Um filme de super-herói indicado ao Oscar de Melhor Filme é uma grande surpresa. Mas é um filme que vai além e trata, claramente, de uma questão racial: não apenas o super-herói, mas os demais personagens também são negros, além de abordar críticas sociais e políticas.
T'Challa assume o trono de Wakanda após a morte de seu pai e também o poder do Pantera Negra, com a responsabilidade de proteger a tecnologia de Wakanda e do metal vibranium produzido por eles. Em meio a tentativas de fazer justiça a um antigo ladrão de vibranium, Killmonger quer duelar com T'Challa e tomar o trono de Wakanda. Mas deve-se levar em consideração os fatos pregressos, que levaram Killmonger a agir dessa forma. O pai dele participou de um roubo de vibranium no passado e foi considerado traidor de seu povo, já o pai de T'Challa, rei na época, resolveu matá-lo e mesmo sabendo da existência de Killmonger, o deixou para trás. A injustiça vivenciada no passado transformou-se em revolta no presente e o desejo de Killmonger, de utilizar o vibranium em outras nações que sofram injustiças, assim como ele sofreu, acaba se tornando uma vingança pessoal, uma crueldade maior do que a que sofreu. T'Challa não precisa apenas vencer o duelo, mas tornar-se um líder melhor que seu pai. Além disso, o elenco feminino mostra força e empoderamento, não precisando da força masculino, mas conseguindo se defender através de força física e intelecto.
Um filme de super-herói que supera as expectativas e tem indicações merecidas ao Oscar, merece todo o reconhecimento que tem recebido.
Broly simplesmente incrível e as lutas, ainda mais incríveis. Não esperava pelo desfecho, em relação aos pedidos das esferas do dragão, mas, provavelmente, terá algo relacionado com o Goku treinando o Broly.
É um filme com roteiro simples e clichê, mas que possui boas músicas e nos distrai com seu enredo. Ana e Vitória se conhecem em uma festa e gravam um CD juntas, a trama as acompanha na carreira profissional, mas também na vida amorosa, com idas e vindas de namoros. As músicas acabam sendo mais interessantes do que o filme em si, mas até que vale a pena assistir.
Ainda não consigo definir o que senti em relação a esse filme, é um misto de sensações, entre nostalgia com o universo de Harry Potter e confusão por alguns elementos inseridos na trama; mas de modo geral, confesso que gostei do filme e ainda me sinto ansiosa pelas continuações e pelo desfecho da história.
Grindelwald se mostra um excelente vilão, manipulador e persuasivo, um vilão até pior e mais fascista do que Voldemort, sendo que uma das melhores cenas do filme é o discurso de Grindelwald, que nos prende e quase consegue nos convencer do que está sendo dito por ele. A nostalgia fica por conta de elementos do universo Harry Potter: temos cenas em Hogwarts; temos a música-tema de Harry Potter; temos aula sobre o bicho-papão (como também aconteceu na saga Harry Potter); a presença de Nicolau Flamel, que acaba sendo extremamente interessante; entre outros elementos. Já a confusão fica por conta de detalhes que fazem com que fãs antigos da série fiquem perdidos sobre o que está acontecendo. Havia uma grande ansiedade em relação a presença de Nagini no filme, o que foi pouco explorado e sequer há um entendimento sobre a importância da personagem no filme. Outra personagem que não fica confusa na história é Minerva Macgonagall, que pelo que se sabe através da história de Harry Potter, sequer seria nascida na época em que a trama é contada. Até mesmo o feitiço "Accio" se mostra injustificado na trama, pois Newt o utiliza para convocar Pelúcio, o que deveria ser impossível, já que o feitiço deveria funcionar apenas com objetos. O plot central da saga, que já começa a aparecer nesse filme, será o confronto entre Dumbledore e Grindelwald. A trama não deixa claro a relação e os sentimentos existentes entre os dois; assim, quem já acompanha a série Harry Potter consegue perceber detalhes que podem passar despercebidos para quem não conhece a história (como Dumbledore em frente ao espelho de Ojesed vendo ele e Grindelwald juntos). Os animais fantásticos ficam em segundo plano no filme, mas ainda é encantador ver a relação destas com Newt. O quarteto continua presente, o próprio Newt, mesmo não sendo o principal da história, ainda nos mostra um excelente lufano; Jacob continua nos fazendo dar risadas, mesmo que menos do que no filme anterior; Queenie teve uma mudança drástica em relação ao filme anterior, sendo até mesmo manipulada por Grindelwald e tendo atitudes bastante diferente do que se esperava dela, deixando de ser a personagem carismática que conhecemos; Tina continua com seu trabalho e parece estar disposta a cumprir com seu papel e sua missão, e demonstra estar mais segura de si. Sabe-se que o poder de Credence como Obscurial pode trazer benefícios para Grindelwald e para sua ascensão, mas a cena final gera uma grande confusão: quem é Aurelios Dumbledore? Grindelwald faz Credence achar que Aurelios seria seu irmão e que pretende destruí-lo; mas ele não poderia ser irmão de Alvo, já que a cronologia de tempo parece não fazer sentido, o que gera a dúvida de quem ele seria.
Não é um filme perfeito, possui diversas falhas que acabam sendo percebidas facilmente por quem acompanha Harry Potter desde o início, mas não deixa de ser um bom filme, que nos faz querer ver os próximos e ter curiosidade em saber como a saga será finalizada.
Num mundo pós-apocalíptico, devastado, onde há apenas escassez e miséria, é difícil ter esperanças. Mas Eli carrega consigo um livro que acredita que irá transformar a humanidade; um livro, que outras pessoas também o querem, por saber de seu poder. Eu demorei um pouco para entender do que se tratava o livro, e aos poucos, a trama mostra que se trata da Bíblia e de todo o esforço de Eli para chegar ao seu destino e fazer com que a palavra de Deus seja ouvida. Só fui entender a cegueira de Eli ao final do filme, quando descobrimos que a Bíblia estava em braile, a única Bíblia que havia restado no mundo e que pode salvar a humanidade. Faz a gente pensar sobre nossa vida, sobre o desperdício material e sobre o quanto precisamos amadurecer como pessoas.
Estou sem conseguir entender como esse filme não foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, para mim foi um filme muito melhor do que alguns outros nomes indicados.
A trama não fala apenas sobre patinação, o enredo contado vai muito além do esporte, fala sobre amor, não o amor afetivo, mas o amor por sua carreira, a paixão por aquilo que você faz; fala sobre violência, seja ela psicológica ou doméstica; fala sobre dor; fala sobre verdades, onde todos possuem qualidades e defeitos, somos seres humanos com falhas. LaVona foi uma mãe que usava de violência psicológica contra a filha com a desculpa de que isso a tornaria uma competidora melhor. O marido Jeff a agredia fisicamente, e a violência era algo tão comum em sua vida, que ela acabou aceitando ser tratada dessa maneira. Mas a sua vida sempre foi a patinação, esse era seu verdadeiro amor, e ficava claro o quanto ela se incomodava quando não conseguia atingir seus objetivos e o quanto ficava feliz quando se sobressaia. O ataque contra Nancy acabou destruindo sua carreira, mesmo que, aparentemente, ela não tivesse relação com o que aconteceu, a sua punição foi pior do que a de seu marido, já que ele ficou preso por apenas alguns meses, enquanto ela perdeu a chance de competir novamente, e era tudo o que ela sabia, era como se fosse uma prisão perpétua. Muito interessante conhecer a história, e ver uma personagem real, com suas nuances boas e ruins; além da mescla entre a história acontecendo e os personagens contando como um documentários, além das cenas finais, onde as verdadeiras pessoas apareceram.
Que filme, que trama, que atuações maravilhosas! Dos indicados ao Oscar de Melhor Filme, esse foi o último que assisti, e se tornou meu favorito, torço muito para que ganhe o prêmio.
Mildred perdeu a filha Angela por um crime bárbaro, ela foi sequestrada, estuprada e morta, e não houve justiça para o que aconteceu com ela. Crimes assim geram revolta, mas as pessoas acabam seguindo em frente e retornando a sua rotina diária, mas Mildred, como mãe, precisava encontrar o culpado pelo que aconteceu com Angela, precisava ter isso resolvido em sua vida. Assim, ela colocou três anúncios em outdoors, questionando o delegado da investigação sobre a resolução do caso. Houve revolta na cidade, já que ela acusou a polícia de não fazer seu trabalho. É um filme que fala sobre a luta de uma mãe, que não aceita que a situação fica impune, que quer o assassino de sua filha preso, para que algo assim não aconteça com outras mulheres; é uma mãe angustiada, que apenas deseja justiça. O filme nos faz pensar sobre casos parecidos que acontecem no "mundo real", crimes que não são resolvidos, criminosos que não são presos; além da revolta, por sermos mulheres, e não estarmos protegidas, não podermos ter liberdade para ir e vir sem a ameaça a nossa integridade física; os abusos e crimes cometidos contra mulheres que se encontram sem solução. Mildred não encontrou o assassino de sua filha, mas soube de outro homem que cometeu um crime parecido, que também havia ficado impune; a trama não mostrou o que teria acontecido, mas nos deu a entender que ela faria justiça com as próprias mãos, por sua filha e por todas as mulheres que já sofreram algo assim. Entendemos que a atitude dela em querer matar um estuprador também é crime, mas também entendemos que a amargura e revolta no seu coração pelo que aconteceu com sua filha e a impunidade do crime é o que a guiam a agir assim.
Ouvi dizer que a inspiração para o filme veio de uma lenda brasileira sobre um homem-peixe, não conheço a lenda, mas fiquei curiosa em saber um pouco mais a respeito. A trama do filme é fantasiosa, mas nos faz perceber o amor de uma forma totalmente diferente e inesperada.
Elisa é uma zeladora muda, e por este motivo, possui dificuldades em se comunicar e se relacionar com as pessoas. Ela consegue se vincular com uma criatura que é incompreendida pelos demais, sendo que todos percebem seu lado selvagem e não o enxergam além disso, apenas Elisa consegue identificar quem ele é para além do que ele parece ser. O envolvimento dos dois é algo diferente e único, e mesmo que os outros não entendam, o que importam é o que eles sentem. Ela nunca se sentiu assim com ninguém antes, ele nunca foi visto da forma como ela o vê. E o sentimento de que eles ficaram juntos pela eternidade é algo maravilhoso de se pensar.
Torço para que ganhe o Oscar de Melhor Direção, pois é um filme que nos faz rever certos conceitos e perceber as coisas de forma diferente.
Num mundo onde os homens detém o poder, Kay assume a responsabilidade por um jornal, e no começo fica claro a dificuldade em aceitá-la, como se não acreditassem em seu potencial, apenas por ser mulher. Mas com o tempo, ela consegue mostrar a sua personalidade e a sua liderança, o feminismo se faz presente aqui, e há uma cena emblemática, onde Kay está descendo uma escadaria, e diversas mulheres a observam, admirando-a por seu trabalho e competência, cena linda que nos faz arrepiar. O que fazer quando se descobre documentos secretos do governo que são escandalosos ao país? Há a dúvida em divulgá-los e sofrer processos por conta disso, já que haveria exposição de todo o governo. Dá para se pensar quanto a liberdade de imprensa e o direito do povo em saber a verdade. Kay poderia ter escolhido não publicar os documentos, principalmente porque isso a ameaçaria e também ao seu jornal, mas ela pensou no seu público e até mesmo no futuro do jornalismo quando assumiu a responsabilidade em fazer a diferença nesse sentido.
Filme muito bom, com ótimas atuações de Meryl Streep e Tom Hanks.
Woodcock pode ser admirado por seu trabalho e até mesmo por sua obsessão e obstinação de criar vestidos perfeitos, ele se dedica no seu trabalho incessantemente. Mas no quesito de relacionamentos afetivos, ele é um homem desprezível, que quer que as mulheres à sua volta vivam no seu ritmo (não pode fazer barulho durante o café da manhã, não pode colocar ingredientes diferentes na comida, não pode fazer surpresas, não pode querer algo diferente do que ele quer). O relacionamento com Alma não é diferente, é algo mecânico, até mesmo abusivo, onde apenas as opiniões dele são consideradas. Alma não consegue ser ela mesma, ela aceita o que é imposto e tenta insistir para que o relacionamento dê certo, mesmo ele desprezando qualquer atitude sua para fazer com que a situação seja diferente. Mas Woodcock fica doente e percebe que precisa de Alma e de seus cuidados, e é quando ela consegue ter controle sobre a situação, que o relacionamento parece tomar um rumo diferente. É um filme em que não consegui me identificar, pois não aceitaria passar pelo que Alma passou, em boa parte do filme, senti pena da personagem e ao mesmo tempo raiva por Woodcock pela suas grosserias e modo de agir. Acredito que um filme seja bom por aquilo que nos faz sentir, mesmo sendo sentimentos negativos, é a forma que nos faz sentir envolvidos com a história.
É um filme tocante e fácil de se identificar, porque todos nós já passamos pelas mesmas situações que a protagonista, mesmo que o desenrolar de nossas histórias sejam diferentes, as dúvidas e o medo possuem características parecidas.
Lady Bird é uma adolescente que não sabe como lidar com seu futuro, tem uma relação conturbada com a mãe e possui incertezas quanto a faculdade e que rumo irá seguir. Se incomoda por morar em uma cidade pequena e tem planos maiores para si, o que não significa, necessariamente, que ela se esforce para isso, é como se a personagem simplesmente desejasse que o mundo conspirasse a favor de si. A mãe não entende os motivos da filha não aceitar o próprio nome ou não ser grata por tudo o que a família faz por ela. Lady Bird quer ser como os jovens populares e tem vergonha até mesmo da casa onde mora. Mas é através dos erros que ela consegue entender melhor a si mesma e os esforços que seus pais fizeram por ela. Tentou ser alguém que não era, apenas para "ser aceita" por um grupo de pessoas que sequer se importava com ela, e só assim ela percebeu quem realmente estava do seu lado, sua melhor amiga não era popular, mas a amava verdadeiramente. Nenhum relacionamento é perfeito, mas ela percebe as consequências dos seus atos e mesmo que a trama não tenha mostrado a reconciliação entre ela e a mãe, é algo a se imaginar que tenha acontecido e que tenha feito a personagem crescer e ser "a melhor versão de si mesma", como sua mãe tanto desejava.
Ainda estou tentando decidir o que achei desse filme, não acho que tenha sido ruim, mas também não acho que mereça a indicação ao Oscar de Melhor Filme.
É um filme que deve ser entendido nas suas entrelinhas e há ótimos questionamentos a serem feitos, principalmente em relação ao racismo, que acaba ficando extremamente nítido na história. Chris é um homem negro que namora com Rose, uma mulher branca; e chega o momento dele conhecer a família dela. Os empregados da casa são negros e demonstram comportamentos estranhos, como se não estivessem realmente "presentes". O pai de Rose conta uma história de quando seu pai perdeu uma luta para um homem negro, uma informação importante para a história, que pode passar despercebida. A mãe de Rose faz uma sessão de hipnose com Chris, como se estivesse trabalhando questões referentes ao seu vício de fumar. Mas com o passar da trama, Chris desconfia das atitudes da família e percebe que algo está errado. É então que é descoberto que as pessoas negras que estão na família na verdade estão hipnotizadas, e na verdade, os empregados negros são os avós de Rose. Por que são escolhidas pessoas negras para isso? Talvez como uma forma de vingança pelo fato do avô ter perdido uma luta justamente para um negro? Assim, as vítimas devem ser pessoas negras. É um filme interessante, que nos prende pelas atuações e pelo roteiro.
Entendi perfeitamente a intenção do filme, mas não acho que mereça a indicação ao Oscar!
É interessante ver esse filme logo após ter assistido "O Destino de uma Nação", porque ambos contam a mesma história, mas com focos diferentes, um através da guerra e outro através da política por trás da guerra.
Se passa durante a 2ª Guerra Mundial, quando Hitler estava tentando invadir a Europa, e os soldados ficaram presos em Dunkirk, onde são atacados pelo céu e pelo mar, e precisam encontrar formas de sobreviver. Por uma decisão do Primeiro-Ministro, navios de civis foram resgatá-los e é interessante ver como cada soldado reagiu ao fato de precisar ser resgatado e como isso impactou cada um. É muito interessante a complementação entre os dois filmes, a forma como a história fica bem contada quando vemos os dois lados.
O filme mostra maio de 1940, período da Segunda Guerra Mundial, momento em que as tropas alemãs de Hitler estão tentando invadir a Europa, mas a trama não foca na guerra, mas na política por trás disso. Chamberlain era o Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, e devido a pressão, acabou renunciando, sendo que Churchill assumiu seu lugar. Churchill tinha um modo diferente de governar e no começo teve rejeição até mesmo do rei, mas não pretendia fazer acordos de paz, mas sabia que lutar era necessário. Uma das melhores cenas foi de Churchill no metrô conversando com as pessoas quanto a opinião delas em relação ao que fazer e todas comentaram da importância de lutar e não desistir, e ele decidiu ouvir o povo.
O filme vale a pena pela questão histórica e pela atuação de Gary.
À princípio achei que o filme era superestimado, mas aos poucos, acabei me encantando pela trama, é um filme simples, mas ao mesmo tempo, com uma riqueza de detalhes, e são esses detalhes que o tornam um bom filme.
Oliver é um acadêmico que veio ajudar o pai de Elio em uma pesquisa, seriam apenas 6 semanas juntos, mas acabaram sendo mais intensas do que apenas uma amizade de verão. Os dois vão se aproximando aos poucos e acaba surgindo uma paixão avassaladora. O envolvimento acaba acontecendo, de maneira singela e sensual. Durante a trama há sinais de que eles gostam um do outro, mas têm receio de se aproximar, e quando acontece, acaba sendo intenso para ambos. Nos faz lembrar do primeiro amor, da primeira vez que nos sentimos apaixonados por alguém, Elio é um rapaz jovem, que parece nunca ter sentido algo assim antes, mas quando Oliver vai embora, o que resta é a solidão, a dificuldade em seguir em frente e sequer saber para onde ir. Também nos faz lembrar da primeira decepção amorosa, quando o outro parte e deixa nosso coração aos pedaços, Oliver não apenas foi embora, mas também pretende se casar com outra pessoa, o que deixa Elio desolado. A cena de Elio com seu pai, perto do final do filme, mostra um ótimo diálogo, onde este fala para o filho sentir a tristeza e a dor, da mesma forma como sentiu alegria por estar com Oliver, tentar matar os sentimentos não é adequado, o melhor é sentir, tanto os sentimentos bons como os ruins, e lembrar que essa foi uma paixão como poucas. É lindo ver a naturalidade como os pais lideram com o relacionamento do filho, sem preconceito, diferente de como estamos acostumados a ver no dia-a-dia.
Meu último filme do ano de 2017 e com certeza, o mais especial. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas me emocionei muito com o filme, foi impossível conter as lágrimas no cinema. Achei incrível o fato de que a história é contada através do ponto de vista de diversos personagens, o que nos faz entender que cada história pode ter diferentes lados, cada um tem uma maneira única de interpretar os fatos da vida.
Nate e Isabel tiveram dois filhos: Via e August, mas devido a desordem craniofacial congênita de Auggie, Isabel abriu mão de tudo para cuidar do filho, largou o mestrado e se dedicou inteiramente a ele, inclusive o ensinando em casa, por medo do bullying que ele pudesse sofrer na escola. É compreensível os motivos pelos quais Isabel teve que fazer isso, mas ela não percebe o lado de Via, que foi deixado de lado pela família por causa do irmão, não é ciúmes e/ou inveja, é a constatação de um fato, ela teve que se virar sozinha para lidar com a situação. Em dado momento, é necessário que Auggie vá para a escola, e temos a possibilidade de ver a situação por ângulos diferentes, como de Auggie e de seu novo amigo Jack. Auggie possui uma fisionomia diferente e isso faz com que ele sofra bullying na escola, Jack se aproxima dele, a princípio por insistência da amiga, mas acabam se tornando verdadeiros amigos, mas os colegas acham estranho essa amizade e é difícil para Jack lidar com isso, escolher uma amizade verdadeiro ou ser parte de um grupo popular. Até mesmo o colega que faz o maior bullying contra Auggie, merece que seja visto também o seu lado da história, Julian vem de uma família preconceituosa, ele aprendeu a agir assim dentro da própria família. Também temos a visão de Miranda, melhor amiga de Via, que acaba se afastando dela, por enfrentar dificuldades na própria família e admirar a família de Via.
São diversas as lições mostradas na trama e é possível refletir sobre isso pensando na própria vida e nas nossas relações com as pessoas. É um filme emocionante, que toca o coração e a alma.
Adaptação de um livro que me marcou muito na infância, lembro que devorava todos os livros possíveis da Agatha Christie, mas nenhum superou "Assassinato no Expresso do Oriente", que dentre todos os livros dela, continua sendo meu favorito. A expectativa estava alta e acho que foi um bom filme, conseguiu cumprir com seu papel. O crime ocorreu dentro do Expresso do Oriente e, aparentemente, o assassino não teve um padrão para o assassinato, até que Poirot começou a investigar o caso e ligar os fatos. Verificou o passado da vítima e a ligação entre este e cada um do trem, conseguindo desvendar o mistério. Entre os livros desse gênero, este é o que tem o melhor desfecho e o que nos deixa mais admirados com o talento de Agatha.
A vítima havia cometido um crime contra uma criança no passado, que acabou destruindo uma família, e todos envolvidos nessa tragédia resolveram se vingar, já que o criminoso não havia sido preso, assim, cada um lhe desferiu uma facada e acabaram saindo ilesos do crime, já que a justiça havia sido feita. O final do filme deu a impressão que será feito adaptação do livro "Morte no Nilo", agora é aguardar para verificar se isso realmente irá acontecer.
A trama acompanha a forma como ele vê a guerra através de suas fugas. A humilhação em ver os judeus serem marcados com uma estrela de davi, a segregação em todos terem que morar em pequenos bairros, longe do restante da sociedade e as mortes acontecendo sem motivo. Ele viu a família indo para um trem, enquanto ele conseguia fugir, ele não soube na hora como se deu a morte de seus familiares, apenas teve a compreensão de que foi separado deles. Ele conseguiu se esconder, fugindo de um local para outro, contando com a ajuda de algumas pessoas pelo caminho, que por algum motivo, percebiam que a discriminação não fazia sentido. Ele viu pessoas ao redor sendo mortas e quase foi morto em algumas ocasiões. No fim, conseguiu sobreviver e retomar sua carreira como pianista.
Bom para refletir sobre o momento histórico e sobre os heróis que tentaram ajudar os judeus a fugirem e se esconderem.
Confesso que não assisti aos filmes anteriores, então minha opinião é baseada apenas no que vi neste filme, e por este fato, acabo não tendo a visão do todo, assim, minha visão pode ser superficial em relação à história. Não é um filme que faz muito meu estilo, mas gostei da relação do César com os outros macacos e a devoção dele por sua família. No início fiquei um pouco perdida, por não conhecer o contexto da trama, e talvez tenha que assistir aos filmes anteriores e reassistir a esse para ter uma noção melhor da história.
César quis se vingar do Coronel por ter matado sua esposa e seu filho, enquanto os outros macacos tentavam reconstruir suas vidas, mas acabaram sendo capturados pelo Coronel e sendo forçados a trabalhar. César lutou bravamente por sua família, fez tudo o que estava ao seu alcance para defendê-los e protegê-los. Achei linda a relação da Nova com os macacos e a forma como ela tentou ajudá-los.
O filme traz elementos muito importantes para nos fazer refletir acerca da sociedade, do racismo, da marginalização. Conta uma história de vida dividida em três atos, como o meio em que se vive pode influenciar nas suas escolhas, e diante disso, como essas escolhas trazem consequências para o seu futuro.
"Little" sofria bullying por apresentar características gays, no entanto, ele próprio ainda não tinha conhecimento de sua própria sexualidade, não entendia o que significava ser chamado de "boiola" pelos colegas da escola. A mãe dele, sendo usuária de drogas, não lhe dava atenção suficiente ou sequer exercia seu papel enquanto genitora, o que o fez encontrar em Juan e Teresa figuras paternas e de afeto. Juan era um traficante, os motivos de sua morte não são deixados claros, no entanto, pensando-se na sociedade em que vivemos, possivelmente o mesmo deve ter morrido por causa do tráfico. Chiron descobriu o sexo com um amigo e percebeu sua homossexualidade, onde percebe-se que a marginalização do personagem se coloca no fato do mesmo ser negro, gay, com histórico de uso de drogas na família, teoricamente sem oportunidades de crescimento, de alguma forma, se vendo obrigado a entrar para o tráfico. "Black" ficou rico por ser traficante, acabou sendo um reflexo de Juan, vendo-o na vida adulta, vemos a representação de sua figura paterna. Como li em um comentário anterior, o mar esteve presente durante as maiores descobertas de Chiron: quando percebe em Juan uma figura paterna; quando reconhece sua sexualidade homossexual e quando se reencontra consigo mesmo e com seus sentimentos. O final da trama ficou em aberto, talvez para realmente colocar a dúvida de: qual será o destino de Chiron? Continuar no tráfico? Ser preso? Morrer? Ou até mesmo, tentar viver seu grande amor e buscar largar o mundo do crime?
Mostra elementos do presente e do passado nos faz compreender melhor a personalidade do Lee e suas atitudes. Quem o conhece no momento atual acaba por sentir raiva dele, já que é um homem grosseiro e estúpido e que tenta arranjar briga com todos que encontra; mas ele sente tanta amargura pela vida que não consegue lidar com a situação, não consegue mais se apegar nas pessoas e demonstrar cordialidade ou afeto. Ele teve um casamento feliz com Randi, tinha um bom relacionamento com seu irmão Joe, teve uma linda família, mas tudo acabou sendo destruído. Ele teve três filhos com Randi, mas, acidentalmente, colocou fogo em sua casa, matando as três crianças, algo pelo qual ele nunca se perdoou. É natural se colocar no lugar de Randi, pois quando o acidente aconteceu, Lee estava bêbado e ele foi o responsável; foi possível sentir a raiva dela e a raiva que ele sentia por si próprio, e o casamento acabou devido a isso, pois eles não conseguiram superar o que aconteceu. Mesmo com as tragédias que acontecem na vida, é necessário seguir em frente e continuar vivendo. Randi se casou novamente e estava prestes a construir uma nova família, mesmo com seu coração partido para sempre, como ela mesma disse. Mas o mesmo não aconteceu com Lee; ele se fechou, não conseguiu superar a dor, não conseguiu sequer ficar na mesma cidade, estava pronto a explodir a qualquer momento, não conseguia falar sobre o assunto. A vida seguiu, mas ele ficou parado no mesmo ponto. Com a morte do irmão, Lee foi obrigado a retornar para sua antiga cidade, a ser tutor de seu sobrinho e resolver questões referentes a ele, foi obrigada a ver Randi e sentir a dor da perda de seus filhos novamente.
O filme mostra dor, luto, amargura e pesar; é um filme que toca na nossa alma, é para aqueles que conseguem entender as consequências que uma tragédia pode ter na vida das pessoas.
Que filme mais emocionante e encantador, terminei de assistir aos prantos e sem palavras, ainda mais por se tratar de uma história baseada em fatos reais.
Saroo veio de uma família humilde, tentava, junto com seu irmão Guddu, ajudar sua mãe a conseguir alimentos para a família, e ele gostava de poder ajudar, mas acabou se perdendo de seu irmão. Partiu meu coração vê-lo desesperado dentro do trem, chamando por sua mãe e seu irmão, sem saber o que fazer ou como pedir ajuda. Ele era tão pequeno que sequer sabia pronunciar seu próprio nome ou o nome da cidade de onde vinha, assim, não conseguiram encontrar sua família e ele acabou sendo adotado. A família que o adotou realmente estava preparada para isso: para cuidar, amar e protegê-lo. Vinte anos depois, mesmo sentindo falta de sua própria família, Saroo reconhecia o quanto seus pais adotivos contribuíram para que ele se tornasse quem é atualmente. Mas Saroo precisava reencontrar a mãe biológica, precisava vê-la e abraçá-la novamente. É cativante ver a dificuldade e esforço dele em procurar sua família, em descobrir o trem que o havia levado embora e a cidade a qual pertencia; e foi ainda mais emocionante vê-lo encontrar sua cidade, contar para a sua mãe o seu desejo e vê-la o apoiando. O reencontro foi lindo e ao mesmo tempo doloroso, sua mãe nunca desistiu de encontrá-lo, sempre imaginou que ele pudesse retornar para casa; mas Guddu havia falecido, na mesma noite que Saroo desapareceu, ou seja, a mãe perdeu dois filhos no mesmo dia, e é inimaginável a dor que isso deve ter causado à ela.
É um daqueles filmes para se emocionar e guardar para sempre na memória.
É inadmissível pensar em uma sociedade dividida entre pessoas brancas e negras, e mais inadmissível ainda é se dar conta de que isso realmente aconteceu, não é ficção, pelo contrário, o filme aborda situações que realmente aconteceram e é baseado em pessoas reais. A história de vida dessas três mulheres é algo que todos devem conhecer, não apenas por terem sido profissionais brilhantes, mas pelo quanto elas batalharam para serem reconhecidas, em uma época tão difícil, levando em consideração sua raça e gênero. Como é possível que em um ambiente de trabalho possa ter banheiros diferentes para pessoas brancas e negras? Como é possível que para a simples tarefa de ir até o banheiro, uma mulher tenha que se deslocar para um local extremamente distante, simplesmente porquê onde ela está não há 'banheiros para pessoas de cor'? Algumas cenas do filme são memoráveis, como: quando Katherine explica para seu superior porque demorava tanto para ir ao banheiro; e quando Mary comenta que sendo uma mulher negra apenas deseja se tornar engenheira, e caso fosse um homem branco, já o seria. Cada uma dessas mulheres trouxe contribuições incríveis e se tornaram peças fundamentais na NASA. Dorothy desempenhava o papel de supervisora de sua equipe, mesmo não sendo reconhecida ou paga para isso; Mary se empenhou muito para conseguir realizar seu sonho de ser engenharia (sendo a primeira mulher negra nos EUA a conseguir isso) e Katherine foi uma das responsáveis pelo lançamento do astronauta John Glenn na órbita da Terra. Acompanhar a trajetória de cada uma delas nos mostra o quanto ainda nossa sociedade precisa evoluir, o quanto o sexismo e o racismo ainda estão impregnados na sociedade em que vivemos. Perceber que, em termos de história, os eventos mostrados são recentes é algo que impressiona. Elas trabalhavam em um local dominado por homens brancos e conseguiram se sobressair, mas para isso precisaram se esforçar e provar o próprio talento, algo que não era necessário para os homens da época.
As reflexões possíveis vão além da história em si, e é esse tipo de filme que merece ser premiado e lembrado por todos.
Se não tivesse sido indicado ao Oscar, provavelmente, eu não assistiria a esse filme, pois, levando em consideração a sinopse e o plot principal da trama, não seria algo que me chamaria a atenção. No entanto, sendo justa, tenho que elogiar o filme em diversas questões.
Tanner e Toby são irmãos, que acabaram de perder a mãe, um é ex-presidiário e outro é divorciado, que deve dinheiro da pensão de seus dois filhos; além disso, após a morte da mãe, precisam pagar o dinheiro da hipoteca da casa, para garantirem continuar com a propriedade. Para isso, o plano dos irmãos é assaltarem bancos até conseguirem quitar suas dívidas. Para quem não presta atenção nas entrelinhas, pode se tratar apenas de um filme envolvendo assalto a banco; mas, o filme vai além disso, mostra o quanto bancos tiram dinheiro das pessoas "a qualquer custo", cobrando juros e mais juros, sem se importar se a pessoa terá como pagar a dívida ou não. É muito interessante a cena em que é discutido o fato de que os irmãos estão devendo para o banco e vão pagar a dívida com dinheiro roubado de bancos. O plano era roubar e quitar a dívida, mas a situação acaba fugindo do controle, quando Tanner acaba matando pessoas "para se proteger", sendo que não é algo que Toby faria, e assim, o espectador percebe a diferença entre os protagonistas e a moralidade de cada um. Tanner acaba sendo morto pela polícia, mas Toby acaba conseguindo se safar, pagar a hipoteca da casa e dá-la para os filhos, além de descobrir petróleo na propriedade, o que irá garantir uma renda mensal para ele e os filhos.
A história nos faz pensar sobre o lucro gerado pelos bancos na atualidade e o quanto nós, cidadãos comuns, acabamos sendo afetados nesta questão.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraUm filme de super-herói indicado ao Oscar de Melhor Filme é uma grande surpresa. Mas é um filme que vai além e trata, claramente, de uma questão racial: não apenas o super-herói, mas os demais personagens também são negros, além de abordar críticas sociais e políticas.
T'Challa assume o trono de Wakanda após a morte de seu pai e também o poder do Pantera Negra, com a responsabilidade de proteger a tecnologia de Wakanda e do metal vibranium produzido por eles. Em meio a tentativas de fazer justiça a um antigo ladrão de vibranium, Killmonger quer duelar com T'Challa e tomar o trono de Wakanda. Mas deve-se levar em consideração os fatos pregressos, que levaram Killmonger a agir dessa forma. O pai dele participou de um roubo de vibranium no passado e foi considerado traidor de seu povo, já o pai de T'Challa, rei na época, resolveu matá-lo e mesmo sabendo da existência de Killmonger, o deixou para trás. A injustiça vivenciada no passado transformou-se em revolta no presente e o desejo de Killmonger, de utilizar o vibranium em outras nações que sofram injustiças, assim como ele sofreu, acaba se tornando uma vingança pessoal, uma crueldade maior do que a que sofreu. T'Challa não precisa apenas vencer o duelo, mas tornar-se um líder melhor que seu pai. Além disso, o elenco feminino mostra força e empoderamento, não precisando da força masculino, mas conseguindo se defender através de força física e intelecto.
Dragon Ball Super: Broly
3.8 211Filme muito bom.
Broly simplesmente incrível e as lutas, ainda mais incríveis. Não esperava pelo desfecho, em relação aos pedidos das esferas do dragão, mas, provavelmente, terá algo relacionado com o Goku treinando o Broly.
Ana e Vitória
3.2 357É um filme com roteiro simples e clichê, mas que possui boas músicas e nos distrai com seu enredo. Ana e Vitória se conhecem em uma festa e gravam um CD juntas, a trama as acompanha na carreira profissional, mas também na vida amorosa, com idas e vindas de namoros. As músicas acabam sendo mais interessantes do que o filme em si, mas até que vale a pena assistir.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraAinda não consigo definir o que senti em relação a esse filme, é um misto de sensações, entre nostalgia com o universo de Harry Potter e confusão por alguns elementos inseridos na trama; mas de modo geral, confesso que gostei do filme e ainda me sinto ansiosa pelas continuações e pelo desfecho da história.
Grindelwald se mostra um excelente vilão, manipulador e persuasivo, um vilão até pior e mais fascista do que Voldemort, sendo que uma das melhores cenas do filme é o discurso de Grindelwald, que nos prende e quase consegue nos convencer do que está sendo dito por ele. A nostalgia fica por conta de elementos do universo Harry Potter: temos cenas em Hogwarts; temos a música-tema de Harry Potter; temos aula sobre o bicho-papão (como também aconteceu na saga Harry Potter); a presença de Nicolau Flamel, que acaba sendo extremamente interessante; entre outros elementos. Já a confusão fica por conta de detalhes que fazem com que fãs antigos da série fiquem perdidos sobre o que está acontecendo. Havia uma grande ansiedade em relação a presença de Nagini no filme, o que foi pouco explorado e sequer há um entendimento sobre a importância da personagem no filme. Outra personagem que não fica confusa na história é Minerva Macgonagall, que pelo que se sabe através da história de Harry Potter, sequer seria nascida na época em que a trama é contada. Até mesmo o feitiço "Accio" se mostra injustificado na trama, pois Newt o utiliza para convocar Pelúcio, o que deveria ser impossível, já que o feitiço deveria funcionar apenas com objetos. O plot central da saga, que já começa a aparecer nesse filme, será o confronto entre Dumbledore e Grindelwald. A trama não deixa claro a relação e os sentimentos existentes entre os dois; assim, quem já acompanha a série Harry Potter consegue perceber detalhes que podem passar despercebidos para quem não conhece a história (como Dumbledore em frente ao espelho de Ojesed vendo ele e Grindelwald juntos). Os animais fantásticos ficam em segundo plano no filme, mas ainda é encantador ver a relação destas com Newt. O quarteto continua presente, o próprio Newt, mesmo não sendo o principal da história, ainda nos mostra um excelente lufano; Jacob continua nos fazendo dar risadas, mesmo que menos do que no filme anterior; Queenie teve uma mudança drástica em relação ao filme anterior, sendo até mesmo manipulada por Grindelwald e tendo atitudes bastante diferente do que se esperava dela, deixando de ser a personagem carismática que conhecemos; Tina continua com seu trabalho e parece estar disposta a cumprir com seu papel e sua missão, e demonstra estar mais segura de si. Sabe-se que o poder de Credence como Obscurial pode trazer benefícios para Grindelwald e para sua ascensão, mas a cena final gera uma grande confusão: quem é Aurelios Dumbledore? Grindelwald faz Credence achar que Aurelios seria seu irmão e que pretende destruí-lo; mas ele não poderia ser irmão de Alvo, já que a cronologia de tempo parece não fazer sentido, o que gera a dúvida de quem ele seria.
O Livro de Eli
3.6 2,0K Assista AgoraQue filme incrível! Traz grandes reflexões!
Num mundo pós-apocalíptico, devastado, onde há apenas escassez e miséria, é difícil ter esperanças. Mas Eli carrega consigo um livro que acredita que irá transformar a humanidade; um livro, que outras pessoas também o querem, por saber de seu poder. Eu demorei um pouco para entender do que se tratava o livro, e aos poucos, a trama mostra que se trata da Bíblia e de todo o esforço de Eli para chegar ao seu destino e fazer com que a palavra de Deus seja ouvida. Só fui entender a cegueira de Eli ao final do filme, quando descobrimos que a Bíblia estava em braile, a única Bíblia que havia restado no mundo e que pode salvar a humanidade. Faz a gente pensar sobre nossa vida, sobre o desperdício material e sobre o quanto precisamos amadurecer como pessoas.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraEstou sem conseguir entender como esse filme não foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, para mim foi um filme muito melhor do que alguns outros nomes indicados.
A trama não fala apenas sobre patinação, o enredo contado vai muito além do esporte, fala sobre amor, não o amor afetivo, mas o amor por sua carreira, a paixão por aquilo que você faz; fala sobre violência, seja ela psicológica ou doméstica; fala sobre dor; fala sobre verdades, onde todos possuem qualidades e defeitos, somos seres humanos com falhas. LaVona foi uma mãe que usava de violência psicológica contra a filha com a desculpa de que isso a tornaria uma competidora melhor. O marido Jeff a agredia fisicamente, e a violência era algo tão comum em sua vida, que ela acabou aceitando ser tratada dessa maneira. Mas a sua vida sempre foi a patinação, esse era seu verdadeiro amor, e ficava claro o quanto ela se incomodava quando não conseguia atingir seus objetivos e o quanto ficava feliz quando se sobressaia. O ataque contra Nancy acabou destruindo sua carreira, mesmo que, aparentemente, ela não tivesse relação com o que aconteceu, a sua punição foi pior do que a de seu marido, já que ele ficou preso por apenas alguns meses, enquanto ela perdeu a chance de competir novamente, e era tudo o que ela sabia, era como se fosse uma prisão perpétua. Muito interessante conhecer a história, e ver uma personagem real, com suas nuances boas e ruins; além da mescla entre a história acontecendo e os personagens contando como um documentários, além das cenas finais, onde as verdadeiras pessoas apareceram.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraQue filme, que trama, que atuações maravilhosas! Dos indicados ao Oscar de Melhor Filme, esse foi o último que assisti, e se tornou meu favorito, torço muito para que ganhe o prêmio.
Mildred perdeu a filha Angela por um crime bárbaro, ela foi sequestrada, estuprada e morta, e não houve justiça para o que aconteceu com ela. Crimes assim geram revolta, mas as pessoas acabam seguindo em frente e retornando a sua rotina diária, mas Mildred, como mãe, precisava encontrar o culpado pelo que aconteceu com Angela, precisava ter isso resolvido em sua vida. Assim, ela colocou três anúncios em outdoors, questionando o delegado da investigação sobre a resolução do caso. Houve revolta na cidade, já que ela acusou a polícia de não fazer seu trabalho. É um filme que fala sobre a luta de uma mãe, que não aceita que a situação fica impune, que quer o assassino de sua filha preso, para que algo assim não aconteça com outras mulheres; é uma mãe angustiada, que apenas deseja justiça. O filme nos faz pensar sobre casos parecidos que acontecem no "mundo real", crimes que não são resolvidos, criminosos que não são presos; além da revolta, por sermos mulheres, e não estarmos protegidas, não podermos ter liberdade para ir e vir sem a ameaça a nossa integridade física; os abusos e crimes cometidos contra mulheres que se encontram sem solução. Mildred não encontrou o assassino de sua filha, mas soube de outro homem que cometeu um crime parecido, que também havia ficado impune; a trama não mostrou o que teria acontecido, mas nos deu a entender que ela faria justiça com as próprias mãos, por sua filha e por todas as mulheres que já sofreram algo assim. Entendemos que a atitude dela em querer matar um estuprador também é crime, mas também entendemos que a amargura e revolta no seu coração pelo que aconteceu com sua filha e a impunidade do crime é o que a guiam a agir assim.
A Forma da Água
3.9 2,7KOuvi dizer que a inspiração para o filme veio de uma lenda brasileira sobre um homem-peixe, não conheço a lenda, mas fiquei curiosa em saber um pouco mais a respeito. A trama do filme é fantasiosa, mas nos faz perceber o amor de uma forma totalmente diferente e inesperada.
Elisa é uma zeladora muda, e por este motivo, possui dificuldades em se comunicar e se relacionar com as pessoas. Ela consegue se vincular com uma criatura que é incompreendida pelos demais, sendo que todos percebem seu lado selvagem e não o enxergam além disso, apenas Elisa consegue identificar quem ele é para além do que ele parece ser. O envolvimento dos dois é algo diferente e único, e mesmo que os outros não entendam, o que importam é o que eles sentem. Ela nunca se sentiu assim com ninguém antes, ele nunca foi visto da forma como ela o vê. E o sentimento de que eles ficaram juntos pela eternidade é algo maravilhoso de se pensar.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraA trama possui elementos importantes a serem destacados, questões que ficam nas entrelinhas, fazem parte dos detalhes que o tornam uma boa obra.
Num mundo onde os homens detém o poder, Kay assume a responsabilidade por um jornal, e no começo fica claro a dificuldade em aceitá-la, como se não acreditassem em seu potencial, apenas por ser mulher. Mas com o tempo, ela consegue mostrar a sua personalidade e a sua liderança, o feminismo se faz presente aqui, e há uma cena emblemática, onde Kay está descendo uma escadaria, e diversas mulheres a observam, admirando-a por seu trabalho e competência, cena linda que nos faz arrepiar. O que fazer quando se descobre documentos secretos do governo que são escandalosos ao país? Há a dúvida em divulgá-los e sofrer processos por conta disso, já que haveria exposição de todo o governo. Dá para se pensar quanto a liberdade de imprensa e o direito do povo em saber a verdade. Kay poderia ter escolhido não publicar os documentos, principalmente porque isso a ameaçaria e também ao seu jornal, mas ela pensou no seu público e até mesmo no futuro do jornalismo quando assumiu a responsabilidade em fazer a diferença nesse sentido.
Trama Fantasma
3.7 803 Assista AgoraQuantos sentimentos diferentes é possível se ter por um personagem?
Woodcock pode ser admirado por seu trabalho e até mesmo por sua obsessão e obstinação de criar vestidos perfeitos, ele se dedica no seu trabalho incessantemente. Mas no quesito de relacionamentos afetivos, ele é um homem desprezível, que quer que as mulheres à sua volta vivam no seu ritmo (não pode fazer barulho durante o café da manhã, não pode colocar ingredientes diferentes na comida, não pode fazer surpresas, não pode querer algo diferente do que ele quer). O relacionamento com Alma não é diferente, é algo mecânico, até mesmo abusivo, onde apenas as opiniões dele são consideradas. Alma não consegue ser ela mesma, ela aceita o que é imposto e tenta insistir para que o relacionamento dê certo, mesmo ele desprezando qualquer atitude sua para fazer com que a situação seja diferente. Mas Woodcock fica doente e percebe que precisa de Alma e de seus cuidados, e é quando ela consegue ter controle sobre a situação, que o relacionamento parece tomar um rumo diferente. É um filme em que não consegui me identificar, pois não aceitaria passar pelo que Alma passou, em boa parte do filme, senti pena da personagem e ao mesmo tempo raiva por Woodcock pela suas grosserias e modo de agir. Acredito que um filme seja bom por aquilo que nos faz sentir, mesmo sendo sentimentos negativos, é a forma que nos faz sentir envolvidos com a história.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraÉ um filme tocante e fácil de se identificar, porque todos nós já passamos pelas mesmas situações que a protagonista, mesmo que o desenrolar de nossas histórias sejam diferentes, as dúvidas e o medo possuem características parecidas.
Lady Bird é uma adolescente que não sabe como lidar com seu futuro, tem uma relação conturbada com a mãe e possui incertezas quanto a faculdade e que rumo irá seguir. Se incomoda por morar em uma cidade pequena e tem planos maiores para si, o que não significa, necessariamente, que ela se esforce para isso, é como se a personagem simplesmente desejasse que o mundo conspirasse a favor de si. A mãe não entende os motivos da filha não aceitar o próprio nome ou não ser grata por tudo o que a família faz por ela. Lady Bird quer ser como os jovens populares e tem vergonha até mesmo da casa onde mora. Mas é através dos erros que ela consegue entender melhor a si mesma e os esforços que seus pais fizeram por ela. Tentou ser alguém que não era, apenas para "ser aceita" por um grupo de pessoas que sequer se importava com ela, e só assim ela percebeu quem realmente estava do seu lado, sua melhor amiga não era popular, mas a amava verdadeiramente. Nenhum relacionamento é perfeito, mas ela percebe as consequências dos seus atos e mesmo que a trama não tenha mostrado a reconciliação entre ela e a mãe, é algo a se imaginar que tenha acontecido e que tenha feito a personagem crescer e ser "a melhor versão de si mesma", como sua mãe tanto desejava.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraAinda estou tentando decidir o que achei desse filme, não acho que tenha sido ruim, mas também não acho que mereça a indicação ao Oscar de Melhor Filme.
É um filme que deve ser entendido nas suas entrelinhas e há ótimos questionamentos a serem feitos, principalmente em relação ao racismo, que acaba ficando extremamente nítido na história. Chris é um homem negro que namora com Rose, uma mulher branca; e chega o momento dele conhecer a família dela. Os empregados da casa são negros e demonstram comportamentos estranhos, como se não estivessem realmente "presentes". O pai de Rose conta uma história de quando seu pai perdeu uma luta para um homem negro, uma informação importante para a história, que pode passar despercebida. A mãe de Rose faz uma sessão de hipnose com Chris, como se estivesse trabalhando questões referentes ao seu vício de fumar. Mas com o passar da trama, Chris desconfia das atitudes da família e percebe que algo está errado. É então que é descoberto que as pessoas negras que estão na família na verdade estão hipnotizadas, e na verdade, os empregados negros são os avós de Rose. Por que são escolhidas pessoas negras para isso? Talvez como uma forma de vingança pelo fato do avô ter perdido uma luta justamente para um negro? Assim, as vítimas devem ser pessoas negras. É um filme interessante, que nos prende pelas atuações e pelo roteiro.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraÉ interessante ver esse filme logo após ter assistido "O Destino de uma Nação", porque ambos contam a mesma história, mas com focos diferentes, um através da guerra e outro através da política por trás da guerra.
Se passa durante a 2ª Guerra Mundial, quando Hitler estava tentando invadir a Europa, e os soldados ficaram presos em Dunkirk, onde são atacados pelo céu e pelo mar, e precisam encontrar formas de sobreviver. Por uma decisão do Primeiro-Ministro, navios de civis foram resgatá-los e é interessante ver como cada soldado reagiu ao fato de precisar ser resgatado e como isso impactou cada um. É muito interessante a complementação entre os dois filmes, a forma como a história fica bem contada quando vemos os dois lados.
O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraÉ um filme histórico e conta com uma atuação incrível de Gary Oldman, que possui grandes chances de levar o Oscar como melhor ator.
O filme mostra maio de 1940, período da Segunda Guerra Mundial, momento em que as tropas alemãs de Hitler estão tentando invadir a Europa, mas a trama não foca na guerra, mas na política por trás disso. Chamberlain era o Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, e devido a pressão, acabou renunciando, sendo que Churchill assumiu seu lugar. Churchill tinha um modo diferente de governar e no começo teve rejeição até mesmo do rei, mas não pretendia fazer acordos de paz, mas sabia que lutar era necessário. Uma das melhores cenas foi de Churchill no metrô conversando com as pessoas quanto a opinião delas em relação ao que fazer e todas comentaram da importância de lutar e não desistir, e ele decidiu ouvir o povo.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraÀ princípio achei que o filme era superestimado, mas aos poucos, acabei me encantando pela trama, é um filme simples, mas ao mesmo tempo, com uma riqueza de detalhes, e são esses detalhes que o tornam um bom filme.
Oliver é um acadêmico que veio ajudar o pai de Elio em uma pesquisa, seriam apenas 6 semanas juntos, mas acabaram sendo mais intensas do que apenas uma amizade de verão. Os dois vão se aproximando aos poucos e acaba surgindo uma paixão avassaladora. O envolvimento acaba acontecendo, de maneira singela e sensual. Durante a trama há sinais de que eles gostam um do outro, mas têm receio de se aproximar, e quando acontece, acaba sendo intenso para ambos. Nos faz lembrar do primeiro amor, da primeira vez que nos sentimos apaixonados por alguém, Elio é um rapaz jovem, que parece nunca ter sentido algo assim antes, mas quando Oliver vai embora, o que resta é a solidão, a dificuldade em seguir em frente e sequer saber para onde ir. Também nos faz lembrar da primeira decepção amorosa, quando o outro parte e deixa nosso coração aos pedaços, Oliver não apenas foi embora, mas também pretende se casar com outra pessoa, o que deixa Elio desolado. A cena de Elio com seu pai, perto do final do filme, mostra um ótimo diálogo, onde este fala para o filho sentir a tristeza e a dor, da mesma forma como sentiu alegria por estar com Oliver, tentar matar os sentimentos não é adequado, o melhor é sentir, tanto os sentimentos bons como os ruins, e lembrar que essa foi uma paixão como poucas. É lindo ver a naturalidade como os pais lideram com o relacionamento do filho, sem preconceito, diferente de como estamos acostumados a ver no dia-a-dia.
Extraordinário
4.3 2,1K Assista AgoraMeu último filme do ano de 2017 e com certeza, o mais especial. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas me emocionei muito com o filme, foi impossível conter as lágrimas no cinema. Achei incrível o fato de que a história é contada através do ponto de vista de diversos personagens, o que nos faz entender que cada história pode ter diferentes lados, cada um tem uma maneira única de interpretar os fatos da vida.
Nate e Isabel tiveram dois filhos: Via e August, mas devido a desordem craniofacial congênita de Auggie, Isabel abriu mão de tudo para cuidar do filho, largou o mestrado e se dedicou inteiramente a ele, inclusive o ensinando em casa, por medo do bullying que ele pudesse sofrer na escola. É compreensível os motivos pelos quais Isabel teve que fazer isso, mas ela não percebe o lado de Via, que foi deixado de lado pela família por causa do irmão, não é ciúmes e/ou inveja, é a constatação de um fato, ela teve que se virar sozinha para lidar com a situação. Em dado momento, é necessário que Auggie vá para a escola, e temos a possibilidade de ver a situação por ângulos diferentes, como de Auggie e de seu novo amigo Jack. Auggie possui uma fisionomia diferente e isso faz com que ele sofra bullying na escola, Jack se aproxima dele, a princípio por insistência da amiga, mas acabam se tornando verdadeiros amigos, mas os colegas acham estranho essa amizade e é difícil para Jack lidar com isso, escolher uma amizade verdadeiro ou ser parte de um grupo popular. Até mesmo o colega que faz o maior bullying contra Auggie, merece que seja visto também o seu lado da história, Julian vem de uma família preconceituosa, ele aprendeu a agir assim dentro da própria família. Também temos a visão de Miranda, melhor amiga de Via, que acaba se afastando dela, por enfrentar dificuldades na própria família e admirar a família de Via.
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraAdaptação de um livro que me marcou muito na infância, lembro que devorava todos os livros possíveis da Agatha Christie, mas nenhum superou "Assassinato no Expresso do Oriente", que dentre todos os livros dela, continua sendo meu favorito. A expectativa estava alta e acho que foi um bom filme, conseguiu cumprir com seu papel. O crime ocorreu dentro do Expresso do Oriente e, aparentemente, o assassino não teve um padrão para o assassinato, até que Poirot começou a investigar o caso e ligar os fatos. Verificou o passado da vítima e a ligação entre este e cada um do trem, conseguindo desvendar o mistério. Entre os livros desse gênero, este é o que tem o melhor desfecho e o que nos deixa mais admirados com o talento de Agatha.
A vítima havia cometido um crime contra uma criança no passado, que acabou destruindo uma família, e todos envolvidos nessa tragédia resolveram se vingar, já que o criminoso não havia sido preso, assim, cada um lhe desferiu uma facada e acabaram saindo ilesos do crime, já que a justiça havia sido feita. O final do filme deu a impressão que será feito adaptação do livro "Morte no Nilo", agora é aguardar para verificar se isso realmente irá acontecer.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraFilme de uma sensibilidade incrível! Vamos acompanhando cada momento vívido por Szpilman em busca pela sobrevivência.
A trama acompanha a forma como ele vê a guerra através de suas fugas. A humilhação em ver os judeus serem marcados com uma estrela de davi, a segregação em todos terem que morar em pequenos bairros, longe do restante da sociedade e as mortes acontecendo sem motivo. Ele viu a família indo para um trem, enquanto ele conseguia fugir, ele não soube na hora como se deu a morte de seus familiares, apenas teve a compreensão de que foi separado deles. Ele conseguiu se esconder, fugindo de um local para outro, contando com a ajuda de algumas pessoas pelo caminho, que por algum motivo, percebiam que a discriminação não fazia sentido. Ele viu pessoas ao redor sendo mortas e quase foi morto em algumas ocasiões. No fim, conseguiu sobreviver e retomar sua carreira como pianista.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 956 Assista AgoraConfesso que não assisti aos filmes anteriores, então minha opinião é baseada apenas no que vi neste filme, e por este fato, acabo não tendo a visão do todo, assim, minha visão pode ser superficial em relação à história. Não é um filme que faz muito meu estilo, mas gostei da relação do César com os outros macacos e a devoção dele por sua família. No início fiquei um pouco perdida, por não conhecer o contexto da trama, e talvez tenha que assistir aos filmes anteriores e reassistir a esse para ter uma noção melhor da história.
César quis se vingar do Coronel por ter matado sua esposa e seu filho, enquanto os outros macacos tentavam reconstruir suas vidas, mas acabaram sendo capturados pelo Coronel e sendo forçados a trabalhar. César lutou bravamente por sua família, fez tudo o que estava ao seu alcance para defendê-los e protegê-los. Achei linda a relação da Nova com os macacos e a forma como ela tentou ajudá-los.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraO filme traz elementos muito importantes para nos fazer refletir acerca da sociedade, do racismo, da marginalização. Conta uma história de vida dividida em três atos, como o meio em que se vive pode influenciar nas suas escolhas, e diante disso, como essas escolhas trazem consequências para o seu futuro.
"Little" sofria bullying por apresentar características gays, no entanto, ele próprio ainda não tinha conhecimento de sua própria sexualidade, não entendia o que significava ser chamado de "boiola" pelos colegas da escola. A mãe dele, sendo usuária de drogas, não lhe dava atenção suficiente ou sequer exercia seu papel enquanto genitora, o que o fez encontrar em Juan e Teresa figuras paternas e de afeto. Juan era um traficante, os motivos de sua morte não são deixados claros, no entanto, pensando-se na sociedade em que vivemos, possivelmente o mesmo deve ter morrido por causa do tráfico. Chiron descobriu o sexo com um amigo e percebeu sua homossexualidade, onde percebe-se que a marginalização do personagem se coloca no fato do mesmo ser negro, gay, com histórico de uso de drogas na família, teoricamente sem oportunidades de crescimento, de alguma forma, se vendo obrigado a entrar para o tráfico. "Black" ficou rico por ser traficante, acabou sendo um reflexo de Juan, vendo-o na vida adulta, vemos a representação de sua figura paterna. Como li em um comentário anterior, o mar esteve presente durante as maiores descobertas de Chiron: quando percebe em Juan uma figura paterna; quando reconhece sua sexualidade homossexual e quando se reencontra consigo mesmo e com seus sentimentos. O final da trama ficou em aberto, talvez para realmente colocar a dúvida de: qual será o destino de Chiron? Continuar no tráfico? Ser preso? Morrer? Ou até mesmo, tentar viver seu grande amor e buscar largar o mundo do crime?
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraÉ um filme que nos faz chorar, nos faz ter compaixão e raiva, ao mesmo tempo, pelos mesmos personagens.
Mostra elementos do presente e do passado nos faz compreender melhor a personalidade do Lee e suas atitudes. Quem o conhece no momento atual acaba por sentir raiva dele, já que é um homem grosseiro e estúpido e que tenta arranjar briga com todos que encontra; mas ele sente tanta amargura pela vida que não consegue lidar com a situação, não consegue mais se apegar nas pessoas e demonstrar cordialidade ou afeto. Ele teve um casamento feliz com Randi, tinha um bom relacionamento com seu irmão Joe, teve uma linda família, mas tudo acabou sendo destruído. Ele teve três filhos com Randi, mas, acidentalmente, colocou fogo em sua casa, matando as três crianças, algo pelo qual ele nunca se perdoou. É natural se colocar no lugar de Randi, pois quando o acidente aconteceu, Lee estava bêbado e ele foi o responsável; foi possível sentir a raiva dela e a raiva que ele sentia por si próprio, e o casamento acabou devido a isso, pois eles não conseguiram superar o que aconteceu. Mesmo com as tragédias que acontecem na vida, é necessário seguir em frente e continuar vivendo. Randi se casou novamente e estava prestes a construir uma nova família, mesmo com seu coração partido para sempre, como ela mesma disse. Mas o mesmo não aconteceu com Lee; ele se fechou, não conseguiu superar a dor, não conseguiu sequer ficar na mesma cidade, estava pronto a explodir a qualquer momento, não conseguia falar sobre o assunto. A vida seguiu, mas ele ficou parado no mesmo ponto. Com a morte do irmão, Lee foi obrigado a retornar para sua antiga cidade, a ser tutor de seu sobrinho e resolver questões referentes a ele, foi obrigada a ver Randi e sentir a dor da perda de seus filhos novamente.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraQue filme mais emocionante e encantador, terminei de assistir aos prantos e sem palavras, ainda mais por se tratar de uma história baseada em fatos reais.
Saroo veio de uma família humilde, tentava, junto com seu irmão Guddu, ajudar sua mãe a conseguir alimentos para a família, e ele gostava de poder ajudar, mas acabou se perdendo de seu irmão. Partiu meu coração vê-lo desesperado dentro do trem, chamando por sua mãe e seu irmão, sem saber o que fazer ou como pedir ajuda. Ele era tão pequeno que sequer sabia pronunciar seu próprio nome ou o nome da cidade de onde vinha, assim, não conseguiram encontrar sua família e ele acabou sendo adotado. A família que o adotou realmente estava preparada para isso: para cuidar, amar e protegê-lo. Vinte anos depois, mesmo sentindo falta de sua própria família, Saroo reconhecia o quanto seus pais adotivos contribuíram para que ele se tornasse quem é atualmente. Mas Saroo precisava reencontrar a mãe biológica, precisava vê-la e abraçá-la novamente. É cativante ver a dificuldade e esforço dele em procurar sua família, em descobrir o trem que o havia levado embora e a cidade a qual pertencia; e foi ainda mais emocionante vê-lo encontrar sua cidade, contar para a sua mãe o seu desejo e vê-la o apoiando. O reencontro foi lindo e ao mesmo tempo doloroso, sua mãe nunca desistiu de encontrá-lo, sempre imaginou que ele pudesse retornar para casa; mas Guddu havia falecido, na mesma noite que Saroo desapareceu, ou seja, a mãe perdeu dois filhos no mesmo dia, e é inimaginável a dor que isso deve ter causado à ela.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraEstou tentando assistir aos indicados ao Oscar de Melhor Filme deste ano, e dentre os filmes que assisti, até o momento, esse é o meu favorito.
É inadmissível pensar em uma sociedade dividida entre pessoas brancas e negras, e mais inadmissível ainda é se dar conta de que isso realmente aconteceu, não é ficção, pelo contrário, o filme aborda situações que realmente aconteceram e é baseado em pessoas reais. A história de vida dessas três mulheres é algo que todos devem conhecer, não apenas por terem sido profissionais brilhantes, mas pelo quanto elas batalharam para serem reconhecidas, em uma época tão difícil, levando em consideração sua raça e gênero. Como é possível que em um ambiente de trabalho possa ter banheiros diferentes para pessoas brancas e negras? Como é possível que para a simples tarefa de ir até o banheiro, uma mulher tenha que se deslocar para um local extremamente distante, simplesmente porquê onde ela está não há 'banheiros para pessoas de cor'? Algumas cenas do filme são memoráveis, como: quando Katherine explica para seu superior porque demorava tanto para ir ao banheiro; e quando Mary comenta que sendo uma mulher negra apenas deseja se tornar engenheira, e caso fosse um homem branco, já o seria. Cada uma dessas mulheres trouxe contribuições incríveis e se tornaram peças fundamentais na NASA. Dorothy desempenhava o papel de supervisora de sua equipe, mesmo não sendo reconhecida ou paga para isso; Mary se empenhou muito para conseguir realizar seu sonho de ser engenharia (sendo a primeira mulher negra nos EUA a conseguir isso) e Katherine foi uma das responsáveis pelo lançamento do astronauta John Glenn na órbita da Terra. Acompanhar a trajetória de cada uma delas nos mostra o quanto ainda nossa sociedade precisa evoluir, o quanto o sexismo e o racismo ainda estão impregnados na sociedade em que vivemos. Perceber que, em termos de história, os eventos mostrados são recentes é algo que impressiona. Elas trabalhavam em um local dominado por homens brancos e conseguiram se sobressair, mas para isso precisaram se esforçar e provar o próprio talento, algo que não era necessário para os homens da época.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraSe não tivesse sido indicado ao Oscar, provavelmente, eu não assistiria a esse filme, pois, levando em consideração a sinopse e o plot principal da trama, não seria algo que me chamaria a atenção. No entanto, sendo justa, tenho que elogiar o filme em diversas questões.
Tanner e Toby são irmãos, que acabaram de perder a mãe, um é ex-presidiário e outro é divorciado, que deve dinheiro da pensão de seus dois filhos; além disso, após a morte da mãe, precisam pagar o dinheiro da hipoteca da casa, para garantirem continuar com a propriedade. Para isso, o plano dos irmãos é assaltarem bancos até conseguirem quitar suas dívidas. Para quem não presta atenção nas entrelinhas, pode se tratar apenas de um filme envolvendo assalto a banco; mas, o filme vai além disso, mostra o quanto bancos tiram dinheiro das pessoas "a qualquer custo", cobrando juros e mais juros, sem se importar se a pessoa terá como pagar a dívida ou não. É muito interessante a cena em que é discutido o fato de que os irmãos estão devendo para o banco e vão pagar a dívida com dinheiro roubado de bancos. O plano era roubar e quitar a dívida, mas a situação acaba fugindo do controle, quando Tanner acaba matando pessoas "para se proteger", sendo que não é algo que Toby faria, e assim, o espectador percebe a diferença entre os protagonistas e a moralidade de cada um. Tanner acaba sendo morto pela polícia, mas Toby acaba conseguindo se safar, pagar a hipoteca da casa e dá-la para os filhos, além de descobrir petróleo na propriedade, o que irá garantir uma renda mensal para ele e os filhos.