Provavelmente esta seja a melhor adaptação cinematográfica do livro homônimo de D. H. Lawrence. Houve várias, mas agora, com Clermont-Tonnerre na direção, ocorreu uma combinação particular dos elementos femininos da obra com os masculinos, num tempo em que as mulheres ocupavam um papel secundário na aristocrática sociedade inglesa e nem passava pela cabeça delas ir contra o status quo. Por amor (ou paixão, sexo etc.) Lady Chatterley foi.
Documentário importante, que tem de ser mais divulgado e visto pelos brasileiros e estrangeiros. Na sinopse faltou mencionar também a luta de Neidinha Bandeira pela sobrevivência do bioma amazônico e sobretudo das populações indígenas, caso aqui dos wau wau. Trágico saber que um dos líderes, Ari, foi morto e certamente até hoje o criminoso (ou criminosos) permanece impune. Bitaté, muito jovem ainda (20 anos) assumiu a liderança pela vigilância da terra invadida e conseguiram algum sucesso. Tem de tomar cuidado para não ser assassinado, especialmente agora que foi longamente exposto no documentário. Neidinha também tem de cuidar, porque se Bolsonaro foi um crápula (pra não dizer coisa pior) no trato do meio ambiente e da questão indígena, não se pense que o demagogo (pra não dizer coisa pior) Lula fará coisa muito melhor. Nem que Marina Silva se torne ministra da pasta Meio Ambiente. Já vimos esse filme antes...
Versão cinematográfica do ótimo livro do francês Laurent Binet, HHhH (Himmlers Hirn heiBt Heydrich: "o cérebro de Himmler se chama Heydrich"), um tanto inferior à obra escrita. A começar com todo mundo falando inglês, obviamente por motivos comerciais, além de outros defeitos, o que resultou numa biografia romanceada da "besta loira" (como Heydrich era conhecido entre os nazistas por sua crueldade) bastante rasa, pouco interessante.
Durante boa parte do filme a paisagem da ilha, a arquitetura e as informações sobre Bergman se tornam mais interessantes do que a história do casal de cineastas que para ali viaja buscando inspiração no grande diretor. Depois tem o filme dentro do filme (metalinguagem) e a coisa muda um tanto e me fez até lembrar de Woody Allen, que já homenageou Bergman algumas vezes em filmes antigos e bem poderia estar dirigindo esse longa no lugar da diretora. Foi isso, daí que até gostei.
Não sei quanto de Antropologia foi usado para recontar antigas lendas e práticas religiosas de povos ancestrais nórdicos adaptadas ao nosso tempo, nem se isso tem importância de fato porque o diretor se propôs fazer um filme de mistério e suspense, não um documentário. Atingiu seu objetivo em parte e provavelmente teria saído melhor se tivesse resumido um bocado seu roteiro, excessivamente longo. Vale a pena a visita uma vez e depois esquecer. Do mesmo modo que A Bruxa, de Robert Eggers.
Adaptação da BBC para o livro homônimo de George Eliot (que na verdade era uma mulher), publicado em 1859. As linhas principais do livro estão todas no filme que, claro, deu ênfase principalmente no romance entre os personagens centrais e no drama da moça seduzida e acusada de um crime. De todo modo, uma boa adaptação feita pela emissora britânica, especializada em versões de grandes clássicos da literatura inglesa.
Ho-ba-la-lá - À procura de João Gilberto, o livro do alemão Marc Fischer, foi uma das melhores leituras de 2013, nove anos passados. Não sabia da existência desse documentário de Georges Gachot então foi um grande prazer assisti-lo, porque trata de literatura, bossa nova e sobretudo do grande (e arredio) João Gilberto. Tudo muito bem feito, de modo sempre interessante, um estrangeiro (melhor, dois, porque Marc Fischer começou tudo) e seu generoso olhar sobre nossa musica e cultura. Faz 3 anos que João Gilberto morreu: já está na hora de um cineasta brasileiro fazer algo sobre o grande artista tão interessante quanto o livro de Fischer ou o filme de Gachot.
Bom filme, um estudo da mente criminosa de um adolescente perturbado pela religião e pelo sexo. Bastante realista, porque se baseia em fatos ocorridos na França, tem algumas cenas chocantes. Ator Dimitri Doré - no papel de Bruno - está muito bem, parece realmente alguém de mente doentia.
Documentário turco com tinturas dramáticas pois mostra as contradições dessa sociedade que é um tanto ocidental e ao mesmo tempo muçulmana, mas onde os costumes - e a vida em família, no caso - são fortemente guiados pela religião. Muito bom; espero ver outros filmes do promissor diretor Çupur. E o "terribles" do título francês não serve para os filhos, "les enfants", mas para os pais e o imã repressores.
Li pouco de Clarice Lispector e além disso essa é uma adaptação livre de Uma Aprendizagem: O Livro dos Prazeres. Então não caberia tanto perguntar se foi uma boa versão para o cinema ou não. Mas dá para perceber que grande parte daquilo que se vê na tela tem a ver com o mundo de Lispector tal como nos é relatado por gente que leu e viu essa narrativa, críticos ou leitores da autora. É um filme sobretudo feminino e intensamente erótico na segunda parte; as cenas dos créditos finais justificam plenamente o título.
Um filme que em certos momentos parece um documentário sobre prostituição masculina - e, de certo modo a narrativa deve ter bastante semelhança com o que de fato acontece com jovens do leste europeu, no caso aqui búlgaros, sonhando com dias melhores em Viena, mas acabando sem trabalho formal, apenas vendendo seus corpos. Muitos diálogos recheados de palavrões cabeludos, algumas situações interessantes, mas faltou alguma coisa para aprofundar melhor essa história.
Não aprecio esse tipo de narrativa, mas como se tratava de um compilado de lendas sobre bruxaria acabei vendo. Na vida real ocorrem coisas tão ou mais espantosas que as mostradas no filme, que não economiza sangue, violência e histeria religiosa.
Assisti ao filme porque alguém me recomendou dizendo que era ótimo, o que não acabou ocorrendo: achei apenas mediano. Enche os olhos com suas cenas de batalha e certos cenários, mas no geral, como eu não estava interessado na história da Escócia (vista por um cineasta), apenas ver um bom filme, achei a coisa toda meio maçante, e longa (121 minutos, muita coisa).
Bem, esse filme tcheco é o que diz a (generosa) sinopse - uma comédia de estrada. Mas sem muita graça, embora não chegue a aborrecer o espectador tampouco o faz rir. Para ver e esquecer.
O filme já tem 21 anos (é de 2001), Pequim e a China mudaram muito nesse tempo, mas o filme continua interessante porque mesmo retratando uma época passada, não ficou datado. Penso que hoje os jovens chineses brigam por uma moto ou um automóvel, mas o comportamento deles talvez seja o mesmo para obter esse bem de consumo, como era (e continua sendo) a bicicleta. Interessante o (mau) tratamento que os habitantes do campo e de cidades menores recebem na capital. A periferia mostrada se parece com nossas favelas, mas com um padrão de vida e segurança de causar inveja a moradores cariocas, paulistanos, recifenses etc.
Ótimo documentário mas como ele é de 4 anos passados, fica-se aflito para saber se os dois remanescentes da tribo dizimada continuam vivos. Porque enquanto isso as atividades ilegais - garimpo, desmatamento, queimadas - só aumentaram no Brasil, com as bençãos de nossas autoridades. Pobres índios, flora e fauna desse país.
Achei que seria uma história apenas medianamente interessante, mas me enganei, porque tem um personagem carismático, alguns momentos de humor e vários diálogos espirituosos. Enfim, um filme acima da média, graças sobretudo ao talentoso B. J. Novak, diretor, roteirista e ator.
Filme toca em vários temas e o fanatismo religioso é um dos mais destacados. Não é lá muito fácil acompanhar os dois personagens centrais, mãe e filho, mas mesmo com essa dificuldade, o filme consegue prender a atenção do espectador o tempo todo. Vale a pena uma visita a esse exemplar do cinema germânico.
Filme lento que conduz o espectador a um processo contemplativo sobre o que está na superfície da paisagem e o que está abaixo dela, remetendo-nos ainda para pessoas e coisas do longínquo ano de 1961 (reconheci as fotos de Sofia Loren e John F. Kennedy). Algumas tomadas (do alto) da paisagem são belíssimas.
Filme tem estrutura de uma peça teatral, com bons diálogos e dois ótimos atores, além de ser curto (97 minutos apenas). Então é facilmente assistível e não deixa o interesse do espectador diminuir nunca. Ficamos à espera do próximo encontro dos personagens, que provavelmente será mais quente do que o anterior (isso para quem não viu o filme ainda). Não é nenhuma obra-prima mas é bem acima da média.
Sinônimos (2019) e A Professora do Jardim de Infância (2014) me pareceram mais palatáveis do que este, que traz um personagem excessivamente verborrágico (Lapid adora as palavras, sabemos) e politizado, o que torna esse filme mais radical do que os anteriores. E possivelmente menos agradável (ou interessante) de se assistir.
Dos poucos filmes do cineasta israelense que vi até agora - Sinônimos e O Joelho de Ahed - o que posso dizer é que ele não parece lá muito preocupado se o espectador vai entender e apreciar suas imagens e palavras. Quer dizer, seus filmes não são fáceis de acompanhar (início, meio, fim/narrativa tradicional, nada disso) então não consigo mergulhar completamente neles, mas tenho de reconhecer que, mesmo neste, há trechos bastante interessantes pra se ver.
Me parece que o diretor Larrain não apenas entregou um papel desafiador para Kristen Stewart como quis construir uma história mais com elementos psicológicos e dramáticos do que com aquilo que pode ter se passado na realidade, oficialmente. O filme é ao mesmo tempo aborrecido e interessante, mas não é inesquecível nem ensejaria vê-lo novamente numa reprise.
Documentário importante para se aprofundar um pouco mais na questão do interminável conflito entre israelenses e palestinos, que vai e vem o tempo todo. Agravado especialmente quando o governo de Telavive permitiu construções e colonos judaicos em território palestino. O diretor Mograbi, que é israelense, mostra através de depoimentos de ex soldados como eles agiam no controle das manifestações dos palestinos, sobretudo nas intifadas, como efetuavam as prisões, batiam e prendiam adolescentes etc. A paz na faixa de Gaza não apenas parece distante, mas impossível.
O Amante de Lady Chatterley
3.4 156 Assista AgoraProvavelmente esta seja a melhor adaptação cinematográfica do livro homônimo de D. H. Lawrence. Houve várias, mas agora, com Clermont-Tonnerre na direção, ocorreu uma combinação particular dos elementos femininos da obra com os masculinos, num tempo em que as mulheres ocupavam um papel secundário na aristocrática sociedade inglesa e nem passava pela cabeça delas ir contra o status quo. Por amor (ou paixão, sexo etc.) Lady Chatterley foi.
O Território
4.1 18 Assista AgoraDocumentário importante, que tem de ser mais divulgado e visto pelos brasileiros e estrangeiros. Na sinopse faltou mencionar também a luta de Neidinha Bandeira pela sobrevivência do bioma amazônico e sobretudo das populações indígenas, caso aqui dos wau wau. Trágico saber que um dos líderes, Ari, foi morto e certamente até hoje o criminoso (ou criminosos) permanece impune. Bitaté, muito jovem ainda (20 anos) assumiu a liderança pela vigilância da terra invadida e conseguiram algum sucesso. Tem de tomar cuidado para não ser assassinado, especialmente agora que foi longamente exposto no documentário. Neidinha também tem de cuidar, porque se Bolsonaro foi um crápula (pra não dizer coisa pior) no trato do meio ambiente e da questão indígena, não se pense que o demagogo (pra não dizer coisa pior) Lula fará coisa muito melhor. Nem que Marina Silva se torne ministra da pasta Meio Ambiente. Já vimos esse filme antes...
The Man With the Iron Heart
3.4 37Versão cinematográfica do ótimo livro do francês Laurent Binet, HHhH (Himmlers Hirn heiBt Heydrich: "o cérebro de Himmler se chama Heydrich"), um tanto inferior à obra escrita. A começar com todo mundo falando inglês, obviamente por motivos comerciais, além de outros defeitos, o que resultou numa biografia romanceada da "besta loira" (como Heydrich era conhecido entre os nazistas por sua crueldade) bastante rasa, pouco interessante.
A Ilha de Bergman
3.5 37 Assista AgoraDurante boa parte do filme a paisagem da ilha, a arquitetura e as informações sobre Bergman se tornam mais interessantes do que a história do casal de cineastas que para ali viaja buscando inspiração no grande diretor. Depois tem o filme dentro do filme (metalinguagem) e a coisa muda um tanto e me fez até lembrar de Woody Allen, que já homenageou Bergman algumas vezes em filmes antigos e bem poderia estar dirigindo esse longa no lugar da diretora. Foi isso, daí que até gostei.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraNão sei quanto de Antropologia foi usado para recontar antigas lendas e práticas religiosas de povos ancestrais nórdicos adaptadas ao nosso tempo, nem se isso tem importância de fato porque o diretor se propôs fazer um filme de mistério e suspense, não um documentário. Atingiu seu objetivo em parte e provavelmente teria saído melhor se tivesse resumido um bocado seu roteiro, excessivamente longo. Vale a pena a visita uma vez e depois esquecer. Do mesmo modo que A Bruxa, de Robert Eggers.
Adam Bede
3.6 2Adaptação da BBC para o livro homônimo de George Eliot (que na verdade era uma mulher), publicado em 1859. As linhas principais do livro estão todas no filme que, claro, deu ênfase principalmente no romance entre os personagens centrais e no drama da moça seduzida e acusada de um crime. De todo modo, uma boa adaptação feita pela emissora britânica, especializada em versões de grandes clássicos da literatura inglesa.
Onde Está Você, João Gilberto?
3.6 11Ho-ba-la-lá - À procura de João Gilberto, o livro do alemão Marc Fischer, foi uma das melhores leituras de 2013, nove anos passados. Não sabia da existência desse documentário de Georges Gachot então foi um grande prazer assisti-lo, porque trata de literatura, bossa nova e sobretudo do grande (e arredio) João Gilberto. Tudo muito bem feito, de modo sempre interessante, um estrangeiro (melhor, dois, porque Marc Fischer começou tudo) e seu generoso olhar sobre nossa musica e cultura. Faz 3 anos que João Gilberto morreu: já está na hora de um cineasta brasileiro fazer algo sobre o grande artista tão interessante quanto o livro de Fischer ou o filme de Gachot.
Bruno Reidal, Confissões de um Assassino
3.7 3Bom filme, um estudo da mente criminosa de um adolescente perturbado pela religião e pelo sexo. Bastante realista, porque se baseia em fatos ocorridos na França, tem algumas cenas chocantes. Ator Dimitri Doré - no papel de Bruno - está muito bem, parece realmente alguém de mente doentia.
LES ENFANTS TERRIBLES
3.5 1Documentário turco com tinturas dramáticas pois mostra as contradições dessa sociedade que é um tanto ocidental e ao mesmo tempo muçulmana, mas onde os costumes - e a vida em família, no caso - são fortemente guiados pela religião. Muito bom; espero ver outros filmes do promissor diretor Çupur. E o "terribles" do título francês não serve para os filhos, "les enfants", mas para os pais e o imã repressores.
O Livro dos Prazeres
3.3 44Li pouco de Clarice Lispector e além disso essa é uma adaptação livre de Uma Aprendizagem: O Livro dos Prazeres. Então não caberia tanto perguntar se foi uma boa versão para o cinema ou não. Mas dá para perceber que grande parte daquilo que se vê na tela tem a ver com o mundo de Lispector tal como nos é relatado por gente que leu e viu essa narrativa, críticos ou leitores da autora. É um filme sobretudo feminino e intensamente erótico na segunda parte; as cenas dos créditos finais justificam plenamente o título.
Irmãos da Noite
2.8 4 Assista AgoraUm filme que em certos momentos parece um documentário sobre prostituição masculina - e, de certo modo a narrativa deve ter bastante semelhança com o que de fato acontece com jovens do leste europeu, no caso aqui búlgaros, sonhando com dias melhores em Viena, mas acabando sem trabalho formal, apenas vendendo seus corpos. Muitos diálogos recheados de palavrões cabeludos, algumas situações interessantes, mas faltou alguma coisa para aprofundar melhor essa história.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraNão aprecio esse tipo de narrativa, mas como se tratava de um compilado de lendas sobre bruxaria acabei vendo. Na vida real ocorrem coisas tão ou mais espantosas que as mostradas no filme, que não economiza sangue, violência e histeria religiosa.
Legítimo Rei
3.5 196 Assista AgoraAssisti ao filme porque alguém me recomendou dizendo que era ótimo, o que não acabou ocorrendo: achei apenas mediano. Enche os olhos com suas cenas de batalha e certos cenários, mas no geral, como eu não estava interessado na história da Escócia (vista por um cineasta), apenas ver um bom filme, achei a coisa toda meio maçante, e longa (121 minutos, muita coisa).
Winter Flies
3.0 1Bem, esse filme tcheco é o que diz a (generosa) sinopse - uma comédia de estrada. Mas sem muita graça, embora não chegue a aborrecer o espectador tampouco o faz rir. Para ver e esquecer.
Bicicletas de Pequim
3.9 12O filme já tem 21 anos (é de 2001), Pequim e a China mudaram muito nesse tempo, mas o filme continua interessante porque mesmo retratando uma época passada, não ficou datado. Penso que hoje os jovens chineses brigam por uma moto ou um automóvel, mas o comportamento deles talvez seja o mesmo para obter esse bem de consumo, como era (e continua sendo) a bicicleta. Interessante o (mau) tratamento que os habitantes do campo e de cidades menores recebem na capital. A periferia mostrada se parece com nossas favelas, mas com um padrão de vida e segurança de causar inveja a moradores cariocas, paulistanos, recifenses etc.
Piripkura
4.4 23Ótimo documentário mas como ele é de 4 anos passados, fica-se aflito para saber se os dois remanescentes da tribo dizimada continuam vivos. Porque enquanto isso as atividades ilegais - garimpo, desmatamento, queimadas - só aumentaram no Brasil, com as bençãos de nossas autoridades. Pobres índios, flora e fauna desse país.
Vingança
3.4 45 Assista AgoraAchei que seria uma história apenas medianamente interessante, mas me enganei, porque tem um personagem carismático, alguns momentos de humor e vários diálogos espirituosos. Enfim, um filme acima da média, graças sobretudo ao talentoso B. J. Novak, diretor, roteirista e ator.
Luzifer
3.2 20Filme toca em vários temas e o fanatismo religioso é um dos mais destacados. Não é lá muito fácil acompanhar os dois personagens centrais, mãe e filho, mas mesmo com essa dificuldade, o filme consegue prender a atenção do espectador o tempo todo. Vale a pena uma visita a esse exemplar do cinema germânico.
Il Buco
3.9 7Filme lento que conduz o espectador a um processo contemplativo sobre o que está na superfície da paisagem e o que está abaixo dela, remetendo-nos ainda para pessoas e coisas do longínquo ano de 1961 (reconheci as fotos de Sofia Loren e John F. Kennedy). Algumas tomadas (do alto) da paisagem são belíssimas.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraFilme tem estrutura de uma peça teatral, com bons diálogos e dois ótimos atores, além de ser curto (97 minutos apenas). Então é facilmente assistível e não deixa o interesse do espectador diminuir nunca. Ficamos à espera do próximo encontro dos personagens, que provavelmente será mais quente do que o anterior (isso para quem não viu o filme ainda). Não é nenhuma obra-prima mas é bem acima da média.
O Joelho de Ahed
3.0 7Sinônimos (2019) e A Professora do Jardim de Infância (2014) me pareceram mais palatáveis do que este, que traz um personagem excessivamente verborrágico (Lapid adora as palavras, sabemos) e politizado, o que torna esse filme mais radical do que os anteriores. E possivelmente menos agradável (ou interessante) de se assistir.
A Professora do Jardim de Infância
3.5 22 Assista AgoraDos poucos filmes do cineasta israelense que vi até agora - Sinônimos e O Joelho de Ahed - o que posso dizer é que ele não parece lá muito preocupado se o espectador vai entender e apreciar suas imagens e palavras. Quer dizer, seus filmes não são fáceis de acompanhar (início, meio, fim/narrativa tradicional, nada disso) então não consigo mergulhar completamente neles, mas tenho de reconhecer que, mesmo neste, há trechos bastante interessantes pra se ver.
Spencer
3.7 569 Assista AgoraMe parece que o diretor Larrain não apenas entregou um papel desafiador para Kristen Stewart como quis construir uma história mais com elementos psicológicos e dramáticos do que com aquilo que pode ter se passado na realidade, oficialmente. O filme é ao mesmo tempo aborrecido e interessante, mas não é inesquecível nem ensejaria vê-lo novamente numa reprise.
The First 54 Years – An Abbreviated Manual for Military …
3.7 1Documentário importante para se aprofundar um pouco mais na questão do interminável conflito entre israelenses e palestinos, que vai e vem o tempo todo. Agravado especialmente quando o governo de Telavive permitiu construções e colonos judaicos em território palestino. O diretor Mograbi, que é israelense, mostra através de depoimentos de ex soldados como eles agiam no controle das manifestações dos palestinos, sobretudo nas intifadas, como efetuavam as prisões, batiam e prendiam adolescentes etc. A paz na faixa de Gaza não apenas parece distante, mas impossível.