Tem seus problemas. Longo demais e o roteiro é um pouco pobre, com coincidências convenientes demais. O enredo não é orgânico, fica claro que cada cena está ali com um único propósito e não parece uma história fluida.
Mas fora isso, é bem legal e traz uma crítica bem pertinente. O plano do clímax é muito bem dirigido.
Minhas experiências com os filmes do Roy Anderson são sempre parecidas. Até o meio fico pensando: "gente, que baboseira é essa?" mas no fim acabo impactado.
Com seu estilo único, Roy se propôs analisar o ser humano como indivíduo, as relações interpessoais e a sociedade na trilogia que precede este filme.
Aqui, seu foco é outro. Na minha compreensão, este filme reflete sobre a relação cíclica do desejo e da perda, um como fim inevitável do outro, e ambos sentimentos que acompanham o ser humano durante sua existência. É em volta desses dois temas que a maioria das histórias giram. Desde desejos megalomaníacos, até o mais banal. Desde a perda de um filho, até a perda de um sapato (como menciona outro comentário aqui).
E também não é a toa que o filme alterna entre presente, passado e trechos de temporalidade indefinida, uma vez que a perda e o desejo são assim atemporais. São infinitos, nunca acabam, somente se transformam - ou como diz o título, são intermináveis.
Esse filme veio pra comprovar minha opinião sobre a diretora, já que tive a mesma sensação com Certain Woman, de que ela gasta tempo demais pra falar muito pouca coisa.
A ideia de sustentar um filme de 100min que se passa num jantar me é fascinante. Fui com muito entusiasmo assistir ao filme, adoro obras do tipo, mas saí extremamente decepcionado.
É basicamente 50min de uma personagem contando histórias insuportáveis da sua viagem seguidos de 1h de filosofia barata de boteco. E o pior é que os diálogos têm o mesmo vício que o Linklater tem: enfiar um "I mean" ou "you know" no meio de cada sentença pra fazer com que diálogos soem mais realistas apesar de não o serem.
Não é dos piores filmes do Allen não. O começo é a amálgama de todas as baboseiras que o diretor sempre faz, mas fortuitamente ele desconstrói várias delas durante o filme, quase como se estivesse reconhecendo a chatisse pseudo-niilista espalhada ao decorrer de sua carreira e entendendo que sua visão está longe de ser tão objetiva quanto sempre imaginou.
Mas o tampouco o resto do filme passa incólume. Apesar desse mérito, a conclusão é corrida e apressada; algo que tem sido corrente nessa fase do diretor.
Nunca imaginei que um filme me faria torcer TANTO pela família Manson. Por mim, podiam ter trucidado aqueles pitboys otarios e seria pouco ainda. Há muitos anos um filme não me fazia ter tanto desprezo pelos protagonistas.
Sem falar do desenvolvimento do roteiro, que não justifica nem sequer 30min de duração, quando mais quase 3h
e joga tempo fora com a personagem da Tate SOMENTE pra fazer mais um revisionismo histórico no final como tentativa pífia de plot twist (recurso que já está batido desde bastardos inglodios e Django Livre).
Se for pra fazer mais filmes como esse, o Tarantino não precisa nem fazer o décimo, podia parar por aqui mesmo. Não satisfeito em copiar melhores diretores do que ele, agora está se repetindo exaustivamente e se tornando cada vez mais formulaico.
Swiss Army Man é um filme de arte, arte pura e em seu melhor estado. Esse é só um filme com um twistzinho levemente chocante. É o filme que você esperaria de um daqueles caras de 30 anos que não conseguiu sair da adolescência ainda.
Fica a dúvida agora se o talento estava inteiramente nas mãos do Daniel Kwan ou se foi apenas um golpe de sorte.
Dentre os bons filmes de máfia, esse se perde. É bem feito em todos os sentidos e excepcional na montagem e na atuação do Pacino. Mas as 3h30 de filme são realmente perceptíveis e manter a atenção se torna uma tortura a certo ponto da narrativa.
Não me entendam mal, não digo que é ruim, só não se destaca dentro do gênero.
Se querem ver um filme de máfia realmente bom e recente, vejam Pássaros de Verão.
Planos lindos que mascaram um enredo tosco que se resume a 1 hora final de gente correndo atrás de gente na floresta. Não há intriga (no sentido técnico da palavra), não há desenvolvimento de personagens além de que cada é mal ou bom em níveis diferentes.
É super interessante a proposta do diretor em mostrar a estranheza no olhar dos palestinos quando entram em contato com a nossa cultura, invertendo uma relação que sempre os vê como estrangeiros, estranhos, quase com um fascínio perante o bizarro. E desconstrói tudo isso mostrando a normalidade que também existe na vida dessa população. As críticas quanto ao sistema do cinema ocidental também são o ponto alto do filme (no caso, as duas cenas em que isso é mais latente).
Entretanto, a execução literalmente não podia ser pior. Cada gag conseguia ser mais vergonhosa do que a outra, o nível de vergonha alheia sentida durante o filme chega a ser torturante, ao ponto de que eu precisava fechar os olhos e não ver a cena para não abandonar a sessão. É como se ele quisesse imitar o Jaques Tati mas retirasse absolutamente tudo que faz do Tati um diretor excepcional. É uma execução tão horrorosa que Cada um tem a gêmea que merece, do Adam Sandler, consegue ser mais engraçado que esse aqui.
Basicamente, tudo o que presta no filme são ideias que poderiam estar numa sequência de tweets, e inclusive eu seguiria o diretor no Twitter sem pensar duas vezes, mas nunca mais veria outro de seus filmes.
Um filme de herói pode quase tudo, pode ser desconexo, absurdo e até ridículo, mas não pode nunca ser entediante. Não há justificativa para um filme de herói, com todo o investimento que tem, ser entediante. É o único erro imperdoável.
E Fênix Negra o comete. Durante a maior parte do tempo não há conflito, não há real sensação de perigo, não há nada. Eles até tentam enfiar um vilão goela abaixo, mas não rola, é fraco, fraquíssimo.
O clímax consegue ser minimamente engajante, mas no fim das contas é um péssimo final pros meus heróis favoritos.
Eu nem sequer gosto de filmes de heróis, então já jogo meus parâmetros lá embaixo pra julgar, mas esse não dá pra defender nem com o maior esforço do mundo.
É um filme muito bom, mas não há motivos para o alvoroço todo que estão fazendo. É um entre os vários festival-baits que usam miséria e crianças em histórias manipulativas.
Senti também que metade do filme não serviu de nada, todo o plot da mulher da Etiopia e seu filho poderia ser trocado por qualquer coisa que o fizesse ficar uns meses longe de casa. Apesar disso, as falas do Zaim na corte e a visão dele sobre sua família destacam o filme de outros tematicamente semelhantes.
Há méritos, com certeza, e as atuações são os maiores. No resto, é um filme bem competente, vale a pena ver, mas nada tão excepcional.
É interessante pelo estudo da personalidade de alguém que tem o desejo de realizar tais feitos, mas é um documentário um tanto vazio e que não se sobressai nem tematicamente nem tecnicamente (no máximo consegue captar imagens bonitas).
Um filme que bate na mesma tecla durante 1h40 e vai ser completamente esquecivel. O documentário do ano permanece sendo Won't you be my neighbor e o melhor dentre os indicados ainda é Minding the Gap.
Me dói muito, como hater, dizer isso, mas esse filme é bom. Os 40 primeiros minutos são recheados de bastante enrolação, mas ao mesmo tempo ele traz elementos que vão ajudar a construir a narrativa e os personagens, então não se pode dizer que a primeira parte é de todo perdida. Também senti que o final poderia ter acabado mais cedo, não havia necessidade pra fechar tanto as pontas.
Contudo, o que mais me conquistou nesse filme foi que o Noé pela primeira vez conseguiu entregar o que ele se propos a fazer: não um filme, mas uma experiencia.
Os méritos do monsieur Tati são inegáveis. A maneira como ele pinta caricaturas dos tipos e das classes da sociedade francesa usando nada mais que gestos e sons, o trabalho de som em geral, as runnings gags das luzes dos quartos ou das pegadas no salão do hotel (gags estas que são meu tipo preferido de piadas, magistralmente aprimoradas em Arrested Development, por exemplo) e o trabalho de coreografia perfeitamente sincronizado, como o balde de tinta no mar, o cavalo e etc. É impressionante.
Mas a falta de narrativa deixa a experiencia bem entediante.
Na minha percepção, o filme aborda o caminho percorrido para se descobrir a homossexualidade/bissexualidade e a diretora utiliza de vários elementos para refletir essa jornada.
Na solidão, ela explora o próprio corpo e come o que há de mais básico para a sobrevivência: glicose. Com o caminhoneiro, ela explora o corpo do outro, mas se vê imparticipativa e calada numa relação unilateral; com ele, calada, ela come um lanche de bar. Com a amiga, ela é servida, come e participa ativamente de uma conversa e, finalmente, do ato sexual.
A edição é bastante confusa e bagunçada na primeira metade do filme. A retratação de um viciado não é lá muito convincente e parece que o roteirista só escreveu aquilo que ele ouviu falar que os viciados fazem e o que viu nos filmes. Se o filme tratasse quase que exclusivamente do pai, teria uma abordagem muito melhor.
A atuação do Chalamet tá incrível e a do Carell ótima. Vale mais pelas atuações mesmo. Quem quiser ver uma retratação perfeita de viciados, assista Heaven Knows What.
Brega, óbvio e vergonhoso. Segue à risca a velha fórmula sem se desviar um milímetro sequer, ao ponto em que TODAS as cenas podem ser previstas: juro, TO-DAS as cenas são previsíveis.
É o filme menos original, inspirado e mais brega que vi esse ano (e nem to entrando nas problemáticas raciais, que são muitas e só me fazem pensar na insensibilidade e descolamento da realidade de quem considera esse filme um "marco do cinema negro").
Maya é a artista que todos os artistas deveriam ser. É bizarro e revoltante como os americanos adoraram apontar a hipocrisia dela ter dinheiro (que ainda não é nada comparado às grandes cantoras americanas) e lutar pelo povo Tamil, mas aplaudem como a coisa mais linda já feita na terra a militancia capitalista e oportunista da bilionária Beyoncé.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraTem seus problemas. Longo demais e o roteiro é um pouco pobre, com coincidências convenientes demais. O enredo não é orgânico, fica claro que cada cena está ali com um único propósito e não parece uma história fluida.
Mas fora isso, é bem legal e traz uma crítica bem pertinente. O plano do clímax é muito bem dirigido.
Sobre a Eternidade
3.6 22Minhas experiências com os filmes do Roy Anderson são sempre parecidas. Até o meio fico pensando: "gente, que baboseira é essa?" mas no fim acabo impactado.
Com seu estilo único, Roy se propôs analisar o ser humano como indivíduo, as relações interpessoais e a sociedade na trilogia que precede este filme.
Aqui, seu foco é outro. Na minha compreensão, este filme reflete sobre a relação cíclica do desejo e da perda, um como fim inevitável do outro, e ambos sentimentos que acompanham o ser humano durante sua existência. É em volta desses dois temas que a maioria das histórias giram. Desde desejos megalomaníacos, até o mais banal. Desde a perda de um filho, até a perda de um sapato (como menciona outro comentário aqui).
E também não é a toa que o filme alterna entre presente, passado e trechos de temporalidade indefinida, uma vez que a perda e o desejo são assim atemporais. São infinitos, nunca acabam, somente se transformam - ou como diz o título, são intermináveis.
First Cow: A Primeira Vaca da América
3.8 131 Assista AgoraEsse filme veio pra comprovar minha opinião sobre a diretora, já que tive a mesma sensação com Certain Woman, de que ela gasta tempo demais pra falar muito pouca coisa.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraO filme é muito bem escrito, exceto nas cenas com o investigador. São horríveis.
Mas em geral, é um ótimo filme, ótimo trabalho de direção, ótima fotografia e trabalho de som.
Esbanja qualidade.
Meu Jantar com André
4.1 78A ideia de sustentar um filme de 100min que se passa num jantar me é fascinante. Fui com muito entusiasmo assistir ao filme, adoro obras do tipo, mas saí extremamente decepcionado.
É basicamente 50min de uma personagem contando histórias insuportáveis da sua viagem seguidos de 1h de filosofia barata de boteco. E o pior é que os diálogos têm o mesmo vício que o Linklater tem: enfiar um "I mean" ou "you know" no meio de cada sentença pra fazer com que diálogos soem mais realistas apesar de não o serem.
Tudo Pode Dar Certo
4.0 1,1KNão é dos piores filmes do Allen não. O começo é a amálgama de todas as baboseiras que o diretor sempre faz, mas fortuitamente ele desconstrói várias delas durante o filme, quase como se estivesse reconhecendo a chatisse pseudo-niilista espalhada ao decorrer de sua carreira e entendendo que sua visão está longe de ser tão objetiva quanto sempre imaginou.
Mas o tampouco o resto do filme passa incólume. Apesar desse mérito, a conclusão é corrida e apressada; algo que tem sido corrente nessa fase do diretor.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNunca imaginei que um filme me faria torcer TANTO pela família Manson. Por mim, podiam ter trucidado aqueles pitboys otarios e seria pouco ainda. Há muitos anos um filme não me fazia ter tanto desprezo pelos protagonistas.
Sem falar do desenvolvimento do roteiro, que não justifica nem sequer 30min de duração, quando mais quase 3h
e joga tempo fora com a personagem da Tate SOMENTE pra fazer mais um revisionismo histórico no final como tentativa pífia de plot twist (recurso que já está batido desde bastardos inglodios e Django Livre).
Se for pra fazer mais filmes como esse, o Tarantino não precisa nem fazer o décimo, podia parar por aqui mesmo. Não satisfeito em copiar melhores diretores do que ele, agora está se repetindo exaustivamente e se tornando cada vez mais formulaico.
A Morte de Dick Long
3.2 18Swiss Army Man é um filme de arte, arte pura e em seu melhor estado. Esse é só um filme com um twistzinho levemente chocante. É o filme que você esperaria de um daqueles caras de 30 anos que não conseguiu sair da adolescência ainda.
Fica a dúvida agora se o talento estava inteiramente nas mãos do Daniel Kwan ou se foi apenas um golpe de sorte.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraDentre os bons filmes de máfia, esse se perde. É bem feito em todos os sentidos e excepcional na montagem e na atuação do Pacino. Mas as 3h30 de filme são realmente perceptíveis e manter a atenção se torna uma tortura a certo ponto da narrativa.
Não me entendam mal, não digo que é ruim, só não se destaca dentro do gênero.
Se querem ver um filme de máfia realmente bom e recente, vejam Pássaros de Verão.
Monos: Entre o Céu e o Inferno
3.3 39 Assista AgoraPlanos lindos que mascaram um enredo tosco que se resume a 1 hora final de gente correndo atrás de gente na floresta. Não há intriga (no sentido técnico da palavra), não há desenvolvimento de personagens além de que cada é mal ou bom em níveis diferentes.
Que falta faz o Ciro Guerra pra Colômbia.
O Paraíso Deve Ser Aqui
3.7 50 Assista AgoraÉ um filme que tem o coração no lugar certo.
É super interessante a proposta do diretor em mostrar a estranheza no olhar dos palestinos quando entram em contato com a nossa cultura, invertendo uma relação que sempre os vê como estrangeiros, estranhos, quase com um fascínio perante o bizarro. E desconstrói tudo isso mostrando a normalidade que também existe na vida dessa população. As críticas quanto ao sistema do cinema ocidental também são o ponto alto do filme (no caso, as duas cenas em que isso é mais latente).
Entretanto, a execução literalmente não podia ser pior. Cada gag conseguia ser mais vergonhosa do que a outra, o nível de vergonha alheia sentida durante o filme chega a ser torturante, ao ponto de que eu precisava fechar os olhos e não ver a cena para não abandonar a sessão. É como se ele quisesse imitar o Jaques Tati mas retirasse absolutamente tudo que faz do Tati um diretor excepcional. É uma execução tão horrorosa que Cada um tem a gêmea que merece, do Adam Sandler, consegue ser mais engraçado que esse aqui.
Basicamente, tudo o que presta no filme são ideias que poderiam estar numa sequência de tweets, e inclusive eu seguiria o diretor no Twitter sem pensar duas vezes, mas nunca mais veria outro de seus filmes.
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraUm filme de herói pode quase tudo, pode ser desconexo, absurdo e até ridículo, mas não pode nunca ser entediante. Não há justificativa para um filme de herói, com todo o investimento que tem, ser entediante. É o único erro imperdoável.
E Fênix Negra o comete. Durante a maior parte do tempo não há conflito, não há real sensação de perigo, não há nada. Eles até tentam enfiar um vilão goela abaixo, mas não rola, é fraco, fraquíssimo.
O clímax consegue ser minimamente engajante, mas no fim das contas é um péssimo final pros meus heróis favoritos.
Eu nem sequer gosto de filmes de heróis, então já jogo meus parâmetros lá embaixo pra julgar, mas esse não dá pra defender nem com o maior esforço do mundo.
Fênix Negra é uma ótima companhia pra Venom.
O Amante Duplo
3.3 107Plot twist bem batido e previsível, mas é um filme competente no seu decorrer. Entretém bem.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraMe incomodaram muito as situações extremamente fabricadas do roteiro. Nada aqui é muito orgânico e chega até a ser um tanto previsível.
Por outro lado, o design de produção é ótimo e a saída que o protagonista encontra pro seu problema é bem engenhosa.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraÉ um filme muito bom, mas não há motivos para o alvoroço todo que estão fazendo. É um entre os vários festival-baits que usam miséria e crianças em histórias manipulativas.
Senti também que metade do filme não serviu de nada, todo o plot da mulher da Etiopia e seu filho poderia ser trocado por qualquer coisa que o fizesse ficar uns meses longe de casa. Apesar disso, as falas do Zaim na corte e a visão dele sobre sua família destacam o filme de outros tematicamente semelhantes.
Há méritos, com certeza, e as atuações são os maiores. No resto, é um filme bem competente, vale a pena ver, mas nada tão excepcional.
Free Solo
4.1 157 Assista AgoraÉ interessante pelo estudo da personalidade de alguém que tem o desejo de realizar tais feitos, mas é um documentário um tanto vazio e que não se sobressai nem tematicamente nem tecnicamente (no máximo consegue captar imagens bonitas).
Um filme que bate na mesma tecla durante 1h40 e vai ser completamente esquecivel. O documentário do ano permanece sendo Won't you be my neighbor e o melhor dentre os indicados ainda é Minding the Gap.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraMe dói muito, como hater, dizer isso, mas esse filme é bom. Os 40 primeiros minutos são recheados de bastante enrolação, mas ao mesmo tempo ele traz elementos que vão ajudar a construir a narrativa e os personagens, então não se pode dizer que a primeira parte é de todo perdida. Também senti que o final poderia ter acabado mais cedo, não havia necessidade pra fechar tanto as pontas.
Contudo, o que mais me conquistou nesse filme foi que o Noé pela primeira vez conseguiu entregar o que ele se propos a fazer: não um filme, mas uma experiencia.
Poderia Me Perdoar?
3.6 266Parece que esse filme foi cagado pelo Story do Robert McKee. Tem absolutamente tudo de genérico que voce pode imaginar.
Também é um filme de uma nota só, não existe nada que o tire do completo marasmo.
Não chega a ser revoltante como algumas catástrofes que estão concorrendo ao Oscar esse ano.
As Férias do Sr. Hulot
3.8 44Os méritos do monsieur Tati são inegáveis. A maneira como ele pinta caricaturas dos tipos e das classes da sociedade francesa usando nada mais que gestos e sons, o trabalho de som em geral, as runnings gags das luzes dos quartos ou das pegadas no salão do hotel (gags estas que são meu tipo preferido de piadas, magistralmente aprimoradas em Arrested Development, por exemplo) e o trabalho de coreografia perfeitamente sincronizado, como o balde de tinta no mar, o cavalo e etc. É impressionante.
Mas a falta de narrativa deixa a experiencia bem entediante.
Eu, Tu, Ele, Ela
3.7 34Na minha percepção, o filme aborda o caminho percorrido para se descobrir a homossexualidade/bissexualidade e a diretora utiliza de vários elementos para refletir essa jornada.
Na solidão, ela explora o próprio corpo e come o que há de mais básico para a sobrevivência: glicose. Com o caminhoneiro, ela explora o corpo do outro, mas se vê imparticipativa e calada numa relação unilateral; com ele, calada, ela come um lanche de bar. Com a amiga, ela é servida, come e participa ativamente de uma conversa e, finalmente, do ato sexual.
Querido Menino
3.8 469 Assista AgoraA edição é bastante confusa e bagunçada na primeira metade do filme. A retratação de um viciado não é lá muito convincente e parece que o roteirista só escreveu aquilo que ele ouviu falar que os viciados fazem e o que viu nos filmes. Se o filme tratasse quase que exclusivamente do pai, teria uma abordagem muito melhor.
A atuação do Chalamet tá incrível e a do Carell ótima. Vale mais pelas atuações mesmo. Quem quiser ver uma retratação perfeita de viciados, assista Heaven Knows What.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraBrega, óbvio e vergonhoso. Segue à risca a velha fórmula sem se desviar um milímetro sequer, ao ponto em que TODAS as cenas podem ser previstas: juro, TO-DAS as cenas são previsíveis.
É o filme menos original, inspirado e mais brega que vi esse ano (e nem to entrando nas problemáticas raciais, que são muitas e só me fazem pensar na insensibilidade e descolamento da realidade de quem considera esse filme um "marco do cinema negro").
A Noite Americana
4.3 188Que filme bobinho!
Matangi / Maya / M.I.A.
4.6 77 Assista AgoraAprenderam, @Gaga e @Anitta?
Maya é a artista que todos os artistas deveriam ser. É bizarro e revoltante como os americanos adoraram apontar a hipocrisia dela ter dinheiro (que ainda não é nada comparado às grandes cantoras americanas) e lutar pelo povo Tamil, mas aplaudem como a coisa mais linda já feita na terra a militancia capitalista e oportunista da bilionária Beyoncé.