É uma pena chegar no terceiro filme da franquia e ver que não houve evolução nenhuma. Diferente do primeiro, que é muito bem dosado, esse aposta nos clichês dos dois anteriores. Nesse, o personagem do ''assassino'' já se torna caricato (que provavelmente era a intenção mesmo) e patético. Que com um colete a prova de balas e algumas facas, consegue estar em todos os lugares, quase que ao mesmo tempo. E ainda consegue ferir os personagens, que finalmente andavam com armas - o único avanço apresentado no filme até então -, mas que não sabem fazer bosta nenhuma com elas.
Ter medo de inovar, amadurecer, fazer personagens menos bobos, nunca pode ser desculpa para ''estar mantendo os elementos clássicos da franquia''.
Assistindo agora Os Intocáveis, entendi porque os verdadeiros filmes de máfia intocáveis são os do: O Poderoso Chefão. Esse tem várias falhas. A que mais me incomodou foi toda a sequência da interceptação das bebidas na fronteira com o Canadá. Primeiro: qual a probabilidade de você se esconder no único lugar disponível da cena (aquele casebre abandonado) e não ser descoberto? Segundo: uma trilha sonora estilo aventura que mais lembrava John Williams em plena cena de tiroteio?
Fora que o Al Capone só aparece de vez em quando, como que pra nos lembrar que o filme ''também'' fala sobre ele. E então perde a atenção novamente pra já batida história do herói policial americano. Enfim, um clássico sim, mas completamente ''tocável''.
Esse filme é uma grande surpresa (positiva) dentro da filmografia do Paul Thomas Anderson, seja pela pouca atenção que ele recebe das pessoas hoje, ou pela escolha do Adam Sandler como protagonista. É um filme acima de tudo, bastante sensorial. Aqui, todo o trabalho fotográfico, com um deliberado jogo de cores, seus planos e enquadramentos é muito sentido pelo espectador, que acaba dominado pelo sentimento de tensão e insegurança que a personagem principal transmite. Barry, passa a maior parte do filme, com um terno, como se estivesse sempre preparado pra que algo acontecesse, e as coisas de fato acontecem depois que ele conhecesse a Lena.
''I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine''.
Uma ótima progressão e libertação da personagem, com grande atuação do Adam Sandler e direção impecável do Paul Thomas Anderson.
É só eu que realmente achei que a atuação do Joaquin Phoenix lembra muito a do Daniel Day-Lewis em Sangue Negro? Seja pela característica que as duas personagens compartilham (e destilam) em comum: a raiva, ou o flerte com a dissimulação de ambos, mas também inclusive as expressões físicas, em especial a postura do Freddie Quell, muito parecida com a do Daniel Plainview no final de Sangue Negro.
Esse filme completa 10 anos em 2015 e até hoje não entendo o porquê de muita gente criticar e da nota consideravelmente baixa que ele recebe. Acho esse remake incrível. Ainda mais se visto e considerado a partir da atual época do cinema de Hollywood, que estamos vivendo exatamente agora: uma crise de criatividade e a desesperada aposta por remakes (com péssimos resultados). Enquanto nesse King Kong de 2005: além do ótimo elenco e fotografia, o Peter Jackson conseguiu levar aquilo que o Steven Spielberg trouxe ao cinema em 1993 com Jurassic Park, a um outro nível! Outro patamar... Os efeitos gráficos e visuais são simplesmente maravilhosos e quase impecáveis eu diria. Se o Spielberg fascinou o mundo com os dinossauros quase reais dele, que em Jurassic Park, tudo o que eles fazem, é basicamente correr atrás de humanos, o Peter Jackson pegou esses mesmos dinossauros e fez eles desmoronarem barranco (e penhasco) a baixo, amontoados, além de dar ao famoso Tiranossauro Rex, finalmente um inimigo à altura (o Kong) pra uma briga - fantástica. Agora considerem a complexidade de se fazer tudo isso, desde os dinossauros despencando um em cima do outro, a principalmente, fazer dois animais com estruturas físicas completamente diferentes brigar: um t-rex - bípede com dois bracinhos patéticamente desenvolvidos pela natureza, contra um gorila gigante, quadrúpede. Fico imaginando a quantidade de estudos que foi necessário então se fazer, pra se criar esse duelo fantasioso, entre animais que na ''história real'' jamais tiveram a oportunidade de se quer, se encontrarem. Ao menos, o filme levou um Oscar de melhores efeitos visuais por isso
Caramba, que filme sensacional! Uma pena ele ter aparentemente tão pouca atenção hoje em dia - vide os menos de 100 comentários aqui na página no Filmow. Um filme que pelo contrário, merece tamanha atenção! É talvez um dos mais fortes e corajosos que eu já vi, que mexe não só na ferida do assassinato do John Kennedy, como também faz uma critica à toda estrutura politica e social dos Estados Unidos, em mais de 3 horas de filme (o que deve desanimar bastante as pessoas de assistirem e explica a pouca visibilidade que eu havia comentado) mas que apesar da longa duração, não achei cansativo. E o Oliver Stone ainda consegue - quando você nem espera mais - a proeza de conduzir toda a história pra um grande clímax final que é certamente aquele monologo incrível do Jim Garrison no final. Uma aula de ética! Enquanto o filme nos presenteia com uma aula de montagem, edição e fotografia cinematográfica. No mais, é sempre interessante ir atrás da acuracidade dos fatos e teorias levantadas no filme.
5 estrelas pela complexidade e importância da obra.
O filme começa impecável, no melhor estilo Scorsese: com muito dinamismo nos enquadramentos e uma fotografia maravilhosa, que vai dando ritmo... e ritmo... e ritmo e eis que a história termina numa perfeita baboseira. O personagem do De Niro (que se mantém ótimo na atuação até o final) é exagerado e a ideia do barco, uma tentativa frustrada de dar um último ar de emoção na história, que tinha tudo pra ser ótima - e caminhava bem pra isso -, mas que acabou se enrolando sozinha
Forte, respeitoso e com direção de ''gente grande''. Que grata surpresa Selma! Mais um filme pra nova (quem sabe?) safra de filmes com temáticas raciais negras, comandadas por diretores negros em Hollywood.
Achei muito assertivo por parte dos produtores do filme, de escolherem apenas uma das marchas em especial, do movimento, que no caso foi a de Selma a Montgomery, claro, pra contarem de forma - fidedigna - um pouco do que foi a longa luta do povo negro pela conquista dos direitos civis nos Estados Unidos. Assertivo porque, focando em apenas uma das marchas, eles puderam focar e ''ter tempo'' pra trabalhar muito bem na questão social em si, e em quais direitos o movimento cobrava. Coisa que, se o filme se propusesse a contar a biografia do Martin Luther King, ou toda a história dos movimentos, seria necessário ''gastar'' todo um tempo contando partes já batidas desses eventos históricos, como a Marcha de Washington, o discurso do ''I Have a Dream'' e a morte do King. O que eu particularmente não reclamaria se acontecesse, pois tenho muito interesse pelo assunto (eu toparia uma epopeia de todas as marchas com no mínimo 3 horas de filme haha), mas talvez pudesse se tornar cansativo e pesado para as pessoas que não tem esse mesmo interesse.
Mas focados no que contar, a direção do filme é firme. Não enrola, não se perde, usa de todos os artifícios que a história permite, em especial o do poder de oratória do Luther King (seus discursos) e o filme emociona, indigna, traz reflexões e principalmente, homenageia da forma mais respeitosa possível, a coragem e a luta do povo negro na luta por seus direitos.
Não sei porque as pessoas ficam surpresas quando eu digo que esse é o filme que eu mais chorei na vida até hoje, todas as vezes que vi. E talvez seja o único com esse poder sobre mim haha
''Eu gosto de pensar que se alguém me viu, é porque teve o pior dia da sua vida.''
Com uma história muito bem construída, ''O Abutre'' faz uma crítica concisa sobre o telejornalismo sensacionalista. O personagem do sempre ótimo Jake Gyllenhaal, Lou Bloom é a própria personificação das chamadas ''matérias policiais sensacionalistas''. Um sociopata confesso, mentiroso e manipulador, que assim como esse tipo de jornalismo, é completamente alheio a qualquer tipo de sentimento pelas vitimas envolvidas nos crimes e acidentes. Seu único interesse é fazer dinheiro em cima da desgraça das outras pessoas.
Um filme pontual, a começar pelo título. Grande ano pro Gyllenhaal.
Mas antes de tentar discorrer sobre isso, da forma mais simples que eu conseguir (e eu vou tentar), eu acho fundamental fazer algumas considerações importantes: toda história tem uma mensagem a passar e no caso de American Psycho, a função é fazer uma crítica. E essa crítica foca no vazio existencial/espiritual dos chamados Yuppies (Young Urban Professional) e do estilo consumista/materialista de vida que eles levavam, sendo o Patrick Bateman, a personificação desse vazio. O termo nasceu na década de 80, em meio a um boom ecônomico nos Estados Unidos na era Ronald Reagan (que aparece discursando na televisão no final do filme). A partir desse cenário, o autor do livro constrói uma realidade com personagens completamente superficiais, que vivem apenas de aparências e não se importam realmente um com os outros - as personagens confudem uma pessoa com outra, rotineiramente durante toda a história. E esse é talvez o grande ponto do filme. É com esse artifício de ''esquecimentos e confusões'' dos personagens, que o autor vai conduzir o Bateman de forma impune, da certeza de ter cometido assassinatos à própria dúvida. E por fim, a percepção e a sensação de completa prisão ao mundo vazio em que vivia.
Nas minhas várias tentativas de tentar chegar a uma conclusão concreta sobre se os assassinatos teriam realmente acontecido ou não, a única conclusão que eu cheguei é de que não há conclusões à se chegar. Porque a história foi escrita engenhosamente pelo autor do livro, para que isso não acontecesse. Então chega ser bobeira querer descobrir o que não foi feito pra ser descoberto. E é só dessa forma, que justamente a história faz sentido. Porque o que o autor fez, foi dividir a ''responsabilidade'' (pelo motivo de os assassinatos não terem sidos desvendados), entre o Bateman e as demais personagens. Ele de fato matava pessoas, na tentativa de se diferenciar dos outros, mas os crimes, especialmente o do Paul Allen, foram permitidos porque justamente as pessoas eram tão cegas e egocêntricas, que não saberiam dizer se estiveram com o Paul Allen na noite do crime ou não, por exemplo. E qualquer que fosse a resposta, se sim ou não, elas podiam simplesmente estarem o confundindo com outra pessoa, como sempre faziam. E se você considerar que todos os assassinatos não passaram de ''alucinações'', ou ''imaginação'' do Bateman, isso simplesmente enfraquece e desfoca a crítica que o autor desejava fazer (qual credibilidade se pode dar para uma crítica que nasce das loucuras da cabeça de um psicopata?) e rebaixa a história para o mais perto de apenas um ''joguinho de mistério'', onde o único sentido seria você ter que descobrir se os assassinatos foram reais ou não. Ainda implicaria em você precisar trocar o nome do filme para Esquizofrênico Americano, e considerar que toda a história ocorre na cabeça do Bateman, então ele está deitado na cama dele(?). Esse sim, seria o verdadeiro assassinato do livro: o do autor, para com sua própria história.
Dito isso, eu acredito que sim, o Bateman cometeu a maioria dos assassinatos... o do Paul Allen, o da Christie, a garota de programa, o da garota da balada do ''murders and executions'' (haha), etc, e da vez em que ele realmente não cometeu, o filme trata de deixar bem claro isso. Que óbvio, é a sequência que começa com o caixa eletrônico pedindo para que ele o alimentasse com um gato. E toda essa cena, tem a importância de mostrar, a confusão psicológica em que o Bateman já se encontrava (a ponto dele mesmo, não saber mais se realmente estava fazendo tudo aquilo ou não. Que é o momento da explosão dos carros da policia, em que ele olha pra arma, como que se perguntando ''hein???''), e igualar a balança na divisão das ''responsabilidades'', colocando em dúvida o lado do Bateman. E essa sequência leva à fantástica cena (uma das melhores do filme) da confissão ao advogado, onde ele busca com isso, nada mais do que alguma forma de destaque, de diferenciamento por ser um ''cara doente/louco'', e não por qualquer tipo de arrependimento.
E então, antes de chegar na cena final do filme, eu vou só dar aquela que eu tenho como que ''cena chave'' pra confirmar que os assassinatos não foram apenas imaginação e a minha prova-chave pessoal (um detalhe que eu nunca vi ninguém comentando em nenhum fórum sobre o filme na internet) que justamente culmina nas cenais finais do filme, e aí chega, eu termino essa bagaça.
A primeira cena, é a de quando o Bateman volta ao apartamento do Paul Allen, e o encontra todo limpo (pintado), sem nenhum vestígio dos corpos que haviam num closet ou coisa parecida, e a corretora de imóveis, percebendo o estranhamento do Bateman com a cena, o testa pra saber se ele tinha visto o anúncio no jornal ou não. Ele cai nessa ''pegadinha'', e então ela com uma postura muito séria, pede pra que ele saia do apartamento e não volte mais. E que ela não ''quer confusão''. O apartamento do Paul Allen (com visão para o Central Park) devia valer muito direito. Não era nenhuma vantagem para os corretores denunciar os corpos no apartamento, e condenar aquele apartamento a nunca mais ser vendido depois daquilo. Seria muito dinheiro jogado fora. Então a melhor solução, era simplesmente limpá-lo e ocultar o crime. Agora, se não houvesse ocorrido os assassinatos, o que a corretora estava fazendo no apartamento do Paul Allen, e pior, vendendo ele sem permissão, já que oras, ele estava vivo?
E finalmente, minha prova talvez cabal (não sou pretencioso haha), de que sim, o Bateman matou o Paul Allen: quem inventou a história do Paul Allen viajar pra Londres foi ele, o Bateman! Ele que gravou isso na mensagem de voz do telefone do Allen. Então, no final, quando o advogado do Bateman diz que o Paul Allen não podia estar morto, porque eles haviam jantando junto em Londres, o Bateman estava simplesmente ''colhendo maduro, o que ele jogou verde no começo''. E já antes do advogado, na primeira conversa que o Bateman teve com o detetive Kimball, ele o pergunta se alguém teria visto o Paul Allen em Londres, e o Kimball confirma que sim, um tal de Stephen Hughes tinha dito que teria se encontrado com o Allen em Londres, mas que ele [Kimball] investigou e viu que ele havia o confundido (que novidade) com outra pessoa. Enfim, o raciocínio aqui é básico: Bateman inventou que Allen estava Londres, e duas iscas caíram - a primeira comprovadamente confundindo o Allen com outra pessoa, tal como o advogado que aliás, confunde o próprio Bateman com outra pessoa, certamente também pode ter confundido o Allen. E com isso, o Bateman percebe que ''não há mais barreiras a transpor'', que ''sua confissão não significa nada'' - já que ninguém vai dar nenhum valor e que ''This is not a exit'' e já era, ele estava preso naquele buraco negro, que era o mundo vazio de pessoas vazias em que ele vivia. Da mesma forma, que essa minha extensa interpretação pode também ''não significar nada''.
Cara, eu sou completamente fascinado por esse filme. É uma pena que ele ainda seja tão subestimado (e provavelmente sempre será), por culpa do próprio roteiro, que pega de surpresa quem começa a assistir o filme, esperando ver um enredo básico que mostre ''a matança de um serial killer rico de wall street'', quando na verdade o filme é tudo, menos isso. É um filme rico de detalhes. Com fotografia, trilha sonora, montagem e atuações impecáveis. No entanto, muita gente acha, (e eu também achava) que ou o diretor ou o roteirista, teria cometido alguns erros na adaptação da história do livro pro filme, de forma que não fica claro se o Bateman realmente cometeu os assassinatos ou não. Porém mesmo no livro, onde dizem que as 'coisas ficam um pouco mais claro', a dúvida ainda assim permanece da mesma forma. E a diretora quis manter isso. O filme é cheio de detalhes e não é atoa. É justamente pra que a partir deles, cada um possa ir ''desvendando o mistério''. E aí sim, o grande erro das pessoas. Todo mundo perde tanto tempo tentando decifrar se tudo foi só imaginação do Bateman ou não, e acaba esquecendo de prestar atenção no que realmente importa da história: o próprio Patrick Bateman.
Pra mim, o grande ponto do filme que ninguém percebe é que NÃO: o Bateman não é um psicopata. É regra: psicopatas não choram e não sentem arrependimento. O Bateman faz as duas coisas durante o filme. No mundo de consumismo, nascisismo e egocêntrismo, retratado no filme, onde todos são iguais e se confudem um com o outro sempre, o Patrick Bateman é o único que ainda sem perceber, tenta se diferenciar dos outros. E a forma que ele encontrou pra isso, foi a mais radical possível: ''Gosto de dissecar garotas''. Ele é a representação do vazio existencial do mundo em que vivia. E é após confessar seus assassinatos, e perceber que nem isso foi o suficiente para que alguém o notasse, é que ele finalmente percebe que: ''Não há mais barreiras para atravessar. Tudo o que tenho em comum com o incontrolável e os loucos, o vicioso e o mal, toda a confusão que causei e minha indiferença em direção a ela, já está superada. Minha dor é constante e aguda, e eu não espero por um mundo melhor para ninguém. Na verdade, eu quero que a minha dor seja infligida nas outras pessoas. Não quero que ninguém escape. Mas mesmo depois de admitir isso, não há catarse; meu castigo continua a me iludir, e eu não ganho nenhum conhecimento mais profundo de mim mesmo. Nenhum novo conhecimento pode ser extraído de minha confissão. Esta confissão não significa nada.''
Aronofsky tentou uma vibe ''O Iluminado'' com o Noé na Arca, mas não rolou. Eu tinha pra mim, que esse filme seria a ''prova de fogo'' do Aronofsky comigo. Não que ele ainda precisasse me provar alguma coisa... longe disso. Dentre os meus filmes favoritos, dois são dele: Black Swan e The Wrestler. Mas sim porque, se ele conseguisse fazer de um épico bíblico como a história de Noé, algo novo, e que não fosse só pelos efeitos especiais de Hollywood, ele teria meu respeito eterno. De fato, ele fez uma abordagem nova da história. Trocou as peças de lugar. Ele levou a história pra primeira pessoa e contou ela sob a perspectiva do Noé. Com essa mudança, veio o único grande feito do filme, que foi explicitar a maldade do Deus do Antigo Testamento que na Bíblia, se esconde atrás da forma como a história é narrada. Mas foi muito pouco. Os efeitos especiais também não me agradaram, principalmente a sequência ''Transformers'' dos gigantes tentando evitar que entrassem na arca. Nesse caso, porque eu particularmente não gosto desse tipo de filme, mas não que a qualidade da computação gráfica fosse ruim. A Jennifer Connelly quase não fala na primeira metade do filme, o Russell Crowe faz o mesmo do seu mesmo e a particição do Anthony Hopkins como Matusalém é praticamente dispensável.
Mas esse filme estreia minha categoria de filme: Relevados - pela tentativa.
Amnésia
4.2 2,2K Assista Agora''Awake. Where am I?''
Pânico 3
3.0 775 Assista AgoraÉ uma pena chegar no terceiro filme da franquia e ver que não houve evolução nenhuma. Diferente do primeiro, que é muito bem dosado, esse aposta nos clichês dos dois anteriores. Nesse, o personagem do ''assassino'' já se torna caricato (que provavelmente era a intenção mesmo) e patético. Que com um colete a prova de balas e algumas facas, consegue estar em todos os lugares, quase que ao mesmo tempo. E ainda consegue ferir os personagens, que finalmente andavam com armas - o único avanço apresentado no filme até então -, mas que não sabem fazer bosta nenhuma com elas.
Ter medo de inovar, amadurecer, fazer personagens menos bobos, nunca pode ser desculpa para ''estar mantendo os elementos clássicos da franquia''.
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraAssistindo agora Os Intocáveis, entendi porque os verdadeiros filmes de máfia intocáveis são os do: O Poderoso Chefão. Esse tem várias falhas. A que mais me incomodou foi toda a sequência da interceptação das bebidas na fronteira com o Canadá. Primeiro: qual a probabilidade de você se esconder no único lugar disponível da cena (aquele casebre abandonado) e não ser descoberto? Segundo: uma trilha sonora estilo aventura que mais lembrava John Williams em plena cena de tiroteio?
Fora que o Al Capone só aparece de vez em quando, como que pra nos lembrar que o filme ''também'' fala sobre ele. E então perde a atenção novamente pra já batida história do herói policial americano. Enfim, um clássico sim, mas completamente ''tocável''.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraA cena de ''On Ne Change Pas'' é simplesmente adorável.
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista AgoraEsse filme é uma grande surpresa (positiva) dentro da filmografia do Paul Thomas Anderson, seja pela pouca atenção que ele recebe das pessoas hoje, ou pela escolha do Adam Sandler como protagonista. É um filme acima de tudo, bastante sensorial. Aqui, todo o trabalho fotográfico, com um deliberado jogo de cores, seus planos e enquadramentos é muito sentido pelo espectador, que acaba dominado pelo sentimento de tensão e insegurança que a personagem principal transmite. Barry, passa a maior parte do filme, com um terno, como se estivesse sempre preparado pra que algo acontecesse, e as coisas de fato acontecem depois que ele conhecesse a Lena.
''I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine''.
Uma ótima progressão e libertação da personagem, com grande atuação do Adam Sandler e direção impecável do Paul Thomas Anderson.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraÉ só eu que realmente achei que a atuação do Joaquin Phoenix lembra muito a do Daniel Day-Lewis em Sangue Negro? Seja pela característica que as duas personagens compartilham (e destilam) em comum: a raiva, ou o flerte com a dissimulação de ambos, mas também inclusive as expressões físicas, em especial a postura do Freddie Quell, muito parecida com a do Daniel Plainview no final de Sangue Negro.
Vidas sem Destino
3.7 659people died in xenia
Não Sou Eu, Eu Juro!
4.4 579Cada frase do Léon é um lema de vida.
King Kong
3.3 1,0K Assista AgoraEsse filme completa 10 anos em 2015 e até hoje não entendo o porquê de muita gente criticar e da nota consideravelmente baixa que ele recebe. Acho esse remake incrível. Ainda mais se visto e considerado a partir da atual época do cinema de Hollywood, que estamos vivendo exatamente agora: uma crise de criatividade e a desesperada aposta por remakes (com péssimos resultados). Enquanto nesse King Kong de 2005: além do ótimo elenco e fotografia, o Peter Jackson conseguiu levar aquilo que o Steven Spielberg trouxe ao cinema em 1993 com Jurassic Park, a um outro nível! Outro patamar... Os efeitos gráficos e visuais são simplesmente maravilhosos e quase impecáveis eu diria. Se o Spielberg fascinou o mundo com os dinossauros quase reais dele, que em Jurassic Park, tudo o que eles fazem, é basicamente correr atrás de humanos, o Peter Jackson pegou esses mesmos dinossauros e fez eles desmoronarem barranco (e penhasco) a baixo, amontoados, além de dar ao famoso Tiranossauro Rex, finalmente um inimigo à altura (o Kong) pra uma briga - fantástica. Agora considerem a complexidade de se fazer tudo isso, desde os dinossauros despencando um em cima do outro, a principalmente, fazer dois animais com estruturas físicas completamente diferentes brigar: um t-rex - bípede com dois bracinhos patéticamente desenvolvidos pela natureza, contra um gorila gigante, quadrúpede. Fico imaginando a quantidade de estudos que foi necessário então se fazer, pra se criar esse duelo fantasioso, entre animais que na ''história real'' jamais tiveram a oportunidade de se quer, se encontrarem. Ao menos, o filme levou um Oscar de melhores efeitos visuais por isso
JFK: A Pergunta Que Não Quer Calar
3.9 158 Assista AgoraCaramba, que filme sensacional! Uma pena ele ter aparentemente tão pouca atenção hoje em dia - vide os menos de 100 comentários aqui na página no Filmow. Um filme que pelo contrário, merece tamanha atenção! É talvez um dos mais fortes e corajosos que eu já vi, que mexe não só na ferida do assassinato do John Kennedy, como também faz uma critica à toda estrutura politica e social dos Estados Unidos, em mais de 3 horas de filme (o que deve desanimar bastante as pessoas de assistirem e explica a pouca visibilidade que eu havia comentado) mas que apesar da longa duração, não achei cansativo. E o Oliver Stone ainda consegue - quando você nem espera mais - a proeza de conduzir toda a história pra um grande clímax final que é certamente aquele monologo incrível do Jim Garrison no final. Uma aula de ética! Enquanto o filme nos presenteia com uma aula de montagem, edição e fotografia cinematográfica. No mais, é sempre interessante ir atrás da acuracidade dos fatos e teorias levantadas no filme.
5 estrelas pela complexidade e importância da obra.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraNão teve Oscar, mas teve mais de 90 outros prêmios.
Cabo do Medo
3.8 906 Assista AgoraO filme começa impecável, no melhor estilo Scorsese: com muito dinamismo nos enquadramentos e uma fotografia maravilhosa, que vai dando ritmo... e ritmo... e ritmo e eis que a história termina numa perfeita baboseira. O personagem do De Niro (que se mantém ótimo na atuação até o final) é exagerado e a ideia do barco, uma tentativa frustrada de dar um último ar de emoção na história, que tinha tudo pra ser ótima - e caminhava bem pra isso -, mas que acabou se enrolando sozinha
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 793Forte, respeitoso e com direção de ''gente grande''. Que grata surpresa Selma! Mais um filme pra nova (quem sabe?) safra de filmes com temáticas raciais negras, comandadas por diretores negros em Hollywood.
Achei muito assertivo por parte dos produtores do filme, de escolherem apenas uma das marchas em especial, do movimento, que no caso foi a de Selma a Montgomery, claro, pra contarem de forma - fidedigna - um pouco do que foi a longa luta do povo negro pela conquista dos direitos civis nos Estados Unidos. Assertivo porque, focando em apenas uma das marchas, eles puderam focar e ''ter tempo'' pra trabalhar muito bem na questão social em si, e em quais direitos o movimento cobrava. Coisa que, se o filme se propusesse a contar a biografia do Martin Luther King, ou toda a história dos movimentos, seria necessário ''gastar'' todo um tempo contando partes já batidas desses eventos históricos, como a Marcha de Washington, o discurso do ''I Have a Dream'' e a morte do King. O que eu particularmente não reclamaria se acontecesse, pois tenho muito interesse pelo assunto (eu toparia uma epopeia de todas as marchas com no mínimo 3 horas de filme haha), mas talvez pudesse se tornar cansativo e pesado para as pessoas que não tem esse mesmo interesse.
Mas focados no que contar, a direção do filme é firme. Não enrola, não se perde, usa de todos os artifícios que a história permite, em especial o do poder de oratória do Luther King (seus discursos) e o filme emociona, indigna, traz reflexões e principalmente, homenageia da forma mais respeitosa possível, a coragem e a luta do povo negro na luta por seus direitos.
Click
3.4 2,5K Assista AgoraNão sei porque as pessoas ficam surpresas quando eu digo que esse é o filme que eu mais chorei na vida até hoje, todas as vezes que vi. E talvez seja o único com esse poder sobre mim haha
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraÉ errado eu ter ficado triste com o filme?
O Abutre
4.0 2,5K Assista Agora''Eu gosto de pensar que se alguém me viu, é porque teve o pior dia da sua vida.''
Com uma história muito bem construída, ''O Abutre'' faz uma crítica concisa sobre o telejornalismo sensacionalista. O personagem do sempre ótimo Jake Gyllenhaal, Lou Bloom é a própria personificação das chamadas ''matérias policiais sensacionalistas''. Um sociopata confesso, mentiroso e manipulador, que assim como esse tipo de jornalismo, é completamente alheio a qualquer tipo de sentimento pelas vitimas envolvidas nos crimes e acidentes. Seu único interesse é fazer dinheiro em cima da desgraça das outras pessoas.
Um filme pontual, a começar pelo título. Grande ano pro Gyllenhaal.
Watchmen: O Filme
4.0 2,8K Assista AgoraBem, acabei de assistir Guardiões da Galáxia, e sim: a trilha sonora de Watchmen continua sendo a melhor.
Lolita
3.7 632 Assista Agora''Quilty, concentre-se. Você vai morrer.''
Sem Destino
4.0 580 Assista AgoraNota: não usar LSD num cemitério.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEsse filme acabou comigo da melhor forma possível.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraBem, minha interpretação sobre os assassinatos - se eles realmente ocorreram, ou foram todos frutos da imaginação do Bateman:
Mas antes de tentar discorrer sobre isso, da forma mais simples que eu conseguir (e eu vou tentar), eu acho fundamental fazer algumas considerações importantes: toda história tem uma mensagem a passar e no caso de American Psycho, a função é fazer uma crítica. E essa crítica foca no vazio existencial/espiritual dos chamados Yuppies (Young Urban Professional) e do estilo consumista/materialista de vida que eles levavam, sendo o Patrick Bateman, a personificação desse vazio. O termo nasceu na década de 80, em meio a um boom ecônomico nos Estados Unidos na era Ronald Reagan (que aparece discursando na televisão no final do filme). A partir desse cenário, o autor do livro constrói uma realidade com personagens completamente superficiais, que vivem apenas de aparências e não se importam realmente um com os outros - as personagens confudem uma pessoa com outra, rotineiramente durante toda a história. E esse é talvez o grande ponto do filme. É com esse artifício de ''esquecimentos e confusões'' dos personagens, que o autor vai conduzir o Bateman de forma impune, da certeza de ter cometido assassinatos à própria dúvida. E por fim, a percepção e a sensação de completa prisão ao mundo vazio em que vivia.
Nas minhas várias tentativas de tentar chegar a uma conclusão concreta sobre se os assassinatos teriam realmente acontecido ou não, a única conclusão que eu cheguei é de que não há conclusões à se chegar. Porque a história foi escrita engenhosamente pelo autor do livro, para que isso não acontecesse. Então chega ser bobeira querer descobrir o que não foi feito pra ser descoberto. E é só dessa forma, que justamente a história faz sentido. Porque o que o autor fez, foi dividir a ''responsabilidade'' (pelo motivo de os assassinatos não terem sidos desvendados), entre o Bateman e as demais personagens. Ele de fato matava pessoas, na tentativa de se diferenciar dos outros, mas os crimes, especialmente o do Paul Allen, foram permitidos porque justamente as pessoas eram tão cegas e egocêntricas, que não saberiam dizer se estiveram com o Paul Allen na noite do crime ou não, por exemplo. E qualquer que fosse a resposta, se sim ou não, elas podiam simplesmente estarem o confundindo com outra pessoa, como sempre faziam. E se você considerar que todos os assassinatos não passaram de ''alucinações'', ou ''imaginação'' do Bateman, isso simplesmente enfraquece e desfoca a crítica que o autor desejava fazer (qual credibilidade se pode dar para uma crítica que nasce das loucuras da cabeça de um psicopata?) e rebaixa a história para o mais perto de apenas um ''joguinho de mistério'', onde o único sentido seria você ter que descobrir se os assassinatos foram reais ou não. Ainda implicaria em você precisar trocar o nome do filme para Esquizofrênico Americano, e considerar que toda a história ocorre na cabeça do Bateman, então ele está deitado na cama dele(?). Esse sim, seria o verdadeiro assassinato do livro: o do autor, para com sua própria história.
Dito isso, eu acredito que sim, o Bateman cometeu a maioria dos assassinatos... o do Paul Allen, o da Christie, a garota de programa, o da garota da balada do ''murders and executions'' (haha), etc, e da vez em que ele realmente não cometeu, o filme trata de deixar bem claro isso. Que óbvio, é a sequência que começa com o caixa eletrônico pedindo para que ele o alimentasse com um gato. E toda essa cena, tem a importância de mostrar, a confusão psicológica em que o Bateman já se encontrava (a ponto dele mesmo, não saber mais se realmente estava fazendo tudo aquilo ou não. Que é o momento da explosão dos carros da policia, em que ele olha pra arma, como que se perguntando ''hein???''), e igualar a balança na divisão das ''responsabilidades'', colocando em dúvida o lado do Bateman. E essa sequência leva à fantástica cena (uma das melhores do filme) da confissão ao advogado, onde ele busca com isso, nada mais do que alguma forma de destaque, de diferenciamento por ser um ''cara doente/louco'', e não por qualquer tipo de arrependimento.
E então, antes de chegar na cena final do filme, eu vou só dar aquela que eu tenho como que ''cena chave'' pra confirmar que os assassinatos não foram apenas imaginação e a minha prova-chave pessoal (um detalhe que eu nunca vi ninguém comentando em nenhum fórum sobre o filme na internet) que justamente culmina nas cenais finais do filme, e aí chega, eu termino essa bagaça.
A primeira cena, é a de quando o Bateman volta ao apartamento do Paul Allen, e o encontra todo limpo (pintado), sem nenhum vestígio dos corpos que haviam num closet ou coisa parecida, e a corretora de imóveis, percebendo o estranhamento do Bateman com a cena, o testa pra saber se ele tinha visto o anúncio no jornal ou não. Ele cai nessa ''pegadinha'', e então ela com uma postura muito séria, pede pra que ele saia do apartamento e não volte mais. E que ela não ''quer confusão''. O apartamento do Paul Allen (com visão para o Central Park) devia valer muito direito. Não era nenhuma vantagem para os corretores denunciar os corpos no apartamento, e condenar aquele apartamento a nunca mais ser vendido depois daquilo. Seria muito dinheiro jogado fora. Então a melhor solução, era simplesmente limpá-lo e ocultar o crime. Agora, se não houvesse ocorrido os assassinatos, o que a corretora estava fazendo no apartamento do Paul Allen, e pior, vendendo ele sem permissão, já que oras, ele estava vivo?
E finalmente, minha prova talvez cabal (não sou pretencioso haha), de que sim, o Bateman matou o Paul Allen: quem inventou a história do Paul Allen viajar pra Londres foi ele, o Bateman! Ele que gravou isso na mensagem de voz do telefone do Allen. Então, no final, quando o advogado do Bateman diz que o Paul Allen não podia estar morto, porque eles haviam jantando junto em Londres, o Bateman estava simplesmente ''colhendo maduro, o que ele jogou verde no começo''. E já antes do advogado, na primeira conversa que o Bateman teve com o detetive Kimball, ele o pergunta se alguém teria visto o Paul Allen em Londres, e o Kimball confirma que sim, um tal de Stephen Hughes tinha dito que teria se encontrado com o Allen em Londres, mas que ele [Kimball] investigou e viu que ele havia o confundido (que novidade) com outra pessoa. Enfim, o raciocínio aqui é básico: Bateman inventou que Allen estava Londres, e duas iscas caíram - a primeira comprovadamente confundindo o Allen com outra pessoa, tal como o advogado que aliás, confunde o próprio Bateman com outra pessoa, certamente também pode ter confundido o Allen. E com isso, o Bateman percebe que ''não há mais barreiras a transpor'', que ''sua confissão não significa nada'' - já que ninguém vai dar nenhum valor e que ''This is not a exit'' e já era, ele estava preso naquele buraco negro, que era o mundo vazio de pessoas vazias em que ele vivia. Da mesma forma, que essa minha extensa interpretação pode também ''não significar nada''.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraCara, eu sou completamente fascinado por esse filme. É uma pena que ele ainda seja tão subestimado (e provavelmente sempre será), por culpa do próprio roteiro, que pega de surpresa quem começa a assistir o filme, esperando ver um enredo básico que mostre ''a matança de um serial killer rico de wall street'', quando na verdade o filme é tudo, menos isso. É um filme rico de detalhes. Com fotografia, trilha sonora, montagem e atuações impecáveis. No entanto, muita gente acha, (e eu também achava) que ou o diretor ou o roteirista, teria cometido alguns erros na adaptação da história do livro pro filme, de forma que não fica claro se o Bateman realmente cometeu os assassinatos ou não. Porém mesmo no livro, onde dizem que as 'coisas ficam um pouco mais claro', a dúvida ainda assim permanece da mesma forma. E a diretora quis manter isso. O filme é cheio de detalhes e não é atoa. É justamente pra que a partir deles, cada um possa ir ''desvendando o mistério''. E aí sim, o grande erro das pessoas. Todo mundo perde tanto tempo tentando decifrar se tudo foi só imaginação do Bateman ou não, e acaba esquecendo de prestar atenção no que realmente importa da história: o próprio Patrick Bateman.
Pra mim, o grande ponto do filme que ninguém percebe é que NÃO: o Bateman não é um psicopata. É regra: psicopatas não choram e não sentem arrependimento. O Bateman faz as duas coisas durante o filme. No mundo de consumismo, nascisismo e egocêntrismo, retratado no filme, onde todos são iguais e se confudem um com o outro sempre, o Patrick Bateman é o único que ainda sem perceber, tenta se diferenciar dos outros. E a forma que ele encontrou pra isso, foi a mais radical possível: ''Gosto de dissecar garotas''. Ele é a representação do vazio existencial do mundo em que vivia. E é após confessar seus assassinatos, e perceber que nem isso foi o suficiente para que alguém o notasse, é que ele finalmente percebe que: ''Não há mais barreiras para atravessar. Tudo o que tenho em comum com o incontrolável e os loucos, o vicioso e o mal, toda a confusão que causei e minha indiferença em direção a ela, já está superada. Minha dor é constante e aguda, e eu não espero por um mundo melhor para ninguém. Na verdade, eu quero que a minha dor seja infligida nas outras pessoas. Não quero que ninguém escape. Mas mesmo depois de admitir isso, não há catarse; meu castigo continua a me iludir, e eu não ganho nenhum conhecimento mais profundo de mim mesmo. Nenhum novo conhecimento pode ser extraído de minha confissão. Esta confissão não significa nada.''
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Detalhe para a placa da porta: ''This is not an exit'', ''Esta não é uma saída''. Bateman estava realmente preso à aquele mundo.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraAronofsky tentou uma vibe ''O Iluminado'' com o Noé na Arca, mas não rolou. Eu tinha pra mim, que esse filme seria a ''prova de fogo'' do Aronofsky comigo. Não que ele ainda precisasse me provar alguma coisa... longe disso. Dentre os meus filmes favoritos, dois são dele: Black Swan e The Wrestler. Mas sim porque, se ele conseguisse fazer de um épico bíblico como a história de Noé, algo novo, e que não fosse só pelos efeitos especiais de Hollywood, ele teria meu respeito eterno. De fato, ele fez uma abordagem nova da história. Trocou as peças de lugar. Ele levou a história pra primeira pessoa e contou ela sob a perspectiva do Noé. Com essa mudança, veio o único grande feito do filme, que foi explicitar a maldade do Deus do Antigo Testamento que na Bíblia, se esconde atrás da forma como a história é narrada. Mas foi muito pouco. Os efeitos especiais também não me agradaram, principalmente a sequência ''Transformers'' dos gigantes tentando evitar que entrassem na arca. Nesse caso, porque eu particularmente não gosto desse tipo de filme, mas não que a qualidade da computação gráfica fosse ruim. A Jennifer Connelly quase não fala na primeira metade do filme, o Russell Crowe faz o mesmo do seu mesmo e a particição do Anthony Hopkins como Matusalém é praticamente dispensável.
Mas esse filme estreia minha categoria de filme: Relevados - pela tentativa.
Need for Speed - O Filme
3.2 875Só assisto se rolar o remix de ''Riders On The Storm'' do The Doors com o Snoop Dogg.