Segunda temporada tão boa quanto a primeira e até melhor em alguns aspectos, como a fotografia que melhorou muito e tornou o clima ainda mais charmoso e intrigante. Peter Capaldi entra pra dar um reforço e cria um personagem tão bom que me arrepio só de pensar em suas cenas. Nós simplesmente não merecemos um talento desses na TV, não somos dignos. Infelizmente a série foi cancelada, então seu final fica ligeiramente aberto, mas não o bastante para desanimar o telespectador. Ainda recomendo e muito, mesmo pq a trama da temporada em si é fechada.
Descoberta incrível, serie impecável, deliciosa de assistir... densa, charmosa, inteligente, massagem cerebral. Estimula vários sentidos, te prende do começo ao fim, te faz prestar atenção aos mínimos detalhes, tamanha a sutileza das interações e a inteligência dos diálogos. Retrato realista da época,(me parece realista, não sei pq não vivi nos anos 50) crítica social e personagens tridimensionais, pessoas reais que não podem ser descritas resumidamente com justiça. Todo mundo tem que ver.
Série que não tem medo de ser feminazi. Uma metáfora linda sobre vítimas de relacionamentos abusivos e estupro, a história mais densa já contada até agora no MCU. Destaque pra todo o elenco, todos os personagens foram importantes, bem utilizados e tiveram seu momento de brilhar. Claro que Tennant é algo a mais né... Kilgrave foi um vilão tão intenso que já me fazia mijar de medo mesmo nos primeiros episódios em que ele não aparece. Seu poder é simplesmente aterrorizante e ele pode sobrepujar até o mais poderoso dos heróis desse universo. Vilão foda tanto em conceito como em execução. Única critica que eu tenho é a insistência de calcar a série numa espécie de realismo chato. Por causa disso a Jessica jamais usa um uniforme maneiro em sua fase heroina, nem tem um codinome. A piadinha com a roupa ridicula que a Trish tenta convencê-la a usar (que é a roupa original dos quadrinhos, bem como o nome) acaba soando fora de lugar, pois no universo Marvel nenhum herói se veste de forma ridícula assim. É uma piada que funcionaria num universo tipo Kick Ass, mas não ali. Claro que são detalhezinhos que incomodam só a mim, nada disso tira o brilhantismo dessa série.
Ótima e divertida série, fotografia linda, locações espetaculares, figurinos de encher os olhos e Peter Capaldi simplesmente lacrador de cus como o Cardinal. Uma pena que ele não vai voltar pra segunda temporada. Ainda bem que eu também sou Whovian,,, a gente perde um bom vilão aqui e ganha um doutor fodástico ali. Trocas justas do universo.
O universo de Shingeki no Kyojin é fascinante. Eu quero saber mais daquele mundo, sua estrutura política, seus habitantes... sem contar que o mistério por trás dos Titãs é intrigante e te prende a cada página do mangá ou episódio do anime. Eu amo o design dos monstros, acho perturbadora a combinação de traços humanos abobalhados e aparentemente inofensivos, com a brutalidade letal com a qual dizimam a raça humana num piscar de olhos. Adoro o 3D maneuver gear, amo as sequências de vôo. Geralmente nesses shonen de ação eu sempre fico no mangá mesmo e nunca assisto o anime... nesse caso devo dizer que ambos se completam muito bem e devem ser consumidos em paralelo. O traço no mangá não é dos melhores e o anime, além de consertar isso, concede sequências de ação espetaculares, enquanto seus heróis bailam pelos céus com seu engenhoso equipamento. Minha picuinha com essa série é uma só, porém é bem grave e vale por mil: eu simplesmente não consigo me conectar com os personagens. Todo um universo bem construído de nada adianta se o lado humano não te prende. Infelizmente eu acho todo mundo muito genérico e pouco carismático, ainda que você tenha alguns que chegam quaaase lá, como Mikasa e Armin. Tirando o trio protagonista, todo o elenco é raso e intercambiável. Algo nessa trama, porém, continua me chamando de volta e eu vou continuar lendo e assistindo.
Pode dar 100000000 estrelas? Por favor? Melhor anime do ano, sim ou com certeza? Kill la Kill surpreende por muitos motivos. A princípio eu senti que poderia gostar muito dessa obra, simplesmente pelo visual e o clima que ela parecia evocar. Um pouco de exploitation, exagero, equipe de Gurren Lagaan por trás e basicamente todos os elementos que fazem a animação japonesa tão especial. Mas Kill la Kill é muito mais que isso. Você pode analisar esse desenho sob várias camadas, diferentes entrelinhas, críticas sociais e de gênero, destrinchar até não poder mais. Ou pode simplesmente curtir a diversão insana que ele traz na superfície. Uma experiência sensorial e cerebral completa, além de ser um dos títulos mais feministas que eu já vi sendo produzidos no Japão. Kill la Kill é clássico instantâneo.
Wilfred tem basicamente dois aspectos: existe o dia-a-dia normal da série, as desventuras do Ryan e do Wilfred, aquele humor negro que brinca com convenções sociais e guilty pleasures, às vezes divertido e poucas vezes bobinho, mas sempre gostoso de assistir. E tem a parte conspiratória, mindfuck e até mesmo assustadora, que lida com a natureza de Wilfred: quem de fato é esse ser? Fruto da mente do Ryan ou um alienígena, um deus, etc etc. Suposições foram muitas durante toda a série. Confesso que essa parte, ainda que muito maneira, nunca foi exatamente a minha favorita; no fim das contas, qualquer explicação pro Wilfred soaria decepcionante, já que a série não é sobre isso... a ambiguidade do personagem e o mistério de sua origem são mais interessantes do que qualquer potencial resposta... tendo então certeza de que tal resposta jamais seria dada, perder muito tempo com a busca por respostas acaba ficando aborrecido e repetitivo com o tempo... esse pra mim foi o principal problema da 3 temporada, e que na 4 foi resolvido, ainda bem. Eles dessa vez equilibraram muito melhor os dois lados da série, não mergulhando demais em nenhum deles, entregaram ótimas situações e um final intrigante, misterioso e extremamente pessimista ao mesmo tempo. Esse pessimismo, devo dizer, foi excelente, já que provou que a série foi fiel ao seu tema central até o fim. Wilfred foi uma série única em diversos aspectos e deixou um void na televisão mundial.
Divertida e nonsense, essa série consegue pegar todos os tropes de seriados infantis, deturpá-los e aplicá-los a todo tipo de crítica. Muito inteligente, edgy sem ser apelativo.
A primeira metade brinca com conceitos interessantes, mas a segunda degringola um pouco pra mim. Os stakes não são tão altos mais, a ameaça aos personagens já não soa real e toda a subtrama envolvendo a paixonite fraternal entre o protagonista e sua irmã destoa um pouco do resto da narrativa. No geral eu gostei de momentos isolados e o traço é bem bacana, embora não muito único. Achei a estrutura irregular demais, no entanto e a primeira metade foi desperdiçada: aquela trama poderia ter rendido mais.
Via no Eurochannel e meu sonho absoluto é poder ver do começo ao fim todos os eps. Não se acha legendas e mesmo os eps puros são difíceis de encontrar. Um dia eu assistirei isso completamente.
Estou revendo Alias para refrescar a memória e assistir pela primeira vez as duas temporadas finais. Claro que meus motivos não são apenas esses, burocráticos e racionais: eu estou adorando rever Alias com a minha cabeça de hoje, poder analisar de forma mais madura essa que foi uma das séries que mais me marcou e influenciou. É interessante, por exemplo, separar a memória emocional do que realmente funciona ou não durante essa primeira temporada. Plots que não funcionam tão bem assim, junto com outros que são ainda mais geniais do que eu me lembrava. O seriado não está tão datado assim e se faz mais de cinco anos que você viu, dá pra acompanhar novamente com o mesmo nível de empolgação. Jennifer Garner é genial e eu gostaria de vê-la novamente num papel tão forte como o de Sydney Bristow.
Essa série sempre foi marcada por uma elegância visual incrível, ótimos atores e um roteiro inteligente, arrebatador, que não para pra respirar e desafia sua inteligência a todo momento. Essa terceira temporada quebrou um pouco o padrão, investindo mais no desenvolvimento dos personagens centrais, seus relacionamentos e seus dramas pessoais, dando de presente pros fãs várias sequências muito divertidas (as shippers enlouquecem) e terminando com um episódio que mistura bem o estilo mindblowing de antes com a nova pegada da série. É Steven Moffat mostrando seu A-Game, introduzindo uma narrativa esperta, reviravoltas incríveis e um vilão genial. Mark Gatiss escreve sozinho o primeiro episódio, também incrível, e pela primeira vez as três mentes por trás de Sherlock (Moffat, Gatiss e Stephen Thompson) se unem num crédito compartilhado pelo divertidíssimo segundo episódio. Essa série é Tv e cinema de primeira, é corajosa em sua execução, e mexe com todos os seus sentidos. Quem não assiste está desperdiçando a vida.
Matt Smith se foi cedo demais. O 11th Doctor é o de personalidade mais complexa até o momento e os roteiristas de sua fase souberam aproveitar isso muito bem. Ele pode ser fisicamente jovem mas sua aparência exótica e a intensidade de seus olhos o tornam antigo por dentro. Essa mesma aparência, juntamente com seus maneirismos desengonçados e seu jeito bizarro e inacessível de ser o tornam distante e alienígena, sempre tentando aprender nossos costumes, entender a nossa mente. Isso faz dele um personagem ainda mais fascinante. Você nunca sabe como ele vai reagir, o que ele vai dizer. Ele pode se fascinar por algo, ou ficar muito puto e sair quebrando tudo. Ele pode ser uma criança inocente ou um destruidor de universos. O Doutor é um dos personagens mais complexos da ficção e o Matt Smith foi o cara que mais conseguiu retratar isso. Acho sua saída precipitada, portanto. Queria pelo menos mais uma temporada, com seu arco de despedida dividido entre todos os 13 episódios. Seria o mais satisfatório emocionalmente para os fãs. The Time of the Doctor foi um ótimo swansong pro 11th, eu achei surpreendente e curioso. Moffat sempre brinca com as nossas expectativas e sempre nos entrega algo ligeiramente diferente daquilo que esperávamos. Um planeta em pé de guerra, vilões se preparando pra atacar, o Doutor posicionado como um guardião supremo, fazendo daquela a sua missão final, envelhecendo nesse posto. Nunca ninguém poderia imaginar um cenário assim acontecendo logo no final. O Matt deu um show de atuação, como sempre, e pela primeira vez eu me conectei com a Clara, a vi como ser humano. Antes ela era um mistério a ser revelado. Agora sim, finalmente, ela é uma garota viajando com o Doutor. Apesar disso achei tudo muito corrido. Você precisa ter o elemento natalino, responder perguntas e ainda lidar com o problema da regeneração final. Não acho que o moffat deveria ter "respondido" tudo. O Doutor ainda é o mesmo cara, afinal, e eles poderiam ter deixado certos elementos pra depois. O novo ciclo de regenerações deveria ter acontecido de forma menos "mágica". Timelords poderiam ter aparecido, uma ou duas cenas estabelecendo como eles deram aquelas vidas extras pro Doutor. Qualquer coisa, menos um pó de fada saindo da fenda. A cena da regeneração nuclear foi ÉPICA e o discurso final do Doutor foi perfeito. Não sei muito bem como me sinto com o *soluço-CAPALDI*-thing no final, mas pelo menos foi inesperado. O especial teve muitos problemas, mas esses não são maiores que suas qualidades. Sentirei saudades do meu raggedy-doctor.
Adoro essa série, seu humor negro que define o gênero muito bem, a fotografia angustiante e as atuações certeiras. Daniel Radcliffe realmente é um puta ator, e aqui ele diverte e deprime ao mesmo tempo, encarnando essa figura patética e detestável, ainda que estranhamente carismática - casting genial por parte dos produtores, já que a figura de Dan inspira esse carisma e nos faz querer acompanhar a trama de seu personagem apesar de suas falhas morais. Jon Hamm dá o contraponto ideal, representando aquilo que todos nós sonhamos em fazer: voltar no tempo e dizer umas verdades para nossas versões mais jovens e imaturas. A única coisa ruim dessa série é ser muito curta e sua segunda temporada ter acabado num climão de series finale. Espero muito que possamos ver mais desse universo.
Temporada muito interessante. Eu estava curioso com o novo conceito de blood vs water, pensando nas novas camadas que isso poderia acrescentar ao jogo. Quando estreou a temporada, eu me assustei um pouco com a quantidade de novos twists and turns, a volta da Redemption Island e tudo me passou uma idéia de desespero por parte dos produtores. Mas até que não, essa foi uma grande temporada em vários aspectos e tudo se encaixou de forma orgânica. O elemento dos loved ones no jogo adicionou uma nova aura de mistério. Uma competição que dura 27 temporadas precisa se renovar. As regras são sempre as mesmas e é difícil inventar algo que realmente mude a dinâmica central. Eles conseguiram uma proeza aqui, pois o aspecto social do jogo teve que mudar profundamente, agora que os jogadores precisavam se preocupar com seus entes queridos, seja pro bem ou pro mal. Isso deu um novo gás pra trama. Aliado a isso, temos um ótimo cast, bons jogadores que não tiveram medo de tentar grandes moves, ainda que alguns tenham me deixado com muita raiva, tão medrosos e atrasados foram. Eu curti o final, quem ganhou mereceu, mas infelizmente foi meio óbvio, Certamente nós queremos ver alguém merecedor levar o prêmio, mas também precisamos da imprevisibilidade. É um equilíbrio difícil de alcançar em Survivor. O twist do blood vs water vai voltar, e isso já foi confirmado pelo Jeff. Agora é só curtir, pois Survivor estará conosco por muito tempo ainda.
Gostei muito de Wizard, mas sou minoria, eu acho. O Yubiwa no Mahōtsukai divide opiniões, já que muita gente ficou frustrada com certas promessas que a série não cumpriu. A trama central de Wizard não é tão intrincada assim, como a de outros Kamen Riders, e eu senti falta de alguma grande revelação lá pela metade; ok, o mistério permanece o mesmo até os últimos episódios, mas pelo menos ele é interessante. O final é grandioso e melancólico, como deve ser. Pessoal reclama muito também da temática de magia, que não é usada da forma ideal: eu até consigo concordar com essa crítica e parece que ela se confirma quando você assiste o filme de verão, que faz um trabalho bem melhor nesse sentido. Ainda assim a série tem elementos bons o bastante para passar longe da categoria de "menos favorita". O design dos heróis e vilões é ótimo. A armadura do Wizard é uma das minhas favoritas. Gosto das lutas, do estilo elegante do protagonista. Não são tão grandiosas como as de Fourze, mas são cheias de personalidade. Gosto do Haruto, apesar de considerar seu intérprete um pouco inexpressivo. Ele é um personagem sério, focado na sua missão, totalmente incorruptível e tremendamente competente no que faz. É bom um protagonista seguro de si, pra variar, já que o padrão básico de um Rider principal é ser mais tranquilão. Esse papel dessa vez coube ao rider secundário, e Beast podia ganhar uma série própria, de tão bom e completo que é. Gosto do conceito, do design e do personagem. Injetou um gás bem legal quando foi introduzido e seu arco durante a série é tão interessante quanto o de Haruto. Os personagens de apoio foram meio desperdiçados e isso é um sintoma comum a muitos Kamen Riders. 50 episódios é tempo de sobra pra desenvolver todo mundo, então acaba sendo uma questão de escolha criativa. Não entendo o motivo, mas eles acham melhor assim. A série poderia ter alcançado territórios mais grandiosos, mas o que entregou não chega a ser decepcionante. Ela tem seus méritos e deixa saudades. Hoje e sempre, It's Showtime
O começo dela é bem interessante. Eles realmente filmaram e editaram como um reality show normal, os atores agem de forma muito natural e muito cuidado foi colocado nesse aspecto. Eu já sabia que os suspenses iam ser meio bobinhos, mas é pq eu sou meio esnobe com terror, quase nada consegue me impressionar de verdade. Ainda assim eu curto muito e reconheço quando o suspense é bem construído. Os personagens são interessantes, a evolução deles e suas interações são bem construídas e chega um momento em que você percebe que realmente se importa com essas pessoas, em diferentes níveis. Desde o começo eu já sabia que a merda ia aumentar cada vez mais e que todo o projeto ia dar "errado". Em algum momento os personagens se veriam em situações cada vez mas insanas e fatais. Assim mesmo a série continuava com seu formato editado de reality show, provando que em algum momento alguém pegou e editou aquele material. Durante um tempo eu aceitei isso de boa, e até adicionava certo elemento de conspiração á trama: como se mesmo os imprevistos que ocorriam fossem de certa forma planejados e que alguém muito cruel estava montando o material final assim mesmo, como um tipo doentio de experimento social. Mas depois que eles se descobrem sozinhos no meio do nada, sem o apoio da produção e de mais ninguém, a presença das câmeras perde totalmente o sentido. Eles estão famintos e morrendo, com medo e fugindo, e ainda assim os câmeras filmam tudo? Não faz sentido, pois a equipe de filmagem também está abandonada, também era pra estar com frio e com fome e mandando tudo às favas; ainda que estivessem seguindo ordens estritas, eles não poderiam ter nenhum tipo de comida ou manutenção secreta, pois os demais personagens perceberiam e exigiriam uma parte. Tudo fica ainda mais nonsense quando eles são capturados, por exemplo, e as câmeras não são desligadas pelos inimigos, coisa que seria primordial na vida real. Esse é, pra mim, o erro fatal de todos esses falsos documentários que tanto estão na moda hoje em dia: as desculpas que usam pra filmagem acontecer nunca fazem sentido, e eles acabam arruinando totalmente o senso de realidade ampliada que tentam alcançar. A série descamba do meio pro final, não só por conta disso, mas também pelos mistérios que são repetitivos e não muito interessantes. O último episódio eu vi mais por obrigação e achei um absurdo a série terminar em aberto. Como diabos eles planejavam continuar daquele jeito? É frustrante que quase nenhum personagem morra e tudo termina de forma emocionalmente insatisfatória.
Geralmente eu não curto lobisomens que são apenas lobos normais, prefiro as misturebas humanóides clássicas, Atualmente a mídia adora retratar os lobisomens como cachorrinhos e nesse caso de Wolfblood eu entendo e perdôo. Primeiro pq eles não são lobisomens, são wolfbloods e segundo pq seria muito chocante pras crianças se fossem criaturas horrendas. Sem falar do orçamento. Os lobos digitais aqui até são muito bem realizados, e aparecem pontualmente na trama, sempre usados de forma sábia. Wolfblood lembra muito um filme indie. É tranquilo, aconchegante, focado nos personagens e toda a parte sobrenatural apenas adiciona uma camada de mistério e intriga aos dramas da pré-adolescência. Tudo o que Maddie enfrenta enquanto wolfblood é uma metáfora para a puberdade de forma geral, só que sem ser didático e chato. Tudo é muito sutil e divertido. Os personagem, vale ressaltar, são bem definidos e tridimensionais. Maddie tem todas as incertezas de uma garota adolescente e algumas vezes pode ser irritante. A série retrata todas as suas fases sem medo.
A série continua aqui a fazer tudo de bom que já tinha feito antes, só que com vários temperinhos a mais. Se na primeira série eles investiam pesado na paródia a filmes e séries policiais, aqui eles começam a desenvolver um universo mais próprio, por assim dizer. Ainda é uma grande paródia, mas as piadas começam a ser mais internas e a série confia mais no taco de seus personagens principais. Não é tão repleta de momentos criativos como a primeira, que deve ter esgotado brilhantemente os clichês, mas ainda é extremamente inteligente, cortante e divertida. Ansioso pelo terceiro ano, que nos dará Karen Gillan como estrela convidada.
Uchōten Kazoku é um anime muito peculiar. Serve pra você se sentir bem instantaneamente ao começar um episódio, ideal pra quando bate aquela depressão. Isso é estranho, já que nem sempre o mood aqui é dos mais agradáveis. Os pobres tanukis sofrem pacas e a série tem muitos elementos sombrios. É tudo fantástico e fascinante, desde os elementos narrativos até os visuais. A animação é bonita, o traço é estiloso e único e os backgrounds são muito detalhados. A série possui uma dinâmica muito interessante com relação a seus "heróis" e "vilões". Ela brinca o tempo todo com sua percepção de certo e errado e apresenta personagens e situações que vivem nas áreas cinza da moralidade. O tempo todo você se pega sentindo ternura por personagens que deveria odiar, rindo de falas que deveriam provocar espanto, etc etc. Todos os clichês são jogados fora em algumas relações e isso torna tudo imprevisível e delicioso. Então esse anime é uma boa pedida pra quem quer ver animação de qualidade, se divertir muito e ainda ficar com material pra refletir muito tempo depois.
O sistema de Writer's Room americano é antigo, interessante e só agora tem ganhado grande interesse por parte do público. A figura do Showrunner virou um rockstar. Eles são entrevistados, participam de convenções, recebem cartas de amor e ameaças de morte. Já era hora de um programa dedicado a esses caras, já que nosso acesso a eles é super limitado. Gostei muito do tom do programa, adorei que é apresentado pelo grande Jim Rash e queria muito que tivesse mais do que seus 22 curtos minutos. Muitos papos ali são cruelmente abreviados na sala de edição.
Primeira temporada que assisto, sempre tive certo preconceito mas me arrependi. O programa é muito interessante, eu adoro arte e conhecemos muitas personalidades maneiras e muitos trabalhos marcantes. Gostei dos participantes, dos dramas, dos desafios, dos designs e adorei o final, foi satisfatório. Acompanharei daqui pra frente.
Another é cinematograficamente belo, possui umas soluções visuais muito criativas que deveriam ser seguidas por qualquer cineasta que vá tentar contar uma história de suspense. Anime em geral costuma ser assim. Infelizmente eu tenho mixed feelings com relação ao roteiro. A trama em si é criativa, mas acho que poderia ter sido melhor executada. Todos os mistérios poderiam ser resolvidos desde o primeiro episódio, bastando apenas que o protagonista se comportasse como uma pessoa normal e sentasse pra conversar. Além de ser muito genérico, ele é extremamente passivo, o que acaba criando uma desconexão emocional muito grande entre ele e o telespectador. Eu não senti a credibilidade daquele universo e assim sendo, todo o suspense acabou prejudicado. Muito expositivo em seus diálogos, e meio indeciso com relação ao tom que quer dar a sua história, esse anime tem muitos altos e baixos no decorrer de seus episódios. Felizmente os visuais impactantes, a trilha sonora vibrante, as mortes chocantes e o criativo plot twist final compensam pelo às vezes incoerente roteiro. Fiquei curioso pra ler o livro original, e terminar o mangá correspondente.
Lisa Kudrow é muito carismática, tanto que consegue criar um tipo totalmente sem moral e ética e ainda assim fazer com que acompanhemos sua história. A série mantem as mesmas coisas que tornam boas as temporadas anteriores: elenco de apoio forte, a coisa toda do improviso, o talento afiado da protagonista. Eu gostaria que rolasse mais tramas envolvendo as sessões de terapia em si, do que as storylines pessoais da psicóloga, mas tudo é tão divertido que você relaxa. Ótima premissa e ótima execução.
The Hour (2ª Temporada)
4.5 14Segunda temporada tão boa quanto a primeira e até melhor em alguns aspectos, como a fotografia que melhorou muito e tornou o clima ainda mais charmoso e intrigante. Peter Capaldi entra pra dar um reforço e cria um personagem tão bom que me arrepio só de pensar em suas cenas. Nós simplesmente não merecemos um talento desses na TV, não somos dignos. Infelizmente a série foi cancelada, então seu final fica ligeiramente aberto, mas não o bastante para desanimar o telespectador. Ainda recomendo e muito, mesmo pq a trama da temporada em si é fechada.
The Hour (1ª Temporada)
4.3 11Descoberta incrível, serie impecável, deliciosa de assistir... densa, charmosa, inteligente, massagem cerebral. Estimula vários sentidos, te prende do começo ao fim, te faz prestar atenção aos mínimos detalhes, tamanha a sutileza das interações e a inteligência dos diálogos. Retrato realista da época,(me parece realista, não sei pq não vivi nos anos 50) crítica social e personagens tridimensionais, pessoas reais que não podem ser descritas resumidamente com justiça. Todo mundo tem que ver.
Jessica Jones (1ª Temporada)
4.1 1,1K Assista AgoraSérie que não tem medo de ser feminazi. Uma metáfora linda sobre vítimas de relacionamentos abusivos e estupro, a história mais densa já contada até agora no MCU. Destaque pra todo o elenco, todos os personagens foram importantes, bem utilizados e tiveram seu momento de brilhar. Claro que Tennant é algo a mais né... Kilgrave foi um vilão tão intenso que já me fazia mijar de medo mesmo nos primeiros episódios em que ele não aparece. Seu poder é simplesmente aterrorizante e ele pode sobrepujar até o mais poderoso dos heróis desse universo. Vilão foda tanto em conceito como em execução.
Única critica que eu tenho é a insistência de calcar a série numa espécie de realismo chato. Por causa disso a Jessica jamais usa um uniforme maneiro em sua fase heroina, nem tem um codinome. A piadinha com a roupa ridicula que a Trish tenta convencê-la a usar (que é a roupa original dos quadrinhos, bem como o nome) acaba soando fora de lugar, pois no universo Marvel nenhum herói se veste de forma ridícula assim. É uma piada que funcionaria num universo tipo Kick Ass, mas não ali.
Claro que são detalhezinhos que incomodam só a mim, nada disso tira o brilhantismo dessa série.
Os Mosqueteiros (1ª Temporada)
4.2 46Ótima e divertida série, fotografia linda, locações espetaculares, figurinos de encher os olhos e Peter Capaldi simplesmente lacrador de cus como o Cardinal. Uma pena que ele não vai voltar pra segunda temporada. Ainda bem que eu também sou Whovian,,, a gente perde um bom vilão aqui e ganha um doutor fodástico ali. Trocas justas do universo.
Ataque dos Titãs (1ª Temporada)
4.5 416 Assista AgoraO universo de Shingeki no Kyojin é fascinante. Eu quero saber mais daquele mundo, sua estrutura política, seus habitantes... sem contar que o mistério por trás dos Titãs é intrigante e te prende a cada página do mangá ou episódio do anime. Eu amo o design dos monstros, acho perturbadora a combinação de traços humanos abobalhados e aparentemente inofensivos, com a brutalidade letal com a qual dizimam a raça humana num piscar de olhos. Adoro o 3D maneuver gear, amo as sequências de vôo. Geralmente nesses shonen de ação eu sempre fico no mangá mesmo e nunca assisto o anime... nesse caso devo dizer que ambos se completam muito bem e devem ser consumidos em paralelo. O traço no mangá não é dos melhores e o anime, além de consertar isso, concede sequências de ação espetaculares, enquanto seus heróis bailam pelos céus com seu engenhoso equipamento.
Minha picuinha com essa série é uma só, porém é bem grave e vale por mil: eu simplesmente não consigo me conectar com os personagens. Todo um universo bem construído de nada adianta se o lado humano não te prende. Infelizmente eu acho todo mundo muito genérico e pouco carismático, ainda que você tenha alguns que chegam quaaase lá, como Mikasa e Armin. Tirando o trio protagonista, todo o elenco é raso e intercambiável.
Algo nessa trama, porém, continua me chamando de volta e eu vou continuar lendo e assistindo.
Kill La Kill
4.1 67Pode dar 100000000 estrelas? Por favor? Melhor anime do ano, sim ou com certeza? Kill la Kill surpreende por muitos motivos. A princípio eu senti que poderia gostar muito dessa obra, simplesmente pelo visual e o clima que ela parecia evocar. Um pouco de exploitation, exagero, equipe de Gurren Lagaan por trás e basicamente todos os elementos que fazem a animação japonesa tão especial.
Mas Kill la Kill é muito mais que isso. Você pode analisar esse desenho sob várias camadas, diferentes entrelinhas, críticas sociais e de gênero, destrinchar até não poder mais. Ou pode simplesmente curtir a diversão insana que ele traz na superfície. Uma experiência sensorial e cerebral completa, além de ser um dos títulos mais feministas que eu já vi sendo produzidos no Japão.
Kill la Kill é clássico instantâneo.
Wilfred (4ª Temporada)
4.1 39Wilfred tem basicamente dois aspectos: existe o dia-a-dia normal da série, as desventuras do Ryan e do Wilfred, aquele humor negro que brinca com convenções sociais e guilty pleasures, às vezes divertido e poucas vezes bobinho, mas sempre gostoso de assistir. E tem a parte conspiratória, mindfuck e até mesmo assustadora, que lida com a natureza de Wilfred: quem de fato é esse ser? Fruto da mente do Ryan ou um alienígena, um deus, etc etc. Suposições foram muitas durante toda a série.
Confesso que essa parte, ainda que muito maneira, nunca foi exatamente a minha favorita; no fim das contas, qualquer explicação pro Wilfred soaria decepcionante, já que a série não é sobre isso... a ambiguidade do personagem e o mistério de sua origem são mais interessantes do que qualquer potencial resposta... tendo então certeza de que tal resposta jamais seria dada, perder muito tempo com a busca por respostas acaba ficando aborrecido e repetitivo com o tempo... esse pra mim foi o principal problema da 3 temporada, e que na 4 foi resolvido, ainda bem. Eles dessa vez equilibraram muito melhor os dois lados da série, não mergulhando demais em nenhum deles, entregaram ótimas situações e um final intrigante, misterioso e extremamente pessimista ao mesmo tempo. Esse pessimismo, devo dizer, foi excelente, já que provou que a série foi fiel ao seu tema central até o fim.
Wilfred foi uma série única em diversos aspectos e deixou um void na televisão mundial.
Wonder Showzen
4.5 1Divertida e nonsense, essa série consegue pegar todos os tropes de seriados infantis, deturpá-los e aplicá-los a todo tipo de crítica. Muito inteligente, edgy sem ser apelativo.
Sword Art Online (1ª Temporada)
4.0 165A primeira metade brinca com conceitos interessantes, mas a segunda degringola um pouco pra mim. Os stakes não são tão altos mais, a ameaça aos personagens já não soa real e toda a subtrama envolvendo a paixonite fraternal entre o protagonista e sua irmã destoa um pouco do resto da narrativa.
No geral eu gostei de momentos isolados e o traço é bem bacana, embora não muito único. Achei a estrutura irregular demais, no entanto e a primeira metade foi desperdiçada: aquela trama poderia ter rendido mais.
Saint-Tropez
4.2 1Via no Eurochannel e meu sonho absoluto é poder ver do começo ao fim todos os eps. Não se acha legendas e mesmo os eps puros são difíceis de encontrar. Um dia eu assistirei isso completamente.
Alias: Codinome Perigo (1ª Temporada)
4.2 84Estou revendo Alias para refrescar a memória e assistir pela primeira vez as duas temporadas finais. Claro que meus motivos não são apenas esses, burocráticos e racionais: eu estou adorando rever Alias com a minha cabeça de hoje, poder analisar de forma mais madura essa que foi uma das séries que mais me marcou e influenciou. É interessante, por exemplo, separar a memória emocional do que realmente funciona ou não durante essa primeira temporada. Plots que não funcionam tão bem assim, junto com outros que são ainda mais geniais do que eu me lembrava. O seriado não está tão datado assim e se faz mais de cinco anos que você viu, dá pra acompanhar novamente com o mesmo nível de empolgação.
Jennifer Garner é genial e eu gostaria de vê-la novamente num papel tão forte como o de Sydney Bristow.
Sherlock (3ª Temporada)
4.6 634 Assista AgoraEssa série sempre foi marcada por uma elegância visual incrível, ótimos atores e um roteiro inteligente, arrebatador, que não para pra respirar e desafia sua inteligência a todo momento. Essa terceira temporada quebrou um pouco o padrão, investindo mais no desenvolvimento dos personagens centrais, seus relacionamentos e seus dramas pessoais, dando de presente pros fãs várias sequências muito divertidas (as shippers enlouquecem) e terminando com um episódio que mistura bem o estilo mindblowing de antes com a nova pegada da série. É Steven Moffat mostrando seu A-Game, introduzindo uma narrativa esperta, reviravoltas incríveis e um vilão genial. Mark Gatiss escreve sozinho o primeiro episódio, também incrível, e pela primeira vez as três mentes por trás de Sherlock (Moffat, Gatiss e Stephen Thompson) se unem num crédito compartilhado pelo divertidíssimo segundo episódio.
Essa série é Tv e cinema de primeira, é corajosa em sua execução, e mexe com todos os seus sentidos. Quem não assiste está desperdiçando a vida.
Doctor Who (7ª Temporada)
4.5 307Matt Smith se foi cedo demais. O 11th Doctor é o de personalidade mais complexa até o momento e os roteiristas de sua fase souberam aproveitar isso muito bem. Ele pode ser fisicamente jovem mas sua aparência exótica e a intensidade de seus olhos o tornam antigo por dentro. Essa mesma aparência, juntamente com seus maneirismos desengonçados e seu jeito bizarro e inacessível de ser o tornam distante e alienígena, sempre tentando aprender nossos costumes, entender a nossa mente. Isso faz dele um personagem ainda mais fascinante. Você nunca sabe como ele vai reagir, o que ele vai dizer. Ele pode se fascinar por algo, ou ficar muito puto e sair quebrando tudo. Ele pode ser uma criança inocente ou um destruidor de universos. O Doutor é um dos personagens mais complexos da ficção e o Matt Smith foi o cara que mais conseguiu retratar isso. Acho sua saída precipitada, portanto. Queria pelo menos mais uma temporada, com seu arco de despedida dividido entre todos os 13 episódios. Seria o mais satisfatório emocionalmente para os fãs.
The Time of the Doctor foi um ótimo swansong pro 11th, eu achei surpreendente e curioso. Moffat sempre brinca com as nossas expectativas e sempre nos entrega algo ligeiramente diferente daquilo que esperávamos. Um planeta em pé de guerra, vilões se preparando pra atacar, o Doutor posicionado como um guardião supremo, fazendo daquela a sua missão final, envelhecendo nesse posto. Nunca ninguém poderia imaginar um cenário assim acontecendo logo no final. O Matt deu um show de atuação, como sempre, e pela primeira vez eu me conectei com a Clara, a vi como ser humano. Antes ela era um mistério a ser revelado. Agora sim, finalmente, ela é uma garota viajando com o Doutor.
Apesar disso achei tudo muito corrido. Você precisa ter o elemento natalino, responder perguntas e ainda lidar com o problema da regeneração final. Não acho que o moffat deveria ter "respondido" tudo. O Doutor ainda é o mesmo cara, afinal, e eles poderiam ter deixado certos elementos pra depois. O novo ciclo de regenerações deveria ter acontecido de forma menos "mágica". Timelords poderiam ter aparecido, uma ou duas cenas estabelecendo como eles deram aquelas vidas extras pro Doutor. Qualquer coisa, menos um pó de fada saindo da fenda.
A cena da regeneração nuclear foi ÉPICA e o discurso final do Doutor foi perfeito. Não sei muito bem como me sinto com o *soluço-CAPALDI*-thing no final, mas pelo menos foi inesperado. O especial teve muitos problemas, mas esses não são maiores que suas qualidades. Sentirei saudades do meu raggedy-doctor.
Diário de um Jovem Médico (2ª Temporada)
3.9 42Adoro essa série, seu humor negro que define o gênero muito bem, a fotografia angustiante e as atuações certeiras. Daniel Radcliffe realmente é um puta ator, e aqui ele diverte e deprime ao mesmo tempo, encarnando essa figura patética e detestável, ainda que estranhamente carismática - casting genial por parte dos produtores, já que a figura de Dan inspira esse carisma e nos faz querer acompanhar a trama de seu personagem apesar de suas falhas morais. Jon Hamm dá o contraponto ideal, representando aquilo que todos nós sonhamos em fazer: voltar no tempo e dizer umas verdades para nossas versões mais jovens e imaturas.
A única coisa ruim dessa série é ser muito curta e sua segunda temporada ter acabado num climão de series finale. Espero muito que possamos ver mais desse universo.
Survivor: Blood Vs. Water (27ª Temporada)
4.2 19Temporada muito interessante. Eu estava curioso com o novo conceito de blood vs water, pensando nas novas camadas que isso poderia acrescentar ao jogo. Quando estreou a temporada, eu me assustei um pouco com a quantidade de novos twists and turns, a volta da Redemption Island e tudo me passou uma idéia de desespero por parte dos produtores. Mas até que não, essa foi uma grande temporada em vários aspectos e tudo se encaixou de forma orgânica.
O elemento dos loved ones no jogo adicionou uma nova aura de mistério. Uma competição que dura 27 temporadas precisa se renovar. As regras são sempre as mesmas e é difícil inventar algo que realmente mude a dinâmica central. Eles conseguiram uma proeza aqui, pois o aspecto social do jogo teve que mudar profundamente, agora que os jogadores precisavam se preocupar com seus entes queridos, seja pro bem ou pro mal. Isso deu um novo gás pra trama. Aliado a isso, temos um ótimo cast, bons jogadores que não tiveram medo de tentar grandes moves, ainda que alguns tenham me deixado com muita raiva, tão medrosos e atrasados foram.
Eu curti o final, quem ganhou mereceu, mas infelizmente foi meio óbvio, Certamente nós queremos ver alguém merecedor levar o prêmio, mas também precisamos da imprevisibilidade. É um equilíbrio difícil de alcançar em Survivor.
O twist do blood vs water vai voltar, e isso já foi confirmado pelo Jeff. Agora é só curtir, pois Survivor estará conosco por muito tempo ainda.
Kamen Rider Wizard
3.5 5Gostei muito de Wizard, mas sou minoria, eu acho. O Yubiwa no Mahōtsukai divide opiniões, já que muita gente ficou frustrada com certas promessas que a série não cumpriu. A trama central de Wizard não é tão intrincada assim, como a de outros Kamen Riders, e eu senti falta de alguma grande revelação lá pela metade; ok, o mistério permanece o mesmo até os últimos episódios, mas pelo menos ele é interessante. O final é grandioso e melancólico, como deve ser.
Pessoal reclama muito também da temática de magia, que não é usada da forma ideal: eu até consigo concordar com essa crítica e parece que ela se confirma quando você assiste o filme de verão, que faz um trabalho bem melhor nesse sentido. Ainda assim a série tem elementos bons o bastante para passar longe da categoria de "menos favorita".
O design dos heróis e vilões é ótimo. A armadura do Wizard é uma das minhas favoritas. Gosto das lutas, do estilo elegante do protagonista. Não são tão grandiosas como as de Fourze, mas são cheias de personalidade. Gosto do Haruto, apesar de considerar seu intérprete um pouco inexpressivo. Ele é um personagem sério, focado na sua missão, totalmente incorruptível e tremendamente competente no que faz. É bom um protagonista seguro de si, pra variar, já que o padrão básico de um Rider principal é ser mais tranquilão. Esse papel dessa vez coube ao rider secundário, e Beast podia ganhar uma série própria, de tão bom e completo que é. Gosto do conceito, do design e do personagem. Injetou um gás bem legal quando foi introduzido e seu arco durante a série é tão interessante quanto o de Haruto.
Os personagens de apoio foram meio desperdiçados e isso é um sintoma comum a muitos Kamen Riders. 50 episódios é tempo de sobra pra desenvolver todo mundo, então acaba sendo uma questão de escolha criativa. Não entendo o motivo, mas eles acham melhor assim.
A série poderia ter alcançado territórios mais grandiosos, mas o que entregou não chega a ser decepcionante. Ela tem seus méritos e deixa saudades. Hoje e sempre, It's Showtime
Siberia (1ª Temporada)
3.5 36O começo dela é bem interessante. Eles realmente filmaram e editaram como um reality show normal, os atores agem de forma muito natural e muito cuidado foi colocado nesse aspecto. Eu já sabia que os suspenses iam ser meio bobinhos, mas é pq eu sou meio esnobe com terror, quase nada consegue me impressionar de verdade. Ainda assim eu curto muito e reconheço quando o suspense é bem construído. Os personagens são interessantes, a evolução deles e suas interações são bem construídas e chega um momento em que você percebe que realmente se importa com essas pessoas, em diferentes níveis.
Desde o começo eu já sabia que a merda ia aumentar cada vez mais e que todo o projeto ia dar "errado". Em algum momento os personagens se veriam em situações cada vez mas insanas e fatais. Assim mesmo a série continuava com seu formato editado de reality show, provando que em algum momento alguém pegou e editou aquele material. Durante um tempo eu aceitei isso de boa, e até adicionava certo elemento de conspiração á trama: como se mesmo os imprevistos que ocorriam fossem de certa forma planejados e que alguém muito cruel estava montando o material final assim mesmo, como um tipo doentio de experimento social. Mas depois que eles se descobrem sozinhos no meio do nada, sem o apoio da produção e de mais ninguém, a presença das câmeras perde totalmente o sentido. Eles estão famintos e morrendo, com medo e fugindo, e ainda assim os câmeras filmam tudo? Não faz sentido, pois a equipe de filmagem também está abandonada, também era pra estar com frio e com fome e mandando tudo às favas; ainda que estivessem seguindo ordens estritas, eles não poderiam ter nenhum tipo de comida ou manutenção secreta, pois os demais personagens perceberiam e exigiriam uma parte. Tudo fica ainda mais nonsense quando eles são capturados, por exemplo, e as câmeras não são desligadas pelos inimigos, coisa que seria primordial na vida real. Esse é, pra mim, o erro fatal de todos esses falsos documentários que tanto estão na moda hoje em dia: as desculpas que usam pra filmagem acontecer nunca fazem sentido, e eles acabam arruinando totalmente o senso de realidade ampliada que tentam alcançar.
A série descamba do meio pro final, não só por conta disso, mas também pelos mistérios que são repetitivos e não muito interessantes. O último episódio eu vi mais por obrigação e achei um absurdo a série terminar em aberto. Como diabos eles planejavam continuar daquele jeito? É frustrante que quase nenhum personagem morra e tudo termina de forma emocionalmente insatisfatória.
Wolfblood (1ª Temporada)
3.7 6 Assista AgoraGeralmente eu não curto lobisomens que são apenas lobos normais, prefiro as misturebas humanóides clássicas, Atualmente a mídia adora retratar os lobisomens como cachorrinhos e nesse caso de Wolfblood eu entendo e perdôo. Primeiro pq eles não são lobisomens, são wolfbloods e segundo pq seria muito chocante pras crianças se fossem criaturas horrendas. Sem falar do orçamento. Os lobos digitais aqui até são muito bem realizados, e aparecem pontualmente na trama, sempre usados de forma sábia.
Wolfblood lembra muito um filme indie. É tranquilo, aconchegante, focado nos personagens e toda a parte sobrenatural apenas adiciona uma camada de mistério e intriga aos dramas da pré-adolescência. Tudo o que Maddie enfrenta enquanto wolfblood é uma metáfora para a puberdade de forma geral, só que sem ser didático e chato. Tudo é muito sutil e divertido.
Os personagem, vale ressaltar, são bem definidos e tridimensionais. Maddie tem todas as incertezas de uma garota adolescente e algumas vezes pode ser irritante. A série retrata todas as suas fases sem medo.
A Touch of Cloth (2ª Temporada)
3.5 1A série continua aqui a fazer tudo de bom que já tinha feito antes, só que com vários temperinhos a mais. Se na primeira série eles investiam pesado na paródia a filmes e séries policiais, aqui eles começam a desenvolver um universo mais próprio, por assim dizer. Ainda é uma grande paródia, mas as piadas começam a ser mais internas e a série confia mais no taco de seus personagens principais. Não é tão repleta de momentos criativos como a primeira, que deve ter esgotado brilhantemente os clichês, mas ainda é extremamente inteligente, cortante e divertida. Ansioso pelo terceiro ano, que nos dará Karen Gillan como estrela convidada.
Uchouten Kazoku
4.0 2Uchōten Kazoku é um anime muito peculiar. Serve pra você se sentir bem instantaneamente ao começar um episódio, ideal pra quando bate aquela depressão. Isso é estranho, já que nem sempre o mood aqui é dos mais agradáveis. Os pobres tanukis sofrem pacas e a série tem muitos elementos sombrios. É tudo fantástico e fascinante, desde os elementos narrativos até os visuais. A animação é bonita, o traço é estiloso e único e os backgrounds são muito detalhados.
A série possui uma dinâmica muito interessante com relação a seus "heróis" e "vilões". Ela brinca o tempo todo com sua percepção de certo e errado e apresenta personagens e situações que vivem nas áreas cinza da moralidade. O tempo todo você se pega sentindo ternura por personagens que deveria odiar, rindo de falas que deveriam provocar espanto, etc etc. Todos os clichês são jogados fora em algumas relações e isso torna tudo imprevisível e delicioso. Então esse anime é uma boa pedida pra quem quer ver animação de qualidade, se divertir muito e ainda ficar com material pra refletir muito tempo depois.
A Sala dos Roteiristas (1ª Temporada)
4.1 7O sistema de Writer's Room americano é antigo, interessante e só agora tem ganhado grande interesse por parte do público. A figura do Showrunner virou um rockstar. Eles são entrevistados, participam de convenções, recebem cartas de amor e ameaças de morte. Já era hora de um programa dedicado a esses caras, já que nosso acesso a eles é super limitado. Gostei muito do tom do programa, adorei que é apresentado pelo grande Jim Rash e queria muito que tivesse mais do que seus 22 curtos minutos. Muitos papos ali são cruelmente abreviados na sala de edição.
Project Runway (12ª Temporada)
4.1 7Primeira temporada que assisto, sempre tive certo preconceito mas me arrependi. O programa é muito interessante, eu adoro arte e conhecemos muitas personalidades maneiras e muitos trabalhos marcantes. Gostei dos participantes, dos dramas, dos desafios, dos designs e adorei o final, foi satisfatório. Acompanharei daqui pra frente.
Another
4.1 222 Assista AgoraAnother é cinematograficamente belo, possui umas soluções visuais muito criativas que deveriam ser seguidas por qualquer cineasta que vá tentar contar uma história de suspense. Anime em geral costuma ser assim. Infelizmente eu tenho mixed feelings com relação ao roteiro.
A trama em si é criativa, mas acho que poderia ter sido melhor executada. Todos os mistérios poderiam ser resolvidos desde o primeiro episódio, bastando apenas que o protagonista se comportasse como uma pessoa normal e sentasse pra conversar. Além de ser muito genérico, ele é extremamente passivo, o que acaba criando uma desconexão emocional muito grande entre ele e o telespectador. Eu não senti a credibilidade daquele universo e assim sendo, todo o suspense acabou prejudicado.
Muito expositivo em seus diálogos, e meio indeciso com relação ao tom que quer dar a sua história, esse anime tem muitos altos e baixos no decorrer de seus episódios. Felizmente os visuais impactantes, a trilha sonora vibrante, as mortes chocantes e o criativo plot twist final compensam pelo às vezes incoerente roteiro. Fiquei curioso pra ler o livro original, e terminar o mangá correspondente.
Web Therapy (2ª Temporada)
3.8 6Lisa Kudrow é muito carismática, tanto que consegue criar um tipo totalmente sem moral e ética e ainda assim fazer com que acompanhemos sua história. A série mantem as mesmas coisas que tornam boas as temporadas anteriores: elenco de apoio forte, a coisa toda do improviso, o talento afiado da protagonista. Eu gostaria que rolasse mais tramas envolvendo as sessões de terapia em si, do que as storylines pessoais da psicóloga, mas tudo é tão divertido que você relaxa. Ótima premissa e ótima execução.