Indo muito além da temática amorosa, é um belo retrato de como a memória e o esquecimento andam juntos, misturados aos traumas de nossas experiências ao longo da vida. Lindíssima fotografia, sensibilidade à flor da pele e reflexões sobre como podemos ser afetados a todo momento pelos fantasmas que rondam nossa memória (real, inventada ou reconstruída).
Eu acho que, em geral, a gente se acostuma muito com filmes cheios de invencionices e acaba se esquecendo como é bom ver um filme tranquilo e comprometido em fechar bem as pontas. Sim, é um filme mais simples, mas pra mim foi uma gostosa mistura entre "Clube dos Cinco" e "Sociedade dos Poetas Mortos". Destaque para Da'Vine Joy me arrancando lágrimas e sorrisos.
1º: Bella conseguir entregar uma performance sexual digna de filme p0rn* e não conseguir escrever uma carta ao seu criador ou andar de forma desconcertada é de cair o c* da bunda. Se pelo menos o conceito dos movimentos estivesse próximo da ideia de ela ser uma espécie de Frankenstein, tudo bem, mas depois das cenas de sex* ainda continuar andando daquele jeito... Não dá pra defender.
2º ponto: se o filme queria ser uma crítica ao machismo e se colocar como o diferentão na proposta feminista, errou feio. Basicamente reduziram o empoderamento de Bella ao seu poder de ter domínio sobre o próprio corpo enquanto objeto sexual.
3º ponto: não sou contra estereótipos, sobretudo em filmes surrealistas, mas é meio chato ver que só o assistente do criador encarna a ideia de "homem digno", que na verdade ele não é, já que concordou com toda a exploração científica feita com Bella, apesar de querer manter um relacionamento com ela (afinal, olha como ele é bonzinho e acredita que o corpo dela é dela e por isso ela pode fazer o que quiser com ele).
4º ponto: citar Marx em um contexto de exploração sexual é digno de dó. Se a ideia do socialismo partisse daquele ponto onde Bella enxerga a realidade dos pobres, tudo bem. Mas utilizar do argumento de igualdade dentro do bordel não deu pra mim.
Confesso que esperava mais reviravoltas pelo o que eu andava lendo por aí. Mesmo sendo um pouco previsível em alguns momentos, esse filme foi uma boa surpresa no fim das contas.
As atuações são fenomenais, dei boas risadas da matriarca que beira à loucura com um comportamento que, na verdade, só mostra a bizarrice e a falta de noção de pessoas do universo aristocrático. Nesse sentido, eu entendi o filme como uma espécie de crítica a esse sistema excludente que pode ser facilmente comparado com o sistema em que vivemos mesmo. A dualidade de Oliver me conquistou totalmente, já que ao mesmo tempo em que parece se revoltar contra toda a exclusão que sofre pela sua condição social, ele deseja na mesma proporção fazer parte da seleta parte da sociedade que o exclui. Não defendendo tudo que ele fez, mas ele é curiosamente cativante e me fez sorrir na cena final - não me julguem hahahahaha.
Senti falta de um desenvolvimento maior entre Oliver e Felix, sobretudo para entender melhor o que Felix sentia de fato pelo amigo. Esse furo e a previsibilidade são dois pontos chatos, mas que não foram capazes de apagar totalmente o brilho e o humor da história.
Filme pretensioso demais. A ideia de trabalhar o mundo distópico de hoje é ótima, mas a execução é fraca, cansativa e, por vezes, non sense. Caí num golpe terrível!
Ai, gente... Difícil fazer comentários sobre esse filme, fiquei muito dividida. De um lado, uma fotografia bonita demais, sobretudo nas cenas que retratam famosas imagens que já conhecemos. De outro, umas cenas bastante apelativas.
O filme mexeu muito comigo, chorei em vários momentos com a atuação de Ana de Armas, impecável. A cena em que Marilyn conversa com Arthur Miller sobre a personagem Magda é linda, linda. Várias outras me envolveram totalmente, como a dos fotógrafos naquela confusão junto com polícia... Agora, algumas cenas foram um pouco desproporcionais com o tom do filme como, por exemplo, a do feto se desenvolvendo.
É importante lembrar que o filme foi baseado em um romance, gente. Basta dar uma conferida por aí e nós vimos o que é real e o que não passa de mero boato [boatos esses que muitos fãs também já tinham conhecimento]. Abordar o lado horrível da vida de Marilyn, ainda que num tom ficcional, não faz do filme uma obra horrível [estou desconsiderando totalmente as falas infelizes do diretor ditas em entrevistas]. Marilyn se tornou um ícone tão mitológico e intocável, que parece ter de ser sempre retratada com glamour e beleza, mas a vida não é assim. Aliás, Hollywood é podre e o machismo impera até hoje, imagina na época. Retratar isso não faz de Marilyn uma figura rebaixada no filme. Talvez fosse interessante ter balanceado mais entre pontos altos e baixos da vida dela, mas a escolha foi outra, foi tirá-la desse pedestal... E não, não estou defendendo o diretor, que poderia muito bem ter pelo menos evitado tanta nudez.
De modo geral o filme tem suas qualidades, já o diretor... Prefiro nem comentar.
A sensação que me deu foi a de que quiseram fazer do filme quase uma homenagem ao "Janela Indiscreta", do Hitchcock, mas... Achei bem ruim. Repito: foi apenas uma sensação, não estou afirmando que a intenção foi essa, até porque são roteiros muito diferentes.
A primeira hora do filme não é péssima, achei legais os efeitos sonoros e visuais tentando refletir as sensações da protagonista. De todo modo, Amy Adams arrasou (como sempre)! Segurou tudo nas costas. Agora, sejamos honestos:
Eu sou bem crítica aos atores de Hollywood, mas eu sempre fico impressionada com a versatilidade do DiCaprio e sua capacidade de convencer só com o olhar. O filme é super bem dirigido, comove, agoniza e te passa uma rasteira no final. Só erraram ao escalar Mark Ruffalo que é péssimo ator (ao meu ver).
Um drama bastante peculiar com uma boa dose de bom humor! Atuações incríveis do elenco principal... Acho que uma grande chave do filme é justamente mostrar (ainda que a partir do humor) o horror das clínicas que prometem salvar os pacientes, mas só colaboram com a insanidade deles.
Um filme que não é DE guerra, mas retrata muito bem um recorte dela. Se alguém procura por um filme tenso, encontrou! A trilha sonora é parte muito importante do clima de tensão, mas em um ponto da narrativa, me cansou tanto som o tempo inteiro. Um dos pontos mais legais, ao meu ver, é justamente como o nível desse clima vai se alternando conforme analisamos a história a partir de cada uma das três perspectivas... Nesse sentido, Nolan cumpriu bem a direção! De todo modo, ele entrega o que promete, sem muita invencionice e sem efeitos especiais astronômicos e exagerados.
Embora seja muito longo (o que já é esperado de Scorsese), o filme é excelente em nos confundir: onde está o limite entre a busca pela perfeição e a realização de um sonho? É claro que uma coisa não anula a outra, mas é muito interessante observar como a busca pelo grande sonho faz o protagonista cair em um ciclo repetitivo e sem fim de muito sofrimento, já que o nível de exigência dele é extremamente elevado e movido por um transtorno psicológico, não pelo empenho ou por um simples desejo pessoal em si. Palmas pro DiCaprio que nunca decepciona e que deveria ter levado uma estatueta pra casa por esse papel!
Os atores principais em si foram maravilhosos nesses papeis! Consegui sentir a angústia de Andrew em vários momentos; e raiva do Fletcher na maior parte do tempo.
Porém... a construção da psicologia do protagonista não me convenceu muito. Comparando com "Cisne Negro', que também possui a perfeição como base temática, é bastante diferente o envolvimento que nós temos com o real problema de Nina. É claro que são filmes diferentes, entendo isso, mas me falta algo um pouco mais fluido e natural na psicologia do Andrew. Sinto que sua mania de perfeição vem de um lugar um pouco comum - a timidez, falta de apoio, professor abusivo... O enredo acaba caindo em um clichê. Ainda assim, os protagonistas entregam o que prometem e me envolveram no drama em si.
Achei o ritmo extremamente frenético e exagerado. Se isso contribuísse pra criar um clima de tensão ou de desespero, ok... Mas só me deu raiva mesmo. Pra quem diz que é o único filme em que Adam Sandler atua bem, vejam "Embriagado de Amor", do Paul Thomas Anderson. Nesse filme, o Sandler ARRASA!
Como muitos outros filmes de drama, esse mostra a importância da terapia!
Brincadeiras à parte, o filme me agradou até o início do desenrolar do problema todo... Não me agradou em nada o fim destinado ao protagonista (senti que o humilhou ainda mais).
Interpretação de Jorge García levanta a moral do filme até o talo!
Um filme muito bonito e poético desde a fotografia até a complexidade dos personagens. Mas...
É um filme extremamente dependente da obra na qual foi baseado. Enquanto assistia, me senti muito mais num teatro do que numa experiência de assistir a um filme. Mais ainda, senti que os personagens e o narrador liam o livro para mim (o que não é um problema, pois me parece que a proposta é justamente essa). Tudo isso faz com que o filme caminhe para o cansaço e para o exagero na representação, na construção de metáforas e de imagens alegóricas. Ainda assim, é um filme que vale a pena ser visto e que instiga o público a querer conhecer a obra literária.
Eu não sou fã de musicais, mas tentei me afastar ao máximo do meu gosto e analisar com outros olhos. Pra começar, o filme encarna a personalidade nada comum de Elton John e sua divertida e única extravagância é constante ao longo de toda a obra, inclusive nas metáforas relativas ao poder da música no público e os efeitos das drogas no corpo.
A atuação de Taron é maravilhosa e achei um ponto muito positivo a escolha de deixar com que ele cantasse as músicas, ao invés de apenas dublar.
Uma história difícil contada com muita inteligência, já que a passagem de tempo não ficou perdida ou apressada demais e o diálogo entre a infância e fase adulta fez todo sentido.
Bem ao estilo de Guilhermo del Toro, o filme é uma fábula que mistura realidade e ficção (o que me faz perdoar, por exemplo, a cena do banheiro virando piscina).
Porém, o que me ganhou foram apenas os efeitos visuais e a interpretação de Sally Hawkins. É impressionante sua habilidade de demonstrar suas emoções por meio dos gestos e expressões corporais.
A discussão sobre homofobia e racismo é muito forçada e caricata (embora seja sim muito importante).
No mais, é poético quando trata a descoberta do amor por parte de Elisa. É uma história de amor no mínimo não convencional, longe de agradar a todos.
Tinha tudo pra ser muito bom, mas não me agradou muito.
Acredito que escrever e dirigir um filme sobre o cotidiano sejam tarefas realmente difíceis, mas para mim a história é rasa (e embora o cotidiano seja realmente algo banal, o filme poderia ter sido um pouco mais ficcional nesse sentido rs), muito preocupada em expor várias temáticas, mas perdida em todas elas. Escancara a podridão da burguesia com certo humor, o que é um ponto positivo, mas o roteiro se perde na principal questão político-social ali abordada.
Destaque para as atuações de Camila Morgado (que, ao meu ver, segurou nas costas a potência do filme) e Martha Nowill que, apesar de ser secundária, conseguiu me envolver bastante em seus dilemas maternais.
Hiroshima, Meu Amor
4.2 314 Assista AgoraIndo muito além da temática amorosa, é um belo retrato de como a memória e o esquecimento andam juntos, misturados aos traumas de nossas experiências ao longo da vida. Lindíssima fotografia, sensibilidade à flor da pele e reflexões sobre como podemos ser afetados a todo momento pelos fantasmas que rondam nossa memória (real, inventada ou reconstruída).
Os Rejeitados
4.0 317Eu acho que, em geral, a gente se acostuma muito com filmes cheios de invencionices e acaba se esquecendo como é bom ver um filme tranquilo e comprometido em fechar bem as pontas. Sim, é um filme mais simples, mas pra mim foi uma gostosa mistura entre "Clube dos Cinco" e "Sociedade dos Poetas Mortos". Destaque para Da'Vine Joy me arrancando lágrimas e sorrisos.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 607 Assista AgoraSe perder pro Nolan... Vou ficar pistola.
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraVisualmente o filme é incrível e belíssimo! Quanto ao roteiro, tenho várias queixas:
1º: Bella conseguir entregar uma performance sexual digna de filme p0rn* e não conseguir escrever uma carta ao seu criador ou andar de forma desconcertada é de cair o c* da bunda. Se pelo menos o conceito dos movimentos estivesse próximo da ideia de ela ser uma espécie de Frankenstein, tudo bem, mas depois das cenas de sex* ainda continuar andando daquele jeito... Não dá pra defender.
2º ponto: se o filme queria ser uma crítica ao machismo e se colocar como o diferentão na proposta feminista, errou feio. Basicamente reduziram o empoderamento de Bella ao seu poder de ter domínio sobre o próprio corpo enquanto objeto sexual.
3º ponto: não sou contra estereótipos, sobretudo em filmes surrealistas, mas é meio chato ver que só o assistente do criador encarna a ideia de "homem digno", que na verdade ele não é, já que concordou com toda a exploração científica feita com Bella, apesar de querer manter um relacionamento com ela (afinal, olha como ele é bonzinho e acredita que o corpo dela é dela e por isso ela pode fazer o que quiser com ele).
4º ponto: citar Marx em um contexto de exploração sexual é digno de dó. Se a ideia do socialismo partisse daquele ponto onde Bella enxerga a realidade dos pobres, tudo bem. Mas utilizar do argumento de igualdade dentro do bordel não deu pra mim.
Saltburn
3.5 848Confesso que esperava mais reviravoltas pelo o que eu andava lendo por aí. Mesmo sendo um pouco previsível em alguns momentos, esse filme foi uma boa surpresa no fim das contas.
As atuações são fenomenais, dei boas risadas da matriarca que beira à loucura com um comportamento que, na verdade, só mostra a bizarrice e a falta de noção de pessoas do universo aristocrático. Nesse sentido, eu entendi o filme como uma espécie de crítica a esse sistema excludente que pode ser facilmente comparado com o sistema em que vivemos mesmo. A dualidade de Oliver me conquistou totalmente, já que ao mesmo tempo em que parece se revoltar contra toda a exclusão que sofre pela sua condição social, ele deseja na mesma proporção fazer parte da seleta parte da sociedade que o exclui. Não defendendo tudo que ele fez, mas ele é curiosamente cativante e me fez sorrir na cena final - não me julguem hahahahaha.
Senti falta de um desenvolvimento maior entre Oliver e Felix, sobretudo para entender melhor o que Felix sentia de fato pelo amigo. Esse furo e a previsibilidade são dois pontos chatos, mas que não foram capazes de apagar totalmente o brilho e o humor da história.
O Mundo Depois de Nós
3.2 881 Assista AgoraFilme pretensioso demais. A ideia de trabalhar o mundo distópico de hoje é ótima, mas a execução é fraca, cansativa e, por vezes, non sense. Caí num golpe terrível!
Blonde
2.6 443 Assista AgoraAi, gente... Difícil fazer comentários sobre esse filme, fiquei muito dividida. De um lado, uma fotografia bonita demais, sobretudo nas cenas que retratam famosas imagens que já conhecemos. De outro, umas cenas bastante apelativas.
O filme mexeu muito comigo, chorei em vários momentos com a atuação de Ana de Armas, impecável. A cena em que Marilyn conversa com Arthur Miller sobre a personagem Magda é linda, linda. Várias outras me envolveram totalmente, como a dos fotógrafos naquela confusão junto com polícia... Agora, algumas cenas foram um pouco desproporcionais com o tom do filme como, por exemplo, a do feto se desenvolvendo.
É importante lembrar que o filme foi baseado em um romance, gente. Basta dar uma conferida por aí e nós vimos o que é real e o que não passa de mero boato [boatos esses que muitos fãs também já tinham conhecimento]. Abordar o lado horrível da vida de Marilyn, ainda que num tom ficcional, não faz do filme uma obra horrível [estou desconsiderando totalmente as falas infelizes do diretor ditas em entrevistas]. Marilyn se tornou um ícone tão mitológico e intocável, que parece ter de ser sempre retratada com glamour e beleza, mas a vida não é assim. Aliás, Hollywood é podre e o machismo impera até hoje, imagina na época. Retratar isso não faz de Marilyn uma figura rebaixada no filme. Talvez fosse interessante ter balanceado mais entre pontos altos e baixos da vida dela, mas a escolha foi outra, foi tirá-la desse pedestal... E não, não estou defendendo o diretor, que poderia muito bem ter pelo menos evitado tanta nudez.
De modo geral o filme tem suas qualidades, já o diretor... Prefiro nem comentar.
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraA sensação que me deu foi a de que quiseram fazer do filme quase uma homenagem ao "Janela Indiscreta", do Hitchcock, mas... Achei bem ruim. Repito: foi apenas uma sensação, não estou afirmando que a intenção foi essa, até porque são roteiros muito diferentes.
A primeira hora do filme não é péssima, achei legais os efeitos sonoros e visuais tentando refletir as sensações da protagonista. De todo modo, Amy Adams arrasou (como sempre)! Segurou tudo nas costas. Agora, sejamos honestos:
Que cena horrorosa a da luta final. Parecia Matrix misturado com filme de super herói... Não me convenceu em nada, deu vontade foi de rir.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraFui assistir por conta da Rosamund Pike, mas olha... Que desperdício de elenco!
O filme é mal conduzido e se perde nas complicações que traz pra trama avançar. Extremamente inverossímil... A cada cena eu ficava: mas, gente????????
Entendo a ideia de trazer a força feminina e isso é massa, mas apenas como intenção.
Pegando Fogo
3.3 545 Assista AgoraO filme é ruim, mas os pratos... Lindos demais!
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraEu sou bem crítica aos atores de Hollywood, mas eu sempre fico impressionada com a versatilidade do DiCaprio e sua capacidade de convencer só com o olhar. O filme é super bem dirigido, comove, agoniza e te passa uma rasteira no final. Só erraram ao escalar Mark Ruffalo que é péssimo ator (ao meu ver).
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraUm drama bastante peculiar com uma boa dose de bom humor! Atuações incríveis do elenco principal... Acho que uma grande chave do filme é justamente mostrar (ainda que a partir do humor) o horror das clínicas que prometem salvar os pacientes, mas só colaboram com a insanidade deles.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraUm filme que não é DE guerra, mas retrata muito bem um recorte dela. Se alguém procura por um filme tenso, encontrou! A trilha sonora é parte muito importante do clima de tensão, mas em um ponto da narrativa, me cansou tanto som o tempo inteiro. Um dos pontos mais legais, ao meu ver, é justamente como o nível desse clima vai se alternando conforme analisamos a história a partir de cada uma das três perspectivas... Nesse sentido, Nolan cumpriu bem a direção! De todo modo, ele entrega o que promete, sem muita invencionice e sem efeitos especiais astronômicos e exagerados.
O Aviador
3.7 735 Assista AgoraEmbora seja muito longo (o que já é esperado de Scorsese), o filme é excelente em nos confundir: onde está o limite entre a busca pela perfeição e a realização de um sonho? É claro que uma coisa não anula a outra, mas é muito interessante observar como a busca pelo grande sonho faz o protagonista cair em um ciclo repetitivo e sem fim de muito sofrimento, já que o nível de exigência dele é extremamente elevado e movido por um transtorno psicológico, não pelo empenho ou por um simples desejo pessoal em si. Palmas pro DiCaprio que nunca decepciona e que deveria ter levado uma estatueta pra casa por esse papel!
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraOs atores principais em si foram maravilhosos nesses papeis! Consegui sentir a angústia de Andrew em vários momentos; e raiva do Fletcher na maior parte do tempo.
Porém... a construção da psicologia do protagonista não me convenceu muito. Comparando com "Cisne Negro', que também possui a perfeição como base temática, é bastante diferente o envolvimento que nós temos com o real problema de Nina. É claro que são filmes diferentes, entendo isso, mas me falta algo um pouco mais fluido e natural na psicologia do Andrew. Sinto que sua mania de perfeição vem de um lugar um pouco comum - a timidez, falta de apoio, professor abusivo... O enredo acaba caindo em um clichê. Ainda assim, os protagonistas entregam o que prometem e me envolveram no drama em si.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraAchei o ritmo extremamente frenético e exagerado. Se isso contribuísse pra criar um clima de tensão ou de desespero, ok... Mas só me deu raiva mesmo. Pra quem diz que é o único filme em que Adam Sandler atua bem, vejam "Embriagado de Amor", do Paul Thomas Anderson. Nesse filme, o Sandler ARRASA!
O Escândalo
3.6 459 Assista AgoraParabéns para as três maravilhosas! Pro resto eu dou nota dó.
Ninguém Sabe que Estou Aqui
3.5 145 Assista AgoraComo muitos outros filmes de drama, esse mostra a importância da terapia!
Brincadeiras à parte, o filme me agradou até o início do desenrolar do problema todo... Não me agradou em nada o fim destinado ao protagonista (senti que o humilhou ainda mais).
Interpretação de Jorge García levanta a moral do filme até o talo!
The Room
2.3 492Uma presepada do início ao fim (mas rende boas gargalhadas)!
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraUm filme muito bonito e poético desde a fotografia até a complexidade dos personagens. Mas...
É um filme extremamente dependente da obra na qual foi baseado. Enquanto assistia, me senti muito mais num teatro do que numa experiência de assistir a um filme. Mais ainda, senti que os personagens e o narrador liam o livro para mim (o que não é um problema, pois me parece que a proposta é justamente essa). Tudo isso faz com que o filme caminhe para o cansaço e para o exagero na representação, na construção de metáforas e de imagens alegóricas. Ainda assim, é um filme que vale a pena ser visto e que instiga o público a querer conhecer a obra literária.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraUm belíssimo filme!
Eu não sou fã de musicais, mas tentei me afastar ao máximo do meu gosto e analisar com outros olhos. Pra começar, o filme encarna a personalidade nada comum de Elton John e sua divertida e única extravagância é constante ao longo de toda a obra, inclusive nas metáforas relativas ao poder da música no público e os efeitos das drogas no corpo.
A atuação de Taron é maravilhosa e achei um ponto muito positivo a escolha de deixar com que ele cantasse as músicas, ao invés de apenas dublar.
Uma história difícil contada com muita inteligência, já que a passagem de tempo não ficou perdida ou apressada demais e o diálogo entre a infância e fase adulta fez todo sentido.
A Forma da Água
3.9 2,7KBem ao estilo de Guilhermo del Toro, o filme é uma fábula que mistura realidade e ficção (o que me faz perdoar, por exemplo, a cena do banheiro virando piscina).
Porém, o que me ganhou foram apenas os efeitos visuais e a interpretação de Sally Hawkins. É impressionante sua habilidade de demonstrar suas emoções por meio dos gestos e expressões corporais.
A discussão sobre homofobia e racismo é muito forçada e caricata (embora seja sim muito importante).
No mais, é poético quando trata a descoberta do amor por parte de Elisa. É uma história de amor no mínimo não convencional, longe de agradar a todos.
Domingo
3.3 26Tinha tudo pra ser muito bom, mas não me agradou muito.
Acredito que escrever e dirigir um filme sobre o cotidiano sejam tarefas realmente difíceis, mas para mim a história é rasa (e embora o cotidiano seja realmente algo banal, o filme poderia ter sido um pouco mais ficcional nesse sentido rs), muito preocupada em expor várias temáticas, mas perdida em todas elas. Escancara a podridão da burguesia com certo humor, o que é um ponto positivo, mas o roteiro se perde na principal questão político-social ali abordada.
Destaque para as atuações de Camila Morgado (que, ao meu ver, segurou nas costas a potência do filme) e Martha Nowill que, apesar de ser secundária, conseguiu me envolver bastante em seus dilemas maternais.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraA fotografia é impecável, mas me senti perdida naquelas relações estranhas entre as pessoas.