Não se deixe enganar pelo título (em português) do filme.
Um excelente drama/comédia romântica, que entrega mais do uma história de amor batida. Há muitas questões dentro do filme: a coisa toda de envelhecer e dar lugar ao novo, dilemas sobre família, sobre carreira, sobre escolhas que fazemos, e ainda o grande caos que foi a crise de 2008 nos Estados Unidos. Tudo isso apresentado de maneira leve, com os momentos cômicos muito bem encaixados. Vera Farmiga e Anna Kendrick roubam a cena, com personagens femininas bem exploradas. George Clooney interpreta ele mesmo novamente, mas eu acho o máximo. E além de tudo ainda poupam o espectador dos clichês, e entregam um ótimo final.
É uma história que vai entreter, mas vai te deixar pensando sobre muitas coisas quando terminar de assistir. Recomendo.
Dentre as muitas adaptações do romance de Emily Brontë, essa é uma que gostei bastante. Ralph Fiennes está muito bem na pele do sombrio Heathcliff, e Juliette Binoche irradia carisma. O tom sombrio, e o clima do interior daquela Inglaterra do século XIX é muito bem retratado. O filme tem aquele tom romântico, uma certa poesia nas falas, que funcionam muito bem.
Apesar disso, essas histórias não fazem muito meu estilo, então em alguns momentos o filme ficou difícil de assistir, com um ritmo bem monótono. Mas isso é um gosto pessoal, e não tira o mérito da obra.
Um premissa bem legal, com duas ótimas atrizes, mas que falha miseravelmente na sua função de entreter. Uma boa direção de arte, e as atuações de Amanda Seyfried e Vanessa Redgrave (a cena do pentear de cabelos, linda!) são as coisas que se salvam deste filme.
Direção nada sutil, roteiro previsível ao extremo, recheado pelos clichês mais batidos do gênero, e um "protagonista" com o carisma equivalente ao de uma rocha, tornam a história totalmente descartável. A trama leva muito tempo pra desenvolver, o romance do casal principal não convence, e os últimos 15 minutos são inúteis, já que todo mundo sabe o que vai acontecer no final. Dispensável!
Algumas coisas funcionam muito bem. As atuações, em especial de Tom Hanks (como é bom esse cara!) e Emma Thompson. A trama envolvendo a produção do filme Mary Poppins que mostra o lado romântico dos criadores de história, e o lado comercial, que precisa lucrar em cima disso. Toda a parte visual é primorosa, recriando a época (década de 60) com perfeição.
Todavia, o filme tem muitos problemas. A comédia raras vezes funciona, e a trama que conta a origem de P.L. Travers (embora bem interessante) quebra o ritmo da história a todo momento. Isso sem contar as conveniências de roteiro, e o melodrama que chega a constranger.
Mesmo cheio de defeitos, o filme é válido pela história que conta, e por algumas cenas realmente tocantes (apesar do exagero).
PS: O responsável pela tradução do título "Saving Mr. Banks" deveria ser processado!
Achei que ia ser mais uma daquelas comédias românticas açucaradas, e me surpreendi! A premissa da viagem no tempo é bem sacada, e o roteiro não perde tempo tentando explicar demais (graças a deus!). Rachel McAdams e Domhnall Gleeson se entendem em cena, trazendo a empatia do público de imediato. A maioria das cenas cômicas funcionam muito bem dentro da trama, o que já é uma vitória. Toda a família do protagonista é retratada muito bem, com destaque pra Bill Nighy mostrando novamente sua versatilidade. Toda vez que pai e filho contracenam é de encher os olhos. O didatismos em alguns momentos é exagerado, mas nada que incomode muito.
O filme é uma linda mensagem sobre aproveitar o tempo, a vida, sobre o que realmente importa enquanto estamos aqui.
Sempre ótimo ver filmes que unem boa ação, e um um roteiro que desperta algumas reflexões no espectador. Isso aliado a uma protagonista feminina forte, é receita certa pro sucesso.
Gostei da personagem Lucy. Do caminho que ela faz, de presa inofensiva à praticamente uma divindade, e todo o sub-texto que vem com essa jornada. A ação é competente, dando ritmo ao filme. A sequência final é sensacional!
Porém, o filme não me ganhou. A ação, as entrelinhas, as atuações, tudo foi competente, mas não chegou onde poderia chegar. A premissa de que só usamos 10% da capacidade cerebral já me incomodou desde o começo, e ainda tem alguns pequenos furos de roteiro que me incomodaram. Gostei do filme, mas acho que minha expectativa estava alta demais.
PS: Narração em off do Morgan Freeman pra explicar o filme de novo?!! Lembrei de South Park na hora.
Fui ver achando que era um suspense policial, e me deparei com uma divertidíssima comédia, bem ao estilo anos 80. Emilio Estevez e Richard Dreyfuss estão ótimos juntos, com um tempo de comédia excelente. No final o filme abusa dos clichês, mas mesmo assim vale muito a pena parar pra assistir.
Uma comédia bem eficaz, com piadas no tom certo, sem pender pra babaquice, e isso já é uma vitória. Jack Black exagera em alguns momentos, mas cumpre bem a função. Dá pra ver que ele realmente ama esse estilo de música. As cenas que ele fala sobre o que é o Rock 'n' Roll são muito boas. As crianças estão todas ótimas! Desde a ainda pequena Miranda Crosgrove, até as cantoras mirins, todos convencem nos seus personagens. E ainda tem uma mensagem relevante sobre educação, e a cobrança que existe nas crianças (principalmente nos EUA) hoje em dia.
E ainda tem a incrível cena final, onde a School of Rock toca "It's a Long Way To The Top" do AC/DC. Sensacional!
Dito isto, posso dizer que esse filme conseguiu transmitir o que a relação de amizade cão/homem pode significar na vida de alguém. O roteiro é bem simples, e o filme tem lá sua cota de clichês, mas é muito bom! Owen Wilson e Jennifer Aniston tem uma ótima química juntos, tornando o filme agradável. Eu simpatizei e torci pelos personagens a todo instante. Foi muito bom ver a evolução daquela família, ver todas as conquistas e renúncias que tiveram de fazer. Apesar do nome do cachorro estar no título do filme, a história não é sobre ele de forma alguma.
No fim claro que todos vão às lágrimas, mas mesmo assim fica um sentimento bom no final do filme, a sensação de que viu uma história simples, mas extremamente tocante.
As cenas de batalhas são impressionantes até hoje. A cena da invasão da praia de Omaha é de uma tensão inacreditável, só mesmo Spielberg pra conseguir nos colocar dentro do filme dessa forma. Filme muito importante por ter gerado uma nova safra de filmes de guerra voltada pra história dos soldados, e também por ter sido grande responsável pela minissérie Band of Brothers, uma das melhores coisas que eu já assisti na vida.
O pretexto pra operação de resgate, por assim dizer, soa um pouco forçado, e tem aquela pitada de melodrama do mestre Spielberg, mas nada que tire o brilho dessa obra espetacular!
Clint Eastwood consegue mostrar muito bem o que a guerra pode fazer com uma pessoa, e com toda uma nação.
O lance de mostrar todo o "background" de Chris Kyle antes de ele matar o garoto foi genial. Acredito que o filme teve esse tom nacionalista, porque era contado do ponto de vista do protagonista. Todos os árabes são monstros, Kyle não conta as mortes que ele causou só as vidas dos companheiros que foram salvas, ele vai para guerra para proteger a família, se indigna quando um companheiro questiona a guerra. Mostrar toda essa visão limitada do personagem é uma coisa que Eastwood fez muito bem.
Se o filme tivesse terminado na cena do bar, quando Kyle volta pra casa definitivamente, acho que teria sido melhor. Com toda a sequência final, pareceu que o diretor realmente acredita que Chris Kyle era um herói (ele não é de forma alguma!), uma pessoa que deve ser reverenciada, que todos os atos dele foram nobres, e isso estragou um pouco da experiência pra mim. Nada que tire a qualidade da obra, vale muito a pena ser vista e discutida.
Obs: Não há desculpas para a ridícula cena do bebê falso!
Confesso que não estava gostando nem um pouco do filme até a metade. O tom caricato e teatral demais (não que isso seja uma falha, só não faz meu estilo), e um certo "overacting" de Tom Hardy, me incomodaram bastante. Mas depois que o filme acabou, entendi a proposta do diretor de mostrar a maluquice violenta que era a mente do protagonista Charlie Bronson. A trilha sonora nas cenas mais fortes me fizeram lembrar de Laranja Mecânica, e isso é muito bom.
Um filme muito esquisito, que por vezes fica monótono, mas ainda sim consegue ser engraçado e absurdo ao mesmo tempo. Atuação de Tom Hardy me conquistou ao longo do filme, mostrando toda a competência desse ótimo ator.
Bom filme, mas que precisa de muita inspiração pra ser apreciado. Não é uma cine biografia convencional!
Prova de que é possível fazer um filme de espião como antigamente.
O filme todo é uma grande homenagem - e sátira ao mesmo tempo - aos filmes de 007. Tudo aqui é exagerado, os estereótipos, a ação, a violência, o humor, o vilão, as referências. E essa é a grande virtude do filme. Com um elenco de peso (Colin Firth está ótimo) dando apoio pra um carismático protagonista, o filme diverte do início ao fim, apresentando uma bem vinda violência gráfica (já característica de Matthew Vaughn), uma trilha sonora que gruda na mente, e cenas de ação bem dirigidas. As referências são muito bem encaixadas, e contribuem na hora de dar o tom do filme. O que foi aquela sequência de pancadaria na igreja? Espetacular!
Ainda sobra espaço para alguns temas sociais, que são abordados na medida certa, nunca tentando fazer o filme mais sério do que ele é. Há alguns exageros em certos momentos, mas nada que desmereça esse ótimo filme, que para mim, foi uma grata surpresa.
Obs: Quem leu a HQ de Mark Millar vai vibrar com a participação especial do Mark Hamill.
Me perdoem os críticos, mas quem não gostou deste filme, nunca viu Dragon Ball.
Realmente o filme tem alguns defeitos. O excesso de piadas (mesmo para o os padrões de Akira Toriyama), o descarte de alguns personagens fortes, e a falta de tensão na hora de apresentar o maior vilão da história de Dragon Ball, foram falhas dos idealizadores.
Mas tudo isso cai por terra quando vemos Kuririn careca novamente, O Imperador Pilaf e as esferas do dragão, Mestre Kame mostrando seu poder, Piccolo arrebentando com um exército, e até Gohan (acho ele um merda) demonstrando a força dos sayajins. E tudo cai por terra quando temos o melhor trio de protagonistas: Goku, Freeza e Vegeta dentro de uma luta espetacular, com o selo "Dragon Ball" de qualidade. Falem o que quiser, mas ninguém mostrou lutas mais empolgantes do que Dragon Ball, seja no Japão, seja em Hollywood. A luta entre Goku e Freeza é memorável, e me fez vibrar na poltrona do cinema. Por que não deixaram o Vegeta acabar com o Freeza? Sempre tem que ser o Goku?!!
Dragon Ball sempre foi isso: humor e lutas espetaculares, e esse Renascimento de Freeza, não deixou nada a desejar.
PS: Vejam dublado. Ouvir "...a culpa é desse idiota do Kakaroto" no cinema não tem preço!
A começar pela introdução dos personagens, que é totalmente irreal, passando pela trama boba, e previsível, e pelo roteiro furado, o filme é uma bomba. Mais um filme de assalto que usa todos os clichês do gênero, usando explicações de forma expositiva e manjadas, e piadas embaraçosas. Quando a trama parece engrenar, a história tem um corte abrupto, e muda o foco da coisa toda.
Will Smith está patético no papel, com mais uma atuação no piloto automático. Margot Robbie não tem muito com o que trabalhar, mas hipnotiza sempre que aparece em cena (assim como fazia em O Lobo de Wall Street), que espetáculo de mulher! Rodrigo Santoro nem vale ser citado.
Enfim, salvo por algumas boas cenas, e por Margot Robbie, o filme é um desastre! Passem longe!
Uma história poderosa, que poderia ter sido contada de uma maneira muito melhor.
O filme jamais se decide que história quer contar: a de Mandela, a do time de rugby Springboks, ou da união de um país por meio do esporte. Todos os núcleos do filme são tratados de forma muito superficial, exceto pelo personagem de Nelson Mandela. E mesmo assim, parece haver uma necessidade de sempre colocar Morgan Freeman (excelente no papel!) fazendo um discurso motivacional, ou soltando uma frase de efeito.
O filme que (supostamente) deveria contar como uma nação rachada pelas diferenças étnicas se uniu para torcer por um time, não conseguiu transmitir isso. Tirando algumas cenas entre os seguranças, essa quebra de paradigmas (de ambos os lados) não é mostrada durante o filme. Acaba que as sub-tramas atrapalham demais (mesmo as interessantes), e nenhum tema é aprofundado realmente. O núcleo da família do capitão do time (Matt Damon) poderia ser retirado do filme, pois em nada acrescenta.
Mas claro que Eastwood tem seus méritos. A cena inicial dos brancos jogando rugby ao lado de um campo de terra, onde crianças negras jogando futebol é muito simbólica, e há a rima visual com o final do filme. A cena do time indo treinar em um bairro pobre é muito boa, e os jogos em si também foram bem filmado e tiveram um excelente edição de som.
Faltou foco para esse filme de Cilnt Eastwood, que apesar de tudo, vale a pena ser visto.
Mais uma ótima obra de Paul Thomas Anderson. O grande forte do filme com certeza são as atuações do trio de protagonistas Phoenix, Seymour Hoffman e Amy Adams. Algumas cenas são tão bem dirigidas, e as atuações são tão fortes que fiquei muito tempo pensando a respeito. A cena em Lancaster Dodd faz as perguntas para Freddie Quell é hipnotizante! Os planos e contra-planos utilizados são perfeitos, e a opção de manter a câmera muito perto do rosto dos atores deixa a coisa toda muito mais dramática. Outro destaque para a cena onde todas as mulheres aparecem nuas. O olhar de Peggy demonstra que ela sabe o que se passa na cabeça de Freddie, e que ela não o quer ali, que ele é um perigo para tudo o que o casal Dodd está tentando construir. Tudo ali é perfeito.
Interessante também a sub-trama sobre como figuras de liderança (tanto religiosa quanto de outros setores da sociedade) exercem seu poder sobre os seguidores, e como se tornam dependentes desses, em contrapartida. Embora ache que o foco do filme seja a relação quase doentia de Lancaster e Freddie, é um mais um ponto interessante desse O Mestre.
PTA peca um pouco na hora de dar ritmo ao filme, que por vezes se torna arrastado e difícil de ser assistido, ao contrário do que acontecia com Sangue Negro.
Mais um ótimo filme sobre personagens, de uns dos melhores diretores dessa nova geração.
Filme muito bom, uma ação enlouquecida que vai tirar o fôlego de muita gente.
Foi com desconfiança que sentei na sala de cinema para assistir a esse Jurassic World. Assisti o primeiro longa dois dias atrás, e estava pronto pra odiar essa sequência/reboot de 2015. Mas dei com os burros n'água. O filme é muito legal! Ele todo é uma grande homenagem ao original de 1993, pegando a mesma história e atualizando o ritmo e a tecnologia. E nas referências à Jurassic Park é onde está a força desse novo filme (quem não abriu um sorriso ao ver o óculos de visão noturna?), tratando com muito respeito e carinho a memória daqueles que cresceram maravilhados pelo mundo que Spielberg criou, e introduzindo muito bem essa Disney Jurássica para a nova geração. Claro que está tudo mais corrido, com menos discussões importantes, os personagens são mais rasos, e o clima de tensão nem se compara à obra de Steven. Muito natural nos filmes atuais.
O elenco é competente, com Chris Pratt solto em mais um personagem ao estilo Indiana Jones, onde não muito exigido. Um Ty Simpkins excepcional, como esse garoto é bom! No pouco espaço que teve, conseguiu criar uma ótima empatia com o público, eu realmente senti pena do garoto em alguns momentos. Lembro que eu odiava a dupla de irmãos do filme de 93, como eram irritantes!. Gostei também do papel de Bryce Dallas Howard (meu deus, que mulher maravilhosa!), e ela o cumpre com eficiência, impondo dramaticidade quando é necessário, e carisma em todo o filme.
Algumas forçadas de barra no roteiro, e algumas cenas em específico, me incomodaram. O 8 º homem mais rico do mundo se meter numa situação daquelas? Sério? Bryce Dallas Howard fugindo de T-Rex de salto alto?! Não precisava disso. O excesso de piadas, e o modo como foram encaixadas me tirou por vários momentos do filme. Isso é uma coisa que os diretores de hoje tem que ponderar mais, esse excesso de comicidade tira toda a tensão do espectador! Sem falar no timing pro beijo dos protagonistas, deus me livre! Chega de Superman e Louis!
Exceto por algumas falhas, é um bom filme de ação, e com uma bem vinda violência estética nas lutas envolvendo os dinos, e mais uma dose de nostalgia para alguns.
PS: Reclamar de sexismo em um filme como esse é o cúmulo da bitolação! PS2: NÃO VEJAM EM 3D! Escuro, tremido, não se enxerga coisa alguma. Fuja dessa praga que assolou as salas de cinema!
História muito simples, mas que cativa ao mostrar uma linda história de amizade, e faz pensar, com toda a discussão sobre as diferenças de raças. A arte está espetacular, com as cores no estilo aquarela, que dão uma beleza toda especial para a obra.
Destaque para uma das personagens mais fofas que vi ultimamente, a ratinha Célestine (ótima também na versão dublada), que me fez lembrar algumas obras do mestre Miyazaki. Uma ótima pedida para crianças e adultos, e pra sair um pouco da mesmice criativa das animações de Hollywood.
Passados 22 anos do seu lançamento, o filme continua espetacular. Como não ficar arrepiado ao ouvir a trilha sonora de John Williams? Saudades dessa época, em que blockbusters desse calibre eram filmados. Spielberg mestre!
PS: O VHS tinha uns efeitos fósseis na capa, e eu sempre achava foda essas capas especias.
Impressionante como é parecido em muitos aspectos com vários outros filmes de Scorsese. O cara que começa de baixo (nem tão de baixo nesse caso) conhece o amor da vida, se casa, e vai escalando até chegar ao ápice, e depois declina com tudo. E o mestre sabe como ninguém contar esse tipo de história; os enquadramentos, os planos-sequência, tudo perfeito. A opção pelo branco e preto foi excelente, mostrando como o mundo era pra Jake La Motta, um cara paranoico e obsessivo, que dentro do ringue colocava isso pra fora e era bem sucedido, mas fora dele vivia uma vida conturbada, por não saber conviver com outras pessoas (principalmente com a mulher que amava), exceto seu fiel irmão Joey. E até isso ele consegue estragar.
A família é (aqui de um modo diferente) tema importante da trama. A direção das cenas em família é espetacular, mostrando todo o machismo italiano, a relação de amor (um tanto esquisita pra nós) entre os irmãos, e explicitando todo o ciúme e obsessão de Jake.
Aplausos à parte para Robert De Niro que, na minha opinião, interpreta o melhor papel de sua vida. Em certos momentos eu tive dificuldade de reconhecê-lo ali, pra mim era o Jake La Motta mesmo.
Enfim, é uma obra-prima obrigatória pra todos os amantes da sétima arte.
Uma pena, eu lembrava desse filme como um dos meus preferidos quando era criança.
Até a luta na cúpula é um filme Mad Max, trilha sonora, ambientação, o clima, tudo excelente. Depois da cena do deserto, o George Miller parece trocar o sobrenome pra Lucas, e enfia aquele núcleo bobo (nível Cinema em Casa) ignorando completamente a linguagem da franquia, e estragando o filme. No final ainda há um respiro com a ótima cena de perseguição.
Apesar de estragar um pouco a minha lembrança com relação ao filme, valeu re-assistir pela primeira metade muito boa, e pela sequência final. Vou conferir o 4 º filme amanhã, e a expectativa está alta.
O filme começa muito bem, a ideia de mostrar o que as pessoas sentem lá no íntimo, sem as convenções e hipocrisias do dia-a-dia é muito bem sacada. Também a influência que o Ig Perrish tem sobre os outros (ele não tem controle mental, só desperta as vontades reprimidas que já existem). E o modo como o filme apresentou esse conceito, sem precisar explicar nada, ou escrever para o espectador (alô Nolan, um abraço) foi bem executada. E até Daniel Radcliffe se saiu bem, com seu sotaque britânico quase imperceptível.
Mas algumas forçadas de barra do roteiro, e as sequências finais comprometem demais o filme. Um pouco mais de cuidado em apresentar certos aspectos da trama, e se não tivessem feito aquele estrago com o "vilão" e com a cena final, seria um excelente filme.
Mas apesar dessas escorregadas, com certeza vale a pena ser visto.
Amor Sem Escalas
3.4 1,4K Assista AgoraNão se deixe enganar pelo título (em português) do filme.
Um excelente drama/comédia romântica, que entrega mais do uma história de amor batida. Há muitas questões dentro do filme: a coisa toda de envelhecer e dar lugar ao novo, dilemas sobre família, sobre carreira, sobre escolhas que fazemos, e ainda o grande caos que foi a crise de 2008 nos Estados Unidos. Tudo isso apresentado de maneira leve, com os momentos cômicos muito bem encaixados. Vera Farmiga e Anna Kendrick roubam a cena, com personagens femininas bem exploradas. George Clooney interpreta ele mesmo novamente, mas eu acho o máximo. E além de tudo ainda poupam o espectador dos clichês, e entregam um ótimo final.
É uma história que vai entreter, mas vai te deixar pensando sobre muitas coisas quando terminar de assistir. Recomendo.
O Morro dos Ventos Uivantes
3.7 361 Assista AgoraBela história romântica.
Dentre as muitas adaptações do romance de Emily Brontë, essa é uma que gostei bastante. Ralph Fiennes está muito bem na pele do sombrio Heathcliff, e Juliette Binoche irradia carisma. O tom sombrio, e o clima do interior daquela Inglaterra do século XIX é muito bem retratado. O filme tem aquele tom romântico, uma certa poesia nas falas, que funcionam muito bem.
Apesar disso, essas histórias não fazem muito meu estilo, então em alguns momentos o filme ficou difícil de assistir, com um ritmo bem monótono. Mas isso é um gosto pessoal, e não tira o mérito da obra.
Cartas Para Julieta
3.5 2,4K Assista Agora"Mais Uma Comédia Clichê" seria um título melhor.
Um premissa bem legal, com duas ótimas atrizes, mas que falha miseravelmente na sua função de entreter. Uma boa direção de arte, e as atuações de Amanda Seyfried e Vanessa Redgrave (a cena do pentear de cabelos, linda!) são as coisas que se salvam deste filme.
Direção nada sutil, roteiro previsível ao extremo, recheado pelos clichês mais batidos do gênero, e um "protagonista" com o carisma equivalente ao de uma rocha, tornam a história totalmente descartável. A trama leva muito tempo pra desenvolver, o romance do casal principal não convence, e os últimos 15 minutos são inúteis, já que todo mundo sabe o que vai acontecer no final. Dispensável!
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista AgoraUm filme morno.
Algumas coisas funcionam muito bem. As atuações, em especial de Tom Hanks (como é bom esse cara!) e Emma Thompson. A trama envolvendo a produção do filme Mary Poppins que mostra o lado romântico dos criadores de história, e o lado comercial, que precisa lucrar em cima disso. Toda a parte visual é primorosa, recriando a época (década de 60) com perfeição.
Todavia, o filme tem muitos problemas. A comédia raras vezes funciona, e a trama que conta a origem de P.L. Travers (embora bem interessante) quebra o ritmo da história a todo momento. Isso sem contar as conveniências de roteiro, e o melodrama que chega a constranger.
Mesmo cheio de defeitos, o filme é válido pela história que conta, e por algumas cenas realmente tocantes (apesar do exagero).
PS: O responsável pela tradução do título "Saving Mr. Banks" deveria ser processado!
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraQue puta filme bom!
Achei que ia ser mais uma daquelas comédias românticas açucaradas, e me surpreendi! A premissa da viagem no tempo é bem sacada, e o roteiro não perde tempo tentando explicar demais (graças a deus!). Rachel McAdams e Domhnall Gleeson se entendem em cena, trazendo a empatia do público de imediato. A maioria das cenas cômicas funcionam muito bem dentro da trama, o que já é uma vitória. Toda a família do protagonista é retratada muito bem, com destaque pra Bill Nighy mostrando novamente sua versatilidade. Toda vez que pai e filho contracenam é de encher os olhos. O didatismos em alguns momentos é exagerado, mas nada que incomode muito.
O filme é uma linda mensagem sobre aproveitar o tempo, a vida, sobre o que realmente importa enquanto estamos aqui.
Lucy
3.3 3,3K Assista AgoraBom filme, mas vamos devagar com o andor.
Sempre ótimo ver filmes que unem boa ação, e um um roteiro que desperta algumas reflexões no espectador. Isso aliado a uma protagonista feminina forte, é receita certa pro sucesso.
Gostei da personagem Lucy. Do caminho que ela faz, de presa inofensiva à praticamente uma divindade, e todo o sub-texto que vem com essa jornada. A ação é competente, dando ritmo ao filme. A sequência final é sensacional!
Porém, o filme não me ganhou. A ação, as entrelinhas, as atuações, tudo foi competente, mas não chegou onde poderia chegar. A premissa de que só usamos 10% da capacidade cerebral já me incomodou desde o começo, e ainda tem alguns pequenos furos de roteiro que me incomodaram. Gostei do filme, mas acho que minha expectativa estava alta demais.
PS: Narração em off do Morgan Freeman pra explicar o filme de novo?!! Lembrei de South Park na hora.
Tocaia
3.5 61Ótimo filme oitentista!
Fui ver achando que era um suspense policial, e me deparei com uma divertidíssima comédia, bem ao estilo anos 80. Emilio Estevez e Richard Dreyfuss estão ótimos juntos, com um tempo de comédia excelente. No final o filme abusa dos clichês, mas mesmo assim vale muito a pena parar pra assistir.
PS: Como o Richard Dreyfuss envelheceu mal!
Escola de Rock
3.7 1,2K Assista AgoraPrato cheio pros amantes do Rock 'n' Roll!
Uma comédia bem eficaz, com piadas no tom certo, sem pender pra babaquice, e isso já é uma vitória. Jack Black exagera em alguns momentos, mas cumpre bem a função. Dá pra ver que ele realmente ama esse estilo de música. As cenas que ele fala sobre o que é o Rock 'n' Roll são muito boas. As crianças estão todas ótimas! Desde a ainda pequena Miranda Crosgrove, até as cantoras mirins, todos convencem nos seus personagens. E ainda tem uma mensagem relevante sobre educação, e a cobrança que existe nas crianças (principalmente nos EUA) hoje em dia.
E ainda tem a incrível cena final, onde a School of Rock toca "It's a Long Way To The Top" do AC/DC. Sensacional!
Marley e Eu
3.9 3,3K Assista AgoraNunca fui do tipo amante de cachorros.
Dito isto, posso dizer que esse filme conseguiu transmitir o que a relação de amizade cão/homem pode significar na vida de alguém. O roteiro é bem simples, e o filme tem lá sua cota de clichês, mas é muito bom! Owen Wilson e Jennifer Aniston tem uma ótima química juntos, tornando o filme agradável. Eu simpatizei e torci pelos personagens a todo instante. Foi muito bom ver a evolução daquela família, ver todas as conquistas e renúncias que tiveram de fazer. Apesar do nome do cachorro estar no título do filme, a história não é sobre ele de forma alguma.
No fim claro que todos vão às lágrimas, mas mesmo assim fica um sentimento bom no final do filme, a sensação de que viu uma história simples, mas extremamente tocante.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraO filme envelheceu muito bem!
As cenas de batalhas são impressionantes até hoje. A cena da invasão da praia de Omaha é de uma tensão inacreditável, só mesmo Spielberg pra conseguir nos colocar dentro do filme dessa forma. Filme muito importante por ter gerado uma nova safra de filmes de guerra voltada pra história dos soldados, e também por ter sido grande responsável pela minissérie Band of Brothers, uma das melhores coisas que eu já assisti na vida.
O pretexto pra operação de resgate, por assim dizer, soa um pouco forçado, e tem aquela pitada de melodrama do mestre Spielberg, mas nada que tire o brilho dessa obra espetacular!
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraClint Eastwood consegue mostrar muito bem o que a guerra pode fazer com uma pessoa, e com toda uma nação.
O lance de mostrar todo o "background" de Chris Kyle antes de ele matar o garoto foi genial. Acredito que o filme teve esse tom nacionalista, porque era contado do ponto de vista do protagonista. Todos os árabes são monstros, Kyle não conta as mortes que ele causou só as vidas dos companheiros que foram salvas, ele vai para guerra para proteger a família, se indigna quando um companheiro questiona a guerra. Mostrar toda essa visão limitada do personagem é uma coisa que Eastwood fez muito bem.
Se o filme tivesse terminado na cena do bar, quando Kyle volta pra casa definitivamente, acho que teria sido melhor. Com toda a sequência final, pareceu que o diretor realmente acredita que Chris Kyle era um herói (ele não é de forma alguma!), uma pessoa que deve ser reverenciada, que todos os atos dele foram nobres, e isso estragou um pouco da experiência pra mim. Nada que tire a qualidade da obra, vale muito a pena ser vista e discutida.
Obs: Não há desculpas para a ridícula cena do bebê falso!
Bronson
3.8 426Estranho, porém divertido.
Confesso que não estava gostando nem um pouco do filme até a metade. O tom caricato e teatral demais (não que isso seja uma falha, só não faz meu estilo), e um certo "overacting" de Tom Hardy, me incomodaram bastante. Mas depois que o filme acabou, entendi a proposta do diretor de mostrar a maluquice violenta que era a mente do protagonista Charlie Bronson. A trilha sonora nas cenas mais fortes me fizeram lembrar de Laranja Mecânica, e isso é muito bom.
Um filme muito esquisito, que por vezes fica monótono, mas ainda sim consegue ser engraçado e absurdo ao mesmo tempo. Atuação de Tom Hardy me conquistou ao longo do filme, mostrando toda a competência desse ótimo ator.
Bom filme, mas que precisa de muita inspiração pra ser apreciado. Não é uma cine biografia convencional!
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraProva de que é possível fazer um filme de espião como antigamente.
O filme todo é uma grande homenagem - e sátira ao mesmo tempo - aos filmes de 007. Tudo aqui é exagerado, os estereótipos, a ação, a violência, o humor, o vilão, as referências. E essa é a grande virtude do filme. Com um elenco de peso (Colin Firth está ótimo) dando apoio pra um carismático protagonista, o filme diverte do início ao fim, apresentando uma bem vinda violência gráfica (já característica de Matthew Vaughn), uma trilha sonora que gruda na mente, e cenas de ação bem dirigidas. As referências são muito bem encaixadas, e contribuem na hora de dar o tom do filme. O que foi aquela sequência de pancadaria na igreja? Espetacular!
Ainda sobra espaço para alguns temas sociais, que são abordados na medida certa, nunca tentando fazer o filme mais sério do que ele é. Há alguns exageros em certos momentos, mas nada que desmereça esse ótimo filme, que para mim, foi uma grata surpresa.
Obs: Quem leu a HQ de Mark Millar vai vibrar com a participação especial do Mark Hamill.
Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza
3.3 257Me perdoem os críticos, mas quem não gostou deste filme, nunca viu Dragon Ball.
Realmente o filme tem alguns defeitos. O excesso de piadas (mesmo para o os padrões de Akira Toriyama), o descarte de alguns personagens fortes, e a falta de tensão na hora de apresentar o maior vilão da história de Dragon Ball, foram falhas dos idealizadores.
Mas tudo isso cai por terra quando vemos Kuririn careca novamente, O Imperador Pilaf e as esferas do dragão, Mestre Kame mostrando seu poder, Piccolo arrebentando com um exército, e até Gohan (acho ele um merda) demonstrando a força dos sayajins. E tudo cai por terra quando temos o melhor trio de protagonistas: Goku, Freeza e Vegeta dentro de uma luta espetacular, com o selo "Dragon Ball" de qualidade. Falem o que quiser, mas ninguém mostrou lutas mais empolgantes do que Dragon Ball, seja no Japão, seja em Hollywood. A luta entre Goku e Freeza é memorável, e me fez vibrar na poltrona do cinema. Por que não deixaram o Vegeta acabar com o Freeza? Sempre tem que ser o Goku?!!
Dragon Ball sempre foi isso: humor e lutas espetaculares, e esse Renascimento de Freeza, não deixou nada a desejar.
PS: Vejam dublado. Ouvir "...a culpa é desse idiota do Kakaroto" no cinema não tem preço!
Golpe Duplo
3.3 731 Assista AgoraBobo, previsível, fraco.
A começar pela introdução dos personagens, que é totalmente irreal, passando pela trama boba, e previsível, e pelo roteiro furado, o filme é uma bomba. Mais um filme de assalto que usa todos os clichês do gênero, usando explicações de forma expositiva e manjadas, e piadas embaraçosas. Quando a trama parece engrenar, a história tem um corte abrupto, e muda o foco da coisa toda.
Will Smith está patético no papel, com mais uma atuação no piloto automático. Margot Robbie não tem muito com o que trabalhar, mas hipnotiza sempre que aparece em cena (assim como fazia em O Lobo de Wall Street), que espetáculo de mulher! Rodrigo Santoro nem vale ser citado.
Enfim, salvo por algumas boas cenas, e por Margot Robbie, o filme é um desastre! Passem longe!
Invictus
3.8 805 Assista AgoraUma história poderosa, que poderia ter sido contada de uma maneira muito melhor.
O filme jamais se decide que história quer contar: a de Mandela, a do time de rugby Springboks, ou da união de um país por meio do esporte. Todos os núcleos do filme são tratados de forma muito superficial, exceto pelo personagem de Nelson Mandela. E mesmo assim, parece haver uma necessidade de sempre colocar Morgan Freeman (excelente no papel!) fazendo um discurso motivacional, ou soltando uma frase de efeito.
O filme que (supostamente) deveria contar como uma nação rachada pelas diferenças étnicas se uniu para torcer por um time, não conseguiu transmitir isso. Tirando algumas cenas entre os seguranças, essa quebra de paradigmas (de ambos os lados) não é mostrada durante o filme. Acaba que as sub-tramas atrapalham demais (mesmo as interessantes), e nenhum tema é aprofundado realmente. O núcleo da família do capitão do time (Matt Damon) poderia ser retirado do filme, pois em nada acrescenta.
Mas claro que Eastwood tem seus méritos. A cena inicial dos brancos jogando rugby ao lado de um campo de terra, onde crianças negras jogando futebol é muito simbólica, e há a rima visual com o final do filme. A cena do time indo treinar em um bairro pobre é muito boa, e os jogos em si também foram bem filmado e tiveram um excelente edição de som.
Faltou foco para esse filme de Cilnt Eastwood, que apesar de tudo, vale a pena ser visto.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraFilme denso, pesado, e difícil de ser digerido.
Mais uma ótima obra de Paul Thomas Anderson. O grande forte do filme com certeza são as atuações do trio de protagonistas Phoenix, Seymour Hoffman e Amy Adams. Algumas cenas são tão bem dirigidas, e as atuações são tão fortes que fiquei muito tempo pensando a respeito. A cena em Lancaster Dodd faz as perguntas para Freddie Quell é hipnotizante! Os planos e contra-planos utilizados são perfeitos, e a opção de manter a câmera muito perto do rosto dos atores deixa a coisa toda muito mais dramática.
Outro destaque para a cena onde todas as mulheres aparecem nuas. O olhar de Peggy demonstra que ela sabe o que se passa na cabeça de Freddie, e que ela não o quer ali, que ele é um perigo para tudo o que o casal Dodd está tentando construir. Tudo ali é perfeito.
Interessante também a sub-trama sobre como figuras de liderança (tanto religiosa quanto de outros setores da sociedade) exercem seu poder sobre os seguidores, e como se tornam dependentes desses, em contrapartida. Embora ache que o foco do filme seja a relação quase doentia de Lancaster e Freddie, é um mais um ponto interessante desse O Mestre.
PTA peca um pouco na hora de dar ritmo ao filme, que por vezes se torna arrastado e difícil de ser assistido, ao contrário do que acontecia com Sangue Negro.
Mais um ótimo filme sobre personagens, de uns dos melhores diretores dessa nova geração.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraFilme muito bom, uma ação enlouquecida que vai tirar o fôlego de muita gente.
Foi com desconfiança que sentei na sala de cinema para assistir a esse Jurassic World. Assisti o primeiro longa dois dias atrás, e estava pronto pra odiar essa sequência/reboot de 2015. Mas dei com os burros n'água. O filme é muito legal! Ele todo é uma grande homenagem ao original de 1993, pegando a mesma história e atualizando o ritmo e a tecnologia. E nas referências à Jurassic Park é onde está a força desse novo filme (quem não abriu um sorriso ao ver o óculos de visão noturna?), tratando com muito respeito e carinho a memória daqueles que cresceram maravilhados pelo mundo que Spielberg criou, e introduzindo muito bem essa Disney Jurássica para a nova geração. Claro que está tudo mais corrido, com menos discussões importantes, os personagens são mais rasos, e o clima de tensão nem se compara à obra de Steven. Muito natural nos filmes atuais.
O elenco é competente, com Chris Pratt solto em mais um personagem ao estilo Indiana Jones, onde não muito exigido. Um Ty Simpkins excepcional, como esse garoto é bom! No pouco espaço que teve, conseguiu criar uma ótima empatia com o público, eu realmente senti pena do garoto em alguns momentos. Lembro que eu odiava a dupla de irmãos do filme de 93, como eram irritantes!. Gostei também do papel de Bryce Dallas Howard (meu deus, que mulher maravilhosa!), e ela o cumpre com eficiência, impondo dramaticidade quando é necessário, e carisma em todo o filme.
Algumas forçadas de barra no roteiro, e algumas cenas em específico, me incomodaram. O 8 º homem mais rico do mundo se meter numa situação daquelas? Sério? Bryce Dallas Howard fugindo de T-Rex de salto alto?! Não precisava disso. O excesso de piadas, e o modo como foram encaixadas me tirou por vários momentos do filme. Isso é uma coisa que os diretores de hoje tem que ponderar mais, esse excesso de comicidade tira toda a tensão do espectador! Sem falar no timing pro beijo dos protagonistas, deus me livre! Chega de Superman e Louis!
Exceto por algumas falhas, é um bom filme de ação, e com uma bem vinda violência estética nas lutas envolvendo os dinos, e mais uma dose de nostalgia para alguns.
PS: Reclamar de sexismo em um filme como esse é o cúmulo da bitolação!
PS2: NÃO VEJAM EM 3D! Escuro, tremido, não se enxerga coisa alguma. Fuja dessa praga que assolou as salas de cinema!
Ernest e Célestine
4.4 319Excelente!
História muito simples, mas que cativa ao mostrar uma linda história de amizade, e faz pensar, com toda a discussão sobre as diferenças de raças. A arte está espetacular, com as cores no estilo aquarela, que dão uma beleza toda especial para a obra.
Destaque para uma das personagens mais fofas que vi ultimamente, a ratinha Célestine (ótima também na versão dublada), que me fez lembrar algumas obras do mestre Miyazaki. Uma ótima pedida para crianças e adultos, e pra sair um pouco da mesmice criativa das animações de Hollywood.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraPassados 22 anos do seu lançamento, o filme continua espetacular. Como não ficar arrepiado ao ouvir a trilha sonora de John Williams? Saudades dessa época, em que blockbusters desse calibre eram filmados. Spielberg mestre!
PS: O VHS tinha uns efeitos fósseis na capa, e eu sempre achava foda essas capas especias.
Liga da Justiça: Trono de Atlantis
3.5 160 Assista AgoraCenas de lutas legais e só. História, roteiro e diálogos bem fracos, muito abaixo de outras animações recentes da DC.
E prefiro muito mais a versão do Aquaman que tem um gancho no lugar da mão direita, muito mais "badass".
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraObra-prima do meu diretor de cinema preferido!
Impressionante como é parecido em muitos aspectos com vários outros filmes de Scorsese. O cara que começa de baixo (nem tão de baixo nesse caso) conhece o amor da vida, se casa, e vai escalando até chegar ao ápice, e depois declina com tudo. E o mestre sabe como ninguém contar esse tipo de história; os enquadramentos, os planos-sequência, tudo perfeito. A opção pelo branco e preto foi excelente, mostrando como o mundo era pra Jake La Motta, um cara paranoico e obsessivo, que dentro do ringue colocava isso pra fora e era bem sucedido, mas fora dele vivia uma vida conturbada, por não saber conviver com outras pessoas (principalmente com a mulher que amava), exceto seu fiel irmão Joey. E até isso ele consegue estragar.
A família é (aqui de um modo diferente) tema importante da trama. A direção das cenas em família é espetacular, mostrando todo o machismo italiano, a relação de amor (um tanto esquisita pra nós) entre os irmãos, e explicitando todo o ciúme e obsessão de Jake.
Aplausos à parte para Robert De Niro que, na minha opinião, interpreta o melhor papel de sua vida. Em certos momentos eu tive dificuldade de reconhecê-lo ali, pra mim era o Jake La Motta mesmo.
Enfim, é uma obra-prima obrigatória pra todos os amantes da sétima arte.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 486 Assista AgoraUma pena, eu lembrava desse filme como um dos meus preferidos quando era criança.
Até a luta na cúpula é um filme Mad Max, trilha sonora, ambientação, o clima, tudo excelente. Depois da cena do deserto, o George Miller parece trocar o sobrenome pra Lucas, e enfia aquele núcleo bobo (nível Cinema em Casa) ignorando completamente a linguagem da franquia, e estragando o filme. No final ainda há um respiro com a ótima cena de perseguição.
Apesar de estragar um pouco a minha lembrança com relação ao filme, valeu re-assistir pela primeira metade muito boa, e pela sequência final. Vou conferir o 4 º filme amanhã, e a expectativa está alta.
Amaldiçoado
3.0 1,2K Assista AgoraUma excelente ideia que foi mal realizada.
O filme começa muito bem, a ideia de mostrar o que as pessoas sentem lá no íntimo, sem as convenções e hipocrisias do dia-a-dia é muito bem sacada. Também a influência que o Ig Perrish tem sobre os outros (ele não tem controle mental, só desperta as vontades reprimidas que já existem). E o modo como o filme apresentou esse conceito, sem precisar explicar nada, ou escrever para o espectador (alô Nolan, um abraço) foi bem executada. E até Daniel Radcliffe se saiu bem, com seu sotaque britânico quase imperceptível.
Mas algumas forçadas de barra do roteiro, e as sequências finais comprometem demais o filme. Um pouco mais de cuidado em apresentar certos aspectos da trama, e se não tivessem feito aquele estrago com o "vilão" e com a cena final, seria um excelente filme.
Mas apesar dessas escorregadas, com certeza vale a pena ser visto.