que funciona na dinâmica do filme. Tem um gore legal também (olhos furados, rostos derretidos e afins). Acho que o problema maior acaba sendo que os personagens são desinteressantes, e pra um filme de terror isso é mortal. Não torcemos por ninguém, e acaba que a pessoa mais racional é justamente a morta viva rs. Além disso, as situações não trazem muita tensão e nem urgência, outro defeito fatal a uma produção de gênero.
Gostei bastante, me surpreendeu até ver tantos comentários negativos. O filme trata da maternidade e da solidão que envolve o papel de mãe, e acho que faz isso muito bem ao mostrar como ambas as protagonistas não tem uma rede de apoio. Enquanto todos conseguem correr atrás de seus sonhos e seguir suas vidas, acaba que somente elas tem essa função integral de cuidar das crias. O que posso dizer é que fica uma pequena frustração pelo modo como a resolução após a revelação que permeia o filme acaba sendo pouco impactante e modificando pouco a trama toda. Até por se tratar de Almodóvar, certamente se esperava uma carga dramática muito maior. Mas pelo contrário, parece que a revelação é uma situação qualquer jogada na tela. Porém, excetuando isso, achei um filme muito bom e que merece ser visto.
Esperava muito mais desse filme. Muito longo e repetitivo, além disso acaba cansando com inúmeras cenas de testes e bastidores e pouca corrida de fato. Tem seus méritos nas boas atuações e nas cenas em Le Mans, mas para a grandiosidade do projeto acaba sendo bem aquém do esperado.
Não sou um fã do filme original, apesar de reconhecer que ele é bem climático e da atuação hipnotizante de Tony Todd. Esse meio reboot/meio sequência dos fatos do original é uma produção muito interessante, dialogando com os filme de horror recentes que tocam na ferida do racismo e suas consequências ("Corra", "Antebellum", "Negra como a Noite"). Tem um gore ok e cenas de tensão, além de ter também a gentrificação como um dos temas centrais. Para quem quer uma produção que entretenha e ao mesmo tempo tenha uma mensagem por trás, vale assistir.
Um bom documento histórico, consegue retratar como a figura de Hampton era hipnótica e, por isso mesmo, perigosa para a manutenção do status quo norte-americano. Engraçado ver como todo o discurso de "apoio a luta de vocês, mas não precisam ser tão radicais" já encontra eco nesse período. Uma das funções desse estilo de filme é justamente colocar no espelho a sociedade atual, mostrando como algumas de suas práticas são retrógadas e reacionárias. A produção tem um bom ritmo e boas atuações, de modo que a duração extensa não torna tudo maçante, pelo contrário.
Teorema
4.0 198Pasolini é inegavelmente um grande diretor. Mas aqui, não pegou pra mim. Muito surrealista e a trama que prometia muito acaba tendo uma execução monótona.
Parece muito um filme experimental, como se Pasolini tivesse experimentando linguagens.
Respeito quem goste, mas pra mim não foi legal.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraLinda animação, até violenta pro padrão do Studio Ghibli. Tem uma mensagem ecológica muito forte, numa questão de mesclar o místico com uma mensagem anti desmatamento.
A primeira hora do filme é primorosa, magnetizante mesmo. Mas na hora final cai um pouco o ritmo, talvez fique muito focado na parte espiritual. Além do mais, muitos personagens passam a ter espacço, parece que a trama perde o prumo e não sabe em qual caminho priorizar.
No geral, é um filme muito bom, e consegue passar bem a intenção do diretor. Mas fica aquela sensação de algo se perdeu no meio do caminho.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraEssa produção, especialmente no início, anda perigosamente na corda bamba entre ser uma sátira inteligente e uma minimização e infantilização do nazismo. Apesar de trazer momentos de tensão, de bom drama sem ser piegas e momentos de ironia e deboche realmente divertidos, até o fim ainda fica uma sensação de que o longa exime muito a população da colaboração do nazismo, tratando como se boa parte fosse "enganada" e caído no conto do vigário.
Claro que pode ser uma visão anacrônica minha, mas foi isso que "Jojo Rabbit" passou em determinados momentos. De todo modo, no geral o filme é bom e quando acerta, acerta muito.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraSempre li que "Duna" estaria naquele rol de livros praticamente impossíveis de adaptar pro cinema. Tendo essa informação em mente, acho que essa produção de certo modo consegue ser bem sucedida em criar uma história minimamente inteligível. Ainda que confusa e com muitos personagens e situações, a raiz da trama fica entendível pro espectador.
Tecnicamente o filme é lindo também, apesar de ter achado, apenas como comparativo de produções de Villeneuve, "Blade Runner 2049" mais bonito e com melhor utilização do som.
O elenco está bem, mas "Duna" passa muito a impressão de ser um épico futurista vazio e desprovido de emoção. Uma super produção blasé.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraFilmaço de guerra, até me estranha ter passado tão batido na época (acho que porque "Dunkirk" monopolizou a atenção). As duas horas passam voando, pois as escolhas da direção de criar uma experiência praticamente imersiva funcionam.
Você sente a tensão a cada cena, a cada esquina virada. É cinema em sua melhor forma, perfeita sintonia entre imagem e som.
Gostei muito, recomendo!
Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme
3.3 404 Assista AgoraFraca sequência, tenta atualizar a trama fazendo paralelo com a crise de 2008. Porém, ao contrário do primeiro que era uma produção totalmente amoral, aqui Stone cria um chato drama familiar, que parece querer ser uma história de redenção.
O resultado é apenas piegas e em nada honra o legado do primeiro filme. Não é totalmente ruim, tem alguns bons momentos, mas nada que sustente as mais de duas horas de filme.
Wall Street: Poder e Cobiça
3.7 246 Assista AgoraRevisto depois de anos, dessa vez achei muito melhor. Até por entender um pouco mais do tema tratado no filme (ainda que em muita coisa eu tenha ficado perdido ainda rs), mas a raiz da trama é a velha história de jovem ambicioso que se aproxima de alguém poderoso, se deslumbra e depois vê que não era tudo tão bonito e lindo como parecia inicialmente.
Acho que a qualidade do filme passa muito pela grande atuação de Michael Douglas, retratando fielmente o tubarão que mesmo multimilionário, praticamente tem como hobby ferrar outros e ganhar mais e mais. Além disso, é um bom retrato de uma época em que tudo parecia maravilhoso, colorido e festivo.
Charlie e Martin Sheen também tem boas atuações também, mas é inegável que o magnetismo de Douglas que torna essa produção ainda atemporal.
Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda
3.3 31 Assista AgoraBom documentário, é curto mas consegue destrinchar bem seu objeto de estudo. Podemos dizer que praticamente todas as marcas pensavam assim até ficar feio ser explicitamente racista, xenofóbico e gordofóbico. Abercrombie não era filha única nessa visão distorcida de que só o magro e branco era bonito, mas foi a única que institucionalmente escolher como marca registrada ser excludente.
É importante ter acesso a essas informações, até mesmo para escolhermos bem aonde e como gastamos nosso dinheiro, tentando evitar ao máximo enriquecer e dar visibilidade para quem se orgulha de querer exaltar uma única e racista visão de mundo.
Um Dia com Jerusa
3.5 17Queria muito ter gostado dessa produção. Apesar de entender os simbolismos e a visão de que todo "mais velho" pode ser um griot, achei a execução meio falha. É tudo muito subjetivo e pouco prático, além do mais a protagonista não é uma personagem tão interessante, de modo que somente pela Jerusa e suas memórias que o filme se sustenta um pouco.
Mas, pra uma produção tão curta, acaba sendo meio repetitiva e desinteressante.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraAtualização do clássico do horror Homem Invisível e aqui conseguindo dar um grande frescor a uma trama batida. Whannell utiliza a invisibilidade para criar uma metáfora muito eficiente sobre relacionamento abusivo. É tão boa, que mesmo sendo sútil, o espectador entende exatamente o subtexto. Mas não é só por isso que esse filme é bom, ele também acerta na criação de suspense e tensão. Esse equilíbrio entre mensagem e aplicação na prática, ainda mais se tratando de cinema de gênero, não é fácil e pode facilmente descambar para a monotonia.
Aqui, temos sempre um permanente clima de incômodo, de que a qualquer momento algo trágico pode ocorrer (e realmente, em determinados momentos, quando menos se espera ocorre algo inesperado). Esse clima de paranoia também é mérito da boa atuação de Elizabeth Moss, que passa uma urgência e uma constante sensação de estar se sentindo observada.
Recomendo, mesmo para quem não curte produções que se enquadrem no famigerado "pós horror".
Tornado
3.2 6Boa produção, do mesmo diretor de "Apocalipse - Last Hunter". Não é boa como o filme citado e tem uns problemas de ritmo, mas tem bastante ação. O argumento em si lembra um pouco o de "Rambo II", mas dessa vez não foi picaretagem dos italianos, já que a produção estrelada por Stallone foi feita dois anos após esse "Tornado".
Apocalipse 2
2.8 4Bom filme B de guerra, cheio de ação e gore. As mortes são bem feitas, seguindo aquela tradição violenta das produções italianas do período. Tem uns momentos aleatórios que devem ter sido inseridos pro filme não ficar tão pesado, mas pra mim elas quebram muito o ritmo e não tem motivo para estarem ali.
Cabana do Inferno
2.7 341 Assista AgoraTerror B que cresceu bastante na revisão. O humor bobo típico dos anos 2000 não me irritou como outrora, e também o fato de metade do filme ser pura encheção de linguiça também não. O gore ainda funciona bem, tem umas nojeiras típicas do body horror que os efeitos práticos se mostram eficientes. Pro padrão de filmes do tipo, achei o elenco até bom, conseguem transmitir minimamente o terror e a paranoia envolvidos nessa questão do vírus circulando.
O final nem comento, o auge do humor ácido. Me lembrou alguns exploitations tipo "Aniversário Macabro" que tinham umas cenas com música caipira do nada.
Recomendo, mas essa é uma produção destinada a um público muito específico.
Bar Doce Lar
3.5 132 Assista AgoraAchei bem chatinho. Uma coleção de memórias repetitiva e que acho que seria bem melhor se focasse somente na infância do protagonista. As passagens na vida universitária não são tão boas, parece que quebram o ritmo da trama.
Destaco a boa atuação de Ben Affleck e nada mais.
O Bingo Macabro
2.1 54Alguns filmes de horror disponíveis na Amazon tem notas baixas e maioria das críticas ruins mas eu gostei, tipo "Negra como a Noite" e "Noturno". Mas esse "Bingo Macabro" não tem como defender, é muito fraco. Consegue ser chato e monótono mesmo tendo uma duração muito curta. Nem a protagonista me agradou tanto assim.
A trama também é desinteressante e vai de nada pra lugar nenhum. Não recomendo.
O Duende
2.5 186 Assista AgoraDivertido terrir que ainda entrega algum gore. Claro que quem espera um terror de verdade vai se decepcionar, já que desde o início a intenção de fazer galhofa fica clara. O Leprechaun lembra uma versão mística do Freddy Krueger em alguns momentos, sempre fazendo piadinhas enquanto mata e persegue as pessoas.
Pra quem curte essa zoeira noventista pode ser uma boa pedida.
Escolha ou Morra
2.1 242 Assista AgoraTerror que começa interessante e parecendo ser algo original, mas que com o passar do tempo se perde e acaba sendo maçante. Tem algumas ideias até legais, mas a execução em si é meio bleh.
A Assistente
3.3 199 Assista AgoraFilme lento e que passa a impressão que nada acontece. Mas, pelo menos para mim, funcionou como retrato fiel de como é a rotina em um escritório aonde você não gosta, mas precisa manter o emprego. Julia Garner está contida, mas você vê que ela passa uma eterna sensação de incômodo com o que lhe rodeia (o chefe abusivo, os colegas de trabalho, o "compliance").
Quem espera reviravoltas e ação não vai conseguir curtir essa produção, mas quem estiver na vibe de assistir algo mais calcado nos diálogos e detalhes pode encontrar o que procura aqui.
O Incrível Homem que Derreteu
3.1 107 Assista AgoraAchei um bom exemplar de cinema de gênero, se assemelha em sua estrutura a um slasher, mas tem um quê de ficção científica. Lembra Cronenberg também pelo uso de nojeiras, a maquiagem é bem feita e eficiente.
O estado deplorável do protagonista só vai piorando com o passar da exibição, tanto física quanto mentalmente, culminando na última cena, com um gore de encher os olhos pra quem curte. Lembra até o que vemos no posterior e igualmente B "Street Trash".
A Morta-Viva
3.4 18Esse aqui eu esperava mais. Novamente Rollin utiliza um castelo como cenário de uma produção de terror, dando uma atmosfera de isolamento que funciona na dinâmica do filme. Tem um gore legal também (olhos furados, rostos derretidos e afins).
Acho que o problema maior acaba sendo que os personagens são desinteressantes, e pra um filme de terror isso é mortal. Não torcemos por ninguém, e acaba que a pessoa mais racional é justamente a morta viva rs. Além disso, as situações não trazem muita tensão e nem urgência, outro defeito fatal a uma produção de gênero.
Mães Paralelas
3.7 411Gostei bastante, me surpreendeu até ver tantos comentários negativos. O filme trata da maternidade e da solidão que envolve o papel de mãe, e acho que faz isso muito bem ao mostrar como ambas as protagonistas não tem uma rede de apoio. Enquanto todos conseguem correr atrás de seus sonhos e seguir suas vidas, acaba que somente elas tem essa função integral de cuidar das crias.
O que posso dizer é que fica uma pequena frustração pelo modo como a resolução após a revelação que permeia o filme acaba sendo pouco impactante e modificando pouco a trama toda. Até por se tratar de Almodóvar, certamente se esperava uma carga dramática muito maior.
Mas pelo contrário, parece que a revelação é uma situação qualquer jogada na tela.
Porém, excetuando isso, achei um filme muito bom e que merece ser visto.
Ford vs Ferrari
3.9 713 Assista AgoraEsperava muito mais desse filme. Muito longo e repetitivo, além disso acaba cansando com inúmeras cenas de testes e bastidores e pouca corrida de fato. Tem seus méritos nas boas atuações e nas cenas em Le Mans, mas para a grandiosidade do projeto acaba sendo bem aquém do esperado.
A Lenda de Candyman
3.3 508 Assista AgoraNão sou um fã do filme original, apesar de reconhecer que ele é bem climático e da atuação hipnotizante de Tony Todd. Esse meio reboot/meio sequência dos fatos do original é uma produção muito interessante, dialogando com os filme de horror recentes que tocam na ferida do racismo e suas consequências ("Corra", "Antebellum", "Negra como a Noite"). Tem um gore ok e cenas de tensão, além de ter também a gentrificação como um dos temas centrais.
Para quem quer uma produção que entretenha e ao mesmo tempo tenha uma mensagem por trás, vale assistir.
Judas e o Messias Negro
4.1 517 Assista AgoraUm bom documento histórico, consegue retratar como a figura de Hampton era hipnótica e, por isso mesmo, perigosa para a manutenção do status quo norte-americano. Engraçado ver como todo o discurso de "apoio a luta de vocês, mas não precisam ser tão radicais" já encontra eco nesse período. Uma das funções desse estilo de filme é justamente colocar no espelho a sociedade atual, mostrando como algumas de suas práticas são retrógadas e reacionárias.
A produção tem um bom ritmo e boas atuações, de modo que a duração extensa não torna tudo maçante, pelo contrário.