ticar o primeiro filme dum diretor queer chinês que tem como foco primário narrativa feminina, obviamente não tinha como deixar passar esse filme foi bem peculiar pra tatear produção de Hong Kong versus o tiro porrada bomba - bem como foi impactos de edição do "The Secret" da Ann Hui pra mim, mas em menor escala nos fuzuê doido dos cortes parecendo arrombos na narrativa que te fazem espiralar, saca? AQUI tem Chow Yun-Fat sendo aqueles tipo adorável escroto - e a coisa mais FODELICIA DO MUNDO que é uma mãe solteira em Hong Kong da década de 1980 num roteiro REPLETO DE GANA FEMME entre solteirices, dar os pulo, se fuder ou sustentar o lugar comum já que todo mundo enche o saco pras felicidade nucleo familiar EU NUM SEI EU AMEI O LANCE DO MOLECOTE COM AS PLANTAS E COMO O EX MARIDO ESCROTO ESPIRALOU ALI, SÓ ISSO FOI LINDO PRA MIM pra ser filme de estreia a voz do diretor é retumbante e eu honestamente ainda tô tentando lidar tanto com aquela cena MARAVILHOSA entre Ex esposa/Atual (amante?) & aquele final CABELUDO hdiafrhjadsifjaidso lindo, queru mais
dos filme pra fritar as ideia em sabor de caramelo dando choquinho na ponta da deda, eu vim na real FOI PELO GUN [aka Atthaphan Phunsawat] que além de seguir carreira (snif) como ator desde os inicio como herdeirinho de Fluke [Natouch Siripongthon] no que seria estereotipo de uke pra audiovisual, ao mesmo tempo percebe-se que o tempo todo lutou pra ter papeis mais pertinentes & admiro pra cacete como Alicerce de todo uma estrutura nova e pra ser honesta histórica que os BLs da Tailândia tão trazendo pra contação de histórias Queer.
AQUI temos uma diretora trans QUE TÁ SE DIVERTINDO PRA CACETE JUSTAMENTE QUEBRANDO ESSAS REGRAS E FAZENDO O DELA - e percebe-se que teve pouco investimento, porém uma gana deliciosa - é um misturadão de angst nas nuance soco no baço do caralho
eu juro por satã dos chifre pontudo que quando apareceu o lixão eu gritei alto pq eu tenho 100% de certeza que a maravilhosa assistiu "O Fantasma" do João Pedro Rodrigues - ou é isso, ou é conexão DO AMOR que só abraço caloroso com pata molhada de chorume traz pra angst queer bem beeem especifica hahahaah
NO MAIS eu não tava esperando absolutamente nada e me senti realmente sorridente na mente boiando em paralelo a pseudo narrativa - dessa vez não quis mais sangue, não quis mais sonho, e claramente tava cagando pra nexo = não quis nada, só recebi & vi que foi bom (hue)
Que filme divertido & inusitado! Entre outras coisas interessantes o mais curioso é evidentemente o fato que de prima está no texto paralelo entre do auge de filmes sobre ficção científica envolvendo invasão alienígena da década de 50 versus o Medo Vermelho da Guerra Fria - neste caso aqui tem exatamente zero a ver com extraterrestres e sim a corrida armamentista e disputa espacial contra a união sovietica num dos primeiros filmes tendo ovni!
Toda a trama de espionagem do filme carrega rastros da narrativa noir - tendo um anti-herói playboy safado (e por vezes insuportável, confesso) ponderando em off sua jornada - que é pra quem jogam a carga de investigar o tal objeto espacial desconhecido no fodido Alasca!
O filme tem então uma série de tomadas com o cenário bonitão, verdade, mas que por vezes se tornam arrastadas pra cacete quando eu tava é querendo mais das mecânicas da nave voadora ou quebra pau com a contraparte russa, que também tá caçando origem do objeto voador no local.
Tem atuações decentes e a trama se desenrola naquelas.... com um romancinho cishet tirado dum buraco qualquer e que não faria falta.
Ri involuntariamente em diversas cenas, mas toda a premissa me interessou pra levar o filme como diversão curiosa - então valeu o rolê.
Tipo de filme que me faz sofrer intensamente pelo potencial desperdiçado de ideia interessante - e não pela falta de verba, mas pelo roteiro mesmo.
O conceito inteiro é curioso e a não linearidade + um casal de lésbica assassinas trancadas num lugar sofrendo cabin fever dosada a culpa + drogas & alcool em outra mão teria me dado suco de prazer, mas isto aqui infelizmente só é irritante pra kct.
TEM um ou outro momento que finalmente consegue criar tensão, mas a nível de interpretação e criar empatia peca tremendamente - já que as personagens se tornam insuportavelmente irritantes
Consegui ainda assim apreciar Nicole D'Angelo que tem uma singular naturalidade aqui - mas imersão que é bom de fluência de dialogos e o trampo geral do filme em conduzir algum tipo de espiral seja psicologica, seja de mistério sobrenatural é completamente perdida.
Sobre ver este filme e desejar que a partir de então só me chamem de *Professor Dubius* 🙏
EU TENHO 666 COISAS COM ESTE FILME - a começar claramente como aí na foto os proto-superheróis escancarados? Pontual inclusive é que *a capa* só é adquirida no uniforme dos figuras APOS ELES ALCANÇAREM **OS CEUS**
Assim: Confesso que ver esse filme meio que me fez sufocar na falta de conhecimentos variados pra análise - a dizer filosóficos mesmo. Já que toda a ideia da trama é igualar as concepções abraamico-cristãs de *CÉU* com tanto PARAISO UTOPICO FILOSOFICO, QUANTO EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO SIDERAL CIENTIFICO - SACA?
QUE É NA REAL uma trinfeta satânica SEMPRE PRESENTE dentro da temática do Space Opera - pelo menos no parco que eu toquei: Seja Star Trek, Star Wars, quanto cosmogonia dos quadrinhos da Marvel por exemplo (Adam Warlock sendo o primordial que vem a cabeça, mais tesudo ainda nele que ainda envolve as **magias ocultas*** da dualidade maniqueísta & de gênero hehe)
MAS AQUI são os primórdios né, os protótipos todos escarrados até nos nomes = protagonista ser chamado "Avanti Planetaros" é um dos nomes mais hilários da existência, principalmente ao pensar no nivel do drama queen, nele pegando peitinho e oferecendo vinho pros marcianos MAS principalmente no fato de que não passa dum *adrenaline junkie*
ASSIM pra mim? O filme tem um tom verdadeiramente ODIOSO. Pq é bem bem da pregação cristã MAS OLHO - MUITÃO. Literalmente estamos falando de Jardim do Éden & "procrai e germinarão novas gerações iluminadas pelos ceus* - nessas
A mensagem toda do filme e realmente pegar um tropo de exploração espacial e transformar em mensagem cristã -abraamica cishet de "casem e gerem filhos" cara - eu segurei pra não vomitar na ênfase da ideia de paraíso daí
E TUDO BEM que parte dessa *iluminação vinda do paraíso marciano* é uma pacifista (e vegetariana) - ALIÁS ponto que mais curti foi a ideia anti sistema penitenciário? Ali o acusado tem que encarar, sei lá, um buracão espelho pra processar os proprios crimes através de *mais conhecimento* e nessas ***se arrepender***
real nos *judge yourselves** - o que é interessante pra caramba nas ideia de ficção cientifica DE VERDADE (e finalmente pra mim ali sorvendo faminta)
Então já temos que a civilização marciana utopica e mais avançada que a nossa é pacifista E NÃO TEM UMA MANOLA IDOSA NO CONCELHO DOS PARÇA VELHUSCO PAU MOLE - PQ AÍ JÁ É AVANÇO DEMAIS NEH RAPAIZ
E MINA POR ACASO ENVELHECE? NAWR por vezes elas são eternamente jovens dançarinas das flores ali pra serem apalpadas na floresta do amor pelos zé lavagera ❤
PAZ UTOPIA AMOR VEGETARIANISMO VIDA CISHET - AVANÇADISSIMO ❤
real só levando no deboche te juro.
Começo do filme real encarnei no Professor Dubius - que alias corretissimo no veneno & qdo achei que teriamos alguma ação com motim PQ OS CUSÃO NÃO DEIXOU OS TRIPULANTE BEBER antes de chegarem em Marte - infelizmente ao invés tivemos REZA - REAL DE JOELHOS ALI
PRA VC VER O NÍVEL - mas real me fez mastigar como **explorador*** talvez necessitem mesmo destas histórias da carochinha de fé pra levar tripulação pras ideia errada - ou talvez eu esteja consumindo mta coisa com piratas hahahah
MAS ISSO DO ANTI ALCOOL tem até uma hora ali que fazem o contraponto mostrando coisas que os terráqueos tariam *fazendo errado*, isto é: JOGATINA, PIRANHAGEM & BEBERRANCIA ❤
só do bom ou melhor - a ideia dos Marcianos viverem só de fruta e dancinha na floresta é simplesmente intankavel pra mim cara MAS AINDA TEM LÁ OS CONCEITOS DE INFERNO PRA JULGAR QUEM FAZ O ERRADO
e eu juro que queria mais dessa viagem especifica aí, porém era tarde demais e a pseudo *Eva de Marte* embarcou junto pro retorno, já que o outro carinha queria voltar pra Terra pq ele também queria rever a amada ali
pq é tudo sobre romance cishet - que é como o filme acaba, aliás - LITERALMENTE COM UM PERSONAGEM CHEFE PATRIARCA (DEUS CIENTIFICO DESTA TRAMA) ABENÇOANDO OS CASALZINHO PRA TREPAREM MTÃO E GERAREM AS *SEMENTE UTOPICA ESPACIAL**
Aparentemente foi lançado com o titulo de "Primordial" em 2015 originalmente - vi então então essa segunda versão editada, que parece bem mais curta.
Unica hora que deu pra perceber que estava faltando conteúdo porém é justamente na conclusão que literalmente botam um som alto tirando a fala final da protagonista!!! A boca da mina mexe sem som hahahhaah puta merda viu.
Trash feito com o troco do busão isso até que é competente, inclusive quanto a atuação da Marylee Osborne que vive a protagonista Valerie Graves... Ok, não é excelente, mas tem umas partes que comprei sim hahaha
O plot é interessante tendo uma mina lésbica despirocando o cabeção, porém infelizmente trama inventa de enfiar uns drama quanto ao psicológico da mina e - ah não bicho, pára. Os efeitos porcaria, as atuações deploraveis, tudo isso pra mim vai lindo - mas aí mete umas vibe tristonha de depressão mal feita quem queria pular da janela era eu ARRE
Então assim parando pra escrever agora isso aqui é uma porcaria TREMENDA hahah - O TANTO QUE EU RI DA CENA FINAL??? A MINA FAZ UMAS PINTURA DE GUERRA PORÉM TÁ VESTINDO UMA CAMISETA BRANCA COM OS BRAÇO DE FORA - ERA PRA PARECER RAMBO E PARECE UM BLACKFACE INVOLUNTARIO AAAAAA Legal mesmo foi ter uma mina lésbica ali causando caô.
(inclusive agredindo e abusando de outras mina? ENFIM NÉ, REPRESENTATIVIDADE OU ALGO ASSIM DJFIOADJFOIASFJIOASD)
ENTÃO TEMOS AÍ PELO MENOS 2 MINAS ENVOLVIDAS NO ROTEIRO DESSE FILME - SÓ PRA COMEÇAR A ROER
DE PRIMA: AAAAAAAAAAAAAAAA CARA eu amo AMO Metalinguagem - filhos da putaaaaaaaa ❤
SABE O QUE É MAIS FODA? É que procurando filme *de detetive* que não seja baseado EM LIVRO é uma labuta do kct - principalmente se estamos tentando seguir cronologicamente o gênero.
E DAÍ que os primeiros que fugiriam das adaptações nessas? SÃO METALINGUISTICOS CARA O PRÓXIMO QUE EU TENHO NA AGULHA É DE ASSASSINATO NO BACKSTAGE DE PEÇA DE TEATRO???
Isso de tentar buscar *roteiro original* pra gênero tá sendo divertido pra caramba, confesso - ainda que isto aqui tenha base em canon (naquelas) hhehehe SENDO HONESTA: Aqui talvez envolva muito mais brisa minha pra tesão, no sentido que não consigo julgar se outras pessoas iam curtir o mesmo que eu visto viajações pessoais que envolvem VÁRIAS COISAS
PRA COMEÇAR: Doherty & Long são duas minas que estão faz eras na minha lista pra explorar os trampo.
Tem isto da metalinguagem com detetives, que advém da minha obsessão com Sherlock Holmes principalmente - daqui seria necessário contexto de conhecimento sobre significâncias de *the singular affair of the aluminium crutch* - que na série Sherlock, do Mofftiss da BBC tem o post no blog fake do John Watson que tem o causo meta lá pra quem quiser pesquisar.
E ISTO VOLTA EM TEXTO PRA SÉRIE POR ??? MOTIVOS DFJIAOS mas envolve também as OTR do Holmes tipo "The Purloined Ruby" (1945) & é tudo muito Brecht pra brincar.........
Aqui neste contexto ainda tem O TESÃO DO KCT DE SER O COMEÇO DA ERA SONORA - E ADIVINHA? A melhor cena disto aqui é usando EXATAMENTE ISTO ----não quero dar spoilers, mas tão todos os suspeitos do crime numa mesma sala e o investigador da policia (muito Lestrade ele) tá... tentando métodos pra sacar quem é o verdadeiro culpado.
E O QUE MAIS????? VOLTAMOS PRA HOLMES, SEMPRE PQ - CARALHO MANO - TEMOS VENTRILOQUISMO SENDO FUNDAMENTAL NESTE CACETE
DE NOVO: ADVENTO DO FILME SONORO PRA BRINCAR DE DETETIVE ❤ QUE LINDÃO MANO, SÉRIO EU FICO TREMENDO HAHAHA
No que isto puxa pra Holmes - tem o bonecão de cera que o mesmo usa em EMPT & MAZA
MAZA INCLUSIVE O QUE É? UM FODENDO CAUSO DO CAÔ DA METALINGAGUEM - djfiaosdjfioa pq era pra ser uma peça de teatro???? E é todo ***problemático*** em termos de narrativa ?? E uma das brincadeiras do "Jogo" vem daqui?
E BABES NEM ME DEIXA COMEÇAR A FALAR DA CARTA - QUE É FEITA DE ALIBI PRO CRIME - QUE ISTO É ESPECIFICO DA PREGAÇÃO COM SHERLOCK DA BBC E EU TENHO GRRRRRRRRRR (coisas)
*suspira* saca? é espirito especifico nerd daí num sei.
A trama é bastante curiosa, ainda que culpade seja meio que obvio ali. Temos um Fredric March causador da discórdia, incluso com bigodinho de malandro (LINDINHU TE QUERO ❤ )
E pro papel do *detetive*? O TESÃO É QUE É UM PERSONAGEM ROTEIRISTA FRUSTRADO
EU JURO CARA EU PIRO DEMAIS COM ESSAS COISAS 😭
Tipo eu assistindo essa porra entrecruza 6666 fios na cachola - mas o personagem LINDAMENTE vivido pelo Neil Hamilton TÁ LONGE DE SER *Gentleman detective* - que aqui são os estadunidense tentando fazer o deles palatável pra vender pra geral - e longe de condensar os gritty & noir de verdade.
ENTÃO O DIVERTIDO AQUI PRA MIM é justamente esse filme *fugir do tom* - ele tem algos de comicidade, de leveza, de trampar obra/espectador bastante na metalinguagem mesmo
visto, por exemplo, TODA A BELEZA LUSTRANTE DE COMO ACHAM O CORPO - num set de estúdio com outro bagulho sendo filmado do lado?
E daí tem todo o primeiro processo de investigação que usa justamente o cenario do estudio de prop?
Tipo a primeira disto aqui é falsa?? eu já comecei o filme arreganhando a beiça caraio hahahah
MANO. pra mim isso aqui é festa. sério hahahahah.
tipo tem algos de veia BRINQUEDUDA com a tematica que vai no meu coração sangrante nerd do apetite, saca? Não sei explicar.
Fora que sendo pré código Hays temos aí diversões muito muito curiosas sobre sexualidade feminina - que só tendo mina no roteiro poderia ter me trazido ❤
NO MAIS? É o tipo de filme que adoraria pegar pra criar hahahahah.
O odio que passei por não ter achado cópia decente já foi sofrimento suficiente, mas que rolê diversão :3
e no espírito *obrigada por tudo Stephanie Rothman* peguei pra ver finalmente esse marco maravilindo na mais deliciosa verve sexploit feminista (?).... mas podia isso?! hahah
Que beleza a década de 1970 neh?
Mira aqui no meu olho que a primeirissima cena desse filme já põe o pau na mesa, ou melhor, a injeção de mina no rabo de babaca pra mandar a que veio, se liga: A ideia é claramente pegar pra brincar certo kink envolvido com as profissionais de enfermagem, então de largada temos uma das quatro gatas protagonistas toda boa donzela indo ali no quarto tentar ajudar um manolo que tá com o zoio trincado.
Resultado? O tal paciente tarado tenta abusar da garota PORÉM, VEJA BEM QUE além de conseguir se libertar ela, com a ajuda de mais dois carinhas, viram o idiota de bruços & expondo a raba do mesmo metem uma injeção ardilosa pra fazer a pessoa sossegar o facho.
VEJA, MIRE, CONTEMPLE: A belezura EXPLICITA da reversão de valores NO PSEUDO ESTUPRO AQUI
É DUM SOPETÃO, DUM TAPA ELEGANTE COM AS COSTAS DA MÃO? QUE SAGACIDADE MEU RAPAIZ! (e viva o pegging & femdom babes)
E é nessa visão genial de pegar um gênero de filme que transborda dos *Tits & Ass* pra vend$r que a simplicidade de trampar de fato sobre a sexualidade das protagonistas ali é só de gostosura intensa.
E confesso que nessa altura da minha falta de paciência ter que ouvir de macho mala que não existe feminismo na ideia de mulheres se empoderarem com a própria nudez - nas idiotia de rirem de tipo mina protestando nua até hoje - é dum nivel de retardo de processamento de informação que aqui DE VERDADE MEU ENFADO & GASTURA NÃO CONSEGUE MAIS - não dá pra argumentar com zé punheta desse nível.
E pra este filme principalmente, tendo mão feminina, provavel tem aí estudos ou TCC da gringa trampando exatamente isso aí - portanto vou só resumir o meu:
SHONDA RHIMES EU TE VEJO! DJFIOAD
Bicho a ideia de ter várias protagonistas, cada uma com seu rolê ali me puxou TANTO essas séries médicas - na real soap operas né? - que PERSISTEM ATÉ HOJE NA TELEVISÃO?
EU REAL FIQUEI DE CARA na similaridade deste filme aqui com, sei lá, pelo menos a primeira temporada de "Greys Anatomy" - já que aqui as quatro enfermeiras ainda são estudantes, e é justamente delas estarem aprendendo a função enquanto tem os desenvolvimentos interpessoais no trampo e fora dele que a trama toda desenvolve. Por exemplo a forma como introduzem cada uma das minas? NA CHAMADA DA SALA DE AULA.
E este mecanismo LINDÃO pra "Show, don't tell" continua sendo usado no decorrer do filme, em que quando existe algum ponto problemático da trama que as minas tem dúvida VOLTAMOS PRA SALA DE AULA - com o filme usando isto pra ensinar também os espectadores sobre o assunto, como por exemplo sobre o uniforme das enfermeiras (que é detalhe pra kink hahah), mas também O PONTO IMPORTANTISSIMO sobre acesso a aborto na saude pública daquela época.
Ah! Deixa eu pontuar que fiquei maravilhada QUE O MEDICO GINECOLOGISTA DAQUI É O CARINHA DO FILME "THE GAY DECEIVERS"!!!!!!!!
Lawrence P. Casey eu real agradeço por todos os seus serviços pra objetificação do seu corpo ❤ RAPAIZ O TANTO QUE EU PIREI COM ISSO, QUE CAST CERTEIRO AFFE ❤
O tom desse filme vai de comédia pastelão, tipo uma das mina catando outro nada a ver pq tava escuro, passando pelo tom revolucionario anti-sistema TRAMPANDO EM TEXTO SOBRE MINORIA LATINA GUERRILHEIRA, sobre aborto como comentei e pegando pra abraço final DRAMA DA VEIUDA PULSANTE NO ROMANTISMO MAL DO SÉCULO MEU RAPAIZ
OLHA: Esse plot aí do molequinho moribundo eu REAL me senti pessoalmente atacada - começou com a imagem ali do Allan Poe na parede do rapaz, pq na época que eu vi o filme tava justamente imersa nas coisas do mesmo
PORÉM, TEM MAIS: De verdade pra mim deu pra SENTIR a paixão da Stephanie Rothman por literatura, ALGO QUE REAL NÃO TAVA ESPERANDO DESSE FILME - CREIA. Mas mais lindo é que mesmo nessa pegada de fangirl literaria dela AINDA ASSIM TEM UMA REVERSÃO DE VALORES, SACA?
Pq a gente tem literalmente o romance dum frangote com a mina mais velha - e menos inocente - ali. Aliás, nem sei se poderiamos chamar de romance de fato pq além dos kink com a diferença de idade (haha) acho que foi trabalhado muito bem a nuance de dinamica entre eles, do moleque virjão pq doente tendo essa *musa* dos romanticos, só que no papel de cuidadora tanto do fisico, quanto do psicologico dele (e sexual hahahah)
Tipo. FUCK YEAS DOMME MOMMY jdiofajdaois - ok parey
MAS MANO, FICOU BONITO SABE?
E a ideia de ter várias protagonistas é maravilhoso não só pela interação entre elas, mas pq com cada uma trazendo sua própria "tematica" o filme passa rapidinho com o espectador imerso todo tempo - ou pelo menos assim senti, que fluiu num átimo.
Que de verdade eu não tava esperando esse filme ter ***conteúdo*** se é que me faço entender? É MARAVILHOSO ESTETICAMENTE - E SIM TO FALANDO DO SEXPLOIT, FORA AS BRISA MARAVILHOSA DO CARALHO - TIPO A VIAJAÇÃO COM SUQUINHO MOIADO NO LSD & VOLTAR COM A CENA DO ABORTO, MAS
Real o filme é gostoso também pelo conteúdo - eu passei o tempo todo querendo saber que diabos ia acontecer com as mina, sem nem ideia do destino final saca? Fora que tem dialogos mara, tipo o comentário que as minas fazem sobre Joana d'Arc (que de novo, dá pra sentir a voz da Stephanie Rothman), mas tbm tipo na briga do médico com o hippie vegetariano QUE BAGULHO HILARIO E ATUAL PRA CACETE HAHA.
Cada personagem - mesmo os namorados - são bem trabalhados pra caramba. Tem cenas absurdas de belas, tipo a da performance protestando capitalismo do movimento latino ali? O PRIMEIRO ZOOM É NO LOGO DUM BANCO E AI VAI VOLTANDO PRA ENQUADRAR A GALERO - MANO ❤ LINDO ❤
As protagonistas são belas, mostram o corpo e *tem conteudo* difjaosidfjio - o arraso que foi a cena de intro mesmo pra trabalhar a personagem Priscilla, vivida pela GLORIOSA Barbara Leigh??
Eu voltei acho que 3x essa cena, NÃO TO BRINCANDO CARA - vai ficar na minha mente pra sempre como uma das conduções mais fudidas de afiadas pra apresentar personagem.
Começa com a mesma soltando daquelas *falas chavão* ali na sala de aula, em que a supervisora tá reclamando da altura da saia do uniforme - e daí a Priscilla vai lá e pontua que "Ela fixou na altura da saia, mas não notou que eu nunca uso sutiã. NUNCA." E DAÍ O FILME CORTA PRA ELA ANDANDO NA RUA TODA GARBOSA - SEM SUTIÃ EVIDENTEMENTE - ELA ACARICIA UMA FODENDA MOTO E SENTA DO LADO DUM MALUCO
E DAÍ O FILME MOSTRA A QUOTE "TAKE NOT A MAIDEN WHO LOSES POSSESSION OF HERSELF*
E DAÍ O MALUCO PUXA CONVERSA COM ELA DESFAZENDO DELA LENDO *STEPPENWOLF* (O LIVRO) - TIPO O ESPECTADOR DEVE DESFAZER DA INTELIGENCIA POIS ELA É GATA & EVIDENTE ALI SEXUALMENTE ATIVA, OU SEJA DEVE SER BIBELÔ SEM CEREBRO DOS ESTERIOTIPO
E DAÍ, O AUGE, ELA SIMPLESMENTE COMEÇA A FILOSOFAR COM O MALUCO NÃO SÓ SOBRE O LIVRO, MAS TAMBÉM SOBRE DROGAS - COMPOSTO QUIMICO, EFEITO BIOLOGICO - PQ ELA É UMA FODIDA ENFERMEIRA PARÇA E É ISSO - QDO ELES SOBEM NA MOTINHA EU TAVA UIVANDO
QDO ELES TÃO NUM CAMPÃO E A PRISCILA CHAMA O LUGAR DE BONITO USANDO UMA GIRIA EXTREMAMENTE DATADA DA ÉPOCA EU TAVA GARGALHANDO BOLHA DE SABÃO
Cara se você não tem trauma nos signos com trêm em filme coreano TU N TÁ VACINADO eu juro (que inferno viu)
Que seja: Eu vim unica e exclusivamente pra saber melhor do Ma Dong-seok, que confesso nunca tinha visto antes na vida e conheci quando finalmente sentei pra ticar "Trem pra Busan".... e claro tem o rolê com o MCU (contexto que tá nas beirada do meu cérebro desde o trauma que sofri com Loki, mas sempre na espreita)
Em "Trem pra Busan" achei o cara um charme, dos tipo que me pareceu abusar de improv no meio dos dialogos tão bem que os diretores acabam deixando rolar, sabe? - meio que raro desses hoje em dia que não são humoristas.
Aqui? Meio que tive isto comprovado. Infelizmente o eco que foi é que o cara tava vivendo o mesmo papel, ou melhor, a duvida que criou é se o ator vive de simpatia/carisma mais do que atuação de encarnar os personagens - e até aí? Tudo bem. Tem 666 atores gringos que fazem o mesmo, só muda o nome do personagem mas na real a gnt tá pagando pra ver o carisma especifico daquele ator em cenarios diferentes e etc.
DO FILME: Este parece ter sido o primeiro do diretor e roteirista e dá pra perceber que não teve muita verba, o que é curioso pq pareceu mais pobre que obras pra televisão de lá.
O filme tá trampando a temática de jovens adolescentes fugidos de casa, em situação de rua - eu digo *situação de rua* mas em toda a honestidade do meu coração pedrisco eu tive 0 simpatia por essa pseudo juventude perdida, por diversos motivos:
1) eles se vestem melhor que eu e tem celular com tecnologia melhor ainda - mesmo que a cena que eles roubam o cel DE UMA CRIANCINHA tenha me feito gargalhar alto (se pá tão se alimentando melhor que eu também, confesso... *suspira em miojo sabor galinha caipira*)
2) SÃO BURROS PRA CARALHO - e tem todo um lance de chantagem aqui que é o que avoluma, ALIAS TA NO TITULO NÉ AMIZADE - isto do plot ser em cima duma cama de gato das picuinha que vão se avolumando? É o tipo de filme que a idiotia de geral é tão irritante que PARECE CRIVEL E POR ISSO IRRITA AINDA MAIS??
Existe nome pra este sentimento de ira frustrada?
O tipo de filme que metade do caminho eu já tava xingando a tela pq todo mundo era imbecil... PORÉM
CALMA LÁ QUE TIVE MEUS MIMOS, além do charme do protagonista claro, EXPLICO: Se vc tem sorvência de conteudo sul coreano, viu novelinhas de lá, os k-dramas - então tu sabe que sempre tem a figurinha carimbada do personagem "chaebol" - que, aliás, eles lá conseguiram vender muito bem como a versão deles capitalista de principe encantando.............................enfim, voltando as criticas deste filme e não a "Hallyu" como um todo jdifaojdfioa
TEM AQUI O FUDENDO DO CHAEBOL - MAS ELE É VILAOZINHO PAIA - é tão tão maravilindo o contraste do atorzinho modelo de passarela aqui querendo pagar de bad boy (tipo em k-drama) E ELE SER SOCADO DELICIOSAMENTE PELO PERSONAGEM DO DON LEE??? sem zua = valeu o filme ❤ hahahahah
eu curto PRA CARAIO bonitinho cuzeta amarga ser socado desse jeito - é suquinho do prazer pra mim :3
hum... no mais? tem umas atuações respeitaveis lá do bonitinho no dramatico como *mocinho* da história Choi Min-ho/Minho - nunca vi antes na vida & caguey grandiosamente pra ser honesta
da mesma forma que caguey & ri pro outro bonitinho que viveu o vilãozinho twink hilário, Kim Jae-young.
E as mina? Elas tão lá sendo plot device nonsense & irritantes pra kct - horrível a escrita pra elas, assim como resultantes... é bem *dama em perigo* fracasso extremo
então assim = num geral é um choque de linguagens isto aqui, um pé em k-drama com juvenis vistosos & outro em filme sem verba fazendo seu caô pra gerar pancadaria (e drama, que pra eles sempre tem drama - geralmente belamente feitos, porém aqui tem base em idiotia nonsense e não comprei jamais)
O resultado pra mim infelizmente foi de um filme mixo completamente esquecível - seja em inovação, plot, roupagem ou o que for.
BORA DE ROCK HUDSON, ESSE GRANDE GOSTOSO, LEVANTANDO AS ESPADA MAGICA ❤
Catado no meio da minha sofrência pra encontrar roteiros originais pra filmes de gênero & ainda encontrar uma cópia cremosa tinindo nas cores minha nossa cara ❤
Rock Hudson, um princeso árabe (VEJA) chamado Harum, se enfia no rolê das aventuras regurgitando várias coisas tipo Aladim & Lenda do Rei Arthur ---- entenda a delícia que é já gamar nesse tipo de filme PORÉM toda história advém do fato que SÓ O ROCK HUDSON PODE **BRANDIR** A TAL ESPADA, O NÍVEL DO SUBTEXTO GAY JÁ TÁ NA EXTRATOSFERA,
MAS DAÍ AINDA TEMOS::: A princesa Khairuzan, que além de branca é ainda ruiva, SE VESTE DE HOMEM E ELES FLERTAM ASSIM (pseudo Jasmine do Aladim, aliás eu pagaria 1 maço de Derby se não debruçaram nisto aqui pra fazer a versão da Disney)
NÃO SÓ ISSO LOMBARDI, MAS VEJA QUE O PERSONAGEM DO ROCK HUDSON CHAMA A PRINCESA DISFARÇADA DE HOMEM PRA IR NO PUTEIRO COM ELE - ELE REAL NÃO SABIA QUE ERA MULHER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
TIPO. Vdd a gente não tem o amor da minha vida Iago nessa versão do caô do causo, mas eu LEVO SIM PQ NÃO.
Diversão extrema isso aqui mesmo se você não vier pelo gay como eu, amo amo filmes deste gênero tava com saudades até - tem de lutinha com a benga, quer dizer com lança longa, até sei lá o humor de várias personas tentando arrancar a espada mágica de uma fodida pilastra - PQ O FALO RAPAIZ...
Bem filmado, atuações e cenas de lutinha divertidas (mesmo que não tão maravilhosas dá pra perceber a.... *aplicação* do Hudson dfadfa), FIGURINOS MARAVILHOSOS & tem sequencia de sonho (drogado? num sei parça tem a ver com minas seduzentes e espadas mágicas eretas sendo roubadas EU TAVA BEM LOUCA JÁ)
Terminei com sorriso rasgando a cara de prazer, uma delicia ❤
[ps: até agora n entendi meio direito pq o filho do Jafar é tão velho, porém já tava rindo com o Jafar ter filho - que seja cara faz a fanfic ae hahahahah]
Meu segundo Elaine May e serviu pra sanar 1001 dúvidas que tive quanto a como processar o filme anterior "A New Leaf", visto aquele também ser baseado em um conto - de eu não saber o que era autoral dela e o que era do texto original, ou algo assim.
De prima então eu preciso deixar minha admiração pro pulso dela em termos de tom - que é um negócio a nível absurdo de sutileza. De andar num caminho de humor próprio, sendo que em ambas as histórias basicamente se você tá criando empatia por qualquer personagem ali você tá fazendo o rolê errado hahahah.
Se no primeiro filme eu passei mal devido a minha dificuldade em lidar com mina nerd paspalha sofrendo golpe de dandy elitista com *nojo de mulher* dos queercoding - aqui também existe todo um trampo de tiração de dinâmica social através do extrato de relacionamento romantico... Isto é: o que aparentemente seria um filminho besta romcom tá trampando outras diversas coisas.
O protagonista Lenny Cantrow, vivido pelo excelente Charles Grodin, é delineado de forma absurdamente maravilhosa pra criar empatia **errada** neste filme. Ao início ele é só um cara querendo transar, sabe? Infelizmente os ideias normativos cishet embaçam o rolê e a namorada dele quer conservar a virgindade até casarem - E ASSIM É: Eles mal se conhecem, nunca se pegaram e bum. Casados.
AQUI já tem várias brincadeiras, pq afinal é o ano 1972 e estamos falando duma nova era de pretensa liberdade sexual, certo?
Então primeiramente temos aí o filme pegar pra brincar um tropo sobre romantismo que tá morrendo, do antigo status quo que acontecia normalmente pros juvenis das épocas passadas: Estes casarem pra tr3p4r mal se conhecendo, e serem obrigados a passar o resto da vida juntos.
POR OUTRO LADO tem também o detalhe que é extremamente importante levar em conta - sobre religião.
Que tanto Lenny, quanto sua nova e desconhecida esposa Lila Kolodny, SÃO JUDEUS. A personagem da Lila inclusive retratada com vários características facilmente reconhecidas (estereótipos ?) da mulher judia - seu ideal de casamento e romantismo fazendo parte de sua cultura.
Então Lila, ainda que como pessoa seja alguém que Lenny não conhece, aquilo que esta representa é o normativo de vivência pra um homem judeu. - ela talvez mais do que uma personagem é uma alegoria (aliás ambas as mulheres deste filme seriam). Temos aí então humor pesado em cima do ideal monôgamico cishet, duma cultura bem especifica, porém que tá refletindo também de forma muito equilibrada a revolução sexual pra sociedade num todo.
A forma como Lila e Leeny não *se entendem* na cama após o casório torna-se uma tragédia - mas curioso pra mim é que no caso é a Lila que seria *insaciável* pra um Leeny *indisposto* hahaha.
E isto, das mulheres *pretendentes* do Leeny aparentemente terem uma caracterização predatória sexual, continua quando somos introduzidos a personagem da Cybill Shepherd, chamada Kelly Corcoran.
A forma como Kelly trata Leeny é extremamente divertida em sua peculiaridade, ao meu ver ecoando uma *troca de papeis de gênero* ali em quem está predando quem? Fora que o filme trabalha muito bem a forma como Kelly representa um ideal de *sonho americano*. A mina tem a beleza padrão WASP que Leeny tá almejando pra sair da sua caixinha - muito mais do que qualquer conexão entre eles, esta sempre é retratada como um objeto de desejo quase inalcançável em seu comportamento.
E isso, do judeu versus o cristão, tá PESADO ali no final do filme...
SPOILERS. O contraponto de ambos os casamentos é lindamente acido - não só pelo segundo casório ser desta vez na igreja com uma cruz gigante, mas temos também Leeny completamente desconfortável como peixe fora dagua repetindo sua história fracassada em que posa como um ator nas interações com os figurantes, obviamente querendo ser algo que não é.
E aí, pra encerrar, este sentado sozinho no sofá COMEÇA A CANTAROLAR A MUSIQUINHA QUE SUA PRIMEIRA ESPOSA ENCHEU O SACO CANTANDO - LINDO!
A sutileza pra levar os contrastes dos *ideiais*? Leeny depois de ter lutado tanto pra vencer dentro da perspectiva social de vitória do normativo cristão acaba ao final se sentindo excluido. Ao abandonar sua cultura aqui sente falta da comunhão daquilo que talvez antes para ele era ordinário demais?
ENTÃO O QUE É FODA AQUI? A leitura que o segundo casamento seria *algo que Leeny deveria sim perseguir* está incorreta pq é simplesmente o cara repetir o erro do primeiro casamento. Ele não conhece Kelly, da mesma maneira que ele não conhecia Lila.
NOVAMENTE: É SOBRE O QUE ESTAS REPRESENTAM & O AGRIDOCE É PLENISSIMO.
No meio do caminho por esta história temos cenas absurdamente hilárias de Leeny dando várias bola fora, perdido na vida, não sabendo o que quer. Aliás, deixar meu abraço pro Eddie Albert que tá fantástico vivendo o pai da Kelly (aka o Patriarcado estadunidense).
No mais só preciso deixar que tem ali também de forma extremamente sutil argumento anti-guerra/anti-militarista com o Leeny, visto que parte de sua caracterização se deve ao fato que teve que se unir ao exército obrigatoriamente.
Pra analisar o personagem e esta história este detalhe tem peso tremendo, a dizer - 1) o medo de Leeny em ficar *preso em um casamento indesejado* é comparado em texto com o tempo que ele passou no exercito; 2) O ideal normativo de romance atrelado ao Sonho Americano num ex-soldado; 3) Patriotismo, no amor a nação sendo que tanto Lila, quanto Kelly, são duas representações diferentes de *final feliz* em duas camadas sociais dos estados unidos.
E pra fechar: Esse filme teve reboot dos Irmãos Farrelly e apesar de eu ser a pessoa que gosta de catar este tipo de coisa, me reservo ao direito de deixar pra outro dia, quem sabe nunca ❤
Nas de ir atrás da primeira onda do Novo Cinema de Hong Kong fui belamente surpresa por achar uma cópia tinindo deste filme - que geralmente é um sofrimento pra filmes de lá desta época ahahah.
A cena de intro já foi bem inusitada pela forma como me lembrou o inicio de "Cidade de Deus"? Que abertura foda!
Trazer este imaginario infantil sobre os conceitos de justiça nos moleques brincando de polícia & ladrão, aproveitando pra abrir pro espectador as pessoas comuns como figurantes ali de cenário antes de adentrar o trampo nos conceitos, tem um lirismo fudido pra o que o filme vai intentar trazer pra debate no restante de sua duração.
E isto de tom realmente este filme é muito interessante, mesmo eu que saco de nada dá pra tatear ali as influências de outras tantas histórias, e ainda que tenha algumas cenas leves estas sempre estão dosadas em alguma ironia com a vivência dos porco ali - pq sim, ESTE FILME É UMA ODE AOS PORCO.
Tem inclusive uma cena absurdamente foda com os mesmos cantando uma canção hard rock (?) num inferninho sobre os heroismos dos policiais - com direito ao cantor da banda, que escreveu o som pro filme, fazer uma ponta ali como informante dos caras.
Então assim, dá pra perceber que a ideia é um contra-argumento que este filme tá tentando fazer pro crescimento de histórias fazendo ode a bandidagem ali na Asia por aquelas épocas - ele tenta te mostrar a dureza da vida dos porco, que são zoados pela população (tem cena de maluquinho lendo um cartum zoando porco e rindo), tem problemas pessoais pra formar família devido aos perigos e, óbvio, as brutalidades que os mesmos encaram.
Isto tudo é mostrado a partir de um grupo de policiais, o herói principal Sargento Kei que é o pai solteiro do molequinho do inicio do filme. Este tica todas as caixinhas do estereotipo do policial durão que atira primeiro, pra fazer perguntas depois.
Chefiados pelo Inspetor Chow, que é o personagem que nos trás as dificuldades pra arranjar par romântico sendo policial, este incumbe o tal Sargento em ensinar os paranauês da profissão ao novato do time, o franguito Wei - que é caracterizado com óculos e de postura inofensiva, o tipico nerd que após cumprir seu serviço militar foi tentar ver se caberia encarar virar policia.
Inclusive tem uma cena pontual pra cacete em que o Sargento Kei senta a porrada num maluco suspeito e no final este é inocente - ainda assim toda cena serve pro Sargento mostrar pro novato Wing como fazer *as pessoas o levarem a sério*, visto até receber uns sacodes o suspeito não soltar nenhum pio nem que fosse pra se inocentar ali. MAS O MAIS MANEIRO DE TUDO DESTE ROLÊ? É o vilão - claro, hehehehe.
Que foi o que me fez curtir verdadeiramente o filme sem azedar pra proposta toda. Bill é o vilão mais caricato do universo, os caras fizeram a pachorra de raspar o cabelo pra deixar a testa do ator mais proeminente - e assim ele mais feio e esquisitão. Veja que Bill odeia policiais. Mas ele apenas odeia os mesmos pois sendo zarolho não foi permitido entrar ele mesmo pro lado dos *policia* da brincadeira.
É INVEJA QUE DEIXOU ELE DOIDO (!!!!)
A forma caricatural e bizarríssima que este personagem vai entrando nas espiral de psicose absurda É UMA DELICIA - e o filme É BASTANTE GRÁFICO NAS VIOLÊNCIA, sendo a cena final fenomenoza nas liberação do gore ❤
SPOILERS Sargento Kei ali no meio do caminho ser martirizado pra pesar na mensagem do filme é algo que não estava esperando.
Seu filho moleque carregar a *herança*, assim como o Novato Wei mandar a profissão pra casa do caralho depois do trauma de *final girl* desse filme, é um sabor a parte. Como resultado final enquanto essa história tava tentando valorizar a vivência dos porco como herois da nossa sociedade (risos intensos) mostrando as feiuras da profissão, acaba ao mesmo tempo sendo comédia e belo pra cacete na levada da ironia nonsense de tudo isso - ainda mais com a escolha da vilania ali pra tentar pontuar os heroismos dos policiais.
A base do argumento de defesa é tão absurda, o melodrama com o moleque, os argumentos do Inspetor sobre os perigos da profissão pra namorada, nas tentativas de humanização dos porco pela forma como mostram as pessoas comuns tirando sarro e desfazendo dos mesmos tão pertinente - que real acaba sendo uma diversão a parte acompanhar as danças que o filme faz pra tentar justificar as ideias erradissimas hahaha. A boa edição, a violência, a coisa de mostrar o urbano caótico e as atuações - Bill psicotico perseguindo o porco!!! - só arredondam o rolê.
TANTAS COISAS CURIOSAS AQUI! - e vai de socialização do feminino até os kink de zé punhetas - o que não julgo, visto pessoalmente eu mesma ter ali um olhar focando no lésbico de forma talvez ligeiramente salivante hahaha.
QUE SEJA, VOLTEMOS: Não me lembro de ter visto algo com a DEUSA MAGNÂNIMA da Barbara Stanwyck antes - mas CARALINHOS SALTITANTES PARÇA A MULHER ME DEIXOU TREMENDO AQUI.
Não é só *pose* ou da atuação, DÁ PRA PERCEBER QUE A BICHA É DAQUELE JEITO MEMO SABE? De postura, de olhar, de resposta pras coisas - A VOZ DELA? ENTONAÇÃO, QUE SEJA.
Fiquei, obviamente, bem enamorada ❤
DE PRIMA só pegar pra comentar como tá aqui todo o suquinho que vai virar lugar comum de QUALQUER COISA AMBIENTADA EM PRISÃO - de "Um Sonho de Liberdade" até "OZ", vi ecos dos tratamentos de dinâmicas, tipo ter aquele personagem que já tá preso faz certo tempo e vai lá introduzir o "Fish" pra rotina do lugar, até detalhes extremamente pontuais como as encarceradas decorarem a̶s̶ ̶c̶e̶l̶a̶s̶ os *quartos*.
BABES ATÉ A LAVANDERIA QUE O STEPHEN KING PUNHETOU TÁ AQUI - EU TE VEJO MANÉ
(e sim eu sei que é baseado no próprio sistema penitenciário, até "Orange is the New Black" tem isso da Lavanderia)
ALÉM DISTO este filme teve obvia influência pra cinema NUM GERAL falando de *MINA REBELDE* - PQ eu soltei basicamente um mugido alto com a cena da cantoria com os retratos de macho na parede BABES ISSO AQUI "GREASE" FEZ O SEU REBOOT/HOMENAGEM SUGANDO ATÉ O TALO?
É C.R.I.M.I.N.O.S.O ESSA REFERÊNCIA NÃO SER DEVIDAMENTE RECONHECIDA!
Tá, e do filme? Trata duma mulher "transviada" que nasceu em cidade pequena tendo o pai como pastor, daí acabou por descarrilhar (hue) e passou de reformatório em reformatório até se envolver com uma gangue que assalta bancos - GOOD FOR HER.
Porém, apesar de ser mina e geralmente isso ajudar a despistar autoridade na vida criminosa, a nossa protagonista Nan Taylor acaba sendo reconhecida por um policial após o ultimo assalto - que testemunhamos como a gangue age. O porco reconhece a mesma como carta repetida de baralho, apesar do disfarce (e o cachorrinho que astutamente a gangue usa pra aplicar o golpe hehe).
Nan vai parar na prisão e a notícia sai na primeira página dos jornais, que mulher na vida bandida é info sensacionalista pro populacho devorar.
Daí que entra o pseudo romance do filme - QUE EU TE JURO É MARAVILHOSO PRA FAZER UM CONTRAPONTO PRA MULHER BANDIDA ENTÃO O QUE TEMOS? ISSO MESMO UM FODENDO PREGADOR EVANGELICO CARA.
OLHA NO MEU OLHO - AS TENTAÇÃO SABE? Em termos de lustrar minha Hierophilia eu tava no céu, mas tem também claro a ideia que o *pregador* tá meio que sendo o self insert da moral e dos bons costumes do patriarcado SENDO CORROMPIDO PELA PROTAGONISTA ❤
Eu amo como filmes "pre-code" as vezes surpreendem tanto assim nos abraço intenso? E se vc tava esperando meu testemunho sobre as sementinhas que este filme dá pro exploitation mesmo que fundamenta WIP como gênero = CREIA TEM
Desde *espiar* a rotina intima de mulheres enclausuradas, tem mina saindo na porrada, piadinhas com prostituição, sistemática de D/s das atribuições de troca de *serviços* entre as enclausuradas, homoerotismo desde a Nan com a colega que apresenta o local, mas também com A MULHER GUARDA QUE VAI FAZER VISITINHAS NA CELA DELA E TEM SUA *CHAVE* AFUNDADA ALI NO SABONETE - é pra fazer cópia, porém a cena me deixou de boca aberta na sensualidade?
TEM A PORRA DUMA CENA INTEIRA COM A CÂMERA *ESPIANDO* AS MULHERES EM SUA INTIMIDADE - SIM TROCANDO DE ROUPA, mas tem um casal lésbico ali também que achei FOFO AAA ❤
Achei fofo pois não envolve o tropo cansado do caralho de estupro homossexual em prisão - tem um *alerta* ali no começo do filme que a personagem *gosta de dar uns agarro* mas ela FELIZMENTE não é vilanizada, tá só lá de boas com sua namoradinha femme [pq obvio esta entra no tropo da lesbica butch FUMANDO A PORRA DUM CHARUTO EM SUA INTRO DENTRO DO BANHEIRO FEMININO ❤ ]
De zueragem sobre religião na chacrete de pastor, critica ao sistema penintenciario como *reformador de caráter* até pistolagem contra os pseudo homi santo - é tudo duma diversão EXTREMA.
Embarca latinas, mulheres negras e até Lady presas no melhor sabor de ironia ao maquinário (hue)
Eu amei cada segundo deste filme, virou assim favorito do coração - e já até baixei pra deixar aqui de lado pra acariciar sempre que puder hehe ❤
Só pra finalizar então PRECISO COMENTAR que quando toca "Saint Louis Blues" aka "I Hate To See The Sun Go Down" (se eu não tiver enganada com a versão da Bessie Smith) EU JA TAVA EM PRANTOS - PQ O FILME NÃO TENTA SANITARIZAR A MINA, ELA R.E.A.L É GANGSTER = ATÉ O FIM ❤
E vamos da segunda versão pra esta história, que é COMPLETAMENTE DIFERENTE da primeira versão de 1933 - ainda que iniciem da mesma maneira.
De fato a intro do filme é idêntica, talvez pra pessoa localizar já de onde o cerne desta versão veio, mas a partir do roubo ao banco já vemos que o tom deste filme será outro, bora explicar:
Diferente da primeira versão não é um policial reconhecendo a protagonista de outros crimes pequenos que leva a mesma a cadeia, aqui chamada Dorothy "Dot" Burton [certamente em homenagem a autora da história original] - e sim o fato que o detetive IMPLICA COM A PORRA DO CACHORRO??? O tanto que eu ri!!
O papel das minas, em ambos os filmes, é fazer o guarda do banco abrir a porta após horário de encerramento - e o cachorro é importantissimo, visto ela entregando o bicho pro guarda segurar pra ela O MESMO ESQUECE DE TRANCAR A PORTA - ENTÃO: O cachorro é a chave de acesso pros ladrões aí, sacou?
POIS BEM nunca é explicado no primeiro filme de onde diabos veio o cachorro e talvez atendendo a especulação do publico aqui decidiram dar um papel mais proeminente pro canino gangster - e é na intriga da moça suspeita chamar o cãozinho de nome diferente do que está na coleira QUE AÍ SIM aqui nossa protagonista é apreendida.
PQ eu não abreviei este detalhe de mudança? Pq É EXTREMAMENTE IMPORTANTE que desde o inicio o filme está nos falando que "Dot", diferente da "Nan" do filme anterior, não é uma criminosa de carreira!
E esta é uma mudança dos tempos do "Código Hays" das mais óbvias, que o filme se dá ao trabalho de entregar o contexto diferente da Dot - que comenta ser *aquela velha história: menina do campo vai a cidade virar atriz, o dinheiro acaba antes de fama chegar e... esta precisa se virar como dá*
Curioso porém é que apesar desta sanitarização da personagem, que sem querer querendo acaba se envolvendo com a criminalidade pra pagar as boleta só em mérito de urgência, ainda assim Dot não é uma versão melíflua e frágil da personagem - GRAÇAS A SATÃ
NOPE o roteiro de forma extremamente astuciosa torna nossa anti-heroina muito mais manipuladora do que Nan da primeira versão - que era mais "mão na massa" de carregar revolver e atirar, de dar soco em briga de tapa, etc.
Dot é muito mais *aranha dentro da teia* neste sentido o que não deixa de ser uma interpretação bastante divertida nos malefícios femininos - e pq nós precisamos de uma orelha pro planejamento dela, temos também um subtexto homoerótico MUITO MAIS PESADO dela com a colega de cela Myrtle Reed, vivida pela gatissima Julie Bishop - já que a mesma é confidente e conselheira (sim elas são maridas, FIGHT ME)
O subtexto queer ser mais pesado não é viagem da minha cabeça, ENTENDA que pra fazer visita sem ser notado UM DOS CAPANGAS SE VESTE DE MULHER - e é absolutamente fenomenal pq ele tinha inclusive um bigodinho de malando que raspou só pra entrar na prisão e encarar a nossa Lady Gangster hehe
Ah, esta é outra diferença: Já que não podemos ter a ligação de irmandade forte que existiu no primeiro filme entre Nan e seus companheiros de gangue, então o que este filme faz? Isto mesmo, a Dot cria intriga de roubar os ladrões do seu próprio bando - afinal eles mesmos não leais estavam prontos pra largar a garota na prisão e ficar com a parte dela dos lucros do assalto ao banco.
Daí que vem todas as intrigas de leva e trás da Dot com os ex-companheiros, dela arquitetar as tramas SEM entregar os mesmos *pra lei* - e o roteiro brinca com tudo isto extremamente bem, ainda nos questionamentos cerne desta história sobre moral e bons costumes versus a possível *recuperação* da Dot.
Você sabe, se ela consegue "a chance to go straight" na vida 💅
Isto, e claro, a versão deste filme pro romance cishet que é.............
Contestável? Pra dizer o mínimo.
A Faye Emerson como Dot está magnânima, e pra trampar em cima de um papel vivido tão fudidamente bem pela Barbara Stanwyck isso quer dizer MUITO.
Obvio que a mina tem a essência dela, mas casa extremamente pra versão mais contida, porém ainda BAMF do papel - a cena que comentei da visita do capanga vestido de mulher & ela é maravilhosa na entrega e sangue frio da Dot.
Fora que criando o contexto de que esta é uma atriz, então a ideia dela manipular geral pra benefício próprio faz extremo sentido
Nessas quanto ao questionável do romance tá o tempo todo no filme - em que aqui o radialista apesar de não ser pastor, continua servindo de self insert pro patriarcado, mas a relação entre ambos é muito mais num tom PATERNAL e não de amante.
Exemplo disto é a cena final que arma pra gente pensar que terá beijo e.... faz o ponto final justamente neste tom de afeto paternal? Muito diferente da tensão sexual do primeiro filme sobre certo/errado da atração do pregadorzinho pra com a Nan, por exemplo
Da mesma forma aqui visto Dot ser tão mais arquiteta dos maleficios fica até o final a suspeita se ela não está ainda usando afeto do maluco pra ganhar o salvo-conduto de voltar pra sociedade hehe.
O primeiro filme tem muito mais de diversões com a vivência das prisioneiras, inserindo várias personas ali que trazem contexto pro tipo de ambiente e mulheres aprisionadas na época; além disto ali faz muito mais sentido a figura da *prisioneira inimiga* que é chacrete do pastor do que a personagem similar em vilania deste filme aqui, mas não menos divertida - a mina deste filme é ODIOSA CARA.
Lucy Fenton, a falsiane inimiga aqui, é motivada por intriga e conta com a ajuda de uma personagem extremamente curiosa e bem delineada - que por ser surda as pessoas falam coisas do lado sem perceberem que estão despejando segredos pra ela já que a mesma consegue ler lábios até a distância - OU SEJA, ESPIÃ PERFEITA. E os ângulos de câmera usados pra mostrar essas duas armando esquemas contra Dot (e sua marida Myrtle) são genuinamente enervantes ahahahaha.
(sempre tem essa gentinha em todo lugar mddc)
A finalização deste filme é com pancadaria, tiroteio e fuga de carro - um volume de ação completamente avesso a conclusão do filme de 1933 em termos de tensão, mas novamente, bem divertida criando o seu.
E é isto pra todo o filme sendo sincera: Conseguiu fazer sua própria história, com uma protagonista genuinamente *durona* e crível, que tem uma bela condução seja em roteiro ou filmagem & excelentes atuações.
E ainda que tenha ganhado em subtexto homoerotico pra driblar o código Hays, ao mesmo tempo infelizmente perdemos no exploit da vivência das minas ali - esta versão sendo muito mais focada na intriga sobre o dinheiro do assalto do que realmente na experiência como presidiária. Ambos filmes lindões e válidos pra cacete porém.
Eu quero acreditar que só passaram a primeira parte deste filme pelas mãos da Anita Loos, pq cara que barra pesadíssima isso aqui hahaha.
Meio que são dois filmes em um? Infelizmente a segunda parte é propaganda de guerra - visto segunda guerra mundial nas beiradas. O interessante é que tem em tela a invasão japonesa na China pelo ponto de vista gringo (que o personagem do Gable é canadense no exército britânico), mas infelizmente os racismos deste filme pra gag deixam tudo isto bastante intolerável - sem falar na personagem feminina da Rosalind Russel ter sido tão engolida pela zorra toda que a atriz só ficava com os olhos estalados parecendo uma demente ali no final?? Caraio eu tive de rir de tão dolorido
E eu tava ali uma hora na parte final CRENTE que ela viraria a casaca? Infelizmente não foi pois a mesma simplesmente perdeu a personalidade de gatuna lisa pra deixar o protagonista do Gable viver seu arco: se tornando de ladrão a herói de guerra - HAJA.
A primeira parte do filme tem a premissa interessante pra caramba de ambos os personagens estarem tentando roubar uma joia - cada um do seu jeito. Entre piadinhas que meio que senti cheiro de improv do Gable e atuações canastras DE AMBOS até o talo - é um tal de sorrisinho cretino dele versus levantar sobrancelha dela - o filme fica num embaço terrível e o que poderia ser encantador e divertido se torna bobo ao nível cartunesco e dum enfado tremendo.
Casal sem química, romance sem liga e dialogos sofriveis versus o privilégio de colonizadores brancos - sofri de verdade pra terminar isto aqui, uma pena.
Pensar que por um tempo voz feminina no cinema esteve atrelado a filmes românticos - mesmo que nestes incluso grande maioria foi feito por homens - este filme desponta de diversas maneiras particulares quanto a voz fora do mainstream branco e masculino e quanto a isto foi interessante pra caramba.
E aí que tá: na época os atores que vivem os protagonistas aparentemente até estavam em um relacionamento na vida real? Sanaa Lathan que vive a protagonista Mônica e Omar Epps que faz seu par romântico Quincy, este ultimo provavelmente mais reconhecível pra galera da minha idade por ter vivido o Dr. Eric Foreman na série de televisão House MD.
PORÉM, OS PORÉM: Pra mim (ênfase) eles não só tem uma quimica *estranha em tela mas não passou jamais o sentimento dos tropos "amigos de infância/amantes" que o texto todo tá trabalhando em cima. O efeito do relacionamento entre ambos é tão desiquilibrado que chega ao nível do desconfortável, mas novamente nos: quem sou eu pra falar...
A história é então dividida em fases: Desde o primeiro encontro quando crianças até a finalização como adultos vacinados de sonhos infantis e fazendo o deles. Nessas nós temos como protagonista uma mina tomboy negra vivida de forma absolutamente encantadora pela Sanaa Lathan como Mônica - sério: que mulher! Os preconceitos quanto a maneira *não feminina* dela se importar com sua paixão por basquetebol e como se porta mesmo, de vestimenta a atitudes *muito agressivas* estão todo o tempo sendo trabalhadas em paralelo com as facilidades do par romântico masculino.
E NA MINHA MENTE parte da trava foi justamente esta - mais do quimica sexual ou fluff romantico de ver estes dois como casal, tudo o que eu conseguia ver era um mesmo personagem trabalhado como espelhos de gênero dentro dum contexto especifico - e mais importante que o romance - que era ser atleta de basquete.
Sendo assim o romance seria hipoteticamente apenas uma cortina de fumaça pra traçar um argumento sobre disparidade de gêneros? E a finalização é extremamente contundente nessas - de que é a conquista da mina que vale e de certa forma esta envolve *talvez* uma pseudo castração do personagem masculino - que não pode mais jogar basquete e se torna o malewife que hoje tem as popularidades de conceito (ahahhaha)
Tenho minhas teorias da conspiração quanto tanto ao queer neste filme, como a atriz Sanaa Lathan talvez tenha sido escolhida pro papel justamente pra mandar este subtexto, mas como minha intenção não é desvalorizar o que foi feito pra lançar argumento cishet acho por bem só comentar que existe grande parâmetro de leitura do lésbico tentando se encaixar no cisheteronormativo neste filme SIM.
Neste contexto também existe o Mommy Issues da protagonista, versus o Daddy Issues da contraparte masculina - o relacionamento de ambos com esse ideal de feminilidade & masculinidade negra também sendo talvez muito mais contundentes que o romance que seria cerne do plot. Isso visto que o personagem Quincy só consegue alcançar algo de seu (uma personalidade própria talvez?) depois de ver quem seu idealizado pai realmente era (e talvez assim o patriarcado ali).
No geral? Achei o filme travado, algumas coisas do andamento que poderiam ser mais enxutas com melhor profundidade de dialogo mesmo. Tem atuações que achei muito bizarras ao ponto da comédia - e todo o jogo da dinâmica entre o par romântico através dos tempos mais parecia ticar tropos do gênero romântico do que criar afinidade e empatia nos dois como casal - eu, claramente, não vi fundamento pra amor ali nas ideia de *almas gêmeas* que seja.
A cena final do jogo valendo AMOOOOR é muito interessante como catarse porém, mesmo que eu quisesse que fosse com qualquer outro personagem além daquele Quincy hahahah
Valeu ver pra caramba, ainda que não tenha virado filme de cabeceira nem nada assim.
Filme de contos de fada/ficção científica do cinema mudo escrito e dirigido por mina + o interessante de ter cast majoritariamente infantil antes das produções de 1920 do *Our Gang* ou "The Little Rascals", conhecido por aqui como "Batutinhas".
Ah mano eu já emocionei ali na introdução com a estrela caindo e entregando o moleque principe ET hehe (você quer Kal-El?)
Te falar que isso dele ser principe magico alien tava esperando sair daí algo - porém o filme traça um nonsense a origem do moleque e... tá tudo bem e ótimo, tem final feliz com o casalzinho partindo pro cosmos, quem liga?
O imaginativo aqui focando no publico infantil é fascinante, a Brandeis incluso escreveu pra crianças e queria dar um abraço dela arcar com essa brincadeira gostosa pra caramba - dá pra perceber que as crianças tão se divertindo pra porra com tudo & tem uns momentos de fofura intensa isto aqui.
Fora que efeitos do mágico (a bruxa AAA!!!), figurino, tudo divertido - incluso o esquilo magico empalhado no stop motion - cara é uma curtição.
O texto tem aquelas de passar as lições pras crianças sendo que o Príncipe Estrela por ser belo & das galáxias se torna uma criança arrogante e mimada - daí que as fadas pra ensinar lição o tornam feio e com aparência de pobre (sujo e rasgado). Nessas teria ai toda uma conversa como pobre & ainda feio só se fodem, mas é interessante observar que o príncipe originalmente belo & mau pra receber lição de humildade tem que sair no mundo e receber de volta preconceitos e tratamento cruel de outrem pra desenvolver sua bondade só através de empatia experenciada na pele hue
Claro que o prêmio final é riqueza e belezura - pq é o mundo mágico do faz de conta que a vida é assim. A fada madrinha inclusive ficando de braços cruzados até o momento previsto na profecia abre os parâmetros pra gente analizar os conceitos cristão-abrahaamicos de deus né? EU SEI EU VIAJO CARA
MAS O LEGAL MESMO deste plot é que o herói da história NÃO VENCE NA PORRADA - literalmente este não é o ponto da lição aqui, ou da aventura, isto de passar pelas missões pra ter a recompensa (casar com a princesa).
Ele não agride ninguém, não mata ninguém, é sobre este ascender EMOCIONALMENTE e nesta se tornar uma pessoa melhor - fodidamente firme isto de observar a diferença de um arco heroico escrito por mulher antes de Joseph Campbell, D&D & etc.
No mais: Tem uns plot twistões da porra que não estava esperando, mas também problemas de edição tipo repetir algumas cenas demais ou inserir outras que não levam a lugar nenhum - apesar da minha fascinação embasbacada quanto ao aleatório da **magia** hehe.
Ainda nos estigmas do Código Hays esse filme é extremamente curioso - Eu tô encarando a Ilha de Lesbos e chorando sendo sincera.
Sim sim, o filme tem o Boris Karloff, mas esse não é o interessante cara - o que pega é de onde vem a trevosidade do plot que o personagem dele estaria ali pra tentar *desvendar*: E é sobre o feminino.
EXPLICO: Não enfiaram uma personagem lésbica ali do nada - e sim, ela é lésbica em texto, o que é no mínimo inusitado pra época... Ela está lá pra fazer um contraponto romântico com a unica outra personagem feminina do filme, a "Adams". E é dos dilemas desta personagem aqui que o filme tá querendo criar o causo.
Adams seria na real a protagonista da história - eu sei que não parece, tendo lá toda a introdução com o Karloff brilhando muito no Corinthians, mas é pq o filme tem que vender né?
Ali nesta intro a gente tem um panorama falsiane de uma maquete que tenta parecer cenário real - falhando miseravelmente, e é tipo resumão das intenções deste filme haha. Trata-se dum misterio misterioso envolvendo o fato que os capangas de um zé da grana chamado Senhor Capitalismo, que tinha sido enviado pra avaliar o terreno duma ilha paradisíaca onde o chefão queria construir um hotel, é encontrado em modo zumbi. O figura está catatônico e ninguém sabe os motivos, e Senhor Capital está preocupadíssimo em perder dinheiro se tem intrigas magicas onde ele quer construir propriedade. Nessas envolve o personagem do Karloff que é um cara que desmascararia acontecimentos fantásticos - detetive do mistico através da ciência e razão.
Só que aí que tá, pra ele que teoricamente seria o Sherlock Holmes da história tem, claro, o papel do assistente... E quem é essa figura aqui? ISSO MESMO "ADAMS" Sendo a viajandona que eu sou já interessante a insistência em chamar esta personagem pelo sobrenome, pq fica agênero né? Ou pelo menos algo de masculino. Não só isto mas temos a coisa óbvia de "Adam" ser Adão e a traquinagem da história estar falando de *Paraíso da Natureza* quanto a Ilha tenebrosa.
Nem é só o nome a discussão sobre a Adams - é também seu comportamento. Seria ela na verdade mais similar ao Holmes na retratação de suas maneiras, já que em texto é chamada de *máquina sem sentimentos* por ter essa pegada nerd de citar embasamentos cientificos pra ajudar o Karloff, mas pontualmente por não se comportar como ****MULHER**** de modo feminino & emocional vê-se.
Meu estado vendo este filme era no batidão do caótico no COMO ELES SE ATREVEM?? Pq o mistério da ilha foda-se - é uma pataquara sem sentido o filme: enfadonha, bizarra, mal contada não só pelos efeitos datados mas pq não é sobre a Ilha ou *o mágico* fantastico de filme de terror.
É sobre o feminino - é uma mensagem moralista, misogina e lesbofobica sobre o que seria o padrão de feminilidade - E TENTAM USAR SHERLOCK HOLMES PRA FODER O MEU ROLÊ AINDA POR CIMA.
E, claro, a personagem da mina lésbica chamada Claire Winter, vivida de forma mais do que competente mas real corajosa pela atriz Jean Engstrom, é sacrificada pela fúria da natureza pra passar a lição do filme. Pq os caras não morrem ENTENDA eles ficam catatônicos de espanto ao ver o relacionamento de duas minas ser devorado pelos seus instintos naturais - EU AINDA TÔ ESTARRECIDA NA CENA DAS DUAS MENININHAS AQUI CARA.
O arco sobre a Adams encontrar seu *lado feminino* e ao mesmo tempo se aceitar como é tem então este contraponto das interações da mesma com a Claire - que quer devorá-la? Ou *ensinar coisas* pra ela E ENSINA. O filme não nos mostra, mas insinua que até o modo como Adams muda o figurino & cabelo foi devido a sua influência. Obvio que tem o interesse romantico masculino também, chamado Gunn - pq esse filme é super sutil nos nomes [Winter fazendo o paralelo com o natural que o filme tá botando trevas & Gunn sendo...O FALO pq urg]
Mistério então em texto é que a ilha é magica assim mesmo, tem plantas carnívoras que devoram pessoas inteiras & de alguma forma afetam macho pra que estes fiquem em estado catatonico o resto da vida - é o trauma.
Aliás, adivinha com quem Adams fica no final após a Winter ser devorada pela própria natureza? Gunn porém só cria a conexão romantica com a personagem quando justamente ele demonstra *um lado frágil* (feminino?) revelando os próprios traumas e dificuldades pessoais quanto ao papel de masculinidade - isso não é viagem minha, real tem no dialogo Adams rebatendo acusação dele que ela não saberia *ser mulher* falando que Gunn também não saberia ser homem... E por isso não saberia amar.
Muito que caotico então esse tratado cisheteronormativo em forma de pelicula -ruim aqui. É num todo curioso pra analise do discurso que tão mandando, ainda que o conteudo do discurso seja odioso & desprezivel num pacote sem sal de filme.
Motivos de eu ser descaralhada da cabeça é que não consigo pegar filme de bangue bangue pra assistir sem pregar no teto com as unhas com as tensão homoerótica - e acho meio que assim incrível como não existem analises mais especializadas aprofundando nos níveis ABSURDAMENTE INSANOS de patifaria queer nos *machão apontando as arma e tendo fixação oral gravissima nas nicotina*.
Esse filme? MARAVILHOSO. Tá no título já as ironias que anacronismo não tinha como prever sobre o queer né? HAHAHAH MELHOR AINDA é que toda a coisa do *vida bandida soft* que é o personagem do fora da lei chamado Cheyenne Harry querer mudar a vida pra *straight* que é tbm traduzido como *heterossexual* é que já deixa implicito que ele tá vivendo a vida queer dele fora das regras do normativo sendo *bandido* - a cena de intro tem o figura SAINDO DO BURACO DE UMA FODIDA ARVORE PRA MIRAR O CARTAZ DE RECOMPENSA PELA CABEÇA DELE E SORRINDO PRA CÂMERA??
AIAI - eu sei que é uma coisa *de olhar* da leitura moderna minha (nossa?) porém QUE DELICIA GASOSA que é toda A PORRA DA CENA COM CHUVINHA LÁ FORA + BOTECO COWBOY E OS MALUCO SE ENCONTRANDO TENSO?
Com brinde do xerife de voyeur & sorrindo sacana acompanhando a putaria inteira????? Daí partirem a fazer disputinha de *quem bebe mais* nos EYEFUCK PESADISSIMO e daí ficarem bêbados & *soltinhos* tirarem as arma pra fora e *entalarem* na janela apontando as arma no lugar apertadinho
BABES - IMAGINA MINHA REAÇÃO PRA ESSA CENA INTEIRA?
Tá, mas e o filme? É ótimo caralho. História de uma família de fazendeiros versus rancheiros que querem tomar suas terras.
Papai, filho pródigo e *filha boa pra vender* tão ali pra fazer o normativo, mas o interessante é que o Ford passa a simpatia pelos fora da lei? Já aqui tem um samba com a coisa de tom moralista que torna o herói o único redimível, visto que antes deste entrar na história a filha do fazendeiro tem um chamego com um rapazote QUE FAZ PARTE DO TIME DOS MALVADOS? Ou melhor: por falta de opção de trampo na região o moleque faz um *leva e traz* de enquanto trabalha com a gangue que quer tomar as terras, espia os mesmos e leva a info pro velhote dono da fazenda e pai da mina que ele tem o crush. SPOILERS:
Não só isso, mas o maluco que acaba matando o filho unico do fazendeiro é justamente o carinha que o Ford se dá ao trabalho de fazer simpático criando a amizade com o herói na cena do bar? É do caralho a forma como o diretor usa essa contraposição pra mostrar o conflito do personagem isso de dançar nas linhas morais pelo contexto da época/região e suas necessidades. Este personagem inclusive some antes da batalha final, ao que consta não conseguindo arcar com a culpa do próprio feito.
Além disto na batalha final obviamente Cheyenne mudando de lado pra ajudar os fazendeiros que não sabem lutar chama uma gangue que era parça dele, e estes são de mexicanos? Matando o homem branco? Interessante é que não recebem aparentemente nenhuma recompensa por isso - só talvez aquele pote de geleia que um dos capangas roubou hahhaah
Não foi foi pela honra (uia Kurosawa) foi pela broderagem de despedida do Cheyenne antes dele virar hetero - DESCULPA EU NÃO CONSIGO EVITAR É MARAVILHOSO AAAAAA Mas é curioso isto de o que o Cheyenne Harris teria de diferencial do outro pretendente romântico da menina fazendeira - pq este teoricamente tava trampando pra ajudar faz tempo? Mas ambos nunca entram numas de tensão de triângulo amoroso pra disputar a mão da moça, muito pelo contrário - tem uma cena bem pontual que o Cheyenne quer *deixar a mina pro outro* - tipo de presente mesmo, pq ele pensa não merecer ter esta *recompensa*
Que lógico que a mina não vale, ela é um signo aí de receber a fazenda como herança, ou seja *a felicidade do cishetero* como pacotinho da perdição do *bom, certo & moral* de finalização de história.
[A expressão facial da personagem ao notar isso aí é hilária - mas toda a reticência antes da conclusão mostra uma insegurança masculina bem peculiar pra contação de história]
A filmagem do filme também é lindona desde aqui - toda coisa de filmar o território, quanto a batalha, até como comentei a cena AUGE do boteco - que sempre tem que ter e aqui é fenomenal.
Num resumo então: Belamente surpresa com a potência de um filme desta idade neste gênero - e nem foi só pelo gay haha 😉
BORA LÁ QUE ESSA PORRA AQUI TEM VÁRIAS COISAS PRA FALAR
Interessante de pegar filme teen é que você percebe O QUANTO TU É VELHO - Neste caso é de trazer pras *novas gerações* sobre o movimento "Riot Grrrl" - que já daí tem escancarado o fato de = feminismo branco e a discussão sobre INTERSECCIONALIDADE.
E AÍ O QUE FAZEM? ME DÃO O BAGULHO NA MÃO DA AMY POEHLER - QUE É MEIO QUE SIMBOLO DO FEMINISMO BRANCO HAHAHAHAHAAH - poderia ter rendido daí, ela poderia ter me surpreendido, PORÉM A POEHLER FEZ EXATAMENTE O QUE PENSEI QUE FARIA = tokenismo querendo dar de espertalhão colocando em texto o argumento da necessidade da Interseccionalidade - ENQUANTO tá fazendo ERRADO, saca?
Tá perpetuando o ciclo - e não vou falar que ela não foi sagaz - ou os roteiristas adaptando o livro (que não li) no tokenismo - já que até botam em texto que a protagonista é introvertida - ELA É INTJ!!! TEM ATÉ CAMISETA!!! VIU, COMO É A LINGUAGEM MODERNA?
EU TE VEJO SEUS SACANAS
EXPLICO - A protagonista CONTINUA SENDO A BRANCA MIMADINHA EM TEXTO, e a gente tem ela ser "a herança do moviento Riot Grrrl" JUSTAMENTE POR ISTO. A Poehler inclusive não perdeu oportunidade de atuar como mãe da personagem, que neste caso na juventude fez parte de movimento - então é dali que vem a protagonista achar fanzines, a cultura, etc
E é da discussão com a personagem da mãe vivida pela Poehler, esta solteira moderna feminista de tatuagem e usando camiseta de banda - que ela bota que o movimento não era inclusivo suficiente? - com esta personagem servindo como simbolo da discussão entre gerações mesmo, não é nada sutil isso de "passar herança pra frente"
O que, novamente = URG
SABE COMO ISTO AQUI FICARIA MELHOR? Se simplesmente colocassem como protagonista uma mina que por não ter sido originalmente incluida no movimento "Riot Grrrl" por ser POC, ou deficiente fisico, ou trans, achasse sobre e DALI ELA MESMA debatesse sobre o que tava faltando no PASSADO e FAZENDO O DELA.
SÓ QUE NÃO: A gente tem a personagem negra *fierce* (em texto ela é chamada assim JESUSA QUE AVOA) chamada Lucy - vivida pela excelente Alycia Pascual-Pena - que é *quem inspira* a personagem branca, que é claramente quem tem que ser a heroina da história
NÃO SÓ ISSO: A personagem de *melhor amiga* é asiatica - e é ela que joga na cara da protagonista o privilégio branco.
AI TIPO HAJA - se falasse de culpa branca talvez a Amy Poehler tivesse convulsão sei lá. No mais ainda tem o CRINGE de escalar a Josie Totah como totem trans e botar esta com a personagem cadeirante NO BANHEIRO pra fazerem cenas juntas - URG URG URG E a protagonista então por ser *introvertida* (o INTJ entra aqui) é quem é a "voz do movimento" - só que anônima pq ela não quer louros (hahahahahahahha ai cacete).
Tem coisas boas - TUDO ISTO AQUI É DISCUSSÃO RELEVANTE. É interessante ter um filme tratando de feminismo branco, passado e falhas, é interessante ter tido "The Linda Lindas" tocando ao vivo "Rebel Girl" - o cast é diverso & MUITO BEM ESCOLHIDO, todos os pontos de discussões trazidos sobre feminismo nas atualidades são pertinentes. Fora que: O casal principal É ÓTIMO.
Eu completamente deslumbrei com o Nico Hiraga - ele é encantador, atua bem (dá pra sentir os improv) e ambos tem uma quimica que causa as empatia - E É AÍ QUE ENTRA O SENTIR JUVENIL SENDO IDOSO VENDO FILME TEEN HAAHAHAH - sim senti na pele as nostalgia do primeiro amooooooooooor
(aliás confesso que ruborizei na cena do carro pq acho que a atriz TAVA REAL AFETADA HAHAHAHAHAH)
Também: Meu abraço pras atrizes Alycia Pascual-Pena & Anjelika Washington que decidiram beijar na cena do show - e claramente foi improv *permitido* pq nunca é mencionado no roteiro depois ou antes qualquer resultante disto hahahahaha (lésbicas ou bissexuais negras existem??? não pra Moxie!)
e mano MANO só agora que fui ver que o moleque nojento é filho do Arnaldão? Patrick Schwarzenegger??? Tinha estranhado pq contrataram um cara que parecia ter 35 anos pro papel no meio do cast juvenil bem escolhido, ainda que ele convença como nojento.... AGORA ENTENDEU.
[PS: O filme acaba com CSS na trilha - e talvez eu tenha uivado 🤘]
De quem é a culpa pela delinquencia juvenil de nossas garotas?
O tipico filme que me faz querer chorar lágrimas de sangue ser quase impossível encontrar uma cópia boa - foi a que tem no youtuba com legendas em inglês brancas, que vira e mexe o cenário ou figurino impedem leitura hahahah - INFERNO
Que filme! Não entraria no exploit de mina pois temos 0 sexualização das garotas & também não é filme de luta com coreografias - este entra realmente no mérito de trazer o visual (estas agredindo e m4t4ndo) com os contextos de suas vivências que as levaram a isto?
Temos como protagonista Josephine Hsu - homônima a atriz Josephine Siao que absolutamente encanta em tela - que tem os traumas pessoais com o pai recém falecido e a mãe que não só assume sua posição de chefe na firma, mas também arruma um amante novo e mais jovem! - COMO ELA PÔDE??? [good for her!] = infelizmente o carinha claramente tem figura caricatural de capanga de mafioso, o nosso conhecido malandro - até carregando bigodinho fino!
Nessas a garota começa a *se rebelar* e acaba entrando em uma briga numa danceteria - quebrando garrafa na cabeça de um maluco que achou tudo bem apalpar sua colega, ERRADA ELA CLARAMENTE - portanto justiça mandou a mesma para um centro de reformatório feminino - na verdade Josephine PEDE PARA IR PRA LÁ, pois tudo é melhor que ficar naquela casa com mamãe que faz s3x0s loucos com o rapazote creepy.
É ali no reformatório que conhecemos algos das outras garotas, todas atravessando algum tipo de dificuldade pessoal intensa - desde amante juvenil que engravidou mocinha e deu o fora até uma das garotas ter começado a roubar pois o pai está preso e queria ajudar a mãe que está sozinha cuidando de 666 crianças...
Tentando "controlar" tudo isto temos a figurinha carimbada do *patriarcado consciente* no diretor do reformatório, ele mesmo com seu núcleo familiar perfeito - esposinha e filha quase da idade das aprisionadas sob sua responsabilidade, o que obviamente lhe pesa pra criar empatia com as garotas no **tentar ajudar**.
A merda bate no ventilador quando a mãe de Josephine *morre* e a mesma quer buscar vingança no amante dela (que obvio herdou TUDO que era das minas) - outras garotas se juntam a fuga e é o deus nos acuda das garotas causando - versus a caçada humana em cima delas feita por homens de meia idade preocupadíssimos.
Eu achei este filme interessante pra cacete já só por ter aspecto de delinquência juvenil nesta época focando em mina - PORÉM achei a finalização encantadora, com direito ao diretor do reformatório dar uma entrevista pra televisão no final JOGANDO A CULPA NOS ADULTOS - que seria o espectador assistindo o filme com garotinhas causando pra geral. Mas não só isto, achei curioso que tem 1 (um) só final feliz?
Trata-se da mina que não entraria nos padrões estéticos de beleza - é gorda, o que a destacava entre o grupo de garotas presa. Esta é solta após cumprir sua sentença & o filme encerra belamente com ela e o diretor percorrendo uma rua escura em *direção a luz* enquanto conversam sobre o que a menina reformada espera do futuro.
É tão lindo pegar alguns filmes e já ser estapeado na intro com um tipo de... aura? Podemos dizer?
Esse filme *começa num ritual taoista de funeral com canticos de monjas enquanto o nome de diversas mulheres aparecem nos créditos até chegar ao nome da diretora. Já de cara dá pra sentir a pele fazer aquele tilt de imersão que aqui vai te guiar do universo feminino na história, sabe?
*O mistério* do texto, que seria um filme de investigação de um crime, só existe diante do desvendar do universo intimo do feminino - daquela cultura e daquela época. Desde a idosa da família que é cega (em mais de um sentido) até a personagem da vizinha - que é quem está realizando a investigação que seguimos, uma não oficial da policia pois ela tem seu próprio acesso ao oculto, até a trama - tudo é extremamente carregado neste velar secreto da vivência da mulher
Aliás quanto a avó, que seria quem vivia com a falecida: novamente sempre interessante tratamento de idosos em filmes asiaticos, que pontuam o tradicionalismo versus o moderno BEM COMO respeito a própria história e ao nucleo familiar.
A trama aqui seria baseada num crime real, neste caso ocorre um duplo homicídio brutal de um casal e entre os mortos estavam um médico e a neta de uma idosa cega. A amiga de ambos, vizinha de frente da mulher morta e que tem acesso a rotina da família de sua janela, bem como colega de trabalho do morto que era um médico no hospital que ela trabalha como enfermeira, começa a suspeitar que algo está indo errado na investigação - e começa a realizar a sua própria.
As pessoas da região começam inclusive a suspeitar que o fantasma da morta está visitando a família - então existe um clima de lirismo místico em todos os aspectos do filme, em que não sabemos o que é sobrenatural, superstição ou real nos acontecimentos - a montagem é bem das peculiares de Hong Kong daquela época, nos ritmos frenéticos que por vezes vc demora alguns instantes pra entender de onde veio e pra onde vai, o que diferente dos filmes de ação melodramáticos dos Heroic Bloodshed aqui ajuda em muito já que estamos de fato tentando desvendar a ordem dos acontecimentos e suas significâncias hehe.
Esse filme tem sacadas maravilindas de mostrar tanto a vivência feminina como das diversas camadas da população atingidas pelo crime - dos vizinhos assustados vendo fantasma, rotina com comida de hospital até cenas surpreendentemente cruas de autopsia e investigação - algo que fiquei de cara e grata em não sexualizar os corpos, mas tentar mandar uma veracidade nos procedes que cria verdadeiro impacto.
Eu curti este filme muito mais do que pensei que iria ao ponto que o apice de fechamento me fez dar meio que um grunhido de surpresa - e o corte final sendo brusco pra caralho com o eco do choro me deixou ainda de olho estalado hahahha
Foi meio *coisas de lá*, mas extremamente pertinente se pensarmos em como o filme teve a cena de abertura? Belo belo e agora espero conseguir ver mais da diretora e acompanhar o desenvolver da linguagem
Meu primeiro da Rothman e pra começar só lançar que: ver este filme e não pensar em "Rocky Horror Picture Show" é fisicamente impossível - sendo anterior quero acreditar que de alguma forma isso aqui pode ter contribuído pra O'Brien fazer o dele, isto pq o efeito pra mim assistindo foi de puro suco da maravilha pra algos... E outros que queria pegar pela mão pra criar, dar comida pra crescer forte e sadio hahaaha
Como descrever o impacto da introdução deste filme? Desde reverter o tropo inicial de presa/predador até o FODIDO ESTOURO da trilha sonora com blues emendar a entrada da misteriosa de vermelho na fudida Galeria Stoker? Eu já estava pregadíssima desde ali.
O filme tem um lirismo de tom bem pessoal e penso que a ideia de trazer uma vampira pra um fodido deserto já teria me feito levitar - as cenas do sonhos e no cemitério? Eu só genuinamente gostaria que o filme explorasse mais isto do território, tanto que na cena do trio explorando as cavernas de uma mina pensei que dali desenrolaria pra caçar e perseguir o maridinho tosco do casal por um tanto - infelizmente não foi.
E isto, de "infelizmente não foi" tá ali o tempo inteiro nesta história? Cara eu queria que o filme tivesse explorado muito mais desta dúvida entre realidade/projeção sobre a persona da Diane Le Fanu (hehe) - desde o lore misturar ghouls/vamps seja com a pseudo *doença do sangue*, seja com a história furada do cemitério e o marido - juntamente com o criado fiel ali que fiquei genuinamente tristonha com o destino de descartável hahaha.
[sempre vou focar nos pseudo Renfield de histórias de vamps, pq ao meu ver o D/s sempre teve potencial lindo - e homoerotico - e geral ta cagando no brinquedo das fanfics E NÃO ENTENDO PORQUE]
Tem, claro, muito de Carmilla - principalmente na coisa dos sonhos (que QUERIA MUITO MAIS), mas adorei a Diane ter todo um esquema voyeur montado ali pra observar o casalzinho - BICHO É O FEMALE GAZE CUSPIDO? Pegar pro abraço a coisa desde sempre do predatório gótico/dos vilões olharem nos buraco de olho dos quadros? Só que aqui, claro, a Diane não tem uma contraparte do outro lado - ela tem o poder de observar desta forma INCÓLUME - pq é esta a coisa do olhar feminino que é descartado, certo? Muito belo que aqui ela tá tentando seduzir um casal cishetero recém unidos em matrimônio - que é tão proto que dói, dois loiros sem sal que atuam tão mal quanto tem pouca personalidade?
E ESSA É UMA COISA QUE CAGA O FILME - no sentido que fiquei me retorcendo pensando em como poderia ser tão tão melhor se tivessem escolhido atores que atuassem além de serem colírio, e o roteiro ajudasse mais nas brincadeiras do *seduzir pro lado negro da força* versus a normatividade monogamica risivel pra década de 70/ e a fidelidade que tanto Diane teria com seu falecido esposo (forçadamente), quanto seu criado para com ela? MANO O POTENCIAL?
MAS AO MESMO TEMPO o casalzinho ser tão ruim, tão tacanho, com falas tão bizarras, e aparência daquele jeito que parecem modelos arianos de projeto de ideal de beleza normativo... Meio que funciona um pouco? Pra mostrar como simbolo o que a vampira estaria *predando* por assim dizer?
Eles se tornam não atraentes de tão bizarramente zuados hahaha - infelizmente nessas meio que poda o potencial do erotismo - principalmente lesbico, que sim gostaria que tivesse mais foco... Temos ali uma emenda de fala sobre prazer feminino, bem como teoricamente esta troca que antes evidenciava o interesse do marido em se envolver sexualmente com a Diane (e conseguir, pra perder o interesse/ficar assustado?), pra então a esposa que parecia avessa a *expandir os horizontes* seja no monogâmico, seja no queer.
Quer dizer, pra começar nunca foi crível que esses dois *se amavam* - o que tem ali um camp em si, vide novamente RHPS por exemplo, mas perde em muito potencial de *sedução* se a personagem da Susan começa a insistir em ficar na casa e a gente não sabe se é só pra se vingar pq viu a traição, ou se tem interesse genuino na vampira...
O final... Novamente eu queria o maridinho pelado todo esfolado com a bunda suja de areia correndo pelo deserto, PORÉM a cena de perseguição da vampira atrás da Susan até toda a *condenação do normie* com as cruzes foi belo sim - bem belo - inclusive o plot twistão da porra de encerramento.
Então é, tá sendo um trabalho dividir o que poderia ter sido da minha cabeça e valorizar o trampo em si - que curti, tem de verdade sacadas maravilindas, só não me fez pulsar pelo resultado final tanto estava ali no inicio ouvindo o fodendo "Evil-Hearted Woman" e assistindo a maravilinda toda de vermelho predar os normie.
MANOLO DO CÉU ESSE FILME PUT0 QUE ME PARIU DE CÓCORAS É tão genial?
Tenho absoluta certeza que em muito se deve ao icônico Michael Greer em termos de tom do ~humor~, MAS CARALHO a vontade é de postar em página sobre BL das atualidades e ver as nova geração observando os detalhes de tropos aqui - usados bela e sabiamente - pra fazer paródias de romcoms/comédias cishet MAS MUITO MAIS IMPORTANTE = O comentário social FODEROSO que tem neste filme
EU ACABEI O FILME MAL CARA. [Eu acabei esse filme querendo fanfics hahahah].
Resumo da história: Dois carinhas cishet (?) não querem ser mandados pra guerra do Vietnã e fingem ser um casal gay pra se livrarem do alistamento. Nessas entram numa espiral de paranoia que o exercito está mandando gente pra observar ambos - e acabam indo MORAR JUNTOS num conjunto de apartamentos que tem outros moradores verdadeiramente gays.
SIM SIM ESTE AQUI É O *OH MY GOD AND THEY WERE ROOMMATES* ORIGINAL + "THERE IS ONLY ONE BED". PQ SIM. SÓ TEM UMA FODENDO CAMA E ELES DORMEM JUNTOS.
[pra quem não saca: ambos são tropos mais do que gastos pra ficção/estudo de figuras históricas/etc queer, é o auge do gay vs. olhar cishetero E VEJA SÓ: ESTÁ AQUI TAMBÉM]
Que seja: A intro com créditos da película já deixa claro que isso aqui é declaradamente anti guerra do Vietnã - é contracultura na raiz.
Logo em seguida temos toda introdução dos protagonistas da história: Em que eles vão a uma central de alistamento insistindo em serem entrevistas JUNTOS e fazendo todo um teatro sobre terem relacionamento *intimo demais* pra fazerem parte do exercito - a forma como o desenrolar da entrevista vai criando um paradigma sobre tom de humor com o que seria aceitável ou não num *bom candidato* cishetero versus o que seriam RESPOSTAS REAIS DE HOMENS HOMOSSEXUAIS AOS FORMULARIOS DE CATEGORIZAÇÃO DOS MILITARES COMO ACEITAVEL é que é toda a critica - nada velada - sobre preconceito.
E aí que tá: Esse filme é camp. Vai trazer por vezes fora de tom, vai exarcebar pra criar a veia de humor - mas a vivência gay tá aqui EM PESO.
Desde o começo ali nesta entrevista é palpável que houve consulta de quem é gay e passou por aquilo - tá ali pra causar riso, mas TANTO dos cishet QUANTO das pessoas queer, o que nossa... INTERESSANTE no mínimo.
Trazer a vivência de homens gays em 1969 pra tela e ainda numa comédia seria hipoteticamente pra deixar espectador queer com vários pés atrás - a minha surpresa neste sentido então é como ainda que em tom de humor ESSE FILME É DELICADO PRA CARALHO EM NUANCE.
Bicho eu já vi comédia da década de fodendos 1990 que não tem tom tão interessante quanto isto aqui - NOVAMENTE é EVIDENTE que alguém GAY trouxe seu ponto de vista, existe esse contraponto TODO O MOMENTO.
A gente tem um casal gay campy aqui pra hipoteticamente trazer a veia de humor - eles são *exagerados*, são afeminados, tem decorações extravagantes na casa, etc, etc. MAS SÃO UM CASAL CRÍVEL.
Que causam empatia. QUE EM TEXTO estão juntos faz eras, que tiveram seus altos e baixos - e em 1969, em meio ao *verão do amor* fazem panfletagem ROMCOM de relacionamento monogâmico GAY E ESTÁVEL = QUER DIZER.
Tem *Cruising* em texto aqui, num comentário extremamente pertinente entre vivência cishet & estereotipo do gay EM FODENDOS 1969??? VEJA QUE normatização do queer, da monogamia possível do gay entra numa crítica cisheteronormativa AQUI BABES. SABE O QUE MAIS TEM AQUI? Bar gay & a *freakarização* de espetaculo do gay pro olhar cishetero. EU JURO
O filme abre criando *a suspeita* se os dois são realmente gays e se você tiver o mínimo de sagacidade vai observar que o que *era motivo de comédia* o tempo inteiro sempre teve a leitura de....... Sim talvez eles realmente sentem algo um pelo outro. Talvez o filme realmente tava te mostrando o que seria se ELES FOSSEM.
A homofobia internalizada? A família *descobrindo*? Perder o emprego pq homofobia aqui coloca suspeita de pedofilia na mentalidade retrograda? Querer casar e formar família por causa da cisheteronormatividade compulsória? Fazer banca de *comedor* de mina pra esconder atração por outros homens? Pq, você sabe, gays não são só o estereotipo dos afeminados? BABES.
Esse filme é tão gay que DÓI. MESMO.
É UM DOS HETEROBAIT MAIS PERFEITOS QUE JÁ VI NA MINHA VIDA PRA MANDAR MENSAGEM DE VIVÊNCIA QUEER - E vender um filme sobre romantismo gay. [bissexualidade existe? é 1969 meu parça]
Cara esse filme faz as proezas de OBJETIFICAR O TEMPO TODO CORPO MASCULINO = O OLHAR DA CÂMERA PRO PERSONAGEM ELLIOT?? Jesusa que avoa o ator não veste 1 camiseta o filme inteiro hahahahhaaha.
SABE O QUE É FODIDO? Que os protagonistas não são simpaticos. Pro olhar queer este filme é um espetaculo eu JURO.
Danny é um filinho de papai que não quer ir morrer na guerra pq quer ir pra faculdade e virar aquele *homem da sociedade* que os pais dele esperam. Elliot é um hedonista que usa sua aparência pra viver confortavelmente, sendo boytoy de mina mais velha ou o que seja.
SÓ ESTE PERSONAGEM eu ficaria 1 hora analisando - sem zueira. O nível da homofobia internalizada? BABES ELE FICA *BRINCANDO DE SER GAY* com outros rapazes saca? SACA? *respira*
Eu tô sofrendo pra escrever sobre este filme tamanho o impacto na minha mente - pq mano é LINDO. O filme consegue vender a objetificação masculina pq também objetifica minas. O filme consegue vender o pseudo romancezinho cishet - MAS O CASAL NÃO ACABA JUNTO POIS = HOMOFOBIA [E talvez o personagem realmente não é hetero????] MANO. HAHAHAHA.
AMBOS os protagonistas ganham uma camada imensa de profundidade a partir do momento que você entende que: eles sempre foram queer.
O filme fecha sem final feliz, mas num FORTE ABRAÇO da ironia - e sim eu voltei a cena final várias vezes pq o nível da acidez da mensagem, do angst, da ironia? ❤
VEJA, ENTENDA: Eu tô bêbada e AMO como humor pode trampar delicadeza em problematização e esta OBRA DE ARTE AQUI é absoluto auge neste sentido. Eu tô realmente embasbacada.
CARALHO MEU MANO = The Gay Deceivers pq realmente o filme tá te mandando a mensagem do gay num pacotinho do normie = o bait ❤
Mulher
3.3 1ticar o primeiro filme dum diretor queer chinês que tem como foco primário narrativa feminina, obviamente não tinha como deixar passar
esse filme foi bem peculiar pra tatear produção de Hong Kong versus o tiro porrada bomba - bem como foi impactos de edição do "The Secret" da Ann Hui pra mim, mas em menor escala nos fuzuê doido dos cortes parecendo arrombos na narrativa que te fazem espiralar, saca?
AQUI tem Chow Yun-Fat sendo aqueles tipo adorável escroto - e a coisa mais FODELICIA DO MUNDO que é uma mãe solteira em Hong Kong da década de 1980 num roteiro REPLETO DE GANA FEMME entre solteirices, dar os pulo, se fuder ou sustentar o lugar comum já que todo mundo enche o saco pras felicidade nucleo familiar
EU NUM SEI EU AMEI O LANCE DO MOLECOTE COM AS PLANTAS E COMO O EX MARIDO ESCROTO ESPIRALOU ALI, SÓ ISSO FOI LINDO PRA MIM
pra ser filme de estreia a voz do diretor é retumbante e eu honestamente ainda tô tentando lidar tanto com aquela cena MARAVILHOSA entre Ex esposa/Atual (amante?) & aquele final CABELUDO hdiafrhjadsifjaidso
lindo, queru mais
The Blue Hour
3.1 19dos filme pra fritar as ideia em sabor de caramelo dando choquinho na ponta da deda, eu vim na real FOI PELO GUN [aka Atthaphan Phunsawat] que além de seguir carreira (snif) como ator desde os inicio como herdeirinho de Fluke [Natouch Siripongthon] no que seria estereotipo de uke pra audiovisual, ao mesmo tempo percebe-se que o tempo todo lutou pra ter papeis mais pertinentes & admiro pra cacete como Alicerce de todo uma estrutura nova e pra ser honesta histórica que os BLs da Tailândia tão trazendo pra contação de histórias Queer.
AQUI temos uma diretora trans QUE TÁ SE DIVERTINDO PRA CACETE JUSTAMENTE QUEBRANDO ESSAS REGRAS E FAZENDO O DELA - e percebe-se que teve pouco investimento, porém uma gana deliciosa - é um misturadão de angst nas nuance soco no baço do caralho
eu juro por satã dos chifre pontudo que quando apareceu o lixão eu gritei alto pq eu tenho 100% de certeza que a maravilhosa assistiu "O Fantasma" do João Pedro Rodrigues - ou é isso, ou é conexão DO AMOR que só abraço caloroso com pata molhada de chorume traz pra angst queer bem beeem especifica hahahaah
NO MAIS eu não tava esperando absolutamente nada e me senti realmente sorridente na mente boiando em paralelo a pseudo narrativa - dessa vez não quis mais sangue, não quis mais sonho, e claramente tava cagando pra nexo = não quis nada, só recebi & vi que foi bom (hue)
The flying saucer
2.5 2Que filme divertido & inusitado!
Entre outras coisas interessantes o mais curioso é evidentemente o fato que de prima está no texto paralelo entre do auge de filmes sobre ficção científica envolvendo invasão alienígena da década de 50 versus o Medo Vermelho da Guerra Fria - neste caso aqui tem exatamente zero a ver com extraterrestres e sim a corrida armamentista e disputa espacial contra a união sovietica num dos primeiros filmes tendo ovni!
Toda a trama de espionagem do filme carrega rastros da narrativa noir - tendo um anti-herói playboy safado (e por vezes insuportável, confesso) ponderando em off sua jornada - que é pra quem jogam a carga de investigar o tal objeto espacial desconhecido no fodido Alasca!
O filme tem então uma série de tomadas com o cenário bonitão, verdade, mas que por vezes se tornam arrastadas pra cacete quando eu tava é querendo mais das mecânicas da nave voadora ou quebra pau com a contraparte russa, que também tá caçando origem do objeto voador no local.
Tem atuações decentes e a trama se desenrola naquelas.... com um romancinho cishet tirado dum buraco qualquer e que não faria falta.
Ri involuntariamente em diversas cenas, mas toda a premissa me interessou pra levar o filme como diversão curiosa - então valeu o rolê.
Sinful
1.2 4 Assista AgoraTÁ, mas vem cá: Donde tá o pecado exatamente?
Tipo de filme que me faz sofrer intensamente pelo potencial desperdiçado de ideia interessante - e não pela falta de verba, mas pelo roteiro mesmo.
O conceito inteiro é curioso e a não linearidade + um casal de lésbica assassinas trancadas num lugar sofrendo cabin fever dosada a culpa + drogas & alcool em outra mão teria me dado suco de prazer, mas isto aqui infelizmente só é irritante pra kct.
TEM um ou outro momento que finalmente consegue criar tensão, mas a nível de interpretação e criar empatia peca tremendamente - já que as personagens se tornam insuportavelmente irritantes
Consegui ainda assim apreciar Nicole D'Angelo que tem uma singular naturalidade aqui - mas imersão que é bom de fluência de dialogos e o trampo geral do filme em conduzir algum tipo de espiral seja psicologica, seja de mistério sobrenatural é completamente perdida.
Bem, bem chato e sofrível, infelizmente.
Himmelskibet
3.7 3Sobre ver este filme e desejar que a partir de então só me chamem de *Professor Dubius* 🙏
EU TENHO 666 COISAS COM ESTE FILME - a começar claramente como aí na foto os proto-superheróis escancarados? Pontual inclusive é que *a capa* só é adquirida no uniforme dos figuras APOS ELES ALCANÇAREM **OS CEUS**
Assim: Confesso que ver esse filme meio que me fez sufocar na falta de conhecimentos variados pra análise - a dizer filosóficos mesmo. Já que toda a ideia da trama é igualar as concepções abraamico-cristãs de *CÉU* com tanto PARAISO UTOPICO FILOSOFICO, QUANTO EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO SIDERAL CIENTIFICO - SACA?
QUE É NA REAL uma trinfeta satânica SEMPRE PRESENTE dentro da temática do Space Opera - pelo menos no parco que eu toquei: Seja Star Trek, Star Wars, quanto cosmogonia dos quadrinhos da Marvel por exemplo (Adam Warlock sendo o primordial que vem a cabeça, mais tesudo ainda nele que ainda envolve as **magias ocultas*** da dualidade maniqueísta & de gênero hehe)
MAS AQUI são os primórdios né, os protótipos todos escarrados até nos nomes = protagonista ser chamado "Avanti Planetaros" é um dos nomes mais hilários da existência, principalmente ao pensar no nivel do drama queen, nele pegando peitinho e oferecendo vinho pros marcianos MAS principalmente no fato de que não passa dum *adrenaline junkie*
ASSIM pra mim? O filme tem um tom verdadeiramente ODIOSO.
Pq é bem bem da pregação cristã MAS OLHO - MUITÃO.
Literalmente estamos falando de Jardim do Éden & "procrai e germinarão novas gerações iluminadas pelos ceus* - nessas
A mensagem toda do filme e realmente pegar um tropo de exploração espacial e transformar em mensagem cristã -abraamica cishet de "casem e gerem filhos" cara - eu segurei pra não vomitar na ênfase da ideia de paraíso daí
E TUDO BEM que parte dessa *iluminação vinda do paraíso marciano* é uma pacifista (e vegetariana) - ALIÁS ponto que mais curti foi a ideia anti sistema penitenciário? Ali o acusado tem que encarar, sei lá, um buracão espelho pra processar os proprios crimes através de *mais conhecimento* e nessas ***se arrepender***
real nos *judge yourselves** - o que é interessante pra caramba nas ideia de ficção cientifica DE VERDADE (e finalmente pra mim ali sorvendo faminta)
Então já temos que a civilização marciana utopica e mais avançada que a nossa é pacifista E NÃO TEM UMA MANOLA IDOSA NO CONCELHO DOS PARÇA VELHUSCO PAU MOLE - PQ AÍ JÁ É AVANÇO DEMAIS NEH RAPAIZ
E MINA POR ACASO ENVELHECE? NAWR por vezes elas são eternamente jovens dançarinas das flores ali pra serem apalpadas na floresta do amor pelos zé lavagera ❤
PAZ UTOPIA AMOR VEGETARIANISMO VIDA CISHET - AVANÇADISSIMO ❤
real só levando no deboche te juro.
Começo do filme real encarnei no Professor Dubius - que alias corretissimo no veneno & qdo achei que teriamos alguma ação com motim PQ OS CUSÃO NÃO DEIXOU OS TRIPULANTE BEBER antes de chegarem em Marte - infelizmente ao invés tivemos REZA - REAL DE JOELHOS ALI
PRA VC VER O NÍVEL - mas real me fez mastigar como **explorador*** talvez necessitem mesmo destas histórias da carochinha de fé pra levar tripulação pras ideia errada - ou talvez eu esteja consumindo mta coisa com piratas hahahah
MAS ISSO DO ANTI ALCOOL tem até uma hora ali que fazem o contraponto mostrando coisas que os terráqueos tariam *fazendo errado*, isto é: JOGATINA, PIRANHAGEM & BEBERRANCIA ❤
só do bom ou melhor - a ideia dos Marcianos viverem só de fruta e dancinha na floresta é simplesmente intankavel pra mim cara MAS AINDA TEM LÁ OS CONCEITOS DE INFERNO PRA JULGAR QUEM FAZ O ERRADO
e eu juro que queria mais dessa viagem especifica aí, porém era tarde demais e a pseudo *Eva de Marte* embarcou junto pro retorno, já que o outro carinha queria voltar pra Terra pq ele também queria rever a amada ali
pq é tudo sobre romance cishet - que é como o filme acaba, aliás - LITERALMENTE COM UM PERSONAGEM CHEFE PATRIARCA (DEUS CIENTIFICO DESTA TRAMA) ABENÇOANDO OS CASALZINHO PRA TREPAREM MTÃO E GERAREM AS *SEMENTE UTOPICA ESPACIAL**
meus mais sinceros = cadê o goró??
e é isso
Primordial
2.0 1 Assista AgoraAparentemente foi lançado com o titulo de "Primordial" em 2015 originalmente - vi então então essa segunda versão editada, que parece bem mais curta.
Unica hora que deu pra perceber que estava faltando conteúdo porém é justamente na conclusão que literalmente botam um som alto tirando a fala final da protagonista!!! A boca da mina mexe sem som hahahhaah puta merda viu.
Trash feito com o troco do busão isso até que é competente, inclusive quanto a atuação da Marylee Osborne que vive a protagonista Valerie Graves... Ok, não é excelente, mas tem umas partes que comprei sim hahaha
O plot é interessante tendo uma mina lésbica despirocando o cabeção, porém infelizmente trama inventa de enfiar uns drama quanto ao psicológico da mina e - ah não bicho, pára. Os efeitos porcaria, as atuações deploraveis, tudo isso pra mim vai lindo - mas aí mete umas vibe tristonha de depressão mal feita quem queria pular da janela era eu ARRE
Então assim parando pra escrever agora isso aqui é uma porcaria TREMENDA hahah - O TANTO QUE EU RI DA CENA FINAL??? A MINA FAZ UMAS PINTURA DE GUERRA PORÉM TÁ VESTINDO UMA CAMISETA BRANCA COM OS BRAÇO DE FORA - ERA PRA PARECER RAMBO E PARECE UM BLACKFACE INVOLUNTARIO AAAAAA
Legal mesmo foi ter uma mina lésbica ali causando caô.
(inclusive agredindo e abusando de outras mina? ENFIM NÉ, REPRESENTATIVIDADE OU ALGO ASSIM DJFIOADJFOIASFJIOASD)
AI AI 🙂
O Crime do Estúdio
3.0 1ENTÃO TEMOS AÍ PELO MENOS 2 MINAS ENVOLVIDAS NO ROTEIRO DESSE FILME - SÓ PRA COMEÇAR A ROER
DE PRIMA: AAAAAAAAAAAAAAAA
CARA eu amo AMO Metalinguagem - filhos da putaaaaaaaa ❤
SABE O QUE É MAIS FODA? É que procurando filme *de detetive* que não seja baseado EM LIVRO é uma labuta do kct - principalmente se estamos tentando seguir cronologicamente o gênero.
E DAÍ que os primeiros que fugiriam das adaptações nessas? SÃO METALINGUISTICOS
CARA O PRÓXIMO QUE EU TENHO NA AGULHA É DE ASSASSINATO NO BACKSTAGE DE PEÇA DE TEATRO???
Isso de tentar buscar *roteiro original* pra gênero tá sendo divertido pra caramba, confesso - ainda que isto aqui tenha base em canon (naquelas) hhehehe
SENDO HONESTA: Aqui talvez envolva muito mais brisa minha pra tesão, no sentido que não consigo julgar se outras pessoas iam curtir o mesmo que eu visto viajações pessoais que envolvem VÁRIAS COISAS
PRA COMEÇAR: Doherty & Long são duas minas que estão faz eras na minha lista pra explorar os trampo.
Tem isto da metalinguagem com detetives, que advém da minha obsessão com Sherlock Holmes principalmente - daqui seria necessário contexto de conhecimento sobre significâncias de *the singular affair of the aluminium crutch* - que na série Sherlock, do Mofftiss da BBC tem o post no blog fake do John Watson que tem o causo meta lá pra quem quiser pesquisar.
E ISTO VOLTA EM TEXTO PRA SÉRIE POR ??? MOTIVOS DFJIAOS
mas envolve também as OTR do Holmes tipo "The Purloined Ruby" (1945) & é tudo muito Brecht pra brincar.........
Aqui neste contexto ainda tem O TESÃO DO KCT DE SER O COMEÇO DA ERA SONORA - E ADIVINHA? A melhor cena disto aqui é usando EXATAMENTE ISTO
----não quero dar spoilers, mas tão todos os suspeitos do crime numa mesma sala e o investigador da policia (muito Lestrade ele) tá... tentando métodos pra sacar quem é o verdadeiro culpado.
E O QUE MAIS????? VOLTAMOS PRA HOLMES, SEMPRE
PQ - CARALHO MANO - TEMOS VENTRILOQUISMO SENDO FUNDAMENTAL NESTE CACETE
DE NOVO: ADVENTO DO FILME SONORO PRA BRINCAR DE DETETIVE ❤ QUE LINDÃO MANO, SÉRIO EU FICO TREMENDO HAHAHA
No que isto puxa pra Holmes - tem o bonecão de cera que o mesmo usa em EMPT & MAZA
MAZA INCLUSIVE O QUE É? UM FODENDO CAUSO DO CAÔ DA METALINGAGUEM - djfiaosdjfioa pq era pra ser uma peça de teatro???? E é todo ***problemático*** em termos de narrativa ?? E uma das brincadeiras do "Jogo" vem daqui?
E BABES NEM ME DEIXA COMEÇAR A FALAR DA CARTA - QUE É FEITA DE ALIBI PRO CRIME - QUE ISTO É ESPECIFICO DA PREGAÇÃO COM SHERLOCK DA BBC E EU TENHO GRRRRRRRRRR (coisas)
*suspira*
saca? é espirito especifico nerd daí num sei.
A trama é bastante curiosa, ainda que culpade seja meio que obvio ali.
Temos um Fredric March causador da discórdia, incluso com bigodinho de malandro (LINDINHU TE QUERO ❤ )
E pro papel do *detetive*? O TESÃO É QUE É UM PERSONAGEM ROTEIRISTA FRUSTRADO
EU JURO CARA EU PIRO DEMAIS COM ESSAS COISAS 😭
Tipo eu assistindo essa porra entrecruza 6666 fios na cachola - mas o personagem LINDAMENTE vivido pelo Neil Hamilton TÁ LONGE DE SER *Gentleman detective* - que aqui são os estadunidense tentando fazer o deles palatável pra vender pra geral - e longe de condensar os gritty & noir de verdade.
ENTÃO O DIVERTIDO AQUI PRA MIM é justamente esse filme *fugir do tom* - ele tem algos de comicidade, de leveza, de trampar obra/espectador bastante na metalinguagem mesmo
visto, por exemplo, TODA A BELEZA LUSTRANTE DE COMO ACHAM O CORPO - num set de estúdio com outro bagulho sendo filmado do lado?
E daí tem todo o primeiro processo de investigação que usa justamente o cenario do estudio de prop?
Tipo a primeira disto aqui é falsa?? eu já comecei o filme arreganhando a beiça caraio hahahah
MANO. pra mim isso aqui é festa. sério hahahahah.
tipo tem algos de veia BRINQUEDUDA com a tematica que vai no meu coração sangrante nerd do apetite, saca? Não sei explicar.
Fora que sendo pré código Hays temos aí diversões muito muito curiosas sobre sexualidade feminina - que só tendo mina no roteiro poderia ter me trazido ❤
NO MAIS? É o tipo de filme que adoraria pegar pra criar hahahahah.
O odio que passei por não ter achado cópia decente já foi sofrimento suficiente, mas que rolê diversão :3
The Student Nurses
2.7 2e no espírito *obrigada por tudo Stephanie Rothman* peguei pra ver finalmente esse marco maravilindo na mais deliciosa verve sexploit feminista (?)....
mas podia isso?! hahah
Que beleza a década de 1970 neh?
Mira aqui no meu olho que a primeirissima cena desse filme já põe o pau na mesa, ou melhor, a injeção de mina no rabo de babaca pra mandar a que veio, se liga:
A ideia é claramente pegar pra brincar certo kink envolvido com as profissionais de enfermagem, então de largada temos uma das quatro gatas protagonistas toda boa donzela indo ali no quarto tentar ajudar um manolo que tá com o zoio trincado.
Resultado? O tal paciente tarado tenta abusar da garota PORÉM, VEJA BEM QUE além de conseguir se libertar ela, com a ajuda de mais dois carinhas, viram o idiota de bruços & expondo a raba do mesmo metem uma injeção ardilosa pra fazer a pessoa sossegar o facho.
VEJA, MIRE, CONTEMPLE: A belezura EXPLICITA da reversão de valores NO PSEUDO ESTUPRO AQUI
É DUM SOPETÃO, DUM TAPA ELEGANTE COM AS COSTAS DA MÃO? QUE SAGACIDADE MEU RAPAIZ!
(e viva o pegging & femdom babes)
E é nessa visão genial de pegar um gênero de filme que transborda dos *Tits & Ass* pra vend$r que a simplicidade de trampar de fato sobre a sexualidade das protagonistas ali é só de gostosura intensa.
E confesso que nessa altura da minha falta de paciência ter que ouvir de macho mala que não existe feminismo na ideia de mulheres se empoderarem com a própria nudez - nas idiotia de rirem de tipo mina protestando nua até hoje - é dum nivel de retardo de processamento de informação que aqui DE VERDADE MEU ENFADO & GASTURA NÃO CONSEGUE MAIS - não dá pra argumentar com zé punheta desse nível.
E pra este filme principalmente, tendo mão feminina, provavel tem aí estudos ou TCC da gringa trampando exatamente isso aí - portanto vou só resumir o meu:
SHONDA RHIMES EU TE VEJO! DJFIOAD
Bicho a ideia de ter várias protagonistas, cada uma com seu rolê ali me puxou TANTO essas séries médicas - na real soap operas né? - que PERSISTEM ATÉ HOJE NA TELEVISÃO?
EU REAL FIQUEI DE CARA na similaridade deste filme aqui com, sei lá, pelo menos a primeira temporada de "Greys Anatomy" - já que aqui as quatro enfermeiras ainda são estudantes, e é justamente delas estarem aprendendo a função enquanto tem os desenvolvimentos interpessoais no trampo e fora dele que a trama toda desenvolve.
Por exemplo a forma como introduzem cada uma das minas? NA CHAMADA DA SALA DE AULA.
E este mecanismo LINDÃO pra "Show, don't tell" continua sendo usado no decorrer do filme, em que quando existe algum ponto problemático da trama que as minas tem dúvida VOLTAMOS PRA SALA DE AULA - com o filme usando isto pra ensinar também os espectadores sobre o assunto, como por exemplo sobre o uniforme das enfermeiras (que é detalhe pra kink hahah), mas também O PONTO IMPORTANTISSIMO sobre acesso a aborto na saude pública daquela época.
Ah! Deixa eu pontuar que fiquei maravilhada QUE O MEDICO GINECOLOGISTA DAQUI É O CARINHA DO FILME "THE GAY DECEIVERS"!!!!!!!!
Lawrence P. Casey eu real agradeço por todos os seus serviços pra objetificação do seu corpo ❤
RAPAIZ O TANTO QUE EU PIREI COM ISSO, QUE CAST CERTEIRO AFFE ❤
O tom desse filme vai de comédia pastelão, tipo uma das mina catando outro nada a ver pq tava escuro, passando pelo tom revolucionario anti-sistema TRAMPANDO EM TEXTO SOBRE MINORIA LATINA GUERRILHEIRA, sobre aborto como comentei e pegando pra abraço final DRAMA DA VEIUDA PULSANTE NO ROMANTISMO MAL DO SÉCULO MEU RAPAIZ
OLHA: Esse plot aí do molequinho moribundo eu REAL me senti pessoalmente atacada - começou com a imagem ali do Allan Poe na parede do rapaz, pq na época que eu vi o filme tava justamente imersa nas coisas do mesmo
PORÉM, TEM MAIS: De verdade pra mim deu pra SENTIR a paixão da Stephanie Rothman por literatura, ALGO QUE REAL NÃO TAVA ESPERANDO DESSE FILME - CREIA. Mas mais lindo é que mesmo nessa pegada de fangirl literaria dela AINDA ASSIM TEM UMA REVERSÃO DE VALORES, SACA?
Pq a gente tem literalmente o romance dum frangote com a mina mais velha - e menos inocente - ali. Aliás, nem sei se poderiamos chamar de romance de fato pq além dos kink com a diferença de idade (haha) acho que foi trabalhado muito bem a nuance de dinamica entre eles, do moleque virjão pq doente tendo essa *musa* dos romanticos, só que no papel de cuidadora tanto do fisico, quanto do psicologico dele (e sexual hahahah)
Tipo. FUCK YEAS DOMME MOMMY jdiofajdaois - ok parey
MAS MANO, FICOU BONITO SABE?
E a ideia de ter várias protagonistas é maravilhoso não só pela interação entre elas, mas pq com cada uma trazendo sua própria "tematica" o filme passa rapidinho com o espectador imerso todo tempo - ou pelo menos assim senti, que fluiu num átimo.
Que de verdade eu não tava esperando esse filme ter ***conteúdo*** se é que me faço entender? É MARAVILHOSO ESTETICAMENTE - E SIM TO FALANDO DO SEXPLOIT, FORA AS BRISA MARAVILHOSA DO CARALHO - TIPO A VIAJAÇÃO COM SUQUINHO MOIADO NO LSD & VOLTAR COM A CENA DO ABORTO, MAS
Real o filme é gostoso também pelo conteúdo - eu passei o tempo todo querendo saber que diabos ia acontecer com as mina, sem nem ideia do destino final saca?
Fora que tem dialogos mara, tipo o comentário que as minas fazem sobre Joana d'Arc (que de novo, dá pra sentir a voz da Stephanie Rothman), mas tbm tipo na briga do médico com o hippie vegetariano QUE BAGULHO HILARIO E ATUAL PRA CACETE HAHA.
Cada personagem - mesmo os namorados - são bem trabalhados pra caramba. Tem cenas absurdas de belas, tipo a da performance protestando capitalismo do movimento latino ali? O PRIMEIRO ZOOM É NO LOGO DUM BANCO E AI VAI VOLTANDO PRA ENQUADRAR A GALERO - MANO ❤ LINDO ❤
As protagonistas são belas, mostram o corpo e *tem conteudo* difjaosidfjio - o arraso que foi a cena de intro mesmo pra trabalhar a personagem Priscilla, vivida pela GLORIOSA Barbara Leigh??
Eu voltei acho que 3x essa cena, NÃO TO BRINCANDO CARA - vai ficar na minha mente pra sempre como uma das conduções mais fudidas de afiadas pra apresentar personagem.
Começa com a mesma soltando daquelas *falas chavão* ali na sala de aula, em que a supervisora tá reclamando da altura da saia do uniforme - e daí a Priscilla vai lá e pontua que "Ela fixou na altura da saia, mas não notou que eu nunca uso sutiã. NUNCA."
E DAÍ O FILME CORTA PRA ELA ANDANDO NA RUA TODA GARBOSA - SEM SUTIÃ EVIDENTEMENTE - ELA ACARICIA UMA FODENDA MOTO E SENTA DO LADO DUM MALUCO
E DAÍ O FILME MOSTRA A QUOTE "TAKE NOT A MAIDEN WHO LOSES POSSESSION OF HERSELF*
E DAÍ O MALUCO PUXA CONVERSA COM ELA DESFAZENDO DELA LENDO *STEPPENWOLF* (O LIVRO)
- TIPO O ESPECTADOR DEVE DESFAZER DA INTELIGENCIA POIS ELA É GATA & EVIDENTE ALI SEXUALMENTE ATIVA, OU SEJA DEVE SER BIBELÔ SEM CEREBRO DOS ESTERIOTIPO
E DAÍ, O AUGE, ELA SIMPLESMENTE COMEÇA A FILOSOFAR COM O MALUCO NÃO SÓ SOBRE O LIVRO, MAS TAMBÉM SOBRE DROGAS - COMPOSTO QUIMICO, EFEITO BIOLOGICO - PQ ELA É UMA FODIDA ENFERMEIRA PARÇA
E É ISSO - QDO ELES SOBEM NA MOTINHA EU TAVA UIVANDO
QDO ELES TÃO NUM CAMPÃO E A PRISCILA CHAMA O LUGAR DE BONITO USANDO UMA GIRIA EXTREMAMENTE DATADA DA ÉPOCA EU TAVA GARGALHANDO BOLHA DE SABÃO
Cara. sem palavras.
❤
Two Men
3.8 3Cara se você não tem trauma nos signos com trêm em filme coreano TU N TÁ VACINADO eu juro (que inferno viu)
Que seja: Eu vim unica e exclusivamente pra saber melhor do Ma Dong-seok, que confesso nunca tinha visto antes na vida e conheci quando finalmente sentei pra ticar "Trem pra Busan".... e claro tem o rolê com o MCU (contexto que tá nas beirada do meu cérebro desde o trauma que sofri com Loki, mas sempre na espreita)
Em "Trem pra Busan" achei o cara um charme, dos tipo que me pareceu abusar de improv no meio dos dialogos tão bem que os diretores acabam deixando rolar, sabe? - meio que raro desses hoje em dia que não são humoristas.
Aqui? Meio que tive isto comprovado.
Infelizmente o eco que foi é que o cara tava vivendo o mesmo papel, ou melhor, a duvida que criou é se o ator vive de simpatia/carisma mais do que atuação de encarnar os personagens - e até aí? Tudo bem. Tem 666 atores gringos que fazem o mesmo, só muda o nome do personagem mas na real a gnt tá pagando pra ver o carisma especifico daquele ator em cenarios diferentes e etc.
DO FILME: Este parece ter sido o primeiro do diretor e roteirista e dá pra perceber que não teve muita verba, o que é curioso pq pareceu mais pobre que obras pra televisão de lá.
O filme tá trampando a temática de jovens adolescentes fugidos de casa, em situação de rua - eu digo *situação de rua* mas em toda a honestidade do meu coração pedrisco eu tive 0 simpatia por essa pseudo juventude perdida, por diversos motivos:
1) eles se vestem melhor que eu e tem celular com tecnologia melhor ainda - mesmo que a cena que eles roubam o cel DE UMA CRIANCINHA tenha me feito gargalhar alto
(se pá tão se alimentando melhor que eu também, confesso... *suspira em miojo sabor galinha caipira*)
2) SÃO BURROS PRA CARALHO - e tem todo um lance de chantagem aqui que é o que avoluma, ALIAS TA NO TITULO NÉ AMIZADE - isto do plot ser em cima duma cama de gato das picuinha que vão se avolumando? É o tipo de filme que a idiotia de geral é tão irritante que PARECE CRIVEL E POR ISSO IRRITA AINDA MAIS??
Existe nome pra este sentimento de ira frustrada?
O tipo de filme que metade do caminho eu já tava xingando a tela pq todo mundo era imbecil... PORÉM
CALMA LÁ QUE TIVE MEUS MIMOS, além do charme do protagonista claro, EXPLICO:
Se vc tem sorvência de conteudo sul coreano, viu novelinhas de lá, os k-dramas - então tu sabe que sempre tem a figurinha carimbada do personagem "chaebol" - que, aliás, eles lá conseguiram vender muito bem como a versão deles capitalista de principe encantando.............................enfim, voltando as criticas deste filme e não a "Hallyu" como um todo jdifaojdfioa
TEM AQUI O FUDENDO DO CHAEBOL - MAS ELE É VILAOZINHO PAIA - é tão tão maravilindo o contraste do atorzinho modelo de passarela aqui querendo pagar de bad boy (tipo em k-drama) E ELE SER SOCADO DELICIOSAMENTE PELO PERSONAGEM DO DON LEE??? sem zua = valeu o filme ❤ hahahahah
eu curto PRA CARAIO bonitinho cuzeta amarga ser socado desse jeito - é suquinho do prazer pra mim :3
hum... no mais? tem umas atuações respeitaveis lá do bonitinho no dramatico como *mocinho* da história Choi Min-ho/Minho - nunca vi antes na vida & caguey grandiosamente pra ser honesta
da mesma forma que caguey & ri pro outro bonitinho que viveu o vilãozinho twink hilário, Kim Jae-young.
E as mina? Elas tão lá sendo plot device nonsense & irritantes pra kct - horrível a escrita pra elas, assim como resultantes... é bem *dama em perigo* fracasso extremo
então assim = num geral é um choque de linguagens isto aqui, um pé em k-drama com juvenis vistosos & outro em filme sem verba fazendo seu caô pra gerar pancadaria (e drama, que pra eles sempre tem drama - geralmente belamente feitos, porém aqui tem base em idiotia nonsense e não comprei jamais)
O resultado pra mim infelizmente foi de um filme mixo completamente esquecível - seja em inovação, plot, roupagem ou o que for.
nessas.
A Espada de Damasco
3.4 4BORA DE ROCK HUDSON, ESSE GRANDE GOSTOSO, LEVANTANDO AS ESPADA MAGICA ❤
Catado no meio da minha sofrência pra encontrar roteiros originais pra filmes de gênero & ainda encontrar uma cópia cremosa tinindo nas cores minha nossa cara ❤
Rock Hudson, um princeso árabe (VEJA) chamado Harum, se enfia no rolê das aventuras regurgitando várias coisas tipo Aladim & Lenda do Rei Arthur ---- entenda a delícia que é já gamar nesse tipo de filme PORÉM toda história advém do fato que SÓ O ROCK HUDSON PODE **BRANDIR** A TAL ESPADA, O NÍVEL DO SUBTEXTO GAY JÁ TÁ NA EXTRATOSFERA,
MAS DAÍ AINDA TEMOS::: A princesa Khairuzan, que além de branca é ainda ruiva, SE VESTE DE HOMEM E ELES FLERTAM ASSIM
(pseudo Jasmine do Aladim, aliás eu pagaria 1 maço de Derby se não debruçaram nisto aqui pra fazer a versão da Disney)
NÃO SÓ ISSO LOMBARDI, MAS VEJA QUE O PERSONAGEM DO ROCK HUDSON CHAMA A PRINCESA DISFARÇADA DE HOMEM PRA IR NO PUTEIRO COM ELE - ELE REAL NÃO SABIA QUE ERA MULHER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
TIPO. Vdd a gente não tem o amor da minha vida Iago nessa versão do caô do causo, mas eu LEVO SIM PQ NÃO.
Diversão extrema isso aqui mesmo se você não vier pelo gay como eu, amo amo filmes deste gênero tava com saudades até - tem de lutinha com a benga, quer dizer com lança longa, até sei lá o humor de várias personas tentando arrancar a espada mágica de uma fodida pilastra - PQ O FALO RAPAIZ...
Bem filmado, atuações e cenas de lutinha divertidas (mesmo que não tão maravilhosas dá pra perceber a.... *aplicação* do Hudson dfadfa), FIGURINOS MARAVILHOSOS & tem sequencia de sonho (drogado? num sei parça tem a ver com minas seduzentes e espadas mágicas eretas sendo roubadas EU TAVA BEM LOUCA JÁ)
Terminei com sorriso rasgando a cara de prazer, uma delicia ❤
[ps: até agora n entendi meio direito pq o filho do Jafar é tão velho, porém já tava rindo com o Jafar ter filho - que seja cara faz a fanfic ae hahahahah]
O Rapaz que Partia Corações
3.4 20Meu segundo Elaine May e serviu pra sanar 1001 dúvidas que tive quanto a como processar o filme anterior "A New Leaf", visto aquele também ser baseado em um conto - de eu não saber o que era autoral dela e o que era do texto original, ou algo assim.
De prima então eu preciso deixar minha admiração pro pulso dela em termos de tom - que é um negócio a nível absurdo de sutileza. De andar num caminho de humor próprio, sendo que em ambas as histórias basicamente se você tá criando empatia por qualquer personagem ali você tá fazendo o rolê errado hahahah.
Se no primeiro filme eu passei mal devido a minha dificuldade em lidar com mina nerd paspalha sofrendo golpe de dandy elitista com *nojo de mulher* dos queercoding - aqui também existe todo um trampo de tiração de dinâmica social através do extrato de relacionamento romantico... Isto é: o que aparentemente seria um filminho besta romcom tá trampando outras diversas coisas.
O protagonista Lenny Cantrow, vivido pelo excelente Charles Grodin, é delineado de forma absurdamente maravilhosa pra criar empatia **errada** neste filme. Ao início ele é só um cara querendo transar, sabe? Infelizmente os ideias normativos cishet embaçam o rolê e a namorada dele quer conservar a virgindade até casarem - E ASSIM É: Eles mal se conhecem, nunca se pegaram e bum. Casados.
AQUI já tem várias brincadeiras, pq afinal é o ano 1972 e estamos falando duma nova era de pretensa liberdade sexual, certo?
Então primeiramente temos aí o filme pegar pra brincar um tropo sobre romantismo que tá morrendo, do antigo status quo que acontecia normalmente pros juvenis das épocas passadas: Estes casarem pra tr3p4r mal se conhecendo, e serem obrigados a passar o resto da vida juntos.
POR OUTRO LADO tem também o detalhe que é extremamente importante levar em conta - sobre religião.
Que tanto Lenny, quanto sua nova e desconhecida esposa Lila Kolodny, SÃO JUDEUS. A personagem da Lila inclusive retratada com vários características facilmente reconhecidas (estereótipos ?) da mulher judia - seu ideal de casamento e romantismo fazendo parte de sua cultura.
Então Lila, ainda que como pessoa seja alguém que Lenny não conhece, aquilo que esta representa é o normativo de vivência pra um homem judeu. - ela talvez mais do que uma personagem é uma alegoria (aliás ambas as mulheres deste filme seriam).
Temos aí então humor pesado em cima do ideal monôgamico cishet, duma cultura bem especifica, porém que tá refletindo também de forma muito equilibrada a revolução sexual pra sociedade num todo.
A forma como Lila e Leeny não *se entendem* na cama após o casório torna-se uma tragédia - mas curioso pra mim é que no caso é a Lila que seria *insaciável* pra um Leeny *indisposto* hahaha.
E isto, das mulheres *pretendentes* do Leeny aparentemente terem uma caracterização predatória sexual, continua quando somos introduzidos a personagem da Cybill Shepherd, chamada Kelly Corcoran.
A forma como Kelly trata Leeny é extremamente divertida em sua peculiaridade, ao meu ver ecoando uma *troca de papeis de gênero* ali em quem está predando quem?
Fora que o filme trabalha muito bem a forma como Kelly representa um ideal de *sonho americano*. A mina tem a beleza padrão WASP que Leeny tá almejando pra sair da sua caixinha - muito mais do que qualquer conexão entre eles, esta sempre é retratada como um objeto de desejo quase inalcançável em seu comportamento.
E isso, do judeu versus o cristão, tá PESADO ali no final do filme...
SPOILERS.
O contraponto de ambos os casamentos é lindamente acido - não só pelo segundo casório ser desta vez na igreja com uma cruz gigante, mas temos também Leeny completamente desconfortável como peixe fora dagua repetindo sua história fracassada em que posa como um ator nas interações com os figurantes, obviamente querendo ser algo que não é.
E aí, pra encerrar, este sentado sozinho no sofá COMEÇA A CANTAROLAR A MUSIQUINHA QUE SUA PRIMEIRA ESPOSA ENCHEU O SACO CANTANDO - LINDO!
A sutileza pra levar os contrastes dos *ideiais*? Leeny depois de ter lutado tanto pra vencer dentro da perspectiva social de vitória do normativo cristão acaba ao final se sentindo excluido. Ao abandonar sua cultura aqui sente falta da comunhão daquilo que talvez antes para ele era ordinário demais?
ENTÃO O QUE É FODA AQUI? A leitura que o segundo casamento seria *algo que Leeny deveria sim perseguir* está incorreta pq é simplesmente o cara repetir o erro do primeiro casamento. Ele não conhece Kelly, da mesma maneira que ele não conhecia Lila.
NOVAMENTE: É SOBRE O QUE ESTAS REPRESENTAM & O AGRIDOCE É PLENISSIMO.
No meio do caminho por esta história temos cenas absurdamente hilárias de Leeny dando várias bola fora, perdido na vida, não sabendo o que quer. Aliás, deixar meu abraço pro Eddie Albert que tá fantástico vivendo o pai da Kelly (aka o Patriarcado estadunidense).
No mais só preciso deixar que tem ali também de forma extremamente sutil argumento anti-guerra/anti-militarista com o Leeny, visto que parte de sua caracterização se deve ao fato que teve que se unir ao exército obrigatoriamente.
Pra analisar o personagem e esta história este detalhe tem peso tremendo, a dizer - 1) o medo de Leeny em ficar *preso em um casamento indesejado* é comparado em texto com o tempo que ele passou no exercito;
2) O ideal normativo de romance atrelado ao Sonho Americano num ex-soldado;
3) Patriotismo, no amor a nação sendo que tanto Lila, quanto Kelly, são duas representações diferentes de *final feliz* em duas camadas sociais dos estados unidos.
E pra fechar: Esse filme teve reboot dos Irmãos Farrelly e apesar de eu ser a pessoa que gosta de catar este tipo de coisa, me reservo ao direito de deixar pra outro dia, quem sabe nunca ❤
Cops and Robbers
3.0 1Nas de ir atrás da primeira onda do Novo Cinema de Hong Kong fui belamente surpresa por achar uma cópia tinindo deste filme - que geralmente é um sofrimento pra filmes de lá desta época ahahah.
A cena de intro já foi bem inusitada pela forma como me lembrou o inicio de "Cidade de Deus"? Que abertura foda!
Trazer este imaginario infantil sobre os conceitos de justiça nos moleques brincando de polícia & ladrão, aproveitando pra abrir pro espectador as pessoas comuns como figurantes ali de cenário antes de adentrar o trampo nos conceitos, tem um lirismo fudido pra o que o filme vai intentar trazer pra debate no restante de sua duração.
E isto de tom realmente este filme é muito interessante, mesmo eu que saco de nada dá pra tatear ali as influências de outras tantas histórias, e ainda que tenha algumas cenas leves estas sempre estão dosadas em alguma ironia com a vivência dos porco ali - pq sim, ESTE FILME É UMA ODE AOS PORCO.
Tem inclusive uma cena absurdamente foda com os mesmos cantando uma canção hard rock (?) num inferninho sobre os heroismos dos policiais - com direito ao cantor da banda, que escreveu o som pro filme, fazer uma ponta ali como informante dos caras.
Então assim, dá pra perceber que a ideia é um contra-argumento que este filme tá tentando fazer pro crescimento de histórias fazendo ode a bandidagem ali na Asia por aquelas épocas - ele tenta te mostrar a dureza da vida dos porco, que são zoados pela população (tem cena de maluquinho lendo um cartum zoando porco e rindo), tem problemas pessoais pra formar família devido aos perigos e, óbvio, as brutalidades que os mesmos encaram.
Isto tudo é mostrado a partir de um grupo de policiais, o herói principal Sargento Kei que é o pai solteiro do molequinho do inicio do filme. Este tica todas as caixinhas do estereotipo do policial durão que atira primeiro, pra fazer perguntas depois.
Chefiados pelo Inspetor Chow, que é o personagem que nos trás as dificuldades pra arranjar par romântico sendo policial, este incumbe o tal Sargento em ensinar os paranauês da profissão ao novato do time, o franguito Wei - que é caracterizado com óculos e de postura inofensiva, o tipico nerd que após cumprir seu serviço militar foi tentar ver se caberia encarar virar policia.
Inclusive tem uma cena pontual pra cacete em que o Sargento Kei senta a porrada num maluco suspeito e no final este é inocente - ainda assim toda cena serve pro Sargento mostrar pro novato Wing como fazer *as pessoas o levarem a sério*, visto até receber uns sacodes o suspeito não soltar nenhum pio nem que fosse pra se inocentar ali.
MAS O MAIS MANEIRO DE TUDO DESTE ROLÊ? É o vilão - claro, hehehehe.
Que foi o que me fez curtir verdadeiramente o filme sem azedar pra proposta toda.
Bill é o vilão mais caricato do universo, os caras fizeram a pachorra de raspar o cabelo pra deixar a testa do ator mais proeminente - e assim ele mais feio e esquisitão.
Veja que Bill odeia policiais. Mas ele apenas odeia os mesmos pois sendo zarolho não foi permitido entrar ele mesmo pro lado dos *policia* da brincadeira.
É INVEJA QUE DEIXOU ELE DOIDO (!!!!)
A forma caricatural e bizarríssima que este personagem vai entrando nas espiral de psicose absurda É UMA DELICIA - e o filme É BASTANTE GRÁFICO NAS VIOLÊNCIA, sendo a cena final fenomenoza nas liberação do gore ❤
SPOILERS
Sargento Kei ali no meio do caminho ser martirizado pra pesar na mensagem do filme é algo que não estava esperando.
Seu filho moleque carregar a *herança*, assim como o Novato Wei mandar a profissão pra casa do caralho depois do trauma de *final girl* desse filme, é um sabor a parte.
Como resultado final enquanto essa história tava tentando valorizar a vivência dos porco como herois da nossa sociedade (risos intensos) mostrando as feiuras da profissão, acaba ao mesmo tempo sendo comédia e belo pra cacete na levada da ironia nonsense de tudo isso - ainda mais com a escolha da vilania ali pra tentar pontuar os heroismos dos policiais.
A base do argumento de defesa é tão absurda, o melodrama com o moleque, os argumentos do Inspetor sobre os perigos da profissão pra namorada, nas tentativas de humanização dos porco pela forma como mostram as pessoas comuns tirando sarro e desfazendo dos mesmos tão pertinente - que real acaba sendo uma diversão a parte acompanhar as danças que o filme faz pra tentar justificar as ideias erradissimas hahaha.
A boa edição, a violência, a coisa de mostrar o urbano caótico e as atuações - Bill psicotico perseguindo o porco!!! - só arredondam o rolê.
Curti sim, levando pro meu (hue)
Mulheres do Mundo
3.7 1BICHO. QUE FILME!
TANTAS COISAS CURIOSAS AQUI! - e vai de socialização do feminino até os kink de zé punhetas - o que não julgo, visto pessoalmente eu mesma ter ali um olhar focando no lésbico de forma talvez ligeiramente salivante hahaha.
QUE SEJA, VOLTEMOS: Não me lembro de ter visto algo com a DEUSA MAGNÂNIMA da Barbara Stanwyck antes - mas CARALINHOS SALTITANTES PARÇA A MULHER ME DEIXOU TREMENDO AQUI.
Não é só *pose* ou da atuação, DÁ PRA PERCEBER QUE A BICHA É DAQUELE JEITO MEMO SABE? De postura, de olhar, de resposta pras coisas - A VOZ DELA? ENTONAÇÃO, QUE SEJA.
Fiquei, obviamente, bem enamorada ❤
DE PRIMA só pegar pra comentar como tá aqui todo o suquinho que vai virar lugar comum de QUALQUER COISA AMBIENTADA EM PRISÃO - de "Um Sonho de Liberdade" até "OZ", vi ecos dos tratamentos de dinâmicas, tipo ter aquele personagem que já tá preso faz certo tempo e vai lá introduzir o "Fish" pra rotina do lugar, até detalhes extremamente pontuais como as encarceradas decorarem a̶s̶ ̶c̶e̶l̶a̶s̶ os *quartos*.
BABES ATÉ A LAVANDERIA QUE O STEPHEN KING PUNHETOU TÁ AQUI - EU TE VEJO MANÉ
(e sim eu sei que é baseado no próprio sistema penitenciário, até "Orange is the New Black" tem isso da Lavanderia)
ALÉM DISTO este filme teve obvia influência pra cinema NUM GERAL falando de *MINA REBELDE* - PQ eu soltei basicamente um mugido alto com a cena da cantoria com os retratos de macho na parede BABES ISSO AQUI "GREASE" FEZ O SEU REBOOT/HOMENAGEM SUGANDO ATÉ O TALO?
É C.R.I.M.I.N.O.S.O ESSA REFERÊNCIA NÃO SER DEVIDAMENTE RECONHECIDA!
Tá, e do filme?
Trata duma mulher "transviada" que nasceu em cidade pequena tendo o pai como pastor, daí acabou por descarrilhar (hue) e passou de reformatório em reformatório até se envolver com uma gangue que assalta bancos - GOOD FOR HER.
Porém, apesar de ser mina e geralmente isso ajudar a despistar autoridade na vida criminosa, a nossa protagonista Nan Taylor acaba sendo reconhecida por um policial após o ultimo assalto - que testemunhamos como a gangue age.
O porco reconhece a mesma como carta repetida de baralho, apesar do disfarce (e o cachorrinho que astutamente a gangue usa pra aplicar o golpe hehe).
Nan vai parar na prisão e a notícia sai na primeira página dos jornais, que mulher na vida bandida é info sensacionalista pro populacho devorar.
Daí que entra o pseudo romance do filme - QUE EU TE JURO É MARAVILHOSO
PRA FAZER UM CONTRAPONTO PRA MULHER BANDIDA ENTÃO O QUE TEMOS? ISSO MESMO UM FODENDO PREGADOR EVANGELICO CARA.
OLHA NO MEU OLHO - AS TENTAÇÃO SABE? Em termos de lustrar minha Hierophilia eu tava no céu, mas tem também claro a ideia que o *pregador* tá meio que sendo o self insert da moral e dos bons costumes do patriarcado SENDO CORROMPIDO PELA PROTAGONISTA ❤
Eu amo como filmes "pre-code" as vezes surpreendem tanto assim nos abraço intenso? E se vc tava esperando meu testemunho sobre as sementinhas que este filme dá pro exploitation mesmo que fundamenta WIP como gênero = CREIA TEM
Desde *espiar* a rotina intima de mulheres enclausuradas, tem mina saindo na porrada, piadinhas com prostituição, sistemática de D/s das atribuições de troca de *serviços* entre as enclausuradas, homoerotismo desde a Nan com a colega que apresenta o local, mas também com A MULHER GUARDA QUE VAI FAZER VISITINHAS NA CELA DELA E TEM SUA *CHAVE* AFUNDADA ALI NO SABONETE - é pra fazer cópia, porém a cena me deixou de boca aberta na sensualidade?
TEM A PORRA DUMA CENA INTEIRA COM A CÂMERA *ESPIANDO* AS MULHERES EM SUA INTIMIDADE - SIM TROCANDO DE ROUPA, mas tem um casal lésbico ali também que achei FOFO AAA ❤
Achei fofo pois não envolve o tropo cansado do caralho de estupro homossexual em prisão - tem um *alerta* ali no começo do filme que a personagem *gosta de dar uns agarro* mas ela FELIZMENTE não é vilanizada, tá só lá de boas com sua namoradinha femme [pq obvio esta entra no tropo da lesbica butch FUMANDO A PORRA DUM CHARUTO EM SUA INTRO DENTRO DO BANHEIRO FEMININO ❤ ]
De zueragem sobre religião na chacrete de pastor, critica ao sistema penintenciario como *reformador de caráter* até pistolagem contra os pseudo homi santo - é tudo duma diversão EXTREMA.
Embarca latinas, mulheres negras e até Lady presas no melhor sabor de ironia ao maquinário (hue)
Eu amei cada segundo deste filme, virou assim favorito do coração - e já até baixei pra deixar aqui de lado pra acariciar sempre que puder hehe ❤
Só pra finalizar então PRECISO COMENTAR que quando toca "Saint Louis Blues" aka "I Hate To See The Sun Go Down" (se eu não tiver enganada com a versão da Bessie Smith) EU JA TAVA EM PRANTOS - PQ O FILME NÃO TENTA SANITARIZAR A MINA, ELA R.E.A.L É GANGSTER = ATÉ O FIM ❤
Mulher Gangster
2.9 1 Assista AgoraE vamos da segunda versão pra esta história, que é COMPLETAMENTE DIFERENTE da primeira versão de 1933 - ainda que iniciem da mesma maneira.
De fato a intro do filme é idêntica, talvez pra pessoa localizar já de onde o cerne desta versão veio, mas a partir do roubo ao banco já vemos que o tom deste filme será outro, bora explicar:
Diferente da primeira versão não é um policial reconhecendo a protagonista de outros crimes pequenos que leva a mesma a cadeia, aqui chamada Dorothy "Dot" Burton [certamente em homenagem a autora da história original] - e sim o fato que o detetive IMPLICA COM A PORRA DO CACHORRO??? O tanto que eu ri!!
O papel das minas, em ambos os filmes, é fazer o guarda do banco abrir a porta após horário de encerramento - e o cachorro é importantissimo, visto ela entregando o bicho pro guarda segurar pra ela O MESMO ESQUECE DE TRANCAR A PORTA - ENTÃO: O cachorro é a chave de acesso pros ladrões aí, sacou?
POIS BEM nunca é explicado no primeiro filme de onde diabos veio o cachorro e talvez atendendo a especulação do publico aqui decidiram dar um papel mais proeminente pro canino gangster - e é na intriga da moça suspeita chamar o cãozinho de nome diferente do que está na coleira QUE AÍ SIM aqui nossa protagonista é apreendida.
PQ eu não abreviei este detalhe de mudança? Pq É EXTREMAMENTE IMPORTANTE que desde o inicio o filme está nos falando que "Dot", diferente da "Nan" do filme anterior, não é uma criminosa de carreira!
E esta é uma mudança dos tempos do "Código Hays" das mais óbvias, que o filme se dá ao trabalho de entregar o contexto diferente da Dot - que comenta ser *aquela velha história: menina do campo vai a cidade virar atriz, o dinheiro acaba antes de fama chegar e... esta precisa se virar como dá*
Curioso porém é que apesar desta sanitarização da personagem, que sem querer querendo acaba se envolvendo com a criminalidade pra pagar as boleta só em mérito de urgência, ainda assim Dot não é uma versão melíflua e frágil da personagem - GRAÇAS A SATÃ
NOPE o roteiro de forma extremamente astuciosa torna nossa anti-heroina muito mais manipuladora do que Nan da primeira versão - que era mais "mão na massa" de carregar revolver e atirar, de dar soco em briga de tapa, etc.
Dot é muito mais *aranha dentro da teia* neste sentido o que não deixa de ser uma interpretação bastante divertida nos malefícios femininos - e pq nós precisamos de uma orelha pro planejamento dela, temos também um subtexto homoerótico MUITO MAIS PESADO dela com a colega de cela Myrtle Reed, vivida pela gatissima Julie Bishop - já que a mesma é confidente e conselheira (sim elas são maridas, FIGHT ME)
O subtexto queer ser mais pesado não é viagem da minha cabeça, ENTENDA que pra fazer visita sem ser notado UM DOS CAPANGAS SE VESTE DE MULHER - e é absolutamente fenomenal pq ele tinha inclusive um bigodinho de malando que raspou só pra entrar na prisão e encarar a nossa Lady Gangster hehe
Ah, esta é outra diferença: Já que não podemos ter a ligação de irmandade forte que existiu no primeiro filme entre Nan e seus companheiros de gangue, então o que este filme faz? Isto mesmo, a Dot cria intriga de roubar os ladrões do seu próprio bando - afinal eles mesmos não leais estavam prontos pra largar a garota na prisão e ficar com a parte dela dos lucros do assalto ao banco.
Daí que vem todas as intrigas de leva e trás da Dot com os ex-companheiros, dela arquitetar as tramas SEM entregar os mesmos *pra lei* - e o roteiro brinca com tudo isto extremamente bem, ainda nos questionamentos cerne desta história sobre moral e bons costumes versus a possível *recuperação* da Dot.
Você sabe, se ela consegue "a chance to go straight" na vida 💅
Isto, e claro, a versão deste filme pro romance cishet que é.............
Contestável? Pra dizer o mínimo.
A Faye Emerson como Dot está magnânima, e pra trampar em cima de um papel vivido tão fudidamente bem pela Barbara Stanwyck isso quer dizer MUITO.
Obvio que a mina tem a essência dela, mas casa extremamente pra versão mais contida, porém ainda BAMF do papel - a cena que comentei da visita do capanga vestido de mulher & ela é maravilhosa na entrega e sangue frio da Dot.
Fora que criando o contexto de que esta é uma atriz, então a ideia dela manipular geral pra benefício próprio faz extremo sentido
Nessas quanto ao questionável do romance tá o tempo todo no filme - em que aqui o radialista apesar de não ser pastor, continua servindo de self insert pro patriarcado, mas a relação entre ambos é muito mais num tom PATERNAL e não de amante.
Exemplo disto é a cena final que arma pra gente pensar que terá beijo e.... faz o ponto final justamente neste tom de afeto paternal? Muito diferente da tensão sexual do primeiro filme sobre certo/errado da atração do pregadorzinho pra com a Nan, por exemplo
Da mesma forma aqui visto Dot ser tão mais arquiteta dos maleficios fica até o final a suspeita se ela não está ainda usando afeto do maluco pra ganhar o salvo-conduto de voltar pra sociedade hehe.
O primeiro filme tem muito mais de diversões com a vivência das prisioneiras, inserindo várias personas ali que trazem contexto pro tipo de ambiente e mulheres aprisionadas na época; além disto ali faz muito mais sentido a figura da *prisioneira inimiga* que é chacrete do pastor do que a personagem similar em vilania deste filme aqui, mas não menos divertida - a mina deste filme é ODIOSA CARA.
Lucy Fenton, a falsiane inimiga aqui, é motivada por intriga e conta com a ajuda de uma personagem extremamente curiosa e bem delineada - que por ser surda as pessoas falam coisas do lado sem perceberem que estão despejando segredos pra ela já que a mesma consegue ler lábios até a distância - OU SEJA, ESPIÃ PERFEITA. E os ângulos de câmera usados pra mostrar essas duas armando esquemas contra Dot (e sua marida Myrtle) são genuinamente enervantes ahahahaha.
(sempre tem essa gentinha em todo lugar mddc)
A finalização deste filme é com pancadaria, tiroteio e fuga de carro - um volume de ação completamente avesso a conclusão do filme de 1933 em termos de tensão, mas novamente, bem divertida criando o seu.
E é isto pra todo o filme sendo sincera: Conseguiu fazer sua própria história, com uma protagonista genuinamente *durona* e crível, que tem uma bela condução seja em roteiro ou filmagem & excelentes atuações.
E ainda que tenha ganhado em subtexto homoerotico pra driblar o código Hays, ao mesmo tempo infelizmente perdemos no exploit da vivência das minas ali - esta versão sendo muito mais focada na intriga sobre o dinheiro do assalto do que realmente na experiência como presidiária. Ambos filmes lindões e válidos pra cacete porém.
Aventura no Oriente
3.7 2Eu quero acreditar que só passaram a primeira parte deste filme pelas mãos da Anita Loos, pq cara que barra pesadíssima isso aqui hahaha.
Meio que são dois filmes em um? Infelizmente a segunda parte é propaganda de guerra - visto segunda guerra mundial nas beiradas. O interessante é que tem em tela a invasão japonesa na China pelo ponto de vista gringo (que o personagem do Gable é canadense no exército britânico), mas infelizmente os racismos deste filme pra gag deixam tudo isto bastante intolerável - sem falar na personagem feminina da Rosalind Russel ter sido tão engolida pela zorra toda que a atriz só ficava com os olhos estalados parecendo uma demente ali no final?? Caraio eu tive de rir de tão dolorido
E eu tava ali uma hora na parte final CRENTE que ela viraria a casaca? Infelizmente não foi pois a mesma simplesmente perdeu a personalidade de gatuna lisa pra deixar o protagonista do Gable viver seu arco: se tornando de ladrão a herói de guerra - HAJA.
A primeira parte do filme tem a premissa interessante pra caramba de ambos os personagens estarem tentando roubar uma joia - cada um do seu jeito. Entre piadinhas que meio que senti cheiro de improv do Gable e atuações canastras DE AMBOS até o talo - é um tal de sorrisinho cretino dele versus levantar sobrancelha dela - o filme fica num embaço terrível e o que poderia ser encantador e divertido se torna bobo ao nível cartunesco e dum enfado tremendo.
Casal sem química, romance sem liga e dialogos sofriveis versus o privilégio de colonizadores brancos - sofri de verdade pra terminar isto aqui, uma pena.
Além dos Limites
3.5 29 Assista AgoraPensar que por um tempo voz feminina no cinema esteve atrelado a filmes românticos - mesmo que nestes incluso grande maioria foi feito por homens - este filme desponta de diversas maneiras particulares quanto a voz fora do mainstream branco e masculino e quanto a isto foi interessante pra caramba.
E aí que tá: na época os atores que vivem os protagonistas aparentemente até estavam em um relacionamento na vida real? Sanaa Lathan que vive a protagonista Mônica e Omar Epps que faz seu par romântico Quincy, este ultimo provavelmente mais reconhecível pra galera da minha idade por ter vivido o Dr. Eric Foreman na série de televisão House MD.
PORÉM, OS PORÉM: Pra mim (ênfase) eles não só tem uma quimica *estranha em tela mas não passou jamais o sentimento dos tropos "amigos de infância/amantes" que o texto todo tá trabalhando em cima. O efeito do relacionamento entre ambos é tão desiquilibrado que chega ao nível do desconfortável, mas novamente nos: quem sou eu pra falar...
A história é então dividida em fases: Desde o primeiro encontro quando crianças até a finalização como adultos vacinados de sonhos infantis e fazendo o deles.
Nessas nós temos como protagonista uma mina tomboy negra vivida de forma absolutamente encantadora pela Sanaa Lathan como Mônica - sério: que mulher!
Os preconceitos quanto a maneira *não feminina* dela se importar com sua paixão por basquetebol e como se porta mesmo, de vestimenta a atitudes *muito agressivas* estão todo o tempo sendo trabalhadas em paralelo com as facilidades do par romântico masculino.
E NA MINHA MENTE parte da trava foi justamente esta - mais do quimica sexual ou fluff romantico de ver estes dois como casal, tudo o que eu conseguia ver era um mesmo personagem trabalhado como espelhos de gênero dentro dum contexto especifico - e mais importante que o romance - que era ser atleta de basquete.
Sendo assim o romance seria hipoteticamente apenas uma cortina de fumaça pra traçar um argumento sobre disparidade de gêneros? E a finalização é extremamente contundente nessas - de que é a conquista da mina que vale e de certa forma esta envolve *talvez* uma pseudo castração do personagem masculino - que não pode mais jogar basquete e se torna o malewife que hoje tem as popularidades de conceito (ahahhaha)
Tenho minhas teorias da conspiração quanto tanto ao queer neste filme, como a atriz Sanaa Lathan talvez tenha sido escolhida pro papel justamente pra mandar este subtexto, mas como minha intenção não é desvalorizar o que foi feito pra lançar argumento cishet acho por bem só comentar que existe grande parâmetro de leitura do lésbico tentando se encaixar no cisheteronormativo neste filme SIM.
Neste contexto também existe o Mommy Issues da protagonista, versus o Daddy Issues da contraparte masculina - o relacionamento de ambos com esse ideal de feminilidade & masculinidade negra também sendo talvez muito mais contundentes que o romance que seria cerne do plot. Isso visto que o personagem Quincy só consegue alcançar algo de seu (uma personalidade própria talvez?) depois de ver quem seu idealizado pai realmente era (e talvez assim o patriarcado ali).
No geral? Achei o filme travado, algumas coisas do andamento que poderiam ser mais enxutas com melhor profundidade de dialogo mesmo. Tem atuações que achei muito bizarras ao ponto da comédia - e todo o jogo da dinâmica entre o par romântico através dos tempos mais parecia ticar tropos do gênero romântico do que criar afinidade e empatia nos dois como casal - eu, claramente, não vi fundamento pra amor ali nas ideia de *almas gêmeas* que seja.
A cena final do jogo valendo AMOOOOR é muito interessante como catarse porém, mesmo que eu quisesse que fosse com qualquer outro personagem além daquele Quincy hahahah
Valeu ver pra caramba, ainda que não tenha virado filme de cabeceira nem nada assim.
O Príncipe Estelar
2.5 1Filme de contos de fada/ficção científica do cinema mudo escrito e dirigido por mina + o interessante de ter cast majoritariamente infantil antes das produções de 1920 do *Our Gang* ou "The Little Rascals", conhecido por aqui como "Batutinhas".
Ah mano eu já emocionei ali na introdução com a estrela caindo e entregando o moleque principe ET hehe
(você quer Kal-El?)
Te falar que isso dele ser principe magico alien tava esperando sair daí algo - porém o filme traça um nonsense a origem do moleque e... tá tudo bem e ótimo, tem final feliz com o casalzinho partindo pro cosmos, quem liga?
O imaginativo aqui focando no publico infantil é fascinante, a Brandeis incluso escreveu pra crianças e queria dar um abraço dela arcar com essa brincadeira gostosa pra caramba - dá pra perceber que as crianças tão se divertindo pra porra com tudo & tem uns momentos de fofura intensa isto aqui.
Fora que efeitos do mágico (a bruxa AAA!!!), figurino, tudo divertido - incluso o esquilo magico empalhado no stop motion - cara é uma curtição.
O texto tem aquelas de passar as lições pras crianças sendo que o Príncipe Estrela por ser belo & das galáxias se torna uma criança arrogante e mimada - daí que as fadas pra ensinar lição o tornam feio e com aparência de pobre (sujo e rasgado). Nessas teria ai toda uma conversa como pobre & ainda feio só se fodem, mas é interessante observar que o príncipe originalmente belo & mau pra receber lição de humildade tem que sair no mundo e receber de volta preconceitos e tratamento cruel de outrem pra desenvolver sua bondade só através de empatia experenciada na pele hue
Claro que o prêmio final é riqueza e belezura - pq é o mundo mágico do faz de conta que a vida é assim. A fada madrinha inclusive ficando de braços cruzados até o momento previsto na profecia abre os parâmetros pra gente analizar os conceitos cristão-abrahaamicos de deus né? EU SEI EU VIAJO CARA
MAS O LEGAL MESMO deste plot é que o herói da história NÃO VENCE NA PORRADA - literalmente este não é o ponto da lição aqui, ou da aventura, isto de passar pelas missões pra ter a recompensa (casar com a princesa).
Ele não agride ninguém, não mata ninguém, é sobre este ascender EMOCIONALMENTE e nesta se tornar uma pessoa melhor - fodidamente firme isto de observar a diferença de um arco heroico escrito por mulher antes de Joseph Campbell, D&D & etc.
No mais: Tem uns plot twistões da porra que não estava esperando, mas também problemas de edição tipo repetir algumas cenas demais ou inserir outras que não levam a lugar nenhum - apesar da minha fascinação embasbacada quanto ao aleatório da **magia** hehe.
A Ilha do Terror
3.4 1Eu vim pelo lésbico 🤗
Ainda nos estigmas do Código Hays esse filme é extremamente curioso - Eu tô encarando a Ilha de Lesbos e chorando sendo sincera.
Sim sim, o filme tem o Boris Karloff, mas esse não é o interessante cara - o que pega é de onde vem a trevosidade do plot que o personagem dele estaria ali pra tentar *desvendar*: E é sobre o feminino.
EXPLICO: Não enfiaram uma personagem lésbica ali do nada - e sim, ela é lésbica em texto, o que é no mínimo inusitado pra época... Ela está lá pra fazer um contraponto romântico com a unica outra personagem feminina do filme, a "Adams". E é dos dilemas desta personagem aqui que o filme tá querendo criar o causo.
Adams seria na real a protagonista da história - eu sei que não parece, tendo lá toda a introdução com o Karloff brilhando muito no Corinthians, mas é pq o filme tem que vender né?
Ali nesta intro a gente tem um panorama falsiane de uma maquete que tenta parecer cenário real - falhando miseravelmente, e é tipo resumão das intenções deste filme haha.
Trata-se dum misterio misterioso envolvendo o fato que os capangas de um zé da grana chamado Senhor Capitalismo, que tinha sido enviado pra avaliar o terreno duma ilha paradisíaca onde o chefão queria construir um hotel, é encontrado em modo zumbi.
O figura está catatônico e ninguém sabe os motivos, e Senhor Capital está preocupadíssimo em perder dinheiro se tem intrigas magicas onde ele quer construir propriedade.
Nessas envolve o personagem do Karloff que é um cara que desmascararia acontecimentos fantásticos - detetive do mistico através da ciência e razão.
Só que aí que tá, pra ele que teoricamente seria o Sherlock Holmes da história tem, claro, o papel do assistente... E quem é essa figura aqui? ISSO MESMO "ADAMS"
Sendo a viajandona que eu sou já interessante a insistência em chamar esta personagem pelo sobrenome, pq fica agênero né? Ou pelo menos algo de masculino. Não só isto mas temos a coisa óbvia de "Adam" ser Adão e a traquinagem da história estar falando de *Paraíso da Natureza* quanto a Ilha tenebrosa.
Nem é só o nome a discussão sobre a Adams - é também seu comportamento. Seria ela na verdade mais similar ao Holmes na retratação de suas maneiras, já que em texto é chamada de *máquina sem sentimentos* por ter essa pegada nerd de citar embasamentos cientificos pra ajudar o Karloff, mas pontualmente por não se comportar como ****MULHER**** de modo feminino & emocional vê-se.
Meu estado vendo este filme era no batidão do caótico no COMO ELES SE ATREVEM??
Pq o mistério da ilha foda-se - é uma pataquara sem sentido o filme: enfadonha, bizarra, mal contada não só pelos efeitos datados mas pq não é sobre a Ilha ou *o mágico* fantastico de filme de terror.
É sobre o feminino - é uma mensagem moralista, misogina e lesbofobica sobre o que seria o padrão de feminilidade - E TENTAM USAR SHERLOCK HOLMES PRA FODER O MEU ROLÊ AINDA POR CIMA.
E, claro, a personagem da mina lésbica chamada Claire Winter, vivida de forma mais do que competente mas real corajosa pela atriz Jean Engstrom, é sacrificada pela fúria da natureza pra passar a lição do filme. Pq os caras não morrem ENTENDA eles ficam catatônicos de espanto ao ver o relacionamento de duas minas ser devorado pelos seus instintos naturais - EU AINDA TÔ ESTARRECIDA NA CENA DAS DUAS MENININHAS AQUI CARA.
O arco sobre a Adams encontrar seu *lado feminino* e ao mesmo tempo se aceitar como é tem então este contraponto das interações da mesma com a Claire - que quer devorá-la? Ou *ensinar coisas* pra ela E ENSINA. O filme não nos mostra, mas insinua que até o modo como Adams muda o figurino & cabelo foi devido a sua influência.
Obvio que tem o interesse romantico masculino também, chamado Gunn - pq esse filme é super sutil nos nomes [Winter fazendo o paralelo com o natural que o filme tá botando trevas & Gunn sendo...O FALO pq urg]
Mistério então em texto é que a ilha é magica assim mesmo, tem plantas carnívoras que devoram pessoas inteiras & de alguma forma afetam macho pra que estes fiquem em estado catatonico o resto da vida - é o trauma.
Aliás, adivinha com quem Adams fica no final após a Winter ser devorada pela própria natureza? Gunn porém só cria a conexão romantica com a personagem quando justamente ele demonstra *um lado frágil* (feminino?) revelando os próprios traumas e dificuldades pessoais quanto ao papel de masculinidade - isso não é viagem minha, real tem no dialogo Adams rebatendo acusação dele que ela não saberia *ser mulher* falando que Gunn também não saberia ser homem... E por isso não saberia amar.
Muito que caotico então esse tratado cisheteronormativo em forma de pelicula -ruim aqui. É num todo curioso pra analise do discurso que tão mandando, ainda que o conteudo do discurso seja odioso & desprezivel num pacote sem sal de filme.
O Último Cartucho
3.3 5DEIXA EU T FALAR = É SOBRE O GAY ❤
Motivos de eu ser descaralhada da cabeça é que não consigo pegar filme de bangue bangue pra assistir sem pregar no teto com as unhas com as tensão homoerótica - e acho meio que assim incrível como não existem analises mais especializadas aprofundando nos níveis ABSURDAMENTE INSANOS de patifaria queer nos *machão apontando as arma e tendo fixação oral gravissima nas nicotina*.
Esse filme? MARAVILHOSO.
Tá no título já as ironias que anacronismo não tinha como prever sobre o queer né? HAHAHAH
MELHOR AINDA é que toda a coisa do *vida bandida soft* que é o personagem do fora da lei chamado Cheyenne Harry querer mudar a vida pra *straight* que é tbm traduzido como *heterossexual* é que já deixa implicito que ele tá vivendo a vida queer dele fora das regras do normativo sendo *bandido* - a cena de intro tem o figura SAINDO DO BURACO DE UMA FODIDA ARVORE PRA MIRAR O CARTAZ DE RECOMPENSA PELA CABEÇA DELE E SORRINDO PRA CÂMERA??
AIAI - eu sei que é uma coisa *de olhar* da leitura moderna minha (nossa?) porém QUE DELICIA GASOSA que é toda A PORRA DA CENA COM CHUVINHA LÁ FORA + BOTECO COWBOY E OS MALUCO SE ENCONTRANDO TENSO?
Com brinde do xerife de voyeur & sorrindo sacana acompanhando a putaria inteira?????
Daí partirem a fazer disputinha de *quem bebe mais* nos EYEFUCK PESADISSIMO e daí ficarem bêbados & *soltinhos* tirarem as arma pra fora e *entalarem* na janela apontando as arma no lugar apertadinho
BABES - IMAGINA MINHA REAÇÃO PRA ESSA CENA INTEIRA?
Tá, mas e o filme? É ótimo caralho. História de uma família de fazendeiros versus rancheiros que querem tomar suas terras.
Papai, filho pródigo e *filha boa pra vender* tão ali pra fazer o normativo, mas o interessante é que o Ford passa a simpatia pelos fora da lei? Já aqui tem um samba com a coisa de tom moralista que torna o herói o único redimível, visto que antes deste entrar na história a filha do fazendeiro tem um chamego com um rapazote QUE FAZ PARTE DO TIME DOS MALVADOS? Ou melhor: por falta de opção de trampo na região o moleque faz um *leva e traz* de enquanto trabalha com a gangue que quer tomar as terras, espia os mesmos e leva a info pro velhote dono da fazenda e pai da mina que ele tem o crush.
SPOILERS:
Não só isso, mas o maluco que acaba matando o filho unico do fazendeiro é justamente o carinha que o Ford se dá ao trabalho de fazer simpático criando a amizade com o herói na cena do bar? É do caralho a forma como o diretor usa essa contraposição pra mostrar o conflito do personagem isso de dançar nas linhas morais pelo contexto da época/região e suas necessidades. Este personagem inclusive some antes da batalha final, ao que consta não conseguindo arcar com a culpa do próprio feito.
Além disto na batalha final obviamente Cheyenne mudando de lado pra ajudar os fazendeiros que não sabem lutar chama uma gangue que era parça dele, e estes são de mexicanos? Matando o homem branco? Interessante é que não recebem aparentemente nenhuma recompensa por isso - só talvez aquele pote de geleia que um dos capangas roubou hahhaah
Não foi foi pela honra (uia Kurosawa) foi pela broderagem de despedida do Cheyenne antes dele virar hetero - DESCULPA EU NÃO CONSIGO EVITAR É MARAVILHOSO AAAAAA
Mas é curioso isto de o que o Cheyenne Harris teria de diferencial do outro pretendente romântico da menina fazendeira - pq este teoricamente tava trampando pra ajudar faz tempo? Mas ambos nunca entram numas de tensão de triângulo amoroso pra disputar a mão da moça, muito pelo contrário - tem uma cena bem pontual que o Cheyenne quer *deixar a mina pro outro* - tipo de presente mesmo, pq ele pensa não merecer ter esta *recompensa*
Que lógico que a mina não vale, ela é um signo aí de receber a fazenda como herança, ou seja *a felicidade do cishetero* como pacotinho da perdição do *bom, certo & moral* de finalização de história.
[A expressão facial da personagem ao notar isso aí é hilária - mas toda a reticência antes da conclusão mostra uma insegurança masculina bem peculiar pra contação de história]
A filmagem do filme também é lindona desde aqui - toda coisa de filmar o território, quanto a batalha, até como comentei a cena AUGE do boteco - que sempre tem que ter e aqui é fenomenal.
Num resumo então: Belamente surpresa com a potência de um filme desta idade neste gênero - e nem foi só pelo gay haha
😉
Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta
3.6 214 Assista AgoraBORA LÁ QUE ESSA PORRA AQUI TEM VÁRIAS COISAS PRA FALAR
Interessante de pegar filme teen é que você percebe O QUANTO TU É VELHO - Neste caso é de trazer pras *novas gerações* sobre o movimento "Riot Grrrl" - que já daí tem escancarado o fato de = feminismo branco e a discussão sobre INTERSECCIONALIDADE.
E AÍ O QUE FAZEM? ME DÃO O BAGULHO NA MÃO DA AMY POEHLER - QUE É MEIO QUE SIMBOLO DO FEMINISMO BRANCO HAHAHAHAHAAH - poderia ter rendido daí, ela poderia ter me surpreendido, PORÉM A POEHLER FEZ EXATAMENTE O QUE PENSEI QUE FARIA = tokenismo querendo dar de espertalhão colocando em texto o argumento da necessidade da Interseccionalidade - ENQUANTO tá fazendo ERRADO, saca?
Tá perpetuando o ciclo - e não vou falar que ela não foi sagaz - ou os roteiristas adaptando o livro (que não li) no tokenismo - já que até botam em texto que a protagonista é introvertida - ELA É INTJ!!! TEM ATÉ CAMISETA!!! VIU, COMO É A LINGUAGEM MODERNA?
EU TE VEJO SEUS SACANAS
EXPLICO - A protagonista CONTINUA SENDO A BRANCA MIMADINHA EM TEXTO, e a gente tem ela ser "a herança do moviento Riot Grrrl" JUSTAMENTE POR ISTO.
A Poehler inclusive não perdeu oportunidade de atuar como mãe da personagem, que neste caso na juventude fez parte de movimento - então é dali que vem a protagonista achar fanzines, a cultura, etc
E é da discussão com a personagem da mãe vivida pela Poehler, esta solteira moderna feminista de tatuagem e usando camiseta de banda - que ela bota que o movimento não era inclusivo suficiente? - com esta personagem servindo como simbolo da discussão entre gerações mesmo, não é nada sutil isso de "passar herança pra frente"
O que, novamente = URG
SABE COMO ISTO AQUI FICARIA MELHOR? Se simplesmente colocassem como protagonista uma mina que por não ter sido originalmente incluida no movimento "Riot Grrrl" por ser POC, ou deficiente fisico, ou trans, achasse sobre e DALI ELA MESMA debatesse sobre o que tava faltando no PASSADO e FAZENDO O DELA.
SÓ QUE NÃO: A gente tem a personagem negra *fierce* (em texto ela é chamada assim JESUSA QUE AVOA) chamada Lucy - vivida pela excelente Alycia Pascual-Pena - que é *quem inspira* a personagem branca, que é claramente quem tem que ser a heroina da história
NÃO SÓ ISSO: A personagem de *melhor amiga* é asiatica - e é ela que joga na cara da protagonista o privilégio branco.
AI TIPO HAJA - se falasse de culpa branca talvez a Amy Poehler tivesse convulsão sei lá.
No mais ainda tem o CRINGE de escalar a Josie Totah como totem trans e botar esta com a personagem cadeirante NO BANHEIRO pra fazerem cenas juntas - URG URG URG
E a protagonista então por ser *introvertida* (o INTJ entra aqui) é quem é a "voz do movimento" - só que anônima pq ela não quer louros (hahahahahahahha ai cacete).
Tem coisas boas - TUDO ISTO AQUI É DISCUSSÃO RELEVANTE. É interessante ter um filme tratando de feminismo branco, passado e falhas, é interessante ter tido "The Linda Lindas" tocando ao vivo "Rebel Girl" - o cast é diverso & MUITO BEM ESCOLHIDO, todos os pontos de discussões trazidos sobre feminismo nas atualidades são pertinentes.
Fora que: O casal principal É ÓTIMO.
Eu completamente deslumbrei com o Nico Hiraga - ele é encantador, atua bem (dá pra sentir os improv) e ambos tem uma quimica que causa as empatia - E É AÍ QUE ENTRA O SENTIR JUVENIL SENDO IDOSO VENDO FILME TEEN HAAHAHAH - sim senti na pele as nostalgia do primeiro amooooooooooor
(aliás confesso que ruborizei na cena do carro pq acho que a atriz TAVA REAL AFETADA HAHAHAHAHAH)
Também: Meu abraço pras atrizes Alycia Pascual-Pena & Anjelika Washington que decidiram beijar na cena do show - e claramente foi improv *permitido* pq nunca é mencionado no roteiro depois ou antes qualquer resultante disto hahahahaha
(lésbicas ou bissexuais negras existem??? não pra Moxie!)
e mano MANO só agora que fui ver que o moleque nojento é filho do Arnaldão? Patrick Schwarzenegger???
Tinha estranhado pq contrataram um cara que parecia ter 35 anos pro papel no meio do cast juvenil bem escolhido, ainda que ele convença como nojento.... AGORA ENTENDEU.
[PS: O filme acaba com CSS na trilha - e talvez eu tenha uivado 🤘]
Teddy Girls
3.5 1De quem é a culpa pela delinquencia juvenil de nossas garotas?
O tipico filme que me faz querer chorar lágrimas de sangue ser quase impossível encontrar uma cópia boa - foi a que tem no youtuba com legendas em inglês brancas, que vira e mexe o cenário ou figurino impedem leitura hahahah - INFERNO
Que filme!
Não entraria no exploit de mina pois temos 0 sexualização das garotas & também não é filme de luta com coreografias - este entra realmente no mérito de trazer o visual (estas agredindo e m4t4ndo) com os contextos de suas vivências que as levaram a isto?
Temos como protagonista Josephine Hsu - homônima a atriz Josephine Siao que absolutamente encanta em tela - que tem os traumas pessoais com o pai recém falecido e a mãe que não só assume sua posição de chefe na firma, mas também arruma um amante novo e mais jovem! - COMO ELA PÔDE??? [good for her!] = infelizmente o carinha claramente tem figura caricatural de capanga de mafioso, o nosso conhecido malandro - até carregando bigodinho fino!
Nessas a garota começa a *se rebelar* e acaba entrando em uma briga numa danceteria - quebrando garrafa na cabeça de um maluco que achou tudo bem apalpar sua colega, ERRADA ELA CLARAMENTE - portanto justiça mandou a mesma para um centro de reformatório feminino - na verdade Josephine PEDE PARA IR PRA LÁ, pois tudo é melhor que ficar naquela casa com mamãe que faz s3x0s loucos com o rapazote creepy.
É ali no reformatório que conhecemos algos das outras garotas, todas atravessando algum tipo de dificuldade pessoal intensa - desde amante juvenil que engravidou mocinha e deu o fora até uma das garotas ter começado a roubar pois o pai está preso e queria ajudar a mãe que está sozinha cuidando de 666 crianças...
Tentando "controlar" tudo isto temos a figurinha carimbada do *patriarcado consciente* no diretor do reformatório, ele mesmo com seu núcleo familiar perfeito - esposinha e filha quase da idade das aprisionadas sob sua responsabilidade, o que obviamente lhe pesa pra criar empatia com as garotas no **tentar ajudar**.
A merda bate no ventilador quando a mãe de Josephine *morre* e a mesma quer buscar vingança no amante dela (que obvio herdou TUDO que era das minas) - outras garotas se juntam a fuga e é o deus nos acuda das garotas causando - versus a caçada humana em cima delas feita por homens de meia idade preocupadíssimos.
Eu achei este filme interessante pra cacete já só por ter aspecto de delinquência juvenil nesta época focando em mina - PORÉM achei a finalização encantadora, com direito ao diretor do reformatório dar uma entrevista pra televisão no final JOGANDO A CULPA NOS ADULTOS - que seria o espectador assistindo o filme com garotinhas causando pra geral. Mas não só isto, achei curioso que tem 1 (um) só final feliz?
Trata-se da mina que não entraria nos padrões estéticos de beleza - é gorda, o que a destacava entre o grupo de garotas presa. Esta é solta após cumprir sua sentença & o filme encerra belamente com ela e o diretor percorrendo uma rua escura em *direção a luz* enquanto conversam sobre o que a menina reformada espera do futuro.
10/10
The Secret
3.6 1É tão lindo pegar alguns filmes e já ser estapeado na intro com um tipo de... aura? Podemos dizer?
Esse filme *começa num ritual taoista de funeral com canticos de monjas enquanto o nome de diversas mulheres aparecem nos créditos até chegar ao nome da diretora. Já de cara dá pra sentir a pele fazer aquele tilt de imersão que aqui vai te guiar do universo feminino na história, sabe?
*O mistério* do texto, que seria um filme de investigação de um crime, só existe diante do desvendar do universo intimo do feminino - daquela cultura e daquela época.
Desde a idosa da família que é cega (em mais de um sentido) até a personagem da vizinha - que é quem está realizando a investigação que seguimos, uma não oficial da policia pois ela tem seu próprio acesso ao oculto, até a trama - tudo é extremamente carregado neste velar secreto da vivência da mulher
Aliás quanto a avó, que seria quem vivia com a falecida: novamente sempre interessante tratamento de idosos em filmes asiaticos, que pontuam o tradicionalismo versus o moderno BEM COMO respeito a própria história e ao nucleo familiar.
A trama aqui seria baseada num crime real, neste caso ocorre um duplo homicídio brutal de um casal e entre os mortos estavam um médico e a neta de uma idosa cega. A amiga de ambos, vizinha de frente da mulher morta e que tem acesso a rotina da família de sua janela, bem como colega de trabalho do morto que era um médico no hospital que ela trabalha como enfermeira, começa a suspeitar que algo está indo errado na investigação - e começa a realizar a sua própria.
As pessoas da região começam inclusive a suspeitar que o fantasma da morta está visitando a família - então existe um clima de lirismo místico em todos os aspectos do filme, em que não sabemos o que é sobrenatural, superstição ou real nos acontecimentos - a montagem é bem das peculiares de Hong Kong daquela época, nos ritmos frenéticos que por vezes vc demora alguns instantes pra entender de onde veio e pra onde vai, o que diferente dos filmes de ação melodramáticos dos Heroic Bloodshed aqui ajuda em muito já que estamos de fato tentando desvendar a ordem dos acontecimentos e suas significâncias hehe.
Esse filme tem sacadas maravilindas de mostrar tanto a vivência feminina como das diversas camadas da população atingidas pelo crime - dos vizinhos assustados vendo fantasma, rotina com comida de hospital até cenas surpreendentemente cruas de autopsia e investigação - algo que fiquei de cara e grata em não sexualizar os corpos, mas tentar mandar uma veracidade nos procedes que cria verdadeiro impacto.
Eu curti este filme muito mais do que pensei que iria ao ponto que o apice de fechamento me fez dar meio que um grunhido de surpresa - e o corte final sendo brusco pra caralho com o eco do choro me deixou ainda de olho estalado hahahha
Foi meio *coisas de lá*, mas extremamente pertinente se pensarmos em como o filme teve a cena de abertura? Belo belo e agora espero conseguir ver mais da diretora e acompanhar o desenvolver da linguagem
A Vampira de Veludo
2.6 10Meu primeiro da Rothman e pra começar só lançar que: ver este filme e não pensar em "Rocky Horror Picture Show" é fisicamente impossível - sendo anterior quero acreditar que de alguma forma isso aqui pode ter contribuído pra O'Brien fazer o dele, isto pq o efeito pra mim assistindo foi de puro suco da maravilha pra algos... E outros que queria pegar pela mão pra criar, dar comida pra crescer forte e sadio hahaaha
Como descrever o impacto da introdução deste filme? Desde reverter o tropo inicial de presa/predador até o FODIDO ESTOURO da trilha sonora com blues emendar a entrada da misteriosa de vermelho na fudida Galeria Stoker? Eu já estava pregadíssima desde ali.
O filme tem um lirismo de tom bem pessoal e penso que a ideia de trazer uma vampira pra um fodido deserto já teria me feito levitar - as cenas do sonhos e no cemitério? Eu só genuinamente gostaria que o filme explorasse mais isto do território, tanto que na cena do trio explorando as cavernas de uma mina pensei que dali desenrolaria pra caçar e perseguir o maridinho tosco do casal por um tanto - infelizmente não foi.
E isto, de "infelizmente não foi" tá ali o tempo inteiro nesta história? Cara eu queria que o filme tivesse explorado muito mais desta dúvida entre realidade/projeção sobre a persona da Diane Le Fanu (hehe) - desde o lore misturar ghouls/vamps seja com a pseudo *doença do sangue*, seja com a história furada do cemitério e o marido - juntamente com o criado fiel ali que fiquei genuinamente tristonha com o destino de descartável hahaha.
[sempre vou focar nos pseudo Renfield de histórias de vamps, pq ao meu ver o D/s sempre teve potencial lindo - e homoerotico - e geral ta cagando no brinquedo das fanfics E NÃO ENTENDO PORQUE]
Tem, claro, muito de Carmilla - principalmente na coisa dos sonhos (que QUERIA MUITO MAIS), mas adorei a Diane ter todo um esquema voyeur montado ali pra observar o casalzinho - BICHO É O FEMALE GAZE CUSPIDO? Pegar pro abraço a coisa desde sempre do predatório gótico/dos vilões olharem nos buraco de olho dos quadros? Só que aqui, claro, a Diane não tem uma contraparte do outro lado - ela tem o poder de observar desta forma INCÓLUME - pq é esta a coisa do olhar feminino que é descartado, certo?
Muito belo que aqui ela tá tentando seduzir um casal cishetero recém unidos em matrimônio - que é tão proto que dói, dois loiros sem sal que atuam tão mal quanto tem pouca personalidade?
E ESSA É UMA COISA QUE CAGA O FILME - no sentido que fiquei me retorcendo pensando em como poderia ser tão tão melhor se tivessem escolhido atores que atuassem além de serem colírio, e o roteiro ajudasse mais nas brincadeiras do *seduzir pro lado negro da força* versus a normatividade monogamica risivel pra década de 70/ e a fidelidade que tanto Diane teria com seu falecido esposo (forçadamente), quanto seu criado para com ela? MANO O POTENCIAL?
MAS AO MESMO TEMPO o casalzinho ser tão ruim, tão tacanho, com falas tão bizarras, e aparência daquele jeito que parecem modelos arianos de projeto de ideal de beleza normativo... Meio que funciona um pouco? Pra mostrar como simbolo o que a vampira estaria *predando* por assim dizer?
Eles se tornam não atraentes de tão bizarramente zuados hahaha - infelizmente nessas meio que poda o potencial do erotismo - principalmente lesbico, que sim gostaria que tivesse mais foco... Temos ali uma emenda de fala sobre prazer feminino, bem como teoricamente esta troca que antes evidenciava o interesse do marido em se envolver sexualmente com a Diane (e conseguir, pra perder o interesse/ficar assustado?), pra então a esposa que parecia avessa a *expandir os horizontes* seja no monogâmico, seja no queer.
Quer dizer, pra começar nunca foi crível que esses dois *se amavam* - o que tem ali um camp em si, vide novamente RHPS por exemplo, mas perde em muito potencial de *sedução* se a personagem da Susan começa a insistir em ficar na casa e a gente não sabe se é só pra se vingar pq viu a traição, ou se tem interesse genuino na vampira...
O final... Novamente eu queria o maridinho pelado todo esfolado com a bunda suja de areia correndo pelo deserto, PORÉM a cena de perseguição da vampira atrás da Susan até toda a *condenação do normie* com as cruzes foi belo sim - bem belo - inclusive o plot twistão da porra de encerramento.
Então é, tá sendo um trabalho dividir o que poderia ter sido da minha cabeça e valorizar o trampo em si - que curti, tem de verdade sacadas maravilindas, só não me fez pulsar pelo resultado final tanto estava ali no inicio ouvindo o fodendo "Evil-Hearted Woman" e assistindo a maravilinda toda de vermelho predar os normie.
Os Enganadores
3.3 3MANOLO DO CÉU ESSE FILME PUT0 QUE ME PARIU DE CÓCORAS
É tão genial?
Tenho absoluta certeza que em muito se deve ao icônico Michael Greer em termos de tom do ~humor~, MAS CARALHO a vontade é de postar em página sobre BL das atualidades e ver as nova geração observando os detalhes de tropos aqui - usados bela e sabiamente - pra fazer paródias de romcoms/comédias cishet MAS MUITO MAIS IMPORTANTE = O comentário social FODEROSO que tem neste filme
EU ACABEI O FILME MAL CARA.
[Eu acabei esse filme querendo fanfics hahahah].
Resumo da história: Dois carinhas cishet (?) não querem ser mandados pra guerra do Vietnã e fingem ser um casal gay pra se livrarem do alistamento. Nessas entram numa espiral de paranoia que o exercito está mandando gente pra observar ambos - e acabam indo MORAR JUNTOS num conjunto de apartamentos que tem outros moradores verdadeiramente gays.
SIM SIM ESTE AQUI É O *OH MY GOD AND THEY WERE ROOMMATES* ORIGINAL + "THERE IS ONLY ONE BED".
PQ SIM. SÓ TEM UMA FODENDO CAMA E ELES DORMEM JUNTOS.
[pra quem não saca: ambos são tropos mais do que gastos pra ficção/estudo de figuras históricas/etc queer, é o auge do gay vs. olhar cishetero E VEJA SÓ: ESTÁ AQUI TAMBÉM]
Que seja: A intro com créditos da película já deixa claro que isso aqui é declaradamente anti guerra do Vietnã - é contracultura na raiz.
Logo em seguida temos toda introdução dos protagonistas da história: Em que eles vão a uma central de alistamento insistindo em serem entrevistas JUNTOS e fazendo todo um teatro sobre terem relacionamento *intimo demais* pra fazerem parte do exercito
- a forma como o desenrolar da entrevista vai criando um paradigma sobre tom de humor com o que seria aceitável ou não num *bom candidato* cishetero versus o que seriam RESPOSTAS REAIS DE HOMENS HOMOSSEXUAIS AOS FORMULARIOS DE CATEGORIZAÇÃO DOS MILITARES COMO ACEITAVEL é que é toda a critica - nada velada - sobre preconceito.
E aí que tá: Esse filme é camp. Vai trazer por vezes fora de tom, vai exarcebar pra criar a veia de humor - mas a vivência gay tá aqui EM PESO.
Desde o começo ali nesta entrevista é palpável que houve consulta de quem é gay e passou por aquilo - tá ali pra causar riso, mas TANTO dos cishet QUANTO das pessoas queer, o que nossa... INTERESSANTE no mínimo.
Trazer a vivência de homens gays em 1969 pra tela e ainda numa comédia seria hipoteticamente pra deixar espectador queer com vários pés atrás - a minha surpresa neste sentido então é como ainda que em tom de humor ESSE FILME É DELICADO PRA CARALHO EM NUANCE.
Bicho eu já vi comédia da década de fodendos 1990 que não tem tom tão interessante quanto isto aqui - NOVAMENTE é EVIDENTE que alguém GAY trouxe seu ponto de vista, existe esse contraponto TODO O MOMENTO.
A gente tem um casal gay campy aqui pra hipoteticamente trazer a veia de humor - eles são *exagerados*, são afeminados, tem decorações extravagantes na casa, etc, etc. MAS SÃO UM CASAL CRÍVEL.
Que causam empatia. QUE EM TEXTO estão juntos faz eras, que tiveram seus altos e baixos - e em 1969, em meio ao *verão do amor* fazem panfletagem ROMCOM de relacionamento monogâmico GAY E ESTÁVEL = QUER DIZER.
Tem *Cruising* em texto aqui, num comentário extremamente pertinente entre vivência cishet & estereotipo do gay EM FODENDOS 1969??? VEJA QUE normatização do queer, da monogamia possível do gay entra numa crítica cisheteronormativa AQUI BABES.
SABE O QUE MAIS TEM AQUI? Bar gay & a *freakarização* de espetaculo do gay pro olhar cishetero. EU JURO
O filme abre criando *a suspeita* se os dois são realmente gays e se você tiver o mínimo de sagacidade vai observar que o que *era motivo de comédia* o tempo inteiro sempre teve a leitura de....... Sim talvez eles realmente sentem algo um pelo outro.
Talvez o filme realmente tava te mostrando o que seria se ELES FOSSEM.
A homofobia internalizada? A família *descobrindo*? Perder o emprego pq homofobia aqui coloca suspeita de pedofilia na mentalidade retrograda? Querer casar e formar família por causa da cisheteronormatividade compulsória? Fazer banca de *comedor* de mina pra esconder atração por outros homens? Pq, você sabe, gays não são só o estereotipo dos afeminados? BABES.
Esse filme é tão gay que DÓI.
MESMO.
É UM DOS HETEROBAIT MAIS PERFEITOS QUE JÁ VI NA MINHA VIDA PRA MANDAR MENSAGEM DE VIVÊNCIA QUEER - E vender um filme sobre romantismo gay.
[bissexualidade existe? é 1969 meu parça]
Cara esse filme faz as proezas de OBJETIFICAR O TEMPO TODO CORPO MASCULINO = O OLHAR DA CÂMERA PRO PERSONAGEM ELLIOT?? Jesusa que avoa o ator não veste 1 camiseta o filme inteiro hahahahhaaha.
SABE O QUE É FODIDO? Que os protagonistas não são simpaticos. Pro olhar queer este filme é um espetaculo eu JURO.
Danny é um filinho de papai que não quer ir morrer na guerra pq quer ir pra faculdade e virar aquele *homem da sociedade* que os pais dele esperam. Elliot é um hedonista que usa sua aparência pra viver confortavelmente, sendo boytoy de mina mais velha ou o que seja.
SÓ ESTE PERSONAGEM eu ficaria 1 hora analisando - sem zueira. O nível da homofobia internalizada? BABES ELE FICA *BRINCANDO DE SER GAY* com outros rapazes saca? SACA?
*respira*
Eu tô sofrendo pra escrever sobre este filme tamanho o impacto na minha mente - pq mano é LINDO. O filme consegue vender a objetificação masculina pq também objetifica minas. O filme consegue vender o pseudo romancezinho cishet - MAS O CASAL NÃO ACABA JUNTO POIS = HOMOFOBIA [E talvez o personagem realmente não é hetero????] MANO. HAHAHAHA.
AMBOS os protagonistas ganham uma camada imensa de profundidade a partir do momento que você entende que: eles sempre foram queer.
O filme fecha sem final feliz, mas num FORTE ABRAÇO da ironia - e sim eu voltei a cena final várias vezes pq o nível da acidez da mensagem, do angst, da ironia? ❤
VEJA, ENTENDA: Eu tô bêbada e AMO como humor pode trampar delicadeza em problematização e esta OBRA DE ARTE AQUI é absoluto auge neste sentido.
Eu tô realmente embasbacada.
CARALHO MEU MANO = The Gay Deceivers pq realmente o filme tá te mandando a mensagem do gay num pacotinho do normie = o bait ❤