Eu me diverti uma boa parte dele. Assisti esperando o pior. dinâmica entre as três protagonistas é ótima. A segunda metade cai bastante. Tem coisas nesse filme que não dá pra defender. MAS dentro dos critérios de um filme do MCU achei o hate desproporcional. Pra mim está no mesmo nível dos filmes do Thor e do Homem-Formiga, só que com a Monica e a Kamala que são personagens que eu gosto muito mais. E toda a sequência de Aladna (o nome que escolheram pra esse planeta, meu pai risos) é RIDÍCULA, mas eu ri muito e me diverti com ela.
O fim do mundo só importa pra quem se importa. Acho que esse é um bom jeito de resumir a temática do suspense de desastre do Sam Esmail, “O Mundo Depois de Nós”, da Netflix. Sinto que muita gente vai ficar insatisfeito com a forma com que ele aborda um cenário apocalíptico, mas eu amei quase todas as escolhas dele. Pra começo de conversa, ele tirou 10/10 na escola Alfred Hitchcock de suspense, com direito a referências diretas ao diretor… tem muito, mas MUITO MESMO, de “Intriga Internacional” aqui, e não é à toa: estamos falando de dois filmes que lidam com a paranoia. E a paranoia aqui, vai além da paranoia que vivemos hoje, inclusive, sobre como vai ser o fim do mundo (eu tenho cá minhas crenças cristãs, mas mesmo sem elas, sei que muita gente concorda comigo que parece que a gente caminha SEM as mãos dadas pro colapso da humanidade). O filme é também sobre a paranoia que a gente alimenta nas nossa relações um com o outro. E aqui, cada personagem vai lidar de maneiras muito diferentes com essa paranoia. Seja por conta da idade, da geração, da classe social, da profissão, do gênero ou raça. Aliás, eu fiquei impressionado com a forma com que o filme trata com sutileza, e ainda assim com profundidade, sobre a questão racial. Daí você lê os créditos e percebe que o filme é produzido por Barack e Michelle Obama e não só: é baseado num livro escrito por um autor asiático de pele escura, Ruuman Alam, nascido nos Estados Unidos, mas filho de um casal de Bangladesh. Mas olha, o filme me deixou com vontade de ler o livro. É um EXCELENTE suspense. A escolha dos enquadramentos, composição de quadro, cores, os figurinos, tudo contribui pra que a construção de tensão em várias sequências seja absurda. E fazia tempo que eu não via um filme que me deixasse tão tenso. Mas essa tensão vai além dos momentos em que o mundo diz que está acabando pra essas duas famílias que se encontram no fim do mundo, literal e figurativo: é uma tensão sobre confiar nas pessoas. Como confiar nas pessoas, se eu não posso confiar na humanidade? E é a partir dessa linha muito tênue entre pessimismo e esperança, que Esmail costura um ótimo filme que prefere focar na intimidade das pessoas diante do caos, do que no caos em si. Afinal, o fim do mundo só importa se as pessoas importam.
Eu acho engraçado como o terror é pessoal e divide opiniões. Muito do que o pessoal não curtiu é na real o que eu mais curti. Pra mim não tem nada como um bom terror de construção lenta que te intriga pelo que "pode vir a ser" mais do que pelo que está acontecendo. Eu gosto de um bom mistério com uma mitologia que é construída de forma lenta e que ao final se encaixa para mostrar que
o protagonista está ferrado de qualquer jeito pq ele entendeu alguma coisa errado
Um dos poucos found footage que tive paciência de ver. Gosto muito mais do que Atividade Paranormal inclusive que me deu sono e não me intrigou de forma alguma.
O filme com certeza descerá melhor pela garganta de quem já se acostumou com a linguagem do afrosurrealismo. Seja nas mãos do Donald Glover ('Atlanta') ou do Boots Riley ('Desculpe te Incomodar', 'Sou de Virgem"), eu sou muito feliz que esse movimento chegou às telas e continua crescendo. "Clonaram Tyrone" é mais um exemplo de como esse gênero pode explorar questões sociais em enredos divertidos, com personagens intrigantes e de formas que o cinema "de branco" não pode e não consegue. O filme desce melhor pela garganta também de quem entende que além de afrossurrealista, é tb um blaxploitation dos anos 2020 CHEIO de referências à história e cultura negra. Desce pra quem também entende que a ficção científica, a aventura e a fantasia no audiovisual ainda são gêneros pouco habitados por pele preta escrita por mãos pretas. Ver a Teyonah Parris sendo a Nancy Drew do gueto é uma das melhores coisas que vi nos últimos tempos. E, claro, o filme desce melhor também pela garganta de quem tem letramento racial e entende que tem críticas óbvias ali, mas tem alguns detalhes que estão na sutileza. Muitas e muitas camadas de identificação. Filmaço!
Aaaaaah que filme bem feitooo! Eu esperava algo mais pesado (falo graficamente mesmo, pq o tema é pesadíssimo) e um pouco mais sobrenatural até do que foi, mas eu gostei MUITO do que recebi. Acho que a nota baixa tem muito a ver com expectativa, pq o filme tem umas conveniências e a suspensão de descrença tem que estar alta em alguns momentos, mas ganha pontos demais por: 1) constrói MUITO bem a tensão; 2) faz você se importar com a família do protagonista e a jornada deles é excelente; 3) é uma ideia original e, pode até não ter sido executada como a galera esperava, mas foi bem executada. Nada me deixa mais triste que uma ideia original e boa mal executada; 4) a atuação do Ethan Hawke ser excelente não é surpresa nenhuma, inclusive por trás de uma máscara quase o tempo todo (e eu sinceramente acho que o The Grabber poderia ter sido melhor aproveitado como vilão, senti falta de mais dele no filme... mas não senti falta de um backstory pra ele, acho que ele é melhor sem sabermos muito sobre mesmo), mas as crianças me impressionaram demais. Espero vê-los em mais trabalhos; 5) a direção do Derrickson aqui é irretocável. Alguns podem achar que o filme tem problemas de ritmo, mas uma vez que você entende a proposta dele e embarca nela, você percebe que o filme tem a cadência correta para o que ele quer passar. E que cinematografia deslumbrante! Bem filmado e enquadrado demais esse filme! O filme me deixou curioso pra ler o conto no qual foi baseado e isso é sempre um bom sinal. Enfim. Vale a pena.
Esse filme talvez pareça algo non sense demais para o gosto ocidental, mas os Daniéis diretores certamente abraçaram as influências do cinema oriental, especialmente de Hong Kong para arquitetar essa obra prima. Me lembrei do vídeo do Quadro em Branco falando sobre o cinema de Hong Kong e K-Pop, que é um gênero musical que em seu pico causa muito estranhamento no público ocidental pela mistura de muitas coisas que na nossa cabeça não combinam entre si. Então a experiência de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, além dessas características que desafiam completamente as expectativas de gênero (o filme é de drama, de ação, sci-fi, fantasia, aventura, comédia etc.) e do que é um filme, ainda tem no próprio cerne da sua premissa, o caos e a loucura de um multiverso (sem trocadilhos aqui). Um filmaço!
Benedict Cumberbatch, Sam Raimi (e equipe) e Danny Elfman com escoliose por carregarem o filme nas costas. Sam entregou TUDO enquanto a Marvel eem si com o roteiro e planejamento não entregaram absolutamente nada. Enquanto a direção dramática, exagerada, criativa e muito divertida do Sam Raimi é diversão garantida (casada lindamente com a trilha do Elfman), o roteiro tem mais buracos que a tiara da Wanda, que aliás, TODO o desenvolvimento dela é completamente apoiado na série, ou seja, MCU a maior venda casada da história. Eu gostei da America, é bem mais "domada" que a dos quadrinhos, mas é carismática e a atriz tem talento. Sobre os fatídicos cameos
é fan service e nada mais. Não aguento mais ver o Professor X do Patrick Stewart morrer. três vezes, pelo amor de Deus. Aquele arco """"""super desenvolvido""""""" da América dá pra ser contado em três quadrinhos. Vi até um meme: "não sei controlar meus poderes" "sabe sim" "OMG es verdad". outra coisa: Strange 616: "eu olhei 14 milhões de possibilidades e só em uma delas a gente vence o Thanos" Illuminatti: "ah, não, dava pra derrotar com esse livrinho aqui". Isso pra citar algumas coisas.
Eu tô rindo demais com o povo dando nota negativa pq: 1) o filme é lento. acho que esperavam um épico de ação, receberam um filme noir de investigação muito bem escrito. precisava sim das 3h pq são muitos personagens que precisam ser trabalhados com calma; 2) preconceito não curado com o Robert Pattinson e falta de entender qual é a do Batman desse filme. É um Batman mais jovem, inexperiente, que ainda não entende a importância da máscara do Bruce Wayne pra se manter Batman. Ele tb é um Batman deprimido, logo, extremamente apático, e Pattinson intepreta essa pessoa apática brilhantemente pq toda a raiva, a revolta, o desespero que ele demonstra no decorrer do filme, é sutil, porém evidente, algo muito difícil de se fazer (li um comentário que reclamou que ele é efeminado, plmdds 2022 e o povo falando disso; 3) vi gente falando que tem muita militância. kakakak. MDS tinha que ter mesmo. Já passou da hora dessas adaptações mais realistas do herói reconhecerem como é estranho um bilionário mascarado batendo em pobre na rua, quando o maior problema são os políticos no poder. Fora que a tal """'militância"""" desse filme não chega nem perto do que poderia ser. Eles vão até onde o canon do personagem permite e até onde o liberalismo estadunidense deixa. Povo tá frágil demais hj em dia pra questionamentos sociais.
Cumpre muito bem o propósito de ser um drama familiar de superação com temática cristã. O único vício de filme "gospel" que eu achei que prejudicou a história é essa mania de botar músicas worship no meio de cenas emocionantes, quando uma faixa instrumental funcionaria bem melhor. Chrissy Metz é uma potência. Fica me fazendo chorar em tudo o que faz rs. E como bom crente manteiga derretida que sou, obviamente chorei horrores hahahaa.
O elenco é bom e a premissa é ótima. Num geral acaba não desenvolvendo tanto os personagens como poderia no tempo que tem, então tira um pouco do peso emocional que poderia ter. Teria umas lições a aprender com The Chosen rs.
Saí do cinema querendo voltar e ver tudo de novo. As 3h nem são sentidas (e eu tava com vontade de ir no banheiro durante a sessão). A estrela do filme é o design de som. Sem exageros, merece oscar. A trilha sonora do Giacchino é uma personagem do filme. Perfeita. A cinematografia icônica. A Gotham perfeita. Uma mistura da Gotham nojenta de Coringa, com a gótica do Tim Burton e toques do noir neon de Blade Runner. O Charada é um vilão icônico. Paul Dano entregou TUDO. Zoe Kravitz é a Selina Kyle dos quadrinhos. Pattinson fez um ótimo trabalho, John Tuturro espetacular (acho que nem todo mundo reparará nele), Colin Farrell entregou muito, Jeffrey Wright tb. A atmosfera de Noir foi acertada em CHEIO. O Batman é o meu Batman preferido. Ele É a sombra e ele é a sombra perfeita. Matt Reeves pode pegar o bastão e ficar com ele.
Acho que o público subestima esse filme por nostalgia do outro. Não é uma obra prima, mas a real é que tá longe de ser ruim. Eu diria que é uma atualização bem vinda e, em diversos sentidos, mais verossímil que o original. Cumpre o propósito de ser um terror divertido.
Dei duas estrelas e meia pelo elenco que é promissor e a ideia que é ótima. Mas as duas coisas foram ARRUINADAS por um roteiro plástico, sem vida, sem criatividade etc. Depois de Fear Street tava até botando fé numa premissa massa. Mas me enganei.
O primeiro filme tem uma atmosfera mais assustadora e mística, isso é um fato. O clima de investigação e mistério que o primeiro tem, ajuda nisso. Ele estabelece muito bem a mitologia que vem ser resgatada e ressignificada pela Nia DaCosta aqui. Quando assisti o primeiro e escrevi a mini-resenha aqui no Filmow, eu falei que o maior problema do outro filme é um problema de consistência nos subgêneros pelos quais o Bernard Rose passeou. Ele erra a mão em vários deles. A Nia quase faz a mesma coisa, mas acho que ela mantém o clima mais consistente. E ao contrário de muitos aqui, que vi que acharam que a mitologia foi desperdiçada, eu só enxerguei uma expansão muito mais interessante e relevante do que ela é. Muitos reclamaram da mensagem social se sobrepor ao horror, mas sinceramente, a mensagem social é o horror. Esse é o horror e o desespero que funcionam. Aqui, Nia corrige, inclusive, o que pra mim foi o principal erro de Rose no original ao transformar a Helen numa lenda boba, e ressignifica isso de uma forma tão simbólica e tão carregada de verdade para os tempos de hoje, que só posso aplaudir. E mais, o filme é tão imprevisível quanto o primeiro. Você meio que vê os caminhos de Helen e do Anthony descerem pra onde eles descem, mas como a história será resolvida (ou não), é impossível prever em ambas as obras, e acho isso uma qualidade excelente compartilhada pelas duas. O filme não é perfeito, tem problemas de ritmo e poderia rearranjar algumas coisinhas na ordem de acontecimentos do roteiro. Mas merece muito mais reconhecimento. A direção visual da Nia unido ao talento do John Guleserian na cinematografia criou uma peça lindíssima e visualmente criativa. Pra mim esse e o original estão pau a pau, justamente por um acertar no que o outro erra e vice-versa, mas quis dar meia estrela a mais do que dei pro outro, pra equilibrar a gratuidade das críticas.
Esse filme SURRA a maioria dos outros filmes da Marvel em VÁRIOS sentidos. Guardadas as coisas inevitáveis por fazer parte do MCU, é um dos poucos filmes que funciona sozinho, o filme consegue criar drama consistente e ação muito boa. ÓDIO que mataram essa personagem e depois nos deram um gostinho do que ela poderia ter sido. Depois volto com uma crítica mais detalhada e séria.
Que filme desafiador. Não desafiador de se assistir, na verdade ele é bem intrigante e prende na maior parte do tempo. Desafiador no sentido de desafiar o que se pensa. A cinematografia IMPECÁVEL, figurinos excelentes, mas quero destacar a narrativa. A primeira coisa que o filme desafia são as expectativas de gênero. Ele passeia por diversos gêneros e subgêneros e as transições são suaves e orgânicas e exatamente por isso, desafiadoras. Se fossem bruscas e mal feitas, elas apenas pareceriam ruins como as de um Hancock da vida. Mas elas fazem total sentido na direção que a narrativa toma. A maioria dos filmes que envolvem a vingança de um estupro são filmes extremamente violentos e sangrentos que fazem com que a mulher cruze os limites da lei de tal forma que fica até difícil transferir a discussão para a realidade. Vi algumas pessoas aí embaixo que não curtiram o filme e a maioria delas sequer consegue perceber as nuances envolvidas. O filme claramente é realista no que se propõe a discutir e, infelizmente,
. Mas ele não é realista no sentido completo. Assim como filmes de justiceiros em geral, o filme faz um exercício de entender como seria se alguém realmente desafiasse o que nós não costumamos culturalmente desafiar. E nesse sentido ele é desafiador. A galera parece querer que todo filme que aborde esse assunto mostre alguma cena chocante de abuso e eu achei de uma genialidade extrema que não VEMOS o que aconteceu. A gente não precisa. Todo mundo sabe. Fazer o que Gaspar Noé faz em Irreversível, por exemplo, é algo completamente desnecessário. O choque pelo choque não adianta nada se não desafia as concepções sutis e culturais que levam as pessoas a pensarem no que leva a coisa principal a acontecer. Isso além de criar suspense justamente por nos deixar tensos o tempo inteiro esperando que o pior aconteça. Ora essas expectativas são atendidas, ora são desafiadas. O filme não é perfeito, tem alguns problemas mínimos de ritmo. Mas acho curioso que quem não gostou e explicou o pq de não gostar, simplesmente aponta defeitos que não são defeitos REAIS do filme. São desafios do filme à nossa mentalidade. E apesar de alguns eventos serem previsíveis - justamente os elementos mais realistas -, outros são completamente supreendentes justamente por desafiarem o que aconteceria na vida real. Na vida real, nem mesmo o
Me perguntando o que duas ganhadoras de oscar como a Octavia Spencer e Melissa Leo estão fazendo nesse filme. Até a própria Melissa já esteve em coisa melhor e Jason Bateman foi indicado a Emmy por Ozark, plmdds. Vergonha alheia total e do pior tipo. (Obs.: fui obrigado a assistir de galera rs).
Minha maior pergunta é: pq "Queen & Slim" não é um hit clássico instantâneo? que filme! Melina Matsoukas já tinha arrebentado com o Lemonade. Mas estou ansioso pra ver mais longas dela. E Jodie Turner-Smith e Daniel Kaluuya fazem TUDO! Espero que se torne um late classic.
Duas estrelas pela ideia de mundo, que é interessante e pelos visuais que, apesar de nem sempre bem feitos (CGI meio ruim), são bem planejados. De resto, uma narrativa horrível, previsível, cheia de clichês. Talvez tivesse se dado melhor como uma minissérie, ao invés de um filme. Mais tempo pra trabalhar o enredo bagunçado.
Como enalteci Os Cambito da Rainha, me senti na obrigação moral de ir ver esse filme e conhecer a Beth Harmon da vida real - que se chama Phiona Mutesi, é preta e de Uganda. Pensa num filme que parte e aquece o coração igual?
As Marvels
2.8 397 Assista AgoraEu me diverti uma boa parte dele. Assisti esperando o pior. dinâmica entre as três protagonistas é ótima. A segunda metade cai bastante. Tem coisas nesse filme que não dá pra defender. MAS dentro dos critérios de um filme do MCU achei o hate desproporcional. Pra mim está no mesmo nível dos filmes do Thor e do Homem-Formiga, só que com a Monica e a Kamala que são personagens que eu gosto muito mais. E toda a sequência de Aladna (o nome que escolheram pra esse planeta, meu pai risos) é RIDÍCULA, mas eu ri muito e me diverti com ela.
O Mundo Depois de Nós
3.2 879 Assista Agorakkkk impressionado com a quantidade de gente que achou essa obra maravilhosa ruim dizendo que o cinema morreu. gosto realmente é um negócio né..?
O Mundo Depois de Nós
3.2 879 Assista AgoraO fim do mundo só importa pra quem se importa.
Acho que esse é um bom jeito de resumir a temática do suspense de desastre do Sam Esmail, “O Mundo Depois de Nós”, da Netflix.
Sinto que muita gente vai ficar insatisfeito com a forma com que ele aborda um cenário apocalíptico, mas eu amei quase todas as escolhas dele.
Pra começo de conversa, ele tirou 10/10 na escola Alfred Hitchcock de suspense, com direito a referências diretas ao diretor… tem muito, mas MUITO MESMO, de “Intriga Internacional” aqui, e não é à toa: estamos falando de dois filmes que lidam com a paranoia. E a paranoia aqui, vai além da paranoia que vivemos hoje, inclusive, sobre como vai ser o fim do mundo (eu tenho cá minhas crenças cristãs, mas mesmo sem elas, sei que muita gente concorda comigo que parece que a gente caminha SEM as mãos dadas pro colapso da humanidade). O filme é também sobre a paranoia que a gente alimenta nas nossa relações um com o outro.
E aqui, cada personagem vai lidar de maneiras muito diferentes com essa paranoia. Seja por conta da idade, da geração, da classe social, da profissão, do gênero ou raça.
Aliás, eu fiquei impressionado com a forma com que o filme trata com sutileza, e ainda assim com profundidade, sobre a questão racial. Daí você lê os créditos e percebe que o filme é produzido por Barack e Michelle Obama e não só: é baseado num livro escrito por um autor asiático de pele escura, Ruuman Alam, nascido nos Estados Unidos, mas filho de um casal de Bangladesh. Mas olha, o filme me deixou com vontade de ler o livro.
É um EXCELENTE suspense. A escolha dos enquadramentos, composição de quadro, cores, os figurinos, tudo contribui pra que a construção de tensão em várias sequências seja absurda. E fazia tempo que eu não via um filme que me deixasse tão tenso. Mas essa tensão vai além dos momentos em que o mundo diz que está acabando pra essas duas famílias que se encontram no fim do mundo, literal e figurativo: é uma tensão sobre confiar nas pessoas. Como confiar nas pessoas, se eu não posso confiar na humanidade?
E é a partir dessa linha muito tênue entre pessimismo e esperança, que Esmail costura um ótimo filme que prefere focar na intimidade das pessoas diante do caos, do que no caos em si.
Afinal, o fim do mundo só importa se as pessoas importam.
Noroi: A Lenda de Kagutaba
3.3 159Eu acho engraçado como o terror é pessoal e divide opiniões. Muito do que o pessoal não curtiu é na real o que eu mais curti. Pra mim não tem nada como um bom terror de construção lenta que te intriga pelo que "pode vir a ser" mais do que pelo que está acontecendo. Eu gosto de um bom mistério com uma mitologia que é construída de forma lenta e que ao final se encaixa para mostrar que
o protagonista está ferrado de qualquer jeito pq ele entendeu alguma coisa errado
Um dos poucos found footage que tive paciência de ver. Gosto muito mais do que Atividade Paranormal inclusive que me deu sono e não me intrigou de forma alguma.
Clonaram Tyrone!
3.4 81 Assista AgoraO filme com certeza descerá melhor pela garganta de quem já se acostumou com a linguagem do afrosurrealismo. Seja nas mãos do Donald Glover ('Atlanta') ou do Boots Riley ('Desculpe te Incomodar', 'Sou de Virgem"), eu sou muito feliz que esse movimento chegou às telas e continua crescendo.
"Clonaram Tyrone" é mais um exemplo de como esse gênero pode explorar questões sociais em enredos divertidos, com personagens intrigantes e de formas que o cinema "de branco" não pode e não consegue.
O filme desce melhor pela garganta também de quem entende que além de afrossurrealista, é tb um blaxploitation dos anos 2020 CHEIO de referências à história e cultura negra. Desce pra quem também entende que a ficção científica, a aventura e a fantasia no audiovisual ainda são gêneros pouco habitados por pele preta escrita por mãos pretas. Ver a Teyonah Parris sendo a Nancy Drew do gueto é uma das melhores coisas que vi nos últimos tempos.
E, claro, o filme desce melhor também pela garganta de quem tem letramento racial e entende que tem críticas óbvias ali, mas tem alguns detalhes que estão na sutileza. Muitas e muitas camadas de identificação.
Filmaço!
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraAaaaaah que filme bem feitooo!
Eu esperava algo mais pesado (falo graficamente mesmo, pq o tema é pesadíssimo) e um pouco mais sobrenatural até do que foi, mas eu gostei MUITO do que recebi. Acho que a nota baixa tem muito a ver com expectativa, pq o filme tem umas conveniências e a suspensão de descrença tem que estar alta em alguns momentos, mas ganha pontos demais por: 1) constrói MUITO bem a tensão; 2) faz você se importar com a família do protagonista e a jornada deles é excelente; 3) é uma ideia original e, pode até não ter sido executada como a galera esperava, mas foi bem executada. Nada me deixa mais triste que uma ideia original e boa mal executada; 4) a atuação do Ethan Hawke ser excelente não é surpresa nenhuma, inclusive por trás de uma máscara quase o tempo todo (e eu sinceramente acho que o The Grabber poderia ter sido melhor aproveitado como vilão, senti falta de mais dele no filme... mas não senti falta de um backstory pra ele, acho que ele é melhor sem sabermos muito sobre mesmo), mas as crianças me impressionaram demais. Espero vê-los em mais trabalhos; 5) a direção do Derrickson aqui é irretocável. Alguns podem achar que o filme tem problemas de ritmo, mas uma vez que você entende a proposta dele e embarca nela, você percebe que o filme tem a cadência correta para o que ele quer passar. E que cinematografia deslumbrante! Bem filmado e enquadrado demais esse filme!
O filme me deixou curioso pra ler o conto no qual foi baseado e isso é sempre um bom sinal.
Enfim. Vale a pena.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraEsse filme talvez pareça algo non sense demais para o gosto ocidental, mas os Daniéis diretores certamente abraçaram as influências do cinema oriental, especialmente de Hong Kong para arquitetar essa obra prima. Me lembrei do vídeo do Quadro em Branco falando sobre o cinema de Hong Kong e K-Pop, que é um gênero musical que em seu pico causa muito estranhamento no público ocidental pela mistura de muitas coisas que na nossa cabeça não combinam entre si.
Então a experiência de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, além dessas características que desafiam completamente as expectativas de gênero (o filme é de drama, de ação, sci-fi, fantasia, aventura, comédia etc.) e do que é um filme, ainda tem no próprio cerne da sua premissa, o caos e a loucura de um multiverso (sem trocadilhos aqui).
Um filmaço!
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraBenedict Cumberbatch, Sam Raimi (e equipe) e Danny Elfman com escoliose por carregarem o filme nas costas. Sam entregou TUDO enquanto a Marvel eem si com o roteiro e planejamento não entregaram absolutamente nada.
Enquanto a direção dramática, exagerada, criativa e muito divertida do Sam Raimi é diversão garantida (casada lindamente com a trilha do Elfman), o roteiro tem mais buracos que a tiara da Wanda, que aliás, TODO o desenvolvimento dela é completamente apoiado na série, ou seja, MCU a maior venda casada da história.
Eu gostei da America, é bem mais "domada" que a dos quadrinhos, mas é carismática e a atriz tem talento.
Sobre os fatídicos cameos
é fan service e nada mais. Não aguento mais ver o Professor X do Patrick Stewart morrer. três vezes, pelo amor de Deus. Aquele arco """"""super desenvolvido""""""" da América dá pra ser contado em três quadrinhos. Vi até um meme: "não sei controlar meus poderes" "sabe sim" "OMG es verdad".
outra coisa: Strange 616: "eu olhei 14 milhões de possibilidades e só em uma delas a gente vence o Thanos"
Illuminatti: "ah, não, dava pra derrotar com esse livrinho aqui". Isso pra citar algumas coisas.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraEu tô rindo demais com o povo dando nota negativa pq:
1) o filme é lento. acho que esperavam um épico de ação, receberam um filme noir de investigação muito bem escrito. precisava sim das 3h pq são muitos personagens que precisam ser trabalhados com calma;
2) preconceito não curado com o Robert Pattinson e falta de entender qual é a do Batman desse filme. É um Batman mais jovem, inexperiente, que ainda não entende a importância da máscara do Bruce Wayne pra se manter Batman. Ele tb é um Batman deprimido, logo, extremamente apático, e Pattinson intepreta essa pessoa apática brilhantemente pq toda a raiva, a revolta, o desespero que ele demonstra no decorrer do filme, é sutil, porém evidente, algo muito difícil de se fazer (li um comentário que reclamou que ele é efeminado, plmdds 2022 e o povo falando disso;
3) vi gente falando que tem muita militância. kakakak. MDS tinha que ter mesmo. Já passou da hora dessas adaptações mais realistas do herói reconhecerem como é estranho um bilionário mascarado batendo em pobre na rua, quando o maior problema são os políticos no poder. Fora que a tal """'militância"""" desse filme não chega nem perto do que poderia ser. Eles vão até onde o canon do personagem permite e até onde o liberalismo estadunidense deixa. Povo tá frágil demais hj em dia pra questionamentos sociais.
Superação - O Milagre da Fé
3.6 236 Assista AgoraCumpre muito bem o propósito de ser um drama familiar de superação com temática cristã. O único vício de filme "gospel" que eu achei que prejudicou a história é essa mania de botar músicas worship no meio de cenas emocionantes, quando uma faixa instrumental funcionaria bem melhor. Chrissy Metz é uma potência. Fica me fazendo chorar em tudo o que faz rs.
E como bom crente manteiga derretida que sou, obviamente chorei horrores hahahaa.
Ressurreição
3.4 181 Assista AgoraO elenco é bom e a premissa é ótima. Num geral acaba não desenvolvendo tanto os personagens como poderia no tempo que tem, então tira um pouco do peso emocional que poderia ter. Teria umas lições a aprender com The Chosen rs.
Uma Dobra no Tempo
2.3 329 Assista AgoraMDS o que rolou aqui?
O que esse elenco tá fazendo nesse filme? Aliás, o que aconteceu com a Ava DuVernay???
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraSaí do cinema querendo voltar e ver tudo de novo.
As 3h nem são sentidas (e eu tava com vontade de ir no banheiro durante a sessão).
A estrela do filme é o design de som. Sem exageros, merece oscar.
A trilha sonora do Giacchino é uma personagem do filme. Perfeita.
A cinematografia icônica.
A Gotham perfeita. Uma mistura da Gotham nojenta de Coringa, com a gótica do Tim Burton e toques do noir neon de Blade Runner.
O Charada é um vilão icônico.
Paul Dano entregou TUDO. Zoe Kravitz é a Selina Kyle dos quadrinhos. Pattinson fez um ótimo trabalho, John Tuturro espetacular (acho que nem todo mundo reparará nele), Colin Farrell entregou muito, Jeffrey Wright tb.
A atmosfera de Noir foi acertada em CHEIO.
O Batman é o meu Batman preferido. Ele É a sombra e ele é a sombra perfeita.
Matt Reeves pode pegar o bastão e ficar com ele.
Brinquedo Assassino
2.7 612 Assista AgoraAcho que o público subestima esse filme por nostalgia do outro. Não é uma obra prima, mas a real é que tá longe de ser ruim. Eu diria que é uma atualização bem vinda e, em diversos sentidos, mais verossímil que o original. Cumpre o propósito de ser um terror divertido.
Tem Alguém na sua Casa
2.3 239Dei duas estrelas e meia pelo elenco que é promissor e a ideia que é ótima. Mas as duas coisas foram ARRUINADAS por um roteiro plástico, sem vida, sem criatividade etc.
Depois de Fear Street tava até botando fé numa premissa massa. Mas me enganei.
A Lenda de Candyman
3.3 508 Assista AgoraO primeiro filme tem uma atmosfera mais assustadora e mística, isso é um fato. O clima de investigação e mistério que o primeiro tem, ajuda nisso. Ele estabelece muito bem a mitologia que vem ser resgatada e ressignificada pela Nia DaCosta aqui.
Quando assisti o primeiro e escrevi a mini-resenha aqui no Filmow, eu falei que o maior problema do outro filme é um problema de consistência nos subgêneros pelos quais o Bernard Rose passeou. Ele erra a mão em vários deles. A Nia quase faz a mesma coisa, mas acho que ela mantém o clima mais consistente.
E ao contrário de muitos aqui, que vi que acharam que a mitologia foi desperdiçada, eu só enxerguei uma expansão muito mais interessante e relevante do que ela é. Muitos reclamaram da mensagem social se sobrepor ao horror, mas sinceramente, a mensagem social é o horror. Esse é o horror e o desespero que funcionam.
Aqui, Nia corrige, inclusive, o que pra mim foi o principal erro de Rose no original ao transformar a Helen numa lenda boba, e ressignifica isso de uma forma tão simbólica e tão carregada de verdade para os tempos de hoje, que só posso aplaudir. E mais, o filme é tão imprevisível quanto o primeiro. Você meio que vê os caminhos de Helen e do Anthony descerem pra onde eles descem, mas como a história será resolvida (ou não), é impossível prever em ambas as obras, e acho isso uma qualidade excelente compartilhada pelas duas.
O filme não é perfeito, tem problemas de ritmo e poderia rearranjar algumas coisinhas na ordem de acontecimentos do roteiro. Mas merece muito mais reconhecimento.
A direção visual da Nia unido ao talento do John Guleserian na cinematografia criou uma peça lindíssima e visualmente criativa.
Pra mim esse e o original estão pau a pau, justamente por um acertar no que o outro erra e vice-versa, mas quis dar meia estrela a mais do que dei pro outro, pra equilibrar a gratuidade das críticas.
Encontro de Casais
2.7 639 Assista AgoraGente, o que esse elenco tá fazendo nesse filme?
Viúva Negra
3.5 1K Assista AgoraEsse filme SURRA a maioria dos outros filmes da Marvel em VÁRIOS sentidos.
Guardadas as coisas inevitáveis por fazer parte do MCU, é um dos poucos filmes que funciona sozinho, o filme consegue criar drama consistente e ação muito boa. ÓDIO que mataram essa personagem e depois nos deram um gostinho do que ela poderia ter sido.
Depois volto com uma crítica mais detalhada e séria.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraQue filme desafiador.
Não desafiador de se assistir, na verdade ele é bem intrigante e prende na maior parte do tempo. Desafiador no sentido de desafiar o que se pensa.
A cinematografia IMPECÁVEL, figurinos excelentes, mas quero destacar a narrativa. A primeira coisa que o filme desafia são as expectativas de gênero. Ele passeia por diversos gêneros e subgêneros e as transições são suaves e orgânicas e exatamente por isso, desafiadoras. Se fossem bruscas e mal feitas, elas apenas pareceriam ruins como as de um Hancock da vida. Mas elas fazem total sentido na direção que a narrativa toma.
A maioria dos filmes que envolvem a vingança de um estupro são filmes extremamente violentos e sangrentos que fazem com que a mulher cruze os limites da lei de tal forma que fica até difícil transferir a discussão para a realidade.
Vi algumas pessoas aí embaixo que não curtiram o filme e a maioria delas sequer consegue perceber as nuances envolvidas. O filme claramente é realista no que se propõe a discutir e, infelizmente,
realista no seu desfecho trágico também
Mas ele não é realista no sentido completo. Assim como filmes de justiceiros em geral, o filme faz um exercício de entender como seria se alguém realmente desafiasse o que nós não costumamos culturalmente desafiar. E nesse sentido ele é desafiador.
A galera parece querer que todo filme que aborde esse assunto mostre alguma cena chocante de abuso e eu achei de uma genialidade extrema que não VEMOS o que aconteceu. A gente não precisa. Todo mundo sabe. Fazer o que Gaspar Noé faz em Irreversível, por exemplo, é algo completamente desnecessário. O choque pelo choque não adianta nada se não desafia as concepções sutis e culturais que levam as pessoas a pensarem no que leva a coisa principal a acontecer. Isso além de criar suspense justamente por nos deixar tensos o tempo inteiro esperando que o pior aconteça. Ora essas expectativas são atendidas, ora são desafiadas.
O filme não é perfeito, tem alguns problemas mínimos de ritmo. Mas acho curioso que quem não gostou e explicou o pq de não gostar, simplesmente aponta defeitos que não são defeitos REAIS do filme. São desafios do filme à nossa mentalidade.
E apesar de alguns eventos serem previsíveis - justamente os elementos mais realistas -, outros são completamente supreendentes justamente por desafiarem o que aconteceria na vida real. Na vida real, nem mesmo o
pouco de vitória que ela consegue ao final ao enviar os caras pra julgamento
Esquadrão Trovão
2.4 189 Assista AgoraMe perguntando o que duas ganhadoras de oscar como a Octavia Spencer e Melissa Leo estão fazendo nesse filme. Até a própria Melissa já esteve em coisa melhor e Jason Bateman foi indicado a Emmy por Ozark, plmdds. Vergonha alheia total e do pior tipo. (Obs.: fui obrigado a assistir de galera rs).
Fada Madrinha
3.2 83sejamos sinceros, alguém esperava algo diferente do que o filme foi?
Queen & Slim
4.3 298 Assista AgoraMinha maior pergunta é: pq "Queen & Slim" não é um hit clássico instantâneo? que filme! Melina Matsoukas já tinha arrebentado com o Lemonade. Mas estou ansioso pra ver mais longas dela. E Jodie Turner-Smith e Daniel Kaluuya fazem TUDO! Espero que se torne um late classic.
Máquinas Mortais
2.7 467 Assista AgoraDuas estrelas pela ideia de mundo, que é interessante e pelos visuais que, apesar de nem sempre bem feitos (CGI meio ruim), são bem planejados. De resto, uma narrativa horrível, previsível, cheia de clichês. Talvez tivesse se dado melhor como uma minissérie, ao invés de um filme. Mais tempo pra trabalhar o enredo bagunçado.
Rainha de Katwe
4.2 207 Assista AgoraComo enalteci Os Cambito da Rainha, me senti na obrigação moral de ir ver esse filme e conhecer a Beth Harmon da vida real - que se chama Phiona Mutesi, é preta e de Uganda. Pensa num filme que parte e aquece o coração igual?