Não costumo assistir filmes de ação, mas me senti na obrigação de assistir a Mad Max: Estrada da Fúria, pelas indicações ao Oscar e pela personagem da Charlize Theron, que gerou tantos bons comentários na época que o filme foi lançado. E não me arrependi, achei o filme incrível, mal consegui respirar durante as cenas, o filme é realmente de tirar o fôlego.
O filme possui muitos elementos interessantes, imaginar como seria se o mundo fosse destruído e como os sobreviventes lidariam com um futuro apocalíptico faz nossa mente entrar em colapso. A tirania imposta por Immortan Joe é de dar raiva, fazendo com que as pessoas passem fome e sede e por isso o sirvam, para ganhar migalhas do vilão. O mais interessante pra mim foi a força feminina representada por Furiosa, que decide se rebelar e desafiar Immortan Joe, fugindo e levando consigo as "reprodutoras", mulheres que ele prendia e obrigava a terem filhos seus, como se fossem suas escravas sexuais. Furiosa foi responsável para que elas tivessem esperança de um futuro melhor e longe do vilão, e para que ela mesma pudesse ter redenção.
Filme incrível e que merece todas as indicações que teve ao Oscar.
Assisti esse filme despretensiosamente, sem muitas expectativas, e até que consegui dar algumas risadas, é um filme leve e divertido, bom para passar o tempo.
Mostra um pouco sobre como os homens lidam com relacionamentos e dá uma amostra de como é o universo masculino nessa questão. Gostei muito da Ellie desde o início, ela é uma personagem cativante e de certa forma conseguiu mudar o Jason, fez com que ele se tornasse uma pessoa melhor a partir dos sentimentos que ele nutre por ela. Achei o Daniel insuportável, nem as piadas que envolviam o personagem me fizeram rir, tamanha a birra que peguei com ele. Já o Mikey achei ingênuo demais, entendi que ele agia de forma a tentar salvar seu casamento, mas estava claro que Vera não se interessava e ele acabava fazendo papel de bobo na história. Mas é interessante que o filme tenta mostrar os dois lados, tanto de ser solteiro quanto de ter um namoro sério. Às vezes pode ser divertido curtir a vida e sair com várias pessoas, mas também é bom poder encontrar uma pessoa bacana para compartilhar a vida e não ter necessidade de estar com outros.
Vale a pena assistir pelas risadas que o filme proporciona e o final é uma graça.
No início, tive um pouco de dificuldade para compreender o filme, por causa das cenas de passado/presente/futuro sendo intercaladas, mas a partir do momento em que consegui acompanhar a história, fiquei encantada. Muitas cenas acabaram sendo previsíveis, mas isso é apenas um detalhe perto da beleza da trama.
Tanto Jay quanto Natasha resolveram se casar por interesse econômico, e eles poderiam ter agido apenas por ambição para alcançar seus objetivos, mas o amor entre eles acabou sendo mais forte. Seria simples não fosse o fato deles estarem envolvidos com uma família poderosa que colocaria a vida deles em risco. A fuga do casal teve momentos divertidos, de aventura e principalmente de amor e de medo de que algo ruim pudesse acontecer com eles. Achei engraçado a facilidade que eles tinham para se livrar das pessoas que tentavam capturá-los e praticamente nada acontecer com eles. Amei as músicas e as danças que foram apresentadas durante o filme. Mas acabei ficando angustiada com o final, fiquei na expectativa de que eles conseguissem escapar das tentativas de homicídio e pudessem ficar realmente juntos, mas o destino deles acabou sendo diferente. Ela cometeu suicídio para protegê-lo e ele, por não conseguir viver sem o amor de sua vida, acabou fazendo o mesmo. As cenas finais foram de partir o coração, mas talvez tenha sido o que tornou a história mais bonita, já que tentou mostrar que, quando o amor é verdadeiro, não importa as adversidades, ele vai prevalecer.
Vale a pena assistir a esse filme e se envolver com essa história tão bonita.
Assisti o show na íntegra apenas porque o Rafinha Bastos disponibilizou no Youtube, não seria um show que eu teria interesse em comprar o DVD, por exemplo. Gostei bastante do começo, cheguei a rir com algumas piadas e achei interessante a acidez dele em certos momentos do show, mas apenas isso, já que não foi um espetáculo que me conquistou totalmente, o que é uma pena.
A história é boa para se distrair, e a atuação da Jennifer Aniston é o que cativa o telespectador. Fiquei um pouco confusa quanto a ser uma comédia ou um drama, na verdade, esperava que o filme fosse mais engraçado, mas ainda assim, gostei de assisti-lo.
Quando Louis e Ordell decidem sequestrar a Mickey, já imaginei que isso não daria certo, já que ela e o marido não se dão bem, mas acaba sendo incômodo o marido não querer pagar o resgate, pois mesmo querendo se divorciar, ela ainda é sua esposa e mãe do seu filho, mas a trama deixou essa situação, de certa forma, engraçada, com a Melanie atendendo aos telefonemas e os sequestradores não sabendo como agir. O Richard foi um personagem difícil de engolir, sua veneração ao nazismo e o fato de espiar a Mickey e tentar estuprá-la foram momentos desprezíveis, mesmo a trama tendo dado um caráter cômico ao personagem, como se o mesmo fosse "maluco" ou algo assim. A relação entre Mickey e Louis também foi interessante, se afeiçoar ao sequestrador remete à Síndrome de Estocolmo, mas no filme isso foi bem simples e compreensível, já que ele era o único que a defendia e não deixava que nada de mal lhe acontecesse. O Marshall era o único que poderia ter tentado resolver a situação, indo a polícia, mas foi medroso e tentou esconder as evidências de que estivera na casa dos Dawson, o que chegou a ser engraçado. O final foi clichê, mas divertido, já que Mickey se juntou aos seus algozes, para sequestrar Melanie, já que a mesma seria a futura esposa de Frank, ex-marido de Mickey.
O que mais merece ser destacado nesse filme são as atuações de Miles Teller e J.K. Simmons, seus personagens conduziram o filme e me fizeram ficar em êxtase em muitos momentos.
O Andrew estava em busca de um sonho e se esforçou de todas as formas para ser um bom baterista, quando parecia que ele chegaria ao seu limite, ele mostrava que ainda tinha forças para lutar e continuar praticando, mesmo com diversos motivos para desistir, principalmente por conta da pressão exercida pelo professor Fletcher, ainda assim, ele continuou e provou para si mesmo e para o professor que ele era capaz, e essa foi uma atitude admirável do personagem, que merece ser destacada. No entanto, não concordo com a metodologia utilizada por Fletcher, entendo que ele buscava forçar seus alunos a praticarem mais e serem o melhor que eles pudessem ser, para que eles realmente buscassem a perfeição, mas considero que existem certos limites que devem ser respeitados, principalmente quando se está lidando com outras pessoas, e Fletcher acabava sendo abusivo com seus alunos, o que fica claro quando um deles acaba cometendo suicídio por não ter dado conta de lidar com a situação, pessoas são diferentes e lidam com as adversidades de forma diferente, assim acredito que deve haver um equilíbrio no método de ensino, para que os alunos sejam forçados a buscarem seu melhor, mas ao mesmo tempo, seus limites possam ser respeitados. Foi perceptível que o sonho de Andrew, de certa forma, se tornou uma obsessão, ele se isolou ainda mais do mundo e das pessoas para fazer com que isso desse certo, sua saúde física e mental ficou comprometida, assim como seus relacionamentos, o que mostra que buscar a perfeição pode ser bom para atingir um objetivo, mas também pode gerar consequências negativas na vida da pessoa, por isso a importância de haver um equilíbrio.
É um filme intenso, principalmente os minutos finais!
É um filme que toca pela simplicidade. Retratar a biografia de alguém sempre é algo desafiador, e a história do Stephen Hawking e seu romance com a Jane foi mostrado de uma forma singela e encantadora, que se torna impossível não se envolver e se apaixonar pela história contada. Poderia ser apenas uma bonita história de amor, mas vai muito além disso.
É complicado imaginar como é a vida de alguém que possui uma doença degenerativa, e acompanhar a história de uma personalidade tão importante que possui ELA e tem que aprender a conviver com isso é realmente admirável. Conviver com algo assim provavelmente dá uma nova perspectiva de vida, ainda mais no caso dele em que a expectativa de vida era de apenas 2 anos, mas com a ajuda de Jane, ele acabou superando todos os desafios e conseguiu ter forças para continuar e até mesmo constituir uma família. Mesmo que o romance dos dois possa ter sido idealizado no filme, ainda assim é necessário ter percepção do quanto deve ter sido difícil para os dois passar por tudo isso, todos os desafios que o Hawking precisou superar por conta de sua doença e todas as dificuldades que Jane deve ter tido para lidar com isso junto com ele, porque em muitos casos pode ser angustiante ser cuidadora de alguém e muitas vezes deixar de cuidar de si para cuidar do outro; e ela o ajudou, esteve ao seu lado em todos os momentos em que ele precisou e provavelmente foi o amor que existiu entre eles que os ajudou nesse sentido. A forma como a ciência e as teses do Hawking foram abordadas também foram incríveis, mesmo que, talvez, pudessem ter sido exploradas mais profundamente, mesmo assim, não há muito o que há reclamar nesse quesito, já que a trama cumpriu seu papel de cativar o espectador.
Assistir a esse filme me deu muita curiosidade em ler o livro "A Brief History of Time", que provavelmente, deve ser um livro genial. Não há dúvidas de que o Oscar do Eddie Redmayne foi mais do que merecido.
"É claro que somos apenas primatas evoluídos, vivendo em um planeta pequeno, que orbita uma estrela comum, localizada no subúrbio de uma de bilhões de galáxias. Mas, desde o começo da civilização, as pessoas tentam entender a ordem fundamental do mundo. Deve haver algo muito especial sobre os limites do universo, e o que pode ser mais especial do que não haver limites? Não deve haver limites para o esforço humano. Somos todos diferentes. Por pior que a vida possa parecer, sempre há algo que podemos fazer em que podemos obter sucesso. Enquanto houver vida, haverá esperança."
É difícil encontrar palavras para descrever a emoção que esse filme passa, sempre me interessei por questões históricas e é admirável a luta liderada por Martin Luther King para a conquista do direito ao voto para os negros. Ele possui uma história incrível de luta pela igualdade e é importante que essa história seja conhecida por toda a sociedade, para que todos saibam o quanto foi necessário lutar para que direitos civis fossem realmente garantidos para todos, porque foi um marco histórico.
Através de marchas, protestos e discursos, Martin fez uma campanha pacífica, para que as pessoas realmente entendessem a importância de sua luta e ficassem ao seu lado, para que os afro-americanos percebessem a necessidade de também lutarem e os brancos percebessem seus próprios privilégios e lutassem pelo mesmo ideal. Enquanto de um lado havia uma luta pacífica pela igualdade, do outro lado havia a a brutalidade e violência de políticos e oficiais que eram contra a luta, o que é lamentável de se ver, considerando ainda que a mídia tentava manipular a população, como se as pessoas que estavam lutando é que fossem as erradas. A marcha de Selma conseguiu mostrar para todos o que realmente estava acontecendo, que os manifestantes eram pacíficos e que a violência vinha dos oficiais, o que garantiu que seus direitos fossem, enfim, garantidos, mesmo com todas as adversidades e mortes que ocorreram nesse período, eles não desistiram de lutar por eles próprios e pelas próximas gerações, o que prova o quanto essa luta foi necessária.
Se for parar para pensar na questão histórica, essa conquista é recente e nos faz repensar a sociedade em que vivemos, que ainda é sexista, racista e homofóbica, muitos direitos foram conquistados, mas a luta continua! Filme inspirador. E mais do que merecido a música Glory ter ganho o Oscar de Melhor Música, porque é realmente emocionante.
Eu não li os livros, então não posso fazer nenhuma comparação nesse sentido, inclusive tenho uma visão bem negativa sobre a obra e fui assistir ao filme com a expectativa de que fosse realmente muito ruim, mas me dei conta de que não é tão bom para ter todo esse sucesso e nem tão ruim para ser tão criticado assim.
Ficou evidente que o Christian possui certos complexos e por isso lida com o sexo dessa forma (o que, talvez, seja melhor explicitado no livro), é controlador, arrogante, quer estar no comando o tempo todo, o que acaba sendo irritante e incômodo. Mas achava que o relacionamento com a Anastasia fosse mais abusivo e humilhante, mas ao menos no filme, tudo o que os dois fizeram foi consensual e ela podia desistir a qualquer momento; ela acabava cedendo a alguns caprichos dele, mas não a ponto de fazer algo contra sua própria vontade. O que talvez mais me incomode é o fato de que não vejo essa história como um romance, já que é uma trama basicamente sobre sexo, mas ao mesmo tempo não acho que o filme tenha sido tão pesado no quesito sexual para que as pessoas fiquem tão chocadas assim, no entanto, imagino que nos livros, as cenas de sexo sejam mais excitantes e pesadas no sadomasoquismo. Assinar um contrato para ter um relacionamento e seguir regras sexuais são questões que não fazem o menor sentido, mas a Anastasia era bem clara no que ela aceitava ou não, o que, inclusive, isso é um gancho para o próximo filme.
Então, apesar do filme ser fraco, acabou sendo melhor do que eu imaginava, e realmente fiquei interessante na continuação da história.
Normalmente os filmes que retratam a guerra mostram os campos de batalha, no entanto, esse filme mostra uma perspectiva diferente sobre a guerra, o trabalho realizado por aqueles que estavam "nos bastidores".
O Alan construiu uma máquina para decifrar os códigos criptografados de mensagens nazistas, mesmo que ninguém acreditasse que ele fosse capaz de fazer isso, e isso mostra a sua genialidade. Junto com sua equipe se dedicou a um trabalho que mudou os rumos da guerra, e deve ter sido realmente difícil se decidir entre quais ataques parar e quais deixar acontecer; e manter em segredo o fato de terem decifrado a Enigma. E foi devido a esse segredo que milhões de vidas foram salvas e conseguiu-se dar um fim à guerra. Outro aspecto importante da trama é o fato de deixar claro os preconceitos vivenciados na época. A princípio não acreditaram que a Joan pudesse ser capaz de decifrar enigmas matemáticos, já que ela era mulher; para ir trabalhar, ela precisou fingir para a família que trabalharia apenas com outras mulheres e não se envolveria em um trabalho considerado masculino; para continuar no emprego, decidiu aceitar noivar com Alan, já que na época o mais importante para uma mulher era o casamento e não um emprego; esses fatos mostram o quanto as mulheres precisaram se esforçar para conquistar determinados direitos. A homossexualidade era considerada ilegal e o Alan teve que fazer um tratamento hormonal por conta disso, o que acabou acarretando no seu suicídio com apenas 41 anos, e isso leva a pensar em quantas outras pessoas brilhantes acabaram tendo o mesmo destino devido ao preconceito.
O filme é excelente e vale a pena ser assistido, principalmente por mostrar um lado da história da guerra que normalmente não é lembrado ou mencionado.
Filme leve, cativante e com uma fotografia impecável. O filme tem uma história simples, mas que acaba prendendo o espectador, pela história em si e pela forma como a mesma é narrada, até mesmo as pitadas singelas de humor acabam agradando.
Foi agradável acompanhar a trajetória do Moustafa, de mensageiro a dono do Hotel Budapeste. O relacionamento do Moustafa com o Gustave é um dos elementos que tornam o filme melhor. É engraçado o envolvimento do Gustave com as mulheres que frequentavam o hotel, o que o fez até estar no testamento de Madame D., e chega a ser quase caricato a forma como a família dela lida com a herança e com o evento de sua morte. O roubo do quadro, a acusação de homicídio e a prisão, a fuga da prisão, todos esses são elementos simples e até clichês, mas que auxiliam na leveza da trama. O final também é clichê, pois acompanhando a história, percebe-se que o hotel fazia parte da herança de Madame D., e posteriormente passaria de Gustave para Moustafa, mesmo assim, isso não tira o brilho da história.
Riggan fez sucesso como um super-herói nos cinemas, ficou conhecido por isso, conquistou popularidade e fama, mas acabou se tornando um ator de apenas um personagem, e como disse a crítica que ia avaliar sua peça, ele não era um ator, mas uma celebridade. E isso pode realmente acontecer, alguém pode se interessar por entrar no mundo da arte pelo reconhecimento e popularidade que isso vai trazer e não necessariamente pelo prazer e vontade de atuar. Mike era um personagem que tinha muitos defeitos enquanto pessoa, mas fazia questão de sempre dizer que o único lugar que não mentia era no palco, e isso mostra a relação que ele tinha com o trabalho e como se sentia por estar atuando. Essa é uma boa crítica em relação a arte e em como percebemos a fama, já que até mesmo o público, muitas vezes, está mais interessado em questões pessoais dos artistas do que no seu trabalho. Pode-se refletir também acerca da mídia, já que a crítica de teatro que, antes de ver a peça já sabia o que diria a seu respeito, utiliza a percepção que tem sobre o ator para rotular um trabalho que ainda não conhecia e assim manipular o público; o próprio Riggan percebe que ela tem a intenção de dar uma opinião qualquer sobre o espetáculo, sem avaliar características realmente essenciais do trabalho. Essa é uma crítica realmente interessante sobre a mídia, porque podemos ser realmente manipulados quanto ao que é bom e ruim a partir das opiniões manifestadas pela mesma. Outro aspecto interessante do filme era a voz interior do Riggan, que estava ali para forçá-lo a se arriscar, já que o cobrava o tempo todo, e assim ele realmente acabou por fazer tudo o que podia para que sua peça desse certo.
"Você teve uma carreira, papai. Antes do terceiro filme de quadrinhos. As pessoas esqueceram quem estava por trás do pássaro. Você faz uma peça baseada em um livro escrito há 60 anos. Para pessoas brancas, velhas e ricas, que só se preocupam com o lugar que vão tomar café com bolo quando acabar. Só você se importa! E, falando sério, pai, você não faz isso pela arte. Você faz isso porque quer ser relevante de novo. Adivinha? Há um mundo lá fora onde pessoas lutam todos os dias para serem relevantes. E você age como se não existisse. Coisas acontecem em um lugar que você ignora. Um lugar que, aliás, já se esqueceu de você. Quem diabos é você? Você odeia bloggers, tira sarro do Twitter, nem tem um Facebook. É você que não existe. Você faz isso porque morre de medo, como todos nós, que você não importe. E sabe do que? Tem razão, você não importa. Isso não é importante. Você não é importante. Acostume-se." (Emma Stone sensacional nessa cena, talvez uma das melhores cenas do filme).
O mais surpreendente desse filme é o fato de ser baseado em uma história real e é interessante perceber a história do ponto de vista de um atirador, o que mostra o quanto o filme foi patriota, já que Chris Kyle foi considerado um herói, o que é compreensível, já que ele estava lutando por seu país. Particularmente não gosto dessa postura, já que considero que nenhuma violência seja justificável, mas entendo esse ponto de vista e o fato dele ser considerado como um herói para o povo americano. Eu acredito que esse filme tenha sido indicado ao Oscar justamente por seu caráter patriota, já que o filme em si não é, na minha opinião, tão excepcional para estar correndo ao Oscar, principalmente na categoria de Melhor Filme.
Chris Kyle é um personagem extremamente patriota, já que resolve se alistar na Marinha por causa desse sentimento. Em todos os momentos do filme é possível perceber o quanto ele realmente prezava pelo trabalho que estava oferecendo à nação, acreditava na importância daquilo que fazia e no fato de estar protegendo os cidadãos americanos. Todas as pessoas que ele matou foram para proteger seus companheiros, por isso não havia nenhum arrependimento em relação a isso, pelo contrário, o sentimento de culpa era por aqueles que ele não conseguiu defender ou salvar. O filme retrata o quanto é complicado lidar com o distanciamento da família, seja para quem vai ou para quem fica. E mesmo depois de não estar mais na guerra, é perceptível os traumas que ela produz nas pessoas, onde qualquer barulho ou movimento estranho é percebido como um ataque, como cada momento é visto como uma perseguição; e lidar com isso é extremamente difícil.
O mais importante a se dizer é que é realmente uma boa história, que vale a pena ser conhecida.
Filme realmente espetacular e o mais interessante é que não é um filme que apresenta um gancho que vai conduzir toda a história, é simplesmente uma trama que nos mostra a vida, puramente como ela é e o fato de ter sido gravado em 12 anos, realmente acompanhando o amadurecimento das pessoas envolvidas é o que torna ainda mais interessante, além das nuances de fotografia que tornam o filme mais real para o telespectador. Acompanhar o amadurecimento do Mason faz com que tenhamos a oportunidade de nos depararmos com fases das nossas próprias vidas, é impossível não se identificar com algumas das situações mostradas, pois são situações comuns, que podem fazer parte da vida de qualquer pessoa, como o primeiro amor, a descoberta da sexualidade, a escolha da faculdade, os erros e aprendizados em cada relacionamento, enfim, a identificação do telespectador pode ocorrer em qualquer situação vivenciada na história ou em praticamente todas.
Amei as referências a Harry Potter, lembrei das emoções sentidas durante minha infância/adolescência, já que cresci lendo e é minha série de livros favorita. Vendo os relacionamentos do Mason, lembrei de situações vivenciadas em relacionamentos afetivos passados, aprendizados que ficam para a vida. No diálogo que ele teve com a namorada sobre faculdade, lembrei de sensações vivenciadas durante essa fase da minha vida, sobre as dúvidas que tive quanto a isso ser algo transformador na minha vida ou apenas "o passo seguinte", exatamente como é dito no filme. Revivi cenas da minha infância e adolescência assistindo ao filme e isso é realmente fantástico. "Sabem quando dizem: aproveite o momento? Não sei, mas acho que é ao contrário. Como se o momento nos aproveitasse." "É, eu sei... É constante... Os momentos são... Parece sempre que é o agora, sabe?"
Acho que o filme fala exatamente disso, não é para ter um significado, é para nos fazer reviver momentos e nos lembrar que temos que viver intensamente e aproveitar todos os dias de nossas vidas, porque é isso que importa.
Já havia ficado encantada com "Jogos Vorazes", mas "Em Chamas" conseguiu superar todas minhas expectativas e ser muito melhor (tanto o livro quanto o filme).
O que mais me atrai nessa saga é a questão política envolvida nos jogos e aqui isso ficou muito mais intenso, com os distritos se dispondo a fazer levantes para confrontar a Capital. A Katniss foi a primeira a fazer isso com suas ações nos Jogos Vorazes e se tornou "o tordo", fez com que as pessoas pudessem perceber que a esperança pode ser maior do que o medo. O plano da Capital para acabar com os levantes acabou não dando certo, mesmo com os Jogos Vorazes sendo realizados com os antigos vitoriosos, com o intuito de matar Katniss e fazer com que o medo nos distritos fosse ainda maior, não se poderia imaginar que os próprios tributos e até mesmo o Idealizador-Chefe dos jogos se juntariam para protegê-la e incentivar a rebelião nos distritos, o que foi a grande surpresa na trama e causou uma reviravolta na história. Algo que não é mostrado no filme, mas que considero muito importante é o motivo da Katniss decidir proteger o Peeta e querer que ele seja o vitorioso nessa edição dos jogos, não é apenas por ter afeição por ele, mas pelo fato dela acreditar que, caso haja uma revolta, ele seria um líder melhor do que ela, porque ela é mais forte e sabe lutar, já ele é sensível e sabe usar as palavras melhor do que ninguém, o que poderia fazer com que multidões seguissem suas sugestões.
É incrível o quanto essa saga conseguiu me conquistar e envolver, é realmente brilhante!
A heroína é uma jovem comum, que batalha para sobreviver e sustentar a própria família. O romance adolescente está presente no enredo, mas não é o foco principal da história, pelo contrário, por mais que Peeta realmente demonstre amar Katniss, ela se deixa envolver nesse romance com um único intuito: sobrevivência. É nítido o controle exercido pela Capital aos distritos e os Jogos Vorazes existem para isso, para lembrar a todos o poder que a Capital exerce e o que pode acontecer se houver uma nova rebelião entre as pessoas. Mas Katniss (é incrível ter uma protagonista feminina como ela!) não quer ser apenas mais uma peça no jogo, com seus gestos, por mais simples que sejam, ela consegue confrontar a Capital, seja acertando uma flecha na maçã durante o treinamento com os Idealizadores; seja colocando flores no corpo de Rue e fazendo o sinal característico do Distrito 12; seja inventando um romance e fingindo um possível suicídio com o Peeta para que ambos possam sobreviver; enfim, ela não se mostra passiva a tudo isso, ela é uma sobrevivente.
Jogos Vorazes provou ser uma história juvenil diferente do que normalmente é visto atualmente, e justamente por isso merece uma chance de ser apreciado por todos os públicos.
Esse filme conseguiu ser ainda melhor do que o primeiro. Impossível não torcer para o Batman derrotar o Coringa e ao mesmo tempo é impossível não se encantar com a atuação brilhante do Heath Ledger.
É incrível como os dois personagens são opostos que se completam, principalmente o Coringa em relação ao Batman; a insanidade e imoralidade do Coringa versus justiça e o combate ao crime do Batman; o Coringa tentando provar que as pessoas podem ser corrompidas versus o Batman querendo acreditar que as pessoas podem ter fé no bem.
Essas diferenças entre o Coringa e o Batman é o que torna o filme ainda melhor.
"Ele é o herói que Gotham merece, mas não é o que ela precisa. Então, vamos caçá-lo. Porque ele aguenta. Porque ele não é o nosso herói. Ele é um guardião silencioso. Um protetor zeloso. Um cavaleiro das trevas."
A representação de Gotham City, a construção do próprio Batman no sentido de buscar combater os criminosos e salvar sua cidade foram os elementos que tornaram o filme mais interessante. O mais bacana é que esse primeiro filme já deu um gancho para o próximo da trilogia, com a apresentação do Coringa, o que faz com que o espectador se sinta ainda mais curioso sobre o que está por vir.
Considerando a qualidade desse filme, acredito que vou gostar muito da trilogia.
Gostei bastante da continuação, que além do Rio de Janeiro, mostrou a Amazônia, a necessidade da mesma ser preservada e o perigo do desmatamento. Foi bacana acompanhar a trajetória do Blu em se adaptar à vida na selva, o reencontro da Jewel com a família e a diversão dos filhos do Blu e da Jewel; além da relação entre humanos e aves, de forma a mostrar que as aves da floresta têm medo dos humanos que desmatam a selva e prejudicam a sua existência, mas que há também boas pessoas, como a Linda e o Túlio que desejam protegê-los. A trilha sonora dessa continuação também foi incrível e divertida, o que é um aspecto que torna o filme ainda melhor.
A animação focou em alguns estereótipos do Brasil, como carnaval, samba e futebol, além da beleza do Rio de Janeiro e o contraste que há entre essa beleza e as favelas da cidade, mas conseguiu atingir seu propósito com relação ao contrabando de aves e o fato de que muitas dessas estão próximas de serem extintas por conta disso. Foi muito bacana acompanhar a trajetória do Blu, a diferença entre ele e as outras aves, já que ele sendo um animal domesticado não conseguia voar como os outros, e o relacionamento dele com a Jewel, que foi o que mais me cativou no filme. Gostei muito da trilha sonora também, algo que fez o filme se tornar ainda melhor.
No início pensei que seria um filme clichê e parecido com outros com a mesma temática, onde o relacionamento começa com sexo e o casal se descobre apaixonado e enfim, acabam juntos. Assisti ao filme sem muitas expectativas, mas o filme acabou conseguindo me tocar de alguma forma.
Foram levantadas algumas questões interessantes (mesmo que de forma superficial), como a riqueza gerada pela indústria farmacêutica e o Mal de Parkinson. Mas o foco do filme era o relacionamento entre Jamie e Maggie, ele sendo um homem que almeja conquistar dinheiro e se relaciona casualmente com as mulheres que encontra, sem nunca ter se apaixonado por nenhuma delas; enquanto ela vivencia dificuldades com seu trabalho devido à sua doença e se relaciona casualmente com os homens por não querer se apaixonar ou que eles se apaixonem por ela, já que não é fácil conviver com a sua doença. Mas a paixão surgiu entre os dois de forma inevitável, o que mudou a vida de ambos, fez com que percebessem o quanto era gratificante cuidar e apoiar um ao outro e o quanto poderiam crescer como pessoas nessa relação.
Fica claro que o relacionamento entre ele e a mãe era quase incestuoso, mas quando a mãe "percebia" a forma como o deixava, acabava punindo-o de alguma forma; a relação entre os dois era conturbada e abusiva, já que ela manifestava muitas vezes não gostar dele e agia com violência psicológica, o que gerou sequelas na personalidade dele. Ele tinha a mãe apenas para si e não conseguiu dividi-la com outra pessoa, o que acabou culminando no assassinato da mãe e do padrasto e fazendo com que, posteriormente, ele assumisse a personalidade da mãe e cometesse mais crimes. Não gostei muito da forma como a história foi abordada (com o Norman contando tudo em um programa de rádio), talvez fosse mais interessante se a história acontecesse no passado e não como lembranças atuais do Norman, mesmo assim, foi válido por ver o Norman revivendo o que passou e estando pronto, aparentemente, para se livrar do seu passado e seguir em frente com sua vida.
É um filme bom, mas não há como superar o original. Segue a mesma linha dos filmes anteriores, tentando fazer com que o espectador entenda um pouco mais a respeito do Norman, apesar de se tornar repetitivo em alguns momentos, mostrando flashbacks dos filmes anteriores e trazendo elementos da personalidade de Norman que já conhecemos.
Serviu para enfatizar que, por mais que o Norman tentasse, realmente não havia se curado. Ele parecia gostar da Maureen e não queria machucá-la, já que achava que ela era "diferente" das outras mulheres e também não queria que a "mãe" a machucasse, tanto que a morte dela foi acidental. O filme serviu também para explicar a questão levantada no filme anterior, sobre a verdadeira mãe do Norman, o que fez com que ele tentasse "destruir a mãe", pelo menos, naquele momento. E assim, o ciclo se fecha, com o Norman sendo novamente preso e provavelmente não tendo a oportunidade de retornar ao convívio com a sociedade.
Particularmente não achava necessário a criação de uma continuação do clássico Psicose, mas resolvi assistir a esse filme e provavelmente assistirei aos próximos também.
Não dá para negar que é um bom filme, traz alguns elementos interessantes a respeito da personalidade do Norman e sobre o fato de que os anos que ele passou internado no sanatório não foram o suficiente para fazê-lo recuperar sua sanidade. Não imaginava que a Mary fosse filha da Lila e achei interessante o fato de que ela utilizou o nome Mary Samuels para se aproximar do Norman (mesmo nome que a Marion Crane, do primeiro filme, utiliza para se hospedar no Motel Bates). Achei curioso o fato da Lila estar obcecada em querer que o Norman continue internado, mesmo que ela tenha razão em querer isso, seria mais saudável seguir em frente, ao invés de arriscar a própria vida e a vida da filha para fazer com que seu plano dê certo. Não me agradou o fato do Norman ter outra mãe biológica e ela ter aparecido depois de tantos anos.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraNão costumo assistir filmes de ação, mas me senti na obrigação de assistir a Mad Max: Estrada da Fúria, pelas indicações ao Oscar e pela personagem da Charlize Theron, que gerou tantos bons comentários na época que o filme foi lançado. E não me arrependi, achei o filme incrível, mal consegui respirar durante as cenas, o filme é realmente de tirar o fôlego.
O filme possui muitos elementos interessantes, imaginar como seria se o mundo fosse destruído e como os sobreviventes lidariam com um futuro apocalíptico faz nossa mente entrar em colapso. A tirania imposta por Immortan Joe é de dar raiva, fazendo com que as pessoas passem fome e sede e por isso o sirvam, para ganhar migalhas do vilão. O mais interessante pra mim foi a força feminina representada por Furiosa, que decide se rebelar e desafiar Immortan Joe, fugindo e levando consigo as "reprodutoras", mulheres que ele prendia e obrigava a terem filhos seus, como se fossem suas escravas sexuais. Furiosa foi responsável para que elas tivessem esperança de um futuro melhor e longe do vilão, e para que ela mesma pudesse ter redenção.
Namoro ou Liberdade
3.1 488 Assista AgoraAssisti esse filme despretensiosamente, sem muitas expectativas, e até que consegui dar algumas risadas, é um filme leve e divertido, bom para passar o tempo.
Mostra um pouco sobre como os homens lidam com relacionamentos e dá uma amostra de como é o universo masculino nessa questão. Gostei muito da Ellie desde o início, ela é uma personagem cativante e de certa forma conseguiu mudar o Jason, fez com que ele se tornasse uma pessoa melhor a partir dos sentimentos que ele nutre por ela. Achei o Daniel insuportável, nem as piadas que envolviam o personagem me fizeram rir, tamanha a birra que peguei com ele. Já o Mikey achei ingênuo demais, entendi que ele agia de forma a tentar salvar seu casamento, mas estava claro que Vera não se interessava e ele acabava fazendo papel de bobo na história. Mas é interessante que o filme tenta mostrar os dois lados, tanto de ser solteiro quanto de ter um namoro sério. Às vezes pode ser divertido curtir a vida e sair com várias pessoas, mas também é bom poder encontrar uma pessoa bacana para compartilhar a vida e não ter necessidade de estar com outros.
As Barreiras do Amor
3.6 51No início, tive um pouco de dificuldade para compreender o filme, por causa das cenas de passado/presente/futuro sendo intercaladas, mas a partir do momento em que consegui acompanhar a história, fiquei encantada. Muitas cenas acabaram sendo previsíveis, mas isso é apenas um detalhe perto da beleza da trama.
Tanto Jay quanto Natasha resolveram se casar por interesse econômico, e eles poderiam ter agido apenas por ambição para alcançar seus objetivos, mas o amor entre eles acabou sendo mais forte. Seria simples não fosse o fato deles estarem envolvidos com uma família poderosa que colocaria a vida deles em risco. A fuga do casal teve momentos divertidos, de aventura e principalmente de amor e de medo de que algo ruim pudesse acontecer com eles. Achei engraçado a facilidade que eles tinham para se livrar das pessoas que tentavam capturá-los e praticamente nada acontecer com eles. Amei as músicas e as danças que foram apresentadas durante o filme. Mas acabei ficando angustiada com o final, fiquei na expectativa de que eles conseguissem escapar das tentativas de homicídio e pudessem ficar realmente juntos, mas o destino deles acabou sendo diferente. Ela cometeu suicídio para protegê-lo e ele, por não conseguir viver sem o amor de sua vida, acabou fazendo o mesmo. As cenas finais foram de partir o coração, mas talvez tenha sido o que tornou a história mais bonita, já que tentou mostrar que, quando o amor é verdadeiro, não importa as adversidades, ele vai prevalecer.
Péssima Influência
3.3 18Assisti o show na íntegra apenas porque o Rafinha Bastos disponibilizou no Youtube, não seria um show que eu teria interesse em comprar o DVD, por exemplo. Gostei bastante do começo, cheguei a rir com algumas piadas e achei interessante a acidez dele em certos momentos do show, mas apenas isso, já que não foi um espetáculo que me conquistou totalmente, o que é uma pena.
Sem Direito a Resgate
2.8 113 Assista AgoraA história é boa para se distrair, e a atuação da Jennifer Aniston é o que cativa o telespectador. Fiquei um pouco confusa quanto a ser uma comédia ou um drama, na verdade, esperava que o filme fosse mais engraçado, mas ainda assim, gostei de assisti-lo.
Quando Louis e Ordell decidem sequestrar a Mickey, já imaginei que isso não daria certo, já que ela e o marido não se dão bem, mas acaba sendo incômodo o marido não querer pagar o resgate, pois mesmo querendo se divorciar, ela ainda é sua esposa e mãe do seu filho, mas a trama deixou essa situação, de certa forma, engraçada, com a Melanie atendendo aos telefonemas e os sequestradores não sabendo como agir. O Richard foi um personagem difícil de engolir, sua veneração ao nazismo e o fato de espiar a Mickey e tentar estuprá-la foram momentos desprezíveis, mesmo a trama tendo dado um caráter cômico ao personagem, como se o mesmo fosse "maluco" ou algo assim. A relação entre Mickey e Louis também foi interessante, se afeiçoar ao sequestrador remete à Síndrome de Estocolmo, mas no filme isso foi bem simples e compreensível, já que ele era o único que a defendia e não deixava que nada de mal lhe acontecesse. O Marshall era o único que poderia ter tentado resolver a situação, indo a polícia, mas foi medroso e tentou esconder as evidências de que estivera na casa dos Dawson, o que chegou a ser engraçado. O final foi clichê, mas divertido, já que Mickey se juntou aos seus algozes, para sequestrar Melanie, já que a mesma seria a futura esposa de Frank, ex-marido de Mickey.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraO que mais merece ser destacado nesse filme são as atuações de Miles Teller e J.K. Simmons, seus personagens conduziram o filme e me fizeram ficar em êxtase em muitos momentos.
O Andrew estava em busca de um sonho e se esforçou de todas as formas para ser um bom baterista, quando parecia que ele chegaria ao seu limite, ele mostrava que ainda tinha forças para lutar e continuar praticando, mesmo com diversos motivos para desistir, principalmente por conta da pressão exercida pelo professor Fletcher, ainda assim, ele continuou e provou para si mesmo e para o professor que ele era capaz, e essa foi uma atitude admirável do personagem, que merece ser destacada. No entanto, não concordo com a metodologia utilizada por Fletcher, entendo que ele buscava forçar seus alunos a praticarem mais e serem o melhor que eles pudessem ser, para que eles realmente buscassem a perfeição, mas considero que existem certos limites que devem ser respeitados, principalmente quando se está lidando com outras pessoas, e Fletcher acabava sendo abusivo com seus alunos, o que fica claro quando um deles acaba cometendo suicídio por não ter dado conta de lidar com a situação, pessoas são diferentes e lidam com as adversidades de forma diferente, assim acredito que deve haver um equilíbrio no método de ensino, para que os alunos sejam forçados a buscarem seu melhor, mas ao mesmo tempo, seus limites possam ser respeitados. Foi perceptível que o sonho de Andrew, de certa forma, se tornou uma obsessão, ele se isolou ainda mais do mundo e das pessoas para fazer com que isso desse certo, sua saúde física e mental ficou comprometida, assim como seus relacionamentos, o que mostra que buscar a perfeição pode ser bom para atingir um objetivo, mas também pode gerar consequências negativas na vida da pessoa, por isso a importância de haver um equilíbrio.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraÉ um filme que toca pela simplicidade. Retratar a biografia de alguém sempre é algo desafiador, e a história do Stephen Hawking e seu romance com a Jane foi mostrado de uma forma singela e encantadora, que se torna impossível não se envolver e se apaixonar pela história contada. Poderia ser apenas uma bonita história de amor, mas vai muito além disso.
É complicado imaginar como é a vida de alguém que possui uma doença degenerativa, e acompanhar a história de uma personalidade tão importante que possui ELA e tem que aprender a conviver com isso é realmente admirável. Conviver com algo assim provavelmente dá uma nova perspectiva de vida, ainda mais no caso dele em que a expectativa de vida era de apenas 2 anos, mas com a ajuda de Jane, ele acabou superando todos os desafios e conseguiu ter forças para continuar e até mesmo constituir uma família. Mesmo que o romance dos dois possa ter sido idealizado no filme, ainda assim é necessário ter percepção do quanto deve ter sido difícil para os dois passar por tudo isso, todos os desafios que o Hawking precisou superar por conta de sua doença e todas as dificuldades que Jane deve ter tido para lidar com isso junto com ele, porque em muitos casos pode ser angustiante ser cuidadora de alguém e muitas vezes deixar de cuidar de si para cuidar do outro; e ela o ajudou, esteve ao seu lado em todos os momentos em que ele precisou e provavelmente foi o amor que existiu entre eles que os ajudou nesse sentido. A forma como a ciência e as teses do Hawking foram abordadas também foram incríveis, mesmo que, talvez, pudessem ter sido exploradas mais profundamente, mesmo assim, não há muito o que há reclamar nesse quesito, já que a trama cumpriu seu papel de cativar o espectador.
"É claro que somos apenas primatas evoluídos, vivendo em um planeta pequeno, que orbita uma estrela comum, localizada no subúrbio de uma de bilhões de galáxias. Mas, desde o começo da civilização, as pessoas tentam entender a ordem fundamental do mundo. Deve haver algo muito especial sobre os limites do universo, e o que pode ser mais especial do que não haver limites? Não deve haver limites para o esforço humano. Somos todos diferentes. Por pior que a vida possa parecer, sempre há algo que podemos fazer em que podemos obter sucesso. Enquanto houver vida, haverá esperança."
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 794É difícil encontrar palavras para descrever a emoção que esse filme passa, sempre me interessei por questões históricas e é admirável a luta liderada por Martin Luther King para a conquista do direito ao voto para os negros. Ele possui uma história incrível de luta pela igualdade e é importante que essa história seja conhecida por toda a sociedade, para que todos saibam o quanto foi necessário lutar para que direitos civis fossem realmente garantidos para todos, porque foi um marco histórico.
Através de marchas, protestos e discursos, Martin fez uma campanha pacífica, para que as pessoas realmente entendessem a importância de sua luta e ficassem ao seu lado, para que os afro-americanos percebessem a necessidade de também lutarem e os brancos percebessem seus próprios privilégios e lutassem pelo mesmo ideal. Enquanto de um lado havia uma luta pacífica pela igualdade, do outro lado havia a a brutalidade e violência de políticos e oficiais que eram contra a luta, o que é lamentável de se ver, considerando ainda que a mídia tentava manipular a população, como se as pessoas que estavam lutando é que fossem as erradas. A marcha de Selma conseguiu mostrar para todos o que realmente estava acontecendo, que os manifestantes eram pacíficos e que a violência vinha dos oficiais, o que garantiu que seus direitos fossem, enfim, garantidos, mesmo com todas as adversidades e mortes que ocorreram nesse período, eles não desistiram de lutar por eles próprios e pelas próximas gerações, o que prova o quanto essa luta foi necessária.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraEu não li os livros, então não posso fazer nenhuma comparação nesse sentido, inclusive tenho uma visão bem negativa sobre a obra e fui assistir ao filme com a expectativa de que fosse realmente muito ruim, mas me dei conta de que não é tão bom para ter todo esse sucesso e nem tão ruim para ser tão criticado assim.
Ficou evidente que o Christian possui certos complexos e por isso lida com o sexo dessa forma (o que, talvez, seja melhor explicitado no livro), é controlador, arrogante, quer estar no comando o tempo todo, o que acaba sendo irritante e incômodo. Mas achava que o relacionamento com a Anastasia fosse mais abusivo e humilhante, mas ao menos no filme, tudo o que os dois fizeram foi consensual e ela podia desistir a qualquer momento; ela acabava cedendo a alguns caprichos dele, mas não a ponto de fazer algo contra sua própria vontade. O que talvez mais me incomode é o fato de que não vejo essa história como um romance, já que é uma trama basicamente sobre sexo, mas ao mesmo tempo não acho que o filme tenha sido tão pesado no quesito sexual para que as pessoas fiquem tão chocadas assim, no entanto, imagino que nos livros, as cenas de sexo sejam mais excitantes e pesadas no sadomasoquismo. Assinar um contrato para ter um relacionamento e seguir regras sexuais são questões que não fazem o menor sentido, mas a Anastasia era bem clara no que ela aceitava ou não, o que, inclusive, isso é um gancho para o próximo filme.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraNormalmente os filmes que retratam a guerra mostram os campos de batalha, no entanto, esse filme mostra uma perspectiva diferente sobre a guerra, o trabalho realizado por aqueles que estavam "nos bastidores".
O Alan construiu uma máquina para decifrar os códigos criptografados de mensagens nazistas, mesmo que ninguém acreditasse que ele fosse capaz de fazer isso, e isso mostra a sua genialidade. Junto com sua equipe se dedicou a um trabalho que mudou os rumos da guerra, e deve ter sido realmente difícil se decidir entre quais ataques parar e quais deixar acontecer; e manter em segredo o fato de terem decifrado a Enigma. E foi devido a esse segredo que milhões de vidas foram salvas e conseguiu-se dar um fim à guerra. Outro aspecto importante da trama é o fato de deixar claro os preconceitos vivenciados na época. A princípio não acreditaram que a Joan pudesse ser capaz de decifrar enigmas matemáticos, já que ela era mulher; para ir trabalhar, ela precisou fingir para a família que trabalharia apenas com outras mulheres e não se envolveria em um trabalho considerado masculino; para continuar no emprego, decidiu aceitar noivar com Alan, já que na época o mais importante para uma mulher era o casamento e não um emprego; esses fatos mostram o quanto as mulheres precisaram se esforçar para conquistar determinados direitos. A homossexualidade era considerada ilegal e o Alan teve que fazer um tratamento hormonal por conta disso, o que acabou acarretando no seu suicídio com apenas 41 anos, e isso leva a pensar em quantas outras pessoas brilhantes acabaram tendo o mesmo destino devido ao preconceito.
"Quando as pessoas conversam, nunca dizem o que querem, dizem outra coisa e esperam que você saiba o que querem dizer. Só que eu nunca sei."
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KFilme leve, cativante e com uma fotografia impecável. O filme tem uma história simples, mas que acaba prendendo o espectador, pela história em si e pela forma como a mesma é narrada, até mesmo as pitadas singelas de humor acabam agradando.
Foi agradável acompanhar a trajetória do Moustafa, de mensageiro a dono do Hotel Budapeste. O relacionamento do Moustafa com o Gustave é um dos elementos que tornam o filme melhor. É engraçado o envolvimento do Gustave com as mulheres que frequentavam o hotel, o que o fez até estar no testamento de Madame D., e chega a ser quase caricato a forma como a família dela lida com a herança e com o evento de sua morte. O roubo do quadro, a acusação de homicídio e a prisão, a fuga da prisão, todos esses são elementos simples e até clichês, mas que auxiliam na leveza da trama. O final também é clichê, pois acompanhando a história, percebe-se que o hotel fazia parte da herança de Madame D., e posteriormente passaria de Gustave para Moustafa, mesmo assim, isso não tira o brilho da história.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraÉ um filme muito interessante, principalmente pelas reflexões que traz sobre a arte e a mídia, e o seu papel na sociedade atual.
Riggan fez sucesso como um super-herói nos cinemas, ficou conhecido por isso, conquistou popularidade e fama, mas acabou se tornando um ator de apenas um personagem, e como disse a crítica que ia avaliar sua peça, ele não era um ator, mas uma celebridade. E isso pode realmente acontecer, alguém pode se interessar por entrar no mundo da arte pelo reconhecimento e popularidade que isso vai trazer e não necessariamente pelo prazer e vontade de atuar. Mike era um personagem que tinha muitos defeitos enquanto pessoa, mas fazia questão de sempre dizer que o único lugar que não mentia era no palco, e isso mostra a relação que ele tinha com o trabalho e como se sentia por estar atuando. Essa é uma boa crítica em relação a arte e em como percebemos a fama, já que até mesmo o público, muitas vezes, está mais interessado em questões pessoais dos artistas do que no seu trabalho. Pode-se refletir também acerca da mídia, já que a crítica de teatro que, antes de ver a peça já sabia o que diria a seu respeito, utiliza a percepção que tem sobre o ator para rotular um trabalho que ainda não conhecia e assim manipular o público; o próprio Riggan percebe que ela tem a intenção de dar uma opinião qualquer sobre o espetáculo, sem avaliar características realmente essenciais do trabalho. Essa é uma crítica realmente interessante sobre a mídia, porque podemos ser realmente manipulados quanto ao que é bom e ruim a partir das opiniões manifestadas pela mesma. Outro aspecto interessante do filme era a voz interior do Riggan, que estava ali para forçá-lo a se arriscar, já que o cobrava o tempo todo, e assim ele realmente acabou por fazer tudo o que podia para que sua peça desse certo.
"Você teve uma carreira, papai. Antes do terceiro filme de quadrinhos. As pessoas esqueceram quem estava por trás do pássaro. Você faz uma peça baseada em um livro escrito há 60 anos. Para pessoas brancas, velhas e ricas, que só se preocupam com o lugar que vão tomar café com bolo quando acabar. Só você se importa! E, falando sério, pai, você não faz isso pela arte. Você faz isso porque quer ser relevante de novo. Adivinha? Há um mundo lá fora onde pessoas lutam todos os dias para serem relevantes. E você age como se não existisse. Coisas acontecem em um lugar que você ignora. Um lugar que, aliás, já se esqueceu de você. Quem diabos é você? Você odeia bloggers, tira sarro do Twitter, nem tem um Facebook. É você que não existe. Você faz isso porque morre de medo, como todos nós, que você não importe. E sabe do que? Tem razão, você não importa. Isso não é importante. Você não é importante. Acostume-se." (Emma Stone sensacional nessa cena, talvez uma das melhores cenas do filme).
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraO mais surpreendente desse filme é o fato de ser baseado em uma história real e é interessante perceber a história do ponto de vista de um atirador, o que mostra o quanto o filme foi patriota, já que Chris Kyle foi considerado um herói, o que é compreensível, já que ele estava lutando por seu país. Particularmente não gosto dessa postura, já que considero que nenhuma violência seja justificável, mas entendo esse ponto de vista e o fato dele ser considerado como um herói para o povo americano. Eu acredito que esse filme tenha sido indicado ao Oscar justamente por seu caráter patriota, já que o filme em si não é, na minha opinião, tão excepcional para estar correndo ao Oscar, principalmente na categoria de Melhor Filme.
Chris Kyle é um personagem extremamente patriota, já que resolve se alistar na Marinha por causa desse sentimento. Em todos os momentos do filme é possível perceber o quanto ele realmente prezava pelo trabalho que estava oferecendo à nação, acreditava na importância daquilo que fazia e no fato de estar protegendo os cidadãos americanos. Todas as pessoas que ele matou foram para proteger seus companheiros, por isso não havia nenhum arrependimento em relação a isso, pelo contrário, o sentimento de culpa era por aqueles que ele não conseguiu defender ou salvar. O filme retrata o quanto é complicado lidar com o distanciamento da família, seja para quem vai ou para quem fica. E mesmo depois de não estar mais na guerra, é perceptível os traumas que ela produz nas pessoas, onde qualquer barulho ou movimento estranho é percebido como um ataque, como cada momento é visto como uma perseguição; e lidar com isso é extremamente difícil.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraFilme realmente espetacular e o mais interessante é que não é um filme que apresenta um gancho que vai conduzir toda a história, é simplesmente uma trama que nos mostra a vida, puramente como ela é e o fato de ter sido gravado em 12 anos, realmente acompanhando o amadurecimento das pessoas envolvidas é o que torna ainda mais interessante, além das nuances de fotografia que tornam o filme mais real para o telespectador. Acompanhar o amadurecimento do Mason faz com que tenhamos a oportunidade de nos depararmos com fases das nossas próprias vidas, é impossível não se identificar com algumas das situações mostradas, pois são situações comuns, que podem fazer parte da vida de qualquer pessoa, como o primeiro amor, a descoberta da sexualidade, a escolha da faculdade, os erros e aprendizados em cada relacionamento, enfim, a identificação do telespectador pode ocorrer em qualquer situação vivenciada na história ou em praticamente todas.
Amei as referências a Harry Potter, lembrei das emoções sentidas durante minha infância/adolescência, já que cresci lendo e é minha série de livros favorita. Vendo os relacionamentos do Mason, lembrei de situações vivenciadas em relacionamentos afetivos passados, aprendizados que ficam para a vida. No diálogo que ele teve com a namorada sobre faculdade, lembrei de sensações vivenciadas durante essa fase da minha vida, sobre as dúvidas que tive quanto a isso ser algo transformador na minha vida ou apenas "o passo seguinte", exatamente como é dito no filme. Revivi cenas da minha infância e adolescência assistindo ao filme e isso é realmente fantástico.
"Sabem quando dizem: aproveite o momento? Não sei, mas acho que é ao contrário. Como se o momento nos aproveitasse."
"É, eu sei... É constante... Os momentos são... Parece sempre que é o agora, sabe?"
Acho que o filme fala exatamente disso, não é para ter um significado, é para nos fazer reviver momentos e nos lembrar que temos que viver intensamente e aproveitar todos os dias de nossas vidas, porque é isso que importa.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraJá havia ficado encantada com "Jogos Vorazes", mas "Em Chamas" conseguiu superar todas minhas expectativas e ser muito melhor (tanto o livro quanto o filme).
O que mais me atrai nessa saga é a questão política envolvida nos jogos e aqui isso ficou muito mais intenso, com os distritos se dispondo a fazer levantes para confrontar a Capital. A Katniss foi a primeira a fazer isso com suas ações nos Jogos Vorazes e se tornou "o tordo", fez com que as pessoas pudessem perceber que a esperança pode ser maior do que o medo. O plano da Capital para acabar com os levantes acabou não dando certo, mesmo com os Jogos Vorazes sendo realizados com os antigos vitoriosos, com o intuito de matar Katniss e fazer com que o medo nos distritos fosse ainda maior, não se poderia imaginar que os próprios tributos e até mesmo o Idealizador-Chefe dos jogos se juntariam para protegê-la e incentivar a rebelião nos distritos, o que foi a grande surpresa na trama e causou uma reviravolta na história. Algo que não é mostrado no filme, mas que considero muito importante é o motivo da Katniss decidir proteger o Peeta e querer que ele seja o vitorioso nessa edição dos jogos, não é apenas por ter afeição por ele, mas pelo fato dela acreditar que, caso haja uma revolta, ele seria um líder melhor do que ela, porque ela é mais forte e sabe lutar, já ele é sensível e sabe usar as palavras melhor do que ninguém, o que poderia fazer com que multidões seguissem suas sugestões.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraO que mais me fascina em Jogos Vorazes é a questão política, não é "apenas mais uma história para adolescentes", vai muito além disso.
A heroína é uma jovem comum, que batalha para sobreviver e sustentar a própria família. O romance adolescente está presente no enredo, mas não é o foco principal da história, pelo contrário, por mais que Peeta realmente demonstre amar Katniss, ela se deixa envolver nesse romance com um único intuito: sobrevivência. É nítido o controle exercido pela Capital aos distritos e os Jogos Vorazes existem para isso, para lembrar a todos o poder que a Capital exerce e o que pode acontecer se houver uma nova rebelião entre as pessoas. Mas Katniss (é incrível ter uma protagonista feminina como ela!) não quer ser apenas mais uma peça no jogo, com seus gestos, por mais simples que sejam, ela consegue confrontar a Capital, seja acertando uma flecha na maçã durante o treinamento com os Idealizadores; seja colocando flores no corpo de Rue e fazendo o sinal característico do Distrito 12; seja inventando um romance e fingindo um possível suicídio com o Peeta para que ambos possam sobreviver; enfim, ela não se mostra passiva a tudo isso, ela é uma sobrevivente.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraEsse filme conseguiu ser ainda melhor do que o primeiro. Impossível não torcer para o Batman derrotar o Coringa e ao mesmo tempo é impossível não se encantar com a atuação brilhante do Heath Ledger.
É incrível como os dois personagens são opostos que se completam, principalmente o Coringa em relação ao Batman; a insanidade e imoralidade do Coringa versus justiça e o combate ao crime do Batman; o Coringa tentando provar que as pessoas podem ser corrompidas versus o Batman querendo acreditar que as pessoas podem ter fé no bem.
"Ele é o herói que Gotham merece, mas não é o que ela precisa. Então, vamos caçá-lo. Porque ele aguenta. Porque ele não é o nosso herói. Ele é um guardião silencioso. Um protetor zeloso. Um cavaleiro das trevas."
Batman Begins
4.0 1,4K Assista AgoraMuito bacana a forma como é apresentado a história do Batman nesse filme, o que me deu muita curiosidade em assistir os próximos filmes da trilogia.
A representação de Gotham City, a construção do próprio Batman no sentido de buscar combater os criminosos e salvar sua cidade foram os elementos que tornaram o filme mais interessante. O mais bacana é que esse primeiro filme já deu um gancho para o próximo da trilogia, com a apresentação do Coringa, o que faz com que o espectador se sinta ainda mais curioso sobre o que está por vir.
Rio 2
3.3 606 Assista AgoraGostei bastante da continuação, que além do Rio de Janeiro, mostrou a Amazônia, a necessidade da mesma ser preservada e o perigo do desmatamento. Foi bacana acompanhar a trajetória do Blu em se adaptar à vida na selva, o reencontro da Jewel com a família e a diversão dos filhos do Blu e da Jewel; além da relação entre humanos e aves, de forma a mostrar que as aves da floresta têm medo dos humanos que desmatam a selva e prejudicam a sua existência, mas que há também boas pessoas, como a Linda e o Túlio que desejam protegê-los. A trilha sonora dessa continuação também foi incrível e divertida, o que é um aspecto que torna o filme ainda melhor.
Rio
3.6 2,7K Assista AgoraA animação focou em alguns estereótipos do Brasil, como carnaval, samba e futebol, além da beleza do Rio de Janeiro e o contraste que há entre essa beleza e as favelas da cidade, mas conseguiu atingir seu propósito com relação ao contrabando de aves e o fato de que muitas dessas estão próximas de serem extintas por conta disso. Foi muito bacana acompanhar a trajetória do Blu, a diferença entre ele e as outras aves, já que ele sendo um animal domesticado não conseguia voar como os outros, e o relacionamento dele com a Jewel, que foi o que mais me cativou no filme. Gostei muito da trilha sonora também, algo que fez o filme se tornar ainda melhor.
Amor e Outras Drogas
3.6 2,5K Assista AgoraNo início pensei que seria um filme clichê e parecido com outros com a mesma temática, onde o relacionamento começa com sexo e o casal se descobre apaixonado e enfim, acabam juntos. Assisti ao filme sem muitas expectativas, mas o filme acabou conseguindo me tocar de alguma forma.
Foram levantadas algumas questões interessantes (mesmo que de forma superficial), como a riqueza gerada pela indústria farmacêutica e o Mal de Parkinson. Mas o foco do filme era o relacionamento entre Jamie e Maggie, ele sendo um homem que almeja conquistar dinheiro e se relaciona casualmente com as mulheres que encontra, sem nunca ter se apaixonado por nenhuma delas; enquanto ela vivencia dificuldades com seu trabalho devido à sua doença e se relaciona casualmente com os homens por não querer se apaixonar ou que eles se apaixonem por ela, já que não é fácil conviver com a sua doença. Mas a paixão surgiu entre os dois de forma inevitável, o que mudou a vida de ambos, fez com que percebessem o quanto era gratificante cuidar e apoiar um ao outro e o quanto poderiam crescer como pessoas nessa relação.
"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te toca, e então, encontra uma pessoa e sua vida muda para sempre".
Psicose 4: O Começo
2.9 107É um filme interessante pelo fato de abordar a infância/adolescência do Norman e de certa forma mostrar os seus traumas e como ele se tornou quem é.
Fica claro que o relacionamento entre ele e a mãe era quase incestuoso, mas quando a mãe "percebia" a forma como o deixava, acabava punindo-o de alguma forma; a relação entre os dois era conturbada e abusiva, já que ela manifestava muitas vezes não gostar dele e agia com violência psicológica, o que gerou sequelas na personalidade dele. Ele tinha a mãe apenas para si e não conseguiu dividi-la com outra pessoa, o que acabou culminando no assassinato da mãe e do padrasto e fazendo com que, posteriormente, ele assumisse a personalidade da mãe e cometesse mais crimes. Não gostei muito da forma como a história foi abordada (com o Norman contando tudo em um programa de rádio), talvez fosse mais interessante se a história acontecesse no passado e não como lembranças atuais do Norman, mesmo assim, foi válido por ver o Norman revivendo o que passou e estando pronto, aparentemente, para se livrar do seu passado e seguir em frente com sua vida.
Psicose III
2.8 115 Assista AgoraÉ um filme bom, mas não há como superar o original. Segue a mesma linha dos filmes anteriores, tentando fazer com que o espectador entenda um pouco mais a respeito do Norman, apesar de se tornar repetitivo em alguns momentos, mostrando flashbacks dos filmes anteriores e trazendo elementos da personalidade de Norman que já conhecemos.
Serviu para enfatizar que, por mais que o Norman tentasse, realmente não havia se curado. Ele parecia gostar da Maureen e não queria machucá-la, já que achava que ela era "diferente" das outras mulheres e também não queria que a "mãe" a machucasse, tanto que a morte dela foi acidental. O filme serviu também para explicar a questão levantada no filme anterior, sobre a verdadeira mãe do Norman, o que fez com que ele tentasse "destruir a mãe", pelo menos, naquele momento. E assim, o ciclo se fecha, com o Norman sendo novamente preso e provavelmente não tendo a oportunidade de retornar ao convívio com a sociedade.
Psicose 2
3.3 213 Assista AgoraParticularmente não achava necessário a criação de uma continuação do clássico Psicose, mas resolvi assistir a esse filme e provavelmente assistirei aos próximos também.
Não dá para negar que é um bom filme, traz alguns elementos interessantes a respeito da personalidade do Norman e sobre o fato de que os anos que ele passou internado no sanatório não foram o suficiente para fazê-lo recuperar sua sanidade. Não imaginava que a Mary fosse filha da Lila e achei interessante o fato de que ela utilizou o nome Mary Samuels para se aproximar do Norman (mesmo nome que a Marion Crane, do primeiro filme, utiliza para se hospedar no Motel Bates). Achei curioso o fato da Lila estar obcecada em querer que o Norman continue internado, mesmo que ela tenha razão em querer isso, seria mais saudável seguir em frente, ao invés de arriscar a própria vida e a vida da filha para fazer com que seu plano dê certo. Não me agradou o fato do Norman ter outra mãe biológica e ela ter aparecido depois de tantos anos.