Comentei com o meu marido: "Nunca vi tanta gente feia junta num só filme". Ele: "Nem no "Brutti, sporchi e cattivi"?". Eu: Nem aí... Entretanto fui dormir e lembrei-me que afinal o "Gummo" é capaz de ainda superar este filme nesse aspeto...
Que filme mais tosco! Mas não consegui parar de assistir!
A meia estrela dada (que faz as 3 estrelas) é porque assisti no cinema com o meu marido, fenómeno que não acontecia há mais de 6 anos... Em relação ao filme, o ponto forte são as performances. Nem reconheci a Benedetta Porcarolli. Está completamente diferente (Não só por estar morena) da Chiara da série da Netflix "Baby". A proposta do filme é boa (e até inovadora dentro desta temática), mas a execução foi um bocado forçada... Os jump scares (para quem seja fã) são absolutamente previsíveis. Sou bem assustadiça e não pestanejei num único momento de "jump scare". Como mãe, independentemente de todos os traumas que a personagem principal sofreu, tive de fechar os olhos com aquele fim.
Primeiro filme que assisto deste realizador que realmente me cativou! Ano de 1953, e a temática e aqueles diálogos, meu Deus...tão atuais... Sim, a objetificação de atrizes bonitas e sensuais continua em pleno século XXI (embora de modo mais camuflado..). Mas pensemos no que, por exemplo, a Scarlett Johansson teve de fazer para tentar obter papéis sérios, sem a associarem a uma cara bonita e um corpo sexy! Sim, ainda não é um caminho fácil em pleno século XXI. Lucía Bosé oferece-nos uma performance maravilhosa! O que dizer da expressão dela no plano final?! Admira-me como este filme é tão subestimado e outros filmes deste diretor, a meu ver, super tediosos, são considerados obras-primas a não perder! Este sim, é uma obra-prima do neorrealismo italiano!
O argumento não poderia ser mais previsível, mas contrariamente a muita gente, eu achei o casal principal com química. O típico filme de comédia bobo para passar um bocado.
Eu não sei. Este filme teve coisas que gostei e outras que não gostei... O que realmente não gostei : O tom de voz e a expressão extremamente teatral da Leonor Silveira no diálogo do comboio... Depois aquela questão dos euros e tudo o resto: cenários, roupas, serem claramente de tempos antigos bem antes dos euros...Mesmo que me digam que é uma sátira, a mim soou-me non sense e não conseguia deixar de pensar nisso durante todo o filme, após ter sido referida a expressão "euros". Acho que era preciso mais misturas flagrantes entre a atualidade dos tempos e os tempos antigos para dar uma ideia mais coerente de sátira... Gostei da homenagem ao Eça de Queiroz, mas parece que foi ali feita do nada e sem grande enquadramento lógico... As performances de Ricardo Trêpa e Catarina Wallenstein são boas e conseguem motivar o expectador para assistir até ao desfecho (nem que seja para perceber o que vai dar motivo ao título do filme)... Nunca li o conto em que o filme foi baseado, logo fui completamente às escuras para esta película.
Sei lá...Ando tão desatualizada com os prémios de cinema, que nem sabia deste filme estar com uma hype... Carreguei no play simplesmente porque me apareceu nas sugestões e gostei da sinopse. Ok, para quem já assistiu a "Salò" ou a "A sweet movie", pode não achar este filme muito bizarro. Mas entendam que o filme tem momentos bizarros/macabros sim, bem como outros momentos nojentos... E não, não acho que tenham sido ali metidos gratuitamente. Por favor, a personagem principal é um sociopata (O ator foi muito bem escolhido! A própria fisionomia ajudou muito no papel!) Querem normalidade vinda de uma sociopata?! Além da personagem principal, todas as outras personagens têm ali algum desvio mental misturado com muita futilidade (os diálogos da família e dos amigos do Felix são qualquer coisa!)de quem é extremamente rico e disfuncional. Todo e qualquer personagem não cria empatia ao público e isso não é à toa. O filme tem uma ótima fotografia, impressionantes efeitos para dar nojo, excelentes performances sem exceção e tem um guião envolvente, com exceção àquele final meio apressado e a alguns deslizes no último ato (mas creio que a diretora negligenciou isso propositadamente). Não achei de todo o ritmo lento e podia ficar horas a olhar para o ator que interpreta o Felix (serei a única que o acha meio parecido com o Louis Garrel?!)... Gostei mais deste filme do que do outro (o primeiro) desta diretora.
Antes de mais, é de referir que a Louane Emera, que não conhecia, é fantástica! Saber atuar, ter de usar lingua gestual o filme todo como intérprete e cantar muitíssimo bem, não é para qualquer um! A trilha sonora é maravilhosa (as adaptações das músicas de Michel Sardou ficaram lindas!). A relação entre a família, onde a Paula é a única falante, é tocante e gostei muito de terem retratado bem o peso que estava em cima de Paula ao ter de ser constantemente a tradutora entre a família e a restante sociedade falante. Ficaram bem abordadas as barreiras que existem para quem é surdo e como realmente as interpretações das situações são bem diferentes para quem é surdo, se não tiver alguém verbal para lhes explicar os contextos. Como pontos fracos, refiro o final apressado com coisas por esclarecer (que "tentaram esclarecer' com fotografias nos créditos, o que foi uma má idéia), assim como a relação amorosa entre Paula e Gabriel (não houve química entre os dois e o beijo que aconteceu nos bastidores não teve qualquer emoção). Foi muito emocionante ter a perspetiva dos surdos quando estava a decorrer o dueto da Paula e do Gabriel, com o contraste das reações dos ouvintes a ouvirem esse dueto. Imagino a dificuldade que deve ter sido cantar a fazer toda a tradução em língua gestual naquela cena que tanto emociona! Creio que não quero assistir ao "CODA"...
Gostei do contraste entre as duas primas e os dois homens ricos do iate. Gostei da abordagem à admiração obsessiva que uma prima pode ter por outra mais velha, tornando-se submissa e querendo imitar a outra para obter aprovação/admiração. A fotografia do filme é lindíssima. Parece um filme pouco profundo para os menos familiarizados com cinema francês, mas há muitos assuntos importantes aqui abordados: a falsa ilusão de mulher independente, que parece ser dona de si, mas que tira proveito do seu corpo para que homens mais velhos a vão sustentando; a forma descartável como alguns ricos tratam pessoas que consideram abaixo de si; a indecisão de uma adolescente em relação ao seu futuro; o deslumbramento de uma adolescente por outra mais experiente e admirada fisicamente pelos homens; o poder existir relações genuínas de amizade/proteção sem esperar nada em troca (entre a adolescente de 16 anos e o Phillipe), ... .... Parem de comparar a atriz que faz de Sofia à Brigitte Bardot, à Catherine Deneuve (Esta comparação então é hilariante...A Catherine tem uma beleza clássica!)ou à Sophia Loren. Ela é muito plástica para ser comparada a mulheres naturalmente belas! Nem sabia do Nuno Lopes fazer parte do elenco deste filme...Parece que ando a ser naturalmente atraída para este ator, desde o Verão...Bem, ele é lindo e um ótimo ator, apesar do seu personagem aqui ser um sem caráter... Por último, quero mencionar o bom desempenho da protagonista do filme (Mina Farid), que parece que foi o seu primeiro filme. Ela esteve à altura!
Segundo filme que assisti de Fellini. Adorei o "Julieta dos Espíritos". Talvez por ter adorado tanto, tenha resistido algum tempo a ver um outro filme deste diretor (Aquela sensação de que nunca nenhum outro filme de Fellini possa superar "Julieta dos Espíritos, filme a que dei classificação máxima). "La Dolce Vita" sempre foi o filme que me despertou mais curiosidade para ser o segundo a assistir deste diretor, talvez pela imagem impactante da belíssima Anita Ekberg na Fontana di Trevi (Ao assistir ao filme percebi que de facto é uma imagem linda de se ver, mas que afinal a famosa capa do filme nem tem assim tanta importância no filme. Já passo a explicar este meu raciocínio.). Contudo, demorei para encontrar este filme e, uma vez disponível no Amazon Prime, nem hesitei! Na verdade a única personagem que tem destaque o filme todo é a do Marcello Mastroianni, porque, apesar de todas as críticas à superficialidade/vazio da vida dos famosos/elite e à misoginia e hedonismo associados a essa superficialidade/vazio, apesar de todas as criticas ao jornalismo sensacionalista e à falta de ética moral por parte destes profissionais, este filme centra-se (a meu ver) no Marcello. Marcello, um jornalista de mexericos de famosos que ambiciona a ser escritor. Marcello, que não consegue/sabe amar ninguém e busca consecutivamente por prazer. Marcello, que teve uma infância com um pai ausente e ainda anseia por passar um verdadeiro tempo de qualidade com o mesmo. Marcello, que quanto mais acha que é livre, mais sufocado se sente. Um filme de quase 3 horas que não me aborreceu de todo! A fotografia de Fellini é qualquer coisa...Já achei isso em "Julieta dos Espíritos". Adorei ter havido uma aura mística, embora tênue, também em "La Dolce Vita" ( um ponto forte da Julieta 😉). Adorei os cenários, à semelhança do primeiro filme que vi deste diretor. Embora "Julieta dos Espíritos" continue a ser o meu preferido, "La Dolce Vita" é uma obra prima! Já estou ansiosa por assistir brevemente a outro filme de Fellini!
A cena em que Mila Kunis a devorar literalmente fatias de pizza às escondidas do noivo irá permanecer-me na cabeça por muito tempo (ainda continua a dar-me a sensação de náusea)...Essa cena espelha muito o sofrimento emocional/trauma com que a sua personagem estava a lidar, a contenção constante que se via obrigada a fazer face a esse sofrimento, contenção essa que que se deixava escapar por pensamentos violentos, compulsão alimentar versus abstenção alimentar, ataques de impulsividade,...,... Mila Kunis oferece-nos uma representação sublime neste filme. É impossível não sentir um mix de sentimentos desconfortáveis ao longo do filme. Não achei o filme mal construído nem chato. Achei-o sim perturbador e ao mesmo tempo envolvente. Apenas mudava o final, não sei porquê. Achei tudo tão forte no filme, que o final pareceu-me apressado e sem grande impacto...Não sei explicar, mas passou-me essa sensação.
Nunca tinha assistido a este icónico teen movie. Foi fofo assistir a um filme adolescente americano dos velhos tempos (Sim, já passaram quase 20 anos!), com uma banda sonora que contém músicas boas, como tantos outros filmes de anos 80, 90 e inícios de 2000. A Rachel McAdams brilha completamente a fazer de garota malvada. Sou suspeita, porque adoro uns quantos trabalhos da Lindsay Lohan e tenho imensa pena de ela se ter perdido, muito por culpa de sequelas da família disfuncional que tem. Sempre a achei tão bonita! Aliás, sempre a achei das jovens atrizes mais bonitas, e é uma pena ter-se submetido a tantas intervenções estéticas que lhe tiraram a sua maravilhosa beleza natural (o seu cabelo ruivo lindo e as suas sardas eram uma obra de arte!). Agora fiquei nostálgica.
Então, com 8 anos teria escrito um roteiro melhor que o deste filme. Mas depois de ter assistido ao "The wrong Missy" com o casal amigo que é fã do Adam Sandler, este "filme" até soou a filme...
Enquanto adio a visualização do filme "The Exorcist: Believer" com medo de me desiludir muito, ando a ver se encontro documentários que remetam para o original de 1973. Encontrei este e gostei! Também ando à procura do livro, mas parece que está esgotado. Talvez isso seja uma boa coisa...Dizem ser ainda mais perturbador que o filme...
Eu acho que aborda bem a compulsão/vício por sexo (e não só) e todo o sofrimento, dificuldade de autocontrole,...,...inerentes a compulsões. Há ali muito a ler nas entrelinhas deste filme. Mark Rufallo foi feito para este tipo de papéis. Pink foi uma agradável surpresa neste filme também.
Está na moda dizer mal do Woody Allen e cancelar tudo o que vem dele. Eu não amo todos os seus filmes, mas os que gosto admito! Sei separar a obra da pessoa! Se se continuar nesta nova cultura de "cancelamento", prevejo que muitos artistas irão ser boicotados e sim, assusta-me. Divagações à parte, este filme é muito mais que um caso de adultério. Allen faz aqui uma crítica ironicamente ácida à superficialidade da alta sociedade, mais profundamente aos novos ricos que se acham donos do mundo tendo vindo do nada e não tendo aprendido nada com isso a não ser a serem rancorosos, maus, egocêntricos,...,... Camille é o melhor personagem! Arrancou-me umas boas gargalhadas! E também às outras pessoas que estavam na sala de cinema!
Um telefilme do qual tive conhecimento devido a alguém partilhar que ia ler o livro em que este filme foi baseado num grupo de leitura numa rede social. A garota da capa do livro não me era estranha, fui pesquisar e dei de caras com o filme e fiquei surpreendida por essa garota se tratar nada mais nada menos que de Linda Blair, a famosa Regan do clássico de terror "O Exorcista". Tal como no clássico de terror, a Linda Blair tem uma performance irrepreensível neste filme. É incrível o talento que manifestava tão jovem e também o facto de ser escolhida para papéis sempre tão densos...Não sei se por isso ou pelo rótulo de ser a miúda de "O Exorcista", Linda não teve o merecido reconhecimento, inclusive neste telefilme que passou bem no anonimato. É um filme duro e bem realista! Nota-se bem que é um telefilme e deu-me alguma pena disso, pois acho que com uma melhor produção poderia ter sido mais reconhecido e ainda melhor explorado, ou pelo menos com um final não tão apressado e mesmo tipicamente ao estilo televisivo.
Ainda estou a digerir...Que cena final foi aquela? Bem, mais um filme em que me volto a sentir uma mulher bem normal quando comparado com a protagonista. Realmente, como alguém falou Ema conduziu todos na sua dança. É ela que controla e manipula tudo durante todo o filme! A fotografia é maravilhosa e as atuações, especialmente da atriz principal, também o são. Que gosto ver o Gael! Não o via já há um tempo! Gosto do choque de gerações que o filme traz, bem explícito no diálogo entre Gaston e Ema e as amigas. Um filme de que não consegui tirar os olhos! Bizarro, mas magnético!
Um filme que me causou tensão durante toda a visualização. Houve partes que me custaram ver e em que hiperventilei, pois sou mãe... O James Franco foi feito para fazer papéis de louco!
Pelo Nuno Lopes até assistia a um filme de porcaria, o que não é o caso. Um filme que aborda a depressão advinda do luto, aquilo que ficou por esclarecer entre a mãe e a filha, conflitos internos, expetativas/frustações, e, mesmo que estrelinhas, a situação de habitação que se vive em tempos atuais no centro de Lisboa (agentes imobiliários a "expulsar" moradores que viveram uma vida inteira em determinados bairros característicos para venderem as suas casas a um preço elevado a estrangeiros de países desenvolvidos). Em suma, um filme com diversas questões importantes.
O sósia do meu marido a provar o que não sabe só ser bom ator! Fiquei triste quando não fiquei muito convencida com a sua estreia na realização, mas talvez tenha a ver com o tema do filme ou não ter estado no mood para o ver. O que é certo é que este filme às vezes ainda me vem à mente, o que significa que havia algo que me marcou nele. Quanto a "L' inocent", gostei de tudo! Desde a história nada convencional, bem francesa, até às atuações, à construção de relacionamentos, aos planos de filmagem que me lembraram um pouco o estilo de Tarantino, ...,... Garrel, és maravilhoso! Apoio-te incondicionalmente, até naquele filme em que contracenas com Isabelle Huppert e que eu não consegui terminar (Les Fausses Confidences), mas nunca por sua causa, nem por Isabelle Huppert, obviamente, mas por ser uma história chata com uma direção incompetente , ao contrário das tuas direções ;)...
(Quase) Terceiro filme que assisti com minha filhota, isto porque faltavam 10 minutos para o final tive que parar, pois a garota estava a chatear-me desde a segunda metade do filme porque afinal queria assistir "Noddy" (pela milésima vez...) Eu me diverti muito mais assistindo esse filme do que minha garotinha... Eu tive que terminar de ver depois sozinha...
Clube da Luta Para Meninas
3.4 227 Assista AgoraComeça com potencial e percebe-se o tom carregado de sátira, mas depois começa a perder-se, especialmente no último ato, e fica só tolo...
A Fúria do Justiceiro
3.3 29Comentei com o meu marido: "Nunca vi tanta gente feia junta num só filme".
Ele: "Nem no "Brutti, sporchi e cattivi"?".
Eu: Nem aí...
Entretanto fui dormir e lembrei-me que afinal o "Gummo" é capaz de ainda superar este filme nesse aspeto...
Que filme mais tosco! Mas não consegui parar de assistir!
Imaculada
3.1 148A meia estrela dada (que faz as 3 estrelas) é porque assisti no cinema com o meu marido, fenómeno que não acontecia há mais de 6 anos...
Em relação ao filme, o ponto forte são as performances. Nem reconheci a Benedetta Porcarolli. Está completamente diferente (Não só por estar morena) da Chiara da série da Netflix "Baby".
A proposta do filme é boa (e até inovadora dentro desta temática), mas a execução foi um bocado forçada...
Os jump scares (para quem seja fã) são absolutamente previsíveis. Sou bem assustadiça e não pestanejei num único momento de "jump scare".
Como mãe, independentemente de todos os traumas que a personagem principal sofreu, tive de fechar os olhos com aquele fim.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraAgradável surpresa!
Um bom exemplo de que nunca é tarde para se sair do modo piloto automático...
A Dama Sem Camélias
3.6 8 Assista AgoraPrimeiro filme que assisto deste realizador que realmente me cativou!
Ano de 1953, e a temática e aqueles diálogos, meu Deus...tão atuais...
Sim, a objetificação de atrizes bonitas e sensuais continua em pleno século XXI (embora de modo mais camuflado..). Mas pensemos no que, por exemplo, a Scarlett Johansson teve de fazer para tentar obter papéis sérios, sem a associarem a uma cara bonita e um corpo sexy! Sim, ainda não é um caminho fácil em pleno século XXI.
Lucía Bosé oferece-nos uma performance maravilhosa! O que dizer da expressão dela no plano final?!
Admira-me como este filme é tão subestimado e outros filmes deste diretor, a meu ver, super tediosos, são considerados obras-primas a não perder! Este sim, é uma obra-prima do neorrealismo italiano!
Amigos, Amigos, Mulheres à Parte
3.0 288O argumento não poderia ser mais previsível, mas contrariamente a muita gente, eu achei o casal principal com química.
O típico filme de comédia bobo para passar um bocado.
Singularidades de Uma Rapariga Loura
3.2 38Eu não sei.
Este filme teve coisas que gostei e outras que não gostei...
O que realmente não gostei : O tom de voz e a expressão extremamente teatral da Leonor Silveira no diálogo do comboio...
Depois aquela questão dos euros e tudo o resto: cenários, roupas, serem claramente de tempos antigos bem antes dos euros...Mesmo que me digam que é uma sátira, a mim soou-me non sense e não conseguia deixar de pensar nisso durante todo o filme, após ter sido referida a expressão "euros". Acho que era preciso mais misturas flagrantes entre a atualidade dos tempos e os tempos antigos para dar uma ideia mais coerente de sátira...
Gostei da homenagem ao Eça de Queiroz, mas parece que foi ali feita do nada e sem grande enquadramento lógico...
As performances de Ricardo Trêpa e Catarina Wallenstein são boas e conseguem motivar o expectador para assistir até ao desfecho (nem que seja para perceber o que vai dar motivo ao título do filme)...
Nunca li o conto em que o filme foi baseado, logo fui completamente às escuras para esta película.
Saltburn
3.5 848Sei lá...Ando tão desatualizada com os prémios de cinema, que nem sabia deste filme estar com uma hype...
Carreguei no play simplesmente porque me apareceu nas sugestões e gostei da sinopse.
Ok, para quem já assistiu a "Salò" ou a "A sweet movie", pode não achar este filme muito bizarro. Mas entendam que o filme tem momentos bizarros/macabros sim, bem como outros momentos nojentos... E não, não acho que tenham sido ali metidos gratuitamente. Por favor, a personagem principal é um sociopata (O ator foi muito bem escolhido! A própria fisionomia ajudou muito no papel!) Querem normalidade vinda de uma sociopata?!
Além da personagem principal, todas as outras personagens têm ali algum desvio mental misturado com muita futilidade (os diálogos da família e dos amigos do Felix são qualquer coisa!)de quem é extremamente rico e disfuncional.
Todo e qualquer personagem não cria empatia ao público e isso não é à toa.
O filme tem uma ótima fotografia, impressionantes efeitos para dar nojo, excelentes performances sem exceção e tem um guião envolvente, com exceção àquele final meio apressado e a alguns deslizes no último ato (mas creio que a diretora negligenciou isso propositadamente).
Não achei de todo o ritmo lento e podia ficar horas a olhar para o ator que interpreta o Felix (serei a única que o acha meio parecido com o Louis Garrel?!)...
Gostei mais deste filme do que do outro (o primeiro) desta diretora.
A Família Bélier
4.2 437Antes de mais, é de referir que a Louane Emera, que não conhecia, é fantástica! Saber atuar, ter de usar lingua gestual o filme todo como intérprete e cantar muitíssimo bem, não é para qualquer um!
A trilha sonora é maravilhosa (as adaptações das músicas de Michel Sardou ficaram lindas!).
A relação entre a família, onde a Paula é a única falante, é tocante e gostei muito de terem retratado bem o peso que estava em cima de Paula ao ter de ser constantemente a tradutora entre a família e a restante sociedade falante. Ficaram bem abordadas as barreiras que existem para quem é surdo e como realmente as interpretações das situações são bem diferentes para quem é surdo, se não tiver alguém verbal para lhes explicar os contextos.
Como pontos fracos, refiro o final apressado com coisas por esclarecer (que "tentaram esclarecer' com fotografias nos créditos, o que foi uma má idéia), assim como a relação amorosa entre Paula e Gabriel (não houve química entre os dois e o beijo que aconteceu nos bastidores não teve qualquer emoção).
Foi muito emocionante ter a perspetiva dos surdos quando estava a decorrer o dueto da Paula e do Gabriel, com o contraste das reações dos ouvintes a ouvirem esse dueto.
Imagino a dificuldade que deve ter sido cantar a fazer toda a tradução em língua gestual naquela cena que tanto emociona!
Creio que não quero assistir ao "CODA"...
A Prima Sofia
2.6 84 Assista AgoraGostei do contraste entre as duas primas e os dois homens ricos do iate.
Gostei da abordagem à admiração obsessiva que uma prima pode ter por outra mais velha, tornando-se submissa e querendo imitar a outra para obter aprovação/admiração.
A fotografia do filme é lindíssima.
Parece um filme pouco profundo para os menos familiarizados com cinema francês, mas há muitos assuntos importantes aqui abordados: a falsa ilusão de mulher independente, que parece ser dona de si, mas que tira proveito do seu corpo para que homens mais velhos a vão sustentando; a forma descartável como alguns ricos tratam pessoas que consideram abaixo de si; a indecisão de uma adolescente em relação ao seu futuro; o deslumbramento de uma adolescente por outra mais experiente e admirada fisicamente pelos homens; o poder existir relações genuínas de amizade/proteção sem esperar nada em troca (entre a adolescente de 16 anos e o Phillipe), ... ....
Parem de comparar a atriz que faz de Sofia à Brigitte Bardot, à Catherine Deneuve (Esta comparação então é hilariante...A Catherine tem uma beleza clássica!)ou à Sophia Loren. Ela é muito plástica para ser comparada a mulheres naturalmente belas!
Nem sabia do Nuno Lopes fazer parte do elenco deste filme...Parece que ando a ser naturalmente atraída para este ator, desde o Verão...Bem, ele é lindo e um ótimo ator, apesar do seu personagem aqui ser um sem caráter...
Por último, quero mencionar o bom desempenho da protagonista do filme (Mina Farid), que parece que foi o seu primeiro filme. Ela esteve à altura!
Le rempart des Béguines
1.6 3Credo, a Hélène precisava urgentemente de terapia e a Tamara de ser internada na ala psiquiátrica...
A Doce Vida
4.2 316 Assista AgoraSegundo filme que assisti de Fellini.
Adorei o "Julieta dos Espíritos". Talvez por ter adorado tanto, tenha resistido algum tempo a ver um outro filme deste diretor (Aquela sensação de que nunca nenhum outro filme de Fellini possa superar "Julieta dos Espíritos, filme a que dei classificação máxima).
"La Dolce Vita" sempre foi o filme que me despertou mais curiosidade para ser o segundo a assistir deste diretor, talvez pela imagem impactante da belíssima Anita Ekberg na Fontana di Trevi (Ao assistir ao filme percebi que de facto é uma imagem linda de se ver, mas que afinal a famosa capa do filme nem tem assim tanta importância no filme. Já passo a explicar este meu raciocínio.). Contudo, demorei para encontrar este filme e, uma vez disponível no Amazon Prime, nem hesitei!
Na verdade a única personagem que tem destaque o filme todo é a do Marcello Mastroianni, porque, apesar de todas as críticas à superficialidade/vazio da vida dos famosos/elite e à misoginia e hedonismo associados a essa superficialidade/vazio, apesar de todas as criticas ao jornalismo sensacionalista e à falta de ética moral por parte destes profissionais, este filme centra-se (a meu ver) no Marcello. Marcello, um jornalista de mexericos de famosos que ambiciona a ser escritor. Marcello, que não consegue/sabe amar ninguém e busca consecutivamente por prazer. Marcello, que teve uma infância com um pai ausente e ainda anseia por passar um verdadeiro tempo de qualidade com o mesmo. Marcello, que quanto mais acha que é livre, mais sufocado se sente.
Um filme de quase 3 horas que não me aborreceu de todo!
A fotografia de Fellini é qualquer coisa...Já achei isso em "Julieta dos Espíritos".
Adorei ter havido uma aura mística, embora tênue, também em "La Dolce Vita" ( um ponto forte da Julieta 😉).
Adorei os cenários, à semelhança do primeiro filme que vi deste diretor.
Embora "Julieta dos Espíritos" continue a ser o meu preferido, "La Dolce Vita" é uma obra prima!
Já estou ansiosa por assistir brevemente a outro filme de Fellini!
Uma Garota de Muita Sorte
3.5 300 Assista AgoraA cena em que Mila Kunis a devorar literalmente fatias de pizza às escondidas do noivo irá permanecer-me na cabeça por muito tempo (ainda continua a dar-me a sensação de náusea)...Essa cena espelha muito o sofrimento emocional/trauma com que a sua personagem estava a lidar, a contenção constante que se via obrigada a fazer face a esse sofrimento, contenção essa que que se deixava escapar por pensamentos violentos, compulsão alimentar versus abstenção alimentar, ataques de impulsividade,...,...
Mila Kunis oferece-nos uma representação sublime neste filme.
É impossível não sentir um mix de sentimentos desconfortáveis ao longo do filme.
Não achei o filme mal construído nem chato. Achei-o sim perturbador e ao mesmo tempo envolvente. Apenas mudava o final, não sei porquê. Achei tudo tão forte no filme, que o final pareceu-me apressado e sem grande impacto...Não sei explicar, mas passou-me essa sensação.
Meninas Malvadas
3.7 2,1K Assista AgoraNunca tinha assistido a este icónico teen movie.
Foi fofo assistir a um filme adolescente americano dos velhos tempos (Sim, já passaram quase 20 anos!), com uma banda sonora que contém músicas boas, como tantos outros filmes de anos 80, 90 e inícios de 2000.
A Rachel McAdams brilha completamente a fazer de garota malvada.
Sou suspeita, porque adoro uns quantos trabalhos da Lindsay Lohan e tenho imensa pena de ela se ter perdido, muito por culpa de sequelas da família disfuncional que tem. Sempre a achei tão bonita! Aliás, sempre a achei das jovens atrizes mais bonitas, e é uma pena ter-se submetido a tantas intervenções estéticas que lhe tiraram a sua maravilhosa beleza natural (o seu cabelo ruivo lindo e as suas sardas eram uma obra de arte!).
Agora fiquei nostálgica.
O Melhor. Natal. de Todos!
2.3 41 Assista AgoraEntão, com 8 anos teria escrito um roteiro melhor que o deste filme.
Mas depois de ter assistido ao "The wrong Missy" com o casal amigo que é fã do Adam Sandler, este "filme" até soou a filme...
The Fear of God: 25 Years of The Exorcist
4.0 5Enquanto adio a visualização do filme "The Exorcist: Believer" com medo de me desiludir muito, ando a ver se encontro documentários que remetam para o original de 1973. Encontrei este e gostei! Também ando à procura do livro, mas parece que está esgotado. Talvez isso seja uma boa coisa...Dizem ser ainda mais perturbador que o filme...
Terapia do Sexo
3.1 238 Assista AgoraEu acho que aborda bem a compulsão/vício por sexo (e não só) e todo o sofrimento, dificuldade de autocontrole,...,...inerentes a compulsões.
Há ali muito a ler nas entrelinhas deste filme.
Mark Rufallo foi feito para este tipo de papéis.
Pink foi uma agradável surpresa neste filme também.
Golpe de Sorte
3.3 12Está na moda dizer mal do Woody Allen e cancelar tudo o que vem dele.
Eu não amo todos os seus filmes, mas os que gosto admito! Sei separar a obra da pessoa! Se se continuar nesta nova cultura de "cancelamento", prevejo que muitos artistas irão ser boicotados e sim, assusta-me.
Divagações à parte, este filme é muito mais que um caso de adultério. Allen faz aqui uma crítica ironicamente ácida à superficialidade da alta sociedade, mais profundamente aos novos ricos que se acham donos do mundo tendo vindo do nada e não tendo aprendido nada com isso a não ser a serem rancorosos, maus, egocêntricos,...,...
Camille é o melhor personagem! Arrancou-me umas boas gargalhadas! E também às outras pessoas que estavam na sala de cinema!
A Garota Viciada
3.1 11Um telefilme do qual tive conhecimento devido a alguém partilhar que ia ler o livro em que este filme foi baseado num grupo de leitura numa rede social.
A garota da capa do livro não me era estranha, fui pesquisar e dei de caras com o filme e fiquei surpreendida por essa garota se tratar nada mais nada menos que de Linda Blair, a famosa Regan do clássico de terror "O Exorcista".
Tal como no clássico de terror, a Linda Blair tem uma performance irrepreensível neste filme. É incrível o talento que manifestava tão jovem e também o facto de ser escolhida para papéis sempre tão densos...Não sei se por isso ou pelo rótulo de ser a miúda de "O Exorcista", Linda não teve o merecido reconhecimento, inclusive neste telefilme que passou bem no anonimato.
É um filme duro e bem realista! Nota-se bem que é um telefilme e deu-me alguma pena disso, pois acho que com uma melhor produção poderia ter sido mais reconhecido e ainda melhor explorado, ou pelo menos com um final não tão apressado e mesmo tipicamente ao estilo televisivo.
Ema
3.5 80 Assista AgoraAinda estou a digerir...Que cena final foi aquela?
Bem, mais um filme em que me volto a sentir uma mulher bem normal quando comparado com a protagonista.
Realmente, como alguém falou Ema conduziu todos na sua dança. É ela que controla e manipula tudo durante todo o filme!
A fotografia é maravilhosa e as atuações, especialmente da atriz principal, também o são.
Que gosto ver o Gael! Não o via já há um tempo!
Gosto do choque de gerações que o filme traz, bem explícito no diálogo entre Gaston e Ema e as amigas.
Um filme de que não consegui tirar os olhos! Bizarro, mas magnético!
A História Verdadeira
3.2 263 Assista AgoraUm filme que me causou tensão durante toda a visualização.
Houve partes que me custaram ver e em que hiperventilei, pois sou mãe...
O James Franco foi feito para fazer papéis de louco!
Todo Mundo Ama Jeanne
3.4 2Pelo Nuno Lopes até assistia a um filme de porcaria, o que não é o caso.
Um filme que aborda a depressão advinda do luto, aquilo que ficou por esclarecer entre a mãe e a filha, conflitos internos, expetativas/frustações, e, mesmo que estrelinhas, a situação de habitação que se vive em tempos atuais no centro de Lisboa (agentes imobiliários a "expulsar" moradores que viveram uma vida inteira em determinados bairros característicos para venderem as suas casas a um preço elevado a estrangeiros de países desenvolvidos).
Em suma, um filme com diversas questões importantes.
O Inocente
3.3 6O sósia do meu marido a provar o que não sabe só ser bom ator!
Fiquei triste quando não fiquei muito convencida com a sua estreia na realização, mas talvez tenha a ver com o tema do filme ou não ter estado no mood para o ver. O que é certo é que este filme às vezes ainda me vem à mente, o que significa que havia algo que me marcou nele.
Quanto a "L' inocent", gostei de tudo! Desde a história nada convencional, bem francesa, até às atuações, à construção de relacionamentos, aos planos de filmagem que me lembraram um pouco o estilo de Tarantino, ...,...
Garrel, és maravilhoso! Apoio-te incondicionalmente, até naquele filme em que contracenas com Isabelle Huppert e que eu não consegui terminar (Les Fausses Confidences), mas nunca por sua causa, nem por Isabelle Huppert, obviamente, mas por ser uma história chata com uma direção incompetente , ao contrário das tuas direções ;)...
Madagascar
3.7 919 Assista Agora(Quase) Terceiro filme que assisti com minha filhota, isto porque faltavam 10 minutos para o final tive que parar, pois a garota estava a chatear-me desde a segunda metade do filme porque afinal queria assistir "Noddy" (pela milésima vez...)
Eu me diverti muito mais assistindo esse filme do que minha garotinha...
Eu tive que terminar de ver depois sozinha...