"Perdi a guarda da minha filha por ser atriz e trabalhar como atriz. [...] Eu sou uma pessoa que precisa atuar, ter outras vidas, ser outras pessoas, pensar de formas diferentes. Eu tenho uma necessidade de multiplicação."
Daqueles filmes tão espontâneos que pode ser facilmente confundido com um documentário. Grace Orsato (Bagdá), em sua estreia no cinema, nos entrega uma performance precisa que dá voz à sua (minha tbm) geração, mostrando toda sua força, coragem e também sua fragilidade.
Filme belíssimo não só visualmente, mas em todos os aspectos, até mesmo na inexistência de trilha sonora. O silêncio nos leva pra vida monótona da jovem Héloïse até a chegada da pintora Marianne, a qual te apresenta à música e o amor.
Entendo as questões apontadas abaixo de não terem escalado uma atriz trans de verdade para o papel de Glória, mas devo admitir que o trabalho de Carolina Ferraz não deixa a desejar, me impressionou de verdade.
O filme em si é impecável esteticamente, adorei principalmente as cores, mas a falha está em algumas partes onde a gente pensa que vai ter uma diálogo mais profundo entre as personagens e não, são sempre conversas rasas. Achei genial aquela cena final onde
a vida passa, literalmente, nos olhos de Graça em seus últimos momentos, um trabalho de fotografia e luz incríveis, mas não me comoveu e eu fiquei esperando o tempo todo para que esse momento chegasse, e se tratando da reação das personagens a única convincente é o de Moreno, que coloca aquele sorriso no rosto como Emma Stone na cena final de Birdman, fora o errinho de continuidade que tem no finalzinho.
Tendo conhecimento da versão dela ficou fácil compreender o porquê dela não querer participar desse making of que faz de tudo para transforma-la num monstro.
“Gabriel...” deve chegar aos cinemas da França em agosto. Mas ainda não tem data para estrear em seu próprio país de origem.
— Vários distribuidores brasileiros estão aqui em Cannes e não viram meu filme — desabafa o diretor, que estreou com o drama “Casa grande” (2014). — Desde que “Gabriel e a montanha” foi selecionado, divulgamos que ele ainda não tinha distribuição garantida no Brasil. Como os caras vêm aqui e não assistem aos filmes brasileiros? Os franceses reclamam muito do mercado de filmes pequenos, mas a situação no Brasil é pior.
O fato do documentário não ter comentários e ser ininterrupto - assim como a programação dos canais abertos - é genial, pois mostra o quão inútil são os programas nos canais mais populares, enquanto os menos populares como a TV Brasil investe em programas mais educativos e que podem ajudar o espectador.
Eu estava vendo esse documentário quando a minha avó - que não troca de canal nem quando começa o "Globo Esporte"** - chegou e perguntou porque estava passando o programa da Ana Maria Braga àquela hora da tarde, eu respondi que era um filme documentário e ela se juntou a mim. Quinze minutos depois ela provavelmente se entediou e pediu pra eu colocar na Globo pois estava passando a novela, eu atendi seu pedido, mas senti muita pena pelo documentário falhar justamente nisso, ele não atinge as pessoas que deveriam atingir - como disse o Robson aí embaixo.
(**) Só mencionei o "Globo Esporte" porque minha vó não gosta de esportes, principalmente Futebol.
JOANNA KRAMER - ...Billy só tem sete anos. Ele precisa de mim. Não que ele não precise do pai, mas acho, realmente, que ele precisa mais de mim. Fui mãe dele durante cinco anos e meio. E Ted só assumiu esse papel há apenas 18 meses. Mas como alguém pode pensar que tenho menos capacidade de ser mãe desse garotinho do que o Sr. Kramer? Sou mãe dele. Sou mãe dele (repete olhando para Ted Kramer).
Terminei de ver o filme e senti a necessidade de vir aqui e expressar a minha opinião sobre, justamente, por ter me identificado. O longa traz uma situação bem complicada de ser discutida porque "cada caso é um caso", e no meu caso tenho um pai que sempre trabalhou para nunca deixar faltar nada dentro de casa e que sempre achou que essa era sua única responsabilidade como um pai, atualmente, apesar de convivermos na mesma casa não somos de ficar conversando tipo "como foi seu dia?" como faço com a minha mãe, que foi exatamente o oposto dele no sentido de 'relação' na minha criação. A verdade é que acabei me fechando e ficando mais frio com ele ao decorrer do tempo, e vendo o filme comecei a imaginar o que teria acontecido se minha mãe tivesse
abandonado eu e meu irmão por um ano e meio - como Joanna faz no filme - aos cuidados do meu pai e as perguntas vinham à minha mente: "será que ele faria igual Ted - faria o máximo para se reaproximar de mim e de meu irmão?" ou "será que ele iria jogar a responsabilidade para outra pessoa como minha avó ou minha tia?".
Não acho certo o que Joanna fez ao abandonar tudo, pois apesar de ter aproximado o pai e o filho, o Billy acabou se distanciando mais dela. Acredito que ela deveria ter se divorciado e ter levado Billy com ela, e aí novamente vem as perguntas em minha cabeça: "será que se Joanna tivesse levado Billy com ela, Ted teria feito o mesmo esforço que fez para ficar com o filho?" e "será que Billy iria querer passar o fim de semana na casa do pai?". Reformulei essas mesmas perguntas em minha mente só que relacionando ao meu caso, e para ambas as perguntas a resposta seria: acho que não.
Mas a real é que ninguém precisou fazer essas coisas que citei acima para Joanna - e minha mãe - perceberem qual é o verdadeiro papel de uma MÃE, então porque Joanna precisou fazer isso para que Ted se tocasse do papel dele como PAI?
E é por isso que durante o filme todo torci para que Joanna ficasse com a guarda, mas torci mais ainda que acabasse em uma guarda compartilhada - que provavelmente é o que acontece, visto pelo final -, pois podemos ver que Ted reconheceu os seus erros e acima de tudo se tornou um pai para Billy.
ELIZABETH – A luta é que não pára. A mesma necessidade de 64 está plantada, ela não fugiu um milímetro. A mesma necessidade está na fisionomia do operário, do homem do campo e do estudante. A luta que não pode parar. Enquanto se diz que tem fome e salário de miséria, o povo tem que lutar. Quem é que não luta por melhores dias de vida? Tem que lutar. Quem tem condições, quem tem sua boa vida que fique aí. Eu, como venho sofrendo, eu tenho que lutar e tenho peito de dizer: é preciso mudar o regime, é preciso que o povo lute. Enquanto tiver esse regimezinho, essa democraciazinha aí... democracia sem liberdade, democracia com salário de miséria, de fome, democracia sem o filho do operário e do camponês ter direito de estudar, ah... não pode, ninguém pode.
A proposta do filme é muito boa, mas não consegui criar simpatia por nenhum dos personagens, a única forma de reconhecer a época é através dos figurinos, o uso chroma key incomodou demais assim como a barba falsa e achei que da metade pro final do filme ficou bem "apressado" e um pouco confuso.
O primeiro Ato é quase perfeito, só falha nesse relacionamento repentino de Stanley e Sasha.
Tinha tudo para ser um ótimo filme, mas a única coisa que salva é a representação dos experimentos de Milgram que são geniais.
Fotografia tão maravilhosa que nos faz entrar no filme e sentir quase tudo o que os personagens sentem como a angústia na cena do Urso e o alívio no fim com o contato visual de Glass com o público, e enfim, seu suspiro final.
E por favor, deem o Oscar pro Leo porque o cara merece!
O filme é tão angustiante que me fez sentir humilhado assim como Alejandra que se submeteu à tais torturas para tentar "escapar" ou apenas fazer com que "isso acabe logo" como na cena do "bolo", que pra mim foi o ápice da crueldade. E é impressionante que para Alê estar desaparecida é bem melhor que dividir tudo isso com seu pai, que é um sentimento muito comum nesses casos.
A Mulher da Luz Própria
3.7 6"Perdi a guarda da minha filha por ser atriz e trabalhar como atriz. [...] Eu sou uma pessoa que precisa atuar, ter outras vidas, ser outras pessoas, pensar de formas diferentes. Eu tenho uma necessidade de multiplicação."
Meu Nome é Bagdá
3.7 42Daqueles filmes tão espontâneos que pode ser facilmente confundido com um documentário. Grace Orsato (Bagdá), em sua estreia no cinema, nos entrega uma performance precisa que dá voz à sua (minha tbm) geração, mostrando toda sua força, coragem e também sua fragilidade.
Pacarrete
4.1 105 Assista Agora"Eu morri e esqueceram de me avisar. Acho que é por isso que eu grito, eu grito tanto que ninguém me ouve."
Veludo Azul
3.9 776 Assista AgoraIncrível como neste podemos ver pequenos traços de tudo o que está por vir nas futuras obras de Lynch.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraFilme belíssimo não só visualmente, mas em todos os aspectos, até mesmo na inexistência de trilha sonora. O silêncio nos leva pra vida monótona da jovem Héloïse até a chegada da pintora Marianne, a qual te apresenta à música e o amor.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraGlenn Close é uma montanha russa de emoções nesse filme, sua passividade no começo me lembra muito a Rampling em "45 anos".
A Cidade Onde Envelheço
3.6 130 Assista AgoraQuero ser amigo da Teresa.
A Glória e a Graça
3.4 54 Assista AgoraEntendo as questões apontadas abaixo de não terem escalado uma atriz trans de verdade para o papel de Glória, mas devo admitir que o trabalho de Carolina Ferraz não deixa a desejar, me impressionou de verdade.
O filme em si é impecável esteticamente, adorei principalmente as cores, mas a falha está em algumas partes onde a gente pensa que vai ter uma diálogo mais profundo entre as personagens e não, são sempre conversas rasas. Achei genial aquela cena final onde
a vida passa, literalmente, nos olhos de Graça em seus últimos momentos, um trabalho de fotografia e luz incríveis, mas não me comoveu e eu fiquei esperando o tempo todo para que esse momento chegasse, e se tratando da reação das personagens a única convincente é o de Moreno, que coloca aquele sorriso no rosto como Emma Stone na cena final de Birdman, fora o errinho de continuidade que tem no finalzinho.
Os Cem Olhos de Lars Von Trier
3.9 26Tendo conhecimento da versão dela ficou fácil compreender o porquê dela não querer participar desse making of que faz de tudo para transforma-la num monstro.
Bom Comportamento
3.8 392Good Time - Uma Comédia de Erros
Icebox
3.5 15http:// www .ianavery holliday .com/ icebox- short-film/
Gabriel e a Montanha
3.7 141 Assista Agora“Gabriel...” deve chegar aos cinemas da França em agosto. Mas ainda não tem data para estrear em seu próprio país de origem.
— Vários distribuidores brasileiros estão aqui em Cannes e não viram meu filme — desabafa o diretor, que estreou com o drama “Casa grande” (2014). — Desde que “Gabriel e a montanha” foi selecionado, divulgamos que ele ainda não tinha distribuição garantida no Brasil. Como os caras vêm aqui e não assistem aos filmes brasileiros? Os franceses reclamam muito do mercado de filmes pequenos, mas a situação no Brasil é pior.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/filme-brasileiro-premiado-em-cannes-1-21393516#ixzz4i8yms7DS
stest
Colcha de Retalhos
3.7 165 Assista Agora"Os jovens amantes buscam a perfeição. Os velhos amantes aprendem a arte de unir os retalhos e descobrem a beleza na variedade das peças."
Um Dia na Vida
4.1 72O fato do documentário não ter comentários e ser ininterrupto - assim como a programação dos canais abertos - é genial, pois mostra o quão inútil são os programas nos canais mais populares, enquanto os menos populares como a TV Brasil investe em programas mais educativos e que podem ajudar o espectador.
Eu estava vendo esse documentário quando a minha avó - que não troca de canal nem quando começa o "Globo Esporte"** - chegou e perguntou porque estava passando o programa da Ana Maria Braga àquela hora da tarde, eu respondi que era um filme documentário e ela se juntou a mim. Quinze minutos depois ela provavelmente se entediou e pediu pra eu colocar na Globo pois estava passando a novela, eu atendi seu pedido, mas senti muita pena pelo documentário falhar justamente nisso, ele não atinge as pessoas que deveriam atingir - como disse o Robson aí embaixo.
(**) Só mencionei o "Globo Esporte" porque minha vó não gosta de esportes, principalmente Futebol.
Terra Estrangeira
4.1 182 Assista AgoraFotografia marcante.
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraJOANNA KRAMER - ...Billy só tem sete anos. Ele precisa de mim. Não que ele não precise do pai, mas acho, realmente, que ele precisa mais de mim. Fui mãe dele durante cinco anos e meio. E Ted só assumiu esse papel há apenas 18 meses. Mas como alguém pode pensar que tenho menos capacidade de ser mãe desse garotinho do que o Sr. Kramer? Sou mãe dele. Sou mãe dele (repete olhando para Ted Kramer).
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraTerminei de ver o filme e senti a necessidade de vir aqui e expressar a minha opinião sobre, justamente, por ter me identificado. O longa traz uma situação bem complicada de ser discutida porque "cada caso é um caso", e no meu caso tenho um pai que sempre trabalhou para nunca deixar faltar nada dentro de casa e que sempre achou que essa era sua única responsabilidade como um pai, atualmente, apesar de convivermos na mesma casa não somos de ficar conversando tipo "como foi seu dia?" como faço com a minha mãe, que foi exatamente o oposto dele no sentido de 'relação' na minha criação. A verdade é que acabei me fechando e ficando mais frio com ele ao decorrer do tempo, e vendo o filme comecei a imaginar o que teria acontecido se minha mãe tivesse
abandonado eu e meu irmão por um ano e meio - como Joanna faz no filme - aos cuidados do meu pai e as perguntas vinham à minha mente: "será que ele faria igual Ted - faria o máximo para se reaproximar de mim e de meu irmão?" ou "será que ele iria jogar a responsabilidade para outra pessoa como minha avó ou minha tia?".
Não acho certo o que Joanna fez ao abandonar tudo, pois apesar de ter aproximado o pai e o filho, o Billy acabou se distanciando mais dela. Acredito que ela deveria ter se divorciado e ter levado Billy com ela, e aí novamente vem as perguntas em minha cabeça: "será que se Joanna tivesse levado Billy com ela, Ted teria feito o mesmo esforço que fez para ficar com o filho?" e "será que Billy iria querer passar o fim de semana na casa do pai?". Reformulei essas mesmas perguntas em minha mente só que relacionando ao meu caso, e para ambas as perguntas a resposta seria: acho que não.
Mas a real é que ninguém precisou fazer essas coisas que citei acima para Joanna - e minha mãe - perceberem qual é o verdadeiro papel de uma MÃE, então porque Joanna precisou fazer isso para que Ted se tocasse do papel dele como PAI?
E é por isso que durante o filme todo torci para que Joanna ficasse com a guarda, mas torci mais ainda que acabasse em uma guarda compartilhada - que provavelmente é o que acontece, visto pelo final -, pois podemos ver que Ted reconheceu os seus erros e acima de tudo se tornou um pai para Billy.
Cabra Marcado Para Morrer
4.5 253 Assista AgoraELIZABETH – A luta é que não pára. A mesma necessidade de 64 está plantada, ela não fugiu um milímetro. A mesma necessidade está na fisionomia do operário, do homem do campo e do estudante. A luta que não pode parar. Enquanto se diz que tem fome e salário de miséria, o povo tem que lutar. Quem é que não luta por melhores dias de vida? Tem que lutar. Quem tem condições, quem tem sua boa vida que fique aí. Eu, como venho sofrendo, eu tenho que lutar e tenho peito de dizer: é preciso mudar o regime, é preciso que o povo lute. Enquanto tiver esse regimezinho, essa democraciazinha aí... democracia sem liberdade, democracia com salário de miséria, de fome, democracia sem o filho do operário e do camponês ter direito de estudar, ah... não pode, ninguém pode.
O Experimento de Milgram
3.5 169 Assista AgoraA proposta do filme é muito boa, mas não consegui criar simpatia por nenhum dos personagens, a única forma de reconhecer a época é através dos figurinos, o uso chroma key incomodou demais assim como a barba falsa e achei que da metade pro final do filme ficou bem "apressado" e um pouco confuso.
O primeiro Ato é quase perfeito, só falha nesse relacionamento repentino de Stanley e Sasha.
Tinha tudo para ser um ótimo filme, mas a única coisa que salva é a representação dos experimentos de Milgram que são geniais.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraFotografia tão maravilhosa que nos faz entrar no filme e sentir quase tudo o que os personagens sentem como a angústia na cena do Urso e o alívio no fim com o contato visual de Glass com o público, e enfim, seu suspiro final.
E por favor, deem o Oscar pro Leo porque o cara merece!
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraEsse filme é sinônimo de dor.
O filme é tão angustiante que me fez sentir humilhado assim como Alejandra que se submeteu à tais torturas para tentar "escapar" ou apenas fazer com que "isso acabe logo" como na cena do "bolo", que pra mim foi o ápice da crueldade.
E é impressionante que para Alê estar desaparecida é bem melhor que dividir tudo isso com seu pai, que é um sentimento muito comum nesses casos.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista Agorauau
Terror em Silent Hill
3.5 1,5K Assista Agora"Uma mãe é Deus nos olhos de uma criança"
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 4545 estrelas pra fotografia!