Finalmente pude assistir Risky Business e agora sei de onde Show de Vizinha tirou a inspiração. Temos aqui também mais uma comédia adolescente com premissas questionáveis, nesse caso com um dos problemas que muitas produções oitentistas padecem que é a indecisão entre abraçar o realismo ou o absurdo, fica naquele meio termo que as vezes te descola da trama, mas fora isso é um filme bem divertido, com grande destaque pra trilha sonora do Tangerine Dream, grupo alemão de música eletrônica que era a vanguarda no uso dos sintetizadores daquela época e que adiciona uma camada dramática às cenas que melhora em 100% o filme.
Filme bastante pesado. Não assisti a nada do Ramalho fora esse, então tenho uma impressão meio superficial do trabalho dele, mas foi suficiente pra ver que ele conversa bastante com os filmes de gênero do grande circuito. Filme baseado num conto do escritor Marco Castro e que passa realmente essa ideia, de uma premissa bastante interessante que alimenta inúmeras saídas pra trama. Destaque pra atuação do Daniel Oliveira, carrega muito bem o longa, assim como pra toda a ambientação "brasileira" que o filme traz, mesmo que se renda ao que rola no cinema hollywoodiano por assim dizer. Adorei a sequência com linhas de cerol, usa um elemento da nossa cultura pra trabalhar o terror de maneira bastante inventiva. Como prefaciado, é um filme denso, fúnebre, o protagonista é um legista do IML, com uma profissão árdua e ingrata, então o filme inteiro tem um tom depressivo e carregado, com uma resolução um pouco aberta e bem vinda. Uma das poucas coisas que de fato incomoda e chega a atrapalhar a experiência é o uso de efeitos especiais nos cadáveres, além de não ter sido um bom trabalho, é de mau gosto e não se coordena tanto com a atmosfera do filme.
Um filme bastante intrigante. Primeiro porque ele é normalmente "marketeado" como terror, embora tenha um enfoque bem mais no aspecto dramático de toda a trama. O que gera a imediata e previsível piada de que pro brasileiro as questões trabalhistas é que são de fato o verdadeiro terror. Mas piadinhas à parte, eu acho que o que mais me cativa no longa é justamente a forma como ele lida com o terror de uma maneira sutil, sem entregar ao espectador de fato o que está por trás do eventos um tanto enigmáticos que permeiam o enredo. Acompanhamos um casal em crise financeira e todos os efeitos que isso causa na relação intra e extraconjugal. De imediato é bastante interessante perceber os dois lados da moeda, a forma masculina e a forma feminina de enfrentar essa crise, o que gera debates bastante profundos e complexos. Junto a isso, os personagens são muito bem delineados, ao mesmo tempo que você sente pena por eles, também sente asco, como se eles não enxergassem o grande esquema que está por trás de todo aquele drama de hierarquias e relações de poder. Todos esses tópicos são muito bem cumprimentados por uma direção de uma dupla que parece adorar as tomadas mais contemplativas, com cenas que não exageram em cortes ou edições frenéticas. É um filme calmo, lento, que deixa as interações e diálogos se desenvolverem, as vezes sem parecer levar a um lugar muito claro, mas nunca sem adicionar algo à experiência. Considero uma excelente contribuição ao cinema de gênero nacional, me remeteu aos trabalhos de diretores como Kiyoshi Kurosawa, mais preocupados talvez em gerar questões, em vez de dar soluções.
Rio Kanno tá muito bem nesse papel como criança, a forma como ela representa torna a história bem mais apreensiva e relacionável. A dinâmica de mãe e filha aqui é provavelmente o ponto alto do filme, junto com alguns relances interessantes de terror atmosférico e umas ideias soltas que dão um sustos bem legais. O maior problema é o quanto esse filme compartilha em similaridades com o Ringu (1998), isso deixa as coisas mais previsíveis e até redundantes, embora nesse caso a parcela de drama do filme funcione bem melhor.
Adorei a ambiguidade de todos os personagens, é um filme onde todas as discussões são bastante profundas e complexas. E acho que é isso mesmo, um longa de personagens, cada um representa algum arquétipo bem interessante. A fotografia inteira tem tons amarelados e quando tem alguns cortes em tons azuis dá uma quebra tão bonita, faz você perceber a escolha estética da produção. Quanto ao contexto, um pouco melancólico talvez pensar que pouca coisa mudou, se é que não piorou de lá pra cá. É trágico, claro, mas também muito poético.
Bem surpreendente. Há um tempo não assistia a filmes mudos, não sei nem se já assisti a um filme totalmente mudo, sem sequer trilha sonora. Então não sabia muito bem o que esperar, talvez por isso fui rapidamente surpreendido de maneira positiva. Em formato, o filme é primorosamente bem executado, com uma direção que precisa sugerir as intenções dos personagens só pelo movimento, já que apenas algumas das falas eram intercaladas com aquelas clássicas telas onde o diálogo está escrito, o que parece criar uma dependência ainda maior do trabalho do diretor pelo espectador. Somado a isso, eu pude assistir pelo release da Criterion, os caras fizeram um trabalho de remasterização absurdo, sério, a fotografia nesse release é a coisa mais linda desse mundo, tem momentos que o rosto da protagonista muda em tons, parece que inicia em tons mais claros, aos poucos escurecendo, pro final ser totalmente preto (rimando com o estado emocional da personagem). Além desses aspectos técnicos, o filme se propõe como uma recriação fidedigna do julgamento de Joana D'Arc, de acordo com o que foi registrado nos livros, o que de cara me fez ficar realmente interessado, já que eu conhecia pouco sobre a figura. E foi muito foda acompanhar o desenrolar da mentalidade da época, principalmente porque parece tudo ainda a mesma coisa, só que com novos nomes, roupas e cortes de cabelo. Acho que é um filme que mesmo tendo sido lançado em 1928, conversa bastante com temas atuais, seja em questões de autoridades falhas, instituições religiosas e misticismos, ou em questões de gênero, comportamento e modo de pensar. No final, só de imaginar que essa história realmente tenha acontecido, ainda que não dessa forma tão romântica, claro, vale a pena demais assistir!
Caralho, que filme! John Woo é deus! Em extâse depois de assistir, os pontos de decisão do filme são absurdos de eletrizantes/emocionantes, personagens muito bem construídos, porra, não achei que iria superar Hard Boiled, mas nem se compara, esse é muito foda! Tenho nem palavras, filmão!
Caramba, PTA é muito bom! Tem muitos enquadramentos nesse filme que dão uma profundidade às cenas que é fantástico. Além disso, a trilha e as cores são muito bem colocadas, é foda demais ver um filme de um diretor que utiliza bem esses elementos, filmão.
Que péssima atuação do Robert Duvall, em certas cenas chega a incomodar de tão descolada do personagem e das supostas emoções que as falas transpõem. Um filme com um tema extremamente relevante, com relances de ótimos monólogos e diálogos, mas com uma péssima montagem, péssimo desenvolvimento de personagens e um roteiro dividido entre tantos conflitos distintos sem resolução/aprofundamento que chega a dar vontade de desistir de assistir por completo.
Que filme foda! Definitivamente, pra mim, um dos melhores do Scorsese (precisaria rever uns clássicos, no entanto), toda a estrutura me lembrou, sei lá porque, uma sinfonia, tudo muito bem executado e orquestrado. O filme o tempo inteiro te faz construir certas expectativas sobre o desenrolar da trama e logo em seguida quebra tudo. Outra coisa que achei incrível, esse filme mistura tanto elementos de surrealismo, quanto comédia, suspense, thriller, que porra de filme é esse? Fiquei realmente impactado, talvez por já ter visto tantos outros do Scorsese não esperava encontrar algo na filmografia dele ainda tão surpreendente.
Qualquer coisa que o Bo colocar a mão, compro a ideia na hora. Deu pra ver bastante como os problemas de ansiedade que ele lida tão bem refletidos nesse filme, mas com uma pegada pra geração atual, o que deixa as coisas interessantes, porque ao mesmo tempo que brinca com a nostalgia das pessoas que passaram por aquelas situações (em gerações anteriores), também reflete o quanto certas tecnologias estão integradas nas nossas vidas e mudam a forma como nós percebemos o mundo a nossa volta, e como é amadurecer ao redor disso tudo. Tomara que ele (Bo Burnham) tenha recebido um feedback positivo o suficiente pra fazer próximos filmes.
Bela surpresa esse garoto Krasinski na direção hein. Dirigiu de forma bem didática, sem parecer óbvio demais, te conta tudo que você precisa saber sobre a trama só com detalhes espalhados por todo o filme, o que aumentou bastante o valor de replay do filme. Tem alguns probleminhas, mas sem dúvida os pontos fortes me deixaram bem mais contente do que potencialmente incomodado. A brincadeira com os sentidos humanos já foi bastante explorada pelo cinema de terror, como em Abismo do Medo, O Homem Nas Trevas, e nesse caso em específico lembrou bastante Hush,outro filme que brinca de maneira bem interessante também com sonoplastia e sons em geral. Acredito que aqui o diretor foi além, porque soube muito bem estabelecer as regras do próprio universo e segui-las de forma coerente, sem desperdiçar as premissas que estabeleceu. Ótima contribuição pro gênero.
O primeiro ato é bem entusiasmante e interessante. Em compensação o segundo e terceiro atos são um loop inifinito com os mesmos conflitos se repetindo, com algumas ações um tanto contraditórias dos personagens e um fim previsível.
Ótimos efeitos práticos, ambientação e sonoplastia. É um filme bem alegórico e bastante interessante por abrir margem à diversas interpretações, embora, infelizmente, tenha alguns problemas na sua parte final.
Acho que já não é preciso muito esforço pra perceber que essa trilogia é um puta clássico. São tantas camadas que o enredo, tanto nesse quanto nos outros dois filmes, aborda que dá vontade que esse universo não se encerre nunca. Mesmo assim, que belo final pra esse arco que foi a história do Caesar, um excelente personagem e uma aula de como bem construir um universo fantástico.
Esse documentário demonstra muito bem como o conhecimento empírico é insubstituível. Quaisquer histórias que se leia em livros, registros, até mesmo vídeos, não são capazes de fornecer a riqueza de detalhes que é experienciar alguma situação, tal como a guerra. Ver filmes sobre soldados americanos, poloneses, alemães e nacionalidades a fora, é algo até comum, mas ouvir e ver esses relatos, de brasileiros, vindos de um país que estava ao mesmo tempo tão dentro da guerra quanto fora, é surreal. É muito interessante notar como em meio a crueldade da guerra, coisas como a solidariedade, piedade e outras virtudes se ressaltam. Nós nunca enxergarmos os indivíduos que compõem os exércitos, sejam eles inimigos ou aliados, aliás, nós raramente enxergamos os indivíduos em geral, acho que é porque é tão mais fácil simplesmente embalarmos todos os estranhos à nossa realidade dentro das nossas concepções e pré-concepções, do que de fato tentar desvendar as suas personalidades e toda a jornada que possa os ter levado até ali. Se enxergar dentro do olho daquele que nós somos treinados a encarar como inimigo é como um suspiro de consciência, é quando entendemos, nem que seja por um breve momento, que a despeito de todas essas diferenças, somos todos iguais.
Noites de Cabíria
4.5 382 Assista AgoraSem palavras pro quão foda esse filme é do início ao fim. Cinema é pika :)
Negócio Arriscado
3.3 192 Assista AgoraFinalmente pude assistir Risky Business e agora sei de onde Show de Vizinha tirou a inspiração. Temos aqui também mais uma comédia adolescente com premissas questionáveis, nesse caso com um dos problemas que muitas produções oitentistas padecem que é a indecisão entre abraçar o realismo ou o absurdo, fica naquele meio termo que as vezes te descola da trama, mas fora isso é um filme bem divertido, com grande destaque pra trilha sonora do Tangerine Dream, grupo alemão de música eletrônica que era a vanguarda no uso dos sintetizadores daquela época e que adiciona uma camada dramática às cenas que melhora em 100% o filme.
Morto Não Fala
3.4 385 Assista AgoraFilme bastante pesado. Não assisti a nada do Ramalho fora esse, então tenho uma impressão meio superficial do trabalho dele, mas foi suficiente pra ver que ele conversa bastante com os filmes de gênero do grande circuito. Filme baseado num conto do escritor Marco Castro e que passa realmente essa ideia, de uma premissa bastante interessante que alimenta inúmeras saídas pra trama. Destaque pra atuação do Daniel Oliveira, carrega muito bem o longa, assim como pra toda a ambientação "brasileira" que o filme traz, mesmo que se renda ao que rola no cinema hollywoodiano por assim dizer. Adorei a sequência com linhas de cerol, usa um elemento da nossa cultura pra trabalhar o terror de maneira bastante inventiva. Como prefaciado, é um filme denso, fúnebre, o protagonista é um legista do IML, com uma profissão árdua e ingrata, então o filme inteiro tem um tom depressivo e carregado, com uma resolução um pouco aberta e bem vinda. Uma das poucas coisas que de fato incomoda e chega a atrapalhar a experiência é o uso de efeitos especiais nos cadáveres, além de não ter sido um bom trabalho, é de mau gosto e não se coordena tanto com a atmosfera do filme.
Trabalhar Cansa
3.6 209Um filme bastante intrigante. Primeiro porque ele é normalmente "marketeado" como terror, embora tenha um enfoque bem mais no aspecto dramático de toda a trama. O que gera a imediata e previsível piada de que pro brasileiro as questões trabalhistas é que são de fato o verdadeiro terror. Mas piadinhas à parte, eu acho que o que mais me cativa no longa é justamente a forma como ele lida com o terror de uma maneira sutil, sem entregar ao espectador de fato o que está por trás do eventos um tanto enigmáticos que permeiam o enredo. Acompanhamos um casal em crise financeira e todos os efeitos que isso causa na relação intra e extraconjugal. De imediato é bastante interessante perceber os dois lados da moeda, a forma masculina e a forma feminina de enfrentar essa crise, o que gera debates bastante profundos e complexos. Junto a isso, os personagens são muito bem delineados, ao mesmo tempo que você sente pena por eles, também sente asco, como se eles não enxergassem o grande esquema que está por trás de todo aquele drama de hierarquias e relações de poder. Todos esses tópicos são muito bem cumprimentados por uma direção de uma dupla que parece adorar as tomadas mais contemplativas, com cenas que não exageram em cortes ou edições frenéticas. É um filme calmo, lento, que deixa as interações e diálogos se desenvolverem, as vezes sem parecer levar a um lugar muito claro, mas nunca sem adicionar algo à experiência. Considero uma excelente contribuição ao cinema de gênero nacional, me remeteu aos trabalhos de diretores como Kiyoshi Kurosawa, mais preocupados talvez em gerar questões, em vez de dar soluções.
Água Negra
3.2 137Rio Kanno tá muito bem nesse papel como criança, a forma como ela representa torna a história bem mais apreensiva e relacionável. A dinâmica de mãe e filha aqui é provavelmente o ponto alto do filme, junto com alguns relances interessantes de terror atmosférico e umas ideias soltas que dão um sustos bem legais. O maior problema é o quanto esse filme compartilha em similaridades com o Ringu (1998), isso deixa as coisas mais previsíveis e até redundantes, embora nesse caso a parcela de drama do filme funcione bem melhor.
Eles Não Usam Black-Tie
4.3 286Adorei a ambiguidade de todos os personagens, é um filme onde todas as discussões são bastante profundas e complexas. E acho que é isso mesmo, um longa de personagens, cada um representa algum arquétipo bem interessante. A fotografia inteira tem tons amarelados e quando tem alguns cortes em tons azuis dá uma quebra tão bonita, faz você perceber a escolha estética da produção. Quanto ao contexto, um pouco melancólico talvez pensar que pouca coisa mudou, se é que não piorou de lá pra cá. É trágico, claro, mas também muito poético.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraDá não klebão
Titane
3.5 390 Assista AgoraO primeiro ato demora a engatar, mas a partir do segundo o filme se torna uma experiência piroca demais!
A Paixão de Joana d'Arc
4.5 229 Assista AgoraBem surpreendente. Há um tempo não assistia a filmes mudos, não sei nem se já assisti a um filme totalmente mudo, sem sequer trilha sonora. Então não sabia muito bem o que esperar, talvez por isso fui rapidamente surpreendido de maneira positiva. Em formato, o filme é primorosamente bem executado, com uma direção que precisa sugerir as intenções dos personagens só pelo movimento, já que apenas algumas das falas eram intercaladas com aquelas clássicas telas onde o diálogo está escrito, o que parece criar uma dependência ainda maior do trabalho do diretor pelo espectador. Somado a isso, eu pude assistir pelo release da Criterion, os caras fizeram um trabalho de remasterização absurdo, sério, a fotografia nesse release é a coisa mais linda desse mundo, tem momentos que o rosto da protagonista muda em tons, parece que inicia em tons mais claros, aos poucos escurecendo, pro final ser totalmente preto (rimando com o estado emocional da personagem). Além desses aspectos técnicos, o filme se propõe como uma recriação fidedigna do julgamento de Joana D'Arc, de acordo com o que foi registrado nos livros, o que de cara me fez ficar realmente interessado, já que eu conhecia pouco sobre a figura. E foi muito foda acompanhar o desenrolar da mentalidade da época, principalmente porque parece tudo ainda a mesma coisa, só que com novos nomes, roupas e cortes de cabelo. Acho que é um filme que mesmo tendo sido lançado em 1928, conversa bastante com temas atuais, seja em questões de autoridades falhas, instituições religiosas e misticismos, ou em questões de gênero, comportamento e modo de pensar. No final, só de imaginar que essa história realmente tenha acontecido, ainda que não dessa forma tão romântica, claro, vale a pena demais assistir!
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraPuta que pariu, Daniel Lopatin é foda demais!
O Matador
4.0 76 Assista AgoraCaralho, que filme! John Woo é deus! Em extâse depois de assistir, os pontos de decisão do filme são absurdos de eletrizantes/emocionantes, personagens muito bem construídos, porra, não achei que iria superar Hard Boiled, mas nem se compara, esse é muito foda! Tenho nem palavras, filmão!
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista AgoraCaramba, PTA é muito bom! Tem muitos enquadramentos nesse filme que dão uma profundidade às cenas que é fantástico. Além disso, a trilha e as cores são muito bem colocadas, é foda demais ver um filme de um diretor que utiliza bem esses elementos, filmão.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista AgoraQue péssima atuação do Robert Duvall, em certas cenas chega a incomodar de tão descolada do personagem e das supostas emoções que as falas transpõem. Um filme com um tema extremamente relevante, com relances de ótimos monólogos e diálogos, mas com uma péssima montagem, péssimo desenvolvimento de personagens e um roteiro dividido entre tantos conflitos distintos sem resolução/aprofundamento que chega a dar vontade de desistir de assistir por completo.
Depois de Horas
4.0 457 Assista AgoraQue filme foda! Definitivamente, pra mim, um dos melhores do Scorsese (precisaria rever uns clássicos, no entanto), toda a estrutura me lembrou, sei lá porque, uma sinfonia, tudo muito bem executado e orquestrado. O filme o tempo inteiro te faz construir certas expectativas sobre o desenrolar da trama e logo em seguida quebra tudo. Outra coisa que achei incrível, esse filme mistura tanto elementos de surrealismo, quanto comédia, suspense, thriller, que porra de filme é esse? Fiquei realmente impactado, talvez por já ter visto tantos outros do Scorsese não esperava encontrar algo na filmografia dele ainda tão surpreendente.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraQualquer coisa que o Bo colocar a mão, compro a ideia na hora. Deu pra ver bastante como os problemas de ansiedade que ele lida tão bem refletidos nesse filme, mas com uma pegada pra geração atual, o que deixa as coisas interessantes, porque ao mesmo tempo que brinca com a nostalgia das pessoas que passaram por aquelas situações (em gerações anteriores), também reflete o quanto certas tecnologias estão integradas nas nossas vidas e mudam a forma como nós percebemos o mundo a nossa volta, e como é amadurecer ao redor disso tudo. Tomara que ele (Bo Burnham) tenha recebido um feedback positivo o suficiente pra fazer próximos filmes.
Amores Expressos
4.2 355 Assista AgoraGoogle > Faye Wong > Imagens
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraBela surpresa esse garoto Krasinski na direção hein. Dirigiu de forma bem didática, sem parecer óbvio demais, te conta tudo que você precisa saber sobre a trama só com detalhes espalhados por todo o filme, o que aumentou bastante o valor de replay do filme. Tem alguns probleminhas, mas sem dúvida os pontos fortes me deixaram bem mais contente do que potencialmente incomodado.
A brincadeira com os sentidos humanos já foi bastante explorada pelo cinema de terror, como em Abismo do Medo, O Homem Nas Trevas, e nesse caso em específico lembrou bastante Hush,outro filme que brinca de maneira bem interessante também com sonoplastia e sons em geral. Acredito que aqui o diretor foi além, porque soube muito bem estabelecer as regras do próprio universo e segui-las de forma coerente, sem desperdiçar as premissas que estabeleceu. Ótima contribuição pro gênero.
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
4.1 335 Assista AgoraO primeiro ato é bem entusiasmante e interessante. Em compensação o segundo e terceiro atos são um loop inifinito com os mesmos conflitos se repetindo, com algumas ações um tanto contraditórias dos personagens e um fim previsível.
Dia dos Mortos
3.7 304 Assista AgoraMuito bom marquinhos.
Inimigo Meu
3.8 269 Assista AgoraÓtimos efeitos práticos, ambientação e sonoplastia. É um filme bem alegórico e bastante interessante por abrir margem à diversas interpretações, embora, infelizmente, tenha alguns problemas na sua parte final.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 966 Assista AgoraAcho que já não é preciso muito esforço pra perceber que essa trilogia é um puta clássico. São tantas camadas que o enredo, tanto nesse quanto nos outros dois filmes, aborda que dá vontade que esse universo não se encerre nunca. Mesmo assim, que belo final pra esse arco que foi a história do Caesar, um excelente personagem e uma aula de como bem construir um universo fantástico.
Coração Satânico
3.9 494fraco d++
Noite dos Arrepios
3.5 198 Assista AgoraTem uma ost bacana, mas #oskratrola
Senta a Pua!
4.3 35Esse documentário demonstra muito bem como o conhecimento empírico é insubstituível. Quaisquer histórias que se leia em livros, registros, até mesmo vídeos, não são capazes de fornecer a riqueza de detalhes que é experienciar alguma situação, tal como a guerra.
Ver filmes sobre soldados americanos, poloneses, alemães e nacionalidades a fora, é algo até comum, mas ouvir e ver esses relatos, de brasileiros, vindos de um país que estava ao mesmo tempo tão dentro da guerra quanto fora, é surreal.
É muito interessante notar como em meio a crueldade da guerra, coisas como a solidariedade, piedade e outras virtudes se ressaltam. Nós nunca enxergarmos os indivíduos que compõem os exércitos, sejam eles inimigos ou aliados, aliás, nós raramente enxergamos os indivíduos em geral, acho que é porque é tão mais fácil simplesmente embalarmos todos os estranhos à nossa realidade dentro das nossas concepções e pré-concepções, do que de fato tentar desvendar as suas personalidades e toda a jornada que possa os ter levado até ali.
Se enxergar dentro do olho daquele que nós somos treinados a encarar como inimigo é como um suspiro de consciência, é quando entendemos, nem que seja por um breve momento, que a despeito de todas essas diferenças, somos todos iguais.