Quem é Johnny? Aparentemente um intelectual, o que deu errado em sua vida? Não só na sua, mas em todos que o rodeiam parecem estar prestes a cair no mesmo abismo da perdição aonde ele se encontra, vagando pelas ruas sombrias de Londres sem rumo certo, fazendo apenas o necessário para sobreviver. Johnny caminha sempre rumo a auto-destruição, ele sabe disso e continua seguindo esse inevitável caminho, continua vivendo esperando pelo profético apocalipse.
Aqui Visconti abandona por completo o estilo que lhe tornou famoso e influente(neorrealismo)e adapta uma obra de Dostoiévski filmando praticamente todo o filme dentro do estúdio (que difere de seus métodos anteriores, aonde fazia uso principalmente de locações reais) nos trás um obra fria como a neve e apaixonante como Natália. Natália é o mito da mulher ideal, que mesmo sem querer, ilude e habita as fantasias românticas de todos os homens. No fim Mario reencontra o mesmo cachorro que outrora o havia ignorado e então, eles seguem seus caminhos, juntos e ao mesmo tempo mais sozinhos do que nunca.
Tem o mesmo valor artístico que defecar algo que em forma, se pareça com a escultura "Davi" de Michelangelo, parece arte mas no fundo são apenas fezes.
"[...]Previamente eu havia escrito na resenha de "Late Bloomers" o seguinte "[...] (Late Bloomers) é provavelmente a melhor comédia romântica do ano[...]". Com a chegada de Os Nomes do Amor dirigido pelo inexperiente, mas imensamente talentoso diretor francês Michel Lecrerc, temos um novo postulante a esse "título" [...]"
Para ler a resenha completa:
Se gostarem, deixem um comentário na pagina da resenha, obrigado.
Vale pela belíssima fotografia, que faz um uso encantador tanto de cores quentes (vermelho, amarelo) quanto frias (preto e branco) para criar um clima psicodélico diferenciado.
Infelizmente, para por aí. A história além de muitas vezes não fazer sentido nenhum, é apenas mais do mesmo.
Elia Kazan (em talvez, seu melhor filme) retrata com brilhantismo a maneira que o poder corrompe até mesmo o mais simples dos homens, pouco a pouco apodrecendo tudo à sua volta como uma doença e levando para o buraco, aqueles que um dia o amaram, pelo que ele foi não pelo que é.
No final, Lonesome Rhodes (ótimo trocadilho com o nome)se encontra ainda mais só do que quando ele era apenas mais um "country boy" na prisão.
John Cassavetes se superou nesta obra mostrando com maestria os efeitos do alcóol na mente de uma pessoa doente, em constante conflito consigo mesma. A grande questão é, Myrtle Gordon se encontra nesse estado por ser uma alcóolatra ou é simplesmente uma pessoa desesperada e com medo, sendo o alcóol apenas uma resultante de sua condição?
O acidente é a primeiro de diversos acontecimentos que vão levando a personagem ao limiar de sua sanidade, a sequência final nos dá dicas do que acontecerá com essa personagem e o resultado é muito mais desesperador do que catártico.
Um épico neorrealista inspirado nas grandes tragédias da literatura, mostrando a degradação de uma família outrora unida depois de sua vinda para a cidade grande.
Rocco Parondi é um dos personagens mais fascinantes de todos os tempos, ele é o mártir, o espírito da nostalgia e das falsas esperanças na forma de homem. O final é extremamente sugestivo o que sente Rocco? Nós não sabemos, provavelmente nem ele.
Excelente, assim como nos grandes clássicos de Kurosawa e Kobayashi, Yamada ocupa um território muito maior do que os campos de batalha, o filme estende-se por toda o plano das emoções de seus personagens. Nos mostrando os seres humanos por trás da espada através de um homem que tenta conciliar a criação de sua família ao mesmo tempo que lida com as incertezas do fim de uma era.
Entre outras coisas, a trilha sonora cansativa que permeia cerca de 80% do tempo de duração do filme não permite que nos aprofundemos tanto no enredo.
Fora isso, as atuações são excepcionais, a direção é segura e o enredo incrivelmente sólido. Poderia ser um dos melhores filmes policiais dos últimos anos, mas alguns exageros como na trilha sonora, flashbacks e voice-overs acabam fazendo a obra perder parte de seu brilho.
Giuliana consegue se comunicar de maneira mais clara e se expressar sem medo com um marinheiro estrangeiro.
Essa é a ideia que Antonioni quer transmitir, a relação entre as pessoas não existe mais, foram consumidas por relações de pessoa-objeto assim como as paisagens naturais foram substituídas por usinas e as nuvens por fumaça, a praia deserta aonde a menina se isola deixou de existir.
Um dos documentários mais impressionantes que eu já vi. Há tanta beleza e graça nas cenas mais cotidianas ao redor do mundo, há tantos mistérios e enigmas mundo a fora e o filme sintetiza isso de uma maneira incrível.
O filme retrata muito bem a perda da inocência e o destino na sociedade de jovens indesejados que cresceram sem uma base sólida aonde pudessem se apoiar.
O que começa como um épico misantrópico sobre a ganância e volatilidade dos homens se desenrola em um conto muito mais humanista aonde estes homens movidos pelo dinheiro se vêem obrigados a entender e confiar uns nos outros, sabendo que suas vidas dependem disso.
Chabrol extremamente cruél no final, nos dando aquela sensação de catarse e acabando como acaba, artificio que foi muito reaproveitado até mesmo por Haneke em "Funny Games" na cena do controle remoto
É fascinante como Dreyer faz uso de efeitos visuais tão à frente de seu tempo - a sobreposição de filmes, o uso de sombras e a câmera POV. Sem perder a essência da filme ou causar qualquer desfalque na narração.
Essa obra é pura antítese, o lembrar e o não lembrar, a relação e a não relação, a imaginação e a realidade... O filme em si repele e convida através de suas imagens, seus corredores barrocos e intermináveis. Há muito a se pensar e ao mesmo tempo, absolutamente nada.
A versão original é mais compacta e superior de uma maneira geral à versão de De Palma, misturando humor e violência constante como poucos filmes, uma mistura que deu muito certo e é utilizada por muitos cineastas hoje em dia.
Knuckle
3.6 7Toda a brutalidade e banalidade das lutas de rua em um único documentário que mostra como o ódio e a violência transcende o tempo e gerações.
Better Luck Tomorrow
3.5 5excelente filme anti-esteriótipos raciais que consegue operar em diversos focos de narrativa sem perder a concisão ou se tornar episódico.
Nu
4.0 126Quem é Johnny? Aparentemente um intelectual, o que deu errado em sua vida? Não só na sua, mas em todos que o rodeiam parecem estar prestes a cair no mesmo abismo da perdição aonde ele se encontra, vagando pelas ruas sombrias de Londres sem rumo certo, fazendo apenas o necessário para sobreviver. Johnny caminha sempre rumo a auto-destruição, ele sabe disso e continua seguindo esse inevitável caminho, continua vivendo esperando pelo profético apocalipse.
O Ódio
4.2 316 Assista AgoraIntenso do começo ao fim.
Noites Brancas
4.1 61Aqui Visconti abandona por completo o estilo que lhe tornou famoso e influente(neorrealismo)e adapta uma obra de Dostoiévski filmando praticamente todo o filme dentro do estúdio (que difere de seus métodos anteriores, aonde fazia uso principalmente de locações reais) nos trás um obra fria como a neve e apaixonante como Natália.
Natália é o mito da mulher ideal, que mesmo sem querer, ilude e habita as fantasias românticas de todos os homens.
No fim Mario reencontra o mesmo cachorro que outrora o havia ignorado e então, eles seguem seus caminhos, juntos e ao mesmo tempo mais sozinhos do que nunca.
Singapore Sling
3.7 55Tem o mesmo valor artístico que defecar algo que em forma, se pareça com a escultura "Davi" de Michelangelo, parece arte mas no fundo são apenas fezes.
Os Nomes do Amor
3.8 204"[...]Previamente eu havia escrito na resenha de "Late Bloomers" o seguinte "[...] (Late Bloomers) é provavelmente a melhor comédia romântica do ano[...]". Com a chegada de Os Nomes do Amor dirigido pelo inexperiente, mas imensamente talentoso diretor francês Michel Lecrerc, temos um novo postulante a esse "título" [...]"
Para ler a resenha completa:
Se gostarem, deixem um comentário na pagina da resenha, obrigado.
Tóquio Violenta
3.7 29Vale pela belíssima fotografia, que faz um uso encantador tanto de cores quentes (vermelho, amarelo) quanto frias (preto e branco) para criar um clima psicodélico diferenciado.
Infelizmente, para por aí. A história além de muitas vezes não fazer sentido nenhum, é apenas mais do mesmo.
Último Tango em Paris
3.5 569Uma pena que Bertolucci não tenha o mesmo talento para contar uma estória que tem para criar poesia sensorial.
Um Rosto na Multidão
4.3 42Elia Kazan (em talvez, seu melhor filme) retrata com brilhantismo a maneira que o poder corrompe até mesmo o mais simples dos homens, pouco a pouco apodrecendo tudo à sua volta como uma doença e levando para o buraco, aqueles que um dia o amaram, pelo que ele foi não pelo que é.
No final, Lonesome Rhodes (ótimo trocadilho com o nome)se encontra ainda mais só do que quando ele era apenas mais um "country boy" na prisão.
Noite de Estréia
4.4 52John Cassavetes se superou nesta obra mostrando com maestria os efeitos do alcóol na mente de uma pessoa doente, em constante conflito consigo mesma. A grande questão é, Myrtle Gordon se encontra nesse estado por ser uma alcóolatra ou é simplesmente uma pessoa desesperada e com medo, sendo o alcóol apenas uma resultante de sua condição?
O acidente é a primeiro de diversos acontecimentos que vão levando a personagem ao limiar de sua sanidade, a sequência final nos dá dicas do que acontecerá com essa personagem e o resultado é muito mais desesperador do que catártico.
El Topo
4.0 219Quintessencial Jodorowsky.
Accattone - Desajuste Social
3.9 31Bela obra de neorrealismo de Pasolini, com uma mensagem extremamente pessimista sobre a condição das classes.
Jonestown: Vida e Morte no Templo do Povo
4.3 52Um dos retratos mais assustadores sobre alienação de massas e por trás de tudo, apenas uma mente doentia, Jim Jones.
Rocco e Seus Irmãos
4.4 125Um épico neorrealista inspirado nas grandes tragédias da literatura, mostrando a degradação de uma família outrora unida depois de sua vinda para a cidade grande.
Rocco Parondi é um dos personagens mais fascinantes de todos os tempos, ele é o mártir, o espírito da nostalgia e das falsas esperanças na forma de homem. O final é extremamente sugestivo o que sente Rocco? Nós não sabemos, provavelmente nem ele.
O Samurai do Entardecer
4.4 47Excelente, assim como nos grandes clássicos de Kurosawa e Kobayashi, Yamada ocupa um território muito maior do que os campos de batalha, o filme estende-se por toda o plano das emoções de seus personagens. Nos mostrando os seres humanos por trás da espada através de um homem que tenta conciliar a criação de sua família ao mesmo tempo que lida com as incertezas do fim de uma era.
36
3.6 33Entre outras coisas, a trilha sonora cansativa que permeia cerca de 80% do tempo de duração do filme não permite que nos aprofundemos tanto no enredo.
Fora isso, as atuações são excepcionais, a direção é segura e o enredo incrivelmente sólido. Poderia ser um dos melhores filmes policiais dos últimos anos, mas alguns exageros como na trilha sonora, flashbacks e voice-overs acabam fazendo a obra perder parte de seu brilho.
O Deserto Vermelho
4.0 96Giuliana consegue se comunicar de maneira mais clara e se expressar sem medo com um marinheiro estrangeiro.
Essa é a ideia que Antonioni quer transmitir, a relação entre as pessoas não existe mais, foram consumidas por relações de pessoa-objeto assim como as paisagens naturais foram substituídas por usinas e as nuvens por fumaça, a praia deserta aonde a menina se isola deixou de existir.
A Vida em um Dia
4.3 257 Assista AgoraUm dos documentários mais impressionantes que eu já vi. Há tanta beleza e graça nas cenas mais cotidianas ao redor do mundo, há tantos mistérios e enigmas mundo a fora e o filme sintetiza isso de uma maneira incrível.
Os Incompreendidos
4.4 645O filme retrata muito bem a perda da inocência e o destino na sociedade de jovens indesejados que cresceram sem uma base sólida aonde pudessem se apoiar.
O Salário do Medo
4.3 104 Assista AgoraO que começa como um épico misantrópico sobre a ganância e volatilidade dos homens se desenrola em um conto muito mais humanista aonde estes homens movidos pelo dinheiro se vêem obrigados a entender e confiar uns nos outros, sabendo que suas vidas dependem disso.
Chabrol extremamente cruél no final, nos dando aquela sensação de catarse e acabando como acaba, artificio que foi muito reaproveitado até mesmo por Haneke em "Funny Games" na cena do controle remoto
O Vampiro
4.0 77É fascinante como Dreyer faz uso de efeitos visuais tão à frente de seu tempo - a sobreposição de filmes, o uso de sombras e a câmera POV. Sem perder a essência da filme ou causar qualquer desfalque na narração.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraEssa obra é pura antítese, o lembrar e o não lembrar, a relação e a não relação, a imaginação e a realidade... O filme em si repele e convida através de suas imagens, seus corredores barrocos e intermináveis. Há muito a se pensar e ao mesmo tempo, absolutamente nada.
Scarface, a Vergonha de uma Nação
4.0 117 Assista AgoraA versão original é mais compacta e superior de uma maneira geral à versão de De Palma, misturando humor e violência constante como poucos filmes, uma mistura que deu muito certo e é utilizada por muitos cineastas hoje em dia.
A performance de Muni é um show à parte.