Sim, o filme parece com um episódio de Black Mirror. Apesar desse tipo de crítica à tecnologia já ter sido abordada milhares de vezes (2001: A Space Odyssey, Ex-machina, Avengers: Age of Ultron, etc), o filme ainda consegue um espaço entre as boas obras utilizando esse tema. Primeiramente, falando da direção, ela consegue muito bem passar a ideia de "controle sobre o homem" nas cenas de ação, utilizando um movimento de câmera que acompanha perfeitamente cada ação do protagonista. Outra característica interessante é a iluminação, com um aspecto neon, cheia de cores fortes, inferindo uma ambientação futurista.
A história é interessante, porém previsível, em todos os filmes desse tipo a máquina sempre está por trás dos planos maléficos mirabolantes, porém gostei do final, achei ousado e pessimista.
Portanto, "Upgrade", apesar de abordar um tema batido, ainda consegue utilizá-lo de maneira sábia para fazer um filme bom.
Um dos filmes mais engraçados do ano!! Muito bom saber que um cara que começou no vine está dirigindo e escrevendo seu próprio filme, e um filme muito bom, diga-se de passagem. Na direção, ele conduz muito bem a história, utilizando sabiamente alguns zoom out's e tracking shots, porém é no roteiro que ele se destaca. É muito difícil não se identificar com Kayla, sua timidez e suas constantes tentativas de se enturmar resumem para muita gente a pré-adolescência. Outro personagem marcante é o pai da protagonista, que se esforça ao máximo para entender a filha, mas, como ela, é inseguro e falha ao tentar se aproximar. Além disso, o roteiro acerta no seu humor e nas situações constrangedoras, criando momentos impagáveis. As atuações também estão boas, quem se destaca é Elsie Fisher, transparecendo muito bem sua timidez com olhares baixos e insegurança na voz. Apesar de tudo, o filme tem alguns problemas, começando com a trilha sonora, a qual, ainda que seu conceito tenha me agradado, senti que em alguns períodos ela não acompanhava a emoção da cena, sendo que em momentos mais íntimos ou calmos, ela continuava animada. O roteiro também apresenta algumas imperfeições, já que ele desenvolve algumas situações e não as conclui no final. Contudo, "Eighth Grade" ainda se tornou um dos melhores filmes do ano, certamente um dos mais engraçados. Uma boa surpresa.
Muito interessante, ótimo concorrente a uma indicação ao oscar. Gostei muito de como a tensão do filme aumenta gradualmente, já que no início, aparentemente só estamos ouvindo uma história curiosa e interessante, porém, com o desenrolar dos fatos, as situações ficam mais inquietantes. A estrutura do filme também é bem feita, com a utilização da recriação de algumas partes da história, deixando-a mais fluida e palpável, e do recurso de flashbacks dentro do próprio documentário, se tornando bem eficientes no filme para reforçar argumentos. O longa perde um pouco de energia nos minutos finais e termina meio abruptamente, porém ainda assim se demonstra um documentário necessário e surpreendente.
Um dos melhores filmes de 2018. Fui assistir sem pretensões e me surpreendi positivamente. Como muitos outros esse ano, o filme trata da discriminação racial, principalmente nos Estados Unidos. Ele acerta em praticamente todos os aspectos. As atuações de Daveed Diggs e Rafael Casal são ótimas, não se nota que são atores em um papel. O roteiro, escrito pelos próprios protagonistas, aborda de maneira brilhante o racismo imperceptível para alguns, sendo que Collin representa o negro oprimido e pré-julgado que sempre sofre as consequências dos atos incorretos cometidos por brancos, mais especificamente, Miles. A trilha sonora a base de hip-hop é no ponto e a utilização da música é interessante, marcando momentos em que Collin se sente subjugado ou livre de julgamentos
(por exemplo, enquanto está na condicional, Collin só ouve Hip-Hop, porém, no seu primeiro dia livre, ouve Rock)
. Porém a principal qualidade do filme é sua direção, a qual, junto com a edição, elevaram essa obra a um nível surpreendente. Cada cena foi pensada, cada enquadramento. Os planos se comunicam, criando uma fluidez muito bem-vinda. Tiveram apenas duas cenas que não funcionaram pra mim:
a cena em que Collin liga para Val e ela explica o que é "blindspotting" e a cena em que Collin improvisa um rap no confronto com o policial. As duas cenas fazem sentido no filme e tem sua função, porém achei-as muito forçadas, tirando a naturalidade do filme.
Apesar disso, o filme ainda se destacou pra mim, sendo um exemplo de boa direção e uma ótima crítica social.
Me lembrou muito o filme "Locke", já que se passa totalmente em um local e acompanha uma noite intensa em que um homem que cometeu erros tenta resolvê-los por conversas telefônicas. É tenso, instigante e imersivo. Tomara que consiga uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Apesar de ter todos os clichês do gênero, incluindo personagens extremamente estereotipados, "Crazy Rich Asians" tem qualidades a mais do que a maioria das comédias românticas, começando pelo questão da inclusão, importante tópico discutido esse ano e motivo pra esse filme ter sido feito. Outro acerto é a direção, a qual é superior à grande maioria dos filmes desse gênero, tendo como destaques algumas transições divertidas e bem construídas e as cenas nas quais Rachel conhece a família de Nick, onde a escolha de direção transmite a ideia de que ela está sempre sendo julgada. O elenco principal está bom, eficiente, porém Constance Wu se destaca, transmitindo seu carisma durante todo filme. O elenco secundário é um problema, os personagens são completamente estereotipados, e, mesmo parecendo ser uma escolha proposital, é um defeito grave, o qual também se deve ao roteiro, que escolhe ir por um caminho conhecido para evitar erros. Contudo, gostei desse filme pelo seu tema principal e pelos personagens carismáticos, vale a pena assistir.
Costumo não gostar muito de filmes de sobrevivência em grupo, já que a grande maioria é recheada de clichês, mas confesso que gostei deste, me deixou intrigado. Apesar de considerá-lo bom, "Bird Box" não é perfeito, mas comecemos pelas suas qualidades. A primeira, sem dúvidas, é a ótima atuação de Sandra Bullock, conseguindo, através de sua personagem, transmitir preocupação, medo e insegurança ainda mantendo sua bravura diante de situações tensas. Outro acerto seria a concepção da "criatura" do filme, seu conceito é inteligente e instigante, possibilitando a criação de situações realmente angustiantes. Contudo, como tinha dito, o filme tem defeitos. Apesar de operante na maior parte do filme, a direção peca ligeiramente em algumas cenas de luta, utilizando-se de cortes excessivos e desnecessários. O roteiro, como de costume nesse gênero, utiliza-se de situações e personagens convenientes para o desenrolar da história (como, por exemplo, todo o arco contendo Charlie, Felix e Lucy). Porém, mesmo assim, acredito que o filme tenha sido bom, pois continuei pensando nele por um bom tempo.
No começo, confesso que achei que não ia gostar do filme, já que prefiro musicais com músicas inseridas nos diálogos, e esse estilo de "cabaret" não me encanta tanto, porém, com o decorrer do filme, entendi sobre o que se tratava e, quando acabou, percebi que tinha assistido um dos melhores musicais de todos os tempos. A forma como ele usa o entretenimento para mascarar os problemas tanto da sociedade (ascensão do nazismo), como os problemas pessoais de cada personagem é impecável. Um romance proibido pela ameaça nazista, dois homens se descobrindo gays impedidos de se relacionar por diferenças políticas, uma aspirante a atriz capaz de fazer qualquer coisa para atingir seu objetivo, até abortar um filho; são problemas pesadíssimos ofuscados pelas danças enervantes e músicas contagiantes do Cabaret. É uma crítica àquela época da Alemanha, às táticas de persuasão dos grupos antissemitistas. Aquela cena na qual Brian e Max vão a África e aquele garoto começa a cantar e, lentamente, o público entende que aquela é uma música nazista é uma das cenas mais impactantes que já vi. Além de conter tudo isso, esse foi o filme que me apresentou Liza Minnelli, a qual está incrível aqui, merecendo o oscar que recebeu. Por fim, "Cabaret" se tornou um dos meus músicais favoritos, muito pela sua importância e relevância histórica.
Um ótimo potencial, porém uma execução mediana. Acredito que esse filme só tenha sido indicado ao oscar pela sua temática e por sua co-produção americana, já que suas outras características não indicam tal mérito. Os problemas do filme estão mais em seu início do que no fim. Ele começa apressado demais, apresentando sua ambientação e o conflito de seus personagens em um período de tempo inábil para que o espectador absorva-os completamente, sendo necessário um desenvolvimento em um espaço de tempo maior. Com o decorrer do filme, ele vai melhorando, tendo alguns bons momentos de tensão e conflito entre personagens. Falando neles, percebi uma inconsistência no desenvolvimento de cada um, sendo que alguns, como Paulo e Maria, são bem desenvolvidos e outros, como Marcão e Julio, não. Sobre atuações, a maioria é boa, dando destaque para Pedro Cardoso, que explora bastante as incertezas de seu personagem, e Fernanda Torres, que impõe-se bem como líder. Em relação a direção, percebi que ela se usa diversas vezes de movimentos leves de câmera que, a meu ver, se tornam repetitivos com o decorrer do filme. Além disso, algumas cenas não expressam corretamente o devido impacto esperado pelos atos cometidos pelos personagens, suavizando involuntariamente alguns momentos. Portanto, apesar de ter sua importância, "O Que é Isso, Companheiro?" nos apresenta uma oportunidade perdida do que poderia se tornar um clássico.
Uma das melhores comédias românticas já criadas!! Billy Wilder é um gênio, e com certeza faz um de seus melhores trabalhos aqui. Sempre o admirarei pelo seu trabalho como diretor, mas é no roteiro que ele se torna imbatível. As situações criadas aqui são hiper criativas e divertidas, entretenimento puro, porém são os diálogos que se destacam por serem absolutamente impecáveis, cada palavra é pensada e cada frase é relembrada em um momento futuro oportuno do roteiro. Só com isso, o filme já se tornaria um clássico, entretanto ele ainda conta com um grande elenco que só ajudou a eternizar essa obra em nossas memórias. Primeiramente, temos Marilyn Monroe (meu Deus, que mulher!), que transmite carisma e sensualidade com uma naturalidade assombrosa, sendo perfeita para esse papel. Temos também Tony Curtis, que faz um belo trabalho aqui, mas é Jack Lemmon que rouba a cena, com sua atuação perfeitamente dosada em humor físico e em tom de voz afetado, porém sempre no limite do exagero. Ele entrega seu papel brilhantemente e recebe uma indicação merecida da Academia. Com isso, pode-se afirmar que, mesmo sendo uma diversão escapista assumidamente boba, essa obra está eternizada como um dos melhores filmes de sua época. Imperdível!! PS: É nítida a inspiração dos criadores de "As Branquelas", já que grande parte desse filme é praticamente igual à obra de Billy Wilder.
Um bom entretenimento. Os roteiristas desse filme definitivamente não queriam errar aqui, portanto foram pelo caminho mais fácil e escreveram um filme formulaico, previsível e sem muita inspiração, o que me incomodou um pouco. Apesar desse defeito, James Wan, com todo seu brilhantismo, salva o filme, pois, como já fez antes em "Invocação do Mal", consegue extrair o máximo dessa obra mesmo com um roteiro simples. Seus enquadramentos são inventivos, suas transições, fluidas, e as cenas de ação se destacam por conterem planos longos, sem cortes excessivos. Contudo, o filme também peca em sua trilha sonora, que, apesar de cumprir seu papel em momentos de tensão, se demonstra sem inspiração em momentos mais jocosos. Portanto, "Aquaman" não é um novo clássico de filmes de super heróis, porém entretém e diverte.
O filme é bem engraçado, mas depois de assistir "Some Like it Hot", percebi da onde os criadores desse filme se inspiraram para fazê-lo, os dois têm muita semelhança.
Uma das melhores animações que já vi. Geralmente, não sou tão fascinado por animações japonesas, sempre gostei, mas não fazem muito meu estilo, porém esta daqui com certeza é uma exceção, pois achei o seu hype completamente justificável depois que assisti a esse filme. Hayao Miyazaki é o mestre das animações, e aqui, ao meu ver, chega ao seu ápice, pois constrói uma história envolvente, empolgante e, principalmente, relevante, considerando que, mesmo após 20 anos, o tema desmatamento e a exploração inconsequente da natureza ainda são tópicos expressivos. Além disso, o diretor ainda se utiliza de metáforas para passar sua ideia, como a infecção movida pelo ódio e desejo de vingança, os quais não são a solução, mas devem ser combatidos para que o mal não prevaleça. Em cima de tudo isso, o filme ainda consegue nos abrilhantar com cenas de ação impressionantes e inesperadamente violentas, mostrando que essa animação foi feita para um público mais velho. Portanto, considero "Princesa Mononoke" uma animação obrigatória para qualquer cinéfilo, sendo, na minha opinião, a melhor dos Studios Ghibli (pelo menos até agora).
Um conceito muito bacana, gostei. O filme inova bastante na maneira de construir seu antagonista (que me lembrou muito "Invasion of the Body Snatchers"), deixando o espectador aflito em praticamente todo instante. Grande parte da tensão gerada aqui é graças a direção, muito fluida, com zooms e alguns movimentos de câmera bem lentos, dando a ideia de que a protagonista está sempre sendo perseguida. Outro aspecto do longa bem utilizado na construção de sua atmosfera é a trilha sonora, a qual, em momentos inquietantes, utiliza batidas secas, e no resto do filme, remete à trilhas oitentistas pela música eletrônica sintética. O roteiro desse longa com certeza se destaca entre suas qualidades, já que, mesmo com alguns poucos jump scares desnecessários e algumas decisões duvidosas da personagem principal, ele consegue ser original e criativo. Portanto, "It Follows" refresca o gênero de terror com uma ideia original, gerando tensão e angústia durante praticamente toda sua duração.
O primeiro é melhor, mas esse ainda faz um bom trabalho. James Wan é o cara. Ele sabe perfeitamente o que está fazendo, tem estilo (até demais pra esse filme), sabe estabelecer a atmosfera e imergir o seu público na história com seus planos longos, criatividade na movimentação de câmera e na construção das cena. Ele é minha esperança para filmes de terror, mesmo não sendo um grande fá deste gênero. Apesar desse grande diretor, o filme peca em alguns aspectos. É longo demais, principalmente sua primeira metade, que poderia ter sido reduzida consideravelmente. A história também é confusa. Deixa eu ver se entendi:
a "freira" manipulou outro fantasma para possuir o corpo de uma menina para chamar atenção do casal exorcista para que ela possa matar Ed? Por que ela não o mata em sua própria casa? Por que ela avisa Lorraine que o matará? Não seria mais fácil matá-lo sem que ela soubesse? Pra mim, existem maneiras muito mais fáceis de se matar um cara, e, na minha opinião, grande parte da história foi completamente desnecessária.
Com tudo, "The Conjuring 2" é um bom filme de terror, com poucas, porém consideráveis falhas.
Muito bom ver o cinema nacional arriscando com obras como essa, isso me dá esperanças. "As Boas Maneiras" me intrigou bastante e tenho várias considerações a fazer:
Pontos positivos: - Fotografia muito bem feita, o azul é muito bem utilizado aqui, simbolizando a lua, e o jeito como o céu foi manipulado combina com o clima do filme; - A direção é bastante competente, gerando momentos magníficos de tensão; - A atuação das duas protagonistas é muito boa, principalmente a da Marjorie Estiano, ela estava excelente aqui, natural quando devia, e em momentos mais intensos, ela segurava a onda. A Isabél Zuaa melhorou ao decorrer do filme, pois achei que no começo ela estava um pouco contida demais, mas isso mudou durante o longa; - A trilha sonora é muito boa, misteriosa e apreensiva em momentos certos.
Pontos negativos: - O filme é muito longo, poderia ter, no mínimo, 20 minutos a menos; - Não gosto quando um filme aparenta ser a mistura de dois, acho que a interligação entre as duas histórias deveria ser mais natural;
- Alguns pontos do filme são desnecessários, como: - O romance entre Clara e Ana; - Todas as cantorias, tanto a da mendiga quanto a de Clara, achei que foram mal colocadas e destoam no filme; - Todo o trecho em que Maurício e Joel vão ao shopping, acho que se o filme tivesse elaborado um pouco mais o ataque na festa junina, seria melhor; - A perseguição dos pais no final. Acho que isso não aconteceria realmente.
Apesar de tudo, o filme deve ser visto e apoiado, precisamos de mais produções como essa pra mudar um pouco a cara do cinema nacional.
Ao meu ver, o filme aborda o drama de um personagem que, por ter sofrido e por ter visto muito sofrimento em sua vida, luta com a ideia de se matar, porém, não o faz, porque sempre há alguém por perto que precisa de seus cuidados. A direção do longa é bem feita, com momentos pontuais que gostei bastante, como a cena da invasão domiciliar e a do lago. A atuação de Joaquin Phoenix é boa, ele mostra um homem atormentado e resiliente. Na minha visão, existem três aspectos dessa obra que, se feitos com excelência, fariam com que o filme me impactasse. São eles: o sofrimento passado do personagem, a vontade de se matar presente e as pessoas dependentes dele até um futuro próximo. Pra mim, o filme acerta em dois desses três pontos. Acho que a vontade de se matar é muito palpável aqui, pois o filme nos mostra várias ocasiões em que o personagem sofre profundamente e imagina-se suicidando (um momento muito interessante é quando Joe está comendo jujuba e, quando se depara com uma verde, a amassa, porém quando encontra uma vermelha, come com gosto). As personagens secundárias são bem estabelecidas em sua vida, sendo visível seu apreço por elas, porém o filme peca, em minha opinião, em nos mostrar a partir de flash's rápidos o motivo de sua amargura. Isso impede que o público sofra com o personagem, pois este sofrimento nos é apresentado apressadamente. Acredito que esse foi o motivo de não ter gostado do filme tanto assim, mas ainda sim, é uma boa obra.
Até me esforcei, mas não consegui gostar desse filme. Aprecio muito o trabalho do Linklater, com seu super naturalismo e tal, mas sempre em seus filmes, pelo menos nos que assisti, esse naturalismo tem uma função narrativa, como, por exemplo, em "Boyhood", no qual se faz necessário para mostrar 12 anos da vida de um rapaz, ou na trilogia "Before", para expressar as etapas de um romance, porém aqui não vejo essa função. Até entendo que seu objetivo era apenas mostrar pessoas e ideias diferentes, porém acho importante que o filme tenha uma história concreta, e que utilize-a como fio condutor para expor tais ideias.
Acho que essa média geral do filmow aumentou muito minhas expectativas, porque não achei o filme tudo isso como dizem. A obra tem diversos pontos positivos, como a bela fotografia, utilizando majoritariamente tons amarelos e azuis, as músicas escolhidas aqui são perfeitas, as atuações são boas, a direção é competente, ela brinca bastante com o foco, usa muito cenas em slow motion e a escolha de filmar com a tela mais estreita foi acertada, na minha opinião (apesar de não ter vista a tela aumentar em nenhum momento), porém o problema do filme, pra mim, foi o roteiro. A história até que é interessante, porém entedia em certos momentos e é cheia de chichês do gênero, como um adolescente rebelde com pais inconsequentes, uma montagem em câmera lenta de pessoas correndo na praia, indo em festas, etc. Também acho que a personagem da Suzanne Clément poderia ter sido mais bem utilizada e desenvolvida no filme. Sendo assim, o filme me agradou, mas não como eu imaginava.
Esse filme é perfeito pra quem já assistiu a muitos slashers. Eu ainda não assisti a muitas obras desse gênero, mas gostei bastante de "Scream". A direção de Wes Craven está ótima, criando momentos genuínos de tensão, como a brilhante cena inicial com Drew Barrymore, a história é eficaz (todo mundo é suspeito aqui) e cria uma submersão ao gênero, acompanhada por constantes referências a clássicos do terror. As atuações variam entre ótimas (como a de Courteney Cox) e um pouco forçadas (como a de Matthew Lillard, apesar de melhorar no final), mas a maioria está ok. Portanto, apesar de não ser um filme tão assustador assim, "Scream" é um ótimo slasher e deve ser assistido. Ps: Os créditos finais desse filme são hilários kkk
Upgrade: Atualização
3.7 687 Assista AgoraSim, o filme parece com um episódio de Black Mirror.
Apesar desse tipo de crítica à tecnologia já ter sido abordada milhares de vezes (2001: A Space Odyssey, Ex-machina, Avengers: Age of Ultron, etc), o filme ainda consegue um espaço entre as boas obras utilizando esse tema. Primeiramente, falando da direção, ela consegue muito bem passar a ideia de "controle sobre o homem" nas cenas de ação, utilizando um movimento de câmera que acompanha perfeitamente cada ação do protagonista. Outra característica interessante é a iluminação, com um aspecto neon, cheia de cores fortes, inferindo uma ambientação futurista.
A história é interessante, porém previsível, em todos os filmes desse tipo a máquina sempre está por trás dos planos maléficos mirabolantes, porém gostei do final, achei ousado e pessimista.
Portanto, "Upgrade", apesar de abordar um tema batido, ainda consegue utilizá-lo de maneira sábia para fazer um filme bom.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraUm dos filmes mais engraçados do ano!!
Muito bom saber que um cara que começou no vine está dirigindo e escrevendo seu próprio filme, e um filme muito bom, diga-se de passagem. Na direção, ele conduz muito bem a história, utilizando sabiamente alguns zoom out's e tracking shots, porém é no roteiro que ele se destaca. É muito difícil não se identificar com Kayla, sua timidez e suas constantes tentativas de se enturmar resumem para muita gente a pré-adolescência. Outro personagem marcante é o pai da protagonista, que se esforça ao máximo para entender a filha, mas, como ela, é inseguro e falha ao tentar se aproximar. Além disso, o roteiro acerta no seu humor e nas situações constrangedoras, criando momentos impagáveis. As atuações também estão boas, quem se destaca é Elsie Fisher, transparecendo muito bem sua timidez com olhares baixos e insegurança na voz. Apesar de tudo, o filme tem alguns problemas, começando com a trilha sonora, a qual, ainda que seu conceito tenha me agradado, senti que em alguns períodos ela não acompanhava a emoção da cena, sendo que em momentos mais íntimos ou calmos, ela continuava animada. O roteiro também apresenta algumas imperfeições, já que ele desenvolve algumas situações e não as conclui no final. Contudo, "Eighth Grade" ainda se tornou um dos melhores filmes do ano, certamente um dos mais engraçados. Uma boa surpresa.
Três Estranhos Idênticos
4.0 215 Assista AgoraMuito interessante, ótimo concorrente a uma indicação ao oscar.
Gostei muito de como a tensão do filme aumenta gradualmente, já que no início, aparentemente só estamos ouvindo uma história curiosa e interessante, porém, com o desenrolar dos fatos, as situações ficam mais inquietantes. A estrutura do filme também é bem feita, com a utilização da recriação de algumas partes da história, deixando-a mais fluida e palpável, e do recurso de flashbacks dentro do próprio documentário, se tornando bem eficientes no filme para reforçar argumentos. O longa perde um pouco de energia nos minutos finais e termina meio abruptamente, porém ainda assim se demonstra um documentário necessário e surpreendente.
Ponto Cego
4.0 142 Assista AgoraUm dos melhores filmes de 2018.
Fui assistir sem pretensões e me surpreendi positivamente. Como muitos outros esse ano, o filme trata da discriminação racial, principalmente nos Estados Unidos. Ele acerta em praticamente todos os aspectos. As atuações de Daveed Diggs e Rafael Casal são ótimas, não se nota que são atores em um papel. O roteiro, escrito pelos próprios protagonistas, aborda de maneira brilhante o racismo imperceptível para alguns, sendo que Collin representa o negro oprimido e pré-julgado que sempre sofre as consequências dos atos incorretos cometidos por brancos, mais especificamente, Miles. A trilha sonora
a base de hip-hop é no ponto e a utilização da música é interessante, marcando momentos em que Collin se sente subjugado ou livre de julgamentos
(por exemplo, enquanto está na condicional, Collin só ouve Hip-Hop, porém, no seu primeiro dia livre, ouve Rock)
Tiveram apenas duas cenas que não funcionaram pra mim:
a cena em que Collin liga para Val e ela explica o que é "blindspotting" e a cena em que Collin improvisa um rap no confronto com o policial. As duas cenas fazem sentido no filme e tem sua função, porém achei-as muito forçadas, tirando a naturalidade do filme.
Apesar disso, o filme ainda se destacou pra mim, sendo um exemplo de boa direção e uma ótima crítica social.
Culpa
3.9 355 Assista AgoraMe lembrou muito o filme "Locke", já que se passa totalmente em um local e acompanha uma noite intensa em que um homem que cometeu erros tenta resolvê-los por conversas telefônicas. É tenso, instigante e imersivo. Tomara que consiga uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Podres de Ricos
3.5 509 Assista AgoraApesar de ter todos os clichês do gênero, incluindo personagens extremamente estereotipados, "Crazy Rich Asians" tem qualidades a mais do que a maioria das comédias românticas, começando pelo questão da inclusão, importante tópico discutido esse ano e motivo pra esse filme ter sido feito. Outro acerto é a direção, a qual é superior à grande maioria dos filmes desse gênero, tendo como destaques algumas transições divertidas e bem construídas e as cenas nas quais Rachel conhece a família de Nick, onde a escolha de direção transmite a ideia de que ela está sempre sendo julgada. O elenco principal está bom, eficiente, porém Constance Wu se destaca, transmitindo seu carisma durante todo filme. O elenco secundário é um problema, os personagens são completamente estereotipados, e, mesmo parecendo ser uma escolha proposital, é um defeito grave, o qual também se deve ao roteiro, que escolhe ir por um caminho conhecido para evitar erros.
Contudo, gostei desse filme pelo seu tema principal e pelos personagens carismáticos, vale a pena assistir.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraCostumo não gostar muito de filmes de sobrevivência em grupo, já que a grande maioria é recheada de clichês, mas confesso que gostei deste, me deixou intrigado.
Apesar de considerá-lo bom, "Bird Box" não é perfeito, mas comecemos pelas suas qualidades. A primeira, sem dúvidas, é a ótima atuação de Sandra Bullock, conseguindo, através de sua personagem, transmitir preocupação, medo e insegurança ainda mantendo sua bravura diante de situações tensas. Outro acerto seria a concepção da "criatura" do filme, seu conceito é inteligente e instigante, possibilitando a criação de situações realmente angustiantes. Contudo, como tinha dito, o filme tem defeitos. Apesar de operante na maior parte do filme, a direção peca ligeiramente em algumas cenas de luta, utilizando-se de cortes excessivos e desnecessários. O roteiro, como de costume nesse gênero, utiliza-se de situações e personagens convenientes para o desenrolar da história (como, por exemplo, todo o arco contendo Charlie, Felix e Lucy). Porém, mesmo assim, acredito que o filme tenha sido bom, pois continuei pensando nele por um bom tempo.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraHit the road Jack, and don't you come back no more.
Nunca ri tanto hahaha.
Cabaret
4.2 253No começo, confesso que achei que não ia gostar do filme, já que prefiro musicais com músicas inseridas nos diálogos, e esse estilo de "cabaret" não me encanta tanto, porém, com o decorrer do filme, entendi sobre o que se tratava e, quando acabou, percebi que tinha assistido um dos melhores musicais de todos os tempos.
A forma como ele usa o entretenimento para mascarar os problemas tanto da sociedade (ascensão do nazismo), como os problemas pessoais de cada personagem é impecável. Um romance proibido pela ameaça nazista, dois homens se descobrindo gays impedidos de se relacionar por diferenças políticas, uma aspirante a atriz capaz de fazer qualquer coisa para atingir seu objetivo, até abortar um filho; são problemas pesadíssimos ofuscados pelas danças enervantes e músicas contagiantes do Cabaret. É uma crítica àquela época da Alemanha, às táticas de persuasão dos grupos antissemitistas. Aquela cena na qual Brian e Max vão a África e aquele garoto começa a cantar e, lentamente, o público entende que aquela é uma música nazista é uma das cenas mais impactantes que já vi.
Além de conter tudo isso, esse foi o filme que me apresentou Liza Minnelli, a qual está incrível aqui, merecendo o oscar que recebeu.
Por fim, "Cabaret" se tornou um dos meus músicais favoritos, muito pela sua importância e relevância histórica.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 341 Assista AgoraUm ótimo potencial, porém uma execução mediana.
Acredito que esse filme só tenha sido indicado ao oscar pela sua temática e por sua co-produção americana, já que suas outras características não indicam tal mérito.
Os problemas do filme estão mais em seu início do que no fim. Ele começa apressado demais, apresentando sua ambientação e o conflito de seus personagens em um período de tempo inábil para que o espectador absorva-os completamente, sendo necessário um desenvolvimento em um espaço de tempo maior. Com o decorrer do filme, ele vai melhorando, tendo alguns bons momentos de tensão e conflito entre personagens. Falando neles, percebi uma inconsistência no desenvolvimento de cada um, sendo que alguns, como Paulo e Maria, são bem desenvolvidos e outros, como Marcão e Julio, não. Sobre atuações, a maioria é boa, dando destaque para Pedro Cardoso, que explora bastante as incertezas de seu personagem, e Fernanda Torres, que impõe-se bem como líder. Em relação a direção, percebi que ela se usa diversas vezes de movimentos leves de câmera que, a meu ver, se tornam repetitivos com o decorrer do filme. Além disso, algumas cenas não expressam corretamente o devido impacto esperado pelos atos cometidos pelos personagens, suavizando involuntariamente alguns momentos.
Portanto, apesar de ter sua importância, "O Que é Isso, Companheiro?" nos apresenta uma oportunidade perdida do que poderia se tornar um clássico.
Quanto Mais Quente Melhor
4.3 853 Assista AgoraUma das melhores comédias românticas já criadas!!
Billy Wilder é um gênio, e com certeza faz um de seus melhores trabalhos aqui. Sempre o admirarei pelo seu trabalho como diretor, mas é no roteiro que ele se torna imbatível. As situações criadas aqui são hiper criativas e divertidas, entretenimento puro, porém são os diálogos que se destacam por serem absolutamente impecáveis, cada palavra é pensada e cada frase é relembrada em um momento futuro oportuno do roteiro. Só com isso, o filme já se tornaria um clássico, entretanto ele ainda conta com um grande elenco que só ajudou a eternizar essa obra em nossas memórias. Primeiramente, temos Marilyn Monroe (meu Deus, que mulher!), que transmite carisma e sensualidade com uma naturalidade assombrosa, sendo perfeita para esse papel. Temos também Tony Curtis, que faz um belo trabalho aqui, mas é Jack Lemmon que rouba a cena, com sua atuação perfeitamente dosada em humor físico e em tom de voz afetado, porém sempre no limite do exagero. Ele entrega seu papel brilhantemente e recebe uma indicação merecida da Academia.
Com isso, pode-se afirmar que, mesmo sendo uma diversão escapista assumidamente boba, essa obra está eternizada como um dos melhores filmes de sua época. Imperdível!!
PS: É nítida a inspiração dos criadores de "As Branquelas", já que grande parte desse filme é praticamente igual à obra de Billy Wilder.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraUm bom entretenimento.
Os roteiristas desse filme definitivamente não queriam errar aqui, portanto foram pelo caminho mais fácil e escreveram um filme formulaico, previsível e sem muita inspiração, o que me incomodou um pouco. Apesar desse defeito, James Wan, com todo seu brilhantismo, salva o filme, pois, como já fez antes em "Invocação do Mal", consegue extrair o máximo dessa obra mesmo com um roteiro simples. Seus enquadramentos são inventivos, suas transições, fluidas, e as cenas de ação se destacam por conterem planos longos, sem cortes excessivos.
Contudo, o filme também peca em sua trilha sonora, que, apesar de cumprir seu papel em momentos de tensão, se demonstra sem inspiração em momentos mais jocosos.
Portanto, "Aquaman" não é um novo clássico de filmes de super heróis, porém entretém e diverte.
As Branquelas
3.7 3,0K Assista AgoraO filme é bem engraçado, mas depois de assistir "Some Like it Hot", percebi da onde os criadores desse filme se inspiraram para fazê-lo, os dois têm muita semelhança.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraUma das melhores animações que já vi.
Geralmente, não sou tão fascinado por animações japonesas, sempre gostei, mas não fazem muito meu estilo, porém esta daqui com certeza é uma exceção, pois achei o seu hype completamente justificável depois que assisti a esse filme.
Hayao Miyazaki é o mestre das animações, e aqui, ao meu ver, chega ao seu ápice, pois constrói uma história envolvente, empolgante e, principalmente, relevante, considerando que, mesmo após 20 anos, o tema desmatamento e a exploração inconsequente da natureza ainda são tópicos expressivos. Além disso, o diretor ainda se utiliza de metáforas para passar sua ideia, como a infecção movida pelo ódio e desejo de vingança, os quais não são a solução, mas devem ser combatidos para que o mal não prevaleça. Em cima de tudo isso, o filme ainda consegue nos abrilhantar com cenas de ação impressionantes e inesperadamente violentas, mostrando que essa animação foi feita para um público mais velho.
Portanto, considero "Princesa Mononoke" uma animação obrigatória para qualquer cinéfilo, sendo, na minha opinião, a melhor dos Studios Ghibli (pelo menos até agora).
A Marcha dos Pinguins
3.9 248Que vontade que deu de assistir "Happy Feet" agora.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraUm conceito muito bacana, gostei.
O filme inova bastante na maneira de construir seu antagonista (que me lembrou muito "Invasion of the Body Snatchers"), deixando o espectador aflito em praticamente todo instante. Grande parte da tensão gerada aqui é graças a direção, muito fluida, com zooms e alguns movimentos de câmera bem lentos, dando a ideia de que a protagonista está sempre sendo perseguida. Outro aspecto do longa bem utilizado na construção de sua atmosfera é a trilha sonora, a qual, em momentos inquietantes, utiliza batidas secas, e no resto do filme, remete à trilhas oitentistas pela música eletrônica sintética. O roteiro desse longa com certeza se destaca entre suas qualidades, já que, mesmo com alguns poucos jump scares desnecessários e algumas decisões duvidosas da personagem principal, ele consegue ser original e criativo.
Portanto, "It Follows" refresca o gênero de terror com uma ideia original, gerando tensão e angústia durante praticamente toda sua duração.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraO primeiro é melhor, mas esse ainda faz um bom trabalho.
James Wan é o cara. Ele sabe perfeitamente o que está fazendo, tem estilo (até demais pra esse filme), sabe estabelecer a atmosfera e imergir o seu público na história com seus planos longos, criatividade na movimentação de câmera e na construção das cena. Ele é minha esperança para filmes de terror, mesmo não sendo um grande fá deste gênero.
Apesar desse grande diretor, o filme peca em alguns aspectos. É longo demais, principalmente sua primeira metade, que poderia ter sido reduzida consideravelmente. A história também é confusa. Deixa eu ver se entendi:
a "freira" manipulou outro fantasma para possuir o corpo de uma menina para chamar atenção do casal exorcista para que ela possa matar Ed? Por que ela não o mata em sua própria casa? Por que ela avisa Lorraine que o matará? Não seria mais fácil matá-lo sem que ela soubesse? Pra mim, existem maneiras muito mais fáceis de se matar um cara, e, na minha opinião, grande parte da história foi completamente desnecessária.
Com tudo, "The Conjuring 2" é um bom filme de terror, com poucas, porém consideráveis falhas.
As Bicicletas de Belleville
4.2 340Sempre bacana assistir algo além do mainstream da Disney/Pixar/Studio Ghibli.
As Boas Maneiras
3.5 648 Assista AgoraMuito bom ver o cinema nacional arriscando com obras como essa, isso me dá esperanças.
"As Boas Maneiras" me intrigou bastante e tenho várias considerações a fazer:
Pontos positivos:
- Fotografia muito bem feita, o azul é muito bem utilizado aqui, simbolizando a lua, e o jeito como o céu foi manipulado combina com o clima do filme;
- A direção é bastante competente, gerando momentos magníficos de tensão;
- A atuação das duas protagonistas é muito boa, principalmente a da Marjorie Estiano, ela estava excelente aqui, natural quando devia, e em momentos mais intensos, ela segurava a onda. A Isabél Zuaa melhorou ao decorrer do filme, pois achei que no começo ela estava um pouco contida demais, mas isso mudou durante o longa;
- A trilha sonora é muito boa, misteriosa e apreensiva em momentos certos.
Pontos negativos:
- O filme é muito longo, poderia ter, no mínimo, 20 minutos a menos;
- Não gosto quando um filme aparenta ser a mistura de dois, acho que a interligação entre as duas histórias deveria ser mais natural;
- Alguns pontos do filme são desnecessários, como:
- O romance entre Clara e Ana;
- Todas as cantorias, tanto a da mendiga quanto a de Clara, achei que foram mal colocadas e destoam no filme;
- Todo o trecho em que Maurício e Joel vão ao shopping, acho que se o filme tivesse elaborado um pouco mais o ataque na festa junina, seria melhor;
- A perseguição dos pais no final. Acho que isso não aconteceria realmente.
Apesar de tudo, o filme deve ser visto e apoiado, precisamos de mais produções como essa pra mudar um pouco a cara do cinema nacional.
O Homem-Urso
4.1 143 Assista Agora"I can feel the poop. It's warm. It just came from her butt." Timothy Treadwell
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraAo meu ver, o filme aborda o drama de um personagem que, por ter sofrido e por ter visto muito sofrimento em sua vida, luta com a ideia de se matar, porém, não o faz, porque sempre há alguém por perto que precisa de seus cuidados. A direção do longa é bem feita, com momentos pontuais que gostei bastante, como a cena da invasão domiciliar e a do lago. A atuação de Joaquin Phoenix é boa, ele mostra um homem atormentado e resiliente.
Na minha visão, existem três aspectos dessa obra que, se feitos com excelência, fariam com que o filme me impactasse. São eles: o sofrimento passado do personagem, a vontade de se matar presente e as pessoas dependentes dele até um futuro próximo. Pra mim, o filme acerta em dois desses três pontos. Acho que a vontade de se matar é muito palpável aqui, pois o filme nos mostra várias ocasiões em que o personagem sofre profundamente e imagina-se suicidando (um momento muito interessante é quando Joe está comendo jujuba e, quando se depara com uma verde, a amassa, porém quando encontra uma vermelha, come com gosto). As personagens secundárias são bem estabelecidas em sua vida, sendo visível seu apreço por elas, porém o filme peca, em minha opinião, em nos mostrar a partir de flash's rápidos o motivo de sua amargura. Isso impede que o público sofra com o personagem, pois este sofrimento nos é apresentado apressadamente. Acredito que esse foi o motivo de não ter gostado do filme tanto assim, mas ainda sim, é uma boa obra.
Slacker
3.6 89Até me esforcei, mas não consegui gostar desse filme. Aprecio muito o trabalho do Linklater, com seu super naturalismo e tal, mas sempre em seus filmes, pelo menos nos que assisti, esse naturalismo tem uma função narrativa, como, por exemplo, em "Boyhood", no qual se faz necessário para mostrar 12 anos da vida de um rapaz, ou na trilogia "Before", para expressar as etapas de um romance, porém aqui não vejo essa função. Até entendo que seu objetivo era apenas mostrar pessoas e ideias diferentes, porém acho importante que o filme tenha uma história concreta, e que utilize-a como fio condutor para expor tais ideias.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraAcho que essa média geral do filmow aumentou muito minhas expectativas, porque não achei o filme tudo isso como dizem.
A obra tem diversos pontos positivos, como a bela fotografia, utilizando majoritariamente tons amarelos e azuis, as músicas escolhidas aqui são perfeitas, as atuações são boas, a direção é competente, ela brinca bastante com o foco, usa muito cenas em slow motion e a escolha de filmar com a tela mais estreita foi acertada, na minha opinião (apesar de não ter vista a tela aumentar em nenhum momento), porém o problema do filme, pra mim, foi o roteiro. A história até que é interessante, porém entedia em certos momentos e é cheia de chichês do gênero, como um adolescente rebelde com pais inconsequentes, uma montagem em câmera lenta de pessoas correndo na praia, indo em festas, etc. Também acho que a personagem da Suzanne Clément poderia ter sido mais bem utilizada e desenvolvida no filme.
Sendo assim, o filme me agradou, mas não como eu imaginava.
Pânico
3.6 1,6K Assista AgoraEsse filme é perfeito pra quem já assistiu a muitos slashers.
Eu ainda não assisti a muitas obras desse gênero, mas gostei bastante de "Scream". A direção de Wes Craven está ótima, criando momentos genuínos de tensão, como a brilhante cena inicial com Drew Barrymore, a história é eficaz (todo mundo é suspeito aqui) e cria uma submersão ao gênero, acompanhada por constantes referências a clássicos do terror. As atuações variam entre ótimas (como a de Courteney Cox) e um pouco forçadas (como a de Matthew Lillard, apesar de melhorar no final), mas a maioria está ok.
Portanto, apesar de não ser um filme tão assustador assim, "Scream" é um ótimo slasher e deve ser assistido.
Ps: Os créditos finais desse filme são hilários kkk