Um documentário que foca no drama humano, câmera na mão, improviso e luta, muita luta. Fazer tanto material a ponto de fazer um bom documentário mostra a genialidade M.Chernov que conseguiu entregar muito. Imagens fortes do desespero da população civil ucraniana frente a mesquinhez dos governantes russos.
Pessoalmente, não é meu favorito, mas diante das conjecturas políticas parece que esse será o vencedor do Oscar 2024.
Que coisa, um jornalista renomado, que lutou contra um regime de opressão que lutou para que a sociedade jamais se esquecesse do ocorrido, instaurando alicerses para que os chilenos nunca se esquecessem dos valores a serem defendidos como liberdade e democracia....e no fim, terminar sua vida com a doença de alzeimer, cujos sintomas é o esquecimento gradativo, eu me senti impactado tamanho sofrimento refletido nos olhos da esposa e em seus momentos de angústia. A parte dos livros, me quebrou.
Um filme que começa com a proposta de terror mas acaba flertando com ação e até mesmo comédia.
Russell Crowe me chamou a atenção com o seu personagem, muito bem construído e falando italiano com fluência.
Observei também a interpretação do Papa feita por Franco Nero, ele não se caracterizou para ter uma semelhança com o então Papa da época que era João Paulo II, caso estivesse sem a barba ficaria muito parecido.
Evidente que a sombra de filmes como O Exorcista (1973) acaba colocando o espectador em um ponto onde ele poderia esperar muito deste filme aqui, que por sinal, fracassa miseravelmente, principalmente por exagerar nas cenas de ação com muitos efeitos visuais e uma narrativa apressada que pode deixar alguns um tanto desapontados.
Enfim, como terror não funciona, mas como ação sim.
Falar sobre Idade Perigosa é falar sobre um dos primeiros filmes a abordar a delinquência juvenil da história do cinema.
O filme aborda um caso de um grupo de jovens que decidem ir roubar uma transportadora e são surpreendidos pelo supervisor da escola deles. Um deles, dispara e mata o coitado.
Descobertos, os jovens vão a julgamento, e temos aqui um filme de tribunal - boa parte do filme se passa aqui - o rapaz e seu grupo todos de apenas 17 anos, são interrogados em júri popular e finalmente chegamos ao assassino confesso que acaba pegando prisão perpétua.
É um filme que foi feito para educar a população americana quanto a o que fazer com os jovens. No caso do rapaz condenado, as palavras de seu advogado de defesa são contundentes onde ele aponta o fato de ele ter tido uma família desestruturada tenha contribuído para que ele tenha se tornado um delinquente.
Primeiro filme de uma certa Merilyn Monroe que surge como a garçonete do bar. Teve apenas duas falas, mas mostrou uma atuação marcante com apenas 21 anos.
É preciso tomar cuidado com este filme, se você der uma piscada ou não prestar bem atenção aos diálogos você vai ser perder!! Pessoalmente tive que ir e voltar o filme várias vezes, de certa forma, sim, o filme se torna cansativo mas não posso tirar o mérito do roteiro bem feito e muito bem amarrado, por isso é necessário ver este filme até mais de uma vez para poder entender as nuances e a investigação do detetive da companhia de seguros que ao meu ver é o personagem principal da trama. Destaco Ava Gardner, a personagem dela é interessante como se viesse das sombras. Burt Lancaster, sensacional como um homem atormentado por conflitos pessoais. Mas pra mim o personagem do ator Edmund O´Brien, o investigador Jim é que realmente nos conduz nesta trama intrincada.
Este filme foi lançado em 1980; mas foi filmado anos antes, portanto tem um clima bem anos 70 e é justamente isso que me cativa neste filme, nele, você pode ver a moda, clima, modo de filmar, fotografia, fliperama, música disco tudo setentista.
Um filme pra guardar com carinho na filmoteca e na memória. A cena inicial das garotas entregando os convites é memorável e se você prestar atenção vai encontrar elementos de improviso. Não deve ter sido fácil andar com aqueles patins pesadões.
E veja também um certo Michael Fox fazendo seu primeiro papel no cinema.
O cemitério onde ocorreu o desfecho - Sad Hill, foi reconstruído. Ele fica na Espanha, quem sabe podemos um dia correr entre as lápides, procurando o tumulo de Arch Stanton?
Stalker é um filme onde você precisa romper a barreira do sono, feito isso, você pode se deparar com uma narrativa de ficção-científica poetizada eu diria, que mostra a aventura de 3 pessoas que decidem se desbravar o desconhecido.
Algo caiu do céu em um país e época não mencionadas, uma divisão do exército é enviada para investigar e todos desapareceram sem deixar rastro. Essas 3 pessoas - um cientista, um escritor e uma pessoa comum - decidem se aventurar colocando suas vidas em risco cedendo a curiosidade para ver do que se trata.
Ao chegarem nessa região o que se encontra fora os vestígios da expedição militar é uma viagem ao interior de cada um, não existem pistas ou chaves de interpretação para o que seja aquilo, a estória viaja pelo surreal, os envolvidos tentam interpretar a seu modo o que seria tudo aquilo.
Assistindo, vi o quanto Tarkoviski gosta de água, sempre tenho ele como um poeta visual, e nesse termo o filme surpreende desde o inicio, alternando entre colorido e p&b, luzes quentes e frias, reflexos em água tudo para a meu ver mostrar o contraste entre o real e o surreal, o conhecido e o desconhecido.
Algumas referências religiosas, medo da morte e do desconhecido, receio entre ambos os envolvidos nessa expedição para conquistar o inconquistável, entender o incompreensível e sentir o que é impossível dentro de nossos parcos sentidos.
O meu sentimento foi o de frustração, assim como os personagens envolvidos, cada um teve a sua impressão dos acontecimentos. Stalker é uma experiência sensorial onde a meu ver, nada é mostrado, um filme onde eu me arrisco a dizer que as pessoas fazem força pra gostar, mas não mostra conteúdo, vale pela aventura visual do que algo que de fato acrescente ao espectador.
Para entender esse filme, primeiro precisamos passar por um processo de evolução interna, eu tento ver esse filme desde a infância, sem sucesso, eu sempre dormia. Mas descobri que a medida que ia ficando mais velho, a experiência mudava.
Só na adolescência que consegui ver esse filme pela primeira vez na íntegra, pegando o filme de uma videolocadora. Como vi o filme a noite e sozinho a impressão foi medonha, como ver um filme de terror, e fiquei impressionado como o filme é totalmente diferente daquilo que a mídia divulgava. Mas mesmo assim, um filme fascinante, e de uma trilha sonora marcante.
Assim como o filme fala da evolução da espécie eu vi que eu também ia evoluindo, mas nesse caso a medida que eu ia vendo o filme sempre vejo um filme diferente, um detalhe aqui, outro alí, e o mais curioso, não dormi mais e até apresentava o filme para os meus amigos, explicando pra eles o que de fato acontecia, dentro daquilo que eu achava, pois o filme é totalmente sensorial, não possui nada que nos dê um norte sobre o desenrolar dos acontecimentos, afinal, o que é o monólito negro?
E assim seguindo também a linha da minha evolução em relação a esse filme, corri atrás de literaturas, documentários e vendo esse filme várias vezes por ano, e hoje é um dos filmes que mais tenho apreço.
Primavera, verão, outono, inverno...primavera é um filme de imersão, sensorial e que mostra o cotidiano de um mestre budista e seu discípulo passando pelas 4 estações do ano.
O filme foca muito no discípulo, pois é através dele que podemos sentir as mazelas e os anseios do ser humano retratados em suas ações - boas ou más - sempre sob a visão de seu mestre como se ele fosse onipresente em todo aquele cenário, desde criança ele comete erros que são logo detectados pelo seu mestre que projeta para ele uma tarefa que serve como punição para seu ato equivocado.
De criança ele cresce e chega a adolescencia onde ele se apaixona pela filha de uma visitante que chega ao templo para um retiro espiritual apesar do filme não deixar claro eu acredito que o mestre dele sabia o tempo todo o que ocorria e já sabia do desfecho de sua paixão, logo, ele teve que não só pagar pelo seu erro na parte espiritual como também na justiça dos homens. O mestre ficou muito desapontado com seu discípulo, que cometeu um ato que me deixou muito chocado, dando fim a sua vida.
O discipulo retorna ao templo depois de seu tempo na prisão, só ele sabe das coisas que ele passou do quanto sofreu e do quanto amadureceu com suas experiências no mundo. Ele percebeu que deveria assumir o lugar de seu mestre e conduzir as atividades no templo onde ele seguiria sua jornada sozinho.
O filme termina em um loop bem amarrado e que nos deixa uma ideia de que o mestre apesar de todo o ar sábio e onipresente também é um ser humano passível de erros e que deve ter passado por tudo que seu discipulo passou quando jovem, com crimes, amarguras, crueldades,sendo assim, mais uma pessoa buscando o sentido da vida, buscando purificar-se do mal do mundo encontrando no isolamento uma ferramenta para atingir seu objetivo.
Um filme para ser visto mais de uma vez pois é cheio de simbolismos, fotografia muito boa, e acompanhar as mudanças na paisagem a medida que as estações avançam é muito interessante, vale lembrar que o filme não tem muitos diálogos e você precisa se concentrar para captar ao máximo o que o filme oferece.
Eu vi esse filme sabendo muito bem por onde eu estava entrando. Eu fiquei impressionado e convencido logo nos primeiros minutos porque este filme é um clássico.
Eu posso estar enganado, mas é o primeiro filme onde existe uma preocupação com a fotografia, existem cenas noturnas, durante o dia, com vendaval, tempestades, na cidade, no campo e a qualidade das imagens é sempre perfeita. Destaco as cenas na cidade onde o diretor recorre a técnicas de sobreposição que não me lembro de ter visto em outros filmes da época.
Os personagens não possuem aquela maquiagem carregada e acredito que isso se deve não só a todo um trabalho bem mais sofisticado em termos estéticos como também de iluminação, mas não tiro o mérito do elenco que conseguem passar pra gente toda uma atmosfera que vai da angústia a alegria.
Murnau também nos apresenta uma camera viva que flutua no ambiente indo até o onde os personagens estão, e também uma camera qua anda atrás dos protagonistas e eu me perguntei, mas como isso poderia ser possível? Já parou pra imaginar isso sendo feito com a tecnologia da época? As cameras deveriam ser muito grandes e pesadas para fazer esse tipo de dinamismo. E se Murnau conseguia, só existe uma palavra: Gênio!
Aurora, retrata a sociedade dos anos 1920 a atmosfera pujante das cidades em contraste com a calmaria da vida no campo, e não deixei de perceber que o filme mesmo não querendo fotografar isso acredito, mas mostra o contraste das pessoas principalmente das duas mulheres - a da cidade, sofisticada e ousada e a do campo, meiga e provinciana - talvez um dos primeiros filmes a retratar a mulher buscando seu protagonismo na sociedade, ainda que haveria um longo caminho pela frente.
Filme feito em um momento da carreira de Hitchcock onde ele acreditava que seu modo de fazer filmes estava desgastado não gerando muito atrativo do público. Mesmo assim, decidiu tirar a prova filmando Frenesi (Frenzy, 1972).
Hitchcock fez um filme enxuto, nada ali é para preencher lacunas, os personagens tem seus papéis e ações bem definidas na trama e o filme consegue ser leve para o espectador sem nos encher com muitas informações como por exemplo, o motivo da revolta interna do personagem principal da trama.
Alternando suspense, mistério e até mesmo humor, vi que que Hitchcock se saiu muito bem, fez um filme aceitável, mas parece que carece um pouco mais de consistência dramática ou até mesmo uma trilha sonora que causasse um pouco mais de impacto.
Fiquei satisfeito com o filme, e me pergunto porque ele não fez mais filmes durante a década de 70.
O filme começa com uma introdução a todo um cenário político e como a imprensa mais particularmente a FOX News trabalha com tudo isso, achei a edição dinâmica, rápida e com cortes secos, mas cansa o espectador pelo roteiro corrido demais.
Isso na minha experiência prejudicou o desenvolvimento dos personagens, acho que a atuação da Nicole Kidman obscureceu um pouco a atuação indicada ao Oscar de melhor atriz da Charlize Theron e seria só comigo? Mas eu as achei muito parecidas fisicamente e isso me confundia quando era uma e quando era a outra.
No mais, assim como VICE (2018) o filme é americano, contando uma história americana com personagens conhecidos pelo público de lá, acho que o impacto foi maior no público nativo do que em qualquer lugar do mundo, mas o filme se salva por outras questões.
Temos a emancipação da mulher, o problema com o assédio sexual, o trabalho visto de certo modo como uma prisão a ponto do chefe fazer o que quiser com seus subordinados até mesmo a pedir favores absurdos e anti-profissionais, sem ver o drama humano que é abafado diante de um ambiente competitivo como aquele.
No fim é um manifesto, dirigido mais as mulheres: denunciem seus abusadores, se unam contra os canalhas que as exploram e que seja feita a justiça! As mulheres também podem e vieram pra ficar.
Talvez super estimado. Em termos de roteiro é muito bom, mas o desenrolar da estória chega a ter cenas não muito coerentes. Mas o filme é com certeza muito bem produzido e dirigido!! Dinâmica de câmera perfeita e boa fotografia.
O clima do filme não deixa o espectador confortável. Uma tempestade com fortes ventos que nunca acaba..testemunhamos o desenrolar dos acontecimentos observando um homem idoso com sua filha e um cavalo doente vindo do incidente com o filósofo Friedrich Nietzsche.
O ritmo, a fotografia, a tempestade e os acontecimentos entre os protagonistas e o cavalo torna tudo muito angustiante. Você testemunha tudo o que acontece por 1 semana e se sente de certo modo impotente.
Achei o filme com boa proposta, o único ponto que achei ruim foi a duração excessivamente longa.
O filme trai o seu próprio título, é Viral ou Parasital? Uma vez que você tenta controlar uma doença onde o seu contágio é feito por contato direto, é fácil de ser controlada e não justifica ao meu ver um cenário de "fim de mundo". O filme até diverte, mas é contra indicado para a platéia que quer ver um filme mais lógico digamos, principalmente quanto as furadas dos procedimentos relacionados com a quarentena imposta pelo governo e que os protagonistas conseguem burlar.
Os doentes tem cara realmente de doentes, não conseguem se misturar a população saudável de modo que é fácil separar quem está infectados dos que não estão e outra, só conseguem passar a doença em contato direto com as pessoas saudáveis e até chegarem nesse estágio, os doentes apresentam estado cadavérico se assemelhando a zumbis, podiam ter pensando realmente em uma doença que fosse realmente assustadora e devastadora.
20 Dias em Mariupol
3.9 55 Assista AgoraUm documentário que foca no drama humano, câmera na mão, improviso e luta, muita luta. Fazer tanto material a ponto de fazer um bom documentário mostra a genialidade M.Chernov que conseguiu entregar muito. Imagens fortes do desespero da população civil ucraniana frente a mesquinhez dos governantes russos.
Pessoalmente, não é meu favorito, mas diante das conjecturas políticas parece que esse será o vencedor do Oscar 2024.
A Memória Infinita
4.0 41Que coisa, um jornalista renomado, que lutou contra um regime de opressão que lutou para que a sociedade jamais se esquecesse do ocorrido, instaurando alicerses para que os chilenos nunca se esquecessem dos valores a serem defendidos como liberdade e democracia....e no fim, terminar sua vida com a doença de alzeimer, cujos sintomas é o esquecimento gradativo, eu me senti impactado tamanho sofrimento refletido nos olhos da esposa e em seus momentos de angústia. A parte dos livros, me quebrou.
O Exorcista do Papa
2.8 353 Assista AgoraUm filme que começa com a proposta de terror mas acaba flertando com ação e até mesmo comédia.
Russell Crowe me chamou a atenção com o seu personagem, muito bem construído e falando italiano com fluência.
Observei também a interpretação do Papa feita por Franco Nero, ele não se caracterizou para ter uma semelhança com o então Papa da época que era João Paulo II, caso estivesse sem a barba ficaria muito parecido.
Evidente que a sombra de filmes como O Exorcista (1973) acaba colocando o espectador em um ponto onde ele poderia esperar muito deste filme aqui, que por sinal, fracassa miseravelmente, principalmente por exagerar nas cenas de ação com muitos efeitos visuais e uma narrativa apressada que pode deixar alguns um tanto desapontados.
Enfim, como terror não funciona, mas como ação sim.
O Faísca
3.2 1Parece que este filme não se acha mais.
Idade Perigosa
3.5 4Falar sobre Idade Perigosa é falar sobre um dos primeiros filmes a abordar a delinquência juvenil da história do cinema.
O filme aborda um caso de um grupo de jovens que decidem ir roubar uma transportadora e são surpreendidos pelo supervisor da escola deles. Um deles, dispara e mata o coitado.
Descobertos, os jovens vão a julgamento, e temos aqui um filme de tribunal - boa parte do filme se passa aqui - o rapaz e seu grupo todos de apenas 17 anos, são interrogados em júri popular e finalmente chegamos ao assassino confesso que acaba pegando prisão perpétua.
É um filme que foi feito para educar a população americana quanto a o que fazer com os jovens. No caso do rapaz condenado, as palavras de seu advogado de defesa são contundentes onde ele aponta o fato de ele ter tido uma família desestruturada tenha contribuído para que ele tenha se tornado um delinquente.
Primeiro filme de uma certa Merilyn Monroe que surge como a garçonete do bar. Teve apenas duas falas, mas mostrou uma atuação marcante com apenas 21 anos.
Os Assassinos
3.8 61 Assista AgoraÉ preciso tomar cuidado com este filme, se você der uma piscada ou não prestar bem atenção aos diálogos você vai ser perder!!
Pessoalmente tive que ir e voltar o filme várias vezes, de certa forma, sim, o filme se torna cansativo mas não posso tirar o mérito do roteiro bem feito e muito bem amarrado, por isso é necessário ver este filme até mais de uma vez para poder entender as nuances e a investigação do detetive da companhia de seguros que ao meu ver é o personagem principal da trama.
Destaco Ava Gardner, a personagem dela é interessante como se viesse das sombras.
Burt Lancaster, sensacional como um homem atormentado por conflitos pessoais.
Mas pra mim o personagem do ator Edmund O´Brien, o investigador Jim é que realmente nos conduz nesta trama intrincada.
Loucuras em Plena Madrugada
3.4 56Este filme foi lançado em 1980; mas foi filmado anos antes, portanto tem um clima bem anos 70 e é justamente isso que me cativa neste filme, nele, você pode ver a moda, clima, modo de filmar, fotografia, fliperama, música disco tudo setentista.
Um filme pra guardar com carinho na filmoteca e na memória. A cena inicial das garotas entregando os convites é memorável e se você prestar atenção vai encontrar elementos de improviso. Não deve ter sido fácil andar com aqueles patins pesadões.
E veja também um certo Michael Fox fazendo seu primeiro papel no cinema.
O Estudante de Praga
3.6 8Alguém pode fornecer um link para este filme?
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraO cemitério onde ocorreu o desfecho - Sad Hill, foi reconstruído. Ele fica na Espanha, quem sabe podemos um dia correr entre as lápides, procurando o tumulo de Arch Stanton?
Stalker
4.3 501 Assista AgoraStalker é um filme onde você precisa romper a barreira do sono, feito isso, você pode se deparar com uma narrativa de ficção-científica poetizada eu diria, que mostra a aventura de 3 pessoas que decidem se desbravar o desconhecido.
Algo caiu do céu em um país e época não mencionadas, uma divisão do exército é enviada para investigar e todos desapareceram sem deixar rastro. Essas 3 pessoas - um cientista, um escritor e uma pessoa comum - decidem se aventurar colocando suas vidas em risco cedendo a curiosidade para ver do que se trata.
Ao chegarem nessa região o que se encontra fora os vestígios da expedição militar é uma viagem ao interior de cada um, não existem pistas ou chaves de interpretação para o que seja aquilo, a estória viaja pelo surreal, os envolvidos tentam interpretar a seu modo o que seria tudo aquilo.
Assistindo, vi o quanto Tarkoviski gosta de água, sempre tenho ele como um poeta visual, e nesse termo o filme surpreende desde o inicio, alternando entre colorido e p&b, luzes quentes e frias, reflexos em água tudo para a meu ver mostrar o contraste entre o real e o surreal, o conhecido e o desconhecido.
Algumas referências religiosas, medo da morte e do desconhecido, receio entre ambos os envolvidos nessa expedição para conquistar o inconquistável, entender o incompreensível e sentir o que é impossível dentro de nossos parcos sentidos.
O meu sentimento foi o de frustração, assim como os personagens envolvidos, cada um teve a sua impressão dos acontecimentos. Stalker é uma experiência sensorial onde a meu ver, nada é mostrado, um filme onde eu me arrisco a dizer que as pessoas fazem força pra gostar, mas não mostra conteúdo, vale pela aventura visual do que algo que de fato acrescente ao espectador.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista Agora2001 - Uma Odisseia no Espaço
Para entender esse filme, primeiro precisamos passar por um processo de evolução interna, eu tento ver esse filme desde a infância, sem sucesso, eu sempre dormia. Mas descobri que a medida que ia ficando mais velho, a experiência mudava.
Só na adolescência que consegui ver esse filme pela primeira vez na íntegra, pegando o filme de uma videolocadora. Como vi o filme a noite e sozinho a impressão foi medonha, como ver um filme de terror, e fiquei impressionado como o filme é totalmente diferente daquilo que a mídia divulgava. Mas mesmo assim, um filme fascinante, e de uma trilha sonora marcante.
Assim como o filme fala da evolução da espécie eu vi que eu também ia evoluindo, mas nesse caso a medida que eu ia vendo o filme sempre vejo um filme diferente, um detalhe aqui, outro alí, e o mais curioso, não dormi mais e até apresentava o filme para os meus amigos, explicando pra eles o que de fato acontecia, dentro daquilo que eu achava, pois o filme é totalmente sensorial, não possui nada que nos dê um norte sobre o desenrolar dos acontecimentos, afinal, o que é o monólito negro?
E assim seguindo também a linha da minha evolução em relação a esse filme, corri atrás de literaturas, documentários e vendo esse filme várias vezes por ano, e hoje é um dos filmes que mais tenho apreço.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377Primavera, verão, outono, inverno...primavera é um filme de imersão, sensorial e que mostra o cotidiano de um mestre budista e seu discípulo passando pelas 4 estações do ano.
O filme foca muito no discípulo, pois é através dele que podemos sentir as mazelas e os anseios do ser humano retratados em suas ações - boas ou más - sempre sob a visão de seu mestre como se ele fosse onipresente em todo aquele cenário, desde criança ele comete erros que são logo detectados pelo seu mestre que projeta para ele uma tarefa que serve como punição para seu ato equivocado.
De criança ele cresce e chega a adolescencia onde ele se apaixona pela filha de uma visitante que chega ao templo para um retiro espiritual apesar do filme não deixar claro eu acredito que o mestre dele sabia o tempo todo o que ocorria e já sabia do desfecho de sua paixão, logo, ele teve que não só pagar pelo seu erro na parte espiritual como também na justiça dos homens. O mestre ficou muito desapontado com seu discípulo, que cometeu um ato que me deixou muito chocado, dando fim a sua vida.
O discipulo retorna ao templo depois de seu tempo na prisão, só ele sabe das coisas que ele passou do quanto sofreu e do quanto amadureceu com suas experiências no mundo. Ele percebeu que deveria assumir o lugar de seu mestre e conduzir as atividades no templo onde ele seguiria sua jornada sozinho.
O filme termina em um loop bem amarrado e que nos deixa uma ideia de que o mestre apesar de todo o ar sábio e onipresente também é um ser humano passível de erros e que deve ter passado por tudo que seu discipulo passou quando jovem, com crimes, amarguras, crueldades,sendo assim, mais uma pessoa buscando o sentido da vida, buscando purificar-se do mal do mundo encontrando no isolamento uma ferramenta para atingir seu objetivo.
Um filme para ser visto mais de uma vez pois é cheio de simbolismos, fotografia muito boa, e acompanhar as mudanças na paisagem a medida que as estações avançam é muito interessante, vale lembrar que o filme não tem muitos diálogos e você precisa se concentrar para captar ao máximo o que o filme oferece.
Cem Quilos de Estrelas
3.5 9 Assista AgoraPoster muito parecido ao do filme Boyhood. Tem aluma ligação?
Aurora
4.4 204 Assista AgoraMurnau se respeita!
Eu vi esse filme sabendo muito bem por onde eu estava entrando. Eu fiquei impressionado e convencido logo nos primeiros minutos porque este filme é um clássico.
Eu posso estar enganado, mas é o primeiro filme onde existe uma preocupação com a fotografia, existem cenas noturnas, durante o dia, com vendaval, tempestades, na cidade, no campo e a qualidade das imagens é sempre perfeita. Destaco as cenas na cidade onde o diretor recorre a técnicas de sobreposição que não me lembro de ter visto em outros filmes da época.
Os personagens não possuem aquela maquiagem carregada e acredito que isso se deve não só a todo um trabalho bem mais sofisticado em termos estéticos como também de iluminação, mas não tiro o mérito do elenco que conseguem passar pra gente toda uma atmosfera que vai da angústia a alegria.
Murnau também nos apresenta uma camera viva que flutua no ambiente indo até o onde os personagens estão, e também uma camera qua anda atrás dos protagonistas e eu me perguntei, mas como isso poderia ser possível? Já parou pra imaginar isso sendo feito com a tecnologia da época? As cameras deveriam ser muito grandes e pesadas para fazer esse tipo de dinamismo. E se Murnau conseguia, só existe uma palavra: Gênio!
Aurora, retrata a sociedade dos anos 1920 a atmosfera pujante das cidades em contraste com a calmaria da vida no campo, e não deixei de perceber que o filme mesmo não querendo fotografar isso acredito, mas mostra o contraste das pessoas principalmente das duas mulheres - a da cidade, sofisticada e ousada e a do campo, meiga e provinciana - talvez um dos primeiros filmes a retratar a mulher buscando seu protagonismo na sociedade, ainda que haveria um longo caminho pela frente.
Frenesi
3.9 272 Assista AgoraFilme feito em um momento da carreira de Hitchcock onde ele acreditava que seu modo de fazer filmes estava desgastado não gerando muito atrativo do público. Mesmo assim, decidiu tirar a prova filmando Frenesi (Frenzy, 1972).
Hitchcock fez um filme enxuto, nada ali é para preencher lacunas, os personagens tem seus papéis e ações bem definidas na trama e o filme consegue ser leve para o espectador sem nos encher com muitas informações como por exemplo, o motivo da revolta interna do personagem principal da trama.
Alternando suspense, mistério e até mesmo humor, vi que que Hitchcock se saiu muito bem, fez um filme aceitável, mas parece que carece um pouco mais de consistência dramática ou até mesmo uma trilha sonora que causasse um pouco mais de impacto.
Fiquei satisfeito com o filme, e me pergunto porque ele não fez mais filmes durante a década de 70.
O Escândalo
3.6 459 Assista AgoraO filme começa com uma introdução a todo um cenário político e como a imprensa mais particularmente a FOX News trabalha com tudo isso, achei a edição dinâmica, rápida e com cortes secos, mas cansa o espectador pelo roteiro corrido demais.
Isso na minha experiência prejudicou o desenvolvimento dos personagens, acho que a atuação da Nicole Kidman obscureceu um pouco a atuação indicada ao Oscar de melhor atriz da Charlize Theron e seria só comigo? Mas eu as achei muito parecidas fisicamente e isso me confundia quando era uma e quando era a outra.
No mais, assim como VICE (2018) o filme é americano, contando uma história americana com personagens conhecidos pelo público de lá, acho que o impacto foi maior no público nativo do que em qualquer lugar do mundo, mas o filme se salva por outras questões.
Temos a emancipação da mulher, o problema com o assédio sexual, o trabalho visto de certo modo como uma prisão a ponto do chefe fazer o que quiser com seus subordinados até mesmo a pedir favores absurdos e anti-profissionais, sem ver o drama humano que é abafado diante de um ambiente competitivo como aquele.
No fim é um manifesto, dirigido mais as mulheres: denunciem seus abusadores, se unam contra os canalhas que as exploram e que seja feita a justiça! As mulheres também podem e vieram pra ficar.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraTalvez super estimado. Em termos de roteiro é muito bom, mas o desenrolar da estória chega a ter cenas não muito coerentes. Mas o filme é com certeza muito bem produzido e dirigido!! Dinâmica de câmera perfeita e boa fotografia.
A Ilha de Bergman
4.2 20O documentário tem 83 minutos de duração, não 174 minutos.
O Cavalo de Turim
4.2 211O clima do filme não deixa o espectador confortável. Uma tempestade com fortes ventos que nunca acaba..testemunhamos o desenrolar dos acontecimentos observando um homem idoso com sua filha e um cavalo doente vindo do incidente com o filósofo Friedrich Nietzsche.
O ritmo, a fotografia, a tempestade e os acontecimentos entre os protagonistas e o cavalo torna tudo muito angustiante. Você testemunha tudo o que acontece por 1 semana e se sente de certo modo impotente.
Achei o filme com boa proposta, o único ponto que achei ruim foi a duração excessivamente longa.
Viral
2.5 206 Assista AgoraO filme trai o seu próprio título, é Viral ou Parasital? Uma vez que você tenta controlar uma doença onde o seu contágio é feito por contato direto, é fácil de ser controlada e não justifica ao meu ver um cenário de "fim de mundo". O filme até diverte, mas é contra indicado para a platéia que quer ver um filme mais lógico digamos, principalmente quanto as furadas dos procedimentos relacionados com a quarentena imposta pelo governo e que os protagonistas conseguem burlar.
Os doentes tem cara realmente de doentes, não conseguem se misturar a população saudável de modo que é fácil separar quem está infectados dos que não estão e outra, só conseguem passar a doença em contato direto com as pessoas saudáveis e até chegarem nesse estágio, os doentes apresentam estado cadavérico se assemelhando a zumbis, podiam ter pensando realmente em uma doença que fosse realmente assustadora e devastadora.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraDe todos os filmes que já vi, é o único que me faz chorar.