O mestre Billy Wilder jamais me decepcionou com seus filmes que assisti e com esse não seria diferente. "Farrapo Humano" me fez ficar apreensivo do início ao fim. Quantos de nós não nos sentimos assim? Quantos de nós não conhecemos alguém que fica assim diante das situações e frustrações da vida e que busca uma válvula de escape para aliviar uma certa pressão? Há quem procure a saída nas drogas ou fazendo compras desenfreadamente e acumulando dívidas ou na comida ou em apostas. A falsa saída de Don era na bebida. O que é mais triste ainda é quando a pessoa aspira uma certa ambição de vencer na vida, que sabe que tem capacidade de ir além, mas que é arrastada para baixo e cada vez mais pelas armadilhas do vício que começa a aprontar na cabeça da pessoa fazendo ela desacreditar em si mesma. Autosabotagem! Síndrome do Impostor. O pior inimigo é a própria pessoa. Don tinha pessoas que se preocupava com ele e, quem nem isso tem? A luta é mais difícil ainda.
Confesso que aguardei duas situações para que houvesse um final mais plausível. Ou Don realmente passaria pelo processo de reabilitação e encarar a vida de outra maneira ou um que realmente desse um choque de realidade a quem está assistindo ao filme e alimenta as energias negativas, seria um final triste, mas um final digno, até mesmo para o Don que poderia finalmente descansar.
Só uma pequena curiosidade. Não assisti (ainda) a série Mad Men, mas seria uma singela referência de Don Draper a Don Birnam?
Assim que vi a notícia sobre a cinebiografia do Mussum, uma forte nostalgia me invadiu o coração e está me fazendo buscar lembranças adormecidas de minha infância e com isso conferi logo o documentário que saiu sobre o Mussum. Após o documentário resolvi conferir o início, os primeiros passos, os primeiros filmes. No momento até então nada ainda é realmente apresentado de fato como "Os Trapalhões". Conferi primeiro o curta metragem "A Pedra do Tesouro" e o primeiro longa "Na Onda do iê iê iê" ambos com Renato Aragão e Dedé Santana. Logo após conferi "O Adorável Trapalhão" (somente com o Renato) e "Dois na Lona", nesse com o lutador de telecatch (WWE) Ted Boy Marino e Roberto Guilherme (O Sgt. Pincel dos Trapalhões). São filmes bons, legais que tem os seus momentos. Em algumas cenas vamos notando aos poucos características do que estaria por vir mais lá na frente, do que realmente conhecemos no auge da personificação do personagem, mas ao mesmo tempo notamos o quão verde ainda estava esta desenvoltura, e por conta disso torna uma atuação maçante, sem timming. E detalhe importante, nota-se que o Dedé é muito importante para o Didi, ele sustentar sozinho as piadas não era fácil. Percebe este detalhe em "O Adorável Trapalhão". A atuação de Renato chega a ser caricata demais, cansativa e forçada. Depois desses filmes conferi o filme publicação: Bonga, O vagabundo.
Neste filme observamos que houve uma melhoria completamente em tudo em relação aos filmes anteriores do início da carreira do Didi no cinema. Bonga está claramente apresentado aqui como uma similaridade de Carlitos, o vagabundo de Chaplin. A diferença está mais na acrobacia em geral. Bonga, o cavaleiro solitário da selva de concreto, o anti-heroi marginal urbano, o boêmio romântico tristonho. Tudo isso são as características da personalidade de Bonga, que diante de toda adversidade ainda encontra espaço para amizade, aventura, gentileza e paixão platônica para sentir que ainda há esperanças em seu mundo frio e cinza.
Uma curiosidade que me chamou atenção é que há outros filmes onde o Didi se veste como Bonga, mas ele é chamado de Didi, seu personagem principal de fato. Eu não sabia disso, já que é a primeira vez que conheço o Bonga, pois estou conferindo os filmes mais antigos do trapalhão. Sou de 85, logo, os primeiros filmes que conferi foi com o inesquecível quarteto. Quanta saudade!
No mais é isso, Bonga é um bom filme apesar de ser um pouco cansativo por cenas vazias.
Documentário rico por trazer lindas lembranças para quem pode acompanhar o Mussum na televisão e nos filmes. Mais rico ainda para quem o viu primeiro no cenário musical. Mussum sempre foi o meu trapalhão favoritis juntamente com o Zacarias. Nos filmes que assistia quando criança e via os dois juntos era gargalhada atrás de gargalhada. Me lembro bem, pois são momentos que guardo com carinho.
O documentário resgata uma breve história do saudoso Mussum com muita alegria e simpatia, e é assim que o documentário se apresenta até o seu fim, mantendo distância de polêmicas, percebemos isso quando entra na questão do racismo. Um momento que poderiam ter aproveitado para trazer mais reflexão, pois infelizmente a cada dia que passa esse comportamento ridículo vem se apresentando mais terrível como nunca.
No mais, gostei do que vi. Minha infância foi revivida e a saudade acordada. Que esteja em paz o queridis trapalhão da mangueira. Salve Mussum!
"Antonio Carlos Bernardes Gomes foi um ser humano. Seres humanos são conhecidos por não poderem viver debaixo d'água. Seres humanos também sabem amar, comer, beber cerveja e brigar. Peixes: são animais vertebrados conhecidos por sua capacidade de viverem embaixo d'água. Peixes não pensam. Alguns cientistas afirmam que são capazes de amar, mas é cientificamente comprovado que não bebem cerveja. Muçum é um peixe. Uma cobra d'água lisa e escorregadia de cor preta que vive bem na água e na terra. Mais ou menos como o ser humano. Muçum não tem nada a ver com Antônio Carlos. Todos os dois tem a mesma origem. Todos os dois nasceram na periferia do Rio de Janeiro. Todos os dois nasceram na favela. Só que você comparar, o personagem real, o Antônio Carlos, esse não tá na televisão até hoje. Que é o negro correto e até mesmo um pouco rígido. Que é o negro buscando se afirmar na sociedade. Buscando ser respeitado. O problema não tá no Antônio Carlos e nem tá no Mussum. Tá no uso que a televisão faz da imagem do negro".
Acabei de conferir o documentário não só da maior banda do Rock nacional, mas como do maior frontman do Rock nacional. "MARGINAL ALADO" narra a ascensão do Chorão com a sua banda e a sua derrocada pela sua depressão e vício na droga. Um documentário lindo, forte e triste.
Desde que vi o aparecimento da banda aos meus 12 anos de idade, eu me identifiquei logo de cara e a partir dali eu acompanhei a banda em tudo: Shows, entrevistas, matérias, polêmicas, fóruns etc. Charlie Brown Jr foi também a minha vida.
Chorão compartilhou o sonho dele comigo e com vários outros que encontraram nele e nas suas letras uma identificação real. Chorão narrava muito bem o cotidiano e os dilemas de uma juventude subestimada e complexada, porém, verdadeira e sonhadora.
Chorão me fazia acreditar em mim como ninguém fez e até hoje isso permanece, pois levei o conselho pra frente. E é por isso que o Chorão é bastante lembrado e que a sua ausência faz muita, mas muita falta, pois seria muito bom poder ainda ouvir mais de seus conselhos. Mas o destino brinca com as pessoas e brincou com milhões de nós. A medida que o documentário vai se aproximando da onde tudo começou a ficar mais pesado para o Chorão, o coração vai ficando mais apertado que é impossível segurar o choro. Chorei mesmo. Pois é muito cruel ver alguém que você gosta/ama sofrendo e não poder fazer nada para ajudá-lo. É cruel demais. Chorão carregou muita dor. Mais do que seria capaz de suportar e não aguentou. É triste demais! O doc é muito bem produzido, mesmo que eu ainda tenha alguns pontos a apresentar.
Felizmente eu tenho uma foto com ele e foi a minha maior alegria em anos acompanhando a banda. Foi em 2012, ganhei uma entrada ao camarim através de um sorteio. A banda havia retornado com Champignon e Marcão. Foi um momento muito importante para os fãs. Poder ver esse cara ao meu lado foi um grande sonho realizado depois de tudo que vivenciei através da banda até então. Uma memória que levarei até o meu último dia. Obrigado por tudo!
Péssimo! Como pode ter um baita enredo na mão e criar essa água com açúcar sonífera? Não tem uma ação de perseguição, não tem suspense, não tem nada. Só tem enchimento de linguiça e um final ridículo apenas para amenizar o mais ridículo que seria se não fosse o que foi contado.
Apenas um comentário breve sobre o filme: Gregory House passaria era mal no hospital do Brasil. É muita loucura ver o sistema assim por este ângulo, mesmo sabendo que a escassez é enorme.
Filme nacional muito bem produzido e com um ótimo trio de atores, destaque a mais para o excelente João Miguel. O filme Xingu é um aviso para os desavisados que não entendem o porquê dos índios estarem ali e uma denúncia para os que constantemente ameaçam as terras indígenas desde sempre. Proteger essas reservas é uma obrigação de todos que entendem o significado de respeito.
No mais, o filme infelizmente não narra tudo e omite alguns fatos, fatos que mancham o nome dos irmãos Villas-Bôas, como o envolvimento de Leonardo com a Índia Pele de Reclusa, que era a mulher do xamã. Após terem descoberto tal envolvimento, Pele de Reclusa sofre um estupro coletivo e é banida da tribo. O filme poderia ter apresentado sim esse momento, o deixaria mais dramático e não trataria os irmãos apenas como heróis.
Teocracia em Vertigem está sensacional. Sarcástico e afiado como nunca, o cidadão de bem entra em choque com o paradoxo da realidade e entra em pane. Kkkkk Kkk muito bom! Mas eu não sei do que estou falando, portanto, não assista a este especial de Natal!
Conclusão fraca. O início começa bem interessante, mas acabam perdendo foco entre H e M, e na moral, o filme todo é da M, mas enfim. Esperei algo mais à altura do primeiro MIB.... iludido. Uma boa franquia que tem tudo pra manter a boa qualidade da história nas mãos certas, o que não foi desta vez.
Caramba, que filme doido. Gostei pra caramba dos eventos. Tudo leva a crer que o filme irá apenas focar nos lances dos vinis com a chegada dos Cd’s, o cotidiano da lojinha e os seus clientes/visitantes. No entanto, tudo muda é uma sucessão de erros e bizarrices surgem ao ponto de realmente se tornar algo surreal. A diretora certamente bebeu um pouquinho da performance dos Irmãos Coen (esta foi a minha impressão em relação a personagens e eventos), porém, bebeu pouco demais e deu o desfecho mais óbvio possível. Mas ao todo é um bom filme nacional sem dúvidas.
Que bela animação. Achei por acaso no telecine play e me surpreendi. Uma história de celebração à vida pós a tão inescapável morte. Os mexicanos compreendem muito bem a vida devido a sua tradição. A vida não para depois da fatídica partida de alguém. Lembrar e relembrar para sempre celebrar “los muertos” é algo que muitos de nós devemos aprender, se lamentar e martirizar é piegas demais. A vida é uma festa e devemos aproveitar a festa da melhor maneira possível!
Que filmaço, ein! Esse é o tipo de roteiro de suspense que eu gosto. Um roteiro que permite vários questionamentos, que lhe intriga gradativamente e quebrando as obviedades. Outro filme que mexeu muito comigo recentemente desta mesma forma foi “Animais Noturnos”, já esse um roteiro mais trabalhado e complexo. Não estou comparando nada, apenas apresentando o tipo de filme que me fisga rapidamente. Posso citar também “Se7en” dentre outros, no entanto “Três anúncios para um crime” tem umas reviravoltas que abala bastante os personagens com seus remorsos e suas precipitações. É um grande filme e um Oscar merecidíssimo para Frances que mostrou uma faceta impressionante em sua interpretação na pele de uma Mulher (M maiúsculo) que cansou literalmente das injustiças que lhe acercam por ser uma mulher. Os momentos finais são intensos, pois é carregado por uma incógnita que nos leva a questionar: qual será o próximo passo? Woody Harrelson também esteve muitíssimo bem e deu uma bela reviravolta com o seu personagem. Enfim... grande filme!
Nunca vi um filme tão vazio, tão oco quanto esse. Coberto por uma casca frágil e débil. Um roteiro presunçoso ao extremo e atuações pífias. Completamente uma perda de tempo.
Recentemente conferi “Jaws 2”. O filme se passa quatro anos após o primeiro filme. Tudo parece perfeitamente normal na cidade de Amity até que acidentes de barcos e estranhos desaparecimentos começam a ocorrer no mar da cidade.
Mesmo tendo Roy Scheider no elenco, a continuação não consegue chegar nem aos 10% do que foi apresentado com grande maestria por Spielberg no filme original de 1975. Esta lastimosa continuação, claramente um caça-níquel apresenta um roteiro carente, sem rumo e sem brilhantismo para o personagem principal da história. O filme se passa mais fora da água que é o cenário principal e apresenta um final débil, não respeitando assim o filme original. O pior é saber que teve mais duas partes além desta sofrida continuação.
Jaws 2 completou 40 anos. O filme foi lançado em 16 de junho de 1978.
Rapaz.... que filme fraco. Quiseram dar uma de David Lynch e acabaram sendo é porra nenhuma! Roteiro bem viajado.... de pura chatice e só. Perda de tempo total.
A vida se passa tão rápido que nem percebemos até que tudo o que sonhamos na tenra idade e as conquistamos e saboreamos na juventude estarmos destinados a perder (quase) tudo na chamada melhor idade devido à ação do tempo. É o que observamos de maneira límpida na vida do adorável Ben Whitaker (Robert De Niro). Um senhor de 70 anos, aposentado e que perdeu a sua adorável e melhor companhia a três anos e meio vaga sozinho pelo bairro do Brooklyn, New York, pensando e buscando de todas as maneiras vir a preencher o seu (bastante) tempo de sobra com atividades e hobbys que são consideradas os seus frutos colhidos de tudo o que plantou anos atrás. No entanto, nada disso faz com que Ben se sinta completo, mesmo ele sabendo que se manter na ativa é a melhor opção para amenizar tal frustração. Sem saber mais o que fazer com “as glórias” da aposentadoria, Ben encontra um panfleto onde uma empresa que trabalha com vendas de roupas femininas através do próprio site está oferecendo oportunidades para idosos acima dos 65 anos com o intuito de mantê-los na ativa. Bingo! A oportunidade e desafio que o querido velhinho incansável estava precisando. É então que o senhor da velha-guarda cai de cara no admirável mundo novo da tecnologia, a era da internet então lhe é apresentada, porém, o bom guerreiro dos tempos clássicos encara o desafio com muita disposição e bom humor. A excelente diretora e roteirista Nancy Meyers, que tem como tema principal em seu currículo histórias de relacionamentos, mais uma vez acerta e nos agracia com esta bela película recheada de lições para a vida tanto pessoal quanto profissional. O roteiro é muito bem construído, a ideia de juntar o antigo com o novo é sempre bem-vindo, pois aproxima o público das duas gerações e cada um vai (nem que seja pouco) entender o outro. Respeitar o passado é aceitar pelo o presente e moldar o futuro. Inserir um senhor de uma geração tecnológica antiga em um ambiente com tecnologias (no ponto de vista de Ben) supermoderna é bastante interessante de se conferir. Isso já faz com o que a história seja superdivertida, pois já esperamos pela atrapalhada do nosso mais novo amigo. No entanto somos pegos de surpresa quando notamos que Ben não se espanta muito com o que está ao seu redor. Apesar dos pesares de sua situação, ele vai tirando de letra os obstáculos à sua frente e começa a fazer a diferença contagiando todos ao seu redor com sua simpatia, energia positiva e autoestima. No entanto, uma história não pode ser feita apenas com comédia, a vida não é um mar de rosas e problemas são apresentados para atenuar o drama (também) da vida de Jules Ostin (Anne Hathaway), a criadora bem sucedida do site “About The Fit” de roupas femininas. Jules enfrenta por problemas atuais de pensamentos retrógrados sobre a mulher bem resolvida e bem sucedida no comando de uma empresa, da ausência da figura materna dentro de casa por outras mães e claro, - não que este seja um problema apresentado no filme, mas pode ser que isso seja para alguns do público masculino fora da tela - do seu casamento, onde o marido fica em casa cuidando da filha, enquanto ela, a mulher, provém as necessidades de ambos. Essa mudança apresentada por Nancy é de grande importância, pois parece que ainda vivemos em mundo onde o patriarcado deve reinar. Essa reflexão é bastante válida, pois ajuda com certeza a aceitarmos as mudanças do mundo que desde então foram moldadas por pensamentos pífios de uma sociedade nitidamente desajustada. Todavia, o ponto principal mesmo do filme, é de como um senhor de 70 anos, contratado para vaga de “estagiário-sênior” por uma startup de moda irá lidar com toda essa informação digital à sua volta. O quê que uma pessoa que não acompanhou o avanço da tecnologia tão a fundo tem para somar dentro dessa empresa que tem como base as ferramentas da internet para funcionar e se manter no mercado? A experiência de vida é válida? A experiência de trabalho em um ramo e sistema completamente diferente é válida? O conflito de gerações é interessante e é bastante produtivo, com isso podemos concordar. O filme é maravilhoso e muito bem escrito. Leve e engraçado. Algumas passagens poderiam ser retiradas, mas de todo caso, se mantém dentro da narração construtiva do roteiro. As atuações dispensam comentários longos. Robert De Niro, sempre versátil e formidável. Um ator completo que irá fazer muita falta no cinema. Anne Hathaway também atuou de maneira admirável. Linda e maravilhosa. Me diverti bastante!
O Que Te Faz Mais Forte Stronger Direção: David Gordon Green Ano: 2017 . .
Baseado em fatos reais e no livro homônimo escrito por Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal) que sofreu um grave acidente em uma explosão de bomba caseira na maratona de Boston em 2013 que lhe resultou a perda dos membros inferiores, as pernas. Passando por um momento muito difícil, ele apenas encontra e escolhe apoio em Erin Hurley (Tatiana Maslany) o seu grande amor, enquanto sua família forçadamente tenta torná-lo em um "herói" e se aproveitarem da popularidade que o acompanha. . "Stronger" é um drama muito forte e muito bem interpretado por Jake (que já devia ter ganho o seu Oscar) que destaca muito bem o exemplo de força e superação diante do caos da vida. A direção de arte do filme é muito bem realizada e o diretor manda muito bem. Aguardei por momentos mais fortes, porém, ainda assim, é uma história que choca bastante. Tanto pela imbecilidade da guerra, a alienação e estupidez da própria família em se aproveitar da situação de Jeff e tornar esta em uma atração de circo e do próprio Jeff e suas escolhas.
Sem Perdão Shot Caller Direção: Ric Roman Waugh Ano: 2017
Depois de cumprir a sua pena, Jacob "Money" (Nikolaj Coster-Waldau) volta para às ruas, mas não terá sossego enquanto ele e sua família não estiverem realmente longe do perigo. . "Shot Caller" é um baita drama de um homem que seguia uma vida tranquila, com emprego e casado, mas por um momento de descuido perde tudo isso e vai parar na prisão de segurança máxima. Agora para se manter a salvo, Jacob ingressa na irmandade ariana dentro da prisão e começa a fazer o que tem que ser feito, porém, nada é tão fácil assim, quando a vida de sua família é colocada em xeque. A guerra de um homem só está para se iniciar, mas de uma maneira cautelosa e inteligente. . Quando um filme de baixo orçamento é executado de maneira séria, o resultado é absolutamente fantástico. Com atores dedicados, um roteiro simples, mas bem escrito e uma direção que trabalha muito bem a narrativa. "Shot Caller" entra para lista do: bom filme, mas quase ninguém conhece. Vale muito a conferida!
Star Wars: Os Últimos Jedi Star Wars: The Last Jedi Direção: Rian Johnson Ano: 2017 .
“Deixe o passado morrer”.
É com esta pequena e forte frase que a Saga Star Wars toma um novo rumo em sua franquia e apresenta os novos heróis da galáxia contra A Ordem (ou Primeira Ordem, como preferir). Uma das histórias mais aguardada pelos fãs e admiradores da maior ópera espacial do cinema. A história é boa, envolvente e com muita emoção. A mais bonita visualmente de toda a saga, até agora. O problema desta parte está na desconstrução do personagem do Luke, me incomodou bastante, por mais que haja lógica em seu argumento, porém, poderiam ter partido por outro caminho. Mesmo com piadas constantes, referência a la "independence day" e um furo inquietante, o filme está muito bom, com momentos de tirar o fôlego, como a luta no salão vermelho e a roubada de cena da Millenium Falcon. O coração fica até dividido, porém, o final faz a fagulha da esperança reacender com toda força e, acredito assim, que como os rebeldes, nós estamos preparados para o próximo episódio.
O Culto de Chucky Cult of Chucky Direção: Don Mancini Ano: 2017
Nica (Fiona Durif) está cumprindo pena em um hospital psiquiátrico após ter sido acusada pelos crimes que o Chucky cometeu. Mas ele retorna e vai terminar o que começou. Apenas quem pode ajudá-la desta enrascada é Andy (Alex Vincent), a vítima que Chucky nunca conseguiu se apoderar. Mas, Chucky não está só, ele de alguma forma aprendeu a compartilhar seu espírito e começa a dá vida a outros Chuckys e conta com a ajuda da sua noiva amada Tiffany.
Sinceramente? Já deu essa franquia. Aquela atmosfera dos primeiros filmes não existe mais e não conseguem trazê-la de volta. A franquia decaiu drasticamente até chegar a um nível sonífero. Nada mais faz efeito (ou não conseguem mais fazer funcionar) e acaba se tornando bem chato. Infelizmente esse é o resultado para uma franquia que outrora foi um grande marco para o gênero do terror.
Glória (Anne Hathaway) leva uma vida sem se preocupar muito com a sua situação. Após perder o emprego, perde também o namorado que a enxotou sutilmente para fora de casa devida a sua falta de compromisso consigo mesma e as bebedeiras. Ela regressa para a antiga cidade, rever um velho amigo, faz novos e consegue um emprego, porém, sua bebedeira permanece e uma crise de flashback acompanha nessa dose. Ao mesmo tempo de sua nova mudança, notícias de que um monstro está atacando à cidade de Seul, na Coréia do Sul surgem. Ela então descobre que há uma conexão entre ela e o monstro e sua vida outrora insignificante acaba de ganhar um novo sentido.
O filme é bem inovador. Na verdade, não entendi a proposta da história, porém a achei bem divertida. Há momentos bem tensos também e pronto. Um bom filme para passar o tempo. 😊
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraO mestre Billy Wilder jamais me decepcionou com seus filmes que assisti e com esse não seria diferente. "Farrapo Humano" me fez ficar apreensivo do início ao fim. Quantos de nós não nos sentimos assim? Quantos de nós não conhecemos alguém que fica assim diante das situações e frustrações da vida e que busca uma válvula de escape para aliviar uma certa pressão? Há quem procure a saída nas drogas ou fazendo compras desenfreadamente e acumulando dívidas ou na comida ou em apostas. A falsa saída de Don era na bebida. O que é mais triste ainda é quando a pessoa aspira uma certa ambição de vencer na vida, que sabe que tem capacidade de ir além, mas que é arrastada para baixo e cada vez mais pelas armadilhas do vício que começa a aprontar na cabeça da pessoa fazendo ela desacreditar em si mesma. Autosabotagem! Síndrome do Impostor. O pior inimigo é a própria pessoa. Don tinha pessoas que se preocupava com ele e, quem nem isso tem? A luta é mais difícil ainda.
Confesso que aguardei duas situações para que houvesse um final mais plausível. Ou Don realmente passaria pelo processo de reabilitação e encarar a vida de outra maneira ou um que realmente desse um choque de realidade a quem está assistindo ao filme e alimenta as energias negativas, seria um final triste, mas um final digno, até mesmo para o Don que poderia finalmente descansar.
Só uma pequena curiosidade. Não assisti (ainda) a série Mad Men, mas seria uma singela referência de Don Draper a Don Birnam?
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraLa La Land muito melhor!
Bonga, o Vagabundo
3.0 17Assim que vi a notícia sobre a cinebiografia do Mussum, uma forte nostalgia me invadiu o coração e está me fazendo buscar lembranças adormecidas de minha infância e com isso conferi logo o documentário que saiu sobre o Mussum. Após o documentário resolvi conferir o início, os primeiros passos, os primeiros filmes. No momento até então nada ainda é realmente apresentado de fato como "Os Trapalhões". Conferi primeiro o curta metragem "A Pedra do Tesouro" e o primeiro longa "Na Onda do iê iê iê" ambos com Renato Aragão e Dedé Santana. Logo após conferi "O Adorável Trapalhão" (somente com o Renato) e "Dois na Lona", nesse com o lutador de telecatch (WWE) Ted Boy Marino e Roberto Guilherme (O Sgt. Pincel dos Trapalhões). São filmes bons, legais que tem os seus momentos. Em algumas cenas vamos notando aos poucos características do que estaria por vir mais lá na frente, do que realmente conhecemos no auge da personificação do personagem, mas ao mesmo tempo notamos o quão verde ainda estava esta desenvoltura, e por conta disso torna uma atuação maçante, sem timming. E detalhe importante, nota-se que o Dedé é muito importante para o Didi, ele sustentar sozinho as piadas não era fácil. Percebe este detalhe em "O Adorável Trapalhão". A atuação de Renato chega a ser caricata demais, cansativa e forçada. Depois desses filmes conferi o filme publicação: Bonga, O vagabundo.
Neste filme observamos que houve uma melhoria completamente em tudo em relação aos filmes anteriores do início da carreira do Didi no cinema. Bonga está claramente apresentado aqui como uma similaridade de Carlitos, o vagabundo de Chaplin. A diferença está mais na acrobacia em geral. Bonga, o cavaleiro solitário da selva de concreto, o anti-heroi marginal urbano, o boêmio romântico tristonho. Tudo isso são as características da personalidade de Bonga, que diante de toda adversidade ainda encontra espaço para amizade, aventura, gentileza e paixão platônica para sentir que ainda há esperanças em seu mundo frio e cinza.
Uma curiosidade que me chamou atenção é que há outros filmes onde o Didi se veste como Bonga, mas ele é chamado de Didi, seu personagem principal de fato. Eu não sabia disso, já que é a primeira vez que conheço o Bonga, pois estou conferindo os filmes mais antigos do trapalhão. Sou de 85, logo, os primeiros filmes que conferi foi com o inesquecível quarteto. Quanta saudade!
No mais é isso, Bonga é um bom filme apesar de ser um pouco cansativo por cenas vazias.
Mussum, Um Filme do Cacildis
3.6 78 Assista AgoraDocumentário rico por trazer lindas lembranças para quem pode acompanhar o Mussum na televisão e nos filmes. Mais rico ainda para quem o viu primeiro no cenário musical. Mussum sempre foi o meu trapalhão favoritis juntamente com o Zacarias. Nos filmes que assistia quando criança e via os dois juntos era gargalhada atrás de gargalhada. Me lembro bem, pois são momentos que guardo com carinho.
O documentário resgata uma breve história do saudoso Mussum com muita alegria e simpatia, e é assim que o documentário se apresenta até o seu fim, mantendo distância de polêmicas, percebemos isso quando entra na questão do racismo. Um momento que poderiam ter aproveitado para trazer mais reflexão, pois infelizmente a cada dia que passa esse comportamento ridículo vem se apresentando mais terrível como nunca.
No mais, gostei do que vi. Minha infância foi revivida e a saudade acordada. Que esteja em paz o queridis trapalhão da mangueira. Salve Mussum!
"Antonio Carlos Bernardes Gomes foi um ser humano. Seres humanos são conhecidos por não poderem viver debaixo d'água. Seres humanos também sabem amar, comer, beber cerveja e brigar. Peixes: são animais vertebrados conhecidos por sua capacidade de viverem embaixo d'água. Peixes não pensam. Alguns cientistas afirmam que são capazes de amar, mas é cientificamente comprovado que não bebem cerveja. Muçum é um peixe. Uma cobra d'água lisa e escorregadia de cor preta que vive bem na água e na terra. Mais ou menos como o ser humano. Muçum não tem nada a ver com Antônio Carlos. Todos os dois tem a mesma origem. Todos os dois nasceram na periferia do Rio de Janeiro. Todos os dois nasceram na favela. Só que você comparar, o personagem real, o Antônio Carlos, esse não tá na televisão até hoje. Que é o negro correto e até mesmo um pouco rígido. Que é o negro buscando se afirmar na sociedade. Buscando ser respeitado. O problema não tá no Antônio Carlos e nem tá no Mussum. Tá no uso que a televisão faz da imagem do negro".
Chorão: Marginal Alado
3.8 179 Assista AgoraAcabei de conferir o documentário não só da maior banda do Rock nacional, mas como do maior frontman do Rock nacional. "MARGINAL ALADO" narra a ascensão do Chorão com a sua banda e a sua derrocada pela sua depressão e vício na droga. Um documentário lindo, forte e triste.
Desde que vi o aparecimento da banda aos meus 12 anos de idade, eu me identifiquei logo de cara e a partir dali eu acompanhei a banda em tudo: Shows, entrevistas, matérias, polêmicas, fóruns etc. Charlie Brown Jr foi também a minha vida.
Chorão compartilhou o sonho dele comigo e com vários outros que encontraram nele e nas suas letras uma identificação real. Chorão narrava muito bem o cotidiano e os dilemas de uma juventude subestimada e complexada, porém, verdadeira e sonhadora.
Chorão me fazia acreditar em mim como ninguém fez e até hoje isso permanece, pois levei o conselho pra frente. E é por isso que o Chorão é bastante lembrado e que a sua ausência faz muita, mas muita falta, pois seria muito bom poder ainda ouvir mais de seus conselhos. Mas o destino brinca com as pessoas e brincou com milhões de nós. A medida que o documentário vai se aproximando da onde tudo começou a ficar mais pesado para o Chorão, o coração vai ficando mais apertado que é impossível segurar o choro. Chorei mesmo. Pois é muito cruel ver alguém que você gosta/ama sofrendo e não poder fazer nada para ajudá-lo. É cruel demais. Chorão carregou muita dor. Mais do que seria capaz de suportar e não aguentou. É triste demais! O doc é muito bem produzido, mesmo que eu ainda tenha alguns pontos a apresentar.
Felizmente eu tenho uma foto com ele e foi a minha maior alegria em anos acompanhando a banda. Foi em 2012, ganhei uma entrada ao camarim através de um sorteio. A banda havia retornado com Champignon e Marcão. Foi um momento muito importante para os fãs.
Poder ver esse cara ao meu lado foi um grande sonho realizado depois de tudo que vivenciei através da banda até então. Uma memória que levarei até o meu último dia. Obrigado por tudo!
O Vendedor de Passados
2.7 172 Assista AgoraPéssimo! Como pode ter um baita enredo na mão e criar essa água com açúcar sonífera? Não tem uma ação de perseguição, não tem suspense, não tem nada. Só tem enchimento de linguiça e um final ridículo apenas para amenizar o mais ridículo que seria se não fosse o que foi contado.
Sob Pressão
3.8 93Apenas um comentário breve sobre o filme: Gregory House passaria era mal no hospital do Brasil. É muita loucura ver o sistema assim por este ângulo, mesmo sabendo que a escassez é enorme.
Xingu
3.6 426Filme nacional muito bem produzido e com um ótimo trio de atores, destaque a mais para o excelente João Miguel. O filme Xingu é um aviso para os desavisados que não entendem o porquê dos índios estarem ali e uma denúncia para os que constantemente ameaçam as terras indígenas desde sempre. Proteger essas reservas é uma obrigação de todos que entendem o significado de respeito.
No mais, o filme infelizmente não narra tudo e omite alguns fatos, fatos que mancham o nome dos irmãos Villas-Bôas, como o envolvimento de Leonardo com a Índia Pele de Reclusa, que era a mulher do xamã. Após terem descoberto tal envolvimento, Pele de Reclusa sofre um estupro coletivo e é banida da tribo. O filme poderia ter apresentado sim esse momento, o deixaria mais dramático e não trataria os irmãos apenas como heróis.
Teocracia em Vertigem
3.5 147Teocracia em Vertigem está sensacional. Sarcástico e afiado como nunca, o cidadão de bem entra em choque com o paradoxo da realidade e entra em pane. Kkkkk Kkk muito bom! Mas eu não sei do que estou falando, portanto, não assista a este especial de Natal!
MIB: Homens de Preto - Internacional
2.8 458Conclusão fraca. O início começa bem interessante, mas acabam perdendo foco entre H e M, e na moral, o filme todo é da M, mas enfim. Esperei algo mais à altura do primeiro MIB.... iludido. Uma boa franquia que tem tudo pra manter a boa qualidade da história nas mãos certas, o que não foi desta vez.
Durval Discos
3.7 335 Assista AgoraCaramba, que filme doido. Gostei pra caramba dos eventos. Tudo leva a crer que o filme irá apenas focar nos lances dos vinis com a chegada dos Cd’s, o cotidiano da lojinha e os seus clientes/visitantes. No entanto, tudo muda é uma sucessão de erros e bizarrices surgem ao ponto de realmente se tornar algo surreal. A diretora certamente bebeu um pouquinho da performance dos Irmãos Coen (esta foi a minha impressão em relação a personagens e eventos), porém, bebeu pouco demais e deu o desfecho mais óbvio possível. Mas ao todo é um bom filme nacional sem dúvidas.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraQue bela animação. Achei por acaso no telecine play e me surpreendi. Uma história de celebração à vida pós a tão inescapável morte. Os mexicanos compreendem muito bem a vida devido a sua tradição. A vida não para depois da fatídica partida de alguém. Lembrar e relembrar para sempre celebrar “los muertos” é algo que muitos de nós devemos aprender, se lamentar e martirizar é piegas demais. A vida é uma festa e devemos aproveitar a festa da melhor maneira possível!
Pequena Grande Vida
2.7 431 Assista AgoraCochilei por uma meia hora. Quando isso acontece, algo no filme falhou.
Se Beber, Não Ceie
3.3 93 Assista AgoraPerfeito! A história não contada.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraQue filmaço, ein! Esse é o tipo de roteiro de suspense que eu gosto. Um roteiro que permite vários questionamentos, que lhe intriga gradativamente e quebrando as obviedades. Outro filme que mexeu muito comigo recentemente desta mesma forma foi “Animais Noturnos”, já esse um roteiro mais trabalhado e complexo. Não estou comparando nada, apenas apresentando o tipo de filme que me fisga rapidamente. Posso citar também “Se7en” dentre outros, no entanto “Três anúncios para um crime” tem umas reviravoltas que abala bastante os personagens com seus remorsos e suas precipitações. É um grande filme e um Oscar merecidíssimo para Frances que mostrou uma faceta impressionante em sua interpretação na pele de uma Mulher (M maiúsculo) que cansou literalmente das injustiças que lhe acercam por ser uma mulher. Os momentos finais são intensos, pois é carregado por uma incógnita que nos leva a questionar: qual será o próximo passo? Woody Harrelson também esteve muitíssimo bem e deu uma bela reviravolta com o seu personagem. Enfim... grande filme!
Uma Dobra no Tempo
2.3 329 Assista AgoraNunca vi um filme tão vazio, tão oco quanto esse. Coberto por uma casca frágil e débil. Um roteiro presunçoso ao extremo e atuações pífias. Completamente uma perda de tempo.
Tubarão 2
2.9 170 Assista AgoraRecentemente conferi “Jaws 2”. O filme se passa quatro anos após o primeiro filme. Tudo parece perfeitamente normal na cidade de Amity até que acidentes de barcos e estranhos desaparecimentos começam a ocorrer no mar da cidade.
Mesmo tendo Roy Scheider no elenco, a continuação não consegue chegar nem aos 10% do que foi apresentado com grande maestria por Spielberg no filme original de 1975. Esta lastimosa continuação, claramente um caça-níquel apresenta um roteiro carente, sem rumo e sem brilhantismo para o personagem principal da história. O filme se passa mais fora da água que é o cenário principal e apresenta um final débil, não respeitando assim o filme original. O pior é saber que teve mais duas partes além desta sofrida continuação.
Jaws 2 completou 40 anos. O filme foi lançado em 16 de junho de 1978.
Uma Babá Objeto de Desejo
2.3 91Rapaz.... que filme fraco. Quiseram dar uma de David Lynch e acabaram sendo é porra nenhuma! Roteiro bem viajado.... de pura chatice e só. Perda de tempo total.
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraA vida se passa tão rápido que nem percebemos até que tudo o que sonhamos na tenra idade e as conquistamos e saboreamos na juventude estarmos destinados a perder (quase) tudo na chamada melhor idade devido à ação do tempo. É o que observamos de maneira límpida na vida do adorável Ben Whitaker (Robert De Niro). Um senhor de 70 anos, aposentado e que perdeu a sua adorável e melhor companhia a três anos e meio vaga sozinho pelo bairro do Brooklyn, New York, pensando e buscando de todas as maneiras vir a preencher o seu (bastante) tempo de sobra com atividades e hobbys que são consideradas os seus frutos colhidos de tudo o que plantou anos atrás. No entanto, nada disso faz com que Ben se sinta completo, mesmo ele sabendo que se manter na ativa é a melhor opção para amenizar tal frustração. Sem saber mais o que fazer com “as glórias” da aposentadoria, Ben encontra um panfleto onde uma empresa que trabalha com vendas de roupas femininas através do próprio site está oferecendo oportunidades para idosos acima dos 65 anos com o intuito de mantê-los na ativa. Bingo! A oportunidade e desafio que o querido velhinho incansável estava precisando. É então que o senhor da velha-guarda cai de cara no admirável mundo novo da tecnologia, a era da internet então lhe é apresentada, porém, o bom guerreiro dos tempos clássicos encara o desafio com muita disposição e bom humor.
A excelente diretora e roteirista Nancy Meyers, que tem como tema principal em seu currículo histórias de relacionamentos, mais uma vez acerta e nos agracia com esta bela película recheada de lições para a vida tanto pessoal quanto profissional. O roteiro é muito bem construído, a ideia de juntar o antigo com o novo é sempre bem-vindo, pois aproxima o público das duas gerações e cada um vai (nem que seja pouco) entender o outro. Respeitar o passado é aceitar pelo o presente e moldar o futuro. Inserir um senhor de uma geração tecnológica antiga em um ambiente com tecnologias (no ponto de vista de Ben) supermoderna é bastante interessante de se conferir. Isso já faz com o que a história seja superdivertida, pois já esperamos pela atrapalhada do nosso mais novo amigo. No entanto somos pegos de surpresa quando notamos que Ben não se espanta muito com o que está ao seu redor. Apesar dos pesares de sua situação, ele vai tirando de letra os obstáculos à sua frente e começa a fazer a diferença contagiando todos ao seu redor com sua simpatia, energia positiva e autoestima.
No entanto, uma história não pode ser feita apenas com comédia, a vida não é um mar de rosas e problemas são apresentados para atenuar o drama (também) da vida de Jules Ostin (Anne Hathaway), a criadora bem sucedida do site “About The Fit” de roupas femininas. Jules enfrenta por problemas atuais de pensamentos retrógrados sobre a mulher bem resolvida e bem sucedida no comando de uma empresa, da ausência da figura materna dentro de casa por outras mães e claro, - não que este seja um problema apresentado no filme, mas pode ser que isso seja para alguns do público masculino fora da tela - do seu casamento, onde o marido fica em casa cuidando da filha, enquanto ela, a mulher, provém as necessidades de ambos. Essa mudança apresentada por Nancy é de grande importância, pois parece que ainda vivemos em mundo onde o patriarcado deve reinar. Essa reflexão é bastante válida, pois ajuda com certeza a aceitarmos as mudanças do mundo que desde então foram moldadas por pensamentos pífios de uma sociedade nitidamente desajustada.
Todavia, o ponto principal mesmo do filme, é de como um senhor de 70 anos, contratado para vaga de “estagiário-sênior” por uma startup de moda irá lidar com toda essa informação digital à sua volta. O quê que uma pessoa que não acompanhou o avanço da tecnologia tão a fundo tem para somar dentro dessa empresa que tem como base as ferramentas da internet para funcionar e se manter no mercado? A experiência de vida é válida? A experiência de trabalho em um ramo e sistema completamente diferente é válida? O conflito de gerações é interessante e é bastante produtivo, com isso podemos concordar. O filme é maravilhoso e muito bem escrito. Leve e engraçado. Algumas passagens poderiam ser retiradas, mas de todo caso, se mantém dentro da narração construtiva do roteiro. As atuações dispensam comentários longos. Robert De Niro, sempre versátil e formidável. Um ator completo que irá fazer muita falta no cinema. Anne Hathaway também atuou de maneira admirável. Linda e maravilhosa. Me diverti bastante!
O Que te Faz Mais Forte
3.3 221 Assista AgoraO Que Te Faz Mais Forte
Stronger
Direção: David Gordon Green
Ano: 2017 .
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Baseado em fatos reais e no livro homônimo escrito por Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal) que sofreu um grave acidente em uma explosão de bomba caseira na maratona de Boston em 2013 que lhe resultou a perda dos membros inferiores, as pernas. Passando por um momento muito difícil, ele apenas encontra e escolhe apoio em Erin Hurley (Tatiana Maslany) o seu grande amor, enquanto sua família forçadamente tenta torná-lo em um "herói" e se aproveitarem da popularidade que o acompanha.
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"Stronger" é um drama muito forte e muito bem interpretado por Jake (que já devia ter ganho o seu Oscar) que destaca muito bem o exemplo de força e superação diante do caos da vida. A direção de arte do filme é muito bem realizada e o diretor manda muito bem. Aguardei por momentos mais fortes, porém, ainda assim, é uma história que choca bastante. Tanto pela imbecilidade da guerra, a alienação e estupidez da própria família em se aproveitar da situação de Jeff e tornar esta em uma atração de circo e do próprio Jeff e suas escolhas.
Sem Perdão
3.6 190 Assista AgoraSem Perdão
Shot Caller
Direção: Ric Roman Waugh
Ano: 2017
Depois de cumprir a sua pena, Jacob "Money" (Nikolaj Coster-Waldau) volta para às ruas, mas não terá sossego enquanto ele e sua família não estiverem realmente longe do perigo.
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"Shot Caller" é um baita drama de um homem que seguia uma vida tranquila, com emprego e casado, mas por um momento de descuido perde tudo isso e vai parar na prisão de segurança máxima. Agora para se manter a salvo, Jacob ingressa na irmandade ariana dentro da prisão e começa a fazer o que tem que ser feito, porém, nada é tão fácil assim, quando a vida de sua família é colocada em xeque. A guerra de um homem só está para se iniciar, mas de uma maneira cautelosa e inteligente.
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Quando um filme de baixo orçamento é executado de maneira séria, o resultado é absolutamente fantástico. Com atores dedicados, um roteiro simples, mas bem escrito e uma direção que trabalha muito bem a narrativa. "Shot Caller" entra para lista do: bom filme, mas quase ninguém conhece. Vale muito a conferida!
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraStar Wars: Os Últimos Jedi
Star Wars: The Last Jedi
Direção: Rian Johnson
Ano: 2017 .
“Deixe o passado morrer”.
É com esta pequena e forte frase que a Saga Star Wars toma um novo rumo em sua franquia e apresenta os novos heróis da galáxia contra A Ordem (ou Primeira Ordem, como preferir). Uma das histórias mais aguardada pelos fãs e admiradores da maior ópera espacial do cinema. A história é boa, envolvente e com muita emoção. A mais bonita visualmente de toda a saga, até agora. O problema desta parte está na desconstrução do personagem do Luke, me incomodou bastante, por mais que haja lógica em seu argumento, porém, poderiam ter partido por outro caminho. Mesmo com piadas constantes, referência a la "independence day" e um furo inquietante, o filme está muito bom, com momentos de tirar o fôlego, como a luta no salão vermelho e a roubada de cena da Millenium Falcon. O coração fica até dividido, porém, o final faz a fagulha da esperança reacender com toda força e, acredito assim, que como os rebeldes, nós estamos preparados para o próximo episódio.
O Culto de Chucky
2.3 611 Assista AgoraO Culto de Chucky
Cult of Chucky
Direção: Don Mancini
Ano: 2017
Nica (Fiona Durif) está cumprindo pena em um hospital psiquiátrico após ter sido acusada pelos crimes que o Chucky cometeu. Mas ele retorna e vai terminar o que começou. Apenas quem pode ajudá-la desta enrascada é Andy (Alex Vincent), a vítima que Chucky nunca conseguiu se apoderar. Mas, Chucky não está só, ele de alguma forma aprendeu a compartilhar seu espírito e começa a dá vida a outros Chuckys e conta com a ajuda da sua noiva amada Tiffany.
Sinceramente? Já deu essa franquia. Aquela atmosfera dos primeiros filmes não existe mais e não conseguem trazê-la de volta. A franquia decaiu drasticamente até chegar a um nível sonífero. Nada mais faz efeito (ou não conseguem mais fazer funcionar) e acaba se tornando bem chato. Infelizmente esse é o resultado para uma franquia que outrora foi um grande marco para o gênero do terror.
Colossal
3.1 338 Assista AgoraColossal
Direção: Nacho Vaigalondo
Ano: 2016
Glória (Anne Hathaway) leva uma vida sem se preocupar muito com a sua situação. Após perder o emprego, perde também o namorado que a enxotou sutilmente para fora de casa devida a sua falta de compromisso consigo mesma e as bebedeiras. Ela regressa para a antiga cidade, rever um velho amigo, faz novos e consegue um emprego, porém, sua bebedeira permanece e uma crise de flashback acompanha nessa dose. Ao mesmo tempo de sua nova mudança, notícias de que um monstro está atacando à cidade de Seul, na Coréia do Sul surgem. Ela então descobre que há uma conexão entre ela e o monstro e sua vida outrora insignificante acaba de ganhar um novo sentido.
O filme é bem inovador. Na verdade, não entendi a proposta da história, porém a achei bem divertida. Há momentos bem tensos também e pronto. Um bom filme para passar o tempo. 😊