"O que é que se libera quando se começa uma disputa e nos torna naquilo que pensamos não ser? Não importa como comece, sempre termina neste jogo sujo. Jogo sujo! Começamos essa briga com as mãos limpas. Elas continuam limpas agora? Que valor tem a fidalguia, se não resistimos ao fogo?" The Skin Game, na minha opinião, é um filmaço da fase inglesa do Hitchcock, infelizmente muito subestimado! Merece ser redescoberto pelos cinéfilos atuais. Recomendadíssimo!
Até mesmo os maiores gênios da sétima arte cometem seus erros "mortais". E é necessário apontá-los, fugindo da armadilha de admirar uma obra por pura condescendência. O próprio Hitchcock soube reconhecer suas falhas cinematográficas e declarou sem medir as palavras que "Number 17" foi "um total desastre". De fato, o filme tem mil furos em sua narrativa, tornando-se desnecessário enumerá-los aqui. De positivo, a interessante perseguição de trem na que poderíamos chamar de "segunda parte" do filme, sendo a primeira filmada inteiramente no interior da casa de número 17, com um tom bem teatral. Hitchcock era mestre em trabalhar com maquetes, e este filme é um bom exemplo. Apesar disso, o filme é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores fiascos de sua fase inglesa. Não recomendo, a não ser para os fãs Hardcore do mestre do suspense.
Pessoalmente, eu adorei o roteiro, com muitas gags divertidíssimas e um lado sério bastante interessante também, ao questionar a dinâmica de um casal cansado de suas vidas mundanas e suas peripécias ao longo de um cruzeiro ao redor do mundo, com todas as tentações que o mundo exterior tem a lhes oferecer… Realista e singelo!
"The Ring" é, segundo o próprio diretor, "o segundo filme de Hitchcock". O mestre do suspense se orgulhava particularmente desta obra, pelas suas experimentações técnicas e narrativas. Quem conhece a filmografia do diretor a fundo vai saber reconhecer diversos traços que, posteriormente, iriam se tornar fundamentais em seus filmes. Aqui o suspense nao é explícito, pois nao envolve nenhum tipo de cena criminal, mas é magnífico perceber que o futuro mestre do suspense sabia, desde seus primórdios, criar momentos de pura tensão. A cena da luta final é prova disso. A análise psicológica complexa dos personagens é outra característica muito bem explorada em O Ringue, algo que se tornaria uma marca registrada, especialmente em sua fase americana. Recomendadíssimo!
"Este filme é possivelmente o pior em minha produção cinematográfica" Alfred Hitchcock sobre o filme Champagne Quem sou eu para discordar do grande mestre… Hitchcock leva nota 10 até mesmo em auto-crítica! O filme é mesmo intragável, pura perda de tempo.
Uma pena ver que um filmaço como "The Paperboy" tem uma nota tao baixa no filmow. Tivesse sido feito nos anos 40, aposto que seria considerada uma obra-prima do Noir.
Fui na expectativa de ver um filme sobre poker, mas esse filme nao tem uma cena sequer sobre poker, apenas sobre os bastidores corruptos da jogatina online. Soma-se a isso o pecado capital de colocar uma das atrizes mais gostosas e sensuais da atualidade, Gemma Arterton, e nao explorar essa arma em NENHUM momento… E ainda, como se nao bastasse, colocam o Justin Timberlake como protagonista? O Ben Affleck já tá longe de ser um ator convincente, mas Timberlake já é sacanagem!
Apesar da comparação com o filme de Haneke ser inevitável pelo tema em comum, a abordagem é bem diferente e suas mensagens quase que opostas. Em Amour observamos a maior demonstração possível de amor entre um homem e uma mulher, e Haneke faz questão de aniquilar qualquer tipo de esperança em um futuro melhor. A vida para Haneke é inexoravelmente cruel. Já em "Uma Primavera com a Minha Mae", apesar do estilo seco do diretor Stéphane Brizé, o tom é melancólico mas esperançoso. Uma clara mensagem aqueles que amam mas preferem perder-se nas artimanhas do orgulho e do rancor. Se o filme de Haneke se chamou "Amor", o filme de Stéphane Brizé poderia perfeitamente ter se chamado "Perdão".
Quem curtiu o primeiro filme da saga, Eclipse Mortal, é diversão garantida! Caso contrário, esqueçam, pois o roteiro é incrivelmente parecido. Eu particularmente adoro o Riddick, entao nao tive do que reclamar, visto que este terceiro é "mais do mesmo". Tendo Riddick, eu to dentro!
Me desculpem fãs do McQueen, mas quem rouba o filme é o magnífico Edward G. Robinson! E quanta sensualidade da Ann-Margret, cada vez que ela aparecia em cena, incendiava minha tv e minha imaginação! Recomendadíssimo!
Um bom filme sobre a lendária história de Billy the Kid e o grupo Regulators. Mas, para quem conhece melhor sobre os reais acontecimentos, houveram distorções profundas e desnecessárias:
1) O grupo dos regulators nunca se limitou a um punhado de pistoleiros como foi retratado no filme, o bando era bastante numeroso inclusive. 2) The Kid nunca foi líder do grupo. Após a morte de Dick, quem assumiu o grupo foi Mcnab (que nem apareceu no filme) mas que também é morto. O terceiro e último líder é Doc, que reza as lendas, matou muito mais gente que o próprio Billy. Apesar destas e outras falhas, o filme retratou com perfeição algumas passagens históricas famosas, como a lendária morte de Dick durante o tiroteio com Buckshot Roberts, a foto mais famosa do verdadeiro Billy the Kid é muito parecida com a do filme, a dúbia relação entre The Kid e seu futuro algoz Pat Garret…
Resumindo, o saldo é bastante positivo. Sem contar que Emilio Estevez teve uma performance maravilhosa, além de ser fisicamente parecido com o famoso fora-da-lei!
Esperei muito tempo até ver esta nova adaptação do lendário Conan para a telona, devido a enormidade de críticas pesadas feitas ao filme. E, sinceramente, acho que existe um exagero. Claro, o filme tá longe de ser uma obra-prima moderna, mas achei um filme digno sim. E ainda reclamam que o filme é só pancadaria, sangue… O que esperavam de um filme do Conan? Aqui é puro entretenimento pipoca, mas tem suas qualidades e cumpre seu papel!
Tente esquecer o patriotismo exacerbado característico da época da Guerra Fria e deleite-se com uma das melhores interpretações da carreira de Humphrey Bogart e uma de suas indicações ao Oscar de melhor ator. Destaque também para a direção ágil e competente de Edward Dmytryk. Recomendo.
Um dos faroestes mais inusitados que já vi, uma verdadeira pérola do cinema. Gary Cooper sempre competente, mas quem rouba a cena é o incrível Walter Brennan (que por sinal repetiu a parceria em diversos outros filmes ao lado de Cooper) no papel de Judge Roy Bean, o manda-chuva beberrão de um pequeno vilarejo do Texas cujo amor obsessivo e platonico pela atriz Lily Langtry acaba transformando o destino de todos ao seu redor. Uma obra com a qualidade indiscutível de William Wyler, infelizmente pouco lembrada nos dias atuais, mas que merece ser redescoberta!
Fosse "Always" de outro diretor, poderia ser considerado bem mais simpático. Mas, em se tratando de Spielberg, esperamos sempre aquele "algo mais". Mas o filme tem bons momentos, principalmente através do sempre carismático Richard Dreyfuss e o boa-praça John Goodman. Sim, a trama é bem clichê e super previsível, mas isso nao impede de ter 2h de entretenimento ao velho estilo "sessão da tarde". Saudosismo é isso: deixar de lado os defeitos evidentes do filme em nome de um sentimento que nos lembra o passado. E isso, "Além da Eternidade" consegue.
Na minha opinião, um dos melhores filmes de Fritz Lang em sua fase Americana! Um enredo original, com boas atuações de um elenco acima da média e, acima de tudo, regidos com maestria por Lang. O clima de suspense vai aumentando progressivamente até culminar num desfecho de gelar a espinha! Recomendadíssimo! Obs: Os títulos em português de muitos grandes clássicos eram, de fato, terríveis e quase um anti-climax, absurdamente non-sense...
O filme só funciona caso voce nao saiba ou nao tenha visto a versão original de Renoir, chamada A Besta Humana, muito superior a esta refilmagem. Sim, trata-se de um film-noir competente, com um show do sempre ótimo Broderick Crawford, mas se formos comparar ator por ator, chega a dar pena da versão americana... Comparar Jean Gabin e Simone Simon com Glenn Ford e Gloria Grahame em seus respectivos papéis é quase uma heresia! Apesar de ser dirigido por outro gênio da sétima arte como Fritz Lang, a estória perdeu muito de sua original complexidade e, incrivelmente, principalmente tratando-se de uma película de Lang, muito menos crítica aos valores da sociedade moderna, algo que permeia toda a obra de Émile Zola e sua primeira adaptação para o cinema sob a visão de Renoir. Na minha concepção, uma das raras bolas foras do grande mestre Fritz!
Fritz Lang e Cinema Noir era sinonimo de qualidade indiscutível. While the City Sleeps nao foge a regra! Um filme repleto de minúcias, desde o questionamento éticos do quarto poder, aos valores morais (ou melhor, amorais) de quase todos os seus personagens. Lang faz questão de mostrar a vida como ela é, com sua crítica mordaz afiadíssima, com personagens complexos e humanos. Ed Mobley é o arquétipo clássico do anti-herói, Mildred é a típica femme fatale inescrupulosa mas irresistível, os 3 editores-chefes do jornal só se importam em passar a perna um no outro para conseguir a tao sonhada promoção... A única personagem aparentemente ingenua é Nancy Liggett, que permanece à margem do jogo de poder e, provavelmente, por representar a salvação inconsciente, vira alvo de desejo de Ed e das investidas frustradas de seu chefe Mark Loving. Um filme que merece ser assistido com paciencia, para desfrutar de uma análise mais detalhada de suas inúmeras camadas, cada uma mais deliciosa que a outra.
O filme só funciona caso o espectador seja completamente leigo a respeito da biografia do fundador da Apple, visto a grande quantidade de fatos e eventos alterados ou ausentes. Mas uma coisa é inegável: a entrega fenomenal de Ashton Kutcher, possivelmente a melhor atuação de sua carreira. Sua caracterização foi louvável, e acaba tornando a experiencia positiva e agradável.
El Cid é, inquestionavelmente, um dos maiores épicos da história do Cinema. Tudo aqui é grandioso, desde a fotografia, direção de arte, as atuações inspiradas de todo o elenco (em especial do Charlton "El Cid" Heston) e a fabulosa trilha sonora de Miklos Rozsa, certamente uma das mais contagiantes da sétima arte! A direção de Anthony Mann, responsável igualmente por Quo Vadis, também está impecável, transformando a célebre história do lendário herói espanhol em um épico de dor em nome de seus ideais. Um tema universal e atemporal, que nao envelhecerá nunca.
Eu poderia citar dezenas de musicais infinitamente superiores a este dramalhão mexicano intragável que só se salva por algumas boas coreografias das cenas com as gangues de rua, visto que o love story é ridículo de tao clichê. O mais incrível é saber que esta mediocridade cinematográfica faturou 10 Oscar em pleno ano de 1961, ano riquíssimo e repleto de obras grandiosas para a história do Cinema. Vou citar apenas algumas: "Julgamento em Nuremberg", "Os Canhões de Navarone" (ambos perderam na categoria de melhor filme para "Amor, Sublime Amor", apesar de serem inquestionavelmente melhores), "A Doce Vida" (Fellini perdeu o Oscar de melhor diretor para este filme...), "Clamor do Sexo" de Elias Kazan (com a própria Natalie Wood, mas bem melhor), "Através de um Espelho" de Ingmar Bergman que levou o Oscar de Melhor filme estrangeiro, "Uma mulher é uma mulher" de Godard (uma comédia de costumes deliciosa), "Infamia" de William Wyler, "El Cid" de Anthony Mann, "A Noite" de Antonioni (vencedor do urso de Berlim de 61), "Ano Passado em Marienbad" de Alain Resnais ( vencedor de melhor filme no festival de Veneza) e "Viridiana" de Luiz Bunuel ( vencedor de melhor filme em Cannes). Na minha opiniao, todos os filmes acima citados sao superiores a West Side Story, com especial destaque e carinho pela obra máxima de Bunuel, meu preferido do ano. Mas, se restringindo aos indicados ao Oscar, é vergonhoso que Julgamento em Nuremberg ou Canhoes de Navarone tenham perdido pra esse musical da Brodway sem graça e ultrapassado.
Confesso nunca ter sido um grande admirador da Nova Geração, mas este filme me surpreendeu bastante positivamente! Possui um belo enredo e uma mensagem filosófica bastante interessante. A fotografia também é um dos pontos altos da obra. Um dos melhores da Next Generations.
É impossível alguém se dizer admirador do diretor Harmony Korine e nao adorar Julien Donkey-Boy. O filme que foi o sexto a receber o certificado do movimento Dogma-95 possui todas as características estilísticas típicas do diretor: A narrativa nao linear, a pesada crítica social, o formato "shockumentary", os personagens "incomuns" e todas as suas bizarrices... Enfim, o retrato mais grotesco da vida real que insistimos em nao enxergar. O protagonista esquizofrênico é, incrivelmente, o mais lúcido dos personagens. Um filme que choca, emociona e faz refletir, nao necessariamente nesta ordem... Uma jóia rara do cinema independente que precisa ser mais descoberto e apreciado, deste grande diretor chamado Harmony Korine! "He loves me, he loves me not. He loves me, he loves me not. He loves me, he loves me not. I hate the postman!"
Jogo Sujo
3.2 12 Assista Agora"O que é que se libera quando se começa uma disputa e nos torna naquilo que pensamos não ser? Não importa como comece, sempre termina neste jogo sujo. Jogo sujo! Começamos essa briga com as mãos limpas. Elas continuam limpas agora? Que valor tem a fidalguia, se não resistimos ao fogo?"
The Skin Game, na minha opinião, é um filmaço da fase inglesa do Hitchcock, infelizmente muito subestimado! Merece ser redescoberto pelos cinéfilos atuais. Recomendadíssimo!
O Mistério Do Número 17
2.9 25Até mesmo os maiores gênios da sétima arte cometem seus erros "mortais". E é necessário apontá-los, fugindo da armadilha de admirar uma obra por pura condescendência. O próprio Hitchcock soube reconhecer suas falhas cinematográficas e declarou sem medir as palavras que "Number 17" foi "um total desastre". De fato, o filme tem mil furos em sua narrativa, tornando-se desnecessário enumerá-los aqui. De positivo, a interessante perseguição de trem na que poderíamos chamar de "segunda parte" do filme, sendo a primeira filmada inteiramente no interior da casa de número 17, com um tom bem teatral. Hitchcock era mestre em trabalhar com maquetes, e este filme é um bom exemplo. Apesar disso, o filme é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores fiascos de sua fase inglesa. Não recomendo, a não ser para os fãs Hardcore do mestre do suspense.
Ricos e Estranhos
2.9 19Pessoalmente, eu adorei o roteiro, com muitas gags divertidíssimas e um lado sério bastante interessante também, ao questionar a dinâmica de um casal cansado de suas vidas mundanas e suas peripécias ao longo de um cruzeiro ao redor do mundo, com todas as tentações que o mundo exterior tem a lhes oferecer… Realista e singelo!
O Ringue
3.5 31"The Ring" é, segundo o próprio diretor, "o segundo filme de Hitchcock". O mestre do suspense se orgulhava particularmente desta obra, pelas suas experimentações técnicas e narrativas. Quem conhece a filmografia do diretor a fundo vai saber reconhecer diversos traços que, posteriormente, iriam se tornar fundamentais em seus filmes. Aqui o suspense nao é explícito, pois nao envolve nenhum tipo de cena criminal, mas é magnífico perceber que o futuro mestre do suspense sabia, desde seus primórdios, criar momentos de pura tensão. A cena da luta final é prova disso. A análise psicológica complexa dos personagens é outra característica muito bem explorada em O Ringue, algo que se tornaria uma marca registrada, especialmente em sua fase americana. Recomendadíssimo!
Champagne
2.9 20"Este filme é possivelmente o pior em minha produção cinematográfica"
Alfred Hitchcock sobre o filme Champagne
Quem sou eu para discordar do grande mestre…
Hitchcock leva nota 10 até mesmo em auto-crítica!
O filme é mesmo intragável, pura perda de tempo.
Obsessão
3.0 466Uma pena ver que um filmaço como "The Paperboy" tem uma nota tao baixa no filmow. Tivesse sido feito nos anos 40, aposto que seria considerada uma obra-prima do Noir.
Aposta Máxima
2.7 239 Assista AgoraFui na expectativa de ver um filme sobre poker, mas esse filme nao tem uma cena sequer sobre poker, apenas sobre os bastidores corruptos da jogatina online. Soma-se a isso o pecado capital de colocar uma das atrizes mais gostosas e sensuais da atualidade, Gemma Arterton, e nao explorar essa arma em NENHUM momento… E ainda, como se nao bastasse, colocam o Justin Timberlake como protagonista? O Ben Affleck já tá longe de ser um ator convincente, mas Timberlake já é sacanagem!
Uma Primavera com a Minha Mãe
3.5 28Apesar da comparação com o filme de Haneke ser inevitável pelo tema em comum, a abordagem é bem diferente e suas mensagens quase que opostas. Em Amour observamos a maior demonstração possível de amor entre um homem e uma mulher, e Haneke faz questão de aniquilar qualquer tipo de esperança em um futuro melhor. A vida para Haneke é inexoravelmente cruel. Já em "Uma Primavera com a Minha Mae", apesar do estilo seco do diretor Stéphane Brizé, o tom é melancólico mas esperançoso. Uma clara mensagem aqueles que amam mas preferem perder-se nas artimanhas do orgulho e do rancor. Se o filme de Haneke se chamou "Amor", o filme de Stéphane Brizé poderia perfeitamente ter se chamado "Perdão".
Riddick 3
3.0 404 Assista AgoraQuem curtiu o primeiro filme da saga, Eclipse Mortal, é diversão garantida! Caso contrário, esqueçam, pois o roteiro é incrivelmente parecido. Eu particularmente adoro o Riddick, entao nao tive do que reclamar, visto que este terceiro é "mais do mesmo". Tendo Riddick, eu to dentro!
A Mesa do Diabo
3.8 38 Assista AgoraMe desculpem fãs do McQueen, mas quem rouba o filme é o magnífico Edward G. Robinson! E quanta sensualidade da Ann-Margret, cada vez que ela aparecia em cena, incendiava minha tv e minha imaginação! Recomendadíssimo!
Os Jovens Pistoleiros
3.7 145 Assista AgoraUm bom filme sobre a lendária história de Billy the Kid e o grupo Regulators. Mas, para quem conhece melhor sobre os reais acontecimentos, houveram distorções profundas e desnecessárias:
1) O grupo dos regulators nunca se limitou a um punhado de pistoleiros como foi retratado no filme, o bando era bastante numeroso inclusive. 2) The Kid nunca foi líder do grupo. Após a morte de Dick, quem assumiu o grupo foi Mcnab (que nem apareceu no filme) mas que também é morto. O terceiro e último líder é Doc, que reza as lendas, matou muito mais gente que o próprio Billy. Apesar destas e outras falhas, o filme retratou com perfeição algumas passagens históricas famosas, como a lendária morte de Dick durante o tiroteio com Buckshot Roberts, a foto mais famosa do verdadeiro Billy the Kid é muito parecida com a do filme, a dúbia relação entre The Kid e seu futuro algoz Pat Garret…
Conan, o Bárbaro
2.5 1,2K Assista AgoraEsperei muito tempo até ver esta nova adaptação do lendário Conan para a telona, devido a enormidade de críticas pesadas feitas ao filme. E, sinceramente, acho que existe um exagero. Claro, o filme tá longe de ser uma obra-prima moderna, mas achei um filme digno sim. E ainda reclamam que o filme é só pancadaria, sangue… O que esperavam de um filme do Conan? Aqui é puro entretenimento pipoca, mas tem suas qualidades e cumpre seu papel!
A Nave da Revolta
3.8 25 Assista AgoraTente esquecer o patriotismo exacerbado característico da época da Guerra Fria e deleite-se com uma das melhores interpretações da carreira de Humphrey Bogart e uma de suas indicações ao Oscar de melhor ator. Destaque também para a direção ágil e competente de Edward Dmytryk. Recomendo.
O Galante Aventureiro
3.7 14 Assista AgoraUm dos faroestes mais inusitados que já vi, uma verdadeira pérola do cinema. Gary Cooper sempre competente, mas quem rouba a cena é o incrível Walter Brennan (que por sinal repetiu a parceria em diversos outros filmes ao lado de Cooper) no papel de Judge Roy Bean, o manda-chuva beberrão de um pequeno vilarejo do Texas cujo amor obsessivo e platonico pela atriz Lily Langtry acaba transformando o destino de todos ao seu redor. Uma obra com a qualidade indiscutível de William Wyler, infelizmente pouco lembrada nos dias atuais, mas que merece ser redescoberta!
Além da Eternidade
3.5 125Fosse "Always" de outro diretor, poderia ser considerado bem mais simpático. Mas, em se tratando de Spielberg, esperamos sempre aquele "algo mais". Mas o filme tem bons momentos, principalmente através do sempre carismático Richard Dreyfuss e o boa-praça John Goodman. Sim, a trama é bem clichê e super previsível, mas isso nao impede de ter 2h de entretenimento ao velho estilo "sessão da tarde". Saudosismo é isso: deixar de lado os defeitos evidentes do filme em nome de um sentimento que nos lembra o passado. E isso, "Além da Eternidade" consegue.
Suplício de uma Alma
3.9 21 Assista AgoraNa minha opinião, um dos melhores filmes de Fritz Lang em sua fase Americana! Um enredo original, com boas atuações de um elenco acima da média e, acima de tudo, regidos com maestria por Lang. O clima de suspense vai aumentando progressivamente até culminar num desfecho de gelar a espinha! Recomendadíssimo!
Obs: Os títulos em português de muitos grandes clássicos eram, de fato, terríveis e quase um anti-climax, absurdamente non-sense...
Desejo Humano
3.8 33 Assista AgoraO filme só funciona caso voce nao saiba ou nao tenha visto a versão original de Renoir, chamada A Besta Humana, muito superior a esta refilmagem. Sim, trata-se de um film-noir competente, com um show do sempre ótimo Broderick Crawford, mas se formos comparar ator por ator, chega a dar pena da versão americana... Comparar Jean Gabin e Simone Simon com Glenn Ford e Gloria Grahame em seus respectivos papéis é quase uma heresia! Apesar de ser dirigido por outro gênio da sétima arte como Fritz Lang, a estória perdeu muito de sua original complexidade e, incrivelmente, principalmente tratando-se de uma película de Lang, muito menos crítica aos valores da sociedade moderna, algo que permeia toda a obra de Émile Zola e sua primeira adaptação para o cinema sob a visão de Renoir. Na minha concepção, uma das raras bolas foras do grande mestre Fritz!
No Silêncio de uma Cidade
3.8 22Fritz Lang e Cinema Noir era sinonimo de qualidade indiscutível. While the City Sleeps nao foge a regra! Um filme repleto de minúcias, desde o questionamento éticos do quarto poder, aos valores morais (ou melhor, amorais) de quase todos os seus personagens. Lang faz questão de mostrar a vida como ela é, com sua crítica mordaz afiadíssima, com personagens complexos e humanos. Ed Mobley é o arquétipo clássico do anti-herói, Mildred é a típica femme fatale inescrupulosa mas irresistível, os 3 editores-chefes do jornal só se importam em passar a perna um no outro para conseguir a tao sonhada promoção... A única personagem aparentemente ingenua é Nancy Liggett, que permanece à margem do jogo de poder e, provavelmente, por representar a salvação inconsciente, vira alvo de desejo de Ed e das investidas frustradas de seu chefe Mark Loving. Um filme que merece ser assistido com paciencia, para desfrutar de uma análise mais detalhada de suas inúmeras camadas, cada uma mais deliciosa que a outra.
Jobs
3.1 750 Assista AgoraO filme só funciona caso o espectador seja completamente leigo a respeito da biografia do fundador da Apple, visto a grande quantidade de fatos e eventos alterados ou ausentes. Mas uma coisa é inegável: a entrega fenomenal de Ashton Kutcher, possivelmente a melhor atuação de sua carreira. Sua caracterização foi louvável, e acaba tornando a experiencia positiva e agradável.
El Cid
4.1 74 Assista AgoraEl Cid é, inquestionavelmente, um dos maiores épicos da história do Cinema. Tudo aqui é grandioso, desde a fotografia, direção de arte, as atuações inspiradas de todo o elenco (em especial do Charlton "El Cid" Heston) e a fabulosa trilha sonora de Miklos Rozsa, certamente uma das mais contagiantes da sétima arte! A direção de Anthony Mann, responsável igualmente por Quo Vadis, também está impecável, transformando a célebre história do lendário herói espanhol em um épico de dor em nome de seus ideais. Um tema universal e atemporal, que nao envelhecerá nunca.
Amor, Sublime Amor
3.8 372 Assista AgoraEu poderia citar dezenas de musicais infinitamente superiores a este dramalhão mexicano intragável que só se salva por algumas boas coreografias das cenas com as gangues de rua, visto que o love story é ridículo de tao clichê. O mais incrível é saber que esta mediocridade cinematográfica faturou 10 Oscar em pleno ano de 1961, ano riquíssimo e repleto de obras grandiosas para a história do Cinema. Vou citar apenas algumas: "Julgamento em Nuremberg", "Os Canhões de Navarone" (ambos perderam na categoria de melhor filme para "Amor, Sublime Amor", apesar de serem inquestionavelmente melhores), "A Doce Vida" (Fellini perdeu o Oscar de melhor diretor para este filme...), "Clamor do Sexo" de Elias Kazan (com a própria Natalie Wood, mas bem melhor), "Através de um Espelho" de Ingmar Bergman que levou o Oscar de Melhor filme estrangeiro, "Uma mulher é uma mulher" de Godard (uma comédia de costumes deliciosa), "Infamia" de William Wyler, "El Cid" de Anthony Mann, "A Noite" de Antonioni (vencedor do urso de Berlim de 61), "Ano Passado em Marienbad" de Alain Resnais ( vencedor de melhor filme no festival de Veneza) e "Viridiana" de Luiz Bunuel ( vencedor de melhor filme em Cannes). Na minha opiniao, todos os filmes acima citados sao superiores a West Side Story, com especial destaque e carinho pela obra máxima de Bunuel, meu preferido do ano. Mas, se restringindo aos indicados ao Oscar, é vergonhoso que Julgamento em Nuremberg ou Canhoes de Navarone tenham perdido pra esse musical da Brodway sem graça e ultrapassado.
Matador
3.6 135"- Os homens acham que matar é um delito. As mulheres nao pensam assim. Todo criminoso tem algo de feminino."
"- E toda assassina algo de masculino."
Jornada nas Estrelas: Insurreição
3.3 50 Assista AgoraConfesso nunca ter sido um grande admirador da Nova Geração, mas este filme me surpreendeu bastante positivamente! Possui um belo enredo e uma mensagem filosófica bastante interessante. A fotografia também é um dos pontos altos da obra. Um dos melhores da Next Generations.
Julien Donkey-Boy
3.8 37É impossível alguém se dizer admirador do diretor Harmony Korine e nao adorar Julien Donkey-Boy. O filme que foi o sexto a receber o certificado do movimento Dogma-95 possui todas as características estilísticas típicas do diretor: A narrativa nao linear, a pesada crítica social, o formato "shockumentary", os personagens "incomuns" e todas as suas bizarrices... Enfim, o retrato mais grotesco da vida real que insistimos em nao enxergar. O protagonista esquizofrênico é, incrivelmente, o mais lúcido dos personagens. Um filme que choca, emociona e faz refletir, nao necessariamente nesta ordem... Uma jóia rara do cinema independente que precisa ser mais descoberto e apreciado, deste grande diretor chamado Harmony Korine!
"He loves me, he loves me not. He loves me, he loves me not. He loves me, he loves me not. I hate the postman!"