Lucy: Muito interessante. A aparência de Lucy me fez ficar pensando na Debbie Harry o tempo todo. Só agora noto que a direção é de Luc Besson. Explica parcialmente o filme ser bom.
The Old Guard: Adorei o filme. Ao ponto de me sentir meio órfão depois que acabou. Da mesma forma que os filmes Matrix me deixaram. Aliás, foi impossível não ficar pensando em Matrix o tempo todo dada a semelhança visual da Andy (Charlize Theron) com a Trinity (Carrie-Anne Moss). Só essa referência já ganha a minha admiração.
Me senti insultado. Quem postou aqui considerando que valeu a pena assistir deve ser masoquista porque a pena ainda tá doendo aqui. Não acho que valha, não. Mas tem gosto pra tudo, né? E eu respeito, mesmo que eu tenha acabado de adicionar esse título à minha lista mental de filmes a execrar pra evitar que alguém cometa o equívoco de assisti-lo. Eu não sei por que eu ainda insisto em ver produções da Netflix. Só tenho me decepcionado.
Meus sentimentos pra quem assistiu e boa sorte para quem ainda vai.
Inimigo do Estado: Vi porque passou agora no Corujão. Incrível como o Will Smith, às vezes, escolhe uns filmes em que a situação do personagem deixa a gente com uma sensação de impotência muito forte. Não tanto quanto um outro filme com ele, que tem um filho, e que esqueci o título, mas esse também deu. Interessante.
A Chegada: Eu esperava mais. Vi uns comentários recentes aqui antes de assistir, fiquei empolgado, mas me frustrei. Só não foi uma decepção porque o filme não é ruim. Achei de uma qualidade impecável, só não curti a história basicamente. Também não curti a Dra Louise cochichando o filme todo. Fiquei, inclusive, irritado com o excesso de cochichos dela.
Durante o andamento, eu já estava com a sensação de que o filme todo seria uma longa justificativa para um
. Quando vi que era isso mesmo, já no final, virei os olhos de preguiça. A conclusão do filme é apressada e ver uma ficção tão promissora como essa acabar nesse clichê é bem frustrante.
O Menino que Descobriu o Vento: Não cheguei a ficar tomado de emoção com o filme. Provavelmente porque assisti num dia em que eu não estava muito no clima. Mas é uma obra excepcional porque a base também é excepcional. É daqueles filmes e histórias que são inesquecíveis.
Os 33: Vi aqui nos comentários que ele foi exibido na globo há oito meses. Bom, reprisaram ontem na Tela Quente e, por isso, consegui ver. A história, por si só, já é muito emocionante. Achei que as técnicas cinematográficas deixaram tudo muito forçado, como a iluminação, as pausas dramáticas, os elementos surpresa da narrativa. A obra me despertou o desejo de conhecer alguma outra mais próxima do gênero documentário. Com uma história dessas, acho difícil que também não seja comovente.
Este é o Meu Garoto: Vi porque passou na tv agora. Tenho grande antipatia pelo Adam Sandler e, por causa dele, tenho antipatia pelo dublador Alexandre Moreno também. Um me faz lembrar do outro e já torço o nariz. Não sei como consegui assistir ao filme até o final porque para além da antipatia contra o protagonista, ainda pesou alguns estereótipos arcaicos e que não me causam o efeito pretendido. Pelo contrário! PS: Defendo o meu direito de ser engessado, mas não tenho nada contra quem curte o filme. Não vou mandar as pessoas que curtem irem "se fuder". Cada um com seu gosto. Eu, hein!
Democracia em Vertigem: Aguardei ansiosamente a liberação dele na Netflix. O que só ocorreu às 4h de hoje. Terminei de ler as últimas informações dos créditos às 6h. Fiz questão de reabrir a tela nos créditos pra ler o máximo de nomes possíveis e prestar uma espécie de agradecimento por uma obra tão intensa. Me sinto muito deslocado quando me emociono com uma obra que tem uma base de documentário. Acho que isso só é possível porque toda essa história ainda dói em mim quase que fisicamente.
Não consigo expressar bem o sentimento paradoxal de dor e alívio, tristeza e alegria que a obra me causou. A dor e a tristeza por me ver tão frustrado e melancólico diante dos fatos, assim como a diretora, e também o alívio e a alegria de ver toda essa sequencia de acontecimentos disposta de uma forma tão organizada, coerente e capaz de evidenciar o óbvio. Nesses tempos estranhos, o trabalho tem sido esse mesmo; evidenciar o óbvio.
Em especial, fiquei feliz pelo lançamento com a Netflix porque eu sentia que, depois de O Mecanismo, (mesmo enquanto ficção) ela nos devia algo mais sensato, mais razoável. E essa obra me deu um orgulho tremendo. E também porque acredito que esse tipo de lançamento permite uma disseminação da obra bem abrangente. O que não pude sentir com "O Processo", por exemplo. Obra importante sobre tema próximo que só puder ver há alguns meses porque foi pirateado.
Depois de passar a madrugada em claro pra poder ver o filme, agora posso tentar dormir um pouquinho. Ou não.
O Processo: Lembro que quando o documentário foi lançado, procurei por ele de todas as formas que pude. Lembro também sobre como ele foi bem recebido no exterior e tal, mas quem mora no interior do Brasil, como eu, e não tem acesso às possíveis exibições em capitais, fica de fora. Consegui ver o trabalho só agora, três anos depois do golpe e bastante tempo também depois do lançamento. O acesso que tive, obviamente, é ilegal. O encontrei em uma plataforma pública de vídeos. Enquanto alguns se empenham na promoção de vídeos como o "1964 - entre armas e livros" e conseguem grande exposição e adesão (em grande medida, porque já lançam o material publicamente), existem jóias como O Processo que ficam reservadas a uma parcela muito pequena. Acho isso tão ruim e, infelizmente, não tenho muitas esperanças de que vá melhorar...
Estou enfrentando a mesma dificuldade com o documentário "Auto de Resistência". Sabe-se lá quando é que vou conseguir ter acesso a ele. Obras importantíssimas e que deveriam ser amplamente difundidas, mas que ficam restritas aos circuitos e eventos de exibição.
Meu Melhor Amigo: Não sei bem o que escrever sobre esse filme. Gostei de alguns pontos, como a sensibilidade, os diálogos, cenografia e fotografia. Mas me senti num banho-maria, numa coisa morna, por tempo demais. E o filme se conclui deixando muitas questões que abriu sem resolução. Não apenas em relação à paixão platônica, mas senti desejo de um maior aprofundamento de outros dados da história mesmo.
Vi esse filme porque foi o primeiro recomendado da netflix na categoria LGBTQ. Há alguns anos, eu tentava assistir todos os títulos que eu encontrava relacionados a essa categoria, mas passei a ter uma preguiça indescritível depois de ver que a maioria dos filmes é muito superficial, repetitiva e que abraçam o tema quase que como uma fórmula pra exposição. Fiquei feliz porque Meu Melhor Amigo foge da erotização banal que permeia muitos títulos dessa categoria. Ele me lembrou um pouco o filme brasileiro Beira-Mar, mas com a diferença de que no Beira-Mar, senti vontade de abandonar antes de concluir.
1964: O Brasil Entre Armas e Livros: Fiquei curioso e fui conferir. Conhecer a própria história é importante. Acho que esse vídeo incentiva que as pessoas, especialmente os jovens, se interessem mais pelo assunto e busquem informações. Os fatos e as teorias estão acessíveis para quem quiser encontrá-las. Cada um acredita no que bem entender. Só acho lastimável notar uma certa desonestidade, uma omissão seletiva, uma ideia obsessiva na narrativa.
Há alguns dias, vi o comentário do Pablo Villaça no youtube a respeito do vídeo. Ele elucidou muitos pensamentos que tive enquanto assisti, especialmente os que abordam a estética e eu jamais comentaria tão bem. (Recomendo o comentário: https://www.youtube.com/watch?v=T8GRqNZDogc)
Por fim, quando lembro do doc "Cabra Marcado Para Morrer" (do Eduardo Coutinho de 1984) me sinto, de certo modo, aliviado porque eu entendo perfeitamente qual é o meu lugar.
O Pacote: No ano passado, eu fiz uma viagem e fiquei mais de um mês sem internet. Antes da viagem, baixei vários títulos no desespero para que eu assistisse offline e me sentisse minimamente conectado. Me senti obrigado a assistir a esse título porque já não tinha mais nada baixado. Tem coisa que a gente só assiste no desespero mesmo. Se eu tivesse conectado, acho que eu jamais assistiria. Teria abandonado depois de alguns minutos. Pelo menos, serviu pra eu recomendar para alguns amigos que sei que iriam gostar.
Black Mirror: Bandersnatch: Tenho muitos amigos que falam de Black Mirror com muita paixão, aí me dá um pouco de ranço. Falaram tanto sobre o poder de decisão nesse daqui que eu fui logo conferir. Achei fantástica a solução que deram para dar o tempo de decisão e sequenciar a resposta, mas quando vi que o filme estava me devolvendo à algumas posições, entendi que havia algum ou alguns fluxos necessários para prosseguir. Me senti um trouxa, mas valeu a experiência.
Behind the Curve / A Terra é Plana: Até hoje, eu não tinha me dedicado a buscar referências que as pessoas relacionam com essa crença. Saí do documentário bastante decepcionado porque continuei sem boas referências. A questão é tratada pelos próprios entrevistados como um certo de crença, de religião. E se assim o é, não tenho o que criticar. Cada um acredita no que bem entender.
Desejei demais ver as refutações e os apontamentos científicos mais comuns retratados no documentário também, mas entendi que queriam dar voz apenas aos 'adeptos'. Acho isso ruim do ponto de vista didático porque perde-se a chance de promover um pensamento crítico diante dos fatos. Provavelmente, os que participaram do documentário não gostariam de ver esse tipo de acareação. Por outro lado, também acho provável que grande parte da comunidade científica não tem o menor interesse em ficar discutindo o assunto.
Leaving Neverland: Eu não tenho condição alguma para desmentir ou descreditar os que afirmam o sofrimento do abuso, mas o documentário é uma decepção mesmo se não entrarmos nessa discussão mais grave. É uma questão técnica. Ele tem um andamento arrastado, imagens de cobertura repetitivas e em momentos que você gostaria de ver a expressão de quem está falando. Em certos momentos, cheguei a ficar aflito porque eu queria ver o produtor/realizador fazendo perguntas essenciais (ou conduzindo o assunto no recorte), promovendo alguma acareação entre os depoimentos, mas tudo foi ficando no ar. Foi difícil assistir, reitero, mais pelas questões técnicas do que pela denúncia em si.
"Próxima Parada: Apocalipse". Gostei do filme porque algumas produções da Netflix tentam explorar o que foi positivo em outras obras já aclamadas e ela às vezes acerta. Eu gosto desses temas apocalípticos, a tensão da fuga e os esforços para salvar pessoas, entretanto, apesar de ter gostado, eu não reveria este filme. Achei que o roteiro abre questões que não consegue resolver, especialmente na conclusão, que me deixou com a sensação de coisa mal concluída. Valeu pelo tema, pela fuga genérica e pela atuação marcante do ator Forest Whitaker.
Sommersturm é meu filme preferido desde que eu o assisti pela primeira vez, há mais de uma década. É claro que, com o tempo, e também pelo fato de conhecê-lo, rever nunca dará a mesma emoção. Li um comentário mais antigo aqui, do Leonardo, dizendo que aos 15 achou o filme uma maravilha e que, depois, não achou mais. De fato, é evidente que o filme atrairá mais quem estiver com uma certa idade. Vi aqui que ele tá com restrição 18 anos (estranhíssimo), mas é um filme muito adolescente.
Ele continua sendo um dos meus favoritos porque, embora após revê-lo depois de uma década ele não me cause mais a emoção que tive na primeira vez que assisti, ele continua lindo. A temática do verão foi levada para as imagens de forma prazerosa. O enredo é simples e bem resolvido. Os personagens são fortes e bem construídos. As interpretações estão no ponto. A trilha é memorável e as imagens da natureza são um deleite.
Spotlight: Adorei. Achei perfeito. Gostei das interpretações e do desenvolvimento dos fatos. Fiquei numa sensação de banho-maria, mas valeu a pena. Acho uma lástima que diante dos fatos, poucas pessoas (especialmente religiosas), desliguem-se de instituições que há séculos demonstram-se repugnantes.
THG Mockingjay P1: Finalmente a obra engrenou. Este filme está muito mais interessante que os antecessores. Ainda possui muitas incoerências, como o fato do
"ditador" aniquilar o Distrito 12 e todas as pessoas que lá moravam (exceto as cerca de 900, como mencionado no filme). Ora, se o interesse do 'ditador' é manter a mão de obra num regime análogo ao da escravidão, ao matar as pessoas ele verá apenas a diminuição da própria mão de obra. (...)
Com esta obra percebi que o enredo talvez funcionaria melhor no formato seriado. Os dois primeiros filmes ficaram com lacunas absurdas, numa tentativa de encurtar demais os acontecimentos, mas valem a pena pra chegar neste filme aqui.
THG Catching Fire: Assim como o primeiro, continuo sem ser atravessado pelo filme. Deixo o senso crítico em suspenso pra passar o tempo. Neste segundo, o roteiro está ainda mais problemático. Repleto de movimentos que se justificam por razões pouco elaboradas. Não li as obras referência, mas penso que o clima de atropelamento dos detalhes seja decorrente do processo de 'filmar um livro'. Pra piorar, desde o início, não consigo me conectar com a personagem principal. Não sei se o problema é a interpretação, receio que não. Já no primeiro filme achei interessante a referência ao filme "O Show de Truman", mas esperava algo além neste segundo. Me desagrada a repetição da fórmula. Eu havia assistido ao The Maze Runner há alguns dias e agora percebo algumas semelhanças também [do Maze Runner com Jogos Vorazes]. É o Reality Show dominando os cinemas. (!) De qualquer modo, curti e quero continuar.
Citizenfour: Peguei o filme pela recomendação de melhores documentários e não sabia (mesmo!) que ele falaria do Snowden. Achei genial porque a obra demora um pouco pra revelar de quem são as mensagens. Fiquei imaginando a reação das pessoas que não gostariam nada nada de ver aquilo registrado/exibido. Tão brilhante quanto o fato de ter revelado o esquema de monitoria, está o fato dele ter proposto a realização deste documentário. Acho que foi/é de fundamental importância para que não ocorram tantas distorções que possam confundir as pessoas. Eu mesmo, só entendi melhor o assunto após assistir a este documentário.
Inside Job: O assisti por estar recomendado em listas de melhores documentários. Merecido. A obra conseguiu concatenar muito bem diversas informações que explicam de modo prático alguns pontos da crise de "2008". Não era, não é e nunca será novidade dizer que novas crises virão, afinal de contas, não temos um sistema perfeito. Este documentário é daqueles que acabam me chateando um pouco no final, pois me deixam numa sensação de impotência terrível.
Lucy
3.3 3,3K Assista AgoraLucy: Muito interessante. A aparência de Lucy me fez ficar pensando na Debbie Harry o tempo todo. Só agora noto que a direção é de Luc Besson. Explica parcialmente o filme ser bom.
The Old Guard
3.5 662 Assista AgoraThe Old Guard: Adorei o filme. Ao ponto de me sentir meio órfão depois que acabou. Da mesma forma que os filmes Matrix me deixaram. Aliás, foi impossível não ficar pensando em Matrix o tempo todo dada a semelhança visual da Andy (Charlize Theron) com a Trinity (Carrie-Anne Moss). Só essa referência já ganha a minha admiração.
Eli
2.5 589 Assista AgoraEli: Pelo amor da deusa
(ou da demônia)
Me senti insultado. Quem postou aqui considerando que valeu a pena assistir deve ser masoquista porque a pena ainda tá doendo aqui. Não acho que valha, não. Mas tem gosto pra tudo, né? E eu respeito, mesmo que eu tenha acabado de adicionar esse título à minha lista mental de filmes a execrar pra evitar que alguém cometa o equívoco de assisti-lo. Eu não sei por que eu ainda insisto em ver produções da Netflix. Só tenho me decepcionado.
Meus sentimentos pra quem assistiu e boa sorte para quem ainda vai.
O sangue de Gzuz tem poder, tem poder, tem poder.
Inimigo do Estado
3.6 274 Assista AgoraInimigo do Estado: Vi porque passou agora no Corujão. Incrível como o Will Smith, às vezes, escolhe uns filmes em que a situação do personagem deixa a gente com uma sensação de impotência muito forte. Não tanto quanto um outro filme com ele, que tem um filho, e que esqueci o título, mas esse também deu. Interessante.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraA Chegada: Eu esperava mais. Vi uns comentários recentes aqui antes de assistir, fiquei empolgado, mas me frustrei. Só não foi uma decepção porque o filme não é ruim. Achei de uma qualidade impecável, só não curti a história basicamente. Também não curti a Dra Louise cochichando o filme todo. Fiquei, inclusive, irritado com o excesso de cochichos dela.
Durante o andamento, eu já estava com a sensação de que o filme todo seria uma longa justificativa para um
romance
O Menino que Descobriu o Vento
4.3 741O Menino que Descobriu o Vento: Não cheguei a ficar tomado de emoção com o filme. Provavelmente porque assisti num dia em que eu não estava muito no clima. Mas é uma obra excepcional porque a base também é excepcional. É daqueles filmes e histórias que são inesquecíveis.
Os 33
3.5 224Os 33: Vi aqui nos comentários que ele foi exibido na globo há oito meses. Bom, reprisaram ontem na Tela Quente e, por isso, consegui ver. A história, por si só, já é muito emocionante. Achei que as técnicas cinematográficas deixaram tudo muito forçado, como a iluminação, as pausas dramáticas, os elementos surpresa da narrativa. A obra me despertou o desejo de conhecer alguma outra mais próxima do gênero documentário. Com uma história dessas, acho difícil que também não seja comovente.
Este é o Meu Garoto
2.7 724 Assista AgoraEste é o Meu Garoto: Vi porque passou na tv agora. Tenho grande antipatia pelo Adam Sandler e, por causa dele, tenho antipatia pelo dublador Alexandre Moreno também. Um me faz lembrar do outro e já torço o nariz. Não sei como consegui assistir ao filme até o final porque para além da antipatia contra o protagonista, ainda pesou alguns estereótipos arcaicos e que não me causam o efeito pretendido. Pelo contrário!
PS: Defendo o meu direito de ser engessado, mas não tenho nada contra quem curte o filme. Não vou mandar as pessoas que curtem irem "se fuder". Cada um com seu gosto. Eu, hein!
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KDemocracia em Vertigem: Aguardei ansiosamente a liberação dele na Netflix. O que só ocorreu às 4h de hoje. Terminei de ler as últimas informações dos créditos às 6h. Fiz questão de reabrir a tela nos créditos pra ler o máximo de nomes possíveis e prestar uma espécie de agradecimento por uma obra tão intensa. Me sinto muito deslocado quando me emociono com uma obra que tem uma base de documentário. Acho que isso só é possível porque toda essa história ainda dói em mim quase que fisicamente.
Não consigo expressar bem o sentimento paradoxal de dor e alívio, tristeza e alegria que a obra me causou. A dor e a tristeza por me ver tão frustrado e melancólico diante dos fatos, assim como a diretora, e também o alívio e a alegria de ver toda essa sequencia de acontecimentos disposta de uma forma tão organizada, coerente e capaz de evidenciar o óbvio. Nesses tempos estranhos, o trabalho tem sido esse mesmo; evidenciar o óbvio.
Em especial, fiquei feliz pelo lançamento com a Netflix porque eu sentia que, depois de O Mecanismo, (mesmo enquanto ficção) ela nos devia algo mais sensato, mais razoável. E essa obra me deu um orgulho tremendo. E também porque acredito que esse tipo de lançamento permite uma disseminação da obra bem abrangente. O que não pude sentir com "O Processo", por exemplo. Obra importante sobre tema próximo que só puder ver há alguns meses porque foi pirateado.
Depois de passar a madrugada em claro pra poder ver o filme, agora posso tentar dormir um pouquinho. Ou não.
O Processo
4.0 240O Processo: Lembro que quando o documentário foi lançado, procurei por ele de todas as formas que pude. Lembro também sobre como ele foi bem recebido no exterior e tal, mas quem mora no interior do Brasil, como eu, e não tem acesso às possíveis exibições em capitais, fica de fora. Consegui ver o trabalho só agora, três anos depois do golpe e bastante tempo também depois do lançamento. O acesso que tive, obviamente, é ilegal. O encontrei em uma plataforma pública de vídeos. Enquanto alguns se empenham na promoção de vídeos como o "1964 - entre armas e livros" e conseguem grande exposição e adesão (em grande medida, porque já lançam o material publicamente), existem jóias como O Processo que ficam reservadas a uma parcela muito pequena. Acho isso tão ruim e, infelizmente, não tenho muitas esperanças de que vá melhorar...
Estou enfrentando a mesma dificuldade com o documentário "Auto de Resistência". Sabe-se lá quando é que vou conseguir ter acesso a ele. Obras importantíssimas e que deveriam ser amplamente difundidas, mas que ficam restritas aos circuitos e eventos de exibição.
Meu Melhor Amigo
3.2 168Meu Melhor Amigo: Não sei bem o que escrever sobre esse filme. Gostei de alguns pontos, como a sensibilidade, os diálogos, cenografia e fotografia. Mas me senti num banho-maria, numa coisa morna, por tempo demais. E o filme se conclui deixando muitas questões que abriu sem resolução. Não apenas em relação à paixão platônica, mas senti desejo de um maior aprofundamento de outros dados da história mesmo.
Vi esse filme porque foi o primeiro recomendado da netflix na categoria LGBTQ. Há alguns anos, eu tentava assistir todos os títulos que eu encontrava relacionados a essa categoria, mas passei a ter uma preguiça indescritível depois de ver que a maioria dos filmes é muito superficial, repetitiva e que abraçam o tema quase que como uma fórmula pra exposição. Fiquei feliz porque Meu Melhor Amigo foge da erotização banal que permeia muitos títulos dessa categoria. Ele me lembrou um pouco o filme brasileiro Beira-Mar, mas com a diferença de que no Beira-Mar, senti vontade de abandonar antes de concluir.
1964: O Brasil Entre Armas e Livros
3.1 3301964: O Brasil Entre Armas e Livros: Fiquei curioso e fui conferir. Conhecer a própria história é importante. Acho que esse vídeo incentiva que as pessoas, especialmente os jovens, se interessem mais pelo assunto e busquem informações. Os fatos e as teorias estão acessíveis para quem quiser encontrá-las. Cada um acredita no que bem entender. Só acho lastimável notar uma certa desonestidade, uma omissão seletiva, uma ideia obsessiva na narrativa.
Há alguns dias, vi o comentário do Pablo Villaça no youtube a respeito do vídeo. Ele elucidou muitos pensamentos que tive enquanto assisti, especialmente os que abordam a estética e eu jamais comentaria tão bem. (Recomendo o comentário: https://www.youtube.com/watch?v=T8GRqNZDogc)
Por fim, quando lembro do doc "Cabra Marcado Para Morrer" (do Eduardo Coutinho de 1984) me sinto, de certo modo, aliviado porque eu entendo perfeitamente qual é o meu lugar.
O Pacote
2.6 248 Assista AgoraO Pacote: No ano passado, eu fiz uma viagem e fiquei mais de um mês sem internet. Antes da viagem, baixei vários títulos no desespero para que eu assistisse offline e me sentisse minimamente conectado. Me senti obrigado a assistir a esse título porque já não tinha mais nada baixado. Tem coisa que a gente só assiste no desespero mesmo. Se eu tivesse conectado, acho que eu jamais assistiria. Teria abandonado depois de alguns minutos. Pelo menos, serviu pra eu recomendar para alguns amigos que sei que iriam gostar.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraBird Box: Eu teria que rever pra arriscar algum comentário. Por hora, me limito a dizer que é um filme interessante.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KBlack Mirror: Bandersnatch: Tenho muitos amigos que falam de Black Mirror com muita paixão, aí me dá um pouco de ranço. Falaram tanto sobre o poder de decisão nesse daqui que eu fui logo conferir. Achei fantástica a solução que deram para dar o tempo de decisão e sequenciar a resposta, mas quando vi que o filme estava me devolvendo à algumas posições, entendi que havia algum ou alguns fluxos necessários para prosseguir. Me senti um trouxa, mas valeu a experiência.
A Terra é Plana
3.5 196Behind the Curve / A Terra é Plana: Até hoje, eu não tinha me dedicado a buscar referências que as pessoas relacionam com essa crença. Saí do documentário bastante decepcionado porque continuei sem boas referências. A questão é tratada pelos próprios entrevistados como um certo de crença, de religião. E se assim o é, não tenho o que criticar. Cada um acredita no que bem entender.
Desejei demais ver as refutações e os apontamentos científicos mais comuns retratados no documentário também, mas entendi que queriam dar voz apenas aos 'adeptos'. Acho isso ruim do ponto de vista didático porque perde-se a chance de promover um pensamento crítico diante dos fatos. Provavelmente, os que participaram do documentário não gostariam de ver esse tipo de acareação. Por outro lado, também acho provável que grande parte da comunidade científica não tem o menor interesse em ficar discutindo o assunto.
Deixando Neverland
3.4 245Leaving Neverland: Eu não tenho condição alguma para desmentir ou descreditar os que afirmam o sofrimento do abuso, mas o documentário é uma decepção mesmo se não entrarmos nessa discussão mais grave. É uma questão técnica. Ele tem um andamento arrastado, imagens de cobertura repetitivas e em momentos que você gostaria de ver a expressão de quem está falando. Em certos momentos, cheguei a ficar aflito porque eu queria ver o produtor/realizador fazendo perguntas essenciais (ou conduzindo o assunto no recorte), promovendo alguma acareação entre os depoimentos, mas tudo foi ficando no ar. Foi difícil assistir, reitero, mais pelas questões técnicas do que pela denúncia em si.
Próxima Parada: Apocalipse
1.8 495"Próxima Parada: Apocalipse". Gostei do filme porque algumas produções da Netflix tentam explorar o que foi positivo em outras obras já aclamadas e ela às vezes acerta. Eu gosto desses temas apocalípticos, a tensão da fuga e os esforços para salvar pessoas, entretanto, apesar de ter gostado, eu não reveria este filme. Achei que o roteiro abre questões que não consegue resolver, especialmente na conclusão, que me deixou com a sensação de coisa mal concluída. Valeu pelo tema, pela fuga genérica e pela atuação marcante do ator Forest Whitaker.
Tempestade de Verão
3.5 202Sommersturm é meu filme preferido desde que eu o assisti pela primeira vez, há mais de uma década. É claro que, com o tempo, e também pelo fato de conhecê-lo, rever nunca dará a mesma emoção. Li um comentário mais antigo aqui, do Leonardo, dizendo que aos 15 achou o filme uma maravilha e que, depois, não achou mais. De fato, é evidente que o filme atrairá mais quem estiver com uma certa idade. Vi aqui que ele tá com restrição 18 anos (estranhíssimo), mas é um filme muito adolescente.
Ele continua sendo um dos meus favoritos porque, embora após revê-lo depois de uma década ele não me cause mais a emoção que tive na primeira vez que assisti, ele continua lindo. A temática do verão foi levada para as imagens de forma prazerosa. O enredo é simples e bem resolvido. Os personagens são fortes e bem construídos. As interpretações estão no ponto. A trilha é memorável e as imagens da natureza são um deleite.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSpotlight: Adorei. Achei perfeito. Gostei das interpretações e do desenvolvimento dos fatos. Fiquei numa sensação de banho-maria, mas valeu a pena. Acho uma lástima que diante dos fatos, poucas pessoas (especialmente religiosas), desliguem-se de instituições que há séculos demonstram-se repugnantes.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraTHG Mockingjay P1: Finalmente a obra engrenou. Este filme está muito mais interessante que os antecessores. Ainda possui muitas incoerências, como o fato do
"ditador" aniquilar o Distrito 12 e todas as pessoas que lá moravam (exceto as cerca de 900, como mencionado no filme). Ora, se o interesse do 'ditador' é manter a mão de obra num regime análogo ao da escravidão, ao matar as pessoas ele verá apenas a diminuição da própria mão de obra. (...)
Com esta obra percebi que o enredo talvez funcionaria melhor no formato seriado. Os dois primeiros filmes ficaram com lacunas absurdas, numa tentativa de encurtar demais os acontecimentos, mas valem a pena pra chegar neste filme aqui.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraTHG Catching Fire: Assim como o primeiro, continuo sem ser atravessado pelo filme. Deixo o senso crítico em suspenso pra passar o tempo. Neste segundo, o roteiro está ainda mais problemático. Repleto de movimentos que se justificam por razões pouco elaboradas. Não li as obras referência, mas penso que o clima de atropelamento dos detalhes seja decorrente do processo de 'filmar um livro'. Pra piorar, desde o início, não consigo me conectar com a personagem principal. Não sei se o problema é a interpretação, receio que não.
Já no primeiro filme achei interessante a referência ao filme "O Show de Truman", mas esperava algo além neste segundo. Me desagrada a repetição da fórmula. Eu havia assistido ao The Maze Runner há alguns dias e agora percebo algumas semelhanças também [do Maze Runner com Jogos Vorazes]. É o Reality Show dominando os cinemas. (!) De qualquer modo, curti e quero continuar.
Cidadãoquatro
4.2 146Citizenfour: Peguei o filme pela recomendação de melhores documentários e não sabia (mesmo!) que ele falaria do Snowden. Achei genial porque a obra demora um pouco pra revelar de quem são as mensagens. Fiquei imaginando a reação das pessoas que não gostariam nada nada de ver aquilo registrado/exibido. Tão brilhante quanto o fato de ter revelado o esquema de monitoria, está o fato dele ter proposto a realização deste documentário. Acho que foi/é de fundamental importância para que não ocorram tantas distorções que possam confundir as pessoas. Eu mesmo, só entendi melhor o assunto após assistir a este documentário.
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraInside Job: O assisti por estar recomendado em listas de melhores documentários. Merecido. A obra conseguiu concatenar muito bem diversas informações que explicam de modo prático alguns pontos da crise de "2008". Não era, não é e nunca será novidade dizer que novas crises virão, afinal de contas, não temos um sistema perfeito. Este documentário é daqueles que acabam me chateando um pouco no final, pois me deixam numa sensação de impotência terrível.