O Freddie do longa parece esquisito e afetado, bem longe da imagem que se tem dele, com classe e um charme particular. Esperava bem mais da atuação favorita ao Oscar, no geral me pareceu extremamente forçada e caricata. Não vejo muitas qualidades no filme além dos clássicos dublados do Queen.
Direção e fotografia magníficas. Planos estáticos que com cuidado se afastam da simetria e planos em movimento que se movem como numa dança (a cena da Zula boiando no lago, belíssimo). No cenário da guerra, a ideologia e amor são os elementos direcionam os caminhos dos personagens.
Gosto como o filme naturaliza a fantasia, os personagens são muito carismáticos e como é de se esperar nos filmes do Miyazaki, mexe muito com as emoções, é lindo. Ainda que o roteiro não esclareça muito bem a trama, o embate central, é um belo filme, com personagens encantadores.
Se um dia me pedirem pra definir o cinema com um filme, certamente diria "Limite". Música, imagem e detalhes apenas para construir uma narrativa, que a princípio é difícil de acompanhar. Aqui a câmera vai muito além de um equipamento, mas participa do filme, dá o tom das cenas, velocidade, importância, é linda a cena dos closes no cinema. Destaco ainda a edição e montagem do filme, muito importante também para a construção da narrativa. Diferente de outros filmes mudos, em especial os do Chaplin, que o humor desenvolve a narrativa, aqui é a própria câmera que faz esse papel, algo difícil, creio que isso seja o cinema primitivo.
Fraco. O filme tem ótimos planos, aqui Nolan mostra que é sim, é um grande diretor, mas lhe falta muito pra ser um cineasta de peso. Acredito que em quesitos técnicos não haja muito o que falar, a não ser a trilha sonora que, desde A Origem, são exageradas. Falta substância, alma à história. Um filme que provoca indiferença, algo muito desagradável no cinema e quase impossível de se conseguir, não desenvolver nenhum tipo de empatia pela história ou pelos personagens; Uma proeza que o Nolan conseguiu.
Grande filme, uma história muito bem contato, a comédia do filme é impecável. Pra mim os pontos negativos, que acredito que vá pesar são a introdução do filme e o colapso do personagem, ambos muito rápidos.
Ótima construção do personagem feita pelo Casey Affleck, o filme é dele, porém chega um momento em que o roteiro não consegue extrair mais nada de novo desse personagem. Certamente a participação da personagem da Michelle Williams foi o que faltou, justamente por terem aquela dor incurável em comum, uma cena apenas entre os dois não bastou, não senti emoção dos atores em si, mas compreendo que o texto da cena é verossível, apesar de não ter me agradado. Um bom drama, tem triste, que não apela para o sentimentalismo, a dor está no semblante dos personagens, por isso que a atuação do Casey foi tão boa.
Deixar um questionamento no ar é bem usual no cinema de suspense e costuma dar muito certo. Rua Cloverfield, 10 flerta com isso, porém é bastante corojoso em não cair em uma resolução que seria inegavelmente previsível. Aqui se constrói todo um suspense a partir da dúvida, seria aquilo real ou não? A qualidade do roteiro é evidenciada quando, o vilão, tão facilmente moldado pelo início da trama e por experiência anteriores dos espectadores, não é aquele imagino e até, desejado.
Ótima atuação da Mary Elizabeth, carregando toda a dúvida da personagem, o trio principal está ótimo. Um excelente suspense e muito corajoso.
Lendo matérias de sites sobre o filme e vindo aqui ler os comentários me vieram lágrimas dos olhos. Após esse pequeno intervalo entre o fim do filme e o início desse texto, Boi Neon se mostra poderosíssimo, seja nos quesitos técnicos ou por seu roteiro hábil ao se permitir moroso. A mise en scene perfeita, a câmera cria verdadeiros quadros que se movimentam aos nossos olhos e é esse jogo entre o estático e o movimento que se constrói a maior parte da cinematografia do longa. Ou então pelos momentos que o roteiro parece não ir a lugar algum, mas ele se desenvolve tranquilo no dia-a-dia dos personagens, dando voz aos sotaques, permitindo frases e situações engraçadas sem nenhum esforço, se utilizando apenas dos momentos que o passar dos dias vão trazendo. E na principal cena de sexo (onde é, talvez, afirmada o principal ponto do filme), bem preparada por uma ótima anterior, é representada toda a beleza da arte, um desejo e uma verdade raramente vistas em tela. Impressiona como as questões de gênero estão ali de um modo tão natural que são quase imperceptíveis. E como os nossos sonhos estão tão presentes no cotidiano, não deixando de ser apenas sonhos e as vezes aproximações, mas que sempre se afirmam em algo distante. Isso é arte.
Îsabelle Huppert numa atuação absolutamente fantástica, numa personagem cheia de camadas que ganhou vida com todo o vigor dessa atriz maravilhosa. Elle é denso, perverso e extremamente incômodo, com um roteiro elimina qualquer tentativa de alto julgamento e cria personagens tão problemáticos quanto enigmáticos. Um filme bem estranho e ousado.
Belo drama do Alexander Payne, que com muita sutileza faz um filme extremamente triste, nesse caso, se percebido com a calma do próprio enredo e certos acontecimentos bruscos, o torna bastante reflexivo e é disso que reside tamanha melancolia, na descoberta de onde vem tamanho peso na alma. Certamente é um dos filmes mais relavantes pra mim, pensar no que sou hoje e no que serei um dia, em não levar a vida tão a sério, na impossibilidade de se conseguir amar e ser amado, em ser importante pra alguém. O mais duro é que não há respostas, talvez o maior exercício, pelo qual o Warren passou a utilizar, será uma autocrítica constante, para que as coisas não venham a tona quando tudo já parece imutável e próximo do fim. Dos mais tristes, Jack Nicholson fabuloso e a Kathy Bates fundamental para trama.
Apesar dos clichês, as cenas de luta mt bem coreografadas, a relação do Billy com sua mulher e filha, a personalidade da Leila, bons momentos do Forest e a atuação do Jake Gyllenhaal fazem valer a pena ver.
Vale pelo final, a impressão que eu tive é que um dia, o diretor estava pensando e veio a ideia e o quão poética seria a reconciliação tardia de dois irmãos velhos, próximos a morte por hiportemia, por meio de um abraço amoroso onde os dois estão pelados, um tentando passar todo o seu calor para o outro, não o querendo ver morrer.
dai o filme foi escrito pensando nesse belo final, sendo que até chegar ali, trás uma história com pouquíssimos momentos interessantes.
PODE HAVER SPOILERS. Fotografia espetacular, pesada, sombria, acompanhamos o filme basicamente através das silhuetas. Um drama belíssimo disfarçado de ficção científica, que apesar da monumentalidade dos seres interplanetários e da sua aparente intenção conciliatória, que sempre soa pouco convincente, mostra sua grandiosidade justamente em algo pequeno, básico e verdadeiro. Não li o livro, mas imagino que tenha sido uma adaptação, visual e de edição brilhantes e uma direção que dá ao filme um suspense imprescindível e que proporcionou que os tempos se fundissem tão naturalmente.
Era uma Vez na América
4.4 529 Assista AgoraNão entendi nada.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraCertamente o desfecho mais belo da brilhante filmografia do Tarantino.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraO Freddie do longa parece esquisito e afetado, bem longe da imagem que se tem dele, com classe e um charme particular. Esperava bem mais da atuação favorita ao Oscar, no geral me pareceu extremamente forçada e caricata. Não vejo muitas qualidades no filme além dos clássicos dublados do Queen.
Guerra Fria
3.8 326 Assista AgoraDireção e fotografia magníficas. Planos estáticos que com cuidado se afastam da simetria e planos em movimento que se movem como numa dança (a cena da Zula boiando no lago, belíssimo).
No cenário da guerra, a ideologia e amor são os elementos direcionam os caminhos dos personagens.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraÉ inaceitável não terem continuado com a trilogia.
O Castelo Animado
4.5 1,3K Assista AgoraGosto como o filme naturaliza a fantasia, os personagens são muito carismáticos e como é de se esperar nos filmes do Miyazaki, mexe muito com as emoções, é lindo. Ainda que o roteiro não esclareça muito bem a trama, o embate central, é um belo filme, com personagens encantadores.
Limite
4.0 168 Assista AgoraSe um dia me pedirem pra definir o cinema com um filme, certamente diria "Limite". Música, imagem e detalhes apenas para construir uma narrativa, que a princípio é difícil de acompanhar. Aqui a câmera vai muito além de um equipamento, mas participa do filme, dá o tom das cenas, velocidade, importância, é linda a cena dos closes no cinema. Destaco ainda a edição e montagem do filme, muito importante também para a construção da narrativa.
Diferente de outros filmes mudos, em especial os do Chaplin, que o humor desenvolve a narrativa, aqui é a própria câmera que faz esse papel, algo difícil, creio que isso seja o cinema primitivo.
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraNão consegui imaginar a reação dos pais caso o menino aparecesse, talvez fosse algo tão triste quanto o desaparecimento.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraFraco. O filme tem ótimos planos, aqui Nolan mostra que é sim, é um grande diretor, mas lhe falta muito pra ser um cineasta de peso.
Acredito que em quesitos técnicos não haja muito o que falar, a não ser a trilha sonora que, desde A Origem, são exageradas. Falta substância, alma à história. Um filme que provoca indiferença, algo muito desagradável no cinema e quase impossível de se conseguir, não desenvolver nenhum tipo de empatia pela história ou pelos personagens; Uma proeza que o Nolan conseguiu.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraGrande filme, uma história muito bem contato, a comédia do filme é impecável.
Pra mim os pontos negativos, que acredito que vá pesar são a introdução do filme e o colapso do personagem, ambos muito rápidos.
O Forasteiro 2
2.3 21Horrível, como é possível ser tão ruim.
Segurando as Pontas
3.4 565 Assista AgoraO nonsense desses caras é muito bom, totalmente chapados, ainda melhor, muito divertido, a dublagem faz o filme ser ainda mais engraçado.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraÓtima construção do personagem feita pelo Casey Affleck, o filme é dele, porém chega um momento em que o roteiro não consegue extrair mais nada de novo desse personagem. Certamente a participação da personagem da Michelle Williams foi o que faltou, justamente por terem aquela dor incurável em comum, uma cena apenas entre os dois não bastou, não senti emoção dos atores em si, mas compreendo que o texto da cena é verossível, apesar de não ter me agradado.
Um bom drama, tem triste, que não apela para o sentimentalismo, a dor está no semblante dos personagens, por isso que a atuação do Casey foi tão boa.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KDeixar um questionamento no ar é bem usual no cinema de suspense e costuma dar muito certo. Rua Cloverfield, 10 flerta com isso, porém é bastante corojoso em não cair em uma resolução que seria inegavelmente previsível. Aqui se constrói todo um suspense a partir da dúvida, seria aquilo real ou não? A qualidade do roteiro é evidenciada quando, o vilão, tão facilmente moldado pelo início da trama e por experiência anteriores dos espectadores, não é aquele imagino e até, desejado.
Ótima atuação da Mary Elizabeth, carregando toda a dúvida da personagem, o trio principal está ótimo. Um excelente suspense e muito corajoso.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraColoquem o poster anterior de volta, chama muito mais atenção.
Boi Neon
3.6 461 Assista AgoraLendo matérias de sites sobre o filme e vindo aqui ler os comentários me vieram lágrimas dos olhos. Após esse pequeno intervalo entre o fim do filme e o início desse texto, Boi Neon se mostra poderosíssimo, seja nos quesitos técnicos ou por seu roteiro hábil ao se permitir moroso.
A mise en scene perfeita, a câmera cria verdadeiros quadros que se movimentam aos nossos olhos e é esse jogo entre o estático e o movimento que se constrói a maior parte da cinematografia do longa. Ou então pelos momentos que o roteiro parece não ir a lugar algum, mas ele se desenvolve tranquilo no dia-a-dia dos personagens, dando voz aos sotaques, permitindo frases e situações engraçadas sem nenhum esforço, se utilizando apenas dos momentos que o passar dos dias vão trazendo.
E na principal cena de sexo (onde é, talvez, afirmada o principal ponto do filme), bem preparada por uma ótima anterior, é representada toda a beleza da arte, um desejo e uma verdade raramente vistas em tela.
Impressiona como as questões de gênero estão ali de um modo tão natural que são quase imperceptíveis. E como os nossos sonhos estão tão presentes no cotidiano, não deixando de ser apenas sonhos e as vezes aproximações, mas que sempre se afirmam em algo distante.
Isso é arte.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraSexy, surpreendente e esse poster é maravilhoso.
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraFrustrante, assim como deve ter sido a sensação de todos os investigadores desse caso.
Elle
3.8 886Îsabelle Huppert numa atuação absolutamente fantástica, numa personagem cheia de camadas que ganhou vida com todo o vigor dessa atriz maravilhosa. Elle é denso, perverso e extremamente incômodo, com um roteiro elimina qualquer tentativa de alto julgamento e cria personagens tão problemáticos quanto enigmáticos. Um filme bem estranho e ousado.
O Novíssimo Testamento
3.9 165É o que vinha pensando a um tempo, se Deus existe ele é um belo de um filho da puta.
As Confissões de Schmidt
3.7 191 Assista AgoraBelo drama do Alexander Payne, que com muita sutileza faz um filme extremamente triste, nesse caso, se percebido com a calma do próprio enredo e certos acontecimentos bruscos, o torna bastante reflexivo e é disso que reside tamanha melancolia, na descoberta de onde vem tamanho peso na alma. Certamente é um dos filmes mais relavantes pra mim, pensar no que sou hoje e no que serei um dia, em não levar a vida tão a sério, na impossibilidade de se conseguir amar e ser amado, em ser importante pra alguém. O mais duro é que não há respostas, talvez o maior exercício, pelo qual o Warren passou a utilizar, será uma autocrítica constante, para que as coisas não venham a tona quando tudo já parece imutável e próximo do fim. Dos mais tristes, Jack Nicholson fabuloso e a Kathy Bates fundamental para trama.
Nocaute
3.8 688 Assista AgoraApesar dos clichês, as cenas de luta mt bem coreografadas, a relação do Billy com sua mulher e filha, a personalidade da Leila, bons momentos do Forest e a atuação do Jake Gyllenhaal fazem valer a pena ver.
A Ovelha Negra
3.8 89Vale pelo final, a impressão que eu tive é que um dia, o diretor estava pensando e veio a ideia e o quão poética seria a reconciliação tardia de dois irmãos velhos, próximos a morte por hiportemia, por meio de um abraço amoroso onde os dois estão pelados, um tentando passar todo o seu calor para o outro, não o querendo ver morrer.
dai o filme foi escrito pensando nesse belo final, sendo que até chegar ali, trás uma história com pouquíssimos momentos interessantes.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraPODE HAVER SPOILERS.
Fotografia espetacular, pesada, sombria, acompanhamos o filme basicamente através das silhuetas. Um drama belíssimo disfarçado de ficção científica, que apesar da monumentalidade dos seres interplanetários e da sua aparente intenção conciliatória, que sempre soa pouco convincente, mostra sua grandiosidade justamente em algo pequeno, básico e verdadeiro. Não li o livro, mas imagino que tenha sido uma adaptação, visual e de edição brilhantes e uma direção que dá ao filme um suspense imprescindível e que proporcionou que os tempos se fundissem tão naturalmente.