Winston Churchill, primeiro ministro da Grã-Bretanha tem como missão em suas mãos organizar um grande exército, recuperar o território perdido e expulsar os nazistas. Com discursos eloquentes e inspiradores, Churchill se preocupa com o seu legado e teme repetir o mesmo erro que ocorreu na Primeira Guerra. Com dificuldades em seu caminho, ele terá que lidar com cada obstáculo e aceitar como as coisas são e como devem serem feitas.
Enquanto o Churchill de Gary Oldman não estreia, vamos apreciando o de Brian Cox e compreender mais a história deste homem que já enfretou a humilhação política, o fracasso militar e até um problema na fala. Uma história comovente que é trabalhada muito bem com ótimas atuações e lindas fotografias.
Batman e Arlequina: Pancadas e Risadas Batman & Harley Quinn Direção: Sam Liu Ano: 2017
Batman e Nightwing precisam da ajuda de Harley Quinn para deter o plano mirabolante de Poison Ivy e Floro de transformarem o mundo todo em vegetação, incluindo as pessoas que ali habitam. Uma animação descompromissada da DC que traz grandes personagens para o público, além dos citados há também a participação do Swanp Thing, como vem acontecendo, uma participação pequena e rápida, sem aprofundamento deste grande personagem que foi redefinido magistralmente por Allan Moore.
O Assassino: O primeiro Alvo American Assassin Direção: Michael Cuesta Ano: 2017
Rapp (Dylan O'Brien) perdeu sua namorada para um ataque terrorista e desde então jura vingança pela sua morte. Obstinado em cumprir a sua promessa, ele acaba sendo recrutado pela CIA para uma missão que irá garantir sua vontade, porém, a situação fica mais complicada quando o cabeça da organização terrorista coloca milhões de vidas inocentes sob ataque. Rapp juntamente com Stan Hurley (Michael Keaton) e uma equipe preparada para a missão irão de encontro aos culpados e por um fim nisso tudo. As cenas de ação são de tirar o fôlego, porém, o restante da história considero muito forçado. Preferia que o Rapp agisse por conta própria ao invés de se juntar para a CIA, mas por outro lado, iria se parecer muito com a premissa de John Wick, ou seja, este filme é totalmente desnecessário. Faltou e muita criatividade na parte dos roteiristas. Um investimento perdido. Duvido virar franquia após esta primeira parte.
Cinquenta Tons Mais Escuros Fifty Shades Darker Direção: James Foley Ano: 2017
Ana Steele (Dakota Johnson) é atraída de volta para o mundo de Christian Grey (jamie Dornan) sob uma condição: Sem mais segredos, sem mais regras. O mundo subversivo do casal reaparece novamente e desta vez muito mais ousado do que a primeira parte e com direito a aparição de três antagonistas (olha só! hehe). Acredito que a mudança de diretor foi que trouxe este novo ar para a franquia, ficou bem melhor de ser assistido, porém, ainda continuo achando o casal meio sem graça e a gourmetização do BDSM me incomoda. Ainda continua uma historinha fraca, apesar de ter melhorado na direção.
A Peregrinação Pilgrimage Direção: Brendan Muldowney Ano: 2017
Século 13, um grupo de monge entram em uma cruzada para levarem uma relíquia até o seu local destinado porém, o grupo sofre um ataque, mas não contava com a presença do Diabo em pessoa.
Um baita filme. Intimista e objetivo. De poucas palavras, muitos olhares e expressões observamos as atitudes e escutamos os questionamentos dos monges e cavaleiros. Um filme que aborda a religião e a questiona. Que mostra o caráter de todos aqueles que faziam o que faziam e diziam ser a vontade de "deus". Jon Bernthal muito bom com o seu personagem intimista e misterioso. Um bom filme. Bem simples, mas carregado de perguntas e reflexões.
Viagem das Loucas Snatched Direção: Jonathan Levine Ano: 2017 .
Emily (Amy Schumer) é uma garota pé no saco que ninguém aguenta ficar ao seu lado, simplesmente as pessoas se distanciam pela sua maneira de ser. Por conta disso perde novamente mais um emprego e seu namorado. Aparentemente triste pela situação e sem ter para onde ir, volta para casa de sua mãe e de seu irmão Jeffrey que sofre de agorafobia. Com uma viagem sem reembolso comprada, Emily convence a sua mãe (Goldie Hawn) a fazer esta viagem para a América do Sul. Mas o que era para ser uma viagem de diversão e relaxamento, as duas vão passar por situações de desesperos.
Mais um filme maios ou menos. Eu gosto de filme de comédia, mas quando primeiro, a história é boa. Segundo, quando os atores realmente são bons (assisti este por conta da Godie) e terceiro, quando as piadas de fato são boas. Este é o segundo filme que assisto com a Amy e to chegando a uma conclusão de que ela é péssima, além do quê, força e apela em suas interpretações. Enfim. No mais, o filme tem seus bons momentos, mas é bem fraco!
A Noite é Delas Rough Night Direção: Lucia Aniello Ano: 2017
Uma comédia para maiores no estilo de "Se Beber, não case". Quatro amigas da faculdade marcam um reencontro para comemorarem a despedida de solteira da Jess (Scarlett). Aparentemente tudo vai mais ou menos bem, pois as coisas não são mais como antes, porém, a ingênua da Alice (Jillian) acredita que a amizade permanece da mesma forma desde então, até que um acidente que resulta em uma morte acontece e as quatro amigas e Pippa (Kate) vão ter que se unirem para resolverem este trágico momento.
Não é de todo ruim, apesar do seu fracasso nas bilheterias, a diretora poderia ter ousado mais nas presepadas, porém, fica tudo no mesmo local depois que o crime acontece. As personagens não são das melhores, todas com personalidades caricatas e as atuações foram bem de média para regular. Tinha tudo para ser bem melhor, mas nada salva a boa premissa da história. Há momentos de risadas, sem dúvidas, mas são bem poucas mesmo. Já assisti melhores, mas para quem estiver em uma tarde vazia, pode arriscar a ver este filme bem descompromissado mesmo ou fazer algo mais interessante, se preferir. haha
Mitch (Dwayne) é o líder do grupo de elite salva-vidas Baywatch em Emerald Bay. Com projeto de aumentar o time por conta da temporada que está chegando, Mitch descobre que algo de muito errado está acontecendo na sua praia, ele parte então para uma investigação ao mesmo tempo em que tenta lidar com o ego mimado do novo recruta Matt Brody (Efron). "Baywatch" é uma divertida comédia com Dwayne Johnson e Zac Efron, com cenas engraçadas e, claro, com as cenas a la "American Pie". Vale a conferida para quem ainda não deixou de achar graça nas coisas ou se cansou do gênero.
Liga da Justiça Justice League Direção: Zack Snyder Ano: 2017
Valeu DC! Conferi esta maravilha no cinema. Estava bastante ansioso por sua estreia e sai contente e satisfeito com grande parte do filme. Há seus pequenos erros? Há, mas ainda assim é um filme que se sustenta do início ao fim sem dúvidas disso. O que mais me incomodou nem foi o vilão, mas sim o The Flash. Não falo o ator em si, que até que mandou bem, mas falo do personagem mesmo, a personalidade de Barry Allen, sua origem que pelo que foi apresentada, tá totalmente modificada. O personagem possui bons momentos, mas ainda assim não me convenceu 100%. Mulher-Maravilha então, de fato, estava maravilhosa, sensacional. O erro foi o vacilo de alguns ângulos erotizar a personagem, o que é bem diferente em seu filme solo. Cyborg fantástico, gostei muito do traje do personagem e sua personalidade. Aquaman bem louco e com momentos divertidos. Batman estava bem melhor no primeiro encontro, aqui deram uma alisada nele, porém, continua sendo destaque. E o retorno do super é um dos momentos mais esperados na telona, a galera foi ao delírio na sala de cinema. O que falar sobre isso? ESPETACULAR!
Os Meyerowitz: família não se escolhe Direção: Noah Baumbach Ano: 2017
Aqui está um daqueles dramas familiares difíceis de serem digeridos. 3 irmãos se reencontram quando seu pai adoece e precisa da ajuda de todos. O que era para ser um reencontro de plenitude, amigável e harmonioso acaba se tornando um regresso ao passado onde o pai é o pivô principal de todo abalo emocional e psicológico de seus filhos.
O quarteto Adam Sandler, Ben Stiller, Elizabeth Marvel e Dustin Hoffman estão todos muito bem conectados. Adam Sandler mais uma vez mostra competência num bom drama. Há quem irá discordar de mim, porém, ele permanece. No mais, é um filme lento, mas com muitas reflexões. Vale a conferida. Disponível na Netflix.
Onde está Segunda? What Happened to Monday? Ano: 2017 Direção: Tommy Wirkola
Nesta ficção distópica, o mundo está fragilizado pela superpopulação então uma lei é instaurada onde as famílias só podem ter apenas um filho. Porém, Terrence Settman faz de tudo para esconder as suas sete filhas gêmeas que foram nomeadas com os nomes da semana. As famílias que tiverem mais de um vai ser forçada a perder seu filho mais novo pelo governo que tem um plano louco de por em estado de criogênio para que a criança possa retornar quando for a sua hora. 30 anos se passaram e as irmãs foram descobertas. Agora elas terão que se unir mais do que nunca para se manterem vivas.
Com aquela referência clássica de Platão e a sua alegoria da caverna e "Orphan Black", "Onde Está Segunda?" desempenha muito bem o seu papel, mas nem tudo é perfeito. Seu início é curioso e muito bem executado, a presença de Dafoe consegue transmitir essa sensação. Quando salta para 30 anos depois tudo começa a ficar bem previsível, o filme literalmente cai, mas em compensação mantêm boas cenas de ação até o seu final, que fica na responsabildade da Noomi Rapace (Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres) que manda muitíssimo bem com as irmãs e suas respectivas personalidades. É um bom filme sem dúvidas. Cumpre a sua proposta, mas não inova e acaba virando mais do mesmo.
Inovador. Essa é a palavra para descrever o Blade Runner de Denis Villeneuve que vem se mostrando um grande diretor com projetos ambiciosos. Tudo que está ali é perfeitamente aceito, algo que poderia ter saído da própria mente sombria de PKD.
O Agente K.D (Ryan Gosling) recebeu uma missão um tanto quanto intrigante e isso de certa forma mexe em seu interior, então ele parte para descobrir o que não lhe foi contado ao receber tal missão. Em uma busca perigosa sobre os detalhes, K acaba se tornando alvo da própria corporação e da empresa Wallace de Niander Wallace (Jared Leto) que assume o legado da empresa Tyrell, logo após o blackout que apagou definitivamente tudo que tinha registrado há 30 anos atrás. Preso nessa teia de conspiração, K descobre uma pista, mesmo sabendo dos riscos faz uma investigação extraoficial que lhe revela o nome de Deckard. É aqui que a história começa a ganhar sua proporção e fica maior ainda quando Deckard (Harison Ford) entra em cena e começa a responder algumas perguntas.
Villeneuve apesar de inovar (trilha, fotografia, roteiro) mantém muitas características que remetem ao filme original de 1982, de Ridley Scott. O toque asiático, os imensos painéis de neon que resgatam a beleza visual, que é um ponto forte e incrementam a atmosfera noir futurista da história. Outro ponto importante que vale ressaltar são as metáforas e analogias apresentadas que são, diga-se de passagem, essencial para todo o mistério simbólico que há ali. Para finalizar fica aquela pulga atrás da orelha: São androides ou não? SENSACIONAL!
O Afogamento The Drowning Direção: Bette Gordon Ano: 2016
O psicólogo infantil Tom Seymour (Josh Charles) mergulha em um lago para impedir um homem de cometer suicídio. Após o acontecido, ele percebe que conhece o sujeito e lembra que ele foi condenado por um assassinato chocante no qual depôs como especialista, há 12 anos. Agora, Tom precisa enfrentar mais uma vez esse trauma do passado.
Tudo se inicia bem. A atmosfera, a fotografia dentre outros elementos que nossos sentidos já percebem que algo trágico vai acontecer a seguir. Um clichê sensorial. BINGO! Não é que algo acontece?! Já esperávamos por isso. É aqui que a história começa a se desenrolar entre o suicida e o salvador. O passado retorna, o presente entra em conflito e o futuro se torna invisível. Tudo que pode ser usado para atrair a atenção do espectador é usado, porém, nem tudo tem efeito. O roteiro falha em seu momento final. Ele confunde, confunde e confunde, mas deixa pontas sem nós. Personagens são descartados a esmo, outros surgem do nada e um momento é bastante forçado para acontecer. No mais, ainda é um filme que te prende até o fim, mas o resultado pode não ser aquilo que esperava. Vale a conferida de toda forma. É bom, porém, questionável.
Um Contratempo Contratiempo Direção: Oriol Paulo Ano: 2016
Sem saber muito bem o que aconteceu, em um quarto de hotel, Andrian encontra sua amante morta coberta de dinheiro enquanto à porta surge a polícia. Ele recorre a melhor advogada de defesa, e eles tentam descobrir o que realmente aconteceu na noite anterior. "Contratiempo" é mais um bom filme do diretor e também roteirista Oriol Paulo. Neste thriller de suspense vamos acompanhando um estudo de defesa para Adrian, que está sendo acusado por assassinato. Para isso, ele recorreu a melhor advogada de defesa, Virgínia Goodman para reconstruírem cada passo do quê realmente aconteceu. Para quem gosta de filmes construídos em argumentações jurídicas, vai vibrar muito com este thriller. Para cada argumentação, uma nova teoria é criada para ser apresentada. É aqui então que o espectador começa a cair dentro do pequeno quarto e estuda junto as possibilidades com Virginia e Adrian. Sidney Lumet, diretor do grande clássico "12 homens e uma sentença", filme também baseado em argumentações jurídicas, de fato ficaria bastante satisfeito ao assistir este filme. Além de um excelente roteiro do veterano Oriol Paulo (Secuestro, El Cuerpo, Los Ojos de Julia), "Contratiempo" também conquista na trilha e na excelente fotografia. Um baita filme, que apesar de usar fórmulas conhecidas, ainda sim consegue surpreender.
A Luneta do Tempo Direção: Alceu Valença Ano: 2016
Lampião, sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita, lidera um bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polícia local. Antero Tenente, representante do governo, foi abandonado preso de cabeça pra baixo pelo bando de Lampião e, agora, quer vingança. .
Assisti ao filme do Alceu Valença, já tinha conhecimento, mas não sabia que tinha o Irandhir. Já havia assistido a outros filmes com ele, mas só em "Febre do Rato" que lhe dei a devida atenção. . .
"A Luneta do Tempo". É o primeiro longa do cantor e ele consegue de forma poética dá uma repaginada em um momento bastante violento que se passou pela história do (meu) nordeste. O longa tá bem teatral com diálogos de cordel, o que deixa o espectador ligado até o final com um sorriso mais doce que mel. (Rs) As atuações tão boas, outras nem tanto. Mas o que me incomodou mesmo foi a montagem apresentada. Deixou a história mais longa do que aparenta ser, confusa e algumas vezes cansada. No mais, é um bom início para o novo diretor. Que ele nos traga mais filmes assim.
Cantora desde a infância, Elis Regina entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil, a partir do Rio de Janeiro. Em rápida ascensão, ela logo conquista uma legião de fãs, entre eles o famoso compositor e produtor Ronaldo Bôscoli, com quem acaba se casando. Estrela de TV, polêmica, intensa e briguenta, a "Pimentinha" não tarda a ser reconhecida como a maior voz do Brasil, em carreira marcada por altos e baixos.
Antes de apresentar minha impressão sobre o filme, quero deixar claro que nada conheço sobre a cantora, a não ser o seu nome e umas três músicas que ela cantava e nada mais. Bem, a premissa do filme é bastante interessante: personagem forte que teve um grau de importância no quadro da MPB do Brasil. Década hostil, a história da cantora se passa juntamente com o golpe de 64. Conflitos externos e internos da cantora. Da ascensão à sua derrocada. Elementos atraentes para projetar uma boa história. Boa e real. Inicialmente o filme flui muito bem, personagens vão sendo apresentados e construídos. Uma narrativa consistente e linear sem perder o fôlego e mantendo o ritmo. A segunda parte, onde os conflitos vão tomando uma proporção muito maior acabam se tornando repetitivos, quando não, superficiais. E é a superficialidade que afunda o roteiro. Não apenas a superficialidade, mas a falta de coragem do diretor e claro, daquela emissora de tv que vocês devem conhecer. Esqueçam aqui a ditadura. Parece que tá apenas como pano de fundo. Ela praticamente quase não existe e quando surge, aparece de maneira tão ridícula quanto no ato real. Camuflado, sem mostrar a real face - e isso é um problema grave para o nosso cinema - de sua medíocre existência. O terceiro ato apenas nos sufoca. O drama da personagem é elevado e assim vai até chegar no inevitável fim. A atuação da atriz ora convence, ora não. A fisionomia é impressionante, mas há uma cacofonia nos trejeitos. Talvez isso seja algo da própria cantora. Caricata ao extremo!
É um bom filme, mas poderia ser mais. Para realizar uma cinebiografia necessita-se de coragem, ousadia. As emoções tem que saltar da tela e nos atingir vorazmente. A dor tem que ser compartilhada e sentida. É um filme regular, sem dúvidas. Mas que serve como porta para quem quiser pesquisar mais sobre a cantora.
Atômica Atomic Blonde Direção: David Leitch Ano: 2017
Mulherão da porra! É assim que Charlize Theron vem se destacando com as personagens: Imperatriz Furiosa de "Mad Max: Estrada da Fúria" e agora com Lorraine Broughton em "Atomic Blonde", uma agente do MI6 que é enviada a Berlim Oriental, poucos dias antes da queda do Muro, que tem como missão recuperar uma lista de agentes duplos britânicos em atividade. Baseado na graphic novel "Atômica: A Cidade Mais Fria", de Antony Johnston e Sam Hart, o longa apresenta muito bem o tom esfacelado da cidade em seu ambiente externo, uma cidade fria e cinzenta que faz jus ao Muro que separava a cidade de Berlim. No entanto, a ideologia da contrução do roteiro para nos deixar a par da situação do que se trata a história é um tanto quanto confusa com seu execesso de informações e diálogos que são jogados da maneira que o filme se trata: confidencial. Mas por outro lado conseguimos aproveitar muito bem as cenas de ação. E que cenas de ação! São de tirar o fôlego, ainda mais com um incrível plano sequência que dura mais de dez minutos de pura intensidade e ação. Diferente da franquia "John Wick" com Keanu Reeves que é mais direta com o objetivo de sua história e mais frenético nas cenas de ação, "Atomic Blonde" tem tudo para também virar uma franquia, já que Charlize Theron desempenhou-se muito bem em cena, principalmente nas de lutas corporal. Ah, mas e o McAvoy? Esquece, o filme é da Theron e somente dela. Vale cada segundo sim, sem dúvidas. Agora, depois de refletir mais sobre o filme posso dizer que gostei pra caramba. Acreditem, estava confuso até então. "Atomic Blonde" é o filme de ação do ano com muita porrada e trilha sonora de qualidade.
É, quem diria que a Netflix pisaria tão feio assim na bola ao transformar em live-action o excelente "DEATH NOTE". De fato a expectativa criada por nós fãs do anime e da poderosa plataforma Netflix foi imensa. Mas a verdade é que o filme decepciona já no início e fica pior a cada momento até chegar no lastimável final. São poucos os momentos que representam a narrativa do anime, o resto é só tristeza. O filme não tem nem 1% da profundidade passada pela obra original. O ator que interpreta Light/Kira é horrível. O que faz o L não chega nem perto da peculiaridade do personagem. As encenações são bem forçadas. A Mia ficou um pouco melhor, mas ainda assim, ela foi muito mal explorada e apresentada. Há vários momentos inadmissíveis neste filme. Uma pena, esperava mais. Nem o Ryuuk tá tão interessante, e fizeram coisas que ele jamais faria. Tá tudo errado. Cancela e taca fogo.
Meu nome é Ray About Ray Direção: Gaby Dellal Ano: 2015
Ray nasceu mulher, mas nunca se identificou com o gênero e se prepara para fazer a cirurgia de redesignação de gênero. Sua mãe, Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a questão e, a avó homossexual de Ray, Dolly, não consegue compreender essa ideia.
O filme aborda um tema bastante interessante. Se vende desta maneira para apresentar uma questão que precisa ser tratada de forma mais séria, já que o processo de educação é bastante difícil de ser aceito. Mas o roteiro lamentavelmente falha. O que deveria ser um drama da personagem 'Ray' interpretado por Elle Fanning por pouco não se perde para a crise existencial de sua mãe "Maggie" que fica a encargo de Naomi Watts. Até porque Ray é bem resolvido consigo mesmo e sabe o que quer. O problema dos outros é que atrapalha a sua jornada. O roteiro a todo momento pula de um lado para outro, tornando-se inconstante e sem foco sobre o quê realmente deseja mostrar. Fazendo então que a história não avance para momentos mais cruciais sobre o tema. No mais, ele aparenta ser mais "About Maggie" do quê sobre o Ray. Infelizmente a diretora tomou um rumo diferente de sua proposta inicial. Há momentos ótimos com cenas bem fortes e sensíveis transmitindo muito bem a emoção de cada passagem importante e relevante. Mas não mais que isso. Nada mais além para se fazer questionar e pensar.
Certamente um filme não convencional sobre a forma de digerir o luto. O achei bastante interessante em vários momentos, bem metafórico, porém, é um filme bem arrastado. Sei que a intenção é fazer com quem assista sinta o que a personagem sinta. Mas se ela mesmo era bem indiferente a tudo aquilo, avalie para quem está assistindo. Considero uma forma ousada de apresentar essa indiferença. Considero o filme 'ok', nada de tão especial. Jake Gyllenhaal sempre em boas performances. Já tá merecendo o Oscar há um bom tempo.
No final de tudo, só me veio um único pensamento sobre tudo isso. Que se fosse um filme nacional dirigido por mim, a trilha seria essa:
Destruir tudo de novo - Dead Fish
É assim a vida, é movimento Cercados em certezas Um dia tudo pára Sóbrios, ricos e frios Novas regras e subversão Formatando a verdade e "bum" Aí está você
A mentira que te satisfaz Respostas sempre tão corretas Isso faz vender Se enganar é bem mais fácil
O ódio é uma caixa E o amor também Simples de usar Difíceis de aprender
Todos sabem tudo Menos se calar Todos querem ensinar Precisam de atenção
A mentira que te satisfaz Respostas sempre tão corretas Isso faz vender Se enganar é bem mais fácil
Se permitir viver Tudo de novo Se não estava bem (destruir) Tudo que já fez
Já me basta, este é meu limite Não quero ser tão cínico quanto você Que tudo vai morrer, eu sei Mas prefiro estar aqui E tentar!
A mentira que te satisfaz Respostas sempre tão corretas Isso faz vender Se enganar é bem mais fácil
Se permitir viver Tudo de novo Se não estava bem (destruir) Tudo que já fez
Em comemoração aos 30 anos (31/7) deste clássico dos anos 80, o revi novamente. Filme simplesmente muito bom! Não cansa. Joel Schumacher mandou bem em não destacar muito as cenas onde os vampiros estão lutando no ar. "The Lost Boys" é do tipo daquele filme que envelhece muito bem.
Ambientado nitidamente nos anos 90, no Mangue Beat, movimento de contracultura de Recife, vamos observando o cotidiano das pessoas de um ponto local da cidade e de Zizo, um poeta inconformado de atitude anarquista, libertária que espalha pelas ruas da cidade, seus poemas a gritos, cartazes, pixos e jornais. Tudo fruto de sua própria essência e custos. Zizo tem o seu mundo particular e, quanto mais as pessoas não o entendem ou o julgam, mais ele sabe que tá onde deveria está. Mas seu mundo se torna "desorganizado" quando conhece uma jovem totalmente o seu oposto. Tudo parece ruir para ser "lapidado" novamente.
"A Febre do Rato" é o cinema marginal na sua mais pura e perfeita concepção. O uso do formato em preto e branco é justamente para acentuar o desapontamento , descontentamento e desencantamento com a realidade. Não foi algo para deixa-lo apenas com uma fotografia bonita ou um ar de cult (tem mensagem aí), longe disso. Além de criar essa dicotomia, a história é bastante controversa (dá para imaginar pelas características do personagem). Aqui o sexo é visto e tido como algo tão normal, natural, que de fato chocam aqueles com pensamentos mais conservadores e pueris. O corpo não é um templo como dizem as línguas do falso moralismo. Ele existe para ser usado e atender nossas necessidades, indo contra isso é ir contra consigo mesmo limitando assim toda vontade de experimenta-lo e conhece-lo. É se rebelando a essas doutrinas fundamentalistas que cada um de nós deve buscar a sua evolução no experimentalismo.
Este filme realmente foi feito para criticar a opressão, o conservadorismo, a mídia manipuladora, a hipocrisia e o preconceito. É o cinema marginal subversivo, poético, cru e realista. É literalmente "uma bicuda no ovo direito da ordi". É um filme para ser visto, revisto e aplaudido de pé.
"Cê sabe que quando eu olho daqui, eu só vejo lixo, sujeira. É a fome né não? Josué que tinha razão. Josué de Castro. O homem que produz a merda, que suja o mangue, que nasce o caranguejo, que é comido pelo homem, que produz a merda... Ô Chico, me empresta tua ciência pra eu poder entender, a tua ciência pra esclarecer... manda pra cá... pra gente ver!!!"
"Vocês aí dos prédios. Vocês sabem o cheiro que essa cidade tem? Pois eu lhes digo: que o cheiro dessa cidade é o cheiro do mangue!!!!"
Em Busca de Vingança Aftermath Direção: Elliot Lester Ano: 2017
Aftermath na tradução significa: Resultado, consequência.
Roman Melnyk, trabalhador na construção civil estava tendo um dia super agradável. Sua esposa e sua filha que carregava a sua primeira netinha estavam regressando para o lar, mas o inesperado acontece e, ele recebe a notícia mais devastadora de sua vida. Dois aviões se chocaram em pleno ar e a chance de sobreviventes é zero.
Inspirado em fatos reais, eis aqui o maior drama até agora feito pelo grandioso Arnold Schwarzenegger em sua maior atuação, sem exageros. Aqui, o ator que outrora já foi o maior ator de ação nos anos 80/90 e o grande hepta campeão Mr. Olympia despe-se e mostra a sua alma em um personagem comum, sofrido e vulnerável. Após apresentar a parte de Roman, somos apresentado a Jacob, pai, esposo e controlador de voo, que por falhas técnica no local de trabalho, comete um erro não intencional que acaba provocando o inesperado. Agora a vida de Roman e Jacob é que estão em uma rota de colisão. Ambos irão enfrentar suas dores do seu jeito, conforme o tempo vai passando, mas a linha entre eles dois está prestes a se cruzar. Dirigido por Elliot Lester "Aftermath" é um filme bastante forte emocionalmente misturado com uma prolongada tensão em sua trama. A primeira parte do filme é profundamente dramática onde observamos muito bem e sentimos as dores de ambos os personagens. O filme é tratado de maneira crua, madura e realista e, para suportar tudo isso basta - "be patient" - ser paciente. Esta é uma palavra bastante importante, tanto no filme quanto para quem está assistindo, pois é isso que ele quer passar também, já que é um filme de narração lenta para que possa ser digerido cada palavra, cena e atuação. Sentir a devastação dos efeitos provocados pela culpa e pelo luto. Infelizmente no terceiro ato, o filme deixa a desejar, pois o seu desfecho é abrupto, rápido. Não digo que o final é insatisfatório, não é isso. É o clímax, o momento tão esperado. Tudo acontece rápido neste momento. O filme tinha potencial para ser muito mais. Para ser um grande filme faltou "paciência" para o diretor saber conduzir estes momentos. No mais, volto a dizer: é um excelente filme que mostra que Schwarzenegger não foi um ator somente de caras, bocas e de poucas palavras. Mas não é somente Arnie que merece todos os aplausos. Scoot McNairy que interpretou o Jacob também merece todos os reconhecimentos. Ambos os personagens são de suma importância para o peso da trama.
Churchill
3.3 46 Assista AgoraChurchill
Direção: Jonathan Teplizky
Ano: 2017
Winston Churchill, primeiro ministro da Grã-Bretanha tem como missão em suas mãos organizar um grande exército, recuperar o território perdido e expulsar os nazistas. Com discursos eloquentes e inspiradores, Churchill se preocupa com o seu legado e teme repetir o mesmo erro que ocorreu na Primeira Guerra. Com dificuldades em seu caminho, ele terá que lidar com cada obstáculo e aceitar como as coisas são e como devem serem feitas.
Enquanto o Churchill de Gary Oldman não estreia, vamos apreciando o de Brian Cox e compreender mais a história deste homem que já enfretou a humilhação política, o fracasso militar e até um problema na fala. Uma história comovente que é trabalhada muito bem com ótimas atuações e lindas fotografias.
Batman e Arlequina: Pancadas e Risadas
3.2 110 Assista AgoraBatman e Arlequina: Pancadas e Risadas
Batman & Harley Quinn
Direção: Sam Liu
Ano: 2017
Batman e Nightwing precisam da ajuda de Harley Quinn para deter o plano mirabolante de Poison Ivy e Floro de transformarem o mundo todo em vegetação, incluindo as pessoas que ali habitam. Uma animação descompromissada da DC que traz grandes personagens para o público, além dos citados há também a participação do Swanp Thing, como vem acontecendo, uma participação pequena e rápida, sem aprofundamento deste grande personagem que foi redefinido magistralmente por Allan Moore.
Boa animação apesar de desnecessária.
O Assassino: O Primeiro Alvo
3.2 217 Assista AgoraO Assassino: O primeiro Alvo
American Assassin
Direção: Michael Cuesta
Ano: 2017
Rapp (Dylan O'Brien) perdeu sua namorada para um ataque terrorista e desde então jura vingança pela sua morte. Obstinado em cumprir a sua promessa, ele acaba sendo recrutado pela CIA para uma missão que irá garantir sua vontade, porém, a situação fica mais complicada quando o cabeça da organização terrorista coloca milhões de vidas inocentes sob ataque. Rapp juntamente com Stan Hurley (Michael Keaton) e uma equipe preparada para a missão irão de encontro aos culpados e por um fim nisso tudo.
As cenas de ação são de tirar o fôlego, porém, o restante da história considero muito forçado. Preferia que o Rapp agisse por conta própria ao invés de se juntar para a CIA, mas por outro lado, iria se parecer muito com a premissa de John Wick, ou seja, este filme é totalmente desnecessário. Faltou e muita criatividade na parte dos roteiristas. Um investimento perdido. Duvido virar franquia após esta primeira parte.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 763 Assista AgoraCinquenta Tons Mais Escuros
Fifty Shades Darker
Direção: James Foley
Ano: 2017
Ana Steele (Dakota Johnson) é atraída de volta para o mundo de Christian Grey (jamie Dornan) sob uma condição: Sem mais segredos, sem mais regras. O mundo subversivo do casal reaparece novamente e desta vez muito mais ousado do que a primeira parte e com direito a aparição de três antagonistas (olha só! hehe). Acredito que a mudança de diretor foi que trouxe este novo ar para a franquia, ficou bem melhor de ser assistido, porém, ainda continuo achando o casal meio sem graça e a gourmetização do BDSM me incomoda. Ainda continua uma historinha fraca, apesar de ter melhorado na direção.
A Peregrinação
2.8 34 Assista AgoraA Peregrinação
Pilgrimage
Direção: Brendan Muldowney
Ano: 2017
Século 13, um grupo de monge entram em uma cruzada para levarem uma relíquia até o seu local destinado porém, o grupo sofre um ataque, mas não contava com a presença do Diabo em pessoa.
Um baita filme. Intimista e objetivo. De poucas palavras, muitos olhares e expressões observamos as atitudes e escutamos os questionamentos dos monges e cavaleiros. Um filme que aborda a religião e a questiona. Que mostra o caráter de todos aqueles que faziam o que faziam e diziam ser a vontade de "deus". Jon Bernthal muito bom com o seu personagem intimista e misterioso. Um bom filme. Bem simples, mas carregado de perguntas e reflexões.
Viagem das Loucas
2.7 74 Assista AgoraViagem das Loucas
Snatched
Direção: Jonathan Levine
Ano: 2017 .
Emily (Amy Schumer) é uma garota pé no saco que ninguém aguenta ficar ao seu lado, simplesmente as pessoas se distanciam pela sua maneira de ser. Por conta disso perde novamente mais um emprego e seu namorado. Aparentemente triste pela situação e sem ter para onde ir, volta para casa de sua mãe e de seu irmão Jeffrey que sofre de agorafobia. Com uma viagem sem reembolso comprada, Emily convence a sua mãe (Goldie Hawn) a fazer esta viagem para a América do Sul. Mas o que era para ser uma viagem de diversão e relaxamento, as duas vão passar por situações de desesperos.
Mais um filme maios ou menos. Eu gosto de filme de comédia, mas quando primeiro, a história é boa. Segundo, quando os atores realmente são bons (assisti este por conta da Godie) e terceiro, quando as piadas de fato são boas. Este é o segundo filme que assisto com a Amy e to chegando a uma conclusão de que ela é péssima, além do quê, força e apela em suas interpretações. Enfim. No mais, o filme tem seus bons momentos, mas é bem fraco!
A Noite É Delas
2.8 313 Assista AgoraA Noite é Delas
Rough Night
Direção: Lucia Aniello
Ano: 2017
Uma comédia para maiores no estilo de "Se Beber, não case". Quatro amigas da faculdade marcam um reencontro para comemorarem a despedida de solteira da Jess (Scarlett). Aparentemente tudo vai mais ou menos bem, pois as coisas não são mais como antes, porém, a ingênua da Alice (Jillian) acredita que a amizade permanece da mesma forma desde então, até que um acidente que resulta em uma morte acontece e as quatro amigas e Pippa (Kate) vão ter que se unirem para resolverem este trágico momento.
Não é de todo ruim, apesar do seu fracasso nas bilheterias, a diretora poderia ter ousado mais nas presepadas, porém, fica tudo no mesmo local depois que o crime acontece. As personagens não são das melhores, todas com personalidades caricatas e as atuações foram bem de média para regular. Tinha tudo para ser bem melhor, mas nada salva a boa premissa da história. Há momentos de risadas, sem dúvidas, mas são bem poucas mesmo. Já assisti melhores, mas para quem estiver em uma tarde vazia, pode arriscar a ver este filme bem descompromissado mesmo ou fazer algo mais interessante, se preferir. haha
Baywatch: S.O.S. Malibu
2.8 445 Assista AgoraBaywatch
Direção: Seth Gordon
Ano: 2017
Mitch (Dwayne) é o líder do grupo de elite salva-vidas Baywatch em Emerald Bay. Com projeto de aumentar o time por conta da temporada que está chegando, Mitch descobre que algo de muito errado está acontecendo na sua praia, ele parte então para uma investigação ao mesmo tempo em que tenta lidar com o ego mimado do novo recruta Matt Brody (Efron). "Baywatch" é uma divertida comédia com Dwayne Johnson e Zac Efron, com cenas engraçadas e, claro, com as cenas a la "American Pie". Vale a conferida para quem ainda não deixou de achar graça nas coisas ou se cansou do gênero.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraLiga da Justiça
Justice League
Direção: Zack Snyder
Ano: 2017
Valeu DC! Conferi esta maravilha no cinema. Estava bastante ansioso por sua estreia e sai contente e satisfeito com grande parte do filme. Há seus pequenos erros? Há, mas ainda assim é um filme que se sustenta do início ao fim sem dúvidas disso. O que mais me incomodou nem foi o vilão, mas sim o The Flash. Não falo o ator em si, que até que mandou bem, mas falo do personagem mesmo, a personalidade de Barry Allen, sua origem que pelo que foi apresentada, tá totalmente modificada. O personagem possui bons momentos, mas ainda assim não me convenceu 100%. Mulher-Maravilha então, de fato, estava maravilhosa, sensacional. O erro foi o vacilo de alguns ângulos erotizar a personagem, o que é bem diferente em seu filme solo. Cyborg fantástico, gostei muito do traje do personagem e sua personalidade. Aquaman bem louco e com momentos divertidos. Batman estava bem melhor no primeiro encontro, aqui deram uma alisada nele, porém, continua sendo destaque. E o retorno do super é um dos momentos mais esperados na telona, a galera foi ao delírio na sala de cinema. O que falar sobre isso? ESPETACULAR!
Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe (Histórias Novas e Selecionadas)
3.4 257 Assista AgoraOs Meyerowitz: família não se escolhe
Direção: Noah Baumbach
Ano: 2017
Aqui está um daqueles dramas familiares difíceis de serem digeridos. 3 irmãos se reencontram quando seu pai adoece e precisa da ajuda de todos. O que era para ser um reencontro de plenitude, amigável e harmonioso acaba se tornando um regresso ao passado onde o pai é o pivô principal de todo abalo emocional e psicológico de seus filhos.
O quarteto Adam Sandler, Ben Stiller, Elizabeth Marvel e Dustin Hoffman estão todos muito bem conectados. Adam Sandler mais uma vez mostra competência num bom drama. Há quem irá discordar de mim, porém, ele permanece. No mais, é um filme lento, mas com muitas reflexões. Vale a conferida. Disponível na Netflix.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraOnde está Segunda?
What Happened to Monday?
Ano: 2017
Direção: Tommy Wirkola
Nesta ficção distópica, o mundo está fragilizado pela superpopulação então uma lei é instaurada onde as famílias só podem ter apenas um filho. Porém, Terrence Settman faz de tudo para esconder as suas sete filhas gêmeas que foram nomeadas com os nomes da semana. As famílias que tiverem mais de um vai ser forçada a perder seu filho mais novo pelo governo que tem um plano louco de por em estado de criogênio para que a criança possa retornar quando for a sua hora. 30 anos se passaram e as irmãs foram descobertas. Agora elas terão que se unir mais do que nunca para se manterem vivas.
Com aquela referência clássica de Platão e a sua alegoria da caverna e "Orphan Black", "Onde Está Segunda?" desempenha muito bem o seu papel, mas nem tudo é perfeito. Seu início é curioso e muito bem executado, a presença de Dafoe consegue transmitir essa sensação. Quando salta para 30 anos depois tudo começa a ficar bem previsível, o filme literalmente cai, mas em compensação mantêm boas cenas de ação até o seu final, que fica na responsabildade da Noomi Rapace (Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres) que manda muitíssimo bem com as irmãs e suas respectivas personalidades.
É um bom filme sem dúvidas. Cumpre a sua proposta, mas não inova e acaba virando mais do mesmo.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista Agora"Mais humanos que os humanos"
Blade Runner 2049
Direção: Denis Villeneuve
Ano: 2017
Inovador. Essa é a palavra para descrever o Blade Runner de Denis Villeneuve que vem se mostrando um grande diretor com projetos ambiciosos. Tudo que está ali é perfeitamente aceito, algo que poderia ter saído da própria mente sombria de PKD.
O Agente K.D (Ryan Gosling) recebeu uma missão um tanto quanto intrigante e isso de certa forma mexe em seu interior, então ele parte para descobrir o que não lhe foi contado ao receber tal missão. Em uma busca perigosa sobre os detalhes, K acaba se tornando alvo da própria corporação e da empresa Wallace de Niander Wallace (Jared Leto) que assume o legado da empresa Tyrell, logo após o blackout que apagou definitivamente tudo que tinha registrado há 30 anos atrás. Preso nessa teia de conspiração, K descobre uma pista, mesmo sabendo dos riscos faz uma investigação extraoficial que lhe revela o nome de Deckard. É aqui que a história começa a ganhar sua proporção e fica maior ainda quando Deckard (Harison Ford) entra em cena e começa a responder algumas perguntas.
Villeneuve apesar de inovar (trilha, fotografia, roteiro) mantém muitas características que remetem ao filme original de 1982, de Ridley Scott. O toque asiático, os imensos painéis de neon que resgatam a beleza visual, que é um ponto forte e incrementam a atmosfera noir futurista da história. Outro ponto importante que vale ressaltar são as metáforas e analogias apresentadas que são, diga-se de passagem, essencial para todo o mistério simbólico que há ali. Para finalizar fica aquela pulga atrás da orelha: São androides ou não? SENSACIONAL!
O Afogamento
2.2 83O Afogamento
The Drowning
Direção: Bette Gordon
Ano: 2016
O psicólogo infantil Tom Seymour (Josh Charles) mergulha em um lago para impedir um homem de cometer suicídio. Após o acontecido, ele percebe que conhece o sujeito e lembra que ele foi condenado por um assassinato chocante no qual depôs como especialista, há 12 anos. Agora, Tom precisa enfrentar mais uma vez esse trauma do passado.
Tudo se inicia bem. A atmosfera, a fotografia dentre outros elementos que nossos sentidos já percebem que algo trágico vai acontecer a seguir. Um clichê sensorial. BINGO! Não é que algo acontece?! Já esperávamos por isso. É aqui que a história começa a se desenrolar entre o suicida e o salvador. O passado retorna, o presente entra em conflito e o futuro se torna invisível. Tudo que pode ser usado para atrair a atenção do espectador é usado, porém, nem tudo tem efeito. O roteiro falha em seu momento final. Ele confunde, confunde e confunde, mas deixa pontas sem nós. Personagens são descartados a esmo, outros surgem do nada e um momento é bastante forçado para acontecer. No mais, ainda é um filme que te prende até o fim, mas o resultado pode não ser aquilo que esperava. Vale a conferida de toda forma. É bom, porém, questionável.
Disponível na Netflix
Um Contratempo
4.2 2,0KUm Contratempo
Contratiempo
Direção: Oriol Paulo
Ano: 2016
Sem saber muito bem o que aconteceu, em um quarto de hotel, Andrian encontra sua amante morta coberta de dinheiro enquanto à porta surge a polícia. Ele recorre a melhor advogada de defesa, e eles tentam descobrir o que realmente aconteceu na noite anterior. "Contratiempo" é mais um bom filme do diretor e também roteirista Oriol Paulo. Neste thriller de suspense vamos acompanhando um estudo de defesa para Adrian, que está sendo acusado por assassinato. Para isso, ele recorreu a melhor advogada de defesa, Virgínia Goodman para reconstruírem cada passo do quê realmente aconteceu. Para quem gosta de filmes construídos em argumentações jurídicas, vai vibrar muito com este thriller. Para cada argumentação, uma nova teoria é criada para ser apresentada. É aqui então que o espectador começa a cair dentro do pequeno quarto e estuda junto as possibilidades com Virginia e Adrian. Sidney Lumet, diretor do grande clássico "12 homens e uma sentença", filme também baseado em argumentações jurídicas, de fato ficaria bastante satisfeito ao assistir este filme. Além de um excelente roteiro do veterano Oriol Paulo (Secuestro, El Cuerpo, Los Ojos de Julia), "Contratiempo" também conquista na trilha e na excelente fotografia. Um baita filme, que apesar de usar fórmulas conhecidas, ainda sim consegue surpreender.
Disponível na Netflix
⭐⭐⭐⭐⭐
A Luneta do Tempo
3.4 90A Luneta do Tempo
Direção: Alceu Valença
Ano: 2016
Lampião, sempre acompanhado por sua amada Maria Bonita, lidera um bando pelo sertão de Pernambuco, enfrentando a polícia local. Antero Tenente, representante do governo, foi abandonado preso de cabeça pra baixo pelo bando de Lampião e, agora, quer vingança. .
Assisti ao filme do Alceu Valença, já tinha conhecimento, mas não sabia que tinha o Irandhir. Já havia assistido a outros filmes com ele, mas só em "Febre do Rato" que lhe dei a devida atenção. . .
"A Luneta do Tempo". É o primeiro longa do cantor e ele consegue de forma poética dá uma repaginada em um momento bastante violento que se passou pela história do (meu) nordeste. O longa tá bem teatral com diálogos de cordel, o que deixa o espectador ligado até o final com um sorriso mais doce que mel. (Rs) As atuações tão boas, outras nem tanto. Mas o que me incomodou mesmo foi a montagem apresentada. Deixou a história mais longa do que aparenta ser, confusa e algumas vezes cansada. No mais, é um bom início para o novo diretor. Que ele nos traga mais filmes assim.
Elis
3.5 522 Assista AgoraElis
Direção: Hugo Prata
Ano: 2016
Cantora desde a infância, Elis Regina entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil, a partir do Rio de Janeiro. Em rápida ascensão, ela logo conquista uma legião de fãs, entre eles o famoso compositor e produtor Ronaldo Bôscoli, com quem acaba se casando. Estrela de TV, polêmica, intensa e briguenta, a "Pimentinha" não tarda a ser reconhecida como a maior voz do Brasil, em carreira marcada por altos e baixos.
Antes de apresentar minha impressão sobre o filme, quero deixar claro que nada conheço sobre a cantora, a não ser o seu nome e umas três músicas que ela cantava e nada mais.
Bem, a premissa do filme é bastante interessante: personagem forte que teve um grau de importância no quadro da MPB do Brasil. Década hostil, a história da cantora se passa juntamente com o golpe de 64. Conflitos externos e internos da cantora. Da ascensão à sua derrocada. Elementos atraentes para projetar uma boa história. Boa e real. Inicialmente o filme flui muito bem, personagens vão sendo apresentados e construídos. Uma narrativa consistente e linear sem perder o fôlego e mantendo o ritmo. A segunda parte, onde os conflitos vão tomando uma proporção muito maior acabam se tornando repetitivos, quando não, superficiais. E é a superficialidade que afunda o roteiro. Não apenas a superficialidade, mas a falta de coragem do diretor e claro, daquela emissora de tv que vocês devem conhecer. Esqueçam aqui a ditadura. Parece que tá apenas como pano de fundo. Ela praticamente quase não existe e quando surge, aparece de maneira tão ridícula quanto no ato real. Camuflado, sem mostrar a real face - e isso é um problema grave para o nosso cinema - de sua medíocre existência. O terceiro ato apenas nos sufoca. O drama da personagem é elevado e assim vai até chegar no inevitável fim. A atuação da atriz ora convence, ora não. A fisionomia é impressionante, mas há uma cacofonia nos trejeitos. Talvez isso seja algo da própria cantora. Caricata ao extremo!
É um bom filme, mas poderia ser mais. Para realizar uma cinebiografia necessita-se de coragem, ousadia. As emoções tem que saltar da tela e nos atingir vorazmente. A dor tem que ser compartilhada e sentida. É um filme regular, sem dúvidas. Mas que serve como porta para quem quiser pesquisar mais sobre a cantora.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraAtômica
Atomic Blonde
Direção: David Leitch
Ano: 2017
Mulherão da porra! É assim que Charlize Theron vem se destacando com as personagens: Imperatriz Furiosa de "Mad Max: Estrada da Fúria" e agora com Lorraine Broughton em "Atomic Blonde", uma agente do MI6 que é enviada a Berlim Oriental, poucos dias antes da queda do Muro, que tem como missão recuperar uma lista de agentes duplos britânicos em atividade. Baseado na graphic novel "Atômica: A Cidade Mais Fria", de Antony Johnston e Sam Hart, o longa apresenta muito bem o tom esfacelado da cidade em seu ambiente externo, uma cidade fria e cinzenta que faz jus ao Muro que separava a cidade de Berlim. No entanto, a ideologia da contrução do roteiro para nos deixar a par da situação do que se trata a história é um tanto quanto confusa com seu execesso de informações e diálogos que são jogados da maneira que o filme se trata: confidencial. Mas por outro lado conseguimos aproveitar muito bem as cenas de ação. E que cenas de ação! São de tirar o fôlego, ainda mais com um incrível plano sequência que dura mais de dez minutos de pura intensidade e ação. Diferente da franquia "John Wick" com Keanu Reeves que é mais direta com o objetivo de sua história e mais frenético nas cenas de ação, "Atomic Blonde" tem tudo para também virar uma franquia, já que Charlize Theron desempenhou-se muito bem em cena, principalmente nas de lutas corporal. Ah, mas e o McAvoy? Esquece, o filme é da Theron e somente dela. Vale cada segundo sim, sem dúvidas. Agora, depois de refletir mais sobre o filme posso dizer que gostei pra caramba. Acreditem, estava confuso até então. "Atomic Blonde" é o filme de ação do ano com muita porrada e trilha sonora de qualidade.
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraDeath Note
Ano: 2017
Direção: Adam Wingard
É, quem diria que a Netflix pisaria tão feio assim na bola ao transformar em live-action o excelente "DEATH NOTE". De fato a expectativa criada por nós fãs do anime e da poderosa plataforma Netflix foi imensa. Mas a verdade é que o filme decepciona já no início e fica pior a cada momento até chegar no lastimável final. São poucos os momentos que representam a narrativa do anime, o resto é só tristeza. O filme não tem nem 1% da profundidade passada pela obra original. O ator que interpreta Light/Kira é horrível. O que faz o L não chega nem perto da peculiaridade do personagem. As encenações são bem forçadas. A Mia ficou um pouco melhor, mas ainda assim, ela foi muito mal explorada e apresentada. Há vários momentos inadmissíveis neste filme. Uma pena, esperava mais. Nem o Ryuuk tá tão interessante, e fizeram coisas que ele jamais faria. Tá tudo errado. Cancela e taca fogo.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista Agora2001 tá para o espaço como Dunkirk tá para guerra. Duas odisseias incríveis!
Meu Nome é Ray
3.3 269 Assista AgoraMeu nome é Ray
About Ray
Direção: Gaby Dellal
Ano: 2015
Ray nasceu mulher, mas nunca se identificou com o gênero e se prepara para fazer a cirurgia de redesignação de gênero. Sua mãe, Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a questão e, a avó homossexual de Ray, Dolly, não consegue compreender essa ideia.
O filme aborda um tema bastante interessante. Se vende desta maneira para apresentar uma questão que precisa ser tratada de forma mais séria, já que o processo de educação é bastante difícil de ser aceito. Mas o roteiro lamentavelmente falha. O que deveria ser um drama da personagem 'Ray' interpretado por Elle Fanning por pouco não se perde para a crise existencial de sua mãe "Maggie" que fica a encargo de Naomi Watts. Até porque Ray é bem resolvido consigo mesmo e sabe o que quer. O problema dos outros é que atrapalha a sua jornada. O roteiro a todo momento pula de um lado para outro, tornando-se inconstante e sem foco sobre o quê realmente deseja mostrar. Fazendo então que a história não avance para momentos mais cruciais sobre o tema. No mais, ele aparenta ser mais "About Maggie" do quê sobre o Ray. Infelizmente a diretora tomou um rumo diferente de sua proposta inicial. Há momentos ótimos com cenas bem fortes e sensíveis transmitindo muito bem a emoção de cada passagem importante e relevante. Mas não mais que isso. Nada mais além para se fazer questionar e pensar.
Demolição
3.8 447 Assista AgoraCertamente um filme não convencional sobre a forma de digerir o luto. O achei bastante interessante em vários momentos, bem metafórico, porém, é um filme bem arrastado. Sei que a intenção é fazer com quem assista sinta o que a personagem sinta. Mas se ela mesmo era bem indiferente a tudo aquilo, avalie para quem está assistindo. Considero uma forma ousada de apresentar essa indiferença. Considero o filme 'ok', nada de tão especial. Jake Gyllenhaal sempre em boas performances. Já tá merecendo o Oscar há um bom tempo.
No final de tudo, só me veio um único pensamento sobre tudo isso. Que se fosse um filme nacional dirigido por mim, a trilha seria essa:
Destruir tudo de novo - Dead Fish
É assim a vida, é movimento
Cercados em certezas
Um dia tudo pára
Sóbrios, ricos e frios
Novas regras e subversão
Formatando a verdade e "bum"
Aí está você
A mentira que te satisfaz
Respostas sempre tão corretas
Isso faz vender
Se enganar é bem mais fácil
O ódio é uma caixa
E o amor também
Simples de usar
Difíceis de aprender
Todos sabem tudo
Menos se calar
Todos querem ensinar
Precisam de atenção
A mentira que te satisfaz
Respostas sempre tão corretas
Isso faz vender
Se enganar é bem mais fácil
Se permitir viver
Tudo de novo
Se não estava bem (destruir)
Tudo que já fez
Já me basta, este é meu limite
Não quero ser tão cínico quanto você
Que tudo vai morrer, eu sei
Mas prefiro estar aqui
E tentar!
A mentira que te satisfaz
Respostas sempre tão corretas
Isso faz vender
Se enganar é bem mais fácil
Se permitir viver
Tudo de novo
Se não estava bem (destruir)
Tudo que já fez
Os Garotos Perdidos
3.8 708 Assista AgoraEm comemoração aos 30 anos (31/7) deste clássico dos anos 80, o revi novamente. Filme simplesmente muito bom! Não cansa. Joel Schumacher mandou bem em não destacar muito as cenas onde os vampiros estão lutando no ar. "The Lost Boys" é do tipo daquele filme que envelhece muito bem.
Febre do Rato
4.0 657Febre do Rato
Direção: Cláudio Assis
Ano: 2012
Filmão!
Ambientado nitidamente nos anos 90, no Mangue Beat, movimento de contracultura de Recife, vamos observando o cotidiano das pessoas de um ponto local da cidade e de Zizo, um poeta inconformado de atitude anarquista, libertária que espalha pelas ruas da cidade, seus poemas a gritos, cartazes, pixos e jornais. Tudo fruto de sua própria essência e custos. Zizo tem o seu mundo particular e, quanto mais as pessoas não o entendem ou o julgam, mais ele sabe que tá onde deveria está. Mas seu mundo se torna "desorganizado" quando conhece uma jovem totalmente o seu oposto. Tudo parece ruir para ser "lapidado" novamente.
"A Febre do Rato" é o cinema marginal na sua mais pura e perfeita concepção. O uso do formato em preto e branco é justamente para acentuar o desapontamento , descontentamento e desencantamento com a realidade. Não foi algo para deixa-lo apenas com uma fotografia bonita ou um ar de cult (tem mensagem aí), longe disso. Além de criar essa dicotomia, a história é bastante controversa (dá para imaginar pelas características do personagem). Aqui o sexo é visto e tido como algo tão normal, natural, que de fato chocam aqueles com pensamentos mais conservadores e pueris. O corpo não é um templo como dizem as línguas do falso moralismo. Ele existe para ser usado e atender nossas necessidades, indo contra isso é ir contra consigo mesmo limitando assim toda vontade de experimenta-lo e conhece-lo. É se rebelando a essas doutrinas fundamentalistas que cada um de nós deve buscar a sua evolução no experimentalismo.
Este filme realmente foi feito para criticar a opressão, o conservadorismo, a mídia manipuladora, a hipocrisia e o preconceito. É o cinema marginal subversivo, poético, cru e realista. É literalmente "uma bicuda no ovo direito da ordi". É um filme para ser visto, revisto e aplaudido de pé.
"Cê sabe que quando eu olho daqui,
eu só vejo lixo, sujeira.
É a fome né não?
Josué que tinha razão.
Josué de Castro.
O homem que produz a
merda, que suja o mangue,
que nasce o caranguejo,
que é comido pelo homem,
que produz a merda...
Ô Chico, me empresta tua ciência pra eu poder entender, a tua ciência pra esclarecer...
manda pra cá... pra gente ver!!!"
"Vocês aí dos prédios. Vocês sabem o cheiro que essa cidade tem?
Pois eu lhes digo: que o cheiro dessa cidade é o cheiro do mangue!!!!"
Em Busca de Vingança
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Aftermath
Direção: Elliot Lester
Ano: 2017
Aftermath na tradução significa: Resultado, consequência.
Roman Melnyk, trabalhador na construção civil estava tendo um dia super agradável. Sua esposa e sua filha que carregava a sua primeira netinha estavam regressando para o lar, mas o inesperado acontece e, ele recebe a notícia mais devastadora de sua vida. Dois aviões se chocaram em pleno ar e a chance de sobreviventes é zero.
Inspirado em fatos reais, eis aqui o maior drama até agora feito pelo grandioso Arnold Schwarzenegger em sua maior atuação, sem exageros. Aqui, o ator que outrora já foi o maior ator de ação nos anos 80/90 e o grande hepta campeão Mr. Olympia despe-se e mostra a sua alma em um personagem comum, sofrido e vulnerável. Após apresentar a parte de Roman, somos apresentado a Jacob, pai, esposo e controlador de voo, que por falhas técnica no local de trabalho, comete um erro não intencional que acaba provocando o inesperado. Agora a vida de Roman e Jacob é que estão em uma rota de colisão. Ambos irão enfrentar suas dores do seu jeito, conforme o tempo vai passando, mas a linha entre eles dois está prestes a se cruzar. Dirigido por Elliot Lester "Aftermath" é um filme bastante forte emocionalmente misturado com uma prolongada tensão em sua trama. A primeira parte do filme é profundamente dramática onde observamos muito bem e sentimos as dores de ambos os personagens. O filme é tratado de maneira crua, madura e realista e, para suportar tudo isso basta - "be patient" - ser paciente. Esta é uma palavra bastante importante, tanto no filme quanto para quem está assistindo, pois é isso que ele quer passar também, já que é um filme de narração lenta para que possa ser digerido cada palavra, cena e atuação. Sentir a devastação dos efeitos provocados pela culpa e pelo luto. Infelizmente no terceiro ato, o filme deixa a desejar, pois o seu desfecho é abrupto, rápido. Não digo que o final é insatisfatório, não é isso. É o clímax, o momento tão esperado. Tudo acontece rápido neste momento. O filme tinha potencial para ser muito mais. Para ser um grande filme faltou "paciência" para o diretor saber conduzir estes momentos. No mais, volto a dizer: é um excelente filme que mostra que Schwarzenegger não foi um ator somente de caras, bocas e de poucas palavras. Mas não é somente Arnie que merece todos os aplausos. Scoot McNairy que interpretou o Jacob também merece todos os reconhecimentos. Ambos os personagens são de suma importância para o peso da trama.