Eu sempre admirei a filmografia do Kenneth Branagh, principalmente seu Hamlet. Depois de vê-lo surfar na onda do cinemão, pensava se algum dia teríamos uma obra mais pessoal sua, mais íntima. Aconteceu. E é uma das coisas mais medíocres que eu já vi em muito tempo. Insípido, anódino, inofensivo. Esquecível. Aquela intro, com o corte de uma Belfast colorida e contemporânea para o P&B da cidade nos anos 60, já constrange um tanto pela obviedade. Prenúncio do que viria. Quase nada se salva, nem a tão alardeada fotografia. É preguiça avaliar qualquer fotografia em P&B como sendo algo especial. Aqui parece um programa de televisão, tudo limpinho e à vista de todos, sem se aproveitar das possibilidades de luzes e sombras que a escolha obviamente abriria. Atuações risíveis de grandes atores (não havia muito o que fazer com aquele material). Mais um filme sobre a a crueldade da vida adulta sob o ponto de vista de uma criança, mais uma obra que não ambiciona mais que a mediocridade. Van Morrison é a única coisa que se salva nesse lamaçal da falta de ambição disfarçada de filme de arte. Nem o P&B engana.
Produção protocolar que bebe nos mesmos clichês de cine-biografias lançadas em profusão nos últimos anos. Repleto de lugares comuns, edição que mais atrapalha que ajuda, trilha piegas (embora a coleção de clássicos do rock seja um bálsamo)...e, ainda assim, há algo de fascinante na personagem, na sua personalidade, naquela mulher tão realizada quanto insatisfeita. Um colosso físico que precisa de um último grande desafio na vida. Assim como é fascinante presenciar a afetividade que permeia as relações do filme e a doçura com que seus intérpretes se entregam a seus personagens. Anette Bening é uma atriz que sempre me interessa e parece agora, no auge dos seus poderes, uma das maiores. Se há humanidade aqui, é muito graças a ela. Rhys Ifans está melancólico e adorável, com seu olhar de entendimento e compaixão. E Jodie Foster longe do holofote principal, entendeu seu papel aqui e entrega uma atuação amorosa, como âncora e suporte de Diana.
A voz de Rita Lee cantando em francês numa canção dos Mutantes da década de 70 em um filme costa-riquenho de 2022. Um momento de elevação que só a arte é capaz de proporcionar.
Pra quem não entende a expressão "filme de sessão da tarde dos anos 80/90", é só assistir esse Cocaine Bear. Consciente de suas intenções e muito livre pra delirar, é uma experiência quase metalinguística sobre como fazer filmes com cara e identidade de uma época que já passou.
É curioso como um filme com pelo menos 2 diretores envolvidos (+ a mão de ferro do Jr.) careça justamente de...direção. E a escolha do P&B parece ter sido com a intenção de dar certa "assinatura artística" ao projeto, o que não acontece de forma alguma. De todo modo, é um filme curioso e Sr. é um sujeito fascinante.
A destruição, a invisibilização, o desejo de aniquilação, a repulsa por corpos alheios até na condição de cadáveres. Asfixiante. Quando ser quem se é passa a ser uma abominação até na hora de morrer. E ainda assim a capacidade de resistir e sorrir e amar e inventar sua própria família, mesmo que em ambiente hostil. É numa vila da Geórgia. Mas é aqui também, aí na sua rua, na pqp.
Ao final me peguei a pensar que, muito além dos simplórios "gostei/não gostei", "bom/ruim", "linda fotografia/grande trilha sonora", se alguém me perguntasse sobre esse "Argentina, 1985" eu diria: é um filme importante. Isso já é mais do que 99% do que tem sido feito mundo afora.
Como fã da maioria dos filmes do Baumbach, me dói dizer que foi muito difícil suportar as quase 2h20 em uma cinema vazio (e caro). Que coisa pretensiosa e...medíocre. O material de DeLillo é complexo e aqui foi diluído em várias ideias sem que nenhuma delas fosse de fato concretizada como cerne do filme. Enquanto comédia é constrangedor, enquanto comentário social é inócuo e enquanto mero entretenimento é irritante. Me parece que ele quis falar sobre as angústias individuais frente a acontecimentos globais (ensaia um paralelo com a pandemia e a alucinação coletiva, mas fica no ensaio) e quando a coisa desanda para os já conhecidos "white people problems" já vistos em outros filmes do diretor, ai vc tem vontade de sair correndo. Como de costume, Adam Driver vai tirando leite de pedra e Don Cheadle traz charme para um personagem secundário (a cena dos dois em uma sala de aula é, de longe, a melhor coisa do filme). Greta Gerwig, ao contrário, põe tudo a perder com uma performance infantilizada e constrangedora, Enfim, o que sobra de sentimento nos filmes do diretor, falta aqui. Atirou em vários alvos, quis fazer seu épico indie e não conseguiu nada. Saldo: poderia ter esperado pra assistir na Netflix, economizando, assim, $40.
Uma das coisas mais abjetas que já tive o desprazer de assistir. Não existe uma sequência bem dirigida sequer, a montagem é amadora, o roteiro infantil e o único ator que tenta trazer certa construção adulta para seu personagem é Adrien Brody. Ana de Armas se esforça, mas o tempo inteiro parece estar interpretando uma menina de 14 anos (a culpa é mais do diretor que dela, claro). E não vou nem entrar nas questões morais que perpassam viagens ao útero da protagonista com direito a diálogos com o feto. É um filme constrangedor, dirigido por alguém que não tem relação alguma com a história da Marilyn, que não demonstra amor algum à própria história do cinema e que, "denunciando" os abusos que a atriz sofreu durante toda a vida acaba, também, abusando de sua memória.
É ruim? Bastante. Mas, como não se leva a sério e consegue rir de si mesmo, é melhor que 90% de uns engodos que chegam por aí com verniz "refinado". E tem uma das cenas do ano, envolvendo New Wave, um carro, um cigarro e óculos escuros.
Grotesco. Preconceituoso e caricato em muitos níveis. A cena inicial já liga o sinal de alerta, quando um texto deixa claro que para os realizadores a história de Berlim começa com a construção do muro. Tudo isso falado em inglês. Aliás, o idioma alemão é falado como naquelas novelas da Globo que mesclam outras culturas: em momentos pontuais, de forma beeeeeeem didática e caricata. E alemão é retratado como um povo mal educado que passa o dia proferindo palavrões. Por ser um filme em formato de antologia, seria natural um desequilíbrio entre as diferentes partes, mas aqui é tudo bem equilibrado: todas são muito ruins. Berlim não merecia isso.
Apaixonado pelo próprio estilo, vivendo de olhar para o próprio umbigo e num processo acelerado de diluição dos temas de seus filmes iniciais, Wes Anderson realiza um filme tão absurdamente vazio de qualquer verdade que ao final fica a dúvida: pra onde foi aquele cara que fez Rushmore, Tenembaums e Zissou?
Para que um filme como esse funcione é importante que aquilo pareça crível, quase como se nós, expectadores, estivéssemos acompanhando uma DR via olho mágico. Não é o caso aqui e isso põe tudo a perder. Durante os exaustivos 106 minutos eu apenas pensava como os dois atores estavam se esforçando para conquistar alguma indicação na temporada de prêmios (inclusive o filme tem monólogos claramente feitos para isso). Zendaya ainda consegue extrair certa dignidade da sua personagem, já Washington (que é bom ator) opera no "overacting mode" 100% do tempo. A edição tenta compensar tudo isso em cortes estrategicamente pensados para reforçar emoções, o que só reforça as limitações da direção e dos atores.
"Essa é a Sunset Boulevard?" "Sim" Esse diálogo tão simples dá a dimensão sobre onde Tangerina está situado. É bem longe do glamour vendido nos blockbusters. É naquele ponto marginal que muita gente finge que nem existe. Aqui a calçada da fama é só uma calçada.
É emocionante. É importante. É necessário. É belíssimo. Um dos raros filmes sobre jovens sem aquela arrogância professoral tão comum. "Meu nome é Bagdá" já ocupa um lugar todo especial na filmografia brasileira recente.
Respeito muito o trabalho da Sandra Kogut, mas este Três Verões transforma ricos e pobres, patrões e empregados, em caricaturas pálidas, unidimensionais e - porque não? - muitas vezes distantes léguas da realidade. A maneira como a diretora enxerga uma festa de rico e uma festa de pobre entrega tudo. É bem triste.
Ardant e Resnais não tem como dar errado, certo? E como deu! Quase tudo no filme me incomodou, da fotografia "qualquer nota" às atuações - Geraldine Chaplin e Vittorio Gassman até trazem charme, ao passo que Fanny Ardant é desperdiçada -, mas nada se compara à horrenda Direção de Arte que mais parece saída de uma novela da Record. Tudo é pálido, sem vida, uma iluminação chapada. Pálidas, também, são as discussões ao redor da temática principal, com um distanciamento frio, deixando tudo o que está em cena amorfo. A premissa, muito interessante, não se cumpre, em um filme que parece uma sobra na filmografia colossal de Alain Resnais.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraEu sempre admirei a filmografia do Kenneth Branagh, principalmente seu Hamlet. Depois de vê-lo surfar na onda do cinemão, pensava se algum dia teríamos uma obra mais pessoal sua, mais íntima. Aconteceu. E é uma das coisas mais medíocres que eu já vi em muito tempo.
Insípido, anódino, inofensivo. Esquecível.
Aquela intro, com o corte de uma Belfast colorida e contemporânea para o P&B da cidade nos anos 60, já constrange um tanto pela obviedade. Prenúncio do que viria.
Quase nada se salva, nem a tão alardeada fotografia. É preguiça avaliar qualquer fotografia em P&B como sendo algo especial. Aqui parece um programa de televisão, tudo limpinho e à vista de todos, sem se aproveitar das possibilidades de luzes e sombras que a escolha obviamente abriria. Atuações risíveis de grandes atores (não havia muito o que fazer com aquele material).
Mais um filme sobre a a crueldade da vida adulta sob o ponto de vista de uma criança, mais uma obra que não ambiciona mais que a mediocridade.
Van Morrison é a única coisa que se salva nesse lamaçal da falta de ambição disfarçada de filme de arte. Nem o P&B engana.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraOi jovenzinhos, vovô Noé tem dois comunicados a fazer:
1 - Sei usar câmeras em plongé
2 - Fiquem longe das drogas e não sejam degenerados
A embalagem é modernosa, o discurso é embolorado, moralista, datado. Não chega a ser tão careta quanto em "Love", mas tá quase.
NYAD
3.7 152Produção protocolar que bebe nos mesmos clichês de cine-biografias lançadas em profusão nos últimos anos. Repleto de lugares comuns, edição que mais atrapalha que ajuda, trilha piegas (embora a coleção de clássicos do rock seja um bálsamo)...e, ainda assim, há algo de fascinante na personagem, na sua personalidade, naquela mulher tão realizada quanto insatisfeita. Um colosso físico que precisa de um último grande desafio na vida.
Assim como é fascinante presenciar a afetividade que permeia as relações do filme e a doçura com que seus intérpretes se entregam a seus personagens. Anette Bening é uma atriz que sempre me interessa e parece agora, no auge dos seus poderes, uma das maiores. Se há humanidade aqui, é muito graças a ela. Rhys Ifans está melancólico e adorável, com seu olhar de entendimento e compaixão. E Jodie Foster longe do holofote principal, entendeu seu papel aqui e entrega uma atuação amorosa, como âncora e suporte de Diana.
Tenho Sonhos Elétricos
3.7 12 Assista AgoraA voz de Rita Lee cantando em francês numa canção dos Mutantes da década de 70 em um filme costa-riquenho de 2022. Um momento de elevação que só a arte é capaz de proporcionar.
O Urso do Pó Branco
2.9 331 Assista AgoraPra quem não entende a expressão "filme de sessão da tarde dos anos 80/90", é só assistir esse Cocaine Bear. Consciente de suas intenções e muito livre pra delirar, é uma experiência quase metalinguística sobre como fazer filmes com cara e identidade de uma época que já passou.
Sr.
3.9 6 Assista AgoraÉ curioso como um filme com pelo menos 2 diretores envolvidos (+ a mão de ferro do Jr.) careça justamente de...direção. E a escolha do P&B parece ter sido com a intenção de dar certa "assinatura artística" ao projeto, o que não acontece de forma alguma. De todo modo, é um filme curioso e Sr. é um sujeito fascinante.
Wet Sand
3.9 7A destruição, a invisibilização, o desejo de aniquilação, a repulsa por corpos alheios até na condição de cadáveres. Asfixiante.
Quando ser quem se é passa a ser uma abominação até na hora de morrer.
E ainda assim a capacidade de resistir e sorrir e amar e inventar sua própria família, mesmo que em ambiente hostil.
É numa vila da Geórgia. Mas é aqui também, aí na sua rua, na pqp.
Sinônimos
3.4 50 Assista AgoraHá portas que são intransponíveis.
Argentina, 1985
4.3 334Ao final me peguei a pensar que, muito além dos simplórios "gostei/não gostei", "bom/ruim", "linda fotografia/grande trilha sonora", se alguém me perguntasse sobre esse "Argentina, 1985" eu diria: é um filme importante. Isso já é mais do que 99% do que tem sido feito mundo afora.
Ruído Branco
2.7 204Como fã da maioria dos filmes do Baumbach, me dói dizer que foi muito difícil suportar as quase 2h20 em uma cinema vazio (e caro). Que coisa pretensiosa e...medíocre. O material de DeLillo é complexo e aqui foi diluído em várias ideias sem que nenhuma delas fosse de fato concretizada como cerne do filme. Enquanto comédia é constrangedor, enquanto comentário social é inócuo e enquanto mero entretenimento é irritante. Me parece que ele quis falar sobre as angústias individuais frente a acontecimentos globais (ensaia um paralelo com a pandemia e a alucinação coletiva, mas fica no ensaio) e quando a coisa desanda para os já conhecidos "white people problems" já vistos em outros filmes do diretor, ai vc tem vontade de sair correndo.
Como de costume, Adam Driver vai tirando leite de pedra e Don Cheadle traz charme para um personagem secundário (a cena dos dois em uma sala de aula é, de longe, a melhor coisa do filme). Greta Gerwig, ao contrário, põe tudo a perder com uma performance infantilizada e constrangedora,
Enfim, o que sobra de sentimento nos filmes do diretor, falta aqui. Atirou em vários alvos, quis fazer seu épico indie e não conseguiu nada.
Saldo: poderia ter esperado pra assistir na Netflix, economizando, assim, $40.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraUma das coisas mais abjetas que já tive o desprazer de assistir. Não existe uma sequência bem dirigida sequer, a montagem é amadora, o roteiro infantil e o único ator que tenta trazer certa construção adulta para seu personagem é Adrien Brody. Ana de Armas se esforça, mas o tempo inteiro parece estar interpretando uma menina de 14 anos (a culpa é mais do diretor que dela, claro). E não vou nem entrar nas questões morais que perpassam viagens ao útero da protagonista com direito a diálogos com o feto. É um filme constrangedor, dirigido por alguém que não tem relação alguma com a história da Marilyn, que não demonstra amor algum à própria história do cinema e que, "denunciando" os abusos que a atriz sofreu durante toda a vida acaba, também, abusando de sua memória.
Órfã 2: A Origem
2.7 773 Assista AgoraÉ ruim? Bastante. Mas, como não se leva a sério e consegue rir de si mesmo, é melhor que 90% de uns engodos que chegam por aí com verniz "refinado".
E tem uma das cenas do ano, envolvendo New Wave, um carro, um cigarro e óculos escuros.
Berlim, Eu Te Amo
2.8 34 Assista AgoraGrotesco. Preconceituoso e caricato em muitos níveis. A cena inicial já liga o sinal de alerta, quando um texto deixa claro que para os realizadores a história de Berlim começa com a construção do muro. Tudo isso falado em inglês. Aliás, o idioma alemão é falado como naquelas novelas da Globo que mesclam outras culturas: em momentos pontuais, de forma beeeeeeem didática e caricata. E alemão é retratado como um povo mal educado que passa o dia proferindo palavrões.
Por ser um filme em formato de antologia, seria natural um desequilíbrio entre as diferentes partes, mas aqui é tudo bem equilibrado: todas são muito ruins.
Berlim não merecia isso.
A Crônica Francesa
3.5 286 Assista AgoraApaixonado pelo próprio estilo, vivendo de olhar para o próprio umbigo e num processo acelerado de diluição dos temas de seus filmes iniciais, Wes Anderson realiza um filme tão absurdamente vazio de qualquer verdade que ao final fica a dúvida: pra onde foi aquele cara que fez Rushmore, Tenembaums e Zissou?
Fogo Contra Fogo
4.0 660 Assista AgoraSolidão espelhada.
Malcolm & Marie
3.5 314 Assista AgoraPara que um filme como esse funcione é importante que aquilo pareça crível, quase como se nós, expectadores, estivéssemos acompanhando uma DR via olho mágico. Não é o caso aqui e isso põe tudo a perder. Durante os exaustivos 106 minutos eu apenas pensava como os dois atores estavam se esforçando para conquistar alguma indicação na temporada de prêmios (inclusive o filme tem monólogos claramente feitos para isso). Zendaya ainda consegue extrair certa dignidade da sua personagem, já Washington (que é bom ator) opera no "overacting mode" 100% do tempo. A edição tenta compensar tudo isso em cortes estrategicamente pensados para reforçar emoções, o que só reforça as limitações da direção e dos atores.
O Som do Silêncio
4.1 985 Assista AgoraAceitação. É sempre um desafio, miseravelmente difícil.
Tangerina
4.0 278 Assista Agora"Essa é a Sunset Boulevard?"
"Sim"
Esse diálogo tão simples dá a dimensão sobre onde Tangerina está situado. É bem longe do glamour vendido nos blockbusters. É naquele ponto marginal que muita gente finge que nem existe.
Aqui a calçada da fama é só uma calçada.
Meu Nome é Bagdá
3.7 42É emocionante. É importante. É necessário. É belíssimo. Um dos raros filmes sobre jovens sem aquela arrogância professoral tão comum. "Meu nome é Bagdá" já ocupa um lugar todo especial na filmografia brasileira recente.
Três Verões
3.2 77Respeito muito o trabalho da Sandra Kogut, mas este Três Verões transforma ricos e pobres, patrões e empregados, em caricaturas pálidas, unidimensionais e - porque não? - muitas vezes distantes léguas da realidade. A maneira como a diretora enxerga uma festa de rico e uma festa de pobre entrega tudo. É bem triste.
O Amante Duplo
3.3 107A obsessão de Ozon por Hitchcock e Polanski fica apenas na forma - e na tentativa de emular certo ritmo e clima (além do cabelo da protagonista).
Loucuras de uma primavera
3.8 10Um tempo que acaba. E o novo sempre vem.
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson
4.2 68 Assista AgoraSylvia Rivera, que figura trágica, fascinante e necessária.
A Vida É um Romance
3.4 18Ardant e Resnais não tem como dar errado, certo? E como deu! Quase tudo no filme me incomodou, da fotografia "qualquer nota" às atuações - Geraldine Chaplin e Vittorio Gassman até trazem charme, ao passo que Fanny Ardant é desperdiçada -, mas nada se compara à horrenda Direção de Arte que mais parece saída de uma novela da Record. Tudo é pálido, sem vida, uma iluminação chapada. Pálidas, também, são as discussões ao redor da temática principal, com um distanciamento frio, deixando tudo o que está em cena amorfo. A premissa, muito interessante, não se cumpre, em um filme que parece uma sobra na filmografia colossal de Alain Resnais.