Seria esse filme uma carta de amor (?) para os diplomatas de plantão? Eles que são os guardiões (invisíveis) da linguagem, evitam incidentes internacionais e, em boa parte do tempo, mesmo quando temos doidos em cargos políticos, tentam dar um up na nossa reputação internacional.
Achei bastante divertido e as piadas políticas são bacanas. Eu ri tanto quando o ministro falou que vai apoiar a entrada da Alemanha no Conselho de Segurança (como membro permanente), mas que ela nunca vai entrar. Eu ri, mas foi com respeito, porque tenho certeza que a França deve ter o mesmo pensamento chacota com nosso Brasil rsrs.
O cara passou o filme inteiro falando doideira, sendo um sem noção, pra no final ser aclamado com um super discurso (e que discurso!). Que ódio, mas genial rsrsrs
Já nas cenas iniciais eu senti o gostinho de cinema latino-amerino rsrs. Eu me reconheci muito na arquitetura de Buenos Aires, que, mesmo com suas peculiaridades locais, tem semelhanças com alguns prédios do centro do Rio de Janeiro. Então, só aí o filme já me conquistou.
Acredito que ter assistido esse filme após a pandemia e toda a necessidade de distanciamento social e de efetivamente ficar mais dentro de casa fez com que eu tivesse maior empatia pelo casal de protagonistas, que vivem encerrados em suas fobias, inseguranças e solidão. Diálogos e narrações são muito bons. Simplesmente amei a visão da Mariana sobre o livro "Onde está Wally?". É tudo muito reflexivo, a forma peculiar como cada um enxerga o mundo, os cortes que relacionam a história dos dois sem nem se conhecerem, as metáforas, a observação, as associações com a arquitetura portenha e com a tecnologia, sobretudo as feitas pela Mariana.
Tenho algo a falar sobre essa frase aqui: "Se mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo achar… Como vou achar quem eu procuro, se nem sei como é?". Simplesmente, ela teve um impacto grande em mim. Às vezes a gente não sabe quem procura, o que torna as coisas difíceis por vezes, mas quando a gente encontra quem temos que encontrar, a gente simplesmente sabe. Foi assim com a Mariana. Pra mim, ela é a personagem que mais demonstra a solidão e dificuldade de se relacionar. Pegando o exemplo da sua fobia de elevador, a gente viu ao longo do filme como ela não pegava elevador por nada, mas foi só ela se dar conta que quem ela procurava era o Martín que Mariana nem pensou duas vezes antes de descer do prédio usando o elevador, só pra não perder a chance de encontrá-lo. Achei um toque tão simples, mas tão fofinho e romântico. E a leveza dos dois no vídeo final cantando "ain't no mountain high enough" era evidente. Uma gracinha os dois.
Aqui você assiste o que é "lutar" e morrer. Falo lutar entre aspas porque havia ainda a possibilidade de o soldado nem ao menos conseguir sair da trincheira antes de um tiro fatal o atingir... Acho que esse filme é extremamente desconfortável justamente porque se trata da guerra pela guerra. Não há o que gostar aqui. É triste. É inquietante. Na prática, pra quem esteve no fronte, não havia sentido. Pra gente, que conhece a história, não há sentido. Tudo pode até começar com um ideal baseado num discurso "bonito" de "keiser, pátria e família", mas quanto mais a pessoa adentra o conflito mais ela percebe que aquilo não tem sentido. Não tem heroísmo, nem nada. Não tem nada de bonito, não tem nada de idealismo, não tem nada de patriotismo. A guerra é uma falácia construída por alguns e comprada por muitos. Aqueles garotos não passavam de números e peões, e ponto.
Muito interessante a fala de um personagem sobre ter nascido na época errada por não ter ocorrido uma guerra em 50 anos. O quão doentia a pessoa precisa ser para fazer da guerra sua missão e profissão de vida? E isso nada tem a ver com ser militar (carreira válida e necessária), mas sim com o exaltar a guerra, o conflito. Muito bizarro o fato de ele exaltar o pai falando que havia lutado nas três guerras de unificação de Bismark, mas que ele quase não teve futuro pela ausência de guerras... Isso é surreal! Era aquela velha e horrível visão de que a guerra faz e constrói um homem. Só que a gente sabe que, na verdade, a guerra destrói e corrói o ser humano por dentro. E é isso que vemos nesse filme, os personagens vão sendo destruídos por dentro a cada batalha, a cada acontecimento, pouco a pouco...
Sobre a parte técnica, Acho que o grande trunfo do filme é sua fotografia, que é muito boa. A direção de arte e maquiagem também estão um espetáculo, porque tudo é muito crível, sobretudo nas cenas de batalha e nas trincheiras.
É sobre solidão, é sobre família, é sobre amizade, é sobre a vida, é sobre humanidade... Esse é um filme muito reflexivo. Tanto do ponto de vista psicológico dos personagens, como em relação à possível metáfora sobre a guerra civil.
Acho que entre Pádraic e Colm, na verdade, a grande chave é a atitude da Siobhan rsrs. Simplesmente amei a Siobhan! Pra mim, ela é a melhor personagem, ou pelo menos a personagem que ao ser confrontada com a situação do irmão e do amigo, de fato, tenta evoluir com tudo aquilo. Ela entende que precisa se remover da situação, não apenas se afastar ou parar de falar com "a razão da insatisfação", como fez o Colm; nem que precisa entender ou forçar que algo continue, como fez o Pádraic.
Todos ali, sem exceção, são solitários, deprimidos e tristes, mas todo mundo engole a própria solidão e a própria tristeza a seco, como o Pádraic sugere em uma conversa com a irmã. Colm e Siobhan são os únicos que verbalizam certa insatisfação ou inconformismo. Achei interessante como o dono do pub falou que a Siobhan pensa, assim como o Colm, enquanto o Pádraic é "de bem com a vida", mais conformado. Só que há diferença entre Colm e Siobhan. Ela é simpática, enquanto Colm é mais frio. Eu achei interessante como foi a Siobhan que questionou o Pádraic se ele se sente sozinho, foi ela que ficou sem reação (mas o olhar disse tudo) quando o Colm falou sobre se afastar por querer um pouco de paz, e foi ela que criticou o silencio e a chatice dos homens de Inisherin por suas rusgas infantis e que ficou em negação quando o Colm falou que ela entende ele que estava apenas adiando o inevitável. E nisso me perguntei: "o que é o inevitável?". Seria o buscar algo a mais na vida diante da passividade de Pádraic? Seria o esquecimento? Seria a morte? Podem ser tantas coisas, mas acho que ao decidir deixar o Pádraic e a ilha, Siobhan o fez sem causar trauma ou de forma que não tenha sido cruel com o irmão. Algo que, pra mim, faltou na atitude do Colm com o ex-amigo. Ela saiu da ilha, porque percebeu que ali, um lugar aparentemente tranquilo, simples e chato, na verdade, só tinha "desolação, cismas, solidão, rancor e a lenta passagem do tempo até a morte". E é curioso pensar que em guerras, vemos justamente isso: desolação, cismas, solidão, rancor e a lenta passagem do tempo até a morte. Havia sim uma guerra real acontecendo, mas naquela ilha afastada do conflito, cada personagem vivia seus conflitos internos...
Lá pro meio do filme, quando o Pádraic vai ao correio, a senhora fofoqueira fala da notícia de um jovem que havia se matado - se jogou no lago - e que tinha 29 anos e "nenhum problema" (na cena estava a banshee, como se essa notícia fosse até uma premonição em relação ao destino de Dominic!). Com isso, eu fiquei pensando nesse "nenhum problema", afinal não faz sentido um suicídio por problema algum. Só que é aquilo, né, é provável esse tenha sido mais um desses que engole a própria solidão e o própria depressão. E aí veio o fim o filme com o corpo do Dominic no lago. Foi simplesmente de partir o coração, pois é triste saber que o suicídio, provavelmente, foi o destino do Dominic, que era espancado e abusado pelo pai constantemente, rejeitado por boa parte da comunidade. Sabe o que é pior? O Pádraic relata o ocorrido como se fosse um acidente, só que é plenamente possível ter sido suicídio por tudo que o Dominic passava... E eu preciso falar de Barry Keoghan! E que atuação a do Barry, ein, porque ele interpretou um personagem sofrido com muita leveza, inocência e a tão mencionada simpatia.
Gostei bastante da fotografia, embora a câmera lenta às vezes tenha me cansado um pouco. As cores são muito vivas e a captura das emoções dos personagens ficou bem legal. É exagerado, mas é um exagero que funciona rsrs. Esse é apenas o segundo filme indiano que vejo, então não posso julgar muito, mas tive a impressão de que esse certo exagero é uma característica do cinema local.
Adorei a amizade dos dois protagonistas! A construção do vínculo dos dois e a utilização da música durante esse processo ficou boa demais. O filme, embora seja ficção, também é muito bacana para conhecer um pouco da cultura indiana (incrivelmente vasta) e para exaltar os movimentos de independência e de autodeterminação nacional.
Dei uma pesquisada sobre a sequencia musical final e foi bem legal o que descobri. Aquela bandeira que aparece no final é a versão original da bandeira indiana criada em 1906, com listras verdes, amarelas e vermelhas e vários símbolos. As pessoas exaltadas ali também são figuras proeminentes da Índia histórica, do movimento de independência e da Índia independente. Na prática, o filme é uma ode ao movimento de resistência colonial.
Sobre a disputa de melhor filme em língua estrangeira no Oscar, acho que "RRR" tá ganhando bastante força nessa reta final. Vai ficar pau a pau com "Argentina, 1985". É curioso que ambos falam sobre um domínio sanguinário, porém de formas diferentes. Enquanto "RRR" fala sobre a opressão oriunda do imperialismo (e não passou batido o fato do nosso Brasilzão estar indicado como parte do Império Britânico...), "Argentina, 1985" fala sobre a responsabilização dos militares por uma das ditaduras mais opressoras na América Latina. A disputa vai ser boa, porque ambos são ótimos filmes! Particularmente, eu ainda prefiro "Argentina, 1985", e é possível que a minha preferência esteja ligada ao fato de este ser histórico, que curto bastante, enquanto "RRR" é mais um bom épico de ação.
Edit: RRR ficou de fora da disputa pelo Oscar, o que tornou meu último parágrafo totalmente inválido rsrsrs. Mas pelo menos temos Naatu Naatu na disputa de canção original, e aqui sim há favoritismo mesmo, juro rsrs.
É interessante, é bonito, é bem feito (vale muito a pena ver em imax. Se vc puder, veja em imax!), te diverte, te emociona e serve como uma excelente alegoria ambientalista e em favor de povos originários. É sobre aceitação, é sobre família e é sobre a interligação entre os seres vivos, sejam eles humanos, na'vi, animais, ou o próprio ambiente.
Gostei da adição dos jovens Sullys, porque eles trouxeram aquele olhar curioso e mais destemido que a gente sabe que Jake e Neytiri não tem mais, já que estes têm um peso de responsabilidade e cuidado sobre os ombros. Conhecer o povo do Recife pelos olhos curiosos de Kiri, Lo'ak, Tonowari e Tuk foi bem bacana. Cada um do seu jeitinho é interessante, desde o mais velho que assume a responsabilidade, passando pela Kiri e sua sobrenatural ligação com Eywa, Lo'ak e sua veia mais destemida e até a caçula Tuk, que é uma fofura.
Eu me apaixonei pelos tulkun e pelo Payakan, que protagonizaram - juntamente com a morte do Tonowari - duas das cenas mais emocionantes do filme: a caça da irmã de alma da Ronal e sua filhote e o trauma do Payakan. Pra mim, ao assistir essas cenas, foi impossível não refletir sobre a ação humana aqui e hoje, que mata e destrói por pura ganância. E aqui acredito que o "eu vejo você" é primordial, pois muitas vezes fazemos atrocidades por não enxergar o outro de forma viva e verdadeira. Ou pior, e o filme deixa isso claro, às vezes enxergamos sim e mesmo assim seguimos com as atrocidades... Enfim, gostei e essa sequencia me cativou bastante, muito, muito mais que o primeiro filme.
Por fim, vou mencionar o grande problema, ao meu ver: insistir no mesmo vilão (que pelo visto ainda voltará pra mais uma sequencia...) e fazer a trama do antagonista girar em torno de uma vingança pessoal. Parece que o universo de Pandora foi expandido, mas a história nem tanto, mas isso em si não estragou a experiência pra mim. Apesar disso, eu curti bastante o filme!
Ps. Como não lembrar de Titanic na cena em que o barco está virando e afundando, a água está subindo e Neytiri e Tuk estão tentando, desesperadamente, sair dali? Bem legal a referência...
Embora seja sensível e com uma estética bem peculiar, eu achei um pouco chato... É um filme de detalhes e pouca coisa realmente acontece nele. A gente percebe o estado dos personagens por pequenas falas aqui e ali, um olhar, um ângulo de câmera, mas não há grandes eventos...
A melancolia tá muito presente, tanto que passei o filme inteiro pensando "ai ai, vai acontecer algo com ele, né" e "ele tem depressão ou algum transtorno psicológico, certo". Mesmo sendo um final relativamente aberto, pra mim ele realmente se suicidou pouco depois da filha voltar pra casa, o que é bastante triste.
Três cenas, pra mim, saltaram aos olhos: (1) a cena em que a Sophie grava o pai no quarto de hotel. O foco da câmera é a TV e um pedacinho do espelho atrás durante todo o tempo, e ao mesmo tempo vemos pelo espelho a Sophie gravando o pai, a gravação do Callum na TV e seu reflexo na tela da TV. Em determinado momento vemos o próprio Callum no espelho, e os livros ao lado da TV mostram como havia ali uma busca por paz e serenidade, pois eles falavam sobre meditação, poesia e Feng shui. (2) A cena em que a Sophie fala da própria tristeza e podemos ver a reação do Callum pelo espelho. Seu olhar de total reconhecimento dos sentimentos melancólicos que a filha fala é de partir o coração. (3) a cena final da dança com under pressure. Que edição, tanto da cena como da música! A mistura de Sophies ali, a dança que em determinado momento parece uma luta, a multidão e depois só pai e filha... Enfim, realmente foi a última dança dos dois.
Não é um filme pra todo mundo. É aquele cinema de autor, sabe, típico de festival.
Em edit: quanto mais eu penso sobre Aftersun, mais eu gosto do filme e fico devastada por causa dele.
Fico impressionada com a capacidade de Pantera Negra apresentar vilões que eu olho e penso: "estão brigando por quê? Unam-se e dominem o mundo!" rsrsrs
A mitologia por trás de Namor e Talokan é muito bonita e bem construída. Apesar da pouca misericórdia desse povo e de seu líder em seus ataques, é difícil não simpatizar com eles. A verdade é que Wakanda e Talokan são dois dos lugares mais bem construídos em termos culturais de toda a Marvel. É tudo muito bonito de ver!
Acho que o filme é uma grande homenagem ao Chadwick e ao seu Pantera. Foi emocionante! A história tem sim a intenção de dar seguimento ao manto do Pantera, mas o foco aqui é o legado do Pantera Negra e como a ausência de T'Challa impactou sua mãe, sua irmã, sua nação e o mundo. O que se pretende é honrar uma memória e dar continuidade, e nesse quesito o filme foi muito bem. A "aura" de T'Challa está por todo o filme, que é repleto de homenagens - desde a cena inicial, passando pela abertura e culminando na melancolia da música da Rihanna e no silêncio da cena final -, mas tudo isso acontece sem perder de vista o crescimento pessoal da personagem que dará seguimento ao Pantera Negra.
Achei divertido. É uma comédia romântica bem sessão da tarde. Tem um twist bem bacana no último ato, embora não tenha curtido muito a maneira de resolução do conflito final
- a parte em que ele a vê no transito por uma notícia de tv e vai lá e eles ficam juntos... achei meio aleatório...
, mas de resto foi bem legal. Thati Lopes é muito engraçada e fez as piadas de forma muito natural. Super carismáticas e, pra mim, ela segurou muito bem o filme. Já o Caio Castro ficou muito infantil e em algumas cenas - não tenho como não falar - ficou claro demais a atuação ruim, coitado.
Eu esperava um pouco mais... Acho que o núcleo de 1998 com a investigação foi um pouco desnecessário. Poderiam ter focado apenas no verão de 1958 mesmo.
O final me lembrou bastante a ideia de "Desejo e reparação", mas de forma muito menos chocante e dramático. Talvez, por essa razão, o filme não tenha sido tão impactante ou surpreendente pra mim.
Tem boas cenas de ação e a história é, sim, interessante. Fico impressionada como a Viola Davis conseguiu entregar uma personagem com tanta exigência física. Ela inspira muito a liderança que sua personagem transparece. A mulher é boa, né rsrs! Além dela, ainda temos boas coadjuvantes. Amenza, uma fofa, ajuda a dar leveza para toda a dureza que Nanisca carrega. Izogie, além de demonstrar força, é super carismática e divertida. Nawi, a pupila do filme, rouba a cena. Impossível não torcer por essas agoji. E aqui temos uma distinção importante: acredito que muitos torçam pelas agoji, não pelo reino do Daomé, que, pra mim, é apenas o plano de fundo. Outra coisa muito legal de assistir são as cenas de dança e treinamento das agoji. É tudo feito com muito cuidado e beleza, assim como o figurino. Gostei demais do filme em si!
Acho que o grande trunfo do filme é dar evidencia à uma narrativa intra-África. São dois reinos africanos relacionando-se entre si, que, sim, têm relações com países extra-África, como o Brasil, mas a motivação é contar uma história africana, e isso é muito incomum para os padrões hollywoodianos. Esse é um filme comercial e que tem pessoas pretas na frente e por trás das câmeras! E isso é bacana pra caramba! Por isso é tão importante que esse filme se saia bem nas bilheterias. Não se trata, porém, de um épico-histórico, porque há importantes mudanças historiográficas. Apesar dessas mudanças, acredito que algumas das críticas com relação às mudanças são um tanto injustas, até porque Hollywood SEMPRE faz isso, e esse filme aborda, mesmo que superficialmente, alguns dos tópicos que têm gerado as críticas.
Por exemplo, na história real, o Reino do Daomé teve um relevante papel no comércio de escravos, e falam disso no filme - algumas vezes, diga-se de passagem. O filme utiliza o real ponto de ruptura entre o Daomé e o Oyó para introduzir, de forma fictícia, a personagem da Viola Davis (Nanisca é ficitícia!), que quer acabar com a tradição escravocrata do Daomé. Simplesmente criaram uma personagem e deram uma missão pessoal, cultural e política para ela. A história gira em torno dela e de suas agoji! O Daomé é apenas o plano de fundo e as agoji são uma premissa. E é evidente que a visão do filme é antirracista e antiescravista, gente! Dito isso, há uma miríade de filmes, sobretudo norte-americanos, que fazem mudanças desse tipo (algumas até mais gritantes), e não há esse tanto de crítica ou boicote, o que me leva a crer que há, no mínimo, uma falta de coerência e dois pesos e duas medidas para determinados filmes...
Eu gostei tanto do filme! Fui surpreendida, porque comecei a assistir sem muitas pretensões e acabou sendo bem bacana e profundo.
Pra mim, o mais interessante é ver como eu fui me apegando ao Tom e, de certa forma, torcendo por ele, à medida em que o filme avança. E aqui eu tenho que elogiar muito a atuação do Dan Stevens! É notório como o personagem evolui ao longo do filme.
Trata-se de um robô, sim, mas ele vai perdendo os traços robóticos e mecânicos ao longo do filme, tanto em jeitos como na fala. Ele passa a se mover de forma mais natural, ele fala de forma mais natural e, o mais interessante, ele se relaciona com a Alma de forma mais natural. Tudo isso enquanto conserva sua natureza artificial de máquina, porque em nenhum momento ele demonstra querer ser humano, embora tente entender certos sentimentos e sensações.
É curioso pensar em um character development de uma máquina, de uma inteligência artificial rsrs. É claro que ele foi programado para aquilo, mas se eu, espectadora, vi-me apegada, é muito compreensível entender o conflito da Alma, que também se viu apegada ao Tom, sobretudo num momento de carência. Por outro lado, o questionamento sobre a concretude daquele relacionamento é muito pertinente. Na manha seguinte à transa dos dois, quando ele "estava roncando", eu fiquei "ué, ele é robô; ele tá fingindo roncar?". É muito automático pensar nisso. Foi de partir o coração ver que a Alma estava feliz, mas insatisfeita por saber que parte do que ela viveu foi algo fabricado e solitário.
Sua avaliação final sobre a relação humanos-máquinas não deixa de ser pertinente e muito atual. Acredito que não tenhamos uma resposta correta, se isso contribui ou se nos torna preguiçosos. Acho que pode haver um pouco dos dois, mas a tendência, acredito eu, seja a preguiça e o aumento da dificuldade das pessoas com os relacionamentos interpessoais.
E sobre o final, acho que o Tom sempre foi feito, de forma inconsciente, para ser o Thomas da viagem de infância da Alma, seu primeiro amor, fantasia e desilusão amorosa. Ele foi criado para satisfazer as necessidades dela e, no fim, acabou sendo uma nova desilusão, algo agridoce, tal como a memória do Thomas de sua infância. No fim, Alma continua solitária...
O filme continua bastante atual, pois as mulheres continuam enfrentando vários desafios no mercado de trabalho, sobretudo no mundo corporativo. E outro fato é o seguinte: é difícil para a mulher, mas para a mulher negra é ainda mais difícil. E a gente vê tudo isso num filme leve e divertido.
Woopi Goldberg e Dianne Wiest têm uma química muito boa.
Tomou um rumo que eu não esperava, e acho que uma ideia bem interessante acabou sendo um pouco mal aproveitada. Não é essa bomba toda que muitos estão falando, mas é um pouco longo e, de forma geral, tem vários clichês dos filmes do gênero. E o problema não é ter clichês, mas não saber aproveitá-los.
Se eu tivesse que escolher uma palavra para esse filme, seria "divertido". Tirando o terceiro ato, que foi mais sério, esse filme foi um dos eventos mais engraçados e divertidos de toda Downton Abbey. Pode não ser perfeito, mas eu me diverti bastante.
Se no primeiro filme o Julian Fellowes arrumou um jeito de comemorar toda a história e tradição de Downton com a visita real, neste filme ele conseguiu inserir Downton na modernidade e no futuro com o cinema. Nessa pegada de futuro, ainda falaram de transição, com a virada do cinema mudo para o cinema falado e com a mudança de gerações. Além disso, fizeram uma metalinguagem com maestria ao usarem a mansão como locação cinematográfica. Acho que souberam muito bem brincar com essa situação real, que rendeu diálogos e situações divertidas. Como não rir dos Crawleys e dos empregados naquela situação? Não sei vocês, mas eu me acabei com Maggie Smith e Penelope Wilton, duas damas da atuação, do cinema e do teatro, usando a língua de chicote de Violet e Isabel para falar mal do cinema hahahah. Eu só sei dizer que eu passei boa parte do filme com um sorrisão no rosto.
Tivemos Mosley se descobrindo escritor, e toda a galera downstairs com figurino e fazendo figuração. Foi tudo muito divertido. Também adorei a referência que fizeram ao casamento do Jim Carter e da Imelda Staunton naquela cena da loja.
Outro aceno ao futuro foi o estabelecimento da situação da próxima geração. Georgie (e Caroline) ficará com Downton, os filhos da Edith ficarão com Hexham, o baby de Tom e Lucy herdará Brampton e Sybbie ficará com a Villa francesa. Achei isso muito legal, além de ser uma fofura da Violet pensar em deixar a Sybbie bem estabelecida assim como os primos. Ah, não me aguento, Violet coração de ouro.
Aliás, precisamos falar de Violet Crawley, essa senhorinha que aparentemente abalou corações no século XIX rsrs, desde príncipe russo a marquês francês. Eu amei que fizeram esse mini mistério e foi interessante saber mais sobre o passado dela. A conversa honesta que ela teve com a Isabel sobre o que aconteceu naquele fim de semana e aquele momento de sinceridade com o Tom foram bons demais. Ah, como é bom ver Maggie Smith em ação. Como a Violet é maravilhosa. E como vou sentir falta dessa véia! De verdade, Violet Crawley é uma das personagens mais divertidas e afiadas que já assisti. Vê-la se despedindo da Mary no último filme já foi doído. Aqui, vê-la nas últimas, se despedindo aos poucos de cada em cada cena e finalmente morrer foi de partir o coração. Novamente, ela me arrancou algumas lágrimas. Acho que foi corajoso mostrar a cena da morte. E também foi importante, já que Violet Crawley era o grande pilar daquela família. Ela merecia essa despedida digna, tanto por ter sido um momento bonito em que ela estava cercada pela família, como pelo grande evento que foi o seu funeral. Caso tenhamos outro filme, Violet fará muita falta!
E falando em falta, uma ausência bastante sentida por mim foi a do Henry. Uma pena o Matthew Goode não poder estar nesse filme, mas acho que souberam tirar um certo proveito disso. Foi divertido ver Mary se aventurando no mundo cinematográfico e sendo precursora da dublagem rsrs, mas quando deram a entender que o personagem do Hugh Darcy seria interesse amoroso da Mary, eu logo torci o nariz. Mas, felizmente, o personagem não passou disso, um mero interesse. Foi bom vê-la madura nesse aspecto. Lady Mary cresceu bastante! Além disso, não destruíram Mary e Henry e ainda fizeram um paralelo com a história da Violet. O Barber, tal como o Montmirail para a Violet (embora em proporções menores), foi alguém que despertou sentimentos na Mary, sim, mas nem por isso ela foi inconsequente ou cedeu àquilo. Aliás, se Mary tivesse traído, acredito que seria uma certa involução da personagem. Para mim, foi mais uma maneira de reafirmar o que foi dito com todas as letras, Lady Mary é a substituta natural da nossa querida Violet. A cena com ela de luto, com o broche da Violet e apreensiva sobre seguir os passos da avó com maestria, abraçando o Carson, foi bem bonita. Você está indo bem, Lady Mary… fica tranquila.
E uma coisa que não me deixou nada tranquila durante o filme foi essa história da Cora doente. Gente, eu já estava desesperada achando que iriam matar a Violet e a Cora. Mas, graças aos céus, foi um alarme falso e o Julian não destruiu nosso coração com duas mortes.
Ah, outra coisa que me deixou muito, muito, muito feliz foi Mosely e Baxter. Ah, gente, sempre achei eles uns fofos e nada de acontecerem. Ele sempre cuidando dela, apoiando-na, e ela sempre fazendo o mesmo por ele e nada esses anos todos. Agora, finalmente, eles ficaram juntos e ainda vão ter um bom dinheiro com os roteiros do Mosely. Uns amores.
Sobre a Edith, foi bacana vê-la escrevendo novamente, fechando um arco do filme anterior. Ela tem o trabalho, ela tem os filhos, ela tem o boy, ela tem dinheiro, ela tem um bom relacionamento com a Mary e ela tem o povo rsrs. Importante exaltar que Edith tá feliz, né, porque a bichinha sofreu a série inteira, mas enfim chegaram os refrescos. Aliás, achei tão bonitinho ver Edith perguntando a Mary sobre o Henry e elas conversando de boa como irmãs sobre o assunto, e na cena final da Violet foi fofo vê-las se abraçando, se consolando… depois de tanta treta entre as duas, finalmente estão num ritmo bom. Ah, como eu amo as irmãs Crawley!
Acho que as únicas coisas que não gostei: o ritmo do filme, Barrow indo embora e, por incrível que pareça, a trilha sonora. Sobre o ritmo, acho que de vez em quando ele ficava meio quebrado demais, com ritmos totalmente diferentes entre França e Reino Unido. Tive a impressão de que tentaram colocar muitas coisas na história, até pra tentar acomodar o elenco grande mas isso acabou gerando cortes bruscos e afetando a fluidez da história. Já sobre o Barrow, acho que a proposta foi ótima, mas eu não senti firmeza na atuação do Dominic West como alguém realmente interessado no Barrow. Ele me pareceu um pouco distante. Fora isso, achei bonitinho como Mary e Mrs Hughes deram apoio pra ele mesmo num mundo em que a homossexualidade ainda era crime por lá. Sobre a trilha sonora, eu amo a trilha original e sempre quando ela toca no início, eu me arrepio. Só que ao longo do filme, achei um pouco incômoda e over the top, principalmente na França.
Por fim, o filme terminou com a imagem da Violet, nossa eterna Dowager Countess of Grantham. Se no primeiro filme terminaram com os Carsons, as duas âncoras downstairs, nesse tivemos uma cena final com o quadro da Violet, a grande pilar upstairs. Achei um diálogo interessante com o filme anterior.
Termino dizendo que foi um filme tão bom quanto o primeiro, e tão divertido quanto, acredito que até mais. Pode não ter sido perfeito, mas como fã ele me satisfez bastante. Amei demais rever os habitantes de Downton.
Esse filme foi é de uma loucura, de uma viagem, de uma genialidade! Num momento você está se perguntando "o que tá acontecendo aqui???", num outro momento você tá rindo e num momento diferente você está se emocionando.
A cena do Waymond (meu personagem favorito do filme), na realidade em que ele e Evelyn são bem-sucedidos, falando que, apesar de tudo, ele gostaria de ter lavado roupa suja e de ter pagado impostos junto com ela foi de partir o coração. Ela me pegou de uma forma! Tão linda! Tão simples! E achei bem interessante como criaram todo um multiverso, com direito a diálogo entre pedras, pra mostrar uma história sobre a bondade e sobre o amor entre mãe e filha, entre marido e mulher, além de ser uma história de aceitação própria e da própria história. É lindo e poético demais!
O destino de uma cidade e de milhões de pessoas decidido em uma conversa! Se a gente parar pra pensar, isso acontece aos montes ainda hoje, mas isso ganha uma dimensão ainda maior quando se trata de uma guerra, que causa perdas humanas e materiais de forma mais latente e brutal.
História e diplomacia são dois assuntos que me fascinam, então esse filme é um prato cheio pra quem gosta desses temas. Já saber o final, até porque Paris tá firme e forte até hoje, não tira em nada a beleza do filme, que se passa quase que inteiramente num quarto de hotel. Os diálogos são envolventes, as atuações são boas e os personagens são carismáticos (tarefa difícil e bem realizada por Niels Arestrup, já que interpretou um oficial nazista). Aliás, é impressionante como o filme consegue transmitir certa sensação de suspense quanto à destruição de Paris, mesmo já sabendo o destino da cidade.
Eu assisti esse filme com a minha irmã - que inclusive já comentou aqui com o próprio textão rsrs - e posso garantir que foi uma experiência única rsrs, porque algumas cenas ocorreram aqui em casa. E a minha mãe, que se assemelha muito a mãe da Meilin, sentou pra ver partes do filme. Diante de uma cena com uma fala idêntica (eu disse idêntica!) a uma que minha mãe já falou aqui em casa, eu não pude não segurar a risada, com ela do lado... ai, Gabi, só quem viveu sabe rsrs...
Acho que o panda vermelho pode ser uma metáfora pra várias coisas, uma delas: os sentimentos. O curioso, é que eu não vivi muito dessa liberdade do panda da Meilin. Pelo contrário, eu incorporei bastante da cobrança em cima de mim mesma transmitida pela minha mãe. Eu segurei o panda legal rsrs. Só agora, mais velha, tenho trabalhado isso, começando a deixar meu panda interior aflorar mais. E, pra mim, o filme é bacana porque mostra a necessidade de sentir e expressar todas as emoções, sem exceção.
O panda não é ruim ou bom, nem aflora com emoções "boas" ou "más". O panda aflora com todas as emoções e sentimentos.
Muitas vezes somos ensinadas a reprimir nossos sentimentos (o panda), principalmente os sentimentos tidos como ruins, como raiva ou tristeza, em favor de uma plenitude e uma perfeição que não existem. Só que precisamos sentir tudo isso (amor, raiva, desejo, chateação, contentamento, alegria, tristeza, etc) até pra que possamos lidar com esses sentimentos, entendê-los e superá-los, se necessário. Acho até engraçado ver como esse filme está sendo criticado como um incentivo à rebeldia das meninas, quando na verdade ele só mostra a importância dos sentimentos delas, principalmente em um momento em que tudo é novo pra gente, e como essa cobrança excessiva em cima das meninas passada de geração em geração é nociva. Esse filme mostra como o diálogo é importante e como o ouvir as filhas e tentar entendê-las é importante. Sentir e expressar o que sente não é rebeldia.
Também foi interessante perceber como a puberdade, que acredito também ser simbolizada pelo panda, é um momento crucial na vida das meninas, podendo aproximar ou afastar mães e filhas.
Vimos como Ming e sua mãe se afastaram durante esse período; enquanto Meilin e Ming, apesar do atrito clímax do filme, incorporaram as mudanças à própria rotina no final. E isso passou pela compreensão da mãe em relação à filha. Só que a Ming só deixou de cobrar muito a filha depois que entendeu que se cobrava demais.
Enfim, é um filme bastante divertido, que tem uma perspectiva feminina bastante legal. Tem um pouco de tudo do universo feminino de uma menina de 12, 13 anos, sendo mais especial ainda por se passar nos anos 2000.
É vencedor do Oscar que chama??? Ele não é cult e ele pode até ser um tanto clichê, mas ele é sensível pra caramba. Acredito que tenha sido essa sensibilidade que tenha conquistado as pessoas. Ele é universal e ele toca as pessoas! Acredito que isso tenha feito o filme ganhar dos outros filmes de grande qualidade - e CODA tem qualidade também - que são apenas isso, filmes bem feitos que você termina e fala "é típico filme de Oscar e é isso aí, nada mais".
To nem aí se o povo tá reclamando ou se essa vitória será pra sempre considerada uma "zebra", só sei que estou feliz pra caramba pelo elenco e pelo filme. Meu favorito dentre os que assisti ganhou!
As duas coisas que eu mais gosto em Amor, Sublime Amor são a questão cultural e a migração. Foi assim com o filme de 1961 e se repetiu com esse filme. Talvez seja por isso que eu ache Maria e Tony bastante sem sal e prefira o conflito entre os Jets e os Sharks, além de meu número favorito ser "America", que ficou bem mais grandioso nesse filme.
Falando em grandiosidade, o Spielberg caprichou, hein. O filme ficou muito bonito visualmente. Só que pra mim ele acaba sendo um pouco cansativo e chato justamente por Tony e Maria serem chatos. São justamente os coadjuvantes que roubam a cena. Anita, pra mim, é a melhor personagem do filme disparado! Eu acho a Ariana DeBose uma excelente dançarina e aqui não foi diferente. Já como atriz, eu não acho ela tão boa assim (depois da atuação dela em Prom eu fiquei meio traumatizada rsrs), mas acredito que ela ficou bem como a Anita.
Particularmente, a falta de impacto que a morte do Bernardo causa na Maria me incomodou bastante. Eu sei que é uma releitura de Romeu e Julieta, outro amor intenso e trágico, mas Tony e Maria de Elgort e Zegler não conseguiram me vender esse amor todo como DiCaprio e Danes em Romeu + Julieta. E isso, pra mim, é um problema porque se a gente não compra o romance, a gente não consegue seguir bem com todo o drama que se segue após as mortes de Rif e Bernardo. Eu só consegui pensar "mulher, tu conheceu o boy ontem, ele matou teu irmão hoje, e tu fica com o ele como se nada tivesse acontecido?". E eles tem toda uma música que aborda isso logo em seguida, mas ainda assim não consigo superar isso rsrs. E fica bem pior porque a gente tem o sofrimento da Anita como contraponto, que se intensifica ainda mais com a pesada cena na mercearia da Valentina. O curioso é que o mesmo acontece em Romeu e Julieta, mas eles vendem o romance tão bem como jovenzinhos emocionados que eu embarco no drama e mesmo sabendo que eles vão morrer eu torço pra eles não morrerem rsrs. E a título de comparação com o filmes de 1961, eu tive um pouco dessa mesma dificuldade, embora ache que o Tony e a Maria do primeiro filme tenha sido melhores em vender o amor dos dois.
Por fim, uma das coisas que curti bastante foi a escalação de um elenco com raízes no teatro musical, como Mike Faist, Ariana DeBose, David Alvarez e Brian D'Arcy James. É legal ver essa valorização, já que em vários filmes musicais contratam estrelas de cinema e esquecem como os atores do teatro são tão bons quanto e, às vezes, estão até mais preparados para papeis do tipo.
É uma bagunça, não deveria existir, é ruim e tem falhas, mas eu gostei rsrs. Gostei particularmente do Neil Patrick Harris...
Keanu parece ser uma das melhores pessoas de Hollywood, mas o bichinho é ruim na atuação, tadinho. Tem uma cena do banheiro que deu muita vergonha alheia rsrs.
Só vim aqui dizer que CODA ganhou o SAG de melhor elenco, e o Troy Kotsur ganhou como melhor ator coadjuvante! E eu estou muito muito feliz que meu xodó de 2021 tá sendo reconhecido em premiações.
O Palácio Francês
3.3 27 Assista AgoraSeria esse filme uma carta de amor (?) para os diplomatas de plantão? Eles que são os guardiões (invisíveis) da linguagem, evitam incidentes internacionais e, em boa parte do tempo, mesmo quando temos doidos em cargos políticos, tentam dar um up na nossa reputação internacional.
Achei bastante divertido e as piadas políticas são bacanas. Eu ri tanto quando o ministro falou que vai apoiar a entrada da Alemanha no Conselho de Segurança (como membro permanente), mas que ela nunca vai entrar. Eu ri, mas foi com respeito, porque tenho certeza que a França deve ter o mesmo pensamento chacota com nosso Brasil rsrs.
O cara passou o filme inteiro falando doideira, sendo um sem noção, pra no final ser aclamado com um super discurso (e que discurso!). Que ódio, mas genial rsrsrs
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraJá nas cenas iniciais eu senti o gostinho de cinema latino-amerino rsrs. Eu me reconheci muito na arquitetura de Buenos Aires, que, mesmo com suas peculiaridades locais, tem semelhanças com alguns prédios do centro do Rio de Janeiro. Então, só aí o filme já me conquistou.
Acredito que ter assistido esse filme após a pandemia e toda a necessidade de distanciamento social e de efetivamente ficar mais dentro de casa fez com que eu tivesse maior empatia pelo casal de protagonistas, que vivem encerrados em suas fobias, inseguranças e solidão. Diálogos e narrações são muito bons. Simplesmente amei a visão da Mariana sobre o livro "Onde está Wally?". É tudo muito reflexivo, a forma peculiar como cada um enxerga o mundo, os cortes que relacionam a história dos dois sem nem se conhecerem, as metáforas, a observação, as associações com a arquitetura portenha e com a tecnologia, sobretudo as feitas pela Mariana.
Gostei bastante.
Tenho algo a falar sobre essa frase aqui: "Se mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo achar… Como vou achar quem eu procuro, se nem sei como é?". Simplesmente, ela teve um impacto grande em mim. Às vezes a gente não sabe quem procura, o que torna as coisas difíceis por vezes, mas quando a gente encontra quem temos que encontrar, a gente simplesmente sabe. Foi assim com a Mariana. Pra mim, ela é a personagem que mais demonstra a solidão e dificuldade de se relacionar. Pegando o exemplo da sua fobia de elevador, a gente viu ao longo do filme como ela não pegava elevador por nada, mas foi só ela se dar conta que quem ela procurava era o Martín que Mariana nem pensou duas vezes antes de descer do prédio usando o elevador, só pra não perder a chance de encontrá-lo. Achei um toque tão simples, mas tão fofinho e romântico. E a leveza dos dois no vídeo final cantando "ain't no mountain high enough" era evidente. Uma gracinha os dois.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraAqui você assiste o que é "lutar" e morrer. Falo lutar entre aspas porque havia ainda a possibilidade de o soldado nem ao menos conseguir sair da trincheira antes de um tiro fatal o atingir... Acho que esse filme é extremamente desconfortável justamente porque se trata da guerra pela guerra. Não há o que gostar aqui. É triste. É inquietante. Na prática, pra quem esteve no fronte, não havia sentido. Pra gente, que conhece a história, não há sentido. Tudo pode até começar com um ideal baseado num discurso "bonito" de "keiser, pátria e família", mas quanto mais a pessoa adentra o conflito mais ela percebe que aquilo não tem sentido. Não tem heroísmo, nem nada. Não tem nada de bonito, não tem nada de idealismo, não tem nada de patriotismo. A guerra é uma falácia construída por alguns e comprada por muitos. Aqueles garotos não passavam de números e peões, e ponto.
Muito interessante a fala de um personagem sobre ter nascido na época errada por não ter ocorrido uma guerra em 50 anos. O quão doentia a pessoa precisa ser para fazer da guerra sua missão e profissão de vida? E isso nada tem a ver com ser militar (carreira válida e necessária), mas sim com o exaltar a guerra, o conflito. Muito bizarro o fato de ele exaltar o pai falando que havia lutado nas três guerras de unificação de Bismark, mas que ele quase não teve futuro pela ausência de guerras... Isso é surreal! Era aquela velha e horrível visão de que a guerra faz e constrói um homem. Só que a gente sabe que, na verdade, a guerra destrói e corrói o ser humano por dentro. E é isso que vemos nesse filme, os personagens vão sendo destruídos por dentro a cada batalha, a cada acontecimento, pouco a pouco...
Sobre a parte técnica, Acho que o grande trunfo do filme é sua fotografia, que é muito boa. A direção de arte e maquiagem também estão um espetáculo, porque tudo é muito crível, sobretudo nas cenas de batalha e nas trincheiras.
Os Banshees de Inisherin
3.9 567 Assista AgoraÉ sobre solidão, é sobre família, é sobre amizade, é sobre a vida, é sobre humanidade... Esse é um filme muito reflexivo. Tanto do ponto de vista psicológico dos personagens, como em relação à possível metáfora sobre a guerra civil.
Acho que entre Pádraic e Colm, na verdade, a grande chave é a atitude da Siobhan rsrs. Simplesmente amei a Siobhan! Pra mim, ela é a melhor personagem, ou pelo menos a personagem que ao ser confrontada com a situação do irmão e do amigo, de fato, tenta evoluir com tudo aquilo. Ela entende que precisa se remover da situação, não apenas se afastar ou parar de falar com "a razão da insatisfação", como fez o Colm; nem que precisa entender ou forçar que algo continue, como fez o Pádraic.
Todos ali, sem exceção, são solitários, deprimidos e tristes, mas todo mundo engole a própria solidão e a própria tristeza a seco, como o Pádraic sugere em uma conversa com a irmã. Colm e Siobhan são os únicos que verbalizam certa insatisfação ou inconformismo. Achei interessante como o dono do pub falou que a Siobhan pensa, assim como o Colm, enquanto o Pádraic é "de bem com a vida", mais conformado. Só que há diferença entre Colm e Siobhan. Ela é simpática, enquanto Colm é mais frio. Eu achei interessante como foi a Siobhan que questionou o Pádraic se ele se sente sozinho, foi ela que ficou sem reação (mas o olhar disse tudo) quando o Colm falou sobre se afastar por querer um pouco de paz, e foi ela que criticou o silencio e a chatice dos homens de Inisherin por suas rusgas infantis e que ficou em negação quando o Colm falou que ela entende ele que estava apenas adiando o inevitável. E nisso me perguntei: "o que é o inevitável?". Seria o buscar algo a mais na vida diante da passividade de Pádraic? Seria o esquecimento? Seria a morte? Podem ser tantas coisas, mas acho que ao decidir deixar o Pádraic e a ilha, Siobhan o fez sem causar trauma ou de forma que não tenha sido cruel com o irmão. Algo que, pra mim, faltou na atitude do Colm com o ex-amigo. Ela saiu da ilha, porque percebeu que ali, um lugar aparentemente tranquilo, simples e chato, na verdade, só tinha "desolação, cismas, solidão, rancor e a lenta passagem do tempo até a morte". E é curioso pensar que em guerras, vemos justamente isso: desolação, cismas, solidão, rancor e a lenta passagem do tempo até a morte. Havia sim uma guerra real acontecendo, mas naquela ilha afastada do conflito, cada personagem vivia seus conflitos internos...
Lá pro meio do filme, quando o Pádraic vai ao correio, a senhora fofoqueira fala da notícia de um jovem que havia se matado - se jogou no lago - e que tinha 29 anos e "nenhum problema" (na cena estava a banshee, como se essa notícia fosse até uma premonição em relação ao destino de Dominic!). Com isso, eu fiquei pensando nesse "nenhum problema", afinal não faz sentido um suicídio por problema algum. Só que é aquilo, né, é provável esse tenha sido mais um desses que engole a própria solidão e o própria depressão. E aí veio o fim o filme com o corpo do Dominic no lago. Foi simplesmente de partir o coração, pois é triste saber que o suicídio, provavelmente, foi o destino do Dominic, que era espancado e abusado pelo pai constantemente, rejeitado por boa parte da comunidade. Sabe o que é pior? O Pádraic relata o ocorrido como se fosse um acidente, só que é plenamente possível ter sido suicídio por tudo que o Dominic passava... E eu preciso falar de Barry Keoghan! E que atuação a do Barry, ein, porque ele interpretou um personagem sofrido com muita leveza, inocência e a tão mencionada simpatia.
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
4.1 321 Assista AgoraGostei bastante da fotografia, embora a câmera lenta às vezes tenha me cansado um pouco. As cores são muito vivas e a captura das emoções dos personagens ficou bem legal. É exagerado, mas é um exagero que funciona rsrs. Esse é apenas o segundo filme indiano que vejo, então não posso julgar muito, mas tive a impressão de que esse certo exagero é uma característica do cinema local.
Adorei a amizade dos dois protagonistas! A construção do vínculo dos dois e a utilização da música durante esse processo ficou boa demais. O filme, embora seja ficção, também é muito bacana para conhecer um pouco da cultura indiana (incrivelmente vasta) e para exaltar os movimentos de independência e de autodeterminação nacional.
Dei uma pesquisada sobre a sequencia musical final e foi bem legal o que descobri. Aquela bandeira que aparece no final é a versão original da bandeira indiana criada em 1906, com listras verdes, amarelas e vermelhas e vários símbolos. As pessoas exaltadas ali também são figuras proeminentes da Índia histórica, do movimento de independência e da Índia independente. Na prática, o filme é uma ode ao movimento de resistência colonial.
Sobre a disputa de melhor filme em língua estrangeira no Oscar, acho que "RRR" tá ganhando bastante força nessa reta final. Vai ficar pau a pau com "Argentina, 1985". É curioso que ambos falam sobre um domínio sanguinário, porém de formas diferentes. Enquanto "RRR" fala sobre a opressão oriunda do imperialismo (e não passou batido o fato do nosso Brasilzão estar indicado como parte do Império Britânico...), "Argentina, 1985" fala sobre a responsabilização dos militares por uma das ditaduras mais opressoras na América Latina. A disputa vai ser boa, porque ambos são ótimos filmes! Particularmente, eu ainda prefiro "Argentina, 1985", e é possível que a minha preferência esteja ligada ao fato de este ser histórico, que curto bastante, enquanto "RRR" é mais um bom épico de ação.
Edit: RRR ficou de fora da disputa pelo Oscar, o que tornou meu último parágrafo totalmente inválido rsrsrs. Mas pelo menos temos Naatu Naatu na disputa de canção original, e aqui sim há favoritismo mesmo, juro rsrs.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista Agora"Avatar: O Caminho da Água" é muito bom!
É interessante, é bonito, é bem feito (vale muito a pena ver em imax. Se vc puder, veja em imax!), te diverte, te emociona e serve como uma excelente alegoria ambientalista e em favor de povos originários. É sobre aceitação, é sobre família e é sobre a interligação entre os seres vivos, sejam eles humanos, na'vi, animais, ou o próprio ambiente.
Gostei da adição dos jovens Sullys, porque eles trouxeram aquele olhar curioso e mais destemido que a gente sabe que Jake e Neytiri não tem mais, já que estes têm um peso de responsabilidade e cuidado sobre os ombros. Conhecer o povo do Recife pelos olhos curiosos de Kiri, Lo'ak, Tonowari e Tuk foi bem bacana. Cada um do seu jeitinho é interessante, desde o mais velho que assume a responsabilidade, passando pela Kiri e sua sobrenatural ligação com Eywa, Lo'ak e sua veia mais destemida e até a caçula Tuk, que é uma fofura.
Eu me apaixonei pelos tulkun e pelo Payakan, que protagonizaram - juntamente com a morte do Tonowari - duas das cenas mais emocionantes do filme: a caça da irmã de alma da Ronal e sua filhote e o trauma do Payakan. Pra mim, ao assistir essas cenas, foi impossível não refletir sobre a ação humana aqui e hoje, que mata e destrói por pura ganância. E aqui acredito que o "eu vejo você" é primordial, pois muitas vezes fazemos atrocidades por não enxergar o outro de forma viva e verdadeira. Ou pior, e o filme deixa isso claro, às vezes enxergamos sim e mesmo assim seguimos com as atrocidades... Enfim, gostei e essa sequencia me cativou bastante, muito, muito mais que o primeiro filme.
Por fim, vou mencionar o grande problema, ao meu ver: insistir no mesmo vilão (que pelo visto ainda voltará pra mais uma sequencia...) e fazer a trama do antagonista girar em torno de uma vingança pessoal. Parece que o universo de Pandora foi expandido, mas a história nem tanto, mas isso em si não estragou a experiência pra mim. Apesar disso, eu curti bastante o filme!
Ps. Como não lembrar de Titanic na cena em que o barco está virando e afundando, a água está subindo e Neytiri e Tuk estão tentando, desesperadamente, sair dali? Bem legal a referência...
Você venceu! Você sabe que venceu, James Cameron!
Aftersun
4.1 701Embora seja sensível e com uma estética bem peculiar, eu achei um pouco chato... É um filme de detalhes e pouca coisa realmente acontece nele. A gente percebe o estado dos personagens por pequenas falas aqui e ali, um olhar, um ângulo de câmera, mas não há grandes eventos...
A melancolia tá muito presente, tanto que passei o filme inteiro pensando "ai ai, vai acontecer algo com ele, né" e "ele tem depressão ou algum transtorno psicológico, certo". Mesmo sendo um final relativamente aberto, pra mim ele realmente se suicidou pouco depois da filha voltar pra casa, o que é bastante triste.
Três cenas, pra mim, saltaram aos olhos:
(1) a cena em que a Sophie grava o pai no quarto de hotel. O foco da câmera é a TV e um pedacinho do espelho atrás durante todo o tempo, e ao mesmo tempo vemos pelo espelho a Sophie gravando o pai, a gravação do Callum na TV e seu reflexo na tela da TV. Em determinado momento vemos o próprio Callum no espelho, e os livros ao lado da TV mostram como havia ali uma busca por paz e serenidade, pois eles falavam sobre meditação, poesia e Feng shui.
(2) A cena em que a Sophie fala da própria tristeza e podemos ver a reação do Callum pelo espelho. Seu olhar de total reconhecimento dos sentimentos melancólicos que a filha fala é de partir o coração.
(3) a cena final da dança com under pressure. Que edição, tanto da cena como da música! A mistura de Sophies ali, a dança que em determinado momento parece uma luta, a multidão e depois só pai e filha... Enfim, realmente foi a última dança dos dois.
Não é um filme pra todo mundo. É aquele cinema de autor, sabe, típico de festival.
Em edit: quanto mais eu penso sobre Aftersun, mais eu gosto do filme e fico devastada por causa dele.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraFico impressionada com a capacidade de Pantera Negra apresentar vilões que eu olho e penso: "estão brigando por quê? Unam-se e dominem o mundo!" rsrsrs
A mitologia por trás de Namor e Talokan é muito bonita e bem construída. Apesar da pouca misericórdia desse povo e de seu líder em seus ataques, é difícil não simpatizar com eles. A verdade é que Wakanda e Talokan são dois dos lugares mais bem construídos em termos culturais de toda a Marvel. É tudo muito bonito de ver!
Acho que o filme é uma grande homenagem ao Chadwick e ao seu Pantera. Foi emocionante! A história tem sim a intenção de dar seguimento ao manto do Pantera, mas o foco aqui é o legado do Pantera Negra e como a ausência de T'Challa impactou sua mãe, sua irmã, sua nação e o mundo. O que se pretende é honrar uma memória e dar continuidade, e nesse quesito o filme foi muito bem. A "aura" de T'Challa está por todo o filme, que é repleto de homenagens - desde a cena inicial, passando pela abertura e culminando na melancolia da música da Rihanna e no silêncio da cena final -, mas tudo isso acontece sem perder de vista o crescimento pessoal da personagem que dará seguimento ao Pantera Negra.
Okoye muito maravilhosa no final salvando nosso colonizador favorito rsrs. Ela rindo ao vê-lo acorrentado foi tudo hahaha.
E a Nakia nomeando o filho de Toussaint em homenagem ao Toussaint L'Ouverture também foi bem bonito. T'Challazinho é simplesmente uma fofura de lindo!
Enfim, gostei bastante! Pode não ser perfeito, mas eu curti demais e me emocionei.
Esposa de Aluguel
2.8 147Achei divertido. É uma comédia romântica bem sessão da tarde. Tem um twist bem bacana no último ato, embora não tenha curtido muito a maneira de resolução do conflito final
- a parte em que ele a vê no transito por uma notícia de tv e vai lá e eles ficam juntos... achei meio aleatório...
Nosso Verão
3.3 9 Assista AgoraEu esperava um pouco mais... Acho que o núcleo de 1998 com a investigação foi um pouco desnecessário. Poderiam ter focado apenas no verão de 1958 mesmo.
O final me lembrou bastante a ideia de "Desejo e reparação", mas de forma muito menos chocante e dramático. Talvez, por essa razão, o filme não tenha sido tão impactante ou surpreendente pra mim.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraÉ um bom épico de aventura!
Tem boas cenas de ação e a história é, sim, interessante. Fico impressionada como a Viola Davis conseguiu entregar uma personagem com tanta exigência física. Ela inspira muito a liderança que sua personagem transparece. A mulher é boa, né rsrs! Além dela, ainda temos boas coadjuvantes. Amenza, uma fofa, ajuda a dar leveza para toda a dureza que Nanisca carrega. Izogie, além de demonstrar força, é super carismática e divertida. Nawi, a pupila do filme, rouba a cena. Impossível não torcer por essas agoji. E aqui temos uma distinção importante: acredito que muitos torçam pelas agoji, não pelo reino do Daomé, que, pra mim, é apenas o plano de fundo. Outra coisa muito legal de assistir são as cenas de dança e treinamento das agoji. É tudo feito com muito cuidado e beleza, assim como o figurino. Gostei demais do filme em si!
Acho que o grande trunfo do filme é dar evidencia à uma narrativa intra-África. São dois reinos africanos relacionando-se entre si, que, sim, têm relações com países extra-África, como o Brasil, mas a motivação é contar uma história africana, e isso é muito incomum para os padrões hollywoodianos. Esse é um filme comercial e que tem pessoas pretas na frente e por trás das câmeras! E isso é bacana pra caramba! Por isso é tão importante que esse filme se saia bem nas bilheterias. Não se trata, porém, de um épico-histórico, porque há importantes mudanças historiográficas. Apesar dessas mudanças, acredito que algumas das críticas com relação às mudanças são um tanto injustas, até porque Hollywood SEMPRE faz isso, e esse filme aborda, mesmo que superficialmente, alguns dos tópicos que têm gerado as críticas.
Por exemplo, na história real, o Reino do Daomé teve um relevante papel no comércio de escravos, e falam disso no filme - algumas vezes, diga-se de passagem. O filme utiliza o real ponto de ruptura entre o Daomé e o Oyó para introduzir, de forma fictícia, a personagem da Viola Davis (Nanisca é ficitícia!), que quer acabar com a tradição escravocrata do Daomé. Simplesmente criaram uma personagem e deram uma missão pessoal, cultural e política para ela. A história gira em torno dela e de suas agoji! O Daomé é apenas o plano de fundo e as agoji são uma premissa. E é evidente que a visão do filme é antirracista e antiescravista, gente! Dito isso, há uma miríade de filmes, sobretudo norte-americanos, que fazem mudanças desse tipo (algumas até mais gritantes), e não há esse tanto de crítica ou boicote, o que me leva a crer que há, no mínimo, uma falta de coerência e dois pesos e duas medidas para determinados filmes...
O Homem Ideal
3.6 71Eu gostei tanto do filme! Fui surpreendida, porque comecei a assistir sem muitas pretensões e acabou sendo bem bacana e profundo.
Pra mim, o mais interessante é ver como eu fui me apegando ao Tom e, de certa forma, torcendo por ele, à medida em que o filme avança. E aqui eu tenho que elogiar muito a atuação do Dan Stevens! É notório como o personagem evolui ao longo do filme.
Trata-se de um robô, sim, mas ele vai perdendo os traços robóticos e mecânicos ao longo do filme, tanto em jeitos como na fala. Ele passa a se mover de forma mais natural, ele fala de forma mais natural e, o mais interessante, ele se relaciona com a Alma de forma mais natural. Tudo isso enquanto conserva sua natureza artificial de máquina, porque em nenhum momento ele demonstra querer ser humano, embora tente entender certos sentimentos e sensações.
É curioso pensar em um character development de uma máquina, de uma inteligência artificial rsrs. É claro que ele foi programado para aquilo, mas se eu, espectadora, vi-me apegada, é muito compreensível entender o conflito da Alma, que também se viu apegada ao Tom, sobretudo num momento de carência. Por outro lado, o questionamento sobre a concretude daquele relacionamento é muito pertinente. Na manha seguinte à transa dos dois, quando ele "estava roncando", eu fiquei "ué, ele é robô; ele tá fingindo roncar?". É muito automático pensar nisso. Foi de partir o coração ver que a Alma estava feliz, mas insatisfeita por saber que parte do que ela viveu foi algo fabricado e solitário.
Sua avaliação final sobre a relação humanos-máquinas não deixa de ser pertinente e muito atual. Acredito que não tenhamos uma resposta correta, se isso contribui ou se nos torna preguiçosos. Acho que pode haver um pouco dos dois, mas a tendência, acredito eu, seja a preguiça e o aumento da dificuldade das pessoas com os relacionamentos interpessoais.
E sobre o final, acho que o Tom sempre foi feito, de forma inconsciente, para ser o Thomas da viagem de infância da Alma, seu primeiro amor, fantasia e desilusão amorosa. Ele foi criado para satisfazer as necessidades dela e, no fim, acabou sendo uma nova desilusão, algo agridoce, tal como a memória do Thomas de sua infância. No fim, Alma continua solitária...
Destinos Traçados
3.4 99 Assista AgoraApenas uma comédia romântica água com açúcar fofinha.
O Sócio
3.5 69 Assista AgoraO filme continua bastante atual, pois as mulheres continuam enfrentando vários desafios no mercado de trabalho, sobretudo no mundo corporativo. E outro fato é o seguinte: é difícil para a mulher, mas para a mulher negra é ainda mais difícil. E a gente vê tudo isso num filme leve e divertido.
Woopi Goldberg e Dianne Wiest têm uma química muito boa.
O Donald Trump, só que menos laranja hahahahah
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 550 Assista AgoraTomou um rumo que eu não esperava, e acho que uma ideia bem interessante acabou sendo um pouco mal aproveitada. Não é essa bomba toda que muitos estão falando, mas é um pouco longo e, de forma geral, tem vários clichês dos filmes do gênero. E o problema não é ter clichês, mas não saber aproveitá-los.
Talvez Uma História de Amor
3.2 85 Assista AgoraMateus Solano tá tão fofinho, gente.
Downton Abbey: Uma Nova Era
4.0 47Se eu tivesse que escolher uma palavra para esse filme, seria "divertido". Tirando o terceiro ato, que foi mais sério, esse filme foi um dos eventos mais engraçados e divertidos de toda Downton Abbey. Pode não ser perfeito, mas eu me diverti bastante.
Se no primeiro filme o Julian Fellowes arrumou um jeito de comemorar toda a história e tradição de Downton com a visita real, neste filme ele conseguiu inserir Downton na modernidade e no futuro com o cinema. Nessa pegada de futuro, ainda falaram de transição, com a virada do cinema mudo para o cinema falado e com a mudança de gerações. Além disso, fizeram uma metalinguagem com maestria ao usarem a mansão como locação cinematográfica. Acho que souberam muito bem brincar com essa situação real, que rendeu diálogos e situações divertidas. Como não rir dos Crawleys e dos empregados naquela situação? Não sei vocês, mas eu me acabei com Maggie Smith e Penelope Wilton, duas damas da atuação, do cinema e do teatro, usando a língua de chicote de Violet e Isabel para falar mal do cinema hahahah. Eu só sei dizer que eu passei boa parte do filme com um sorrisão no rosto.
Tivemos Mosley se descobrindo escritor, e toda a galera downstairs com figurino e fazendo figuração. Foi tudo muito divertido. Também adorei a referência que fizeram ao casamento do Jim Carter e da Imelda Staunton naquela cena da loja.
Outro aceno ao futuro foi o estabelecimento da situação da próxima geração. Georgie (e Caroline) ficará com Downton, os filhos da Edith ficarão com Hexham, o baby de Tom e Lucy herdará Brampton e Sybbie ficará com a Villa francesa. Achei isso muito legal, além de ser uma fofura da Violet pensar em deixar a Sybbie bem estabelecida assim como os primos. Ah, não me aguento, Violet coração de ouro.
Aliás, precisamos falar de Violet Crawley, essa senhorinha que aparentemente abalou corações no século XIX rsrs, desde príncipe russo a marquês francês. Eu amei que fizeram esse mini mistério e foi interessante saber mais sobre o passado dela. A conversa honesta que ela teve com a Isabel sobre o que aconteceu naquele fim de semana e aquele momento de sinceridade com o Tom foram bons demais. Ah, como é bom ver Maggie Smith em ação. Como a Violet é maravilhosa. E como vou sentir falta dessa véia! De verdade, Violet Crawley é uma das personagens mais divertidas e afiadas que já assisti. Vê-la se despedindo da Mary no último filme já foi doído. Aqui, vê-la nas últimas, se despedindo aos poucos de cada em cada cena e finalmente morrer foi de partir o coração. Novamente, ela me arrancou algumas lágrimas. Acho que foi corajoso mostrar a cena da morte. E também foi importante, já que Violet Crawley era o grande pilar daquela família. Ela merecia essa despedida digna, tanto por ter sido um momento bonito em que ela estava cercada pela família, como pelo grande evento que foi o seu funeral. Caso tenhamos outro filme, Violet fará muita falta!
E falando em falta, uma ausência bastante sentida por mim foi a do Henry. Uma pena o Matthew Goode não poder estar nesse filme, mas acho que souberam tirar um certo proveito disso. Foi divertido ver Mary se aventurando no mundo cinematográfico e sendo precursora da dublagem rsrs, mas quando deram a entender que o personagem do Hugh Darcy seria interesse amoroso da Mary, eu logo torci o nariz. Mas, felizmente, o personagem não passou disso, um mero interesse. Foi bom vê-la madura nesse aspecto. Lady Mary cresceu bastante! Além disso, não destruíram Mary e Henry e ainda fizeram um paralelo com a história da Violet. O Barber, tal como o Montmirail para a Violet (embora em proporções menores), foi alguém que despertou sentimentos na Mary, sim, mas nem por isso ela foi inconsequente ou cedeu àquilo. Aliás, se Mary tivesse traído, acredito que seria uma certa involução da personagem. Para mim, foi mais uma maneira de reafirmar o que foi dito com todas as letras, Lady Mary é a substituta natural da nossa querida Violet. A cena com ela de luto, com o broche da Violet e apreensiva sobre seguir os passos da avó com maestria, abraçando o Carson, foi bem bonita. Você está indo bem, Lady Mary… fica tranquila.
E uma coisa que não me deixou nada tranquila durante o filme foi essa história da Cora doente. Gente, eu já estava desesperada achando que iriam matar a Violet e a Cora. Mas, graças aos céus, foi um alarme falso e o Julian não destruiu nosso coração com duas mortes.
Ah, outra coisa que me deixou muito, muito, muito feliz foi Mosely e Baxter. Ah, gente, sempre achei eles uns fofos e nada de acontecerem. Ele sempre cuidando dela, apoiando-na, e ela sempre fazendo o mesmo por ele e nada esses anos todos. Agora, finalmente, eles ficaram juntos e ainda vão ter um bom dinheiro com os roteiros do Mosely. Uns amores.
Sobre a Edith, foi bacana vê-la escrevendo novamente, fechando um arco do filme anterior. Ela tem o trabalho, ela tem os filhos, ela tem o boy, ela tem dinheiro, ela tem um bom relacionamento com a Mary e ela tem o povo rsrs. Importante exaltar que Edith tá feliz, né, porque a bichinha sofreu a série inteira, mas enfim chegaram os refrescos. Aliás, achei tão bonitinho ver Edith perguntando a Mary sobre o Henry e elas conversando de boa como irmãs sobre o assunto, e na cena final da Violet foi fofo vê-las se abraçando, se consolando… depois de tanta treta entre as duas, finalmente estão num ritmo bom. Ah, como eu amo as irmãs Crawley!
Acho que as únicas coisas que não gostei: o ritmo do filme, Barrow indo embora e, por incrível que pareça, a trilha sonora. Sobre o ritmo, acho que de vez em quando ele ficava meio quebrado demais, com ritmos totalmente diferentes entre França e Reino Unido. Tive a impressão de que tentaram colocar muitas coisas na história, até pra tentar acomodar o elenco grande mas isso acabou gerando cortes bruscos e afetando a fluidez da história. Já sobre o Barrow, acho que a proposta foi ótima, mas eu não senti firmeza na atuação do Dominic West como alguém realmente interessado no Barrow. Ele me pareceu um pouco distante. Fora isso, achei bonitinho como Mary e Mrs Hughes deram apoio pra ele mesmo num mundo em que a homossexualidade ainda era crime por lá. Sobre a trilha sonora, eu amo a trilha original e sempre quando ela toca no início, eu me arrepio. Só que ao longo do filme, achei um pouco incômoda e over the top, principalmente na França.
Por fim, o filme terminou com a imagem da Violet, nossa eterna Dowager Countess of Grantham. Se no primeiro filme terminaram com os Carsons, as duas âncoras downstairs, nesse tivemos uma cena final com o quadro da Violet, a grande pilar upstairs. Achei um diálogo interessante com o filme anterior.
Termino dizendo que foi um filme tão bom quanto o primeiro, e tão divertido quanto, acredito que até mais. Pode não ter sido perfeito, mas como fã ele me satisfez bastante. Amei demais rever os habitantes de Downton.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraEsse filme foi é de uma loucura, de uma viagem, de uma genialidade! Num momento você está se perguntando "o que tá acontecendo aqui???", num outro momento você tá rindo e num momento diferente você está se emocionando.
A cena do Waymond (meu personagem favorito do filme), na realidade em que ele e Evelyn são bem-sucedidos, falando que, apesar de tudo, ele gostaria de ter lavado roupa suja e de ter pagado impostos junto com ela foi de partir o coração. Ela me pegou de uma forma! Tão linda! Tão simples!
E achei bem interessante como criaram todo um multiverso, com direito a diálogo entre pedras, pra mostrar uma história sobre a bondade e sobre o amor entre mãe e filha, entre marido e mulher, além de ser uma história de aceitação própria e da própria história. É lindo e poético demais!
Diplomacia
3.7 22 Assista AgoraO destino de uma cidade e de milhões de pessoas decidido em uma conversa! Se a gente parar pra pensar, isso acontece aos montes ainda hoje, mas isso ganha uma dimensão ainda maior quando se trata de uma guerra, que causa perdas humanas e materiais de forma mais latente e brutal.
História e diplomacia são dois assuntos que me fascinam, então esse filme é um prato cheio pra quem gosta desses temas. Já saber o final, até porque Paris tá firme e forte até hoje, não tira em nada a beleza do filme, que se passa quase que inteiramente num quarto de hotel. Os diálogos são envolventes, as atuações são boas e os personagens são carismáticos (tarefa difícil e bem realizada por Niels Arestrup, já que interpretou um oficial nazista). Aliás, é impressionante como o filme consegue transmitir certa sensação de suspense quanto à destruição de Paris, mesmo já sabendo o destino da cidade.
Gostei bastante e até me emocionei no final.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 554 Assista AgoraEu assisti esse filme com a minha irmã - que inclusive já comentou aqui com o próprio textão rsrs - e posso garantir que foi uma experiência única rsrs, porque algumas cenas ocorreram aqui em casa. E a minha mãe, que se assemelha muito a mãe da Meilin, sentou pra ver partes do filme. Diante de uma cena com uma fala idêntica (eu disse idêntica!) a uma que minha mãe já falou aqui em casa, eu não pude não segurar a risada, com ela do lado... ai, Gabi, só quem viveu sabe rsrs...
Acho que o panda vermelho pode ser uma metáfora pra várias coisas, uma delas: os sentimentos. O curioso, é que eu não vivi muito dessa liberdade do panda da Meilin. Pelo contrário, eu incorporei bastante da cobrança em cima de mim mesma transmitida pela minha mãe. Eu segurei o panda legal rsrs. Só agora, mais velha, tenho trabalhado isso, começando a deixar meu panda interior aflorar mais. E, pra mim, o filme é bacana porque mostra a necessidade de sentir e expressar todas as emoções, sem exceção.
O panda não é ruim ou bom, nem aflora com emoções "boas" ou "más". O panda aflora com todas as emoções e sentimentos.
Também foi interessante perceber como a puberdade, que acredito também ser simbolizada pelo panda, é um momento crucial na vida das meninas, podendo aproximar ou afastar mães e filhas.
Vimos como Ming e sua mãe se afastaram durante esse período; enquanto Meilin e Ming, apesar do atrito clímax do filme, incorporaram as mudanças à própria rotina no final. E isso passou pela compreensão da mãe em relação à filha. Só que a Ming só deixou de cobrar muito a filha depois que entendeu que se cobrava demais.
Enfim, é um filme bastante divertido, que tem uma perspectiva feminina bastante legal. Tem um pouco de tudo do universo feminino de uma menina de 12, 13 anos, sendo mais especial ainda por se passar nos anos 2000.
No Ritmo do Coração
4.1 752 Assista AgoraÉ vencedor do Oscar que chama??? Ele não é cult e ele pode até ser um tanto clichê, mas ele é sensível pra caramba. Acredito que tenha sido essa sensibilidade que tenha conquistado as pessoas. Ele é universal e ele toca as pessoas! Acredito que isso tenha feito o filme ganhar dos outros filmes de grande qualidade - e CODA tem qualidade também - que são apenas isso, filmes bem feitos que você termina e fala "é típico filme de Oscar e é isso aí, nada mais".
To nem aí se o povo tá reclamando ou se essa vitória será pra sempre considerada uma "zebra", só sei que estou feliz pra caramba pelo elenco e pelo filme. Meu favorito dentre os que assisti ganhou!
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraAs duas coisas que eu mais gosto em Amor, Sublime Amor são a questão cultural e a migração. Foi assim com o filme de 1961 e se repetiu com esse filme. Talvez seja por isso que eu ache Maria e Tony bastante sem sal e prefira o conflito entre os Jets e os Sharks, além de meu número favorito ser "America", que ficou bem mais grandioso nesse filme.
Falando em grandiosidade, o Spielberg caprichou, hein. O filme ficou muito bonito visualmente. Só que pra mim ele acaba sendo um pouco cansativo e chato justamente por Tony e Maria serem chatos. São justamente os coadjuvantes que roubam a cena. Anita, pra mim, é a melhor personagem do filme disparado! Eu acho a Ariana DeBose uma excelente dançarina e aqui não foi diferente. Já como atriz, eu não acho ela tão boa assim (depois da atuação dela em Prom eu fiquei meio traumatizada rsrs), mas acredito que ela ficou bem como a Anita.
Particularmente, a falta de impacto que a morte do Bernardo causa na Maria me incomodou bastante. Eu sei que é uma releitura de Romeu e Julieta, outro amor intenso e trágico, mas Tony e Maria de Elgort e Zegler não conseguiram me vender esse amor todo como DiCaprio e Danes em Romeu + Julieta. E isso, pra mim, é um problema porque se a gente não compra o romance, a gente não consegue seguir bem com todo o drama que se segue após as mortes de Rif e Bernardo. Eu só consegui pensar "mulher, tu conheceu o boy ontem, ele matou teu irmão hoje, e tu fica com o ele como se nada tivesse acontecido?". E eles tem toda uma música que aborda isso logo em seguida, mas ainda assim não consigo superar isso rsrs. E fica bem pior porque a gente tem o sofrimento da Anita como contraponto, que se intensifica ainda mais com a pesada cena na mercearia da Valentina. O curioso é que o mesmo acontece em Romeu e Julieta, mas eles vendem o romance tão bem como jovenzinhos emocionados que eu embarco no drama e mesmo sabendo que eles vão morrer eu torço pra eles não morrerem rsrs. E a título de comparação com o filmes de 1961, eu tive um pouco dessa mesma dificuldade, embora ache que o Tony e a Maria do primeiro filme tenha sido melhores em vender o amor dos dois.
Por fim, uma das coisas que curti bastante foi a escalação de um elenco com raízes no teatro musical, como Mike Faist, Ariana DeBose, David Alvarez e Brian D'Arcy James. É legal ver essa valorização, já que em vários filmes musicais contratam estrelas de cinema e esquecem como os atores do teatro são tão bons quanto e, às vezes, estão até mais preparados para papeis do tipo.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraÉ uma bagunça, não deveria existir, é ruim e tem falhas, mas eu gostei rsrs. Gostei particularmente do Neil Patrick Harris...
Keanu parece ser uma das melhores pessoas de Hollywood, mas o bichinho é ruim na atuação, tadinho. Tem uma cena do banheiro que deu muita vergonha alheia rsrs.
No Ritmo do Coração
4.1 752 Assista AgoraSó vim aqui dizer que CODA ganhou o SAG de melhor elenco, e o Troy Kotsur ganhou como melhor ator coadjuvante! E eu estou muito muito feliz que meu xodó de 2021 tá sendo reconhecido em premiações.