Escrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Em ‘Cléo das 5 às 7“, seu segundo longa ficcional esta personalidade já está bastante clara. Além de diversos elementos presentes em outros filmes da nouvelle vague – como um retrato quase documental das ruas parisienses com um tom de liberdade que parecia contaminar a cidade naquela época, uma profundidade de campo sempre bem utilizada a favor da mise-en-scene, entre outras propostas de linguagem que efervesciam na época – Agnes construía seu próprio cinema, um cinema que sabia dançar, como podemos observar na montagem em uma das cenas iniciais, quando Cléo desce uma escada e os cortes acompanham a trilha sonora, ou então na bela cena do piano, junto ao seu compositor, onde os movimentos de câmera bailam com a melodia."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/04/14/arrotos-indica-cleo-das-5-as-7-agnes-varda-1962/
Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O tom documental é extremamente forte no filme, que gastou apenas 30 mil euros para sua produção. Os atores interpretam a si mesmos em uma história que viveram a não muito tempo atrás. Assim sendo, o filme é, na verdade, uma reconstituição com personagens reais. O diretor deixa claro também o tom documental nos movimentos de câmera, quase sempre na mão, na textura do filme, crua, e na abstenção de uma trilha sonora.
As atuações são extremamente naturais, desde as duas adoráveis garotas Sandra e Semsa que não param em nenhum momento com suas estripulias, demonstrando a inocência das crianças frente a situação vivida pela família, assim como Senada, que cansada de ser subjugada por sua classe social demonstra com sutileza e força seu descontentamento misturado a um medo. Nazif, pai da família, é o ator principal, com sua atuação que transpira verdade, ganhou o Urso de Prata de melhor ator no Festival de Berlin passado em sua primeira atuação na vida."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/04/02/um-episodio-na-vida-de-um-catador-de-ferro-velho/
Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"(...) Essa confusão sobre o que o filme quer passar é talvez o maior problema dele. Ora parece entrar na discussão sobre a efetividade das UPPs nas favelas, ora tenta colocar a ética dos personagens, policiais e traficantes em jogo, ora tenta construir uma espécie de Cães de Aluguel ou O Engima de Outro Mundo, colocando em uma mesma sala várias pessoas que podem ser culpadas pela situação deles ali. Cada uma destas proposições é desenvolvida de forma extremamente rasa, isso para dizer que são sequer desenvolvidas. (...) Talvez o maior pecado de Alemão tenha sido não saber para onde atirar, para qual lado se desenvolver como filme, se perdendo em diversos caminhos possíveis que cria para si mesmo. No fim fica a impressão de que poderia ter saído algo melhor dali."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/03/27/alemao/
"Com personagens muito bem construídos, o filme foi sucesso de público no país, o segundo maior da história (o primeiro foi outro filme do mesmo diretor). Não é um filme pretensioso, não se esforça para isso em nenhum sentido. É entretenimento muito bem feito e que sabe utilizar bem os espaços para também fazer algumas críticas."
Leia o texto completo no blog Arrotos Culturais: http://arrotos.com.br/2014/03/14/os-filhos-do-padre/
Caramba. Depois de dar uma respirada o que posso dizer sobre este filme é, primeiramente, quão impressionante é sua força imagética, principalmente somando-se à encantadora (em mais de um sentido) trilha sonora. O filme te hipnotiza, e por mais que seja extremamente confuso em sua construção, há algo ali que te suga a atenção completamente e é um prazer seguir olhando para a tela e seguindo a viagem que o filme propõe. A sua construção confusa aliás é seu ponto mais fraco, incomoda bastante, mas pode-se interpretá-la como um sonho de Valerie, onde as coisas não necessariamente fazem sentido mesmo. Mas é muito interessante ver diversos simbolismos da passagem de Valerie de menina para mulher, desde os mais óbvios como diversas alusões ao sangue, até mesmo coisas bastante implícitas como a demonização de todos os adultos que a cercam, seja por uma crítica à extrema sexualização que passam a colocar sobre ela, como o caso do padre pedófilo por exemplo, ou então por uma questão natural dessa passagem de cada um, onde se destrói a imagem das pessoas adultas que se tinha de protetores. Enfim, bastante interessante também todo o regionalismo acoplado à história, e um pouco intrigante um certo excesso de erotização em alguns momentos, que cultura louca tinham esses tchecos na década de 70. Estranho que eu tive uma sensação de nostalgia bizarra vendo o filme, e lendo em um fórum vi que outra pessoa teve essa mesma sensação. Um pouco assustador.
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"O filme conta com pouquíssimas falas, o que contribui para o clima de solidão angustiante que propõe. Diferente de filmes como “Náufrago”, onde se cria um novo personagem, Wilson, para dar ritmo ao filme, ou até mesmo em “Gravidade” quando temos a cena do sonho, em “Até o Fim” não há ferramentas para deslocar a sensação do espectador. O homem está lá, sozinho em alto mar, não há mais nada. Sem dúvidas uma escolha corajosa do diretor, e louvável."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/03/11/ate-o-fim/
Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"A missão do diretor aqui era trazer algo a mais para o personagem cultuado criado por Paul Verhoeven nos anos 80. Dar uma nova leitura, que dialogasse mais com o cenário atual, mesmo com ambos os filmes se passando no futuro. Padilha tem alguns acertos, consegue propor algumas reflexões interessantes, coisa que atualmente não parece ser tão fácil de se fazer no cenário hollywoodiano, resgatando questionamentos “asimovianos” cria um personagem que é parte robô, parte humano, mas que quando em ambiente de combate, é controlado apenas pela parte robô, ainda que o humano por trás pense estar em total controle da situação."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/02/21/o-robocop-de-padilha/
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"Sem apelar em nenhum momento para os grandes sustos, comumente usados de maneira apelativa por alguns filmes do gênero, o diretor instaura o medo de forma bastante sutil durante todo o filme que, impulsionado por uma segunda metade excepcional, perfeitamente orquestrada em ritmo, cenografia, direção de atores e trilha sonora, alcança um clima aterrorizante, deixando o espectador hipnotizado e com a espinha arrepiada."
Leia o texto completo e uma entrevista com o diretor Marco Dutra: http://arrotos.com.br/2014/02/03/quando-eu-era-vivo/
Escrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"m Ajuste de Contas, quando anunciam uma luta entre dois senhores de 60 anos a reação inicial é de rir, bem alto, e se certificar de que as pessoas envolvidas estão em sã consciência. Enquanto isso, no mercado cinematográfico, quando se recebe a notícia de que irão fazer um filme de boxe com dois atores sessentões, a reação não é tão diferente. O que muda no segundo caso é que, como filme, não importa se é uma piada, afinal boas piadas funcionam.
É a partir disso que o filme se desenvolve. O argumento cômico coloca dois “machões” clássicos da história do cinema, agora já senhores, em uma situação pouco comum para velhinhos com a idade deles, com isso vem junto um leque de piadas, seja sobre o condicionamento físico deles ou sobre a falta de conhecimento sobre tecnologia. Essa parte do filme funciona muito bem, e a comédia despretensiosa cumpre o que promete e diverte os espectadores."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/28/ajuste-de-contas/
Escrevi um texto para o blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Quando Ron aparece como um cowboy texano, encaixando-se em todos os estereótipos que o papel pede, mulherengo, machão, malandro, doido por dinheiro e por quase tudo que este pode comprar, o que ele não espera é que a vida há de lhe pregar uma peça, que irá lhe colocar em dada posição onde ele terá que aprender sobre si mesmo e sobre os outros, e respeito passará a ser sua palavra de cabeceira, ainda que ele não abandone totalmente seus velhos hábitos nem sua persona de macho alfa.
Junto com o personagem, o espectador também aprende e desconstrói preconceitos. Obviamente que um filme como este – onde o personagem com todos estes estereótipos passa por um arco narrativo que o deixa mais bonzinho - dificilmente escapa de certos moralismos, apesar do visível esforço para não cair para este lado, é quase inevitável um filme da indústria não ceder às conhecidas regras de mercado que deixam os filmes cada vez mais quadrados. Mas para além de qualquer tipo de apelação, o filme traz sua reflexão implícita, e esta fisga o espectador pelo instinto natural de querer viver, presente em cada um de nós."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/22/clube-de-compras-dallas/
Escrevi um texto sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O que diferencia Ela da grande maioria destas obras é que ele não busca um futuro tão distante, pois ao olhar para a sociedade de hoje e observar como algumas coisas têm evoluído rapidamente, faz sua metáfora num tempo que parece não estar tão longe assim. Tal opção, seja ela proposital ou não, aproxima o espectador da história e a torna mais palpável, e porque não, assustadora."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/20/ela-spike-jonze-e-a-sensibilidade/
Escrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Não gosto quando dizem que um filme trata da “temática gay”, não apenas pela cacofonia, mas porque na grande maioria das vezes o filme na verdade trata sobre uma situação de amor ou de desejo, não interessando o gênero dos envolvidos, afinal não é comum ouvir o termo “temática hétero”, por exemplo, quando a história de amor ou desejo é entre um homem e uma mulher. Mas neste filme o tema é, no mínimo, tangenciado, quando no primeiro terço do filme são mostradas, de forma bastante delicada, as angústias vividas pela personagem ao se confrontar com sua sexualidade, o que pode explicar a quantidade anormal de casais lésbicos nas sessões deste filme."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/12/13/azul-e-a-cor-mais-quente-entre-a-dureza-e-a-sensibilidade/
Escrevi algumas palavras para o blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O filme dá seu cartão de visita logo de início. Uma cena simples, que se inicia com um plano que posteriormente irá se tornar uma das chaves do filme, e termina com um diálogo quase banal. E com essa singeleza, delicadamente o diretor nos apresenta ao lago, que é quase um personagem do filme, cúmplice maior da história que nos é apresentada, uma crônica sobre os limites da gana e da volúpia. Aos poucos vamos conhecendo alguns personagens, frequentadores do lago, e vamos nos sentindo bem-vindos naquele cenário aconchegante. Apesar dos ótimos diálogos, são com planos silenciosos que são apresentados os detalhes que dão volume ao filme, a câmera mostra o que o diretor quer que o espectador veja, e essa construção visual adiciona uma bela pitada de charme que, além de tudo, prende ainda mais a atenção de quem assiste."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/11/29/um-estranho-no-lago/
Rabisquei umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Uma das principais mudanças veio na troca de diretores. Sai Gary Ross, que construiu um primeiro filme com narrativa perigosa, onde fazia do espectador uma espécie de vouyer do circo sangrento que é o campeonato, colocando-o no mesmo papel daqueles a quem critica, os moradores da capital, que vêem os jogos, totalmente doentis, como diversão em uma espécie de reality show, além de mostrar tudo com uma câmera incessantemente trêmula que incomodava do começo ao fim. Entra Francis Lawrence com uma direção muito mais sóbria, sabendo contar a história de maneira mais condizente com o que o livro pretende passar. O tom crítico, bastante interessante na franquia, prevalece durante todo o filme e não se deixa levar para o lado do espetáculo."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/11/18/jogos-vorazes-em-chamas/
Com um roteiro que apela para uma narração em off didática em demasia, a aparente insegurança do diretor em transmitir a história sem essa ferramenta acaba estragando o que poderia ser um bom filme, com ótimos personagens.
Minha crítica para o blog Arrotos Culturais http://arrotos.com.br/2013/11/07/serra-pelada-ouro-de-tolo/
Um filme provocador, que incomoda o espectador e o faz buscar esforços para decifrá-lo. Escrevi algumas palavras sobre ele aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-7-estudando-bressane/
"O que fazer quando sabe-se que a morte se aproxima? O que pensar, o que sentir? Joaquim Pinto é portador do vírus HIV e de hepatite C há 20 anos e neste filme-diário, revela suas intimidades, da rotina ao sentimento, numa jornada triste, sem forças para desesperar-se. Após se apresentar e a sua doença, Joaquim passa a compartilhar com o espectador sua vida. Percebemos que vive triste, tendo poucos momentos de alegria, com seus cachorros, amigos e seu companheiro Nuno, com o qual protagoniza uma cena de sexo bela e triste. É possível notar um homem reflexivo, que passa a observar as pequenas coisas da natureza para tentar entender o mundo, achar um sentido ou uma explicação para aquilo, em uma reflexão sem fim e sem respostas concretas. O documentário prossegue e passa a apresentar tom de epitáfio, não há outro caminho a seguir. E dividimos com ele o sentimento de impotência. O filme poderia ter sido mais curto, suas quase três horas são bastante cansativas, porém talvez Joaquim Pinto tenha ainda tanta coisa por dizer, que se achou no direito de não conter seus pensamentos nesta obra tão pessoal, e sem dúvida ele tinha todo o direito."
Mais textos para a Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
"Inspirado por histórias reais de uma China contemporânea extremamente violenta e fazendo um trocadilho com um clássico de King Hu, “A Touch of Zen”, Jia Zhangke coloca uma lupa sobre a sociedade chinesa para tentar entender as motivações de um momento onde a vida no país parece estar cada vez mais banalizada. O diretor não tem medo algum de exagerar nas cenas de violência, fazendo-as estilizadas e bastante chocantes, lembrando alguns diretores coreanos contemporâneos, parece tentar promover uma reflexão através do choque com uma realidade aumentada. Algumas cenas são ótimas, há também personagens memoráveis, porém o filme falha quando tenta cruzar as histórias entre si, sem sucesso. E também na duração do filme, que vai caindo de rendimento aos poucos e chega ao final quase se arrastando."
Mais textos para a Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
"Já virou regra. Filme da Romênia nos últimos anos é quase sempre garantia de uma boa sessão. Vindo com o selo de vencedor do Urso de Ouro em Berlin, este também prometia o mesmo. E cumpre. O mais interessante da nova safra de filmes romenos é a capacidade deles de criarem uma situação conflito de histórias bastante peculiares, o clichê passa longe do cinema de lá. Em Child’s Pose (que deve ter título nacional “Amor Maternal”), um homem atropela uma criança e sua mãe entra em cena para fazer de tudo para que ele se livre da pena. O diretor utiliza-se deste plot para adentrar profundamente na mente da mãe deste homem. Com uma câmera na mão que passa nervosísmo e ansiedade a todo momento, e sem dúvida que incomoda, vai aos poucos lapidando uma das personagens mais fortes do ano. Com personagens cheios de defeito e diálogos excepcionais, o filme faz uma reflexão sobre até onde o amor materno pode ir. Um dos melhores filmes da Mostra SP de 2013."
Mais textos para a Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
"Wajma (Wajma), Barmak Akram, 2013 – Este é o primeiro longa metragem dirigido por uma mulher na Arábia Saudita e deixa claro o quanto era urgente queas mulheres tivessem voz no país. O filme conta a história de Wajma, uma garota que fez sexo antes do casamento e engravidou, mostrando todas as consequências deste ato em um país com tradicionalismos ultrapassados e extremamente machista. A história é contada de maneira simples e linear, porém é possível notar a mão da diretora em cenas fortes, como quando há ênfase nas violências sofridas por mulheres, e cenas sutis, quando com os olhares as mulheres mostram cumplicidade entre si pelas injustiças sofridas. O filme expõe as leis extremistas e ultapassadas que colaboram para o pensamento arcaico de um povo preso no tempo. Um grito de socorro, pesado e triste."
Mais textos da Mostra de SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
"A safra argentina de bons filmes despretensiosos agora apresenta uma divertida comédia romântica que brinca com a metalinguagem. Tellez é um crítico de cinema, com todos os estereótipos que pairam sobre esta classe, sempre arrogante e diminuidor de pessoas que pensem diferente dele, e claro, odeia comédias românticas. Porém, de repente, se vê inserido ele mesmo em uma dessas. A ironia da situação provoca risos sinceros da platéia e o filme consegue brincar muito bem com os clichês do gênero e a conversa com ele mesmo. Assim como em Medianeiras e Um Conto Chinês, El Crítico é um filme simples, ótimo para se ver num domingo a tarde, mas acima da média de outros filmes do gênero. Os argentinos parecem ter achado a fórmula para um bom cinema comercial, que não desrespeita o espectador e agrada todo tipo de público."
Mais textos da Mostra de SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
"Coutinho seleciona minuciosamente trechos que trazem reflexões sobre o que o povo brasileiro assiste na tv e o espectador do filme muitas vezes é surpreendido por olhar programas que considerava “melhorzinhos” com um olhar crítico, no meio de outras tantas bizarrices que são metralhadas pelo televisor, e dividir sentimentos de riso e preocupação."
Leia o texto completo e outros textos de filmes da Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/26/drops-da-mostra-5/
"Dando continuidade ao tom provocativo que colocava nos roteiros de filmes de Cláudio Assis, Hilton tem agora a possibilidade de dar ele mesmo cara aos seus pensamentos. Acompanhando um grupo de teatro transgressor da Recife dos anos 70, uma espécie de Dzi Croquettes mais pobre e ousada, o diretor impõe personalidade ao longa como quem domina uma arte há tempos e presenteia o espectador com uma bela história de amor."
Leia o texto completo e outros textos de filmes da Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/26/drops-da-mostra-5/
Cléo das 5 às 7
4.2 199 Assista AgoraEscrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Em ‘Cléo das 5 às 7“, seu segundo longa ficcional esta personalidade já está bastante clara. Além de diversos elementos presentes em outros filmes da nouvelle vague – como um retrato quase documental das ruas parisienses com um tom de liberdade que parecia contaminar a cidade naquela época, uma profundidade de campo sempre bem utilizada a favor da mise-en-scene, entre outras propostas de linguagem que efervesciam na época – Agnes construía seu próprio cinema, um cinema que sabia dançar, como podemos observar na montagem em uma das cenas iniciais, quando Cléo desce uma escada e os cortes acompanham a trilha sonora, ou então na bela cena do piano, junto ao seu compositor, onde os movimentos de câmera bailam com a melodia."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/04/14/arrotos-indica-cleo-das-5-as-7-agnes-varda-1962/
Um Episódio na Vida de Um Catador de Ferro-Velho
3.9 9Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O tom documental é extremamente forte no filme, que gastou apenas 30 mil euros para sua produção. Os atores interpretam a si mesmos em uma história que viveram a não muito tempo atrás. Assim sendo, o filme é, na verdade, uma reconstituição com personagens reais. O diretor deixa claro também o tom documental nos movimentos de câmera, quase sempre na mão, na textura do filme, crua, e na abstenção de uma trilha sonora.
As atuações são extremamente naturais, desde as duas adoráveis garotas Sandra e Semsa que não param em nenhum momento com suas estripulias, demonstrando a inocência das crianças frente a situação vivida pela família, assim como Senada, que cansada de ser subjugada por sua classe social demonstra com sutileza e força seu descontentamento misturado a um medo. Nazif, pai da família, é o ator principal, com sua atuação que transpira verdade, ganhou o Urso de Prata de melhor ator no Festival de Berlin passado em sua primeira atuação na vida."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/04/02/um-episodio-na-vida-de-um-catador-de-ferro-velho/
Alemão
2.8 380Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"(...)
Essa confusão sobre o que o filme quer passar é talvez o maior problema dele. Ora parece entrar na discussão sobre a efetividade das UPPs nas favelas, ora tenta colocar a ética dos personagens, policiais e traficantes em jogo, ora tenta construir uma espécie de Cães de Aluguel ou O Engima de Outro Mundo, colocando em uma mesma sala várias pessoas que podem ser culpadas pela situação deles ali. Cada uma destas proposições é desenvolvida de forma extremamente rasa, isso para dizer que são sequer desenvolvidas.
(...)
Talvez o maior pecado de Alemão tenha sido não saber para onde atirar, para qual lado se desenvolver como filme, se perdendo em diversos caminhos possíveis que cria para si mesmo. No fim fica a impressão de que poderia ter saído algo melhor dali."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/03/27/alemao/
Os Filhos do Padre
3.6 77 Assista Agora"Com personagens muito bem construídos, o filme foi sucesso de público no país, o segundo maior da história (o primeiro foi outro filme do mesmo diretor). Não é um filme pretensioso, não se esforça para isso em nenhum sentido. É entretenimento muito bem feito e que sabe utilizar bem os espaços para também fazer algumas críticas."
Leia o texto completo no blog Arrotos Culturais: http://arrotos.com.br/2014/03/14/os-filhos-do-padre/
Valerie e Sua Semana de Deslumbramentos
3.9 191 Assista AgoraCaramba. Depois de dar uma respirada o que posso dizer sobre este filme é, primeiramente, quão impressionante é sua força imagética, principalmente somando-se à encantadora (em mais de um sentido) trilha sonora. O filme te hipnotiza, e por mais que seja extremamente confuso em sua construção, há algo ali que te suga a atenção completamente e é um prazer seguir olhando para a tela e seguindo a viagem que o filme propõe. A sua construção confusa aliás é seu ponto mais fraco, incomoda bastante, mas pode-se interpretá-la como um sonho de Valerie, onde as coisas não necessariamente fazem sentido mesmo. Mas é muito interessante ver diversos simbolismos da passagem de Valerie de menina para mulher, desde os mais óbvios como diversas alusões ao sangue, até mesmo coisas bastante implícitas como a demonização de todos os adultos que a cercam, seja por uma crítica à extrema sexualização que passam a colocar sobre ela, como o caso do padre pedófilo por exemplo, ou então por uma questão natural dessa passagem de cada um, onde se destrói a imagem das pessoas adultas que se tinha de protetores.
Enfim, bastante interessante também todo o regionalismo acoplado à história, e um pouco intrigante um certo excesso de erotização em alguns momentos, que cultura louca tinham esses tchecos na década de 70.
Estranho que eu tive uma sensação de nostalgia bizarra vendo o filme, e lendo em um fórum vi que outra pessoa teve essa mesma sensação. Um pouco assustador.
Até o Fim
3.4 418 Assista AgoraEscrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O filme conta com pouquíssimas falas, o que contribui para o clima de solidão angustiante que propõe. Diferente de filmes como “Náufrago”, onde se cria um novo personagem, Wilson, para dar ritmo ao filme, ou até mesmo em “Gravidade” quando temos a cena do sonho, em “Até o Fim” não há ferramentas para deslocar a sensação do espectador. O homem está lá, sozinho em alto mar, não há mais nada. Sem dúvidas uma escolha corajosa do diretor, e louvável."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/03/11/ate-o-fim/
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraEscrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"A missão do diretor aqui era trazer algo a mais para o personagem cultuado criado por Paul Verhoeven nos anos 80. Dar uma nova leitura, que dialogasse mais com o cenário atual, mesmo com ambos os filmes se passando no futuro. Padilha tem alguns acertos, consegue propor algumas reflexões interessantes, coisa que atualmente não parece ser tão fácil de se fazer no cenário hollywoodiano, resgatando questionamentos “asimovianos” cria um personagem que é parte robô, parte humano, mas que quando em ambiente de combate, é controlado apenas pela parte robô, ainda que o humano por trás pense estar em total controle da situação."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/02/21/o-robocop-de-padilha/
Quando Eu Era Vivo
2.9 322Escrevi algumas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Sem apelar em nenhum momento para os grandes sustos, comumente usados de maneira apelativa por alguns filmes do gênero, o diretor instaura o medo de forma bastante sutil durante todo o filme que, impulsionado por uma segunda metade excepcional, perfeitamente orquestrada em ritmo, cenografia, direção de atores e trilha sonora, alcança um clima aterrorizante, deixando o espectador hipnotizado e com a espinha arrepiada."
Leia o texto completo e uma entrevista com o diretor Marco Dutra: http://arrotos.com.br/2014/02/03/quando-eu-era-vivo/
Ajuste de Contas
3.5 369 Assista AgoraEscrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"m Ajuste de Contas, quando anunciam uma luta entre dois senhores de 60 anos a reação inicial é de rir, bem alto, e se certificar de que as pessoas envolvidas estão em sã consciência. Enquanto isso, no mercado cinematográfico, quando se recebe a notícia de que irão fazer um filme de boxe com dois atores sessentões, a reação não é tão diferente. O que muda no segundo caso é que, como filme, não importa se é uma piada, afinal boas piadas funcionam.
É a partir disso que o filme se desenvolve. O argumento cômico coloca dois “machões” clássicos da história do cinema, agora já senhores, em uma situação pouco comum para velhinhos com a idade deles, com isso vem junto um leque de piadas, seja sobre o condicionamento físico deles ou sobre a falta de conhecimento sobre tecnologia. Essa parte do filme funciona muito bem, e a comédia despretensiosa cumpre o que promete e diverte os espectadores."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/28/ajuste-de-contas/
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraEscrevi um texto para o blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Quando Ron aparece como um cowboy texano, encaixando-se em todos os estereótipos que o papel pede, mulherengo, machão, malandro, doido por dinheiro e por quase tudo que este pode comprar, o que ele não espera é que a vida há de lhe pregar uma peça, que irá lhe colocar em dada posição onde ele terá que aprender sobre si mesmo e sobre os outros, e respeito passará a ser sua palavra de cabeceira, ainda que ele não abandone totalmente seus velhos hábitos nem sua persona de macho alfa.
Junto com o personagem, o espectador também aprende e desconstrói preconceitos. Obviamente que um filme como este – onde o personagem com todos estes estereótipos passa por um arco narrativo que o deixa mais bonzinho - dificilmente escapa de certos moralismos, apesar do visível esforço para não cair para este lado, é quase inevitável um filme da indústria não ceder às conhecidas regras de mercado que deixam os filmes cada vez mais quadrados. Mas para além de qualquer tipo de apelação, o filme traz sua reflexão implícita, e esta fisga o espectador pelo instinto natural de querer viver, presente em cada um de nós."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/22/clube-de-compras-dallas/
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraEscrevi um texto sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O que diferencia Ela da grande maioria destas obras é que ele não busca um futuro tão distante, pois ao olhar para a sociedade de hoje e observar como algumas coisas têm evoluído rapidamente, faz sua metáfora num tempo que parece não estar tão longe assim. Tal opção, seja ela proposital ou não, aproxima o espectador da história e a torna mais palpável, e porque não, assustadora."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2014/01/20/ela-spike-jonze-e-a-sensibilidade/
Eles Vivem
3.7 726 Assista Agora"I have come here to chew bubblegum and kick ass...and I'm all out of bubblegum."
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraEscrevi umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Não gosto quando dizem que um filme trata da “temática gay”, não apenas pela cacofonia, mas porque na grande maioria das vezes o filme na verdade trata sobre uma situação de amor ou de desejo, não interessando o gênero dos envolvidos, afinal não é comum ouvir o termo “temática hétero”, por exemplo, quando a história de amor ou desejo é entre um homem e uma mulher. Mas neste filme o tema é, no mínimo, tangenciado, quando no primeiro terço do filme são mostradas, de forma bastante delicada, as angústias vividas pela personagem ao se confrontar com sua sexualidade, o que pode explicar a quantidade anormal de casais lésbicos nas sessões deste filme."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/12/13/azul-e-a-cor-mais-quente-entre-a-dureza-e-a-sensibilidade/
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraEscrevi algumas palavras para o blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"O filme dá seu cartão de visita logo de início. Uma cena simples, que se inicia com um plano que posteriormente irá se tornar uma das chaves do filme, e termina com um diálogo quase banal. E com essa singeleza, delicadamente o diretor nos apresenta ao lago, que é quase um personagem do filme, cúmplice maior da história que nos é apresentada, uma crônica sobre os limites da gana e da volúpia. Aos poucos vamos conhecendo alguns personagens, frequentadores do lago, e vamos nos sentindo bem-vindos naquele cenário aconchegante. Apesar dos ótimos diálogos, são com planos silenciosos que são apresentados os detalhes que dão volume ao filme, a câmera mostra o que o diretor quer que o espectador veja, e essa construção visual adiciona uma bela pitada de charme que, além de tudo, prende ainda mais a atenção de quem assiste."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/11/29/um-estranho-no-lago/
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraRabisquei umas palavras sobre o filme no blog Arrotos Culturais - www.arrotos.com.br
"Uma das principais mudanças veio na troca de diretores. Sai Gary Ross, que construiu um primeiro filme com narrativa perigosa, onde fazia do espectador uma espécie de vouyer do circo sangrento que é o campeonato, colocando-o no mesmo papel daqueles a quem critica, os moradores da capital, que vêem os jogos, totalmente doentis, como diversão em uma espécie de reality show, além de mostrar tudo com uma câmera incessantemente trêmula que incomodava do começo ao fim. Entra Francis Lawrence com uma direção muito mais sóbria, sabendo contar a história de maneira mais condizente com o que o livro pretende passar. O tom crítico, bastante interessante na franquia, prevalece durante todo o filme e não se deixa levar para o lado do espetáculo."
Leia o texto completo: http://arrotos.com.br/2013/11/18/jogos-vorazes-em-chamas/
Serra Pelada
3.6 353 Assista AgoraCom um roteiro que apela para uma narração em off didática em demasia, a aparente insegurança do diretor em transmitir a história sem essa ferramenta acaba estragando o que poderia ser um bom filme, com ótimos personagens.
Minha crítica para o blog Arrotos Culturais
http://arrotos.com.br/2013/11/07/serra-pelada-ouro-de-tolo/
Educação Sentimental
3.4 32Um filme provocador, que incomoda o espectador e o faz buscar esforços para decifrá-lo.
Escrevi algumas palavras sobre ele aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-7-estudando-bressane/
E Agora? Lembra-me
3.9 12 Assista Agora"O que fazer quando sabe-se que a morte se aproxima? O que pensar, o que sentir? Joaquim Pinto é portador do vírus HIV e de hepatite C há 20 anos e neste filme-diário, revela suas intimidades, da rotina ao sentimento, numa jornada triste, sem forças para desesperar-se.
Após se apresentar e a sua doença, Joaquim passa a compartilhar com o espectador sua vida. Percebemos que vive triste, tendo poucos momentos de alegria, com seus cachorros, amigos e seu companheiro Nuno, com o qual protagoniza uma cena de sexo bela e triste. É possível notar um homem reflexivo, que passa a observar as pequenas coisas da natureza para tentar entender o mundo, achar um sentido ou uma explicação para aquilo, em uma reflexão sem fim e sem respostas concretas.
O documentário prossegue e passa a apresentar tom de epitáfio, não há outro caminho a seguir. E dividimos com ele o sentimento de impotência.
O filme poderia ter sido mais curto, suas quase três horas são bastante cansativas, porém talvez Joaquim Pinto tenha ainda tanta coisa por dizer, que se achou no direito de não conter seus pensamentos nesta obra tão pessoal, e sem dúvida ele tinha todo o direito."
Mais textos para a Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/28/drops-da-mostra-6/
Um Toque de Pecado
3.8 63"Inspirado por histórias reais de uma China contemporânea extremamente violenta e fazendo um trocadilho com um clássico de King Hu, “A Touch of Zen”, Jia Zhangke coloca uma lupa sobre a sociedade chinesa para tentar entender as motivações de um momento onde a vida no país parece estar cada vez mais banalizada.
O diretor não tem medo algum de exagerar nas cenas de violência, fazendo-as estilizadas e bastante chocantes, lembrando alguns diretores coreanos contemporâneos, parece tentar promover uma reflexão através do choque com uma realidade aumentada.
Algumas cenas são ótimas, há também personagens memoráveis, porém o filme falha quando tenta cruzar as histórias entre si, sem sucesso. E também na duração do filme, que vai caindo de rendimento aos poucos e chega ao final quase se arrastando."
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Instinto Materno
3.8 70"Já virou regra. Filme da Romênia nos últimos anos é quase sempre garantia de uma boa sessão. Vindo com o selo de vencedor do Urso de Ouro em Berlin, este também prometia o mesmo. E cumpre.
O mais interessante da nova safra de filmes romenos é a capacidade deles de criarem uma situação conflito de histórias bastante peculiares, o clichê passa longe do cinema de lá. Em Child’s Pose (que deve ter título nacional “Amor Maternal”), um homem atropela uma criança e sua mãe entra em cena para fazer de tudo para que ele se livre da pena.
O diretor utiliza-se deste plot para adentrar profundamente na mente da mãe deste homem. Com uma câmera na mão que passa nervosísmo e ansiedade a todo momento, e sem dúvida que incomoda, vai aos poucos lapidando uma das personagens mais fortes do ano.
Com personagens cheios de defeito e diálogos excepcionais, o filme faz uma reflexão sobre até onde o amor materno pode ir. Um dos melhores filmes da Mostra SP de 2013."
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Wajma - Uma História de Amor Afegã
3.7 7"Wajma (Wajma), Barmak Akram, 2013 – Este é o primeiro longa metragem dirigido por uma mulher na Arábia Saudita e deixa claro o quanto era urgente queas mulheres tivessem voz no país.
O filme conta a história de Wajma, uma garota que fez sexo antes do casamento e engravidou, mostrando todas as consequências deste ato em um país com tradicionalismos ultrapassados e extremamente machista.
A história é contada de maneira simples e linear, porém é possível notar a mão da diretora em cenas fortes, como quando há ênfase nas violências sofridas por mulheres, e cenas sutis, quando com os olhares as mulheres mostram cumplicidade entre si pelas injustiças sofridas.
O filme expõe as leis extremistas e ultapassadas que colaboram para o pensamento arcaico de um povo preso no tempo. Um grito de socorro, pesado e triste."
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O Crítico
3.3 39 Assista Agora"A safra argentina de bons filmes despretensiosos agora apresenta uma divertida comédia romântica que brinca com a metalinguagem.
Tellez é um crítico de cinema, com todos os estereótipos que pairam sobre esta classe, sempre arrogante e diminuidor de pessoas que pensem diferente dele, e claro, odeia comédias românticas. Porém, de repente, se vê inserido ele mesmo em uma dessas. A ironia da situação provoca risos sinceros da platéia e o filme consegue brincar muito bem com os clichês do gênero e a conversa com ele mesmo.
Assim como em Medianeiras e Um Conto Chinês, El Crítico é um filme simples, ótimo para se ver num domingo a tarde, mas acima da média de outros filmes do gênero. Os argentinos parecem ter achado a fórmula para um bom cinema comercial, que não desrespeita o espectador e agrada todo tipo de público."
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Um Dia na Vida
4.1 72"Coutinho seleciona minuciosamente trechos que trazem reflexões sobre o que o povo brasileiro assiste na tv e o espectador do filme muitas vezes é surpreendido por olhar programas que considerava “melhorzinhos” com um olhar crítico, no meio de outras tantas bizarrices que são metralhadas pelo televisor, e dividir sentimentos de riso e preocupação."
Leia o texto completo e outros textos de filmes da Mostra SP aqui: http://arrotos.com.br/2013/10/26/drops-da-mostra-5/
Tatuagem
4.2 924"Dando continuidade ao tom provocativo que colocava nos roteiros de filmes de Cláudio Assis, Hilton tem agora a possibilidade de dar ele mesmo cara aos seus pensamentos. Acompanhando um grupo de teatro transgressor da Recife dos anos 70, uma espécie de Dzi Croquettes mais pobre e ousada, o diretor impõe personalidade ao longa como quem domina uma arte há tempos e presenteia o espectador com uma bela história de amor."
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