Um dos piores filmes sobre lobisomens que já vi: nem a maquiagem de Stan Winston consegue salvar essa produção medíocre ao extremo, além do fato de que não há nenhuma cena de transformação: vemos os personagens se contorcendo, depois há uma edição/corte tosco e em seguida os lobisomens já estão "prontos". A história é boba e horrivelmente clichê: basicamente, a perseguição de um grupo de lobisomens maus para matar um menino mestiço que é a chave para acabar com a licantropia. A sinopse fala em "poderes" do menino, mas não há nenhuma demonstração de poder algum durante o filme, ainda que os lobisomens "bons" fiquem o tempo todo dizendo que ele é "especial". O que mais me surpreende é ver que há filmes onde um mesmo indivíduo é produtor, diretor e roteirista, e consegue realizar obras-primas. Já no caso deste filme, o roteiro foi escrito por 3 indivíduos e nem assim saiu nada que se aproveite. Rhona Mitra, como você pôde se rebaixar a isso? Só posso supor que o aluguel dela estava atrasado.
Um belo filme, realmente uma adaptação digna do magnífico romance de Flaubert. A reconstituição de época (não só no que se refere a cenários, mas também na rica representação de costumes), os figurinos e a fotografia são impecáveis. Para mim, todo o elenco se encaixou perfeitamente no papel, embora Mia Wasikowska seja uma "quase-exceção": apesar do ótimo trabalho dela aqui, eu não consigo vê-la como Emma Bovary: talvez porque eu imagine a personagem com uma personalidade mais frenética e impulsiva e Mia ainda esteja impregnada na minha mente como a recatada e passiva Jane Eyre. De toda forma, é um filme de encher os olhos.
Eu já não achava "A garota da capa vermelha" grande coisa... Mas, depois de ver este filme precisei reavaliar minhas opiniões: definitivamente é a pior adaptação de que tenho notícia que um conto de fadas já recebeu. Chamá-lo de péssimo é eufemismo. E apontar seus defeitos (numerosíssimos) é perda de tempo.
Que o gênero terror está cada vez mais genérico, raso e clichê, isso não é nenhuma novidade. O triste é constatar que o gênero suspense vai tomando o mesmo rumo (pelo menos no que depender de alguns diretores como Adam Schindler, responsável por este fraquíssimo filme). Eu não esperava algo digno de Hitchcock ou David Fincher, mas pelo menos um filme inteligente, no limite do possível. Infelizmente, parece que isso era pedir demais: "Intruders" (vamos usar o título original, porque "A casa do medo", além de ridículo, é enganoso) é um filme bobo e esquecível. Até mesmo a jogada da inversão de papéis entre vilão e vítimas já é algo muito manjado e não funciona nesse filme. Nem a protagonista e nem os intrusos têm personalidade, é tudo muito mecânico e inexpressivo, de modo que quando ocorre a "reviravolta", pouca coisa muda em termos de emoção. Não bastasse isso, o final é chato e previsível.
Em determinado momento um personagem zumbi diz que está tendo uma "abstinência de cérebro" e eu acho que, como espectador, é necessário adotar essa mesma abstinência para poder curtir este filme: em outras palavras, desligar a inteligência. É uma espécie de paródia teen nonsense de “Guerra dos mundos”, com o “acréscimo” de vampiros e zumbis socialmente organizados. Na maior parte do tempo é um besteirol típico, mas alguns pontos me surpreenderam: os efeitos e a maquiagem são muito bons. Eu temia que usassem CG em excesso, já que é o caminho mais fácil; porém, optaram por usar a boa e velha tinta vermelha e em quantidades generosas, lembrando filmes trash em alguns momentos (como na impagável cena da batalha entre humanos, zumbis e vampiros, a qual eu realmente achei hilária). Adorei o efeito balão de sangue estilo True Blood que ocorre quando os vampiros são estaqueados.
Se o seu bebê monstro é morto por uns humanos idiotas, você: ( ) Se vinga dos humanos responsáveis provocando uma carnificina geral; (X) Se vinga, mas primeiro você trata de fazer outro bebê (e na “posição do cachorrinho”), porque as necessidades biológicas vêm antes da vingança.
Fico surpreso (talvez decepcionado seja uma palavra mais apropriada) com a forma como esta franquia foi despencando em termos de qualidade a cada filme. Até o 3º havia uma história em andamento, progredindo, mas empacou no 4º, com roteiro vazio e apelação excessiva aos efeitos visuais (que nem foram tão legais assim). E se o 4º viajou na maionese com seus exageros no estilo Matrix, esse 5º é risível com sua pegada Mad Max. O engraçado é que no começo da franquia o foco era a epidemia resultante do vírus, e, consequentemente, os zumbis... Já nesses dois últimos filmes, os zumbis mal aparecem e, mesmo quando o fazem, parecem mais figurantes do que ameaças propriamente. Um 6º filme poderá levar a história para um rumo melhor? Pela forma como "Retribuição" termina, acho difícil...
Dos filmes dessa franquia, achei este o mais fraco. Só há ação no início e no final, ficando um grande vácuo no “recheio” do filme, onde pouca coisa acontece. Além disso, dessa vez os zumbis estão ridículos: até o 3º filme, enquanto víamos a epidemia causada pelo vírus gerando zumbis “normais” (hã?), as coisas iam bem, mas desandou agora com esses novos zumbis mutantes com boca de flor – e parece que são lírios! Não bastasse isso, ainda há um zumbi "parente" do Pyramid Head de Silent Hill, trocando a pirâmide por um saco de batatas (estilo Jason) e o facão por um machado gigante com batedor de bife embutido. Não deu para levar aquilo a sério. O que salva um pouco do total esquecimento são as poucas cenas de ação no estilo Matrix, embora em alguns momentos tenham exagerado na "cópia" (até o vilão parece o agente Smith).
A premissa até que é boa, bem como o título, que sugere uma batalha entre anjos e a humanidade... Mas o resultado é bem frustrante: história boba, confusa e arrastada, com um clímax mal resolvido e personagens extremamente superficiais. O mais lamentável é que o filme tem anjos "de menos", o que torna o título bastante incoerente. A legião que aparece no trailer aparece no filme do mesmo modo e praticamente com a mesma duração: de forma curta e rápida, através de um flashback. O aguardado ápice com a batalha entre Gabriel e Miguel/Michael serviu apenas para Kevin Durand mostrar as asas (literalmente). Nem Paul Bettany, que já está acostumado a interpretar personagens "religiosos", consegue salvar o filme, que termina em aberto, mas, curiosamente, ao invés de pedir sequência, pede para ser esquecido. Que desperdício...
Não deu para levar a sério esses vampiros quadrúpedes cegos (?), numa história boba que tem um final descaradamente aberto (justamente quando parecia que as coisas ficariam interessantes, o filme acaba, sem deixar nem o alívio de ter acabado o tormento de vê-lo). Também não é para se deixar enganar por uma opinião estampada na capa do DVD, que afirma ser este "o melhor filme de vampiros que você já viu". O elenco até que é bom, destacando-se Paul Bettany, que de alguma forma bizarra parece ter saído direto de "O Código Da Vinci", deixando de lado parte da piração religiosa fanática do monge Silas para encarnar, dessa vez, um padre caçador de vampiros. As cenas de ação também são boas, embora sejam poucas. Mas, definitivamente, o que estraga o filme é o roteiro perdido e insosso, que desperdiça a interessante premissa da relação da Igreja na caça aos vampiros, mostrando isso de forma muito superficial. Mais que isso, outro ponto negativo neste filme (e isso sim, insuportável) é a presença de Karl Urban: independentemente de ele ser bom ou mau ator, seu personagem é patético como vilão. É o cúmulo do estereótipo do líder que deseja se vingar e destruir uma cidade com seu exército de mutantes cegos (não, não dá para chamar aquilo de vampiros). A tal "rainha" dos vampiros, que seria uma personagem minimamente mais interessante, só aparece por poucos segundos, em flashbacks ou envolta em sombras. Frustrante.
“A boa notícia é que seus namorados estão aqui. A má notícia é que eles estão mortos!” Eis aqui um exemplo que justifica primorosamente por que eu amo os filmes trash dos anos 80, a começar pelas falas escrachadas, típicas do gênero! Além da ótima surpresa com a originalidade do roteiro, que envolve zumbis, alienígenas, serial killers e uma espécie de sanguessuga do espaço (?) com poderes de controlar a mente dos humanos, esse “A noite dos arrepios” ainda faz várias referências a outros filmes da época (como os sobrenomes de alguns personagens, os mesmos de cineastas icônicos do terror: Romero, Cronenberg, Landis, entre outros). As atuações obviamente não são excelentes, o que significa que seguem o nível esperado para esse tipo de produção, mais centrado no gore, no nonsense e no humor negro do que na lógica e na verossimilhança. Em compensação, achei ótima a maquiagem e os efeitos sanguinolentos, mesmo seguindo a cartilha dos exageros e absurdos escatológicos que são marca registrada do trash. Em alguns momentos me fez lembrar do filme “Fome animal” (a invasão dos zumbis e uma cena onde um personagem “mói” um zumbi com um cortador de grama, por exemplo), o que me leva a crer que talvez Peter Jackson tenha bebido também dessa fonte para criar o seu clássico dos anos 90 – outro filme que eu adoro.
De modo geral, eu gosto dos filmes de Francis Lawrence e "Eu sou a Lenda" não foi uma exceção. Mesmo tendo lido recentemente o livro de Richard Matheson e visto a adaptação com Vincent Price antes desta versão com Will Smith, achei esta "nova" adaptação muito interessante. O roteiro é apenas vagamente inspirado no livro, razão pela qual, entre outras coisas, o filme é mais centrado na ação, deixando o drama meio que em segundo plano (o inverso do romance, que dá muito mais destaque à angústia e ao drama da solidão de Neville). A segunda metade do filme segue um rumo muito diferente do apresentado na obra de Matheson e o final é, de certa forma, mais otimista do que o apresentado no livro. Diferenças à parte, gostei da atuação de Smith, da fotografia pós-apocalíptica e dos efeitos envolvendo o aspecto físico dos "vampiros".
Um filme de dar medo... de tão ruim. Luke Evans, que sempre esteve na minha lista de piores e mais inexpressivos atores, atinge aqui o cúmulo da má atuação como o psicopata mais insípido e vazio que eu já vi. Todo o roteiro é patético e os diálogos são péssimos, mas as falas dele ultrapassam o limite da canastrice, com momentos do tipo: “Você não pode me matar. Estou dentro de você”. Sério isso? Isso sem falar nas reviravoltas absurdamente tendenciosas da história e de certas cenas inverossímeis (a cena do assassino “saindo” do corpo de uma vítima seria risível se não fosse tão tosca). Os absurdos continuam: o tal assassino tem habilidades marciais típicas de Chuck Norris e uma sorte assombrosa: justamente na hora de atirar nele as armas falham ou as vítimas perdem a coragem, o que é no mínimo inacreditável. Assim fica difícil defender Kitamura, que já havia me agradado bastante com “The midnight meat train”. Já nesse “Ninguém sobrevive” ele viajou na maionese totalmente. Não, não adianta Luke Evans mostrar a bunda e se cobrir de tinta vermelha. Não convenceu.
Uma espécie de "O Impossível" norueguês... Embora não tenha a grandeza e a carga dramática do filme de J. A. Bayona, gostei do fato de este "A Onda" ser um filme simples e despretensioso (se comparado aos montes de longas megalomaníacos sobre catástrofes naturais de Hollywood). Tem boas atuações, poucos (mas convincentes) efeitos especiais e um desenvolvimento competente.
Eu adoro esses besteiróis sangrentos que satirizam os clichês e estereótipos do terror, e tive uma ótima experiência com este filme. Aqui a "víitma" é o subgênero do terror teen com caipiras psicopatas (alô, Pânico na Floresta!). A partir de um mal-entendido, que funciona como gatilho, uma série de desastres, mortes e confusões hilárias se desenrola nos arredores de uma cabana decrépita nas montanhas onde um grupo de adolescentes vai acampar. Só fica um pouco monótono próximo do final, quando a comédia é deixada de lado e o filme assume uma perspectiva mais propícia ao terror mesmo. Ainda assim, é um ótimo filme e só a cena da serra elétrica já é garantia de boas risadas.
Fúria de Titãs + Transformers = Deuses do Egito? Apesar do roteiro superficial, dos personagens estereotipados e de algumas cenas confusas de ação, até que não achei este filme tão ruim. Obviamente, a mitologia egípcia poderia e merecia ser abordada de forma mais interessante, já que é um tema muito rico (como são as mitologias, em geral), não ficando em segundo plano em uma história onde efeitos visuais não tão bons são o ponto central. Afora isso, o maior problema deste filme, a meu ver, foi Gerard Butler. Definitivamente ele não convence como vilão (não neste filme pelo menos) e fica difícil crer que ele seja um deus sombrio quando parece ter acabado de sair do set de 300 (quase dez anos depois), pondo apenas um colete por cima da cueca de couro. E não apenas em aparência, mas também em caráter, o Set de Butler carece da crueldade pretendida pelo roteiro.
Eis aqui como uma boa ideia não devidamente explorada em um filme pode ser consertada na sequência: diferente (felizmente) do foco unilateral em uma só família como ocorreu no 1º, este segundo filme abrange muito mais, tanto em termos de personagens, a princípio sem vínculo, quanto em dimensão no que se refere às implicações políticas e sociais da Purificação. Eu gostei bem mais desta 2ª parte, porque pude captar o caos e a anarquia do subtítulo, que evidentemente questionam a eficácia da Purificação. Naturalmente alguns pontos me desagradaram: a motivação do personagem de Frank Grillo para a vingança tão aguardada e o relacionamento frágil de Liz e Shane são grandes clichês; além disso, as cenas com os ricaços se reunindo numa espécie de clube para matar pessoas capturadas pareceram cópias forçadas da ideia explorada nos filmes da franquia "O Albergue". Afora isso, é uma boa e válida sequência que, a meu ver, teve uma evolução significativa em relação ao anterior e espero que evolua ainda mais na sua 3ª parte, pela qual estou ansioso.
Péssimo, não funciona nem como trash e com certeza não é "o filme de zumbis mais criativo desde Fome Animal", como está estampado em um dos cartazes. Além dos (d)efeitos especiais em CG fraquíssimos, os personagens são apáticos e o roteiro é tão ruim que não dá nem para rir com a inconsistência de se juntar zumbis e alienígenas na mesma história. Se fosse um filme oitentista, talvez tivesse alguns méritos: pelo menos usariam a boa e velha tinta vermelha e vísceras ao invés desses vergonhosos efeitos digitais.
Há muito tempo eu não me divertia tanto com um filme de (anti-)herói; diferente do universo convencional e politicamente correto dos super-heróis, Deadpool é uma figura que realmente vai contra a maré, e eu acho isso ótimo. Ryan Reynolds finalmente conseguiu a redenção por papéis execráveis que marcaram sua carreira, como o infame Lanterna Verde e o próprio Deadpool que aparece no filme sobre a origem do Wolverine (ambos satirizados neste novo Deadpool, junto com várias outras referências e piadas). O humor negro, a linguagem chula (repreendida por Colossus por mais de uma vez), a violência explícita e o conteúdo sexualizado são elementos que tornam este filme bastante inovador – pelo menos nas telas – mesmo sendo o personagem já icônico nos quadrinhos por seu estilo “zoeiro” e que não tenha nada de particularmente original no roteiro: basicamente trata do personagem em busca de vingança contra o cientista sádico cujas experiências o deformaram. Não há implicações maiores nem mais profundas e isso talvez fosse um problema SE fosse mais um desses filmes genéricos e insossos sobre heróis salvando o mundo, o que definitivamente não é o caso aqui: Deadpool é escrachadamente debochado e isso ajuda não só a cobrir falhas de história, mas, principalmente, a divertir o espectador com doses cavalares de humor e ação. Até agora agradeço aos céus por este filme não ter caído em certas mãos que deixariam suas piadas ao nível de Adam Sandler ou de Danilo Gentili. Aí sim, seria intragável.
Dos filmes de terror em estilo slasher com assassinos mascarados sempre considerei "Halloween" o mais fraco de todos, o que acho frustrante, já que John Carpenter é um cineasta cujos filmes geralmente me agradam. Ainda assim, lembro que assistir ao primeiro filme da franquia sobre Michael Myers foi um tormento. Achei-o bastante maçante e mal desenvolvido além de, claro, superestimado. Assim, imaginei que este remake seria a minha chance de mudar a opinião sobre a história de Myers, mas isso foi outra experiência proporcionalmente medíocre. A perspectiva dada desta vez, com enfoque no "desenvolvimento" mental do assassino desde a sua infância, foi um elemento razoavelmente interessante e até valeria algum crédito se essa abordagem não servisse apenas para esticar a duração do filme. E mais de duas horas deste porre é difícil de suportar. O que salva um pouco do total esquecimento são as cenas de violência, muito mais intensas do que no original. Claro que violência gratuita não define qualidade em um filme de terror. Rob Zombie faltou nessa lição.
Não me convenceu. Antes de vê-lo, li muitos comentários favoráveis, dizendo tratar-se de uma grande homenagem aos filmes do tipo slasher dos anos 80, mas o que constatei é que este filme é uma comédia fraca que, se “homenageia” alguma coisa, é especificamente a franquia “Sexta-feira 13”, e ainda assim, apenas no seu aspecto mais característico: o sexo gratuito. E nem nesse ponto “Terror nos bastidores” acerta, já que é um filme muito light (não, não há sexo nem nudez, apenas piadas bobas nesse sentido). No quesito violência o filme também falha, com efeitos especiais péssimos (a cena onde um personagem é atingido pelo facão do assassino é tão mal editada e falsa que dá vergonha alheia). Por fim, nem aqui, onde interpreta a “bitch”, Nina Dobrev conseguiu deixar de ser insossa: estigma de The Vampire Diaries que ela vai arrastar muito ainda...
“Eu tinha o gosto de sangue e chocolate em minha boca, um tão odioso quanto o outro”, diz uma personagem, citando Hesse... Apesar de os pôsteres destacarem que é um filme “dos mesmos produtores de Anjos da Noite”, quem for vê-lo esperando encontrar lobisomens naquele estilo monstruoso e sanguinário certamente vai tomar um banho de água fria. Baseado no romance de Annette C. Klause, “Sangue e Chocolate” tem mais a ver com “Crepúsculo” e outras produções teen estilizadas do que com o universo clássico dos monstros. Ainda assim, gostei deste filme e da mitologia transmitida sobre os lobos, apresentando-os como uma linhagem sagrada. Além disso tem uma boa fotografia do interior europeu, ótima trilha sonora e um casal de protagonistas que, mesmo esbarrando nos inevitáveis clichês românticos, possui uma sintonia que eu considerei agradável.
Se este filme pode provocar gritos, certamente não são de horror, mas de frustração pelo tempo perdido em vê-lo. Não chega a ser um dos piores filmes do mundo, mas o roteiro é tão fraco e a direção, tão insegura que o tédio durante o decorrer (ou melhor, arrastar) da história é inevitável. Landon Liboiron com certeza está melhor como lobisomem cigano em Hemlock Grove do que como lobisomem Harry Potter neste filme. E falando em lobisomens, aqui eles só aparecem claramente no final e seu visual até é satisfatório, mas as cenas de transformação são péssimas, já que optaram pela rapidez com CG ao invés das ótimas e detalhadas sequências trash de efeitos e maquiagem, como fez Rob Bottin no primeiro filme da franquia. Em resumo, um filme esquecível.
Skinwalkers: Amaldiçoados
2.2 82Um dos piores filmes sobre lobisomens que já vi: nem a maquiagem de Stan Winston consegue salvar essa produção medíocre ao extremo, além do fato de que não há nenhuma cena de transformação: vemos os personagens se contorcendo, depois há uma edição/corte tosco e em seguida os lobisomens já estão "prontos".
A história é boba e horrivelmente clichê: basicamente, a perseguição de um grupo de lobisomens maus para matar um menino mestiço que é a chave para acabar com a licantropia. A sinopse fala em "poderes" do menino, mas não há nenhuma demonstração de poder algum durante o filme, ainda que os lobisomens "bons" fiquem o tempo todo dizendo que ele é "especial".
O que mais me surpreende é ver que há filmes onde um mesmo indivíduo é produtor, diretor e roteirista, e consegue realizar obras-primas. Já no caso deste filme, o roteiro foi escrito por 3 indivíduos e nem assim saiu nada que se aproveite.
Rhona Mitra, como você pôde se rebaixar a isso? Só posso supor que o aluguel dela estava atrasado.
A Vizinhança Assombrada
1.5 23Tão ruim que não merece nem nota.
Madame Bovary
3.0 226 Assista AgoraUm belo filme, realmente uma adaptação digna do magnífico romance de Flaubert. A reconstituição de época (não só no que se refere a cenários, mas também na rica representação de costumes), os figurinos e a fotografia são impecáveis.
Para mim, todo o elenco se encaixou perfeitamente no papel, embora Mia Wasikowska seja uma "quase-exceção": apesar do ótimo trabalho dela aqui, eu não consigo vê-la como Emma Bovary: talvez porque eu imagine a personagem com uma personalidade mais frenética e impulsiva e Mia ainda esteja impregnada na minha mente como a recatada e passiva Jane Eyre. De toda forma, é um filme de encher os olhos.
Chapeuzinho Vermelho no Castelo das Trevas
1.1 22 Assista AgoraEu já não achava "A garota da capa vermelha" grande coisa... Mas, depois de ver este filme precisei reavaliar minhas opiniões: definitivamente é a pior adaptação de que tenho notícia que um conto de fadas já recebeu.
Chamá-lo de péssimo é eufemismo. E apontar seus defeitos (numerosíssimos) é perda de tempo.
Invasores
2.6 188 Assista AgoraQue o gênero terror está cada vez mais genérico, raso e clichê, isso não é nenhuma novidade. O triste é constatar que o gênero suspense vai tomando o mesmo rumo (pelo menos no que depender de alguns diretores como Adam Schindler, responsável por este fraquíssimo filme).
Eu não esperava algo digno de Hitchcock ou David Fincher, mas pelo menos um filme inteligente, no limite do possível.
Infelizmente, parece que isso era pedir demais: "Intruders" (vamos usar o título original, porque "A casa do medo", além de ridículo, é enganoso) é um filme bobo e esquecível. Até mesmo a jogada da inversão de papéis entre vilão e vítimas já é algo muito manjado e não funciona nesse filme. Nem a protagonista e nem os intrusos têm personalidade, é tudo muito mecânico e inexpressivo, de modo que quando ocorre a "reviravolta", pouca coisa muda em termos de emoção. Não bastasse isso, o final é chato e previsível.
Guerra dos Monstros
2.7 129 Assista AgoraEm determinado momento um personagem zumbi diz que está tendo uma "abstinência de cérebro" e eu acho que, como espectador, é necessário adotar essa mesma abstinência para poder curtir este filme: em outras palavras, desligar a inteligência.
É uma espécie de paródia teen nonsense de “Guerra dos mundos”, com o “acréscimo” de vampiros e zumbis socialmente organizados. Na maior parte do tempo é um besteirol típico, mas alguns pontos me surpreenderam: os efeitos e a maquiagem são muito bons. Eu temia que usassem CG em excesso, já que é o caminho mais fácil; porém, optaram por usar a boa e velha tinta vermelha e em quantidades generosas, lembrando filmes trash em alguns momentos (como na impagável cena da batalha entre humanos, zumbis e vampiros, a qual eu realmente achei hilária). Adorei o efeito balão de sangue estilo True Blood que ocorre quando os vampiros são estaqueados.
Banquete no Inferno
2.9 189Se o seu bebê monstro é morto por uns humanos idiotas, você:
( ) Se vinga dos humanos responsáveis provocando uma carnificina geral;
(X) Se vinga, mas primeiro você trata de fazer outro bebê (e na “posição do cachorrinho”), porque as necessidades biológicas vêm antes da vingança.
Resident Evil 5: Retribuição
2.9 3,0K Assista AgoraFico surpreso (talvez decepcionado seja uma palavra mais apropriada) com a forma como esta franquia foi despencando em termos de qualidade a cada filme. Até o 3º havia uma história em andamento, progredindo, mas empacou no 4º, com roteiro vazio e apelação excessiva aos efeitos visuais (que nem foram tão legais assim). E se o 4º viajou na maionese com seus exageros no estilo Matrix, esse 5º é risível com sua pegada Mad Max.
O engraçado é que no começo da franquia o foco era a epidemia resultante do vírus, e, consequentemente, os zumbis... Já nesses dois últimos filmes, os zumbis mal aparecem e, mesmo quando o fazem, parecem mais figurantes do que ameaças propriamente.
Um 6º filme poderá levar a história para um rumo melhor? Pela forma como "Retribuição" termina, acho difícil...
Resident Evil 4: Recomeço
3.1 1,9K Assista AgoraDos filmes dessa franquia, achei este o mais fraco. Só há ação no início e no final, ficando um grande vácuo no “recheio” do filme, onde pouca coisa acontece. Além disso, dessa vez os zumbis estão ridículos: até o 3º filme, enquanto víamos a epidemia causada pelo vírus gerando zumbis “normais” (hã?), as coisas iam bem, mas desandou agora com esses novos zumbis mutantes com boca de flor – e parece que são lírios! Não bastasse isso, ainda há um zumbi "parente" do Pyramid Head de Silent Hill, trocando a pirâmide por um saco de batatas (estilo Jason) e o facão por um machado gigante com batedor de bife embutido. Não deu para levar aquilo a sério.
O que salva um pouco do total esquecimento são as poucas cenas de ação no estilo Matrix, embora em alguns momentos tenham exagerado na "cópia" (até o vilão parece o agente Smith).
Legião
2.7 1,3K Assista AgoraA premissa até que é boa, bem como o título, que sugere uma batalha entre anjos e a humanidade... Mas o resultado é bem frustrante: história boba, confusa e arrastada, com um clímax mal resolvido e personagens extremamente superficiais.
O mais lamentável é que o filme tem anjos "de menos", o que torna o título bastante incoerente. A legião que aparece no trailer aparece no filme do mesmo modo e praticamente com a mesma duração: de forma curta e rápida, através de um flashback.
O aguardado ápice com a batalha entre Gabriel e Miguel/Michael serviu apenas para Kevin Durand mostrar as asas (literalmente). Nem Paul Bettany, que já está acostumado a interpretar personagens "religiosos", consegue salvar o filme, que termina em aberto, mas, curiosamente, ao invés de pedir sequência, pede para ser esquecido. Que desperdício...
Padre
2.8 1,5K Assista AgoraNão deu para levar a sério esses vampiros quadrúpedes cegos (?), numa história boba que tem um final descaradamente aberto (justamente quando parecia que as coisas ficariam interessantes, o filme acaba, sem deixar nem o alívio de ter acabado o tormento de vê-lo). Também não é para se deixar enganar por uma opinião estampada na capa do DVD, que afirma ser este "o melhor filme de vampiros que você já viu".
O elenco até que é bom, destacando-se Paul Bettany, que de alguma forma bizarra parece ter saído direto de "O Código Da Vinci", deixando de lado parte da piração religiosa fanática do monge Silas para encarnar, dessa vez, um padre caçador de vampiros.
As cenas de ação também são boas, embora sejam poucas.
Mas, definitivamente, o que estraga o filme é o roteiro perdido e insosso, que desperdiça a interessante premissa da relação da Igreja na caça aos vampiros, mostrando isso de forma muito superficial. Mais que isso, outro ponto negativo neste filme (e isso sim, insuportável) é a presença de Karl Urban: independentemente de ele ser bom ou mau ator, seu personagem é patético como vilão. É o cúmulo do estereótipo do líder que deseja se vingar e destruir uma cidade com seu exército de mutantes cegos (não, não dá para chamar aquilo de vampiros).
A tal "rainha" dos vampiros, que seria uma personagem minimamente mais interessante, só aparece por poucos segundos, em flashbacks ou envolta em sombras. Frustrante.
Noite dos Arrepios
3.5 198 Assista Agora“A boa notícia é que seus namorados estão aqui. A má notícia é que eles estão mortos!” Eis aqui um exemplo que justifica primorosamente por que eu amo os filmes trash dos anos 80, a começar pelas falas escrachadas, típicas do gênero! Além da ótima surpresa com a originalidade do roteiro, que envolve zumbis, alienígenas, serial killers e uma espécie de sanguessuga do espaço (?) com poderes de controlar a mente dos humanos, esse “A noite dos arrepios” ainda faz várias referências a outros filmes da época (como os sobrenomes de alguns personagens, os mesmos de cineastas icônicos do terror: Romero, Cronenberg, Landis, entre outros). As atuações obviamente não são excelentes, o que significa que seguem o nível esperado para esse tipo de produção, mais centrado no gore, no nonsense e no humor negro do que na lógica e na verossimilhança. Em compensação, achei ótima a maquiagem e os efeitos sanguinolentos, mesmo seguindo a cartilha dos exageros e absurdos escatológicos que são marca registrada do trash. Em alguns momentos me fez lembrar do filme “Fome animal” (a invasão dos zumbis e uma cena onde um personagem “mói” um zumbi com um cortador de grama, por exemplo), o que me leva a crer que talvez Peter Jackson tenha bebido também dessa fonte para criar o seu clássico dos anos 90 – outro filme que eu adoro.
Eu Sou a Lenda
3.7 2,1K Assista AgoraDe modo geral, eu gosto dos filmes de Francis Lawrence e "Eu sou a Lenda" não foi uma exceção. Mesmo tendo lido recentemente o livro de Richard Matheson e visto a adaptação com Vincent Price antes desta versão com Will Smith, achei esta "nova" adaptação muito interessante. O roteiro é apenas vagamente inspirado no livro, razão pela qual, entre outras coisas, o filme é mais centrado na ação, deixando o drama meio que em segundo plano (o inverso do romance, que dá muito mais destaque à angústia e ao drama da solidão de Neville). A segunda metade do filme segue um rumo muito diferente do apresentado na obra de Matheson e o final é, de certa forma, mais otimista do que o apresentado no livro.
Diferenças à parte, gostei da atuação de Smith, da fotografia pós-apocalíptica e dos efeitos envolvendo o aspecto físico dos "vampiros".
Ninguém Sobrevive
3.0 249Um filme de dar medo... de tão ruim. Luke Evans, que sempre esteve na minha lista de piores e mais inexpressivos atores, atinge aqui o cúmulo da má atuação como o psicopata mais insípido e vazio que eu já vi. Todo o roteiro é patético e os diálogos são péssimos, mas as falas dele ultrapassam o limite da canastrice, com momentos do tipo: “Você não pode me matar. Estou dentro de você”. Sério isso? Isso sem falar nas reviravoltas absurdamente tendenciosas da história e de certas cenas inverossímeis (a cena do assassino “saindo” do corpo de uma vítima seria risível se não fosse tão tosca).
Os absurdos continuam: o tal assassino tem habilidades marciais típicas de Chuck Norris e uma sorte assombrosa: justamente na hora de atirar nele as armas falham ou as vítimas perdem a coragem, o que é no mínimo inacreditável. Assim fica difícil defender Kitamura, que já havia me agradado bastante com “The midnight meat train”. Já nesse “Ninguém sobrevive” ele viajou na maionese totalmente.
Não, não adianta Luke Evans mostrar a bunda e se cobrir de tinta vermelha. Não convenceu.
A Onda
3.2 306 Assista AgoraUma espécie de "O Impossível" norueguês... Embora não tenha a grandeza e a carga dramática do filme de J. A. Bayona, gostei do fato de este "A Onda" ser um filme simples e despretensioso (se comparado aos montes de longas megalomaníacos sobre catástrofes naturais de Hollywood). Tem boas atuações, poucos (mas convincentes) efeitos especiais e um desenvolvimento competente.
Tucker & Dale Contra o Mal
3.7 425 Assista AgoraEu adoro esses besteiróis sangrentos que satirizam os clichês e estereótipos do terror, e tive uma ótima experiência com este filme. Aqui a "víitma" é o subgênero do terror teen com caipiras psicopatas (alô, Pânico na Floresta!). A partir de um mal-entendido, que funciona como gatilho, uma série de desastres, mortes e confusões hilárias se desenrola nos arredores de uma cabana decrépita nas montanhas onde um grupo de adolescentes vai acampar.
Só fica um pouco monótono próximo do final, quando a comédia é deixada de lado e o filme assume uma perspectiva mais propícia ao terror mesmo. Ainda assim, é um ótimo filme e só a cena da serra elétrica já é garantia de boas risadas.
Deuses do Egito
2.6 719 Assista AgoraFúria de Titãs + Transformers = Deuses do Egito?
Apesar do roteiro superficial, dos personagens estereotipados e de algumas cenas confusas de ação, até que não achei este filme tão ruim. Obviamente, a mitologia egípcia poderia e merecia ser abordada de forma mais interessante, já que é um tema muito rico (como são as mitologias, em geral), não ficando em segundo plano em uma história onde efeitos visuais não tão bons são o ponto central.
Afora isso, o maior problema deste filme, a meu ver, foi Gerard Butler. Definitivamente ele não convence como vilão (não neste filme pelo menos) e fica difícil crer que ele seja um deus sombrio quando parece ter acabado de sair do set de 300 (quase dez anos depois), pondo apenas um colete por cima da cueca de couro. E não apenas em aparência, mas também em caráter, o Set de Butler carece da crueldade pretendida pelo roteiro.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2K Assista AgoraEis aqui como uma boa ideia não devidamente explorada em um filme pode ser consertada na sequência: diferente (felizmente) do foco unilateral em uma só família como ocorreu no 1º, este segundo filme abrange muito mais, tanto em termos de personagens, a princípio sem vínculo, quanto em dimensão no que se refere às implicações políticas e sociais da Purificação.
Eu gostei bem mais desta 2ª parte, porque pude captar o caos e a anarquia do subtítulo, que evidentemente questionam a eficácia da Purificação.
Naturalmente alguns pontos me desagradaram: a motivação do personagem de Frank Grillo para a vingança tão aguardada e o relacionamento frágil de Liz e Shane são grandes clichês; além disso, as cenas com os ricaços se reunindo numa espécie de clube para matar pessoas capturadas pareceram cópias forçadas da ideia explorada nos filmes da franquia "O Albergue".
Afora isso, é uma boa e válida sequência que, a meu ver, teve uma evolução significativa em relação ao anterior e espero que evolua ainda mais na sua 3ª parte, pela qual estou ansioso.
Canibais
2.5 75 Assista AgoraPéssimo, não funciona nem como trash e com certeza não é "o filme de zumbis mais criativo desde Fome Animal", como está estampado em um dos cartazes. Além dos (d)efeitos especiais em CG fraquíssimos, os personagens são apáticos e o roteiro é tão ruim que não dá nem para rir com a inconsistência de se juntar zumbis e alienígenas na mesma história.
Se fosse um filme oitentista, talvez tivesse alguns méritos: pelo menos usariam a boa e velha tinta vermelha e vísceras ao invés desses vergonhosos efeitos digitais.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraHá muito tempo eu não me divertia tanto com um filme de (anti-)herói; diferente do universo convencional e politicamente correto dos super-heróis, Deadpool é uma figura que realmente vai contra a maré, e eu acho isso ótimo. Ryan Reynolds finalmente conseguiu a redenção por papéis execráveis que marcaram sua carreira, como o infame Lanterna Verde e o próprio Deadpool que aparece no filme sobre a origem do Wolverine (ambos satirizados neste novo Deadpool, junto com várias outras referências e piadas). O humor negro, a linguagem chula (repreendida por Colossus por mais de uma vez), a violência explícita e o conteúdo sexualizado são elementos que tornam este filme bastante inovador – pelo menos nas telas – mesmo sendo o personagem já icônico nos quadrinhos por seu estilo “zoeiro” e que não tenha nada de particularmente original no roteiro: basicamente trata do personagem em busca de vingança contra o cientista sádico cujas experiências o deformaram. Não há implicações maiores nem mais profundas e isso talvez fosse um problema SE fosse mais um desses filmes genéricos e insossos sobre heróis salvando o mundo, o que definitivamente não é o caso aqui: Deadpool é escrachadamente debochado e isso ajuda não só a cobrir falhas de história, mas, principalmente, a divertir o espectador com doses cavalares de humor e ação.
Até agora agradeço aos céus por este filme não ter caído em certas mãos que deixariam suas piadas ao nível de Adam Sandler ou de Danilo Gentili. Aí sim, seria intragável.
Halloween: O Início
3.2 861 Assista AgoraDos filmes de terror em estilo slasher com assassinos mascarados sempre considerei "Halloween" o mais fraco de todos, o que acho frustrante, já que John Carpenter é um cineasta cujos filmes geralmente me agradam. Ainda assim, lembro que assistir ao primeiro filme da franquia sobre Michael Myers foi um tormento. Achei-o bastante maçante e mal desenvolvido além de, claro, superestimado.
Assim, imaginei que este remake seria a minha chance de mudar a opinião sobre a história de Myers, mas isso foi outra experiência proporcionalmente medíocre. A perspectiva dada desta vez, com enfoque no "desenvolvimento" mental do assassino desde a sua infância, foi um elemento razoavelmente interessante e até valeria algum crédito se essa abordagem não servisse apenas para esticar a duração do filme. E mais de duas horas deste porre é difícil de suportar.
O que salva um pouco do total esquecimento são as cenas de violência, muito mais intensas do que no original. Claro que violência gratuita não define qualidade em um filme de terror. Rob Zombie faltou nessa lição.
Terror Nos Bastidores
3.4 447 Assista AgoraNão me convenceu. Antes de vê-lo, li muitos comentários favoráveis, dizendo tratar-se de uma grande homenagem aos filmes do tipo slasher dos anos 80, mas o que constatei é que este filme é uma comédia fraca que, se “homenageia” alguma coisa, é especificamente a franquia “Sexta-feira 13”, e ainda assim, apenas no seu aspecto mais característico: o sexo gratuito. E nem nesse ponto “Terror nos bastidores” acerta, já que é um filme muito light (não, não há sexo nem nudez, apenas piadas bobas nesse sentido). No quesito violência o filme também falha, com efeitos especiais péssimos (a cena onde um personagem é atingido pelo facão do assassino é tão mal editada e falsa que dá vergonha alheia). Por fim, nem aqui, onde interpreta a “bitch”, Nina Dobrev conseguiu deixar de ser insossa: estigma de The Vampire Diaries que ela vai arrastar muito ainda...
Sangue e Chocolate
2.9 225“Eu tinha o gosto de sangue e chocolate em minha boca, um tão odioso quanto o outro”, diz uma personagem, citando Hesse...
Apesar de os pôsteres destacarem que é um filme “dos mesmos produtores de Anjos da Noite”, quem for vê-lo esperando encontrar lobisomens naquele estilo monstruoso e sanguinário certamente vai tomar um banho de água fria. Baseado no romance de Annette C. Klause, “Sangue e Chocolate” tem mais a ver com “Crepúsculo” e outras produções teen estilizadas do que com o universo clássico dos monstros. Ainda assim, gostei deste filme e da mitologia transmitida sobre os lobos, apresentando-os como uma linhagem sagrada. Além disso tem uma boa fotografia do interior europeu, ótima trilha sonora e um casal de protagonistas que, mesmo esbarrando nos inevitáveis clichês românticos, possui uma sintonia que eu considerei agradável.
Grito de Horror: Lua Nova, Sangue Novo
1.7 117 Assista AgoraSe este filme pode provocar gritos, certamente não são de horror, mas de frustração pelo tempo perdido em vê-lo.
Não chega a ser um dos piores filmes do mundo, mas o roteiro é tão fraco e a direção, tão insegura que o tédio durante o decorrer (ou melhor, arrastar) da história é inevitável. Landon Liboiron com certeza está melhor como lobisomem cigano em Hemlock Grove do que como lobisomem Harry Potter neste filme. E falando em lobisomens, aqui eles só aparecem claramente no final e seu visual até é satisfatório, mas as cenas de transformação são péssimas, já que optaram pela rapidez com CG ao invés das ótimas e detalhadas sequências trash de efeitos e maquiagem, como fez Rob Bottin no primeiro filme da franquia.
Em resumo, um filme esquecível.