Ao mesmo tempo que é bonito, é de uma tristeza profunda.
A vida comum é extremamente bela na sua repetição, e na sua simplicidade. Ter o tempo e a saúde pra poder ler um livro, frequentar o restaurante que gosta, escutar fitas cassetes de músicas dos anos 70 ou até se dedicar ao ritual banal das tarefas diárias, é conseguir encontrar paz e realização nas pequenas coisas do dia a dia, é ter a capacidade de admirar o extraordinário no ordinário.
Ao mesmo tempo, a solidão que as grandes cidades (hoje em dia não só) impõe na vida do trabalhador é desesperadora. Numa sociedade de consumo tudo é mercadoria, inclusive as relações humanas. Todas as interações do Hirayama são baseadas no consumo, inclusive com a própria irmã, a única exceção sendo a sobrinha que, não á toa, é o trecho do filme mais humano. A simplicidade do cotidiano é linda, e isso só deixa mais melancólico a constatação do quanto estamos sendo apartados da convivência com quem nos é querido, de como somos privados diária e sistematicamente de partilhar e compartilhar entre nós.
1) Nessas horas a gente vê realmente a diferença de um gênio do cinema. Eu fiquei impressionadíssimo, parece que o filme foi lançado no ano passado tamanha a atualidade do texto, ritmo e do olhar do Kubrick sobre o tema. Pelo amor de Deus o filme é de 1964!
2) A história acontece como tragédia e se repete como farsa mesmo, Marx NUNCA errou!
Não entendi o rate baixo dele. É um bom filme, bons personagens, uma espécie de Alien - O Oitavo Passageiro de Bram Stoker. Nada muito extraordinário, mas um filme lega.
O maior mérito aqui é humanizar os artistas. Ver super estrelas, alguns ali gênios inacreditáveis da música, tendo atitudes e sensações humanas é muito fascinante. Um tremendo de medo de não alcançar uma nota alta; outro levando tudo como uma grande farra, enchendo a cara e queimando a largada; outra que se viu deslocada ali, sendo usada pra conseguir a presença e um artista “maior”. Acho interessantíssimo quando temos a oportunidade de ver que essas mentes brilhantes e criativas, no fundo, são só pessoas normais, como todos nós. “Parecia o primeiro dia no jardim de infância”.
Agora, a parte que trata da temática social, que aborda o motivo da gravação em si, fica na superficialidade, excesso de auto importância e no cinismo, que já é típico desse tipo de obra vinda dos EUA.
De qualquer forma, só o making of da gravação de USA for Africa já vale o tempo de tela. Ver o Michael Jackson cantando a capela é de um impacto absurdo.
Pra mim a cena mais marcante e significativa de Retratos Selvagens é o plano do antigo projetor de um cinema que não existe mais, fechado numa salinha, todo empoeirado, esquecido, observando a cidade e o que restou dos velhos “bons tempos” por uma janelinha. Ele ali, sozinho, impotente, apenas como um observador do que a cidade se tornou, uma memória esquecida das milhares de vidas que impactou.
Conversa com a história do Seu Alexandre, que trabalhou quase toda a vida como projetista de cinema. Um observador de milhares de vidas (não aguentava mais nem escutar a música do Poderoso Chefão depois de ter de exibir o filme por 4 meses), que tinha condições de trabalho precárias, mas mesmo assim sentia uma tristeza profunda ao ter que fazer a última exibição na sala de cinema em passou boa parte da vida. Sabia que um pedaço da história da cidade, e da sua própria história, estava indo embora e provavelmente seria esquecida em alguma gaveta de arquivo empoeirada.
O centro de Recife esvaziado, o apartamento da família do Kléber em meio a prédios altíssimos, as ruínas dos cinemas da cidade, o latido do cachorro falecido do vizinho que foi capturado num filme, o motorista de uber que toca trompete: todos retratos de fantasmas, de vidas e histórias que parecem ser esquecidas no avanço do capital. Na verdade, mesmo, são os únicos retratos que realmente importam.
Como tudo que esse diretor faz, é pretensioso até dizer chega. Mesmo assim acha muita força na relação do casal principal e quando embarca de vez na temática da aceitação da morte e do luto, já mais na metade do filme. Quanto mais filmes de 90 minutos melhor.
A sensação é de estar me despedindo de amigos queridos, e também deixando pra trás uma fase importante da minha vida.
O final é feliz porque todo mundo ficou bem e cada um vai encontrar seu caminho, mas também é triste porque não verei outra aventura daqueles Guardiões. Lindo demais!
Poucas vezes vi relações humanas - em especial a maternidade - serem tão bem exploradas, de forma íntima, sem nunca cair pra pieguice. Se existe a mensagem mais "genérica" (parar com as guerras, união entre os povos, etc.), o foco aqui são as emoções, os laços que nos unem, o motivo por qual estamos aqui. "Apesar de conhecer a jornada, e onde ela termina, eu decidi vivê-la mesmo assim". Vi pela segunda vez, e o filme só melhorou no quesito emoção, e também no apuro técnico, chegando bem próximo da perfeição.
Deveria ter ganhado o Oscar, porque era disparado o melhor daquele ano. Obra de arte.
PS: Se estiver afim de ver uma invasão alienígena, luta com arminha "piu piu", é melhor escolher outro filme.
O estilo de humor do Jerry Seinfeld não é nem de longe o meu preferido, mas o cara é muito bom no que faz, não tem como negar.
O timing e o texto dele são impecáveis, mesmo tratando de temas como casamento e filhos, que se eu abrir minha geladeira vou encontrar um comediante fazendo piada sobre isso. Pra fazer piada boa com um assunto tão batido é preciso muito talento.
Que filme maravilhoso! Gostei demais da maneira diferente de filmar uma cinebiografia, em formato de musical (muito apropriado inclusive), com as músicas intercalando vários momentos da vida do Elton John, e números musicais que emulavam certas sensações e passagens de tempo. A cena envolvendo a composição de Your Song é de chorar de tão linda. E também o fato de não esconderem certos aspectos da vida do artista, portanto não é uma biografia "chapa branca" de forma alguma. Destaque muito positivo pra atuação de Egerton, que está ótimo no papel e CANTA todas as músicas (cof cof Rami Malek cof cof).
Apesar de alguns personagens periféricos terem grandes problemas no texto, o filme é excelente e é um trabalho digno, que homenageou muito bem um dos maiores artistas do século XX.
Atuações, direção, fotografia e roteiro: tudo no mais próximo da perfeição! Fiquei impressionado com o ritmo do filme, que apesar de ser de 1957, não demonstra lentidão nenhuma. A trama é muito envolvente e não gera cansaço em momento algum. Isso além dos temas muito fortes e relevantes, que são tratados de forma brilhante por roteiro, direção e atores.
Mesmo depois de mais de 60 anos, o filme continua muito atual. Clássico!
Não é sempre que o Spike Lee acerta, mas quando acerta o cara sabe fazer um filme bom. Aqui podemos ver o balanço perfeito entre temas sociopolíticos muito sérios (com direito a um discuso belíssimo no início do filme), e um humor irônico afiadíssimo, que dá leveza pro filme, tornando a experiencia de assistir muito agradável, apesar da temática pesada.
Ótimo filme, e infelizmente, mais atual do que nunca.
A direção é praticamente perfeita, dando o tom desejado de urgência, aflição e perigo, mas também deixando o espectador se conectar com o personagem Howard, nos fazendo embarcar naquela loucura de apostas e trambiques. Muito disso também fica na conta do Adam Sandler, que está irreconhecível no papel. Com 10 minutos de filme eu esqueci que ele era o ator principal.
Dito isto, não recomendo o filme pra ninguém, pois entra na minha categoria de "filmes desgraçados". É como assistir seu time do coração numa decisão por pênaltis durante 2 horas seguidas. Angustiante ao extremo!
O roteiro é bem bom mesmo, as soluções são bem desenvolvidas considerando a duração do filme, e a personalidade do Constantine e do Chas estão muito bem retratadas. Gostei bastante da solução final, que respeita muito o espírito das histórias originais.
O lado negativo fica pra animação que é genérica demais, e pra algumas soluções visuais que não curti tanto.
Será que é pedir demais um live action de Hellblazer?
Mitologias, terror psicológico, Shakespeare, suspense, Lovecraft, e até uma dose de comédia, fazem desse O Farol um dos grandes filmes do "ano passado". Poderia ficar horas discutindo sobre todos os simbologismos, metáforas e significados dessa obra de arte. Pra mim é o encontro perfeito de uma direção magistral - o domínio de luz e sombra é de impressionar - e atuações estarrecedoras.
É um ensaio sobre a natureza masculina levada ao extremo, um contraste entre o sagrado feminino (a natureza, a luz, as águas), e o humano e selvagem masculino, cheio de amor e fúria.
Se tem alguém que conseguiria filmar uma história de Lovecraft seria Robert Eggers. Que talento!
Filme pode ser resumido pela palavra: DESNECESSÁRIO.
Não acrescenta praticamente nada a trama original, e perde o principal dela: a emoção. O visual realista torna a coisa toda meio bizarra (principalmente nas cenas musicais), parecendo um documentário do Animal Planet com musiquinhas no meio. A caracterização e expressão dos personagens foi jogada no lixo, basta ver os incontáveis vídeos na internet, comparando esse O Rei Leão, e o longa de 1994. Chega a dar uma tristeza.
É como se pegassem O Rei Leão de 1994, sugassem toda a alma da obra, e cobrassem para assistirmos. Triste realmente.
O começo do filme me lembrou muito o começo de Up: Altas Aventuras, envolvendo o espectador no romance daquele casal. Isso foi primordial para todo o desenrolar pesado, e conflituoso desse História de um Casamento. Pra mim, Baumbach foi brilhante no desenvolvimento do divórcio, como cada parte é afetada de forma diferente, e como o relacionamento amoroso é uma coisa complicada, onde geralmente não há mocinhos e vilões, somente pessoas com falhas e virtudes.
Pra mim, Scarlett Johansson tem a melhor atuação da carreira, e Adam Driver prova que é um dos melhores atores dessa geração. Filme não indicado pra quem está passando por uma separação.
Despretensioso, engraçado, e representativo, Meu Nome é Dolemite é um grata surpresa.
Gostei principalmente da leveza do filme, quando podia puxar pra um lado mais dramalhão, o roteiro e direção logo corrigem o rumo, e dão o tom certo de humor que a história pede. Mesmo assim, há ótimas linhas de diálogo, mostrando a importância da representatividade na auto estima de quem está a margem da sociedade.
Como é bom ver Eddie Murphy voltando em grande estilo!
Dois Papas tem nas atuações de Hopkins e Pryce os seus grandes trunfos, com certeza. A química entre os dois é hipnótica, tanto nos momentos de antagonismo, como nos momentos de mais intimidade. Até esqueci que o Jonathan Pryce é inglês. Achei que a direção (fotografia inclusa) acerta muito na ambientação, dando identidade para as diferentes regiões e períodos históricos.
Não gostei de certas partes do roteiro, como quando toca na questão da pedofilia, ou quando tenta "humanizar demais" o personagem de Bergoglio. Mas são pecados menores, pois se trata de um grande filme.
Scorsese parece encontrar seu auge no crepúsculo da carreira. Mais do que um filme de máfia, O Irlandês é um filme sobre a vida, sobre escolhas e consequências, sobre envelhecer e morrer, sobre arrependimentos. As atuações são INACREDITÁVEIS de tão boas, justamente pelas sutilezas (Joe Pesci é maravilhoso), e Robert DeNiro tem uma das melhores cenas de sua vida aqui.
Deixe a porta entreaberta
PS: Assista como quiser, mas faz sim a diferença assistir de uma vez só.
Dias Perfeitos
4.2 239 Assista AgoraAo mesmo tempo que é bonito, é de uma tristeza profunda.
A vida comum é extremamente bela na sua repetição, e na sua simplicidade. Ter o tempo e a saúde pra poder ler um livro, frequentar o restaurante que gosta, escutar fitas cassetes de músicas dos anos 70 ou até se dedicar ao ritual banal das tarefas diárias, é conseguir encontrar paz e realização nas pequenas coisas do dia a dia, é ter a capacidade de admirar o extraordinário no ordinário.
Ao mesmo tempo, a solidão que as grandes cidades (hoje em dia não só) impõe na vida do trabalhador é desesperadora. Numa sociedade de consumo tudo é mercadoria, inclusive as relações humanas. Todas as interações do Hirayama são baseadas no consumo, inclusive com a própria irmã, a única exceção sendo a sobrinha que, não á toa, é o trecho do filme mais humano. A simplicidade do cotidiano é linda, e isso só deixa mais melancólico a constatação do quanto estamos sendo apartados da convivência com quem nos é querido, de como somos privados diária e sistematicamente de partilhar e compartilhar entre nós.
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraDois pontos a respeito do filme:
1) Nessas horas a gente vê realmente a diferença de um gênio do cinema. Eu fiquei impressionadíssimo, parece que o filme foi lançado no ano passado tamanha a atualidade do texto, ritmo e do olhar do Kubrick sobre o tema. Pelo amor de Deus o filme é de 1964!
2) A história acontece como tragédia e se repete como farsa mesmo, Marx NUNCA errou!
Drácula: A Última Viagem do Deméter
2.9 230 Assista AgoraNão entendi o rate baixo dele. É um bom filme, bons personagens, uma espécie de Alien - O Oitavo Passageiro de Bram Stoker. Nada muito extraordinário, mas um filme lega.
A Noite que Mudou o Pop
4.2 155 Assista AgoraO maior mérito aqui é humanizar os artistas. Ver super estrelas, alguns ali gênios inacreditáveis da música, tendo atitudes e sensações humanas é muito fascinante. Um tremendo de medo de não alcançar uma nota alta; outro levando tudo como uma grande farra, enchendo a cara e queimando a largada; outra que se viu deslocada ali, sendo usada pra conseguir a presença e um artista “maior”. Acho interessantíssimo quando temos a oportunidade de ver que essas mentes brilhantes e criativas, no fundo, são só pessoas normais, como todos nós. “Parecia o primeiro dia no jardim de infância”.
Agora, a parte que trata da temática social, que aborda o motivo da gravação em si, fica na superficialidade, excesso de auto importância e no cinismo, que já é típico desse tipo de obra vinda dos EUA.
De qualquer forma, só o making of da gravação de USA for Africa já vale o tempo de tela. Ver o Michael Jackson cantando a capela é de um impacto absurdo.
Retratos Fantasmas
4.2 226 Assista AgoraPra mim a cena mais marcante e significativa de Retratos Selvagens é o plano do antigo projetor de um cinema que não existe mais, fechado numa salinha, todo empoeirado, esquecido, observando a cidade e o que restou dos velhos “bons tempos” por uma janelinha. Ele ali, sozinho, impotente, apenas como um observador do que a cidade se tornou, uma memória esquecida das milhares de vidas que impactou.
Conversa com a história do Seu Alexandre, que trabalhou quase toda a vida como projetista de cinema. Um observador de milhares de vidas (não aguentava mais nem escutar a música do Poderoso Chefão depois de ter de exibir o filme por 4 meses), que tinha condições de trabalho precárias, mas mesmo assim sentia uma tristeza profunda ao ter que fazer a última exibição na sala de cinema em passou boa parte da vida. Sabia que um pedaço da história da cidade, e da sua própria história, estava indo embora e provavelmente seria esquecida em alguma gaveta de arquivo empoeirada.
O centro de Recife esvaziado, o apartamento da família do Kléber em meio a prédios altíssimos, as ruínas dos cinemas da cidade, o latido do cachorro falecido do vizinho que foi capturado num filme, o motorista de uber que toca trompete: todos retratos de fantasmas, de vidas e histórias que parecem ser esquecidas no avanço do capital. Na verdade, mesmo, são os únicos retratos que realmente importam.
Oppenheimer
4.0 1,1KProvavelmente a melhor forma do Nolan desde O Grande Truque.
Fonte da Vida
3.7 777 Assista AgoraComo tudo que esse diretor faz, é pretensioso até dizer chega. Mesmo assim acha muita força na relação do casal principal e quando embarca de vez na temática da aceitação da morte e do luto, já mais na metade do filme. Quanto mais filmes de 90 minutos melhor.
Titanic
4.0 4,6K Assista AgoraO filho da mãe do James Cameron sabe fazer filme, não tem jeito.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 799 Assista AgoraA sensação é de estar me despedindo de amigos queridos, e também deixando pra trás uma fase importante da minha vida.
O final é feliz porque todo mundo ficou bem e cada um vai encontrar seu caminho, mas também é triste porque não verei outra aventura daqueles Guardiões. Lindo demais!
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraMaluco pra caramba, criativo e muito engraçado, mas para por aí.
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraTUDO QUE NÓIS TEM É NÓIS!
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraProvavelmente um dos melhores da década.
Poucas vezes vi relações humanas - em especial a maternidade - serem tão bem exploradas, de forma íntima, sem nunca cair pra pieguice. Se existe a mensagem mais "genérica" (parar com as guerras, união entre os povos, etc.), o foco aqui são as emoções, os laços que nos unem, o motivo por qual estamos aqui. "Apesar de conhecer a jornada, e onde ela termina, eu decidi vivê-la mesmo assim". Vi pela segunda vez, e o filme só melhorou no quesito emoção, e também no apuro técnico, chegando bem próximo da perfeição.
Deveria ter ganhado o Oscar, porque era disparado o melhor daquele ano. Obra de arte.
PS: Se estiver afim de ver uma invasão alienígena, luta com arminha "piu piu", é melhor escolher outro filme.
Jerry Seinfeld: 23 Hours To Kill
3.6 18 Assista AgoraO estilo de humor do Jerry Seinfeld não é nem de longe o meu preferido, mas o cara é muito bom no que faz, não tem como negar.
O timing e o texto dele são impecáveis, mesmo tratando de temas como casamento e filhos, que se eu abrir minha geladeira vou encontrar um comediante fazendo piada sobre isso. Pra fazer piada boa com um assunto tão batido é preciso muito talento.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraIt's a little bit funny, this feeling inside 🎶
Que filme maravilhoso! Gostei demais da maneira diferente de filmar uma cinebiografia, em formato de musical (muito apropriado inclusive), com as músicas intercalando vários momentos da vida do Elton John, e números musicais que emulavam certas sensações e passagens de tempo. A cena envolvendo a composição de Your Song é de chorar de tão linda. E também o fato de não esconderem certos aspectos da vida do artista, portanto não é uma biografia "chapa branca" de forma alguma. Destaque muito positivo pra atuação de Egerton, que está ótimo no papel e CANTA todas as músicas (cof cof Rami Malek cof cof).
Apesar de alguns personagens periféricos terem grandes problemas no texto, o filme é excelente e é um trabalho digno, que homenageou muito bem um dos maiores artistas do século XX.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraObra-prima incontestável!
Atuações, direção, fotografia e roteiro: tudo no mais próximo da perfeição! Fiquei impressionado com o ritmo do filme, que apesar de ser de 1957, não demonstra lentidão nenhuma. A trama é muito envolvente e não gera cansaço em momento algum. Isso além dos temas muito fortes e relevantes, que são tratados de forma brilhante por roteiro, direção e atores.
Mesmo depois de mais de 60 anos, o filme continua muito atual. Clássico!
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraFilmaço!
Não é sempre que o Spike Lee acerta, mas quando acerta o cara sabe fazer um filme bom. Aqui podemos ver o balanço perfeito entre temas sociopolíticos muito sérios (com direito a um discuso belíssimo no início do filme), e um humor irônico afiadíssimo, que dá leveza pro filme, tornando a experiencia de assistir muito agradável, apesar da temática pesada.
Ótimo filme, e infelizmente, mais atual do que nunca.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraQuase insuportável de tão frenético!
A direção é praticamente perfeita, dando o tom desejado de urgência, aflição e perigo, mas também deixando o espectador se conectar com o personagem Howard, nos fazendo embarcar naquela loucura de apostas e trambiques. Muito disso também fica na conta do Adam Sandler, que está irreconhecível no papel. Com 10 minutos de filme eu esqueci que ele era o ator principal.
Dito isto, não recomendo o filme pra ninguém, pois entra na minha categoria de "filmes desgraçados". É como assistir seu time do coração numa decisão por pênaltis durante 2 horas seguidas. Angustiante ao extremo!
Constantine: Cidade dos Demônios
3.8 99 Assista AgoraPersonagem tratado com muito respeito.
O roteiro é bem bom mesmo, as soluções são bem desenvolvidas considerando a duração do filme, e a personalidade do Constantine e do Chas estão muito bem retratadas. Gostei bastante da solução final, que respeita muito o espírito das histórias originais.
O lado negativo fica pra animação que é genérica demais, e pra algumas soluções visuais que não curti tanto.
Será que é pedir demais um live action de Hellblazer?
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraFilme esquisitíssimo.
Mitologias, terror psicológico, Shakespeare, suspense, Lovecraft, e até uma dose de comédia, fazem desse O Farol um dos grandes filmes do "ano passado". Poderia ficar horas discutindo sobre todos os simbologismos, metáforas e significados dessa obra de arte. Pra mim é o encontro perfeito de uma direção magistral - o domínio de luz e sombra é de impressionar - e atuações estarrecedoras.
É um ensaio sobre a natureza masculina levada ao extremo, um contraste entre o sagrado feminino (a natureza, a luz, as águas), e o humano e selvagem masculino, cheio de amor e fúria.
Se tem alguém que conseguiria filmar uma história de Lovecraft seria Robert Eggers. Que talento!
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraFilme pode ser resumido pela palavra: DESNECESSÁRIO.
Não acrescenta praticamente nada a trama original, e perde o principal dela: a emoção. O visual realista torna a coisa toda meio bizarra (principalmente nas cenas musicais), parecendo um documentário do Animal Planet com musiquinhas no meio. A caracterização e expressão dos personagens foi jogada no lixo, basta ver os incontáveis vídeos na internet, comparando esse O Rei Leão, e o longa de 1994. Chega a dar uma tristeza.
É como se pegassem O Rei Leão de 1994, sugassem toda a alma da obra, e cobrassem para assistirmos. Triste realmente.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraA triste história de um divórcio.
O começo do filme me lembrou muito o começo de Up: Altas Aventuras, envolvendo o espectador no romance daquele casal. Isso foi primordial para todo o desenrolar pesado, e conflituoso desse História de um Casamento. Pra mim, Baumbach foi brilhante no desenvolvimento do divórcio, como cada parte é afetada de forma diferente, e como o relacionamento amoroso é uma coisa complicada, onde geralmente não há mocinhos e vilões, somente pessoas com falhas e virtudes.
Pra mim, Scarlett Johansson tem a melhor atuação da carreira, e Adam Driver prova que é um dos melhores atores dessa geração. Filme não indicado pra quem está passando por uma separação.
Meu Nome é Dolemite
3.8 361 Assista AgoraDespretensioso, engraçado, e representativo, Meu Nome é Dolemite é um grata surpresa.
Gostei principalmente da leveza do filme, quando podia puxar pra um lado mais dramalhão, o roteiro e direção logo corrigem o rumo, e dão o tom certo de humor que a história pede. Mesmo assim, há ótimas linhas de diálogo, mostrando a importância da representatividade na auto estima de quem está a margem da sociedade.
Como é bom ver Eddie Murphy voltando em grande estilo!
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraDois Papas tem nas atuações de Hopkins e Pryce os seus grandes trunfos, com certeza. A química entre os dois é hipnótica, tanto nos momentos de antagonismo, como nos momentos de mais intimidade. Até esqueci que o Jonathan Pryce é inglês. Achei que a direção (fotografia inclusa) acerta muito na ambientação, dando identidade para as diferentes regiões e períodos históricos.
Não gostei de certas partes do roteiro, como quando toca na questão da pedofilia, ou quando tenta "humanizar demais" o personagem de Bergoglio. Mas são pecados menores, pois se trata de um grande filme.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraUm épico, e dos melhores que já vi na vida!
Scorsese parece encontrar seu auge no crepúsculo da carreira. Mais do que um filme de máfia, O Irlandês é um filme sobre a vida, sobre escolhas e consequências, sobre envelhecer e morrer, sobre arrependimentos. As atuações são INACREDITÁVEIS de tão boas, justamente pelas sutilezas (Joe Pesci é maravilhoso), e Robert DeNiro tem uma das melhores cenas de sua vida aqui.
Deixe a porta entreaberta
PS: Assista como quiser, mas faz sim a diferença assistir de uma vez só.