A Owner Entertainment e a Cinecolor estão prestes a lançar “Tração”, filme de ação que pretende ser uma espécie de versão brasileira de “Velozes e Furiosos”, só que com motos.
A trama aborda o universo das competições de motocross. O longa é do diretor André Luís Camargo (“Amor, Confuso Amor”), que também atua na produção. O elenco ainda conta com Marcos Pasquim (“Morde & Assopra”), Fiuk (“O Galã”), Duda Nagle (“Cúmplices de um Resgate”) e outros astros.
A história acompanha Ajax, um piloto profissional de motocross que sofre pela perda da mãe de sua filha. Certo dia, Ajax e seus amigos são abordados pelo político milionário DiMello com a proposta de uma grande competição com várias categorias de motos e muito dinheiro. No caso,
eles acabam caindo em uma armadilha e usam da velocidade sobre rodas para escapar desse golpe.
Pode ser o começo para uma franquia de ação brasileira
Durante a pré-estreia do filme, que aconteceu na segunda-feira (19/6) em São Paulo, o elenco comentou sobre a experiência de gravar um longa de ação no Brasil. Devido ao custo de produção, o gênero é bastante escasso no país, tendo poucos representantes de destaque como “Bacurau” (2019) e “Tropa de Elite” (2007). Mesmo assim, nenhum dos mencionados conta com cenas de velocidade como “Tração”.
“Eu estou muito ansioso, porque além das dificuldades que tivemos por causa da pandemia, é a primeira vez que vai ter drift no cinema nacional e estar fazendo parte dessa história em um filme de ação é muito especial”, declarou Fiuk em entrevista à Caras durante a première.
Vale mencionar que o ator pratica drift há mais de 10 anos. O esporte engloba competições de carro, onde os veículos são colocados para derrapar pelas curvas de um circuito. Este gênero de competição foi abordado no terceiro filme da franquia “Velozes e Furiosos” – “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio”, de 2006.
Sem dar muitos detalhes sobre o seu papel, o ator revelou que o personagem pode ganhar maior destaque num possível segundo filme. “Ele é meio misterioso, talvez quando surgir o segundo filme o pessoal vai entender mais sobre ele, mas ele aparece em um momento específico da trama”, declarou.
Cenas de luta desafiadoras
Diante das cenas em alta velocidade, as sequências de ação foram um desafio para a produção e para o elenco. “A gente estava fazendo uma perseguição de carro que era um jipe que parecia um controle remoto gigante, só que era o dia mais frio do ano, geada lá em Santa Catarina, a gente dirigindo um carro sem vidro em alta velocidade, e cinema tem que repetir tudo 500 vezes”, revelou Duda Nagle.
O ator ainda disse que uma das cenas de luta foi filmada em cima de uma ponte. Em outra, onde acontece um tiroteio, ele declara que saiu “arrebentado” e “todo dolorido”. No enredo, Nagle interpreta John e descreveu seu personagem como uma “figura enigmática” que vai causar um impacto positivo na história. Além disso, para viver o personagem ele precisou passar por uma preparação intensiva.
“Eu pude usar várias técnicas de estudo, eu brinco que são estudos das artes dramáticas e marciais, porque é a mistura de luta com armas, as artes marciais, com as artes dramáticas”, explicou.
O elenco é completado por André Ramiro (“Tropa de Elite”), Paola Rodrigues (“Desafio Egito na Pegada”), Bruna Altieri (“Sistema Bruto”) e Mauricio Meirelles (“Foi Mau”).
Assistir a filmes como Bem-vindos de Novo auxiliam na compreensão do cinema que dá certo. Apesar de integralmente artesanal, contando com pouquíssimos recursos, Marcos Yoshi usa de seus parentes como objeto de estudo para dissecar questões tocantes a qualquer ser humano. Identificação familiar, imigração e pertencimento cultural estão entre elas. Aqui, observamos um círculo parental de descendência nipônica, mas que poderá ser absorvido por qualquer outro grupo. Pelos olhos atentos do diretor, aprendemos mais sobre nossa existência.
O pilar da trama são seus pais, o patriarca mais ainda. Ambos são dekasseguis, descendentes japoneses que tem a entrada facilitada na terra do sol nascente para atuar na linha de produção de diversas fábricas. Apesar das condições precárias de trabalho e da carga horária excessiva, diversos brasileiros com traços asiáticos embarcam nessa jornada por um salário maior ao que se tem acesso por aqui. Roberto e Yayoko Yoshisaki se distanciaram dos três filhos - Marcos, Nathalie e Cintya - na virada do milênio e permaneceram no Japão até 2013. Nesse meio tempo, juntaram alguns trocados, viram seus corpos envelhecerem de tanto labutarem em precárias circunstâncias e perderam o amadurecimento da prole, que foi designada aos tios e avós. Naturalmente, ao ver seus pais regressarem - quase uma década e meia depois -, o trio não mais os reconhece da mesma forma.
É nessa lacuna de tempo e espaço que o realizadora pergunta diversas vezes em narrações em off: "vale a pena abdicar tanto da família para, em tese, lhe proporcionar uma vida mais confortável?". As respostas são dadas através de imagens. O dinheiro que os pais mandam não é tão abundante como se prometia, mas Roberto não se permite desistir. Ele é uma figura à moda antiga, que se põe em último lugar, somou problemas de saúde ao longo do tempo e diz não saber "nada" sobre seus filhos. O provedor, aqui tão destacado em diversos momentos triviais, não conhece atividades de lazer. Seus assuntos são afazeres e nada mais.
Nesse Yin Yang matrimonial, Yayoko é a outra parte da filosofia. Ela prefere a família, demonstra com mais facilidade seus anseios e é a amansadora do progenitor. É ela que tenta recuperar o afeto entre todos, trocado por um programa entre governos que fez crescer ânsias das crias para com o país das flores de cerejeira. Aliás, nesse vai e vem, na temporada de verão de 2007, o triângulo de herdeiros chegou a cruzar o planeta, visitou rapidamente os pais e foi escalado por Roberto para atuar em esteiras de grandes multinacionais. A justificativa? "Aprender sobre como ganhar e dar valor ao dinheiro". Sim, mais uma vez o capital é quem dita as regras. O estrago foi tanto que as irmãs não mais pretendem pôr os pés na ilha.
Bem-Vindos de Novo é um filme simples e até não muito preocupado com a estética, afinal proliferam enquadramentos trêmulos, cortes bruscos e saltos temporais confusos durante sua narrativa. Entretanto, a busca de Yoshi é mais do que examinar sua situação, e sim quase apelar para estar mais próximo de quem ama. O realizador usa a câmera como um subterfúgio. O pai fica sem graça, não gosta de ser filmado. A mãe se sente bem, crê estar agradando o filho carente. Marcos é mais um de nós. Quando longe de quem honramos, qualquer motivo é aceitável para nos reconectarmos. E nesse caso, aqui, é o cinema.
Só em saber que o filme não é da Disney acho que o filme vai ser top e brutal ❤
Kraven - O Caçador é a história visceral sobre como e por que um dos vilões mais icônicos da Marvel surgiu. Vindo de um lar criminoso, ele que sobreviveu a um ataque de leão e ganhou uma conexão especial com os animais, Sergei Kravinoff, ou Kraven (Aaron Taylor-Johnson), é um dos maiores anti-heróis da Marvel e já viveu inúmeros embates com Peter Parker. Neste spin-off, que é mais um filme do universo Marvel na Sony, situado antes de sua notória vingança contra o Homem-Aranha, quando um inimigo entra na lista deste personagem dos mais icônicos, só há uma maneira de sair.
Meu maior medo é eles conseguirem incorporar o Homem Aranha nesse universo, primeiro ele terá que ser um vilão 😅
Reparem, as aranhas que descem em cima do Kraven tem o mesmo design da aranha no uniforme do homem aranha do Andrew Garfield. Coincidência?! CREIO QUE NÃO!!!!
Torcendo p/ o Rhino ser inspirado na primeira aparição dele nas HQs. Mostrando os conflitos e etc brabo pra caramba.
Queria uma adaptação da última caçada de Kraven, faça isso Sony
Para quem não conhece o personagem dos quadrinhos, o personagem foi apresentado originalmente em 1964.
Sergei Kravinoff é um imigrante russo e caçador que adora praticar caça nas savanas africanas. Além de usar só suas mãos como arma, para ter poderes além das capacidades humanas, Kraven utiliza uma poção mágica.
Seus poderes são força, velocidade, agilidade, reflexos, resistência, energia e sentidos além da capacidade humana. Tudo isso o confere poder suficiente para brigar com elefantes, gorilas e até mesmo rinocerontes, ao mesmo tempo que consegue correr numa velocidade equivalente a de um um guepardo.
Depois de conquistar vários desafios, ele se torna obcecado para provar que é o maior caçador do mundo.
Quando o vilão descobre a existência do Homem-Aranha, por intermédio do Camaleão (que é meio-irmão de Kraven), o caçador entende que o herói é a presa definitiva e parte para Nova York.
Embora nunca tenha aparecido nos cinemas, o vilão já teve histórias icônicas, em particular “A Ultima Caçada De Kraven”, de 1987, considerada a história mais sombria de toda a trajetória do Homem-Aranha – a resposta da Marvel ao “Cavaleiro das Trevas”
O quarto longa da Sony focado num inimigo do Homem-Aranha foi escrito por Richard Wenk (“O Protetor”), teve seu roteiro revisado por Art Marcum e Matt Holloway (dupla de “Homem de Ferro”), e conta com direção de JC Chandor (“Operação Fronteira”).
A prévia sugere mais a origem de um anti-vilão que um vilão, com Kraven se rebelando contra as barbáries de seu pai. Além desta produção, Taylor-Johnson (Na Mira do Atirador, Tenet, O Garoto de Liverpool) assinou um contrato múltiplo para retratar o personagem em várias obras, prevendo um encontro com o Homem-Aranha em seu futuro.
A violência de algumas cenas explica porque esse é o primeiro filme do universo Marvel da Sony com classificação etária para maiores – R-Rated nos EUA.
Se todo filme de herói tivesse essa pegada +18 iam ser de longe as melhores produções do cinema, estilo Logan e Deadpool, pelo trailer deu p/ ter um bom hype, era p/ os filmes de Venom (2018 e 2021) ter sido dessa maneira, imagina um carnage insano como parece que vai ser o Kraven hahaha
‘Bem-vindos de novo’ emociona ao falar sobre a reaproximação de uma família!
Documentário de Marcos Yoshi, 'Bem-vindos de novo' aborda a história de uma família cujos pais foram para o Japão para trabalhar, afastando-se fisicamente dos filhos.
Os registros feitos em câmeras VHS pelas famílias durante os anos 80 e 90 têm sido matéria-prima valiosa para os documentários brasileiros. Ao menos desde Elena (2012), de Petra Costa, sabemos que há ali um tipo de memória que já não é mais produzida, neste mundo em que a onipresença de celulares (e, por consequência, de performances) se tornou a regra.
Mas, por vezes, essas visões do passado podem também servir para recuperar um pouco de um passado melancólico, ao mesmo tempo em que se misturam com a produção de novas memórias sobre o presente. O tocante documentário Bem-vindos de novo, longa-metragem de estreia de Marcos Yoshi, explora a ideia desta fusão para abordar um tema duro para ele: a história de sua família.
Marcos é sansei, ou seja, é um filho de terceira geração de imigrantes japoneses no Brasil. Mas a história de sua família nuclear é, de certa forma, um retrato das crises brasileiras e das promessas ilusórias do capitalismo. Seus pais, Roberto e Yayoko Yoshisaki, criaram os 3 filhos tocando um pequeno negócio em Foz do Iguaçu.
Quando a empresa começa a ruir, eles tomam uma decisão radical: o de ir ao Japão para trabalhar e juntar dinheiro, enquanto deixam os filhos sob o cuidado dos avós. Inserem-se no fenômeno conhecido como dekassegui, em que descendentes de japoneses retornam temporariamente para o país de origem no intuito de trabalhar.
O que era para durar apenas 2 anos acaba durando 13. Quando eles retornam, há um processo de redescoberta entre os pais e os filhos que Marcos decide registrar em forma de filme (que se tornou resultado de sua dissertação de mestrado em Cinema na ECA-USP). O resultado é um documentário relativamente simples, enquanto formato, cujo foco está em trazer a subjetividade da experiência do filho – que cresceu, em suas próprias palavras, como um “órfão de pais vivos”- sempre em primeiro plano.
Um retrato duro da crise do capitalismo em um plano individual
Bem-vindos de novo encontra sua singularidade ao conseguir unificar dois aspectos que, por vezes, aparecem divorciados na nossa percepção individual: a vida política, social, e os impactos nas vivências particulares dos indivíduos. Ao começo do filme, Marcos Yoshi diz se espantar que seus pais nunca relacionaram os perrengues financeiros que passavam com as sucessivas crises econômicas do Brasil.
Ainda que esse não seja o foco desse filme delicado, há uma espécie de denúncia sobre a falência inerente ao sistema capitalista, em que a vida se torna um eterno processo de produção – tal como um rato que passa o tempo correndo em uma roda sem chegar a lugar nenhum. O que o filme vai mostrando é o preço caro que a escolha desses pais (o de deixar os filhos para trás, justamente para conseguir dinheiro para sustentá-los) está cobrando hoje de toda essa família.
Ao retornar ao Brasil, conforme o documentário tristemente nos mostra, Roberto e Yayoko Yoshisaki continuam tendo que girar essa roda infinita, o que vai elevando neles o grau de frustração e raiva – sentimentos que vão sendo revelados sobretudo em Roberto, dando luz a cenas fortes, como quando o pai chora por não ver muita saída para ele e a mulher.
O grau de intimidade exibido nesses registros só é possível pelo fato de que foram capturados pelo olhar do filho, que também buscar trazer à tona o fato de que há artifícios usados neste processo. Isso se mostra, por exemplo, quando Marcos resolve incluir uma cena em que meio “dirige” os pais para entrem em um carro para poder capturar o ângulo desejado.
Mesmo quando há artificialidade, há também uma atmosfera tocante da proximidade. Yoshi declarou que, muitas vezes, os pais expressaram a sensação de que ninguém iria assistir a um filme sobre eles. Ainda assim, foram generosos e não deixaram nunca de colaborar – talvez por carregarem certa culpa pelos seus anos de ausência.
Como o diretor vai amarrando a história contada com suas próprias considerações, acaba dando espaço para que haja insights valiosos sobre a dinâmica da família. Como explica em certo momento: embora tenha sido feito para poder se aproximar de seus pais, Bem-vindos de novo também acaba funcionando como uma estratégia para que eles possam conhecer o filho.
Aitaré da Praia (1925), dirigido por Gentil Roiz, representa de forma lírica diversos contrastes sociais, alguns conflitos românticos e elementos culturais no contexto do Ciclo Cinematográfico de Recife (1922 – 1931), em mais uma produção da Aurora Filme, que se insere num momento de expansão da indústria cinematográfica nacional, marcado por uma busca de identidade e por uma marcha em direção à profissionalização do setor.
Segundo registros da Cinemateca Brasileira, houve também uma versão desse filme produzida em 1927, sob direção de Ary Severo, Jota Soares e Luiz Maranhão. O contexto dessa produção é dado através das seguintes notas: “MAM/Ciclo de Recife informa que Edson Chagas adquiriu um negativo incompleto da produção homônima de 1925, da extinta Aurora Filme, e refilmou algumas partes extraviadas”. Outra nota de contexto é dada através da revista Cinearte, em diferentes datas: 5 de outubro e 28 de dezembro de 1927, e 18 de janeiro de 1928, falando da “compra dos negativos e refilmagens das partes “piores” que foram suprimidas da primeira versão. A mesma fonte, em 21 de março de 1928, anuncia a conclusão das refilmagens”.
Ambientado em um vilarejo litorâneo, o filme narra a história do pescador Aitaré, que se envolve romanticamente com Cora. Nesta relação, podemos ver a exploração do embate entre tradição e modernidade, evidenciado tanto na descrição das belas praias da região quanto na introdução do ambiente sofisticado da aristocracia recifense, indo de encontro às transformações sociais em curso no Brasil dos anos 1920. No desenvolvimento da fita, o espectador se depara com uma porção de elementos regionais, como o cotidiano dos jangadeiros, as canções e as festas. Em meio à história de amor, porém, revela-se um conflito de aspecto histórico e também classista e racista, o que acabará conduzindo o drama ao desalento.
Quando Cora conta à sua mãe, D. Guilhermina, a paixão por Aitaré, ouve uma veemente reprovação, acompanhada da seguinte fala: “Este mestiço por quem te apaixonaste é o último descendente de uma raça que há cem anos passados imperou com todo o despotismo neste recanto. Aqui consumaram-se fatos terríveis, verdadeiros atos de atrocidade. Tu, minha filha, tu queres casar com o último de uma raça que foi nossa maior inimiga? O sangue maldito daquela raça ainda deve imperar, influindo no caráter do homem a quem, na tua ingenuidade, amas”.
Levando em conta as falas anteriores de que Aitaré era um “pobre pescador, sem educação e sem futuro”, e somando esta forte exposição preconceituosa em relação ao sangue indígena, temos um dos muitos pacotes de arranjo e aprovação ou recusa de casamentos em diversos lugares do Brasil, até mesmo entre famílias pobres: a origem étnica do pretendente e sua posição social eram julgadas e poderiam ser utilizadas como motivação para a família impedir o matrimônio.
Apesar de filmar bem as cenas no litoral e ter uma interessante mise-en-scène na primeira parte da obra, a montagem truncada e o final abrupto e um tanto confuso de Aitaré da Praia atrapalham bastante o filme a se desenvolver bem. Também não se pode ignorar o aspecto monótono e cansativo de algumas sequências, prejudicando o envolvimento do espectador.
Apesar de suas limitações, a fita merece ser apreciada num específico contexto de produção, especialmente quando lembramos que traz uma cena com blackface. A obra oferece uma visão bastante conhecida dos brasileiros sobre tradição e modernidade, questões de classe, etnia e mobilidade social. É uma contribuição importante para o cinema brasileiro, refletindo a busca por identidade em uma época de grande entusiasmo na nossa Sétima Arte.
Casa Izabel’ é poderosa alegoria sobre hipocrisia e poder no Brasil de ontem e hoje – Olhar de Cinema.
Filme que abriu o Olhar de Cinema, 'Casa Izabel', dirigido por Gil Baroni, aborda a ditadura, identidades de gênero e o contexto histórico atual, em obra pujante e com elenco em grande atuação.
Na sequência inicial de Casa Izabel, impactante longa-metragem do cineasta paranaense Gil Baroni que abriu na noite de quarta-feira, em uma Ópera de Arame lotada, o festival Olhar de Cinema, vê-se um homem (Andrei Moscheto) chegar de ônibus a uma propriedade rural imponente, em estilo colonial brasileiro. O ano é 1970 e o país está em plena ditadura.
O visitante, sujeito corpulento, bastante tímido, hesitante, é recebido por Dália, uma empregada, com ares de governanta, que lhe apresenta de modo levemente autoritário, ainda que sem perder a polidez, as regras do estabelecimento, uma espécie de hotel-fazenda – o lugar se chama Casa Grande Izabel, o que nos revela um tanto sobre o passado do lugar.
Armas devem ser deixadas na recepção, em hipótese alguma os hóspedes deverão abordar assuntos de caráter pessoal, íntimo, com os demais visitantes e está terminantemente proibida a “fornicação”. Em seguida, o recém-chegado é conduzido por outra funcionária, Leila (Jorge Neto), na verdade um rapaz jovem, vestido de mulher, ao andar superior, onde ele também poderá escolher trajes femininos que vestirá enquanto lá estiver. Também lhe é solicitado que escolha um nome feminino, de sua preferência. Opta por Regina, e é informado que significa rainha em latim.
Aos poucos, por meio de uma narrativa tensa, imersa em uma saborosa mistura de mistério e humor, vamos descobrindo o que é a Casa Izabel. Trata-se de um inusitado refúgio para homens maduros, casados, que gostam de viver a fantasia de trajar roupas femininas exuberantes, de se sentirem como mulheres ricas que se conhecem há muito tempo, e partilham de cumplicidade, porque guardam um traço comum: fora dali, no mundo masculino, são todos militares de carreira.
Espécie de alegoria buñuelesca sobre a hipocrisia e o poder no Brasil. Casa Izabel é mais um acerto de Gil Baroni, diretor de Alice Júnior, premiada comédia dramática teen protagonizada por uma adolescente trans, também roteirizada pelo talentoso Luiz Bertazzo. Ambos são filmes queer, que discutem cada um à sua maneira identidades de gênero, mas Casa Izabel é uma obra mais madura, grave e perturbadora, porque fala do que não se vê, do que está oculto, em uma sociedade que se orgulha de seu conservadorismo, de suas convenções sociais rígidas.
Bertazzo se baseou livremente em Casa Susanna, livro de fotografias que mostra os frequentadores do lugar que lhe dá título: homens estadunidenses travestidos de mulher que se reuniam secretamente, entre os anos 1950 e 60, aos fins de semana nessa propriedade isolada, em Catskills, no estado de Nova York
Ditadura
Mas Casa Izabel conta uma história bem brasileira. Dália (Laura Haddad, excelente) não é apenas uma serviçal. Ela vive na pele a dor de não saber o que aconteceu com o filho, um estudante universitário, militante de esquerda, que desapareceu sem deixar rastros. É empregada há anos da casa, que leva o nome de sua dona, vivida por um esplêndido Luís Melo. Ela/ele, doente, às portas da morte, vive trancado em um quarto fétido, onde assiste a filmes caseiros que retratam os dias dias de glória do estabelecimento.
Com medo de ser abandonada, Izabel promete deixar, quando morrer, a fazenda à empregada e seus filhos – o outro, na verdade um sobrinho, é Leila, que recebe e serve, também vestido de mulher, os hóspedes.
O elenco de Casa Izabel, grande vencedor da última edição do Cine PE, realizado em Recife, é, sem exagero, espetacular. Além de Melo, estão em cena grandes atores paranaenses, como o saudoso Luiz Carlos Pazello (que partiu em abril passado), Zeca Cenovicz, Andrei Moschetto, Sidy Correia, Otávio Linhares, Fábio Silvestre e a revelação Jorge Neto, que arrasa como Leila.
Aplaudidíssimo na gelada mas fervilhante sessão de abertura do Olhar de Cinema, Casa Izabel é um filme que nos atropela, porque nos diz respeito. Rodado em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro, é uma obra que se remete ao passado, mas fala de um Brasil mais presente do que imaginamos, do que gostaríamos, onde estruturas de poder oligárquicas, patriarcais e falso moralistas se perpetuam através do tempo. Não poderia ter sido uma escolha melhor para inaugurar o maior evento cinematográfico do Paraná.
Preparar o lenço p/ o final de ano, espero sentir a mesma emoção quanto no clássico com a Whoopi Goldberg, não estraguem algo tão lindo e emocionante 😢
A Cor Púrpura: nem mesmo a vi0l3nci4 é capaz de destruir a esperança... O antigo é lindo, comovente e uma superação surpreendente. Eu espero que esse filme possa transmitir essa luta que as duas irmãs tiveram, principalmente a mais velha. Eu estou ansiosa!
A cor purpura (1985) recebeu 11 indicações ao Oscar e merecia ter ganho todas, somente o racismo da academia explica o filme não ter ganho nada. Uma obra única e atemporal, não sei se o reboot vai superar o clássico. Mas com certeza irei ver no cinema
Calma Halle Bailey, mal te superamos em A pequena sereia e vc já veio arrebenta o coração assim!
"Olha, eu sei que você vai fazer sucesso com sua música e não fui feito para levar suas guitarras com você, mas se precisar de mim, estarei aqui" Considerado em termos gerais como um filme de ação, o cult film, obra de Walter Hill, é um híbrido que combina o faroeste urbano e o cinema musical, resultando - como anuncia o subtítulo - numa fábula do rock & roll. "Calles de Fuego" conta uma história com a estrutura clássica "menino bonzinho resgata moça bonita e derrota bandido", sustentada por um design visual e uma linguagem narrativa claramente videoclipe. O filme foi lançado em 1984 com roteiro do próprio Walter Hill e Larry Gross, responsáveis por “48 horas”, título que deu início à moda da Buddy Movies no meio policial. Se você, caro leitor, é daqueles que nem veria 'Mary Poppins', 'Love Without Barriers', muito menos 'La La Land', não se preocupe, porque 'Streets of Fire' é o musical para o macho alfa, para o telespectador que curte uma boa história de testosterona, seguida de uma quadrilha de balas, espancamentos e perseguições de moto. Amantes da música dos anos oitenta, não estou exagerando se garanto que a trilha sonora é uma das melhores dessa década. Junto com as canções "Tonight Is What It Means to Be Young" e a inesquecível "Nowhere Fast", ambas da Fire Inc. (a voz que se ouve na fita é de Laurie Sargent, dublagem de Diane Lane), encontramos hits como ' I can dream about you' interpretada por Dan Hartman e 'One bad stud' de The Blasters, entre outros. Um verdadeiro deleite auditivo. 'Fire Streets' encanta com uma trilha sonora de Ry Cooder que cria o clima necessário para mergulhar na trama e Andrew Laszlo, tremendo diretor de fotografia, ensina como um filme de ação e números musicais devem ser iluminados. 'Calles de fuego' à luz do tempo, permanece uma memória nostálgica daquela época em que podíamos beijar nossa garota em uma tarde chuvosa entre luzes de neon e uma atmosfera de discoteca. Diane Lane tinha 18 anos quando filmou o filme.
4 motivos para assistir o novo drama de guerra da Netflix
Este filme de drama e ação, dirigido por Peter Thorwarth e com roteiro de Stefan Barth, já conquistou o coração dos espectadores desde sua estreia na Netflix.
4 motivos para assistir o novo drama de guerra da Netflix
Prepare-se para mergulhar em uma história épica de coragem, redenção e tesouros escondidos em “Sangue e Ouro”. Este filme de drama e ação, dirigido por Peter Thorwarth e com roteiro de Stefan Barth, já conquistou o coração dos espectadores desde sua estreia na Netflix.
Situado no turbulento período final da Segunda Guerra Mundial, o longa-metragem alemão nos transporta para um vilarejo onde um desertor alemão, Heinrich, interpretado por Robert Maaser, e uma destemida fazendeira chamada Elsa, interpretada por Marie Hacke, se unem em uma luta contra as forças nazistas para proteger um tesouro judaico.
Combinação perfeita de drama e ação
O filme mergulha na atmosfera sombria e intensa do final da Segunda Guerra Mundial, trazendo uma história emocionante que mantém você na ponta da cadeira do início ao fim. A ação é eletrizante, com cenas de combate impressionantes, enquanto o drama pessoal dos personagens adiciona profundidade à trama.
Performances marcantes
Robert Maaser e Marie Hacke entregam atuações poderosas como os protagonistas Heinrich e Elsa. Sua química na tela traz à vida a complexidade dos personagens e a conexão que se desenvolve entre eles. O elenco também conta com talentos como Jördis Triebel, Alexander Scheer e Stephan Grossmann, que adicionam camadas adicionais de talento e nuance ao filme.
Um olhar único sobre a história
“Sangue e Ouro” oferece uma perspectiva fascinante sobre os momentos finais da Segunda Guerra Mundial, focando em um período muitas vezes negligenciado pelos filmes do gênero. Ao explorar a luta contra as tropas nazistas em um contexto de tesouro judaico, o filme aborda questões emocionais e éticas complexas, oferecendo uma visão mais profunda desse período histórico.
Direção habilidosa
Sob a direção experiente de Peter Thorwarth, o filme ganha vida com sequências bem coreografadas, cenários autênticos e uma cinematografia envolvente. Thorwarth equilibra habilmente os momentos de ação e drama, mantendo o ritmo do filme em um nível constante e mantendo o público cativado.
Se você é fã de filmes de época, especialmente aqueles ambientados durante a Segunda Guerra Mundial, este é um filme que não pode deixar de assistir. Prepare-se para uma experiência cinematográfica inesquecível enquanto acompanha Heinrich e Elsa em sua batalha contra os nazistas e descobre segredos ocultos. Não perca a chance de se emocionar com “Sangue e Ouro” na Netflix!
É a primavera de 1945. A 2a guerra mundial está perto de terminar. Conhecemos um desertor alemão, Heinrich (Robert Maaser), que está a tentar voltar para a sua filha. Entretanto, um grupo de nazis também está a tomar conta de uma pequena aldeia onde acreditam ser ouro judeu que podem levar para se prepararem para depois da guerra. Quando o caminho de Heinrich se cruza continuamente com estes soldados particulares das SS, ele tenta ser o salvador de Elsa (Maria Hacke) e do seu irmão Paule (Simon Rupp), cuja quinta os nazis decidiram invadir.
Então, embora isto seja definido durante a 2a Guerra Mundial, para mim, em muitos aspectos, 'Blood & Gold' parecia muito mais um ocidental à moda antiga. Temática e narrativamente, lembrei-me do tipo de histórias que costumava ver dos filmes do John Wayne. A pontuação, que eu achei fantástica, evocou muito essa vibração ocidental. Até mesmo o cenário de cidade/aldeia pequena parecia uma reminiscência da era chamada "clássica" do cinema de Hollywood.
Agora, admito que não sou fã de velhos westerns. Na verdade não suporto John Wayne como ator. No entanto, os westerns mais modernos, como "Django: Unchained" e "Bone Tomahawk", eu gostei. Talvez seja porque estes são mais violentos e elegantes. Qualquer que seja a razão, "Blood & Gold" deu-me sentimentos semelhantes a ver este tipo de filmes. A ação foi fantástica. A cinematografia foi ótima. Eu realmente apreciei a produção do período e os designs de figurinos também.
Apesar de violento, e às vezes sangrento, pessoalmente não acho que tenha sido muito sangrento. Algumas pessoas podem discordar. A forma como as cenas de luta foram editadas deu-nos tempo para vermos o que os personagens estavam a fazer, em vez de a edição rápida de estilo Michael Bay que tem estado a assolar Hollywood.
Gostei do desempenho de Maaser como nosso protagonista; mas gostei mais das atuações de Alexander Scheer, que interpretou o Coronel von Starnfield, o líder nazi, com meia cara, e o de Roy McCrerey, que é simplesmente chamado de Sargento. Eles desempenham os seus papéis de vilões assanhavelmente bem.
Indiscutivelmente isto é um pouco de nicho. Um violento filme de ação alemão da 2a Guerra Mundial que parece um ocidental. Mas, se isto te parece vagamente interessante, recomendo vivamente que experimentasses.
No Dia-D uma pequena unidade, formada por homens indisciplinados mas ao mesmo tempo durões, resistentes e corajosos ficou famosa.
Seu nome oficial era 1ª Seção de Demolição do 1º Pel. de Demolições da Cia. Regimental do QG do 506º Rgt. de Infantaria Paraquedista da 101ª Div. Aerotransportada. Mas eles ficaram conhecidos mesmo por seu apelido: Os Treze Imundos.
Essa era uma unidade treinada para missões de alto risco atrás das linhas inimigas como sabotagem, infiltração, reconhecimento, destruição de objetivos táticos, etc. Para cumprir sua missão eles passaram por um duro treinamento na Inglaterra.
Era composta por duas equipes de seis homens, seu segundo em comando era o Sargento James Elbert McNiece, e o comandante era o Tenente Charles Mellen.
Todos eles eram conhecidos por seu desprezo pela rígida disciplina militar e sempre tinham problemas com seus superiores.
Muitos dizem que seu apelido se devia ao hábito de só tomar banho e se barbear apenas uma vez por semana, para poder usar a água extra para cozinhar alguma caça capturada na floresta perto de seu acampamento no final de semana.
A popularidade da unidade veio após a publicação, depois do Dia-D, de um artigo no jornal militar Stars and Stripes intitulado "O Esquadrão Treze Imundos, sem igual no grupo de salto", que incluía fotos do grupo tiradas poucas horas antes da invasão, com seu corte de cabelo estilo moicano e pintura de guerra em seus rostos, o que era contra o regulamento.
A ideia do corte moicano e as pinturas indígenas veio de McNiece, que tinha ancestrais entre os índios Choctaw e pensou em honrá-los e também fortalecer o moral da tropa.
Eles saltaram com o 3º Btl do 506º com a missão era capturar ou destruir três pontes sobre o rio Douve. Eles cumpriram a missão com sucesso mas sofreram pesadas baixas. Quatro deles morreram (inclusive Mellen), alguns foram feridos e três capturados. Mesmo com essas baixas, liderados por McNiece, eles cumpriram sua missão.
A unidade continuou ativa e lutou na Operação Market-Garden, na Batalha das Ardenas e avançou contra a casa de Hitl3r em Berchtesgaden, Alemanha no final da guerra.
PS: Fico só imaginando a cara de espanto, e até de terror, que as tropas alemãs que tiveram ao travar combates face a face com essa unidade de bravos insanos da101 Airborne! Omaha, Utah, Gold, Sword, Juno! Dia D, Nunca serão esquecidos!!!
Frank Castle (Thomas Jane), um agente secreto do FBI com um histórico irrepreensível, decide um dia abandonar uma profissão tão perigosa para poder ter uma vida familiar normal. Mas, precisamente então, a sua vida está destruída com o pior dos seus medos: a sua família é assassinada como vingança pelo seu último trabalho. Procurando punir assassinos, no final encontra o que menos esperava: a redenção.
Uma super produção, muito bem realizada, assisto com frequência, vale a pena repetir.
O ruim do filme é que o personagem do castigador é muito suavizado, ele começa a ficar parecido com o castigador no final do filme (sim, ele não é tão violento quanto nos quadrinhos), o da zona de guerra é o punidor como é (aquele dos quadrinhos como é) o de Ray stevenson (rip). Até o de Dolph Lundgren ficou mais próximo do personagem, agora se você ainda não leu um quadrinho na vida, esse é o que você vai amar. Se gostarem recomendo assistir uma curta serie do Justiceiro de duas temporadas feito pelo Netflix
WARHORSE ONE - Nos cinemas a 30 de junho e no Digital 4 de julho.
Warhorse One é o meu filme mais esperado deste ano. Sou um grande fã do Johnny Strong e do @TAG, sei que este ano vão muitos filmes maiores e estou entusiasmado com eles também... mas eu instinto diz-me que isto vai ser uma obra-prima. O trailer obteve mais de 35 mil visualizações no YouTube e para muitos pode parecer amendoins, para mim significa que este filme está a ter alguma tração o que espera levar a muitas pessoas a conferir o filme quando ele for lançado. Todd Jenkins é alguém de quem também sou fã e ele conseguiu um bom papel no filme e eu super entusiasmado por ver o que ele vai fazer neste filme. Saúde
Vale a pena viver por isso. Vale a pena morrer por isso. 🎖️
FILMES DE DIRETORAS QUE (PROVAVELMENTE) VOCÊ NÃO CONHECE, E ONDE ASSISTIR DE GRAÇA Pessoal tem esse filme e outros nesse site e de graça https:// www. filmicca. com. br/
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O filme Greyhound é uma adaptação do livro The Good Sheperd (O Bom Pastor), escrito em 1955 por C.S. Forester.
Nele Tom Hanks interpreta o capitão Ernest Krause, que no comando do contratorpedeiro USS Keeling da classe Fletcher da US Navy, com o indicativo de chamada de rádio "Greyhound", lidera a escolta formada juntamente pelo destroier britânico HMS James da classe Tribal, indicativo "Harry", o destroier polonês ORP Viktor, da classe Grom, indicativo "Eagle", e a corveta canadense HMCS Dodge, da classe Flower, indicativo "Dicky", que recebe a missão de escoltar através do Atlântico Norte um comboio internacional de 37 navios aliados, o comboio HX25, do EUA para Liverpool na Inglaterra.
Todos os quatro navios militares têm capacidade de guerra antissubmarino e podem lançar cargas de profundidade em caso de ataque de submarinos pois o comboio estará sob a constante ameaça dos U-Boats alemães da (Kriegsmarine) quando ficarem por 50 horas no "Black Pit" - a lacuna do Meio-Atlântico onde eles estarão fora do alcance da cobertura aérea protetora.
A ação ocorre em fevereiro de 1942 e os EUA tinham acabado de entrar na guerra e a Batalha do Atlântico estava a todo vapor. Na verdade essa batalha durou quase toda a guerra, começando em 03/09/39 terminando apenas em 08/05/45. É considerada a batalha mais longa e contínua da história do confronto.
Para mim esse é um dos melhores filmes de guerra que já assisti, e olha que já assisti muitos, e retrata muito bem a realidade desta batalha, pouco abordada.
Vemos na filme o cansaço, as longas, desgastes e contínuas vigílias no frio, em ambiente úmido e exposto ao interminável jato de água fria e salgada do Atlântico Norte.
Com a probabilidade de uma tripulação precisar vigiar horas e horas em constante tensão sem ter um combate sequer era mais comum do que parece. E tudo isso consumia a energia dos homens e afetava o seu emocional.
A tripulação também raramente comia alimentos quentes, como também é retratado na adaptação e a cozinha estava sempre funcionando para atender quem estava de vigia.
Um filme que vale a pena ser assistido, um livro que vale a pena ser lido, eu recomendo.
Eu nunca conheci a história do BlackBerry com tanta profundidade, e este filme retrata isso muito bem com sua comédia de humor negro e escrita indutora de ansiedade! Faz um ótimo trabalho ao mostrar como o IPhone destruiu o BlackBerry.
As atuações de Glenn Howerton e Jay Baruschel foram absolutamente surreais, considerando que ambos são atores cômicos de coração. Tive o prazer de ver isso em um festival de cinema e estou feliz por isso. Este filme é feito para ser visto com um grande público. Eu definitivamente estarei acompanhando a carreira de Matt Johnson de agora em diante. Amo esse filme e mal posso esperar para ele sair no streaming!
Docudrama divertido e divertido!
Sem conhecer a história do Blackberry, fora sua queda espetacular, achei esse filme muito divertido e informativo. Não é um documentário, então tudo precisa ser levado com o proverbial grão de sal. Dito isto, havia muitas partes da história do Blackberry, incluindo as inovações técnicas da Research in Motions que antecederam o iPhone em quase uma década.
Jay Barucshel e Matthew Johnson foram maravilhosos em um relacionamento Ying-e-Yang corporativo, embora Johnson roube o show com sua irreverência e comédia. Glenn Howerton foi um pouco desarmante como o durão corporativo Jim Balsille. Juntos, os três conduzem a história de seus pontos mais baixos a suas alturas vertiginosas.
No geral, uma imagem divertida e divertida, que pode não ser totalmente precisa, mas para quem não conhece os detalhes, não prejudicará a história.
ascensão e queda de crackberry!
Saudações novamente da escuridão. Não são muitas as empresas que atingiram o auge de sua indústria, apenas para fracassar mais tarde por falta de inovação ou por uma teimosia em se apegar ao passado. Sucesso tremendo e fracasso absoluto não são normalmente associados à mesma empresa. A Blockbuster Video e a Pan Am Airlines vêm à mente como exemplos de líderes da indústria cuja recusa em se adaptar culminou com o fechamento, e é provável que o Blackberry pertença à categoria, pelo menos conforme apresentado aqui pelo roteirista e diretor Matt Johnson e o co-roteirista Matthew Miller , adaptando o livro de Jacquie McNish.
Amigos socialmente desajeitados, Mike Lazaridis (interpretado por Jay Baruchel) e Doug Fregin (interpretado pelo diretor do filme Matt Johnson), co-fundaram a Research in Motion (RIM). O filme começa em 1996, quando Mike e Doug estão fazendo sua primeira apresentação de sua inovadora máquina portátil de envio de dados por e-mail, que eles batizaram de Pocket Link. Estes são dois nerds geniais sem noção de como o mundo externo dos negócios funciona, e o executivo a quem eles estão apresentando está tão distraído que seu único feedback é: "Você precisa de um novo nome". Em uma reviravolta fascinante, esse mesmo executivo, Jim Balsillie (Glenn Howerton, "It's Always Sunny in Philadelphia") acaba salvando não apenas o novo produto, mas também a empresa.
Balsillie se apresenta como uma bola de fogo, assume o controle, o tipo de cara que avança a todo vapor. É um grande contraste com o nerd Mike e o tranquilo Doug. Mike é um cara quieto comprometido com a perfeição em seu trabalho, enquanto Doug disputa os desenvolvedores de tecnologia com uma cultura de videogames, noite de cinema e um ambiente geral de fraternidade. A chegada de Balsillie como um especialista em indignação vocal e empresário impetuoso muda tudo, e ele e Mike levam o recém-nomeado BlackBerry a níveis nunca antes vistos. Recebemos uma anedota engraçada de uma mancha de camisa (mesmo que não seja uma história verdadeira) e, de fato, há um pouco de humor por toda parte.
Somos informados de que o filme foi "inspirado em pessoas e eventos reais", pelo que se espera alguma licença dramática. Talvez a melhor comparação seja A REDE SOCIAL (2010) e, embora esse filme tenha sido mais polido, pessoalmente achei este mais divertido e preciso do ponto de vista comercial. Um excelente elenco de apoio inclui Cary Elwes, Saul Rubinek, Michael Ironside, Martin Donovan, Rich Sommer e SungWon Cho, e a verdadeira atração do filme é o contraste entre o tímido, mas brilhante Mike de Jay Baruchel e o retrato poderoso de Glenn Howard do egoísta Balsillie. A cena de Baruchel em que ele reage ao novo iPhone já vale o preço do ingresso.
Em seu auge, o BlackBerry tinha 45% de participação de mercado e ganhou seu rótulo de "CrackBerry" no mundo dos negócios. A introdução do iPhone pela Apple em 2007 não apenas abalou a empresa BlackBerry, mas também o mundo. A perspectiva do Canadá é notada (a RIM estava sediada em Waterloo, Ontário), assim como a aversão de Mike a 'made in China', talvez a razão final para a queda. É provável que o BlackBerry tenha se tornado um estudo de caso nas escolas de negócios, embora o mundo acelerado e cheio de pressão da tecnologia continue a exigir um equilíbrio de decisões com foco nos mercados atuais e inovação sem fim para o futuro.
* O nome Darly é um nome feminino de origem inglesa, que pode ser usado como nome masculino, embora seja mais comum entre meninas. É uma variação do nome Darrel, que significa “aberto e honesto”. É um nome incomum, mas ainda assim tem um charme próprio.
‘O Homem Cordial’ é um filme urgente sobre um Brasil em chamas.
Filme do diretor Iberê Carvalho, 'O Homem Cordial' retrata uma cidade explosiva em que a violência escala no cotidiano de todos. Após 4 anos, longa-metragem finalmente entrou em cartaz.
Quando Sérgio Buarque de Holanda descreveu o conceito-chave do “homem cordial”, em sua obra Raízes do Brasil, ele não imaginava que seria mal interpretado. Muita gente segue até hoje crendo que a expressão apontava à suposta cordialidade do brasileiro ou apenas ao seus excesso de intimidade nas relações.
A interpretação faz com que se perca de vista do que o historiador de fato falava: da ideia do brasileiro como alguém que “age com o coração”. Mas não no sentido amoroso como se pode sugerir, e sim como alguém que opera de maneira emotiva e instintiva, ao invés de usar a razão. O homem cordial, então, é aquele que seguidamente vai reagir através da violência.
Não por acaso, o longa-metragem O Homem Cordial, de Iberê Carvalho, trabalha no registro da tensão permanente, em que todas as cenas envolvem pessoas com a tensão à flor da pele. A violência está sempre à espreita – mesmo no fã que pede para tirar uma selfie com seu ídolo. Todo ser humano que existe, com um celular na mão, é um potencial agressor.
O filme se inicia em um show de rock. A banda Instinto Radical acabou de voltar depois de vinte anos, com suas músicas de protesto. Só que, logo no início do evento, as pessoas da plateia começam a atirar coisas em direção ao vocalista, Aurélio (Paulo Miklos, em excelente performance, ganhou o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado por este papel).
Logo em seguida descobrimos que Aurélio se envolveu em um episódio, não muito bem esclarecido, mas que viralizou na internet. Ele foi filmado quando protegia um “ladrãozinho” (um menino de onze anos) que teria roubado um celular e estava sendo linchado por um grupo num bairro de classe alta de São Paulo.
Por razões obscuras, o episódio se relaciona à morte de um policial. Assim, de uma hora para a outra, Aurélio (e, por consequência, sua banda) se tornou uma persona non grata para a cidade de São Paulo, e quiçá para o país, por supostamente ter se posicionado contra a polícia. E para onde correr em casos de violência quando a polícia te odeia?
Após o ataque, a criança desapareceu, mas a história é capturada por vários oportunistas. Dentre eles, os influenciadores digitais de direita que só pensam em causar (e chama muito a atenção que este seja um filme de 2019, enquanto parece retratar os Nikolas Ferreiras da vida que só aumentaram desde então).
O que se vê no longa-metragem – que tem um roteiro cirúrgico de Pablo Stoll (do longa uruguaio cult Whisky, de 2003) e Iberê Carvalho – é um escalar gradativo da tensão para uma situação que se torna cada vez mais insustentável. A ação dura apenas uma única noite, em que várias questões se cruzam não apenas na vida de Aurélio, mas em toda a atmosfera da cidade em que ele habita.
O menino desaparecido é negro e sua família reside em um bairro periférico onde Béstia (vivido pelo rapper Thaíde), um ex-membro do Instinto Radical, mantém um bar. Ao se dirigir até lá, Aurélio será cobrado por sua própria branquitude: seria ele um aliado antirracista ou só alguém com um complexo de “salvador branco”?
Todos os temas são postos ao público em O Homem Cordial de maneira fluida e envolvente – vale lembrar que estamos diante de um thriller tenso, em que mal se consegue respirar. O filme parece nos dizer que a cidade se tornou uma espécie de não-lugar para todos, em que ninguém está confortável.
Há no longa uma cena, de uma sutileza atroz, em que se foca um “parklet”, aquele espaço arquitetônico elaborado para que as pessoas relaxem nas ruas, na perspectiva progressista do “ocupe sua cidade”. Contudo, como o filme deixa claro a todo instante, ninguém consegue de fato ficar à vontade nesse espaço – seja por estar à margem, seja pela paranoia em relação a quem está à margem.
O que resta ao fim da experiência proporcionada por O Homem Cordial é um gosto amargo na boca de quem sabe que vive em uma terra arrasada. Um filme imprescindível e urgente sobre um Brasil que está em chamas.
Em 1986, quando Top Gun – Ases Indomáveis foi lançado, durante a administração do presidente republicano Ronald Reagan, o filme do cineasta britânico Tony Scott (de Fome de Viver) foi visto como um elogio patriota ao militarismo.
Maior sucesso de bilheteria daquele ano, o êxito espetacular, além de catapultar a carreira de seu astro, Tom Cruise, ao estrelato, fez com que o numero de interessados em se tornar pilotos da marinha dos Estados Unidos desse um salto geométrico.
A personagem da Conselheira/Instrutora Top Gun (1986) interpretada por Kelly McGillis é inspirada em uma mulher real: Christine Fox, nomeada na década de 1980 como subsecretária interina do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Ela era especialista no setor de Defesa e trabalhou no Pentágono nas áreas de orçamento, gestão, astrofísica, matemática e planejamento de operações navais.
Você quer uma boa noite de pipoca, assista a um filme policial direto com bons atores e ótima cinematografia. Este é o filme para você. Não vejo O Silêncio dos Inocentes quando vejo este filme, mas sim um retrocesso a outros anos 90 como Hill Street Blues (1981~1987). Apenas um filme sólido sem VFX e capas de super-homem. O roteiro é um pouco fino, mas eu estava colado ao meu assento e há bastante suspense e emoção, então parabéns ao diretor, ao ritmo e à música. Eu poderia ter apreciado um final diferente, mas olhando para trás agora ... To Catch a Killer tinha que terminar assim. Isso é sinal de que filmes desse tipo estão de volta aos cinemas! E acho que este é um filme para encorajar, mesmo que apenas por esse motivo. Aproveite o sua pipoca.
Ben e Shailene fazem suas coisas
Saudações novamente da escuridão. O roteirista e diretor argentino Damian Szifron esteve por trás do fantástico WILD TALES (2014), indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e desta vez, ele e o co-roteirista Jonathan Wakeham se aventuram no território processual do crime psicológico. Uma sequência de abertura cativante, fotografia especializada e atuação de alto nível dos dois protagonistas nos mantém assistindo, embora pareça ter havido alguma confusão sobre o melhor caminho para o roteiro. O resultado final é assistivel, mas não memorável.
É véspera de Ano Novo em Baltimore e comemorações, folias e festas estão ocorrendo por toda a cidade. Enquanto a policial Eleanor Falco (Shailene Woodley, THE FAULT IN OUR STARS, 2014) negocia uma rixa mundana entre o dono de uma lanchonete irritada e um cliente que comia devagar, os tiros começam a soar. Essa sequência frenética captura o pânico enquanto testemunhamos alguns dos 29 tiros que acertam o alvo. O policial Falco corre alguns quarteirões até o prédio alto onde ocorre uma explosão. Acontece que o atirador destruiu seu próprio covil para evitar deixar evidências.
Entra em cena o renomado agente do FBI Lammark (Ben Mendelsohn, ANIMAL KINGDOM, 2010) que se encarrega da investigação. Este ponto é mencionado porque a cadeia de comando desempenha um papel vital no processo ... Lammark quer conduzir a investigação, mas burocratas e políticos interferem. Lammark se concentra em Falco e seus instintos. Claro, ela tem um passado duvidoso que inclui ter seu pedido do FBI negado. Aqui ela atua como uma ligação e fornece informações sobre o assassino. Pescou? Uma pessoa danificada pode se relacionar com outra.
Alguns comentários sociais são periodicamente interpostos - controle de armas, jogos de poder pela aplicação da lei, prioridades equivocadas por políticos - mas a parte divertida é assistir Mendelsohn e Woodley mostrarem seus respectivos talentos. Ela é uma Clarice Starling imperfeita e ele é um cara que está empenhado em encontrar o bandido. Filmado em Montreal, o diretor de fotografia Javier Julia mantém uma atmosfera legal por toda parte, e a música de Carter Burwell oferece algumas partes de piano excelentes. Isso acaba sendo um daqueles filmes divertidos o suficiente para assistir se você não pensar muito enquanto está passando, e também nos lembra que Ben Mendelsohn e Shailene Woodley são ótimos atores que cumprem todos os papéis.
CONCLUSÃO: Sólido e Bem Escrito
Não tenho avaliado filmes, mas sinto que é necessário que eu revise este. Este não é um tipo de filme emocionante por segundo. Ele progride de forma inteligente e ponderada. É um filme de pensamento. A atuação e o roteiro são excelentes. Os dois protagonistas foram perfeitos para este filme. Eles pareciam se alimentar um do outro, tentando superar um ao outro como o melhor ator do filme. Tantos filmes falham no final. Mas este se destacou. Na verdade, tem um bom final. Eu recomendo este filme para quem é inteligente e gosta de pensar. Sim, ficou um pouco lento com algumas cenas que talvez pudessem ter sido escritas um pouco melhor. É por isso que estou dando apenas um oito. Mas não sei como alguém pode sair desse filme decepcionado!
Muita gente DETESTOU "Skinamarink". Teve quem não conseguiu assistir mais do que 10 minutos. Isso porque trata-se de uma série de imagens oníricas, gravadas em ângulos improváveis em uma casa escura. Você precisa prestar muita atenção para entender alguma coisa do que está acontecendo.
Grosso modo, o filme é sobre duas crianças pequenas que acordam de madrugada e descobrem que estão sós na casa.
Os pais sumiram.
E mais do que isso.
As portas e janelas da casa também sumiram.
A menina, Kaylee, some no meio do filme.
E parece ter uma presença bizarra na casa (que NUNCA vemos!) que pede para o garoto que sobrou, chamado Kevin, subir as escadas e ir vê-lo.
Boa parte do filme é sobre Kevin explorando a casa no escuro e encontrando coisas esquisitas.
Tudo isso enquanto ouve a voz que diz "Suba as escadas", "Venha a mim", "Enfie uma lâmina no seu olho".
Eu assisti e dou como dica: se for assistir, veja sozinho, no escuro e com uma cabeça aberta a histórias surreais, ok?
"Tá, e qual é a teoria sobre esse filme?".
Quando os pais ainda estão na casa ouvimos um diálogo. O pai de Kevin fala ao telefone que o menino estava andando sonâmbulo, caiu das escadas e bateu a cabeça.
A teoria é de que Kevin nunca acordou depois disso.
Ele está em coma.
O filme inteiro seriam as memórias de Kevin a respeito do trauma que passou combinadas com a percepção subliminar dele das pessoas que estão o visitando no hospital.
Em outras palavras, o filme tem aquela atmosfera de sonho, ou melhor, de pesadelo, porque é como uma criança de 6 anos, sem entender o que está acontecendo, está vivenciando a proximidade de sua própria morte.
Os pais e o irmãozinho sumiram no pesadelo porque Kevin pensa que está sozinho. As portas e janelas sumiram como metáfora para a consciência dele presa no corpo em coma, sem percepção plena do ambiente. A presença ameaçadora na casa é o médico que o está tratando. Por isso ele fala de enfiar lâminas no olho. Kevin está numa mesa de operação, semi-consciente, sentindo o bisturi do médico perfurar sua carne. O que explica os gritos de criança que às vezes podemos ouvir ao fundo…
Quando Kevin ouve "Suba as escadas" trata-se do pai ou da mãe pedindo que ele acorde (Ele entrou em coma quando caiu das escadas).
Os desenhos animados que passam na TV são as memórias dele sobre o trauma tentando se organizar.
Mas nada dá certo.
No final do filme, aparece uma mensagem misteriosa da tela, dizendo algo como "500 dias depois". O que isso significa?
Que ele ficou 500 dias em coma.
É quando Kevin sobe as escadas e é capturado pela presença maligna. Vemos uma poça de sangue se espalhar no chão.
Trata-se da última operação médica para salvá-lo, que deu errado.
Kevin morre acreditando estar só, depois ter vivenciado 500 dias de um pesadelo ininterrupto.
Aí vc está presumindo que há uma entidade e que ela se apresenta disfarçada. Ou seja, sua teoria do que está acontecendo é mais literal: Kaylee está de fato na casa, as portas sumiram mesmo, há um monstro, etc.
O que aparece na tela, no final do filme, é uma silhueta feminina falando com Kaylee. Presumivelmente, sua mãe. Isto é, como ela é percebida no estado semi-consciente do coma (conforme minha teoria).
Por sinal, a palavra "skinamarink" é uma pista do final. Ela significa algo como "gesto de amor". No final do filme vemos a silhueta feminina dizendo para Kaylee isso: "Go to sleep". Estaria fazendo aquilo como um "gesto de amor". Seria, portanto, sua mãe, aceitando que a morte de Kaylee era inevitável e talvez até desejável àquela altura…
A outra presença, ameaçadora, associada a sangue, seria o médico.
Uma pequena correção, nos apenas não vemos a forma real da entidade de skinnamarink.
Kaylee é a irmã que desaparece no meio do filme. Relembrando que quem cai nas escadas e supostamente está em coma durante o filme todo é o Kevin.
O incidente na Colina 192 refere-se ao sequestro, estupro coletivo e assassinato de Phan Thi Mao, uma jovem vietnamita, [1] em 19 de novembro de 1966 [2] por um esquadrão americano durante a Guerra do Vietnã . [1] Embora a notícia do incidente tenha chegado aos Estados Unidos logo após os julgamentos dos soldados, [3] a história ganhou notoriedade generalizada através do artigo de Daniel Lang de 1969 para o The New Yorker [4] e seu livro subsequente. [5]
Em 1970, Michael Verhoeven fez o filme ok , baseado no incidente. Em 1989 , Brian De Palma dirigiu o filme Casualties of War , baseado no livro de Lang. [1]
Em 17 de novembro de 1966, o sargento David Edward Gervase (20 anos) e o soldado de primeira classe Steven Cabbot Thomas (21) - ambos membros da Companhia C, 2º Batalhão (Aerotransportado), 8ª Cavalaria , 1ª Divisão de Cavalaria - conversaram com três outros membros do esquadrão (Soldados de primeira classe Robert M. Storeby, 22; primos Cipriano S. Garcia, 21, e Joseph C. Garcia, 20) [3] sobre os planos de sequestrar uma "menina bonita" durante a missão de reconhecimento planejada para o dia seguinte, [ 6] e "ao final de cinco dias nós a mataríamos". Storeby também lembrou que Gervase afirmou que seria "bom para o moral do time". [7]
Aproximadamente às 05:00 da manhã do dia 18 de novembro, o esquadrão entrou na pequena vila de Cat Tuong, no distrito de Phu My , à procura de uma mulher. [8] Depois de encontrar Phan Thi Mao (21), eles amarraram seus pulsos com uma corda, amordaçaram-na e a levaram para a missão. Mais tarde, depois de montar acampamento em uma casa abandonada , quatro dos soldados (excluindo Storeby) se revezaram para estuprar Mao. No dia seguinte, em meio a um tiroteio com os vietcongues, Thomas e Gervase ficaram preocupados com a possibilidade de a mulher ser vista com o esquadrão. Thomas levou Mao para uma área com arbustos e, embora a tenha esfaqueado três vezes com sua faca de caça, não conseguiu matá-la. Quando ela tentou fugir, três dos soldados a perseguiram. Thomas a pegou e atirou na cabeça dela com seuEspingarda M16 . [6]
Storeby inicialmente relatou o crime. A princípio, a cadeia de comando, incluindo o comandante da companhia, nada fez. Apesar das ameaças contra sua vida pelos soldados que participaram do estupro e assassinato, Storeby estava determinado a punir os soldados. Sua persistência em relatar o crime às autoridades superiores acabou resultando em cortes marciais gerais contra seus quatro companheiros de esquadrão. [6] Foi durante esse processo que a vítima foi identificada por sua irmã como Phan Thi Mao. [9]
Thomas, Cipriano Garcia e Joseph Garcia foram condenados por assassinato não premeditado em março e abril de 1967. Gervase foi considerado culpado pela acusação de assassinato premeditado. [10] No julgamento de Thomas, que cometeu o esfaqueamento e o tiro, o promotor pediu ao júri que impusesse uma sentença de morte . [6] O tribunal, no entanto, condenou Thomas à prisão perpétua com trabalhos forçados. Essa sentença foi comutada primeiro para 20 anos, depois reduzida para oito, o que o tornava elegível para liberdade condicional depois da metade desse tempo. Ele recebeu liberdade condicional em 18 de junho de 1970. [11]
Da mesma forma, a sentença inicial de Gervase de dez anos com trabalhos forçados foi reduzida para oito. [12] Ele recebeu liberdade condicional em 9 de agosto de 1969. [11] Em 1968, Joseph Garcia foi absolvido na apelação de sua sentença inicial de 15 anos e sua dispensa desonrosa foi revertida depois que foi determinado que seus direitos da Quinta Emenda foram violados, e sua confissão foi considerada inadmissível. A sentença de 4 anos de Cipriano Garcia foi reduzida para 22 meses. Todos os soldados (excluindo Storeby) foram desonrosamente dispensados do Exército. [12] [13]
Gervase morreu em 23 de março de 1981. Ele tinha 34 anos. [14]
Em 1992, o ex-PFC Thomas ganhou ainda mais notoriedade quando foi acusado de ser cúmplice após o fato no julgamento de assassinato de George Loeb, que foi acusado da morte a tiros em 17 de maio de 1991 de um marinheiro afro-americano do USS Saratoga chamado Harold J. Mansfield. Tanto Thomas quanto Loeb eram líderes da supremacia branca Igreja Mundial do Criador . Thomas permaneceu em liberdade sob fiança durante o julgamento, e os registros do tribunal mostraram que, em troca de seu testemunho, ele cumpriria apenas um ano de liberdade condicional . [15]
Nossa que prestígio ver Toni Colette e Monica Bellucci juntas em comédia! Depois de Hereditário eu me apaixonei pelo trabalha da Toni Colette .
Monica Bellucci e Toni Collette dispensam apresentações. Cada uma é atriz de altíssimo nível e pode representar qualquer papel de qualquer gênero.
Mesmo com o título em português dar a sensação de algo descartável, ter Toni Collette e Monica Bellucci torna no mínimo interessante assistir a essa obra.
Toni Colette muito subestimada pela indústria... Sim gente é a Tony Collette, que fez HEREDITÁRIO... o que as pessoas não fazem por 💰
Tração
1.3 1 Assista AgoraA Owner Entertainment e a Cinecolor estão prestes a lançar “Tração”, filme de ação que pretende ser uma espécie de versão brasileira de “Velozes e Furiosos”, só que com motos.
A trama aborda o universo das competições de motocross. O longa é do diretor André Luís Camargo (“Amor, Confuso Amor”), que também atua na produção. O elenco ainda conta com Marcos Pasquim (“Morde & Assopra”), Fiuk (“O Galã”), Duda Nagle (“Cúmplices de um Resgate”) e outros astros.
A história acompanha Ajax, um piloto profissional de motocross que sofre pela perda da mãe de sua filha. Certo dia, Ajax e seus amigos são abordados pelo político milionário DiMello com a proposta de uma grande competição com várias categorias de motos e muito dinheiro. No caso,
eles acabam caindo em uma armadilha e usam da velocidade sobre rodas para escapar desse golpe.
Pode ser o começo para uma franquia de ação brasileira
Durante a pré-estreia do filme, que aconteceu na segunda-feira (19/6) em São Paulo, o elenco comentou sobre a experiência de gravar um longa de ação no Brasil. Devido ao custo de produção, o gênero é bastante escasso no país, tendo poucos representantes de destaque como “Bacurau” (2019) e “Tropa de Elite” (2007). Mesmo assim, nenhum dos mencionados conta com cenas de velocidade como “Tração”.
“Eu estou muito ansioso, porque além das dificuldades que tivemos por causa da pandemia, é a primeira vez que vai ter drift no cinema nacional e estar fazendo parte dessa história em um filme de ação é muito especial”, declarou Fiuk em entrevista à Caras durante a première.
Vale mencionar que o ator pratica drift há mais de 10 anos. O esporte engloba competições de carro, onde os veículos são colocados para derrapar pelas curvas de um circuito. Este gênero de competição foi abordado no terceiro filme da franquia “Velozes e Furiosos” – “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio”, de 2006.
Sem dar muitos detalhes sobre o seu papel, o ator revelou que o personagem pode ganhar maior destaque num possível segundo filme. “Ele é meio misterioso, talvez quando surgir o segundo filme o pessoal vai entender mais sobre ele, mas ele aparece em um momento específico da trama”, declarou.
Cenas de luta desafiadoras
Diante das cenas em alta velocidade, as sequências de ação foram um desafio para a produção e para o elenco. “A gente estava fazendo uma perseguição de carro que era um jipe que parecia um controle remoto gigante, só que era o dia mais frio do ano, geada lá em Santa Catarina, a gente dirigindo um carro sem vidro em alta velocidade, e cinema tem que repetir tudo 500 vezes”, revelou Duda Nagle.
O ator ainda disse que uma das cenas de luta foi filmada em cima de uma ponte. Em outra, onde acontece um tiroteio, ele declara que saiu “arrebentado” e “todo dolorido”. No enredo, Nagle interpreta John e descreveu seu personagem como uma “figura enigmática” que vai causar um impacto positivo na história. Além disso, para viver o personagem ele precisou passar por uma preparação intensiva.
“Eu pude usar várias técnicas de estudo, eu brinco que são estudos das artes dramáticas e marciais, porque é a mistura de luta com armas, as artes marciais, com as artes dramáticas”, explicou.
O elenco é completado por André Ramiro (“Tropa de Elite”), Paola Rodrigues (“Desafio Egito na Pegada”), Bruna Altieri (“Sistema Bruto”) e Mauricio Meirelles (“Foi Mau”).
Bem-Vindos de Novo
3.4 6Assistir a filmes como Bem-vindos de Novo auxiliam na compreensão do cinema que dá certo. Apesar de integralmente artesanal, contando com pouquíssimos recursos, Marcos Yoshi usa de seus parentes como objeto de estudo para dissecar questões tocantes a qualquer ser humano. Identificação familiar, imigração e pertencimento cultural estão entre elas. Aqui, observamos um círculo parental de descendência nipônica, mas que poderá ser absorvido por qualquer outro grupo. Pelos olhos atentos do diretor, aprendemos mais sobre nossa existência.
O pilar da trama são seus pais, o patriarca mais ainda. Ambos são dekasseguis, descendentes japoneses que tem a entrada facilitada na terra do sol nascente para atuar na linha de produção de diversas fábricas. Apesar das condições precárias de trabalho e da carga horária excessiva, diversos brasileiros com traços asiáticos embarcam nessa jornada por um salário maior ao que se tem acesso por aqui. Roberto e Yayoko Yoshisaki se distanciaram dos três filhos - Marcos, Nathalie e Cintya - na virada do milênio e permaneceram no Japão até 2013. Nesse meio tempo, juntaram alguns trocados, viram seus corpos envelhecerem de tanto labutarem em precárias circunstâncias e perderam o amadurecimento da prole, que foi designada aos tios e avós. Naturalmente, ao ver seus pais regressarem - quase uma década e meia depois -, o trio não mais os reconhece da mesma forma.
É nessa lacuna de tempo e espaço que o realizadora pergunta diversas vezes em narrações em off: "vale a pena abdicar tanto da família para, em tese, lhe proporcionar uma vida mais confortável?". As respostas são dadas através de imagens. O dinheiro que os pais mandam não é tão abundante como se prometia, mas Roberto não se permite desistir. Ele é uma figura à moda antiga, que se põe em último lugar, somou problemas de saúde ao longo do tempo e diz não saber "nada" sobre seus filhos. O provedor, aqui tão destacado em diversos momentos triviais, não conhece atividades de lazer. Seus assuntos são afazeres e nada mais.
Nesse Yin Yang matrimonial, Yayoko é a outra parte da filosofia. Ela prefere a família, demonstra com mais facilidade seus anseios e é a amansadora do progenitor. É ela que tenta recuperar o afeto entre todos, trocado por um programa entre governos que fez crescer ânsias das crias para com o país das flores de cerejeira. Aliás, nesse vai e vem, na temporada de verão de 2007, o triângulo de herdeiros chegou a cruzar o planeta, visitou rapidamente os pais e foi escalado por Roberto para atuar em esteiras de grandes multinacionais. A justificativa? "Aprender sobre como ganhar e dar valor ao dinheiro". Sim, mais uma vez o capital é quem dita as regras. O estrago foi tanto que as irmãs não mais pretendem pôr os pés na ilha.
Bem-Vindos de Novo é um filme simples e até não muito preocupado com a estética, afinal proliferam enquadramentos trêmulos, cortes bruscos e saltos temporais confusos durante sua narrativa. Entretanto, a busca de Yoshi é mais do que examinar sua situação, e sim quase apelar para estar mais próximo de quem ama. O realizador usa a câmera como um subterfúgio. O pai fica sem graça, não gosta de ser filmado. A mãe se sente bem, crê estar agradando o filho carente. Marcos é mais um de nós. Quando longe de quem honramos, qualquer motivo é aceitável para nos reconectarmos. E nesse caso, aqui, é o cinema.
Fonte: Papo de cinema
Kraven, o Caçador
8Wolverine: "Picado por um garfo."
Homem aranha: "Picado por uma aranha."
Kraven: "Picado por um leão."
Só em saber que o filme não é da Disney acho que o filme vai ser top e brutal ❤
Kraven - O Caçador é a história visceral sobre como e por que um dos vilões mais icônicos da Marvel surgiu. Vindo de um lar criminoso, ele que sobreviveu a um ataque de leão e ganhou uma conexão especial com os animais, Sergei Kravinoff, ou Kraven (Aaron Taylor-Johnson), é um dos maiores anti-heróis da Marvel e já viveu inúmeros embates com Peter Parker. Neste spin-off, que é mais um filme do universo Marvel na Sony, situado antes de sua notória vingança contra o Homem-Aranha, quando um inimigo entra na lista deste personagem dos mais icônicos, só há uma maneira de sair.
Meu maior medo é eles conseguirem incorporar o Homem Aranha nesse universo, primeiro ele terá que ser um vilão 😅
Reparem, as aranhas que descem em cima do Kraven tem o mesmo design da aranha no uniforme do homem aranha do Andrew Garfield. Coincidência?! CREIO QUE NÃO!!!!
Torcendo p/ o Rhino ser inspirado na primeira aparição dele nas HQs. Mostrando os conflitos e etc brabo pra caramba.
Queria uma adaptação da última caçada de Kraven, faça isso Sony
Para quem não conhece o personagem dos quadrinhos, o personagem foi apresentado originalmente em 1964.
Sergei Kravinoff é um imigrante russo e caçador que adora praticar caça nas savanas africanas. Além de usar só suas mãos como arma, para ter poderes além das capacidades humanas, Kraven utiliza uma poção mágica.
Seus poderes são força, velocidade, agilidade, reflexos, resistência, energia e sentidos além da capacidade humana. Tudo isso o confere poder suficiente para brigar com elefantes, gorilas e até mesmo rinocerontes, ao mesmo tempo que consegue correr numa velocidade equivalente a de um um guepardo.
Depois de conquistar vários desafios, ele se torna obcecado para provar que é o maior caçador do mundo.
Quando o vilão descobre a existência do Homem-Aranha, por intermédio do Camaleão (que é meio-irmão de Kraven), o caçador entende que o herói é a presa definitiva e parte para Nova York.
Embora nunca tenha aparecido nos cinemas, o vilão já teve histórias icônicas, em particular “A Ultima Caçada De Kraven”, de 1987, considerada a história mais sombria de toda a trajetória do Homem-Aranha – a resposta da Marvel ao “Cavaleiro das Trevas”
– que termina em suicídio
O quarto longa da Sony focado num inimigo do Homem-Aranha foi escrito por Richard Wenk (“O Protetor”), teve seu roteiro revisado por Art Marcum e Matt Holloway (dupla de “Homem de Ferro”), e conta com direção de JC Chandor (“Operação Fronteira”).
A prévia sugere mais a origem de um anti-vilão que um vilão, com Kraven se rebelando contra as barbáries de seu pai. Além desta produção, Taylor-Johnson (Na Mira do Atirador, Tenet, O Garoto de Liverpool) assinou um contrato múltiplo para retratar o personagem em várias obras, prevendo um encontro com o Homem-Aranha em seu futuro.
A violência de algumas cenas explica porque esse é o primeiro filme do universo Marvel da Sony com classificação etária para maiores – R-Rated nos EUA.
Se todo filme de herói tivesse essa pegada +18 iam ser de longe as melhores produções do cinema, estilo Logan e Deadpool, pelo trailer deu p/ ter um bom hype, era p/ os filmes de Venom (2018 e 2021) ter sido dessa maneira, imagina um carnage insano como parece que vai ser o Kraven hahaha
Bem-Vindos de Novo
3.4 6‘Bem-vindos de novo’ emociona ao falar sobre a reaproximação de uma família!
Documentário de Marcos Yoshi, 'Bem-vindos de novo' aborda a história de uma família cujos pais foram para o Japão para trabalhar, afastando-se fisicamente dos filhos.
Os registros feitos em câmeras VHS pelas famílias durante os anos 80 e 90 têm sido matéria-prima valiosa para os documentários brasileiros. Ao menos desde Elena (2012), de Petra Costa, sabemos que há ali um tipo de memória que já não é mais produzida, neste mundo em que a onipresença de celulares (e, por consequência, de performances) se tornou a regra.
Mas, por vezes, essas visões do passado podem também servir para recuperar um pouco de um passado melancólico, ao mesmo tempo em que se misturam com a produção de novas memórias sobre o presente. O tocante documentário Bem-vindos de novo, longa-metragem de estreia de Marcos Yoshi, explora a ideia desta fusão para abordar um tema duro para ele: a história de sua família.
Marcos é sansei, ou seja, é um filho de terceira geração de imigrantes japoneses no Brasil. Mas a história de sua família nuclear é, de certa forma, um retrato das crises brasileiras e das promessas ilusórias do capitalismo. Seus pais, Roberto e Yayoko Yoshisaki, criaram os 3 filhos tocando um pequeno negócio em Foz do Iguaçu.
Quando a empresa começa a ruir, eles tomam uma decisão radical: o de ir ao Japão para trabalhar e juntar dinheiro, enquanto deixam os filhos sob o cuidado dos avós. Inserem-se no fenômeno conhecido como dekassegui, em que descendentes de japoneses retornam temporariamente para o país de origem no intuito de trabalhar.
O que era para durar apenas 2 anos acaba durando 13. Quando eles retornam, há um processo de redescoberta entre os pais e os filhos que Marcos decide registrar em forma de filme (que se tornou resultado de sua dissertação de mestrado em Cinema na ECA-USP). O resultado é um documentário relativamente simples, enquanto formato, cujo foco está em trazer a subjetividade da experiência do filho – que cresceu, em suas próprias palavras, como um “órfão de pais vivos”- sempre em primeiro plano.
Um retrato duro da crise do capitalismo em um plano individual
Bem-vindos de novo encontra sua singularidade ao conseguir unificar dois aspectos que, por vezes, aparecem divorciados na nossa percepção individual: a vida política, social, e os impactos nas vivências particulares dos indivíduos. Ao começo do filme, Marcos Yoshi diz se espantar que seus pais nunca relacionaram os perrengues financeiros que passavam com as sucessivas crises econômicas do Brasil.
Ainda que esse não seja o foco desse filme delicado, há uma espécie de denúncia sobre a falência inerente ao sistema capitalista, em que a vida se torna um eterno processo de produção – tal como um rato que passa o tempo correndo em uma roda sem chegar a lugar nenhum. O que o filme vai mostrando é o preço caro que a escolha desses pais (o de deixar os filhos para trás, justamente para conseguir dinheiro para sustentá-los) está cobrando hoje de toda essa família.
Ao retornar ao Brasil, conforme o documentário tristemente nos mostra, Roberto e Yayoko Yoshisaki continuam tendo que girar essa roda infinita, o que vai elevando neles o grau de frustração e raiva – sentimentos que vão sendo revelados sobretudo em Roberto, dando luz a cenas fortes, como quando o pai chora por não ver muita saída para ele e a mulher.
O grau de intimidade exibido nesses registros só é possível pelo fato de que foram capturados pelo olhar do filho, que também buscar trazer à tona o fato de que há artifícios usados neste processo. Isso se mostra, por exemplo, quando Marcos resolve incluir uma cena em que meio “dirige” os pais para entrem em um carro para poder capturar o ângulo desejado.
Mesmo quando há artificialidade, há também uma atmosfera tocante da proximidade. Yoshi declarou que, muitas vezes, os pais expressaram a sensação de que ninguém iria assistir a um filme sobre eles. Ainda assim, foram generosos e não deixaram nunca de colaborar – talvez por carregarem certa culpa pelos seus anos de ausência.
Como o diretor vai amarrando a história contada com suas próprias considerações, acaba dando espaço para que haja insights valiosos sobre a dinâmica da família. Como explica em certo momento: embora tenha sido feito para poder se aproximar de seus pais, Bem-vindos de novo também acaba funcionando como uma estratégia para que eles possam conhecer o filho.
Aitaré da Praia
3.3 12Romance, identidade e desalento.
Aitaré da Praia (1925), dirigido por Gentil Roiz, representa de forma lírica diversos contrastes sociais, alguns conflitos românticos e elementos culturais no contexto do Ciclo Cinematográfico de Recife (1922 – 1931), em mais uma produção da Aurora Filme, que se insere num momento de expansão da indústria cinematográfica nacional, marcado por uma busca de identidade e por uma marcha em direção à profissionalização do setor.
Segundo registros da Cinemateca Brasileira, houve também uma versão desse filme produzida em 1927, sob direção de Ary Severo, Jota Soares e Luiz Maranhão. O contexto dessa produção é dado através das seguintes notas: “MAM/Ciclo de Recife informa que Edson Chagas adquiriu um negativo incompleto da produção homônima de 1925, da extinta Aurora Filme, e refilmou algumas partes extraviadas”. Outra nota de contexto é dada através da revista Cinearte, em diferentes datas: 5 de outubro e 28 de dezembro de 1927, e 18 de janeiro de 1928, falando da “compra dos negativos e refilmagens das partes “piores” que foram suprimidas da primeira versão. A mesma fonte, em 21 de março de 1928, anuncia a conclusão das refilmagens”.
Ambientado em um vilarejo litorâneo, o filme narra a história do pescador Aitaré, que se envolve romanticamente com Cora. Nesta relação, podemos ver a exploração do embate entre tradição e modernidade, evidenciado tanto na descrição das belas praias da região quanto na introdução do ambiente sofisticado da aristocracia recifense, indo de encontro às transformações sociais em curso no Brasil dos anos 1920. No desenvolvimento da fita, o espectador se depara com uma porção de elementos regionais, como o cotidiano dos jangadeiros, as canções e as festas. Em meio à história de amor, porém, revela-se um conflito de aspecto histórico e também classista e racista, o que acabará conduzindo o drama ao desalento.
Quando Cora conta à sua mãe, D. Guilhermina, a paixão por Aitaré, ouve uma veemente reprovação, acompanhada da seguinte fala: “Este mestiço por quem te apaixonaste é o último descendente de uma raça que há cem anos passados imperou com todo o despotismo neste recanto. Aqui consumaram-se fatos terríveis, verdadeiros atos de atrocidade. Tu, minha filha, tu queres casar com o último de uma raça que foi nossa maior inimiga? O sangue maldito daquela raça ainda deve imperar, influindo no caráter do homem a quem, na tua ingenuidade, amas”.
Levando em conta as falas anteriores de que Aitaré era um “pobre pescador, sem educação e sem futuro”, e somando esta forte exposição preconceituosa em relação ao sangue indígena, temos um dos muitos pacotes de arranjo e aprovação ou recusa de casamentos em diversos lugares do Brasil, até mesmo entre famílias pobres: a origem étnica do pretendente e sua posição social eram julgadas e poderiam ser utilizadas como motivação para a família impedir o matrimônio.
Apesar de filmar bem as cenas no litoral e ter uma interessante mise-en-scène na primeira parte da obra, a montagem truncada e o final abrupto e um tanto confuso de Aitaré da Praia atrapalham bastante o filme a se desenvolver bem. Também não se pode ignorar o aspecto monótono e cansativo de algumas sequências, prejudicando o envolvimento do espectador.
Apesar de suas limitações, a fita merece ser apreciada num específico contexto de produção, especialmente quando lembramos que traz uma cena com blackface. A obra oferece uma visão bastante conhecida dos brasileiros sobre tradição e modernidade, questões de classe, etnia e mobilidade social. É uma contribuição importante para o cinema brasileiro, refletindo a busca por identidade em uma época de grande entusiasmo na nossa Sétima Arte.
Casa Izabel
3.4 3Casa Izabel’ é poderosa alegoria sobre hipocrisia e poder no Brasil de ontem e hoje – Olhar de Cinema.
Filme que abriu o Olhar de Cinema, 'Casa Izabel', dirigido por Gil Baroni, aborda a ditadura, identidades de gênero e o contexto histórico atual, em obra pujante e com elenco em grande atuação.
Na sequência inicial de Casa Izabel, impactante longa-metragem do cineasta paranaense Gil Baroni que abriu na noite de quarta-feira, em uma Ópera de Arame lotada, o festival Olhar de Cinema, vê-se um homem (Andrei Moscheto) chegar de ônibus a uma propriedade rural imponente, em estilo colonial brasileiro. O ano é 1970 e o país está em plena ditadura.
O visitante, sujeito corpulento, bastante tímido, hesitante, é recebido por Dália, uma empregada, com ares de governanta, que lhe apresenta de modo levemente autoritário, ainda que sem perder a polidez, as regras do estabelecimento, uma espécie de hotel-fazenda – o lugar se chama Casa Grande Izabel, o que nos revela um tanto sobre o passado do lugar.
Armas devem ser deixadas na recepção, em hipótese alguma os hóspedes deverão abordar assuntos de caráter pessoal, íntimo, com os demais visitantes e está terminantemente proibida a “fornicação”. Em seguida, o recém-chegado é conduzido por outra funcionária, Leila (Jorge Neto), na verdade um rapaz jovem, vestido de mulher, ao andar superior, onde ele também poderá escolher trajes femininos que vestirá enquanto lá estiver. Também lhe é solicitado que escolha um nome feminino, de sua preferência. Opta por Regina, e é informado que significa rainha em latim.
Aos poucos, por meio de uma narrativa tensa, imersa em uma saborosa mistura de mistério e humor, vamos descobrindo o que é a Casa Izabel. Trata-se de um inusitado refúgio para homens maduros, casados, que gostam de viver a fantasia de trajar roupas femininas exuberantes, de se sentirem como mulheres ricas que se conhecem há muito tempo, e partilham de cumplicidade, porque guardam um traço comum: fora dali, no mundo masculino, são todos militares de carreira.
Espécie de alegoria buñuelesca sobre a hipocrisia e o poder no Brasil. Casa Izabel é mais um acerto de Gil Baroni, diretor de Alice Júnior, premiada comédia dramática teen protagonizada por uma adolescente trans, também roteirizada pelo talentoso Luiz Bertazzo. Ambos são filmes queer, que discutem cada um à sua maneira identidades de gênero, mas Casa Izabel é uma obra mais madura, grave e perturbadora, porque fala do que não se vê, do que está oculto, em uma sociedade que se orgulha de seu conservadorismo, de suas convenções sociais rígidas.
Bertazzo se baseou livremente em Casa Susanna, livro de fotografias que mostra os frequentadores do lugar que lhe dá título: homens estadunidenses travestidos de mulher que se reuniam secretamente, entre os anos 1950 e 60, aos fins de semana nessa propriedade isolada, em Catskills, no estado de Nova York
Ditadura
Mas Casa Izabel conta uma história bem brasileira. Dália (Laura Haddad, excelente) não é apenas uma serviçal. Ela vive na pele a dor de não saber o que aconteceu com o filho, um estudante universitário, militante de esquerda, que desapareceu sem deixar rastros. É empregada há anos da casa, que leva o nome de sua dona, vivida por um esplêndido Luís Melo. Ela/ele, doente, às portas da morte, vive trancado em um quarto fétido, onde assiste a filmes caseiros que retratam os dias dias de glória do estabelecimento.
Com medo de ser abandonada, Izabel promete deixar, quando morrer, a fazenda à empregada e seus filhos – o outro, na verdade um sobrinho, é Leila, que recebe e serve, também vestido de mulher, os hóspedes.
O elenco de Casa Izabel, grande vencedor da última edição do Cine PE, realizado em Recife, é, sem exagero, espetacular. Além de Melo, estão em cena grandes atores paranaenses, como o saudoso Luiz Carlos Pazello (que partiu em abril passado), Zeca Cenovicz, Andrei Moschetto, Sidy Correia, Otávio Linhares, Fábio Silvestre e a revelação Jorge Neto, que arrasa como Leila.
Aplaudidíssimo na gelada mas fervilhante sessão de abertura do Olhar de Cinema, Casa Izabel é um filme que nos atropela, porque nos diz respeito. Rodado em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro, é uma obra que se remete ao passado, mas fala de um Brasil mais presente do que imaginamos, do que gostaríamos, onde estruturas de poder oligárquicas, patriarcais e falso moralistas se perpetuam através do tempo. Não poderia ter sido uma escolha melhor para inaugurar o maior evento cinematográfico do Paraná.
A Cor Púrpura
3.5 105Preparar o lenço p/ o final de ano, espero sentir a mesma emoção quanto no clássico com a Whoopi Goldberg, não estraguem algo tão lindo e emocionante 😢
A Cor Púrpura: nem mesmo a vi0l3nci4 é capaz de destruir a esperança... O antigo é lindo, comovente e uma superação surpreendente. Eu espero que esse filme possa transmitir essa luta que as duas irmãs tiveram, principalmente a mais velha. Eu estou ansiosa!
A cor purpura (1985) recebeu 11 indicações ao Oscar e merecia ter ganho todas, somente o racismo da academia explica o filme não ter ganho nada. Uma obra única e atemporal, não sei se o reboot vai superar o clássico. Mas com certeza irei ver no cinema
Calma Halle Bailey, mal te superamos em A pequena sereia e vc já veio arrebenta o coração assim!
Ruas de Fogo
3.6 240 Assista Agora"Olha, eu sei que você vai fazer sucesso com sua música e não fui feito para levar suas guitarras com você, mas se precisar de mim, estarei aqui"
Considerado em termos gerais como um filme de ação, o cult film, obra de Walter Hill, é um híbrido que combina o faroeste urbano e o cinema musical, resultando - como anuncia o subtítulo - numa fábula do rock & roll.
"Calles de Fuego" conta uma história com a estrutura clássica "menino bonzinho resgata moça bonita e derrota bandido", sustentada por um design visual e uma linguagem narrativa claramente videoclipe. O filme foi lançado em 1984 com roteiro do próprio Walter Hill e Larry Gross, responsáveis por “48 horas”, título que deu início à moda da Buddy Movies no meio policial.
Se você, caro leitor, é daqueles que nem veria 'Mary Poppins', 'Love Without Barriers', muito menos 'La La Land', não se preocupe, porque 'Streets of Fire' é o musical para o macho alfa, para o telespectador que curte uma boa história de testosterona, seguida de uma quadrilha de balas, espancamentos e perseguições de moto.
Amantes da música dos anos oitenta, não estou exagerando se garanto que a trilha sonora é uma das melhores dessa década. Junto com as canções "Tonight Is What It Means to Be Young" e a inesquecível "Nowhere Fast", ambas da Fire Inc. (a voz que se ouve na fita é de Laurie Sargent, dublagem de Diane Lane), encontramos hits como ' I can dream about you' interpretada por Dan Hartman e 'One bad stud' de The Blasters, entre outros. Um verdadeiro deleite auditivo.
'Fire Streets' encanta com uma trilha sonora de Ry Cooder que cria o clima necessário para mergulhar na trama e Andrew Laszlo, tremendo diretor de fotografia, ensina como um filme de ação e números musicais devem ser iluminados.
'Calles de fuego' à luz do tempo, permanece uma memória nostálgica daquela época em que podíamos beijar nossa garota em uma tarde chuvosa entre luzes de neon e uma atmosfera de discoteca.
Diane Lane tinha 18 anos quando filmou o filme.
Sangue e Ouro
3.3 72 Assista Agora4 motivos para assistir o novo drama de guerra da Netflix
Este filme de drama e ação, dirigido por Peter Thorwarth e com roteiro de Stefan Barth, já conquistou o coração dos espectadores desde sua estreia na Netflix.
4 motivos para assistir o novo drama de guerra da Netflix
Prepare-se para mergulhar em uma história épica de coragem, redenção e tesouros escondidos em “Sangue e Ouro”. Este filme de drama e ação, dirigido por Peter Thorwarth e com roteiro de Stefan Barth, já conquistou o coração dos espectadores desde sua estreia na Netflix.
Situado no turbulento período final da Segunda Guerra Mundial, o longa-metragem alemão nos transporta para um vilarejo onde um desertor alemão, Heinrich, interpretado por Robert Maaser, e uma destemida fazendeira chamada Elsa, interpretada por Marie Hacke, se unem em uma luta contra as forças nazistas para proteger um tesouro judaico.
Combinação perfeita de drama e ação
O filme mergulha na atmosfera sombria e intensa do final da Segunda Guerra Mundial, trazendo uma história emocionante que mantém você na ponta da cadeira do início ao fim. A ação é eletrizante, com cenas de combate impressionantes, enquanto o drama pessoal dos personagens adiciona profundidade à trama.
Performances marcantes
Robert Maaser e Marie Hacke entregam atuações poderosas como os protagonistas Heinrich e Elsa. Sua química na tela traz à vida a complexidade dos personagens e a conexão que se desenvolve entre eles. O elenco também conta com talentos como Jördis Triebel, Alexander Scheer e Stephan Grossmann, que adicionam camadas adicionais de talento e nuance ao filme.
Um olhar único sobre a história
“Sangue e Ouro” oferece uma perspectiva fascinante sobre os momentos finais da Segunda Guerra Mundial, focando em um período muitas vezes negligenciado pelos filmes do gênero. Ao explorar a luta contra as tropas nazistas em um contexto de tesouro judaico, o filme aborda questões emocionais e éticas complexas, oferecendo uma visão mais profunda desse período histórico.
Direção habilidosa
Sob a direção experiente de Peter Thorwarth, o filme ganha vida com sequências bem coreografadas, cenários autênticos e uma cinematografia envolvente. Thorwarth equilibra habilmente os momentos de ação e drama, mantendo o ritmo do filme em um nível constante e mantendo o público cativado.
Se você é fã de filmes de época, especialmente aqueles ambientados durante a Segunda Guerra Mundial, este é um filme que não pode deixar de assistir. Prepare-se para uma experiência cinematográfica inesquecível enquanto acompanha Heinrich e Elsa em sua batalha contra os nazistas e descobre segredos ocultos. Não perca a chance de se emocionar com “Sangue e Ouro” na Netflix!
Sangue e Ouro
3.3 72 Assista AgoraÉ a primavera de 1945. A 2a guerra mundial está perto de terminar. Conhecemos um desertor alemão, Heinrich (Robert Maaser), que está a tentar voltar para a sua filha. Entretanto, um grupo de nazis também está a tomar conta de uma pequena aldeia onde acreditam ser ouro judeu que podem levar para se prepararem para depois da guerra. Quando o caminho de Heinrich se cruza continuamente com estes soldados particulares das SS, ele tenta ser o salvador de Elsa (Maria Hacke) e do seu irmão Paule (Simon Rupp), cuja quinta os nazis decidiram invadir.
Então, embora isto seja definido durante a 2a Guerra Mundial, para mim, em muitos aspectos, 'Blood & Gold' parecia muito mais um ocidental à moda antiga. Temática e narrativamente, lembrei-me do tipo de histórias que costumava ver dos filmes do John Wayne. A pontuação, que eu achei fantástica, evocou muito essa vibração ocidental. Até mesmo o cenário de cidade/aldeia pequena parecia uma reminiscência da era chamada "clássica" do cinema de Hollywood.
Agora, admito que não sou fã de velhos westerns. Na verdade não suporto John Wayne como ator. No entanto, os westerns mais modernos, como "Django: Unchained" e "Bone Tomahawk", eu gostei. Talvez seja porque estes são mais violentos e elegantes. Qualquer que seja a razão, "Blood & Gold" deu-me sentimentos semelhantes a ver este tipo de filmes. A ação foi fantástica. A cinematografia foi ótima. Eu realmente apreciei a produção do período e os designs de figurinos também.
Apesar de violento, e às vezes sangrento, pessoalmente não acho que tenha sido muito sangrento. Algumas pessoas podem discordar. A forma como as cenas de luta foram editadas deu-nos tempo para vermos o que os personagens estavam a fazer, em vez de a edição rápida de estilo Michael Bay que tem estado a assolar Hollywood.
Gostei do desempenho de Maaser como nosso protagonista; mas gostei mais das atuações de Alexander Scheer, que interpretou o Coronel von Starnfield, o líder nazi, com meia cara, e o de Roy McCrerey, que é simplesmente chamado de Sargento. Eles desempenham os seus papéis de vilões assanhavelmente bem.
Indiscutivelmente isto é um pouco de nicho. Um violento filme de ação alemão da 2a Guerra Mundial que parece um ocidental. Mas, se isto te parece vagamente interessante, recomendo vivamente que experimentasses.
Assassinos de Guerra
1.4 12Os Treze Imundos (The Filthy Thirteen)
No Dia-D uma pequena unidade, formada por homens indisciplinados mas ao mesmo tempo durões, resistentes e corajosos ficou famosa.
Seu nome oficial era 1ª Seção de Demolição do 1º Pel. de Demolições da Cia. Regimental do QG do 506º Rgt. de Infantaria Paraquedista da 101ª Div. Aerotransportada. Mas eles ficaram conhecidos mesmo por seu apelido: Os Treze Imundos.
Essa era uma unidade treinada para missões de alto risco atrás das linhas inimigas como sabotagem, infiltração, reconhecimento, destruição de objetivos táticos, etc. Para cumprir sua missão eles passaram por um duro treinamento na Inglaterra.
Era composta por duas equipes de seis homens, seu segundo em comando era o Sargento James Elbert McNiece, e o comandante era o Tenente Charles Mellen.
Todos eles eram conhecidos por seu desprezo pela rígida disciplina militar e sempre tinham problemas com seus superiores.
Muitos dizem que seu apelido se devia ao hábito de só tomar banho e se barbear apenas uma vez por semana, para poder usar a água extra para cozinhar alguma caça capturada na floresta perto de seu acampamento no final de semana.
A popularidade da unidade veio após a publicação, depois do Dia-D, de um artigo no jornal militar Stars and Stripes intitulado "O Esquadrão Treze Imundos, sem igual no grupo de salto", que incluía fotos do grupo tiradas poucas horas antes da invasão, com seu corte de cabelo estilo moicano e pintura de guerra em seus rostos, o que era contra o regulamento.
A ideia do corte moicano e as pinturas indígenas veio de McNiece, que tinha ancestrais entre os índios Choctaw e pensou em honrá-los e também fortalecer o moral da tropa.
Eles saltaram com o 3º Btl do 506º com a missão era capturar ou destruir três pontes sobre o rio Douve. Eles cumpriram a missão com sucesso mas sofreram pesadas baixas. Quatro deles morreram (inclusive Mellen), alguns foram feridos e três capturados. Mesmo com essas baixas, liderados por McNiece, eles cumpriram sua missão.
A unidade continuou ativa e lutou na Operação Market-Garden, na Batalha das Ardenas e avançou contra a casa de Hitl3r em Berchtesgaden, Alemanha no final da guerra.
PS: Fico só imaginando a cara de espanto, e até de terror, que as tropas alemãs que tiveram ao travar combates face a face com essa unidade de bravos insanos da101 Airborne! Omaha, Utah, Gold, Sword, Juno! Dia D, Nunca serão esquecidos!!!
O Justiceiro
3.3 536 Assista AgoraFrank Castle (Thomas Jane), um agente secreto do FBI com um histórico irrepreensível, decide um dia abandonar uma profissão tão perigosa para poder ter uma vida familiar normal. Mas, precisamente então, a sua vida está destruída com o pior dos seus medos: a sua família é assassinada como vingança pelo seu último trabalho. Procurando punir assassinos, no final encontra o que menos esperava: a redenção.
Uma super produção, muito bem realizada, assisto com frequência, vale a pena repetir.
O ruim do filme é que o personagem do castigador é muito suavizado, ele começa a ficar parecido com o castigador no final do filme (sim, ele não é tão violento quanto nos quadrinhos), o da zona de guerra é o punidor como é (aquele dos quadrinhos como é) o de Ray stevenson (rip). Até o de Dolph Lundgren ficou mais próximo do personagem, agora se você ainda não leu um quadrinho na vida, esse é o que você vai amar. Se gostarem recomendo assistir uma curta serie do Justiceiro de duas temporadas feito pelo Netflix
Warhorse One
3.0 3WARHORSE ONE - Nos cinemas a 30 de junho e no Digital 4 de julho.
Warhorse One é o meu filme mais esperado deste ano. Sou um grande fã do Johnny Strong e do @TAG, sei que este ano vão muitos filmes maiores e estou entusiasmado com eles também... mas eu instinto diz-me que isto vai ser uma obra-prima. O trailer obteve mais de 35 mil visualizações no YouTube e para muitos pode parecer amendoins, para mim significa que este filme está a ter alguma tração o que espera levar a muitas pessoas a conferir o filme quando ele for lançado. Todd Jenkins é alguém de quem também sou fã e ele conseguiu um bom papel no filme e eu super entusiasmado por ver o que ele vai fazer neste filme. Saúde
Vale a pena viver por isso. Vale a pena morrer por isso. 🎖️
Preciosa Ivie
3.4 2 Assista AgoraFILMES DE DIRETORAS QUE (PROVAVELMENTE) VOCÊ NÃO CONHECE, E ONDE ASSISTIR DE GRAÇA
Pessoal tem esse filme e outros nesse site e de graça https:// www. filmicca. com. br/
Para Sempre Uma Mulher
4.3 6 Assista AgoraFILMES DE DIRETORAS QUE (PROVAVELMENTE) VOCÊ NÃO CONHECE, E ONDE ASSISTIR DE GRAÇA
Pessoal tem esse filme e outros nesse site e de graça https:// www. filmicca. com. br/
Retrato de uma Bêbada - Caminho sem Volta
3.8 7 Assista AgoraFILMES DE DIRETORAS QUE (PROVAVELMENTE) VOCÊ NÃO CONHECE, E ONDE ASSISTIR DE GRAÇA
Pessoal tem esse filme e outros nesse site e de graça https:// www. filmicca. com. br/
Greyhound: Na Mira do Inimigo
3.3 250 Assista AgoraO filme Greyhound é uma adaptação do livro The Good Sheperd (O Bom Pastor), escrito em 1955 por C.S. Forester.
Nele Tom Hanks interpreta o capitão Ernest Krause, que no comando do contratorpedeiro USS Keeling da classe Fletcher da US Navy, com o indicativo de chamada de rádio "Greyhound", lidera a escolta formada juntamente pelo destroier britânico HMS James da classe Tribal, indicativo "Harry", o destroier polonês ORP Viktor, da classe Grom, indicativo "Eagle", e a corveta canadense HMCS Dodge, da classe Flower, indicativo "Dicky", que recebe a missão de escoltar através do Atlântico Norte um comboio internacional de 37 navios aliados, o comboio HX25, do EUA para Liverpool na Inglaterra.
Todos os quatro navios militares têm capacidade de guerra antissubmarino e podem lançar cargas de profundidade em caso de ataque de submarinos pois o comboio estará sob a constante ameaça dos U-Boats alemães da (Kriegsmarine) quando ficarem por 50 horas no "Black Pit" - a lacuna do Meio-Atlântico onde eles estarão fora do alcance da cobertura aérea protetora.
A ação ocorre em fevereiro de 1942 e os EUA tinham acabado de entrar na guerra e a Batalha do Atlântico estava a todo vapor. Na verdade essa batalha durou quase toda a guerra, começando em 03/09/39 terminando apenas em 08/05/45. É considerada a batalha mais longa e contínua da história do confronto.
Para mim esse é um dos melhores filmes de guerra que já assisti, e olha que já assisti muitos, e retrata muito bem a realidade desta batalha, pouco abordada.
Vemos na filme o cansaço, as longas, desgastes e contínuas vigílias no frio, em ambiente úmido e exposto ao interminável jato de água fria e salgada do Atlântico Norte.
Com a probabilidade de uma tripulação precisar vigiar horas e horas em constante tensão sem ter um combate sequer era mais comum do que parece. E tudo isso consumia a energia dos homens e afetava o seu emocional.
A tripulação também raramente comia alimentos quentes, como também é retratado na adaptação e a cozinha estava sempre funcionando para atender quem estava de vigia.
Um filme que vale a pena ser assistido, um livro que vale a pena ser lido, eu recomendo.
BlackBerry
3.5 59 Assista AgoraDarkly* cômico e divertido!
Eu nunca conheci a história do BlackBerry com tanta profundidade, e este filme retrata isso muito bem com sua comédia de humor negro e escrita indutora de ansiedade! Faz um ótimo trabalho ao mostrar como o IPhone destruiu o BlackBerry.
As atuações de Glenn Howerton e Jay Baruschel foram absolutamente surreais, considerando que ambos são atores cômicos de coração. Tive o prazer de ver isso em um festival de cinema e estou feliz por isso. Este filme é feito para ser visto com um grande público. Eu definitivamente estarei acompanhando a carreira de Matt Johnson de agora em diante. Amo esse filme e mal posso esperar para ele sair no streaming!
Docudrama divertido e divertido!
Sem conhecer a história do Blackberry, fora sua queda espetacular, achei esse filme muito divertido e informativo. Não é um documentário, então tudo precisa ser levado com o proverbial grão de sal. Dito isto, havia muitas partes da história do Blackberry, incluindo as inovações técnicas da Research in Motions que antecederam o iPhone em quase uma década.
Jay Barucshel e Matthew Johnson foram maravilhosos em um relacionamento Ying-e-Yang corporativo, embora Johnson roube o show com sua irreverência e comédia. Glenn Howerton foi um pouco desarmante como o durão corporativo Jim Balsille. Juntos, os três conduzem a história de seus pontos mais baixos a suas alturas vertiginosas.
No geral, uma imagem divertida e divertida, que pode não ser totalmente precisa, mas para quem não conhece os detalhes, não prejudicará a história.
ascensão e queda de crackberry!
Saudações novamente da escuridão. Não são muitas as empresas que atingiram o auge de sua indústria, apenas para fracassar mais tarde por falta de inovação ou por uma teimosia em se apegar ao passado. Sucesso tremendo e fracasso absoluto não são normalmente associados à mesma empresa. A Blockbuster Video e a Pan Am Airlines vêm à mente como exemplos de líderes da indústria cuja recusa em se adaptar culminou com o fechamento, e é provável que o Blackberry pertença à categoria, pelo menos conforme apresentado aqui pelo roteirista e diretor Matt Johnson e o co-roteirista Matthew Miller , adaptando o livro de Jacquie McNish.
Amigos socialmente desajeitados, Mike Lazaridis (interpretado por Jay Baruchel) e Doug Fregin (interpretado pelo diretor do filme Matt Johnson), co-fundaram a Research in Motion (RIM). O filme começa em 1996, quando Mike e Doug estão fazendo sua primeira apresentação de sua inovadora máquina portátil de envio de dados por e-mail, que eles batizaram de Pocket Link. Estes são dois nerds geniais sem noção de como o mundo externo dos negócios funciona, e o executivo a quem eles estão apresentando está tão distraído que seu único feedback é: "Você precisa de um novo nome". Em uma reviravolta fascinante, esse mesmo executivo, Jim Balsillie (Glenn Howerton, "It's Always Sunny in Philadelphia") acaba salvando não apenas o novo produto, mas também a empresa.
Balsillie se apresenta como uma bola de fogo, assume o controle, o tipo de cara que avança a todo vapor. É um grande contraste com o nerd Mike e o tranquilo Doug. Mike é um cara quieto comprometido com a perfeição em seu trabalho, enquanto Doug disputa os desenvolvedores de tecnologia com uma cultura de videogames, noite de cinema e um ambiente geral de fraternidade. A chegada de Balsillie como um especialista em indignação vocal e empresário impetuoso muda tudo, e ele e Mike levam o recém-nomeado BlackBerry a níveis nunca antes vistos. Recebemos uma anedota engraçada de uma mancha de camisa (mesmo que não seja uma história verdadeira) e, de fato, há um pouco de humor por toda parte.
Somos informados de que o filme foi "inspirado em pessoas e eventos reais", pelo que se espera alguma licença dramática. Talvez a melhor comparação seja A REDE SOCIAL (2010) e, embora esse filme tenha sido mais polido, pessoalmente achei este mais divertido e preciso do ponto de vista comercial. Um excelente elenco de apoio inclui Cary Elwes, Saul Rubinek, Michael Ironside, Martin Donovan, Rich Sommer e SungWon Cho, e a verdadeira atração do filme é o contraste entre o tímido, mas brilhante Mike de Jay Baruchel e o retrato poderoso de Glenn Howard do egoísta Balsillie. A cena de Baruchel em que ele reage ao novo iPhone já vale o preço do ingresso.
Em seu auge, o BlackBerry tinha 45% de participação de mercado e ganhou seu rótulo de "CrackBerry" no mundo dos negócios. A introdução do iPhone pela Apple em 2007 não apenas abalou a empresa BlackBerry, mas também o mundo. A perspectiva do Canadá é notada (a RIM estava sediada em Waterloo, Ontário), assim como a aversão de Mike a 'made in China', talvez a razão final para a queda. É provável que o BlackBerry tenha se tornado um estudo de caso nas escolas de negócios, embora o mundo acelerado e cheio de pressão da tecnologia continue a exigir um equilíbrio de decisões com foco nos mercados atuais e inovação sem fim para o futuro.
* O nome Darly é um nome feminino de origem inglesa, que pode ser usado como nome masculino, embora seja mais comum entre meninas. É uma variação do nome Darrel, que significa “aberto e honesto”. É um nome incomum, mas ainda assim tem um charme próprio.
O Homem Cordial
3.2 18 Assista Agora‘O Homem Cordial’ é um filme urgente sobre um Brasil em chamas.
Filme do diretor Iberê Carvalho, 'O Homem Cordial' retrata uma cidade explosiva em que a violência escala no cotidiano de todos. Após 4 anos, longa-metragem finalmente entrou em cartaz.
Quando Sérgio Buarque de Holanda descreveu o conceito-chave do “homem cordial”, em sua obra Raízes do Brasil, ele não imaginava que seria mal interpretado. Muita gente segue até hoje crendo que a expressão apontava à suposta cordialidade do brasileiro ou apenas ao seus excesso de intimidade nas relações.
A interpretação faz com que se perca de vista do que o historiador de fato falava: da ideia do brasileiro como alguém que “age com o coração”. Mas não no sentido amoroso como se pode sugerir, e sim como alguém que opera de maneira emotiva e instintiva, ao invés de usar a razão. O homem cordial, então, é aquele que seguidamente vai reagir através da violência.
Não por acaso, o longa-metragem O Homem Cordial, de Iberê Carvalho, trabalha no registro da tensão permanente, em que todas as cenas envolvem pessoas com a tensão à flor da pele. A violência está sempre à espreita – mesmo no fã que pede para tirar uma selfie com seu ídolo. Todo ser humano que existe, com um celular na mão, é um potencial agressor.
O filme se inicia em um show de rock. A banda Instinto Radical acabou de voltar depois de vinte anos, com suas músicas de protesto. Só que, logo no início do evento, as pessoas da plateia começam a atirar coisas em direção ao vocalista, Aurélio (Paulo Miklos, em excelente performance, ganhou o Kikito de melhor ator no Festival de Gramado por este papel).
Logo em seguida descobrimos que Aurélio se envolveu em um episódio, não muito bem esclarecido, mas que viralizou na internet. Ele foi filmado quando protegia um “ladrãozinho” (um menino de onze anos) que teria roubado um celular e estava sendo linchado por um grupo num bairro de classe alta de São Paulo.
Por razões obscuras, o episódio se relaciona à morte de um policial. Assim, de uma hora para a outra, Aurélio (e, por consequência, sua banda) se tornou uma persona non grata para a cidade de São Paulo, e quiçá para o país, por supostamente ter se posicionado contra a polícia. E para onde correr em casos de violência quando a polícia te odeia?
Após o ataque, a criança desapareceu, mas a história é capturada por vários oportunistas. Dentre eles, os influenciadores digitais de direita que só pensam em causar (e chama muito a atenção que este seja um filme de 2019, enquanto parece retratar os Nikolas Ferreiras da vida que só aumentaram desde então).
O que se vê no longa-metragem – que tem um roteiro cirúrgico de Pablo Stoll (do longa uruguaio cult Whisky, de 2003) e Iberê Carvalho – é um escalar gradativo da tensão para uma situação que se torna cada vez mais insustentável. A ação dura apenas uma única noite, em que várias questões se cruzam não apenas na vida de Aurélio, mas em toda a atmosfera da cidade em que ele habita.
O menino desaparecido é negro e sua família reside em um bairro periférico onde Béstia (vivido pelo rapper Thaíde), um ex-membro do Instinto Radical, mantém um bar. Ao se dirigir até lá, Aurélio será cobrado por sua própria branquitude: seria ele um aliado antirracista ou só alguém com um complexo de “salvador branco”?
Todos os temas são postos ao público em O Homem Cordial de maneira fluida e envolvente – vale lembrar que estamos diante de um thriller tenso, em que mal se consegue respirar. O filme parece nos dizer que a cidade se tornou uma espécie de não-lugar para todos, em que ninguém está confortável.
Há no longa uma cena, de uma sutileza atroz, em que se foca um “parklet”, aquele espaço arquitetônico elaborado para que as pessoas relaxem nas ruas, na perspectiva progressista do “ocupe sua cidade”. Contudo, como o filme deixa claro a todo instante, ninguém consegue de fato ficar à vontade nesse espaço – seja por estar à margem, seja pela paranoia em relação a quem está à margem.
O que resta ao fim da experiência proporcionada por O Homem Cordial é um gosto amargo na boca de quem sabe que vive em uma terra arrasada. Um filme imprescindível e urgente sobre um Brasil que está em chamas.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraEm 1986, quando Top Gun – Ases Indomáveis foi lançado, durante a administração do presidente republicano Ronald Reagan, o filme do cineasta britânico Tony Scott (de Fome de Viver) foi visto como um elogio patriota ao militarismo.
Maior sucesso de bilheteria daquele ano, o êxito espetacular, além de catapultar a carreira de seu astro, Tom Cruise, ao estrelato, fez com que o numero de interessados em se tornar pilotos da marinha dos Estados Unidos desse um salto geométrico.
A personagem da Conselheira/Instrutora Top Gun (1986) interpretada por Kelly McGillis é inspirada em uma mulher real: Christine Fox, nomeada na década de 1980 como subsecretária interina do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Ela era especialista no setor de Defesa e trabalhou no Pentágono nas áreas de orçamento, gestão, astrofísica, matemática e planejamento de operações navais.
Sede Assassina
3.4 163 Assista AgoraSe você está cansado de filmes de super-heróis
Você quer uma boa noite de pipoca, assista a um filme policial direto com bons atores e ótima cinematografia. Este é o filme para você. Não vejo O Silêncio dos Inocentes quando vejo este filme, mas sim um retrocesso a outros anos 90 como Hill Street Blues (1981~1987). Apenas um filme sólido sem VFX e capas de super-homem. O roteiro é um pouco fino, mas eu estava colado ao meu assento e há bastante suspense e emoção, então parabéns ao diretor, ao ritmo e à música. Eu poderia ter apreciado um final diferente, mas olhando para trás agora ... To Catch a Killer tinha que terminar assim. Isso é sinal de que filmes desse tipo estão de volta aos cinemas! E acho que este é um filme para encorajar, mesmo que apenas por esse motivo. Aproveite o sua pipoca.
Ben e Shailene fazem suas coisas
Saudações novamente da escuridão. O roteirista e diretor argentino Damian Szifron esteve por trás do fantástico WILD TALES (2014), indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e desta vez, ele e o co-roteirista Jonathan Wakeham se aventuram no território processual do crime psicológico. Uma sequência de abertura cativante, fotografia especializada e atuação de alto nível dos dois protagonistas nos mantém assistindo, embora pareça ter havido alguma confusão sobre o melhor caminho para o roteiro. O resultado final é assistivel, mas não memorável.
É véspera de Ano Novo em Baltimore e comemorações, folias e festas estão ocorrendo por toda a cidade. Enquanto a policial Eleanor Falco (Shailene Woodley, THE FAULT IN OUR STARS, 2014) negocia uma rixa mundana entre o dono de uma lanchonete irritada e um cliente que comia devagar, os tiros começam a soar. Essa sequência frenética captura o pânico enquanto testemunhamos alguns dos 29 tiros que acertam o alvo. O policial Falco corre alguns quarteirões até o prédio alto onde ocorre uma explosão. Acontece que o atirador destruiu seu próprio covil para evitar deixar evidências.
Entra em cena o renomado agente do FBI Lammark (Ben Mendelsohn, ANIMAL KINGDOM, 2010) que se encarrega da investigação. Este ponto é mencionado porque a cadeia de comando desempenha um papel vital no processo ... Lammark quer conduzir a investigação, mas burocratas e políticos interferem. Lammark se concentra em Falco e seus instintos. Claro, ela tem um passado duvidoso que inclui ter seu pedido do FBI negado. Aqui ela atua como uma ligação e fornece informações sobre o assassino. Pescou? Uma pessoa danificada pode se relacionar com outra.
Alguns comentários sociais são periodicamente interpostos - controle de armas, jogos de poder pela aplicação da lei, prioridades equivocadas por políticos - mas a parte divertida é assistir Mendelsohn e Woodley mostrarem seus respectivos talentos. Ela é uma Clarice Starling imperfeita e ele é um cara que está empenhado em encontrar o bandido. Filmado em Montreal, o diretor de fotografia Javier Julia mantém uma atmosfera legal por toda parte, e a música de Carter Burwell oferece algumas partes de piano excelentes. Isso acaba sendo um daqueles filmes divertidos o suficiente para assistir se você não pensar muito enquanto está passando, e também nos lembra que Ben Mendelsohn e Shailene Woodley são ótimos atores que cumprem todos os papéis.
CONCLUSÃO: Sólido e Bem Escrito
Não tenho avaliado filmes, mas sinto que é necessário que eu revise este. Este não é um tipo de filme emocionante por segundo. Ele progride de forma inteligente e ponderada. É um filme de pensamento. A atuação e o roteiro são excelentes. Os dois protagonistas foram perfeitos para este filme. Eles pareciam se alimentar um do outro, tentando superar um ao outro como o melhor ator do filme. Tantos filmes falham no final. Mas este se destacou. Na verdade, tem um bom final. Eu recomendo este filme para quem é inteligente e gosta de pensar. Sim, ficou um pouco lento com algumas cenas que talvez pudessem ter sido escritas um pouco melhor. É por isso que estou dando apenas um oito. Mas não sei como alguém pode sair desse filme decepcionado!
Skinamarink: Canção de Ninar
2.4 235 Assista AgoraQual é a teoria perturbadora de um filme?
Tem um filme de terror muito comentado.
"Skinamarink" (2022).
É esquisito, para dizer o mínimo. E tem uma teoria para lá de perturbadora rolando sobre…
SPOILER ALERT, ok?
Muita gente DETESTOU "Skinamarink". Teve quem não conseguiu assistir mais do que 10 minutos. Isso porque trata-se de uma série de imagens oníricas, gravadas em ângulos improváveis em uma casa escura. Você precisa prestar muita atenção para entender alguma coisa do que está acontecendo.
Grosso modo, o filme é sobre duas crianças pequenas que acordam de madrugada e descobrem que estão sós na casa.
Os pais sumiram.
E mais do que isso.
As portas e janelas da casa também sumiram.
A menina, Kaylee, some no meio do filme.
E parece ter uma presença bizarra na casa (que NUNCA vemos!) que pede para o garoto que sobrou, chamado Kevin, subir as escadas e ir vê-lo.
Boa parte do filme é sobre Kevin explorando a casa no escuro e encontrando coisas esquisitas.
Tudo isso enquanto ouve a voz que diz "Suba as escadas", "Venha a mim", "Enfie uma lâmina no seu olho".
Eu assisti e dou como dica: se for assistir, veja sozinho, no escuro e com uma cabeça aberta a histórias surreais, ok?
"Tá, e qual é a teoria sobre esse filme?".
Quando os pais ainda estão na casa ouvimos um diálogo. O pai de Kevin fala ao telefone que o menino estava andando sonâmbulo, caiu das escadas e bateu a cabeça.
A teoria é de que Kevin nunca acordou depois disso.
Ele está em coma.
O filme inteiro seriam as memórias de Kevin a respeito do trauma que passou combinadas com a percepção subliminar dele das pessoas que estão o visitando no hospital.
Em outras palavras, o filme tem aquela atmosfera de sonho, ou melhor, de pesadelo, porque é como uma criança de 6 anos, sem entender o que está acontecendo, está vivenciando a proximidade de sua própria morte.
Os pais e o irmãozinho sumiram no pesadelo porque Kevin pensa que está sozinho. As portas e janelas sumiram como metáfora para a consciência dele presa no corpo em coma, sem percepção plena do ambiente. A presença ameaçadora na casa é o médico que o está tratando. Por isso ele fala de enfiar lâminas no olho. Kevin está numa mesa de operação, semi-consciente, sentindo o bisturi do médico perfurar sua carne. O que explica os gritos de criança que às vezes podemos ouvir ao fundo…
Quando Kevin ouve "Suba as escadas" trata-se do pai ou da mãe pedindo que ele acorde (Ele entrou em coma quando caiu das escadas).
Os desenhos animados que passam na TV são as memórias dele sobre o trauma tentando se organizar.
Mas nada dá certo.
No final do filme, aparece uma mensagem misteriosa da tela, dizendo algo como "500 dias depois". O que isso significa?
Que ele ficou 500 dias em coma.
É quando Kevin sobe as escadas e é capturado pela presença maligna. Vemos uma poça de sangue se espalhar no chão.
Trata-se da última operação médica para salvá-lo, que deu errado.
Kevin morre acreditando estar só, depois ter vivenciado 500 dias de um pesadelo ininterrupto.
Puro TERROR.
Aí vc está presumindo que há uma entidade e que ela se apresenta disfarçada. Ou seja, sua teoria do que está acontecendo é mais literal: Kaylee está de fato na casa, as portas sumiram mesmo, há um monstro, etc.
O que aparece na tela, no final do filme, é uma silhueta feminina falando com Kaylee. Presumivelmente, sua mãe. Isto é, como ela é percebida no estado semi-consciente do coma (conforme minha teoria).
Por sinal, a palavra "skinamarink" é uma pista do final. Ela significa algo como "gesto de amor". No final do filme vemos a silhueta feminina dizendo para Kaylee isso: "Go to sleep". Estaria fazendo aquilo como um "gesto de amor". Seria, portanto, sua mãe, aceitando que a morte de Kaylee era inevitável e talvez até desejável àquela altura…
A outra presença, ameaçadora, associada a sangue, seria o médico.
Uma pequena correção, nos apenas não vemos a forma real da entidade de skinnamarink.
Kaylee é a irmã que desaparece no meio do filme. Relembrando que quem cai nas escadas e supostamente está em coma durante o filme todo é o Kevin.
Agora ficou curioso p/ ver esse filme?
Pecados de Guerra
3.8 154 Assista AgoraO incidente na Colina 192 refere-se ao sequestro, estupro coletivo e assassinato de Phan Thi Mao, uma jovem vietnamita, [1] em 19 de novembro de 1966 [2] por um esquadrão americano durante a Guerra do Vietnã . [1] Embora a notícia do incidente tenha chegado aos Estados Unidos logo após os julgamentos dos soldados, [3] a história ganhou notoriedade generalizada através do artigo de Daniel Lang de 1969 para o The New Yorker [4] e seu livro subsequente. [5]
Em 1970, Michael Verhoeven fez o filme ok , baseado no incidente. Em 1989 , Brian De Palma dirigiu o filme Casualties of War , baseado no livro de Lang. [1]
Incidente
Em 17 de novembro de 1966, o sargento David Edward Gervase (20 anos) e o soldado de primeira classe Steven Cabbot Thomas (21) - ambos membros da Companhia C, 2º Batalhão (Aerotransportado), 8ª Cavalaria , 1ª Divisão de Cavalaria - conversaram com três outros membros do esquadrão (Soldados de primeira classe Robert M. Storeby, 22; primos Cipriano S. Garcia, 21, e Joseph C. Garcia, 20) [3] sobre os planos de sequestrar uma "menina bonita" durante a missão de reconhecimento planejada para o dia seguinte, [ 6] e "ao final de cinco dias nós a mataríamos". Storeby também lembrou que Gervase afirmou que seria "bom para o moral do time". [7]
Aproximadamente às 05:00 da manhã do dia 18 de novembro, o esquadrão entrou na pequena vila de Cat Tuong, no distrito de Phu My , à procura de uma mulher. [8] Depois de encontrar Phan Thi Mao (21), eles amarraram seus pulsos com uma corda, amordaçaram-na e a levaram para a missão. Mais tarde, depois de montar acampamento em uma casa abandonada , quatro dos soldados (excluindo Storeby) se revezaram para estuprar Mao. No dia seguinte, em meio a um tiroteio com os vietcongues, Thomas e Gervase ficaram preocupados com a possibilidade de a mulher ser vista com o esquadrão. Thomas levou Mao para uma área com arbustos e, embora a tenha esfaqueado três vezes com sua faca de caça, não conseguiu matá-la. Quando ela tentou fugir, três dos soldados a perseguiram. Thomas a pegou e atirou na cabeça dela com seuEspingarda M16 . [6]
Resultado
Storeby inicialmente relatou o crime. A princípio, a cadeia de comando, incluindo o comandante da companhia, nada fez. Apesar das ameaças contra sua vida pelos soldados que participaram do estupro e assassinato, Storeby estava determinado a punir os soldados. Sua persistência em relatar o crime às autoridades superiores acabou resultando em cortes marciais gerais contra seus quatro companheiros de esquadrão. [6] Foi durante esse processo que a vítima foi identificada por sua irmã como Phan Thi Mao. [9]
Thomas, Cipriano Garcia e Joseph Garcia foram condenados por assassinato não premeditado em março e abril de 1967. Gervase foi considerado culpado pela acusação de assassinato premeditado. [10] No julgamento de Thomas, que cometeu o esfaqueamento e o tiro, o promotor pediu ao júri que impusesse uma sentença de morte . [6] O tribunal, no entanto, condenou Thomas à prisão perpétua com trabalhos forçados. Essa sentença foi comutada primeiro para 20 anos, depois reduzida para oito, o que o tornava elegível para liberdade condicional depois da metade desse tempo. Ele recebeu liberdade condicional em 18 de junho de 1970. [11]
Da mesma forma, a sentença inicial de Gervase de dez anos com trabalhos forçados foi reduzida para oito. [12] Ele recebeu liberdade condicional em 9 de agosto de 1969. [11] Em 1968, Joseph Garcia foi absolvido na apelação de sua sentença inicial de 15 anos e sua dispensa desonrosa foi revertida depois que foi determinado que seus direitos da Quinta Emenda foram violados, e sua confissão foi considerada inadmissível. A sentença de 4 anos de Cipriano Garcia foi reduzida para 22 meses. Todos os soldados (excluindo Storeby) foram desonrosamente dispensados do Exército. [12] [13]
Gervase morreu em 23 de março de 1981. Ele tinha 34 anos. [14]
Em 1992, o ex-PFC Thomas ganhou ainda mais notoriedade quando foi acusado de ser cúmplice após o fato no julgamento de assassinato de George Loeb, que foi acusado da morte a tiros em 17 de maio de 1991 de um marinheiro afro-americano do USS Saratoga chamado Harold J. Mansfield. Tanto Thomas quanto Loeb eram líderes da supremacia branca Igreja Mundial do Criador . Thomas permaneceu em liberdade sob fiança durante o julgamento, e os registros do tribunal mostraram que, em troca de seu testemunho, ele cumpriria apenas um ano de liberdade condicional . [15]
Mafia Mamma: De Repente Criminosa
2.7 28 Assista AgoraNossa que prestígio ver Toni Colette e Monica Bellucci juntas em comédia! Depois de Hereditário eu me apaixonei pelo trabalha da Toni Colette .
Monica Bellucci e Toni Collette dispensam apresentações. Cada uma é atriz de altíssimo nível e pode representar qualquer papel de qualquer gênero.
Mesmo com o título em português dar a sensação de algo descartável, ter Toni Collette e Monica Bellucci torna no mínimo interessante assistir a essa obra.
Toni Colette muito subestimada pela indústria... Sim gente é a Tony Collette, que fez HEREDITÁRIO... o que as pessoas não fazem por 💰