A fotografia desse filme é maravilhosa, mas a edição, meeeeeu Deus! QUANTOS CORTES, dava pra competir com Bohemian. Isso foi uma das únicas coisas que realmente me incomodou no filme, atrapalhando até mesmo o vislumbre dos cenários. Pooh sempre foi um desenho que me passava uma sensação melancólica e o filme consegue extrair muito bem essa essência e dar ainda mais alma para ela. É uma mistura de solidão e existencialismo que exalam da floresta dos 100 Acres, ao mesmo tempo que, confortante e contemplativo. Infelizmente faltou mão do diretor para fazer takes mais longo e tornar esse filme muito mais sensorial.
Eu gostei muito da psicologia aplicada nesse filme! O Alicerce principal desse roteiro é a personagem Ellie, e todo seu percurso é focado em sua construção (ou melhor dizendo: em desvendar a personagem). E isso funciona muito bem através do trabalho de psicologia.
Fonda exerce essa função com uma aplicação bem interessante dos estudos dos traumas, tais como a culpa e a sensação de ser um monstro. E toda temática sci-fi do filme entra como uma forma de materializar o estado de culpa da personagem e das pessoas em sua volta: coisas como a descrença de uns, o descaso de outros e a importância de buscar ajuda para aquilo que não se consegue compreender antes de desistir.
O filme tem um orçamento baixo, mas fica bem confortável dentro de poucos cenários, usando poucos efeitos também. Não é um trabalho excepcional em pontos técnicos, a direção aqui é ok e as atuações também são oks. Seu maior trunfo mesmo é o roteiro. Prodigy também s é vendido de forma errada e quem busca um terror/horror vai acabar se decepcionando muito. Eu prefiro encará-lo como um drama e recomendo para pessoas que se interessam por temáticas psicológicas e estudos de personalidade.
Holly me lembrou muito minha mãe, que também não me abandonou quando passei por problemas similares. Quisesse eu que houvessem mais mães como ela e menos "pais" como Neal (Que por acaso o roteiro o coloca como padrasto na história justamente pra fazer essa metáfora sobre o que é ser um pai de verdade ou não).
O orgulho e o medo são correntes grossas e esse filme mostra acima de tudo a dificuldade que é enfrentar isso. Aceitar que foi abusada e dizer isso à alguém, é muito difícil e atormentador. Nossa cabeça tende a culpar a nós mesmas e mudar nossa percepção dos fatos.
É possível ver, o grande buraco negro que se abre nos olhos da pequena Jenny, a sensação de que há uma mão apertando seu coração e impedindo de sair sua voz, Ela sabe que está errado aquilo, mas o Medo de dizer não, de enfrentar as pessoas à sua volta, de expor sua vergonha... Acabam calando e atormentando ela pro resto de sua vida.
Nunca vi um filme que retratasse tão bem esses sentimentos, apesar de eu ter achado a narrativa um tanto arrastada por causa de sua estrutura, ainda vale uma boa nota.
Não gostei muito de UBW, já Heaven's Feel foi o que eu mais gostei dessa franquia... Principalmente pela estrutura mais objetiva. O filme ficou com uma atmosfera parecida com a dos filmes de Kara no Kyokai s2
Death Note não tinha uma equipe e nem elenco bons para sair um bom filme, mas bastava não mexer demais na estrutura do material original... Os personagens tinham seus ideais, uma concordância entre personalidade e plot e carisma... E é uma obra que aclama para o estilo mais dark e gótico, alem de conter uma narrativa muito necessária para que os personagens possam ser compreendidos assim como suas ações.... E mexeram justamente nessas características que deveriam ser intocáveis... Mexeram e muito mal, deixando a obra mais teen e com diálogos que parecem ter sido escritos por Stephenie Meyer...
Minha mãe me ligou ontem dizendo que eu precisava ver o novo filme da netflix e blablabla... E, de fato, é um filme importante. Eu tenho problemas alimentares, as vezes passando o dia apenas com café e já cheguei a desmaiar por falta de comer... O pior disso tudo é como isso atinge as pessoas em nossa volta, as vezes demora a percebermos o sofrimento que estamos causando. E, esse filme me atingiu, até sonhei que eu morria por causa disso (Gzus)...
Deixando o lado pessoal de lado, como filme ele falha no desenvolvimento dos demais personagens, o único trabalhado aqui é a Eli e o Luke tem uma boa construção, apesar de ser um personagem irritante. As atuações são boas no geral, a da Lily é excelente e a do Keanu morna... Eu gostei de uma ou outra atuação das meninas da casa e por fora, quem se destaca são as mães da Eli (Biológica e madrasta). O filme acaba sendo teen demais e incomoda, tem um romance desnecessário e o segundo ato se prende demais a isso, espremendo o drama e o tempo que poderia ser usado para explorar outros personagens. Acabou ficando um Girl, interrupted, com um meio de algum romance adolescente trágico... Apesar disso... Não vou massacrar o filme por ser teen. Anorexia e outros problemas de distúrbios alimentares são doenças mais frequentes em jovens e o filme parece tentar abraçar esse publico, entregando um material atraente ao seu publico alvo, ao mesmo tempo que alerta os perigos dessas doenças. Por isso, eu dou uma nota 7.7 (vou arredondar pra 4 estrelinhas)... Como filme, possui falhas e falta de desenvolvimento em cima de alguns elementos, mas ele consegue emocionar e principalmente, mexer com quem sofre com doenças similares, atingindo assim seu objetivo.
Filme com uma nota 7.1 no imdb (até o momento), é de se esperar que muitos curiosos caiam nessa, no caso foi meu namorado que me obrigou a ver esse porcaria com ele achando que seria um baita filme de terror... Claro, ele apanhou. >.< É um filme muito ruim e quando digo ruim não é por alguma frescura com efeitos ou algo assim, é ruim porque o roteiro é péssimo e as atuações também.
É fácil apontar o dedo e dizer que Ian era egoísta e julgar suas ações...Mas Ian não era uma pessoa egoísta e sim, doente!
O filme trabalha muito bem junto com a atuação Sam Riley as camadas do profundo quadro de depressão que ele sofria... Sequer o vemos sorrir e os olhos dele estavam sempre perdidos em busca de alguma saída, alem da confusão metal e a sensação que ele passava de estar afundando no vazio. Por fora aparentava apenas um cara sério, mas ele estava em constante desespero por dentro e ninguém se importava.
É triste ver como as pessoas julgam tão facilmente... Sim, o Ian fez coisas erradas, mas todos nós não fazemos o mesmo? Drogas, Álcool, Traição, Jogos... Estamos constantemente nos destruindo em busca de escapes em que possamos nos apoiar, seja lá quais são eles desde que tenhamos um pouco de distração que nos desvie do profundo vazio existencialista que impregna nossos pensamentos. E, alguns acabam chegando há um ponto em que não conseguem mais encontrar algo para se apoiarem e o medo do futuro acaba as consumindo. Ian estava em uma turbulência silenciosa!
Não posso voltar no tempo, mas já fico satisfeita em poder ver esse filme novamente amanhã, ou depois de amanhã ou qualquer dia em que eu estiver precisando de uma pequena dose de felicidade... Porque ele é necessário!!!
Filme completamente pretensioso, que não consegue se carregar dentro de sua proposta. Se um bom ator tem a função de convencer o seu publico que seu personagem é "real" dentro do filme, o roteiro também tem a função de convencer que esse personagem existe dentro do universo da história a qual pertence. E ele falha! John carrega alguns bons argumentos para defender que o que está dizendo é questionável, entretanto não consegue sustentar sua história e a leva com vários desvios e fatos superficiais até chegar num ponto religioso mostrando as intenções do filme. A partir daí o filme caí em buraco atrás de buraco até chegar no final:
John passou 10 anos com o velhinho e não se lembrava que já o conheceu antes? Sendo que se lembra de fatos históricos e frases ditas... E o mesmo diz no começo que as décadas mais recentes estão vivas em sua memória.
Enfim, o filme só tem um caminho para correr e dentro de sua proposta ele coloca um personagem que se contradiz várias vezes, não convencendo em nada. Se realmente fosse tudo uma mentira, o final seria bem melhor.
Filme bem anarquista, que deixa sua crítica ao sistema educacional inglês daquela época e deixa um apelo no final através da letra da ultima música que diz: "Teach your children well, their father's hell did slowly go by... And feed them on your dreams... The one they picked, the one you'll know by" "Don't you ever ask them why, if they told you, you would cry..So just look at them and sigh and know they love you"
A primeira vista parece um simples filme infantil com romance, mas passa longe disso, vemos crianças fumando e vendo pornografia, agindo como adultos e imitando seus velhos, como por exemplo o Omshaw que na primeira cena em que aparece está com cheiro de Whisky. E através de brilhantes diálogos o filme explora o questionamento dessas crianças ao comportamento de seus pais e professores que os tratam como estúpidos enquanto são hipócritas com seus próprios ensinamentos. O desfecho é completamento inusitado e a cena do carro é bastante forte pelo que representa... É um filme muito bom e divertido que com certeza ficou marcado, principalmente por conta de algumas perolas ditas pelos personagens.
Okja é mais do que um filme que carrega uma forte crítica, é uma denuncia forte e muito real. Eu já vi reportagens que denunciavam os maus tratos aos animais nas industrias alimentícias e é de partir o coração. Tenho consciência de que, parar de comer carne e me tornar vegetariana não vai mudar nada, mas esse saber a realidade de como um pedaço de carne chegou ao meu prato me sensibilizou ao ponto de comer apenas o necessário e quando necessário em respeito a esses bichinhos... E o filme minuciosamente levanta essa questão nos mostrando que não é só a industria a culpada, vemos a população comendo carne seca e etc, que são apenas petiscos, ou seja, se por um lado vemos uma chacina desalmada, do outro vemos pessoas que comem apenas por diversão. E, o filme mostra que sozinhos realmente não mudamos nada e nem vencemos nada, o personagem do Paul Dano com os ativistas representam isso, são poucos e por isso, sem força alguma... Já o personagem do Jake, não entendi bem qual a finalidade dele, me pareceu uma homenagem (ou sátira) ao Ace Ventura, já que os trejeitos são parecidos com o do Jim Carrey, alias só percebi que era o Jake pela voz .. Minha nossa, eu ri! Enfim... Não é um filme perfeito, ele tem uns deslizes narrativos e umas piadas bem piegas, entretanto, a proposta do filme é impactar e sensibilizar o publico denunciando os maus tratos aos animais (entre outras coisas) e dentro disso o filme consegue atingir co maestria o seu objetivo, pois pode não ser o melhor filme do mundo, mas com certeza vai alcançar um enorme publico pq com alguns dias de lançamento o filme já repercutiu muito... Por isso, minhas 5 estrelinhas!
É um filme com uma tristeza contagiante, angustiante do início ao fim devido a ambientação e o clima. Esse filtro dourado absorve tudo e por vezes precisei de um ponto de fuga com bastante cor, como a vista da janela da sala, para escapar dos sentimentos estranhos que estavam me tomando. Dorota acerta de forma magistral o ponto sensorial de seu filme, entretanto, eu não gostei do que senti e nunca gostei do filtro dourado usado desta forma por me causar tamanha estranheza e incômodo. Diferente do meu habitual, minha avaliação final é mais pessoal devido a isso.
Os momentos finais de filme me alegraram de maneira absurda... E depois comecei a chorar ao perceber isso. Dogville é um filme que revela a nós mesmo nosso interior e sentimentos desconhecidos.
Justine é uma garota pura (representada pelo vegetarianismo), ela é virgem, inocente e inteligente... E tudo isso é desconstruído pelo mundo de fora quando ela é jogada em um ambiente imoral, representado pela hierarquia, sexo e animais mortos. Então a carne é usada como um simbolo de impureza e comê-la é como experimentar os prazeres da carne. A partir daí a personagem vai se degradando cada vez mais pelo desejo de continuar consumindo aquilo.
Fazendo uma ligação com a realidade, vamos perdendo nossa inocência conforme vamos descobrindo o mundo... E ele é como a faculdade de Justine, uma bagunça suja, imoral e que fede a sangue! O processo de destruição acaba sendo o mesmo quando mergulhamos demais nesse mundo, como por exemplo, o uso de drogas entre outras coisas "semelhantes. No final, ficamos marcados por cicatrizes e tentamos escondê-las enquanto desesperadamente tentamos voltar ao que eramos quando inocentes.
Raw é um filme muito bom e com uma excelente direção, que demonstra de um jeito visceral a transformação de uma pessoa que acaba experimentando aquilo que não deveria.
Eu tenho uma regra que carrego há anos: Nunca ver dramas com cachorros!!! Meu coração não aguenta. =/ Mas eu fui tanto pela sinopse do filme que acabei achando que seria algo mais fantasioso e talvez até meio infantil. Resultado? O resultado foi eu chorando a noite inteira após ver o filme e dar aquele abraço apertado no meu cachorro fedidinho.
O filme é muito bom, o roteiro é bem escrito e com abertura para várias interpretações como uma analogia ao racismo assim como também a forte crítica ao abandono de animais, pois é uma triste realidade onde vivemos em que cachorros com mistura de raças são descartados e tratados como lixo, chamados de vira-lata e abandonados pelas ruas, A música que Lili toca no final, numa cena do filme um garoto fala que aquela música é sobre o amor e o tudo o que aqueles bichinhos queriam eram amor, por isso o final se torna tão sensível e marcante. Dificilmente esquecei o final desse filme, ele é triste e excepcional. Apesar de tudo, o filme tem pontos negativos fortes... Os personagens humanos, com exceção do pai de Lili e a própria Lili, são apenas pesos mortos e unidimensionais, ou seja, estão ali só pra reforçarem as motivações dos personagens principais. E dentre as atuações, só a do Pai que foi boa... a triz que faz o papel da Lili estava muito mal no papel, não consegue passar nenhuma emoção ou sentimento, nem dor e sequer vontade e preocupação para achar Hagen. O Diretor é muito bom, mas ele saber lidar melhor com cachorros do que humanos, pois faltou um trabalho melhor com os atores (principalmente Zsófia).
Se meu namorado ficasse preso por dias num apartamento eu largaria... Tem que ser muito idiota e.e "Bem feito" foi minha frase durante o filme inteiro, toda idiotice que Shaurya poderia cometer, ele cometeu... E por mais que seja um filme, conheço alguns rapazes com a mesma palermice que fariam as mesmas coisas (incluindo fugir e gritar de medo de um rato shaushuashuahsu).
Filme está visualmente deslumbrante, tem sequências longas em sakuga e muito cuidado e delicadeza em cima dos detalhes... E, a história é muito boa, porém corrida demais pois comprimiram os mais de sessenta capítulos do mangá no filme e é claro que com isso vem alguns probleminhas além da desvalorização dos personagens...
Segundo a teoria do caos, o Efeito Borboleta é uma sensível dependência de condições finais a partir das iniciais, simplificando: toda a reação depende de uma ação inicial... E dai veio a famosa frase: "o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo". Colossal é uma releitura da teoria do Caos, aplicando-a de uma forma bem original e criativa a partir de ações humanas complicadas. Mas, claro, o uso dela aqui é surreal e termos científicos está longe de ser um ponto explicativo para o filme, pois o objetivo do filme está nas metáforas. Os temas abrangidos no filme são bem delicados, como o alcoolismo, que é abordado para retratar a violência direta e também indireta que uma pessoa pode causar sob os efeitos do alcool, como por exemplo: colocar outras vidas em risco. O filme também aborda a violência contra a mulher, mas sem cair em qualquer melodrama e perder seu tom. Há várias analogias sobre a monstruosidade dentro de nós mesmos e como nossos problemas podem refletir em outras pessoas. Abordar tantos temas não parece ter sido um problema aqui, o filme consegue balancear seu tom entre a comédia e um thriller, não fazendo apelo ao drama e mesmo assim deixando seu impacto em relação aos abusos e agressões do vilão. Tecnicamente o filme é muito bom também, os efeitos especiais estão ótimos e usados apenas dentro do necessário e o final do filme é muito bem arquitetado e impactante.
Nunca vi nenhum filme do Godzilla Japonês porque nunca foi de meu interesse, porém, o trailer épico me comprou totalmente e tive que assistir o filme... E não me arrependi nem um pouquinho. Inicialmente, o filme causa bastante estranheza com vários cortes e um monte de personagem interagindo em escritórios, tudo é bem corrido e apressado para que chego logo a grande entrada do bichano. Diferentemente das versões hollywoodianas, que colocam um personagem principal na trama, a versão Japonesa é uma loucura do caramba, sequer tem um personagem principal. Mas depois dessa estranheza inicial, começamos a nos acostumar e o filme começa a ficar muito divertido, principalmente porque as atuações são bem galhofas... Acredito eu, que é proposital, mas mesmo que as atuações sejam verdadeiramente ruins, não deixa de ser muito engraçado. E o Gojira, é um bonecão? Sim... Entretanto a direção do filme é muito boa e coloca a câmera de baixo para cima valorizando o tamanho colossal do Monstro e tem cenas realmente incríveis aqui. Os efeitos especiais também são bons, claro, há cenas em que a montagem está terrível e não são todos os efeitos que funcionam, mas no geral, mesmo cafona, eles não incomodam e ajudam ao filme a ficar divertido. Mas, há algo de excepcional no final que é a Trilha Sonora. Aqui é simplesmente épica e tem uma faixa de Evangelion, levando em conta a pegada mais antiga das músicas, acredito que outras faixas também pertençam à outras obras (provavelmente relacionadas aos Kaijus) sejam elas animes, tokusatsus e talvez até os filmes anteriores de Gojira. Mas não posso confirmar nada pq não conheço os demais... Por fim, o final do filme acaba entrando demais no ridículo com uma solução aplicada de um jeito bem zoado, mas relevamos depois de ver o filme inteiro... Shin Gojira é um bom filme, com um alto nível de entretenimento porque diverte bastante e funciona em boa parte daquilo em que se propõe. Mas há um certo patriotismo aqui não tão bem aplicado que poderia ficar de fora.
É difícil não comparar os dois filmes (este e a versão sueca), alguns diálogos são basicamente os mesmos e o filme segue quase a mesma sequência de eventos, mudando apenas a construção da cenas. Não vou dizer que o filme é inferior ou superior ao original, pois o que eu acho é que um cobre as carências do outro. Let Me In tem muito mais clima e ambientação, a direção de arte colocou uma fotografia mais sombria. Já o roteiro, os dois carregam pontos bons, o de Let me in é mais objetivo, entretanto o roteiro da versão sueca explora mais os dramas reais e o Oskar, enquanto no remake a Abby tem mais atenção devido aos cortes feitos no roteiro. Por falar em Oskar, gostei muito mais do Owen, a atuação do Kodi é mais expressiva e emocional e o personagem é mais humano e carismático. Entretanto, Chloe não supera Lina e apresentou uma personagem "fofa" e tímida demais, enquanto Eli era mais dominadora (ou dominador rs). Enfim, mesmo sendo difícil não comparar as duas versões, me abstenho de julgar qual a melhor... Ambas acabaram sendo um bom entretenimento pra mim e me divertiu.
Gostei muito deste filme, seu roteiro é muito original e criativo... Entretanto, ele é esquisito e é necessário abraçar essa esquisitice e apenas sentir. O enredo é bem metafórico e explora o isolamento social, a depressão, a insegurança e o questionamento sobre ela. Gostei muito de como ele representa a dificuldade que uma pessoa que sofre com esses problemas tem ao se deslocar de seu pequeno espaço (uma ilha pequena) até a maior barreira que o aflige. Swiss Army Man é um filme que pega bem os conflitos e consegue os repassar de modo bem criativo e divertido, mas mesmo sendo engraçado, seu final é duro e realista, ensinando que nem tudo pode dar certo, mas lutar contra a insegurança é libertador.
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
3.9 457 Assista AgoraA fotografia desse filme é maravilhosa, mas a edição, meeeeeu Deus! QUANTOS CORTES, dava pra competir com Bohemian.
Isso foi uma das únicas coisas que realmente me incomodou no filme, atrapalhando até mesmo o vislumbre dos cenários.
Pooh sempre foi um desenho que me passava uma sensação melancólica e o filme consegue extrair muito bem essa essência e dar ainda mais alma para ela. É uma mistura de solidão e existencialismo que exalam da floresta dos 100 Acres, ao mesmo tempo que, confortante e contemplativo.
Infelizmente faltou mão do diretor para fazer takes mais longo e tornar esse filme muito mais sensorial.
Maligna
2.6 100 Assista AgoraEu gostei muito da psicologia aplicada nesse filme!
O Alicerce principal desse roteiro é a personagem Ellie, e todo seu percurso é focado em sua construção (ou melhor dizendo: em desvendar a personagem). E isso funciona muito bem através do trabalho de psicologia.
Fonda exerce essa função com uma aplicação bem interessante dos estudos dos traumas, tais como a culpa e a sensação de ser um monstro. E toda temática sci-fi do filme entra como uma forma de materializar o estado de culpa da personagem e das pessoas em sua volta: coisas como a descrença de uns, o descaso de outros e a importância de buscar ajuda para aquilo que não se consegue compreender antes de desistir.
O filme tem um orçamento baixo, mas fica bem confortável dentro de poucos cenários, usando poucos efeitos também. Não é um trabalho excepcional em pontos técnicos, a direção aqui é ok e as atuações também são oks. Seu maior trunfo mesmo é o roteiro. Prodigy também s é vendido de forma errada e quem busca um terror/horror vai acabar se decepcionando muito. Eu prefiro encará-lo como um drama e recomendo para pessoas que se interessam por temáticas psicológicas e estudos de personalidade.
O Retorno de Ben
3.4 175 Assista AgoraHolly me lembrou muito minha mãe, que também não me abandonou quando passei por problemas similares. Quisesse eu que houvessem mais mães como ela e menos "pais" como Neal (Que por acaso o roteiro o coloca como padrasto na história justamente pra fazer essa metáfora sobre o que é ser um pai de verdade ou não).
O Conto
4.1 339 Assista AgoraO orgulho e o medo são correntes grossas e esse filme mostra acima de tudo a dificuldade que é enfrentar isso. Aceitar que foi abusada e dizer isso à alguém, é muito difícil e atormentador. Nossa cabeça tende a culpar a nós mesmas e mudar nossa percepção dos fatos.
É possível ver, o grande buraco negro que se abre nos olhos da pequena Jenny, a sensação de que há uma mão apertando seu coração e impedindo de sair sua voz, Ela sabe que está errado aquilo, mas o Medo de dizer não, de enfrentar as pessoas à sua volta, de expor sua vergonha... Acabam calando e atormentando ela pro resto de sua vida.
Nunca vi um filme que retratasse tão bem esses sentimentos, apesar de eu ter achado a narrativa um tanto arrastada por causa de sua estrutura, ainda vale uma boa nota.
Fate/stay night: Heaven's Feel I. presage flower
3.9 18Não gostei muito de UBW, já Heaven's Feel foi o que eu mais gostei dessa franquia... Principalmente pela estrutura mais objetiva. O filme ficou com uma atmosfera parecida com a dos filmes de Kara no Kyokai s2
Crítica na íntegra (Sem Spoilers):
https://www.hgsanime.com/2018/05/fatestay-night-heavens-feel-i-presage.html
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraDeath Note não tinha uma equipe e nem elenco bons para sair um bom filme, mas bastava não mexer demais na estrutura do material original... Os personagens tinham seus ideais, uma concordância entre personalidade e plot e carisma... E é uma obra que aclama para o estilo mais dark e gótico, alem de conter uma narrativa muito necessária para que os personagens possam ser compreendidos assim como suas ações.... E mexeram justamente nessas características que deveriam ser intocáveis... Mexeram e muito mal, deixando a obra mais teen e com diálogos que parecem ter sido escritos por Stephenie Meyer...
Crítica na íntegra:
http://hgsanime.blogspot.com/2017/08/death-note-netflix-2017-critica.html
O Mínimo Para Viver
3.5 622 Assista AgoraMinha mãe me ligou ontem dizendo que eu precisava ver o novo filme da netflix e blablabla... E, de fato, é um filme importante.
Eu tenho problemas alimentares, as vezes passando o dia apenas com café e já cheguei a desmaiar por falta de comer... O pior disso tudo é como isso atinge as pessoas em nossa volta, as vezes demora a percebermos o sofrimento que estamos causando. E, esse filme me atingiu, até sonhei que eu morria por causa disso (Gzus)...
Deixando o lado pessoal de lado, como filme ele falha no desenvolvimento dos demais personagens, o único trabalhado aqui é a Eli e o Luke tem uma boa construção, apesar de ser um personagem irritante. As atuações são boas no geral, a da Lily é excelente e a do Keanu morna... Eu gostei de uma ou outra atuação das meninas da casa e por fora, quem se destaca são as mães da Eli (Biológica e madrasta).
O filme acaba sendo teen demais e incomoda, tem um romance desnecessário e o segundo ato se prende demais a isso, espremendo o drama e o tempo que poderia ser usado para explorar outros personagens. Acabou ficando um Girl, interrupted, com um meio de algum romance adolescente trágico...
Apesar disso... Não vou massacrar o filme por ser teen. Anorexia e outros problemas de distúrbios alimentares são doenças mais frequentes em jovens e o filme parece tentar abraçar esse publico, entregando um material atraente ao seu publico alvo, ao mesmo tempo que alerta os perigos dessas doenças.
Por isso, eu dou uma nota 7.7 (vou arredondar pra 4 estrelinhas)... Como filme, possui falhas e falta de desenvolvimento em cima de alguns elementos, mas ele consegue emocionar e principalmente, mexer com quem sofre com doenças similares, atingindo assim seu objetivo.
Chupacabra Territory
1.6 8Filme com uma nota 7.1 no imdb (até o momento), é de se esperar que muitos curiosos caiam nessa, no caso foi meu namorado que me obrigou a ver esse porcaria com ele achando que seria um baita filme de terror... Claro, ele apanhou. >.<
É um filme muito ruim e quando digo ruim não é por alguma frescura com efeitos ou algo assim, é ruim porque o roteiro é péssimo e as atuações também.
Controle: A História de Ian Curtis
4.3 714É fácil apontar o dedo e dizer que Ian era egoísta e julgar suas ações...Mas Ian não era uma pessoa egoísta e sim, doente!
O filme trabalha muito bem junto com a atuação Sam Riley as camadas do profundo quadro de depressão que ele sofria... Sequer o vemos sorrir e os olhos dele estavam sempre perdidos em busca de alguma saída, alem da confusão metal e a sensação que ele passava de estar afundando no vazio. Por fora aparentava apenas um cara sério, mas ele estava em constante desespero por dentro e ninguém se importava.
É triste ver como as pessoas julgam tão facilmente... Sim, o Ian fez coisas erradas, mas todos nós não fazemos o mesmo? Drogas, Álcool, Traição, Jogos... Estamos constantemente nos destruindo em busca de escapes em que possamos nos apoiar, seja lá quais são eles desde que tenhamos um pouco de distração que nos desvie do profundo vazio existencialista que impregna nossos pensamentos. E, alguns acabam chegando há um ponto em que não conseguem mais encontrar algo para se apoiarem e o medo do futuro acaba as consumindo. Ian estava em uma turbulência silenciosa!
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraNão posso voltar no tempo, mas já fico satisfeita em poder ver esse filme novamente amanhã, ou depois de amanhã ou qualquer dia em que eu estiver precisando de uma pequena dose de felicidade... Porque ele é necessário!!!
O Homem da Terra
4.0 453 Assista AgoraFilme completamente pretensioso, que não consegue se carregar dentro de sua proposta. Se um bom ator tem a função de convencer o seu publico que seu personagem é "real" dentro do filme, o roteiro também tem a função de convencer que esse personagem existe dentro do universo da história a qual pertence. E ele falha!
John carrega alguns bons argumentos para defender que o que está dizendo é questionável, entretanto não consegue sustentar sua história e a leva com vários desvios e fatos superficiais até chegar num ponto religioso mostrando as intenções do filme. A partir daí o filme caí em buraco atrás de buraco até chegar no final:
John passou 10 anos com o velhinho e não se lembrava que já o conheceu antes? Sendo que se lembra de fatos históricos e frases ditas... E o mesmo diz no começo que as décadas mais recentes estão vivas em sua memória.
Enfim, o filme só tem um caminho para correr e dentro de sua proposta ele coloca um personagem que se contradiz várias vezes, não convencendo em nada. Se realmente fosse tudo uma mentira, o final seria bem melhor.
Melody... Quando Brota o Amor
4.0 50Filme bem anarquista, que deixa sua crítica ao sistema educacional inglês daquela época e deixa um apelo no final através da letra da ultima música que diz:
"Teach your children well, their father's hell did slowly go by... And feed them on your dreams... The one they picked, the one you'll know by"
"Don't you ever ask them why, if they told you, you would cry..So just look at them and sigh and know they love you"
A primeira vista parece um simples filme infantil com romance, mas passa longe disso, vemos crianças fumando e vendo pornografia, agindo como adultos e imitando seus velhos, como por exemplo o Omshaw que na primeira cena em que aparece está com cheiro de Whisky. E através de brilhantes diálogos o filme explora o questionamento dessas crianças ao comportamento de seus pais e professores que os tratam como estúpidos enquanto são hipócritas com seus próprios ensinamentos.
O desfecho é completamento inusitado e a cena do carro é bastante forte pelo que representa...
É um filme muito bom e divertido que com certeza ficou marcado, principalmente por conta de algumas perolas ditas pelos personagens.
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraOkja é mais do que um filme que carrega uma forte crítica, é uma denuncia forte e muito real. Eu já vi reportagens que denunciavam os maus tratos aos animais nas industrias alimentícias e é de partir o coração. Tenho consciência de que, parar de comer carne e me tornar vegetariana não vai mudar nada, mas esse saber a realidade de como um pedaço de carne chegou ao meu prato me sensibilizou ao ponto de comer apenas o necessário e quando necessário em respeito a esses bichinhos... E o filme minuciosamente levanta essa questão nos mostrando que não é só a industria a culpada, vemos a população comendo carne seca e etc, que são apenas petiscos, ou seja, se por um lado vemos uma chacina desalmada, do outro vemos pessoas que comem apenas por diversão.
E, o filme mostra que sozinhos realmente não mudamos nada e nem vencemos nada, o personagem do Paul Dano com os ativistas representam isso, são poucos e por isso, sem força alguma...
Já o personagem do Jake, não entendi bem qual a finalidade dele, me pareceu uma homenagem (ou sátira) ao Ace Ventura, já que os trejeitos são parecidos com o do Jim Carrey, alias só percebi que era o Jake pela voz .. Minha nossa, eu ri!
Enfim... Não é um filme perfeito, ele tem uns deslizes narrativos e umas piadas bem piegas, entretanto, a proposta do filme é impactar e sensibilizar o publico denunciando os maus tratos aos animais (entre outras coisas) e dentro disso o filme consegue atingir co maestria o seu objetivo, pois pode não ser o melhor filme do mundo, mas com certeza vai alcançar um enorme publico pq com alguns dias de lançamento o filme já repercutiu muito... Por isso, minhas 5 estrelinhas!
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraTenho nem força pra comentar, só consigo chorar... Mas eu voltarei e derramarei esses sentimentos em forma de texto... Esse filme merece.
Nic
3.9 14É um filme com uma tristeza contagiante, angustiante do início ao fim devido a ambientação e o clima. Esse filtro dourado absorve tudo e por vezes precisei de um ponto de fuga com bastante cor, como a vista da janela da sala, para escapar dos sentimentos estranhos que estavam me tomando.
Dorota acerta de forma magistral o ponto sensorial de seu filme, entretanto, eu não gostei do que senti e nunca gostei do filtro dourado usado desta forma por me causar tamanha estranheza e incômodo.
Diferente do meu habitual, minha avaliação final é mais pessoal devido a isso.
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraOs momentos finais de filme me alegraram de maneira absurda... E depois comecei a chorar ao perceber isso.
Dogville é um filme que revela a nós mesmo nosso interior e sentimentos desconhecidos.
Grave
3.4 1,1KJustine é uma garota pura (representada pelo vegetarianismo), ela é virgem, inocente e inteligente... E tudo isso é desconstruído pelo mundo de fora quando ela é jogada em um ambiente imoral, representado pela hierarquia, sexo e animais mortos.
Então a carne é usada como um simbolo de impureza e comê-la é como experimentar os prazeres da carne. A partir daí a personagem vai se degradando cada vez mais pelo desejo de continuar consumindo aquilo.
Fazendo uma ligação com a realidade, vamos perdendo nossa inocência conforme vamos descobrindo o mundo... E ele é como a faculdade de Justine, uma bagunça suja, imoral e que fede a sangue! O processo de destruição acaba sendo o mesmo quando mergulhamos demais nesse mundo, como por exemplo, o uso de drogas entre outras coisas "semelhantes. No final, ficamos marcados por cicatrizes e tentamos escondê-las enquanto desesperadamente tentamos voltar ao que eramos quando inocentes.
Raw é um filme muito bom e com uma excelente direção, que demonstra de um jeito visceral a transformação de uma pessoa que acaba experimentando aquilo que não deveria.
Deus Branco
3.7 178 Assista AgoraEu tenho uma regra que carrego há anos: Nunca ver dramas com cachorros!!! Meu coração não aguenta. =/
Mas eu fui tanto pela sinopse do filme que acabei achando que seria algo mais fantasioso e talvez até meio infantil. Resultado? O resultado foi eu chorando a noite inteira após ver o filme e dar aquele abraço apertado no meu cachorro fedidinho.
O filme é muito bom, o roteiro é bem escrito e com abertura para várias interpretações como uma analogia ao racismo assim como também a forte crítica ao abandono de animais, pois é uma triste realidade onde vivemos em que cachorros com mistura de raças são descartados e tratados como lixo, chamados de vira-lata e abandonados pelas ruas, A música que Lili toca no final, numa cena do filme um garoto fala que aquela música é sobre o amor e o tudo o que aqueles bichinhos queriam eram amor, por isso o final se torna tão sensível e marcante. Dificilmente esquecei o final desse filme, ele é triste e excepcional.
Apesar de tudo, o filme tem pontos negativos fortes... Os personagens humanos, com exceção do pai de Lili e a própria Lili, são apenas pesos mortos e unidimensionais, ou seja, estão ali só pra reforçarem as motivações dos personagens principais. E dentre as atuações, só a do Pai que foi boa... a triz que faz o papel da Lili estava muito mal no papel, não consegue passar nenhuma emoção ou sentimento, nem dor e sequer vontade e preocupação para achar Hagen.
O Diretor é muito bom, mas ele saber lidar melhor com cachorros do que humanos, pois faltou um trabalho melhor com os atores (principalmente Zsófia).
Trapped
3.5 36Se meu namorado ficasse preso por dias num apartamento eu largaria... Tem que ser muito idiota e.e
"Bem feito" foi minha frase durante o filme inteiro, toda idiotice que Shaurya poderia cometer, ele cometeu... E por mais que seja um filme, conheço alguns rapazes com a mesma palermice que fariam as mesmas coisas (incluindo fugir e gritar de medo de um rato shaushuashuahsu).
A Voz do Silêncio
4.3 356Filme está visualmente deslumbrante, tem sequências longas em sakuga e muito cuidado e delicadeza em cima dos detalhes...
E, a história é muito boa, porém corrida demais pois comprimiram os mais de sessenta capítulos do mangá no filme e é claro que com isso vem alguns probleminhas além da desvalorização dos personagens...
Leiam a review na íntegra em:
https://hgsanime.blogspot.com.br/2017/05/koe-no-katachi-2016-review.html
Colossal
3.1 339 Assista AgoraSegundo a teoria do caos, o Efeito Borboleta é uma sensível dependência de condições finais a partir das iniciais, simplificando: toda a reação depende de uma ação inicial... E dai veio a famosa frase: "o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo".
Colossal é uma releitura da teoria do Caos, aplicando-a de uma forma bem original e criativa a partir de ações humanas complicadas. Mas, claro, o uso dela aqui é surreal e termos científicos está longe de ser um ponto explicativo para o filme, pois o objetivo do filme está nas metáforas.
Os temas abrangidos no filme são bem delicados, como o alcoolismo, que é abordado para retratar a violência direta e também indireta que uma pessoa pode causar sob os efeitos do alcool, como por exemplo: colocar outras vidas em risco. O filme também aborda a violência contra a mulher, mas sem cair em qualquer melodrama e perder seu tom. Há várias analogias sobre a monstruosidade dentro de nós mesmos e como nossos problemas podem refletir em outras pessoas.
Abordar tantos temas não parece ter sido um problema aqui, o filme consegue balancear seu tom entre a comédia e um thriller, não fazendo apelo ao drama e mesmo assim deixando seu impacto em relação aos abusos e agressões do vilão.
Tecnicamente o filme é muito bom também, os efeitos especiais estão ótimos e usados apenas dentro do necessário e o final do filme é muito bem arquitetado e impactante.
Shin Godzilla
3.6 153 Assista AgoraNunca vi nenhum filme do Godzilla Japonês porque nunca foi de meu interesse, porém, o trailer épico me comprou totalmente e tive que assistir o filme... E não me arrependi nem um pouquinho. Inicialmente, o filme causa bastante estranheza com vários cortes e um monte de personagem interagindo em escritórios, tudo é bem corrido e apressado para que chego logo a grande entrada do bichano. Diferentemente das versões hollywoodianas, que colocam um personagem principal na trama, a versão Japonesa é uma loucura do caramba, sequer tem um personagem principal. Mas depois dessa estranheza inicial, começamos a nos acostumar e o filme começa a ficar muito divertido, principalmente porque as atuações são bem galhofas... Acredito eu, que é proposital, mas mesmo que as atuações sejam verdadeiramente ruins, não deixa de ser muito engraçado.
E o Gojira, é um bonecão? Sim... Entretanto a direção do filme é muito boa e coloca a câmera de baixo para cima valorizando o tamanho colossal do Monstro e tem cenas realmente incríveis aqui. Os efeitos especiais também são bons, claro, há cenas em que a montagem está terrível e não são todos os efeitos que funcionam, mas no geral, mesmo cafona, eles não incomodam e ajudam ao filme a ficar divertido.
Mas, há algo de excepcional no final que é a Trilha Sonora. Aqui é simplesmente épica e tem uma faixa de Evangelion, levando em conta a pegada mais antiga das músicas, acredito que outras faixas também pertençam à outras obras (provavelmente relacionadas aos Kaijus) sejam elas animes, tokusatsus e talvez até os filmes anteriores de Gojira. Mas não posso confirmar nada pq não conheço os demais...
Por fim, o final do filme acaba entrando demais no ridículo com uma solução aplicada de um jeito bem zoado, mas relevamos depois de ver o filme inteiro... Shin Gojira é um bom filme, com um alto nível de entretenimento porque diverte bastante e funciona em boa parte daquilo em que se propõe. Mas há um certo patriotismo aqui não tão bem aplicado que poderia ficar de fora.
Deixe-me Entrar
3.4 1,9K Assista AgoraÉ difícil não comparar os dois filmes (este e a versão sueca), alguns diálogos são basicamente os mesmos e o filme segue quase a mesma sequência de eventos, mudando apenas a construção da cenas.
Não vou dizer que o filme é inferior ou superior ao original, pois o que eu acho é que um cobre as carências do outro. Let Me In tem muito mais clima e ambientação, a direção de arte colocou uma fotografia mais sombria. Já o roteiro, os dois carregam pontos bons, o de Let me in é mais objetivo, entretanto o roteiro da versão sueca explora mais os dramas reais e o Oskar, enquanto no remake a Abby tem mais atenção devido aos cortes feitos no roteiro. Por falar em Oskar, gostei muito mais do Owen, a atuação do Kodi é mais expressiva e emocional e o personagem é mais humano e carismático. Entretanto, Chloe não supera Lina e apresentou uma personagem "fofa" e tímida demais, enquanto Eli era mais dominadora (ou dominador rs). Enfim, mesmo sendo difícil não comparar as duas versões, me abstenho de julgar qual a melhor... Ambas acabaram sendo um bom entretenimento pra mim e me divertiu.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraGostei muito deste filme, seu roteiro é muito original e criativo... Entretanto, ele é esquisito e é necessário abraçar essa esquisitice e apenas sentir. O enredo é bem metafórico e explora o isolamento social, a depressão, a insegurança e o questionamento sobre ela. Gostei muito de como ele representa a dificuldade que uma pessoa que sofre com esses problemas tem ao se deslocar de seu pequeno espaço (uma ilha pequena) até a maior barreira que o aflige.
Swiss Army Man é um filme que pega bem os conflitos e consegue os repassar de modo bem criativo e divertido, mas mesmo sendo engraçado, seu final é duro e realista, ensinando que nem tudo pode dar certo, mas lutar contra a insegurança é libertador.