Não sei porque ainda vou atrás do hype de filmes da DC. Uma porcaria atrás de outra. E o pior é que, por eu ser homem, fico até com medo de criticar pois "é um filme feminista", "não tenho lugar de fala" e "ver mulher batendo em homem é ótimo". Concordo com todas essas frases que li pelos comentários aqui, mas, infelizmente, o filme é uma bosta. Fui assistir com minha namorada (uma mulher sensacional, com mestrado em literatura e atuante em grupos feministas) e repetirei uma frase que ela me disse após o filme: "Eu, como mulher, fico envergonhada em ver muitas mulheres se contentando com um lixo desses. É um roteiro raso e propositalmente feito para cativar menininhas de pensamento pequeno". É isso. Agora, sobre o filme:
o roteiro é patético; as cenas de luta são terrivelmente coreografadas, em que pessoas simplesmente desmaiam com tapas na cara e celulares na testa; os flashbacks são confusos; os conflitos são facilmente resolvidos (a luta final do grupo contra um EXÉRCITO termina em 5 minutos, sem ninguém se ferir, e em tom de brincadeira); personagens clássicos, que eu queria muito ver representados no cinema, como Canário Negro e Zsasz, são mal introduzidos (Canário Negro que, inclusive, solta seu famoso grito supersônico sem nenhum tipo de menção ao superpoder durante o filme inteiro, contrariando completamente a diegese da narrativa);
sem falar em atuações bem pastelonas de Ewan McGregor e da própria Margot Robbie. Porém, Jurnee Smollett-Bell e Mary Elisabeth Winstead (que é sempre maravilhosa, diga-se de passagem) se salvam. Dá a impressão que a diretora ficou na dúvida se fazia um filme mais adulto e sombrio ou uma comédia colorida e juvenil, errou a mão e não fez nem uma coisa nem outra. Uma pena, queria muito ter gostado.
Clichêzão porém super divertido. Clichê, sendo bem feito, não tem problema nenhum. Sem falar que juntar a sensacional Audrey Tautou e o não menos sensacional Gad Elmaleh é uma sacada de gênio.
Filme caótico, barulhento e estressante, mas não necessariamente como algo ruim. A proposta era essa: demonstrar a vida bagunçada de um cara perdido na vida, que só faz escolhas erradas. É um filme excelente, com Adam Sandler mostrando do que é capaz. Só quem já assistiu filmes como "Embriagado de Amor", "Reine sobre Mim" e "Os Meyerowitz: família não se escolhe" sabe que o cara é um puta ator.
Já é um clássico. Obra-prima contemporânea. São tantos comentários acerca desse filme que essa postagem ficaria gigante se eu fosse falar tudo. Então eu vou preferir trocar uma ideia com meus amigos e só deixar um conselho aqui: assistam de mente aberta. E se divirtam, porque esse filme me fez rir e chorar em escalas que eu não estava acostumado. Té mais!
Que filme sensacional. Comédia da melhor qualidade. Comédia boa é aquela que abre espaço pra reflexões, que toca em assuntos que ninguém costuma tocar, ou que pega um tema clichê e dá uma nova ótica a ele. Em Banho de Vida, absorvemos todos os dramas pessoais dos personagens, porque o roteiro nos insere em suas vidas vagarosamente, com calma, sem alarde, tanto que, a primeira hora de filme é bem lenta. Mas aí você vai recebendo tapas e mais tapas na cara. Permeado por temas como depressão, solidão, alcoolismo, fracasso, falência, ressentimento e, principalmente, heteronormatividade e masculinidade tóxica, o filme demonstra o real retrato da (verdadeira) amizade. Acredito que nunca tive amigos que não me colocassem pra baixo com comentários e brincadeirinhas ou que me apoiassem quando mais precisei. Hoje em dia percebo isso, e prefiro ficar sozinho a me contentar com meias amizades.
As atuações dos protagonistas me surpreenderam positivamente. É um ótimo filme sobre relações humanas, ressentimento e (por que não?) amor. Contudo, comparado com o resto de sua verborrágica filmografia, achei o pior do Baumbach, o que me fez não dar 5 estrelas. Mas vale a pena assistir.
Duas atuações sensacionais de Pryce e Hopkins e belíssima direção de Fernando Meirelles. Vale a pena assistir, mesmo não sendo católico ou religioso, como eu. É uma narrativa sobre fé (não apenas em Deus), solidão, arrependimento e amizade entre duas pessoas tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. Filme cativante, com ótimos diálogos e bem construído.
Sinceramente, às vezes sinto raiva de gente que não tem o mínimo de capacidade de interpretação. Muitos comentários aqui dizendo "pensei que fosse comédia". Mas é comédia! É um humor pesado e ácido, com excelentes críticas à guerra, às relações humanas, à burguesia, à hipocrisia e ao egoísmo, que pouca gente entendeu. Nem toda comédia vai ser mastigadinha e de fácil compreensão como As Branquelas e Vai que Cola. E olha que Catfight tem boas doses de humor pastelão (o que não é ruim, também adoro um pastelão de vez em quando) e um nível acima do tom de violência gratuita (único motivo que me fez não dar 5 estrelas). As atuações são surpreendentes e o roteiro acerta em cheio com cenas hilárias e desconcertantes
Apesar de ter achado a atuação do Casey Affleck (vencedora do Oscar!) bem mediana, é um excelente filme. Foi possível perceber a melancolia e o eterno luto em quase todas as cenas; muitos diálogos são impagáveis
Gostei bastante. Não é impecável, mas emociona e traz uma narrativa incomum: uma mão tentando reencontrar sua contraparte. Não seria essa uma metáfora? Todos queremos encontrar nossa contraparte, inclusive o protagonista,
tais como ser pianista, carpinteiro, ou mesmo ser capaz de capturar moscas), carregando a culpa pela morte dos pais e convivendo com uma "família" adotiva de merda,
é óbvio que o menino seria um perturbado. Achei o final bem interessante também, pois sugere uma coisa e entrega outra. Sem falar na animação que é de uma beleza primorosa. Enfim, vale a pena assistir.
Eu não gosto desse tipo de comentário e jurei nunca fazê-lo, mas aí vai: "quem não gostou é por que não viu direito". É longo? Sim. Pode ser cansativo? Demais. Então sugiro fazer o que eu fiz: reserva um dia, um domingão de tédio, senta a bunda no sofá e vai assistindo, comendo batatinha e tomando suco. Eu consegui ir direto, sem pausar, por que já tô calejado e acostumado a filmes longos. Para os iniciantes, acostumados com Transformers e super-heróis, afim de bomba, ação e piadinha o tempo inteiro, tentem abrir a cabeça só um pouco. Reparem nos dilemas morais de cada personagem, no desenvolvimento da trama, nos diálogos aparentemente inocentes mas que trazem uma tensão absurda a cada cena; prestem atenção nos enquadramentos, nas cenas de silêncio perturbador, na verdadeira epopeia homérica (leiam a Odisseia, aliás hahahaha nada a ver com o comentário, é só uma recomendação mesmo) que o trio de protagonistas passa, que vai da loucura do poder à decadência solitária. Algumas pessoas reclamaram da atuação de DeNiro, Pesci e Pacino, mas raramente vi algo tão visceral, no sentido de que eles praticamente NÃO atuam, e isso é excelente. Você não vê maneirismos exagerados, olhares que tentam passar emoções falsas, nem gritos para chamar a atenção. Os personagens são assustadoramente reais, plausíveis, naturais. Parece que não são atores, são apenas pessoas que existem na vida real. Scorsese dá um puta show de direção. Prestem atenção nos movimentos de câmera, principalmente nos diálogos nas lanchonetes. Pra quem já curte e estuda cinema como eu, vai entender do que eu tô falando. Enfim, é um filme magistral, que perdurará como clássico daqui para a eternidade, certeza absoluta disso. P.s: Se tiver achando difícil de assistir, vai fazendo como se fosse uma série. Vê meia hora, pausa e volta depois. Os últimos 40 minutos vão fazer valer muito a pena.
Acho que é um dos melhores filmes natalinos já feito. É cativante, divertido, emocionante e tecnicamente belo, com uma animação impecável. Vale muito a pena assistir. Vi gente dizendo que, apesar de tudo, é clichê. Não achei clichê, pelo contrário. Achei extremamente inovador e genial contar a "origem" do mito do Papai Noel, demonstrando que toda a magia em torno da lenda surgiu devido à imaginação das crianças. O Papai Noel torna-se muito mais realista e plausível, o que torna a história melhor. Se você parar pra pensar que
a tradição de esperar o Papai Noel (na narrativa do filme, claro) originou-se de ideias interesseiras de um carteiro mimado,
percebe que os roteiristas pegaram a magia do Natal e a rechearam do tradicional egoísmo humano. E, afinal, o que é realizado pela humanidade sem ser motivada pelo bom e velho egoísmo? A redenção do protagonista e o final feliz é previsível, porém compreensível. Vocês queriam o quê? É um filme de Natal, de animação, livre para todos os públicos e produzido pela Netflix; não tem como o final ser diferente.
Zack Galifianakis me faz rir até sem querer. Vocês são muito chatos, a nota do Filmow deveria ser bem maior. É um filme divertido, espirituoso e que, mesmo que sutilmente, critica a falta de criatividade e babação patética que Hollywood enfrenta já há um bom tempo. Claro que não chega aos pés da série original (vale a pena conferir no youtube), mas é apenas uma singela homenagem. Fãs de séries (boas) de comédia, como Community, Parks and Recreation, 30 Rock, Brooklyn 99, The Office (o britânico é melhor siiiiim!), The IT Crowd e etc provavelmente vão curtir. Agora se você gosta desse humor bobo e deprimente de Friends, The Big Bang Theory ou HIMYM, realmente vai ser difícil gostar.
Então, depois de anos vendo esse filme disponível na Netflix e adiando apertar o play, hoje, numa madrugada de insônia, eu assisti. Meio que me decepcionei. É um filme bom, mas não lambe as botas do que Frida representava (e ainda representa) para o mundo da arte, para o feminismo, para os direitos humanos, para o México, América Latina, enfim, para o mundo. Artisticamente falando, agrada, tendo algumas sacadas bem legais, principalmente as animaçõezinhas e as transições obra/cena. Alfred Molina encarna belissimamente o (bem canalha) Diego; e claro, Selma Hayek entrega uma atuação visceral e comovente, digna da indicação ao Oscar que recebeu. Ainda assim, o roteiro, a meu ver, peca bastante. São duas horas de filme, nas quais a obra, importância, personalidade e apaixonante loucura de Frida são deixados em segundo plano, em detrimento de um relacionamento meia-boca. Transformaram um filme que tinha tudo para ser uma puta biografia numa comédia romântica de mau gosto. Sem falar que a protagonista sustenta o filme todo, mas com bastante dificuldade, tendo em vista que os personagens coadjuvantes são terrivelmente explorados, demonstrando intenções e motivações mal trabalhadas. Os pais de Frida poderiam ser mais atuantes, a relação dela com a ex-esposa de Diego poderia ser mais efusiva e impactante, etc etc. Além de tudo, algumas cenas são pobremente trabalhadas, aparentemente por falta de tempo ou recursos. Vi algumas pessoas elogiando, mas, sinceramente, achei a cena do acidente uma das piores que já vi. Suja, confusa e mal editada, de modo que só compreendi o que tinha acontecido (verdadeiramente) porque já conhecia as circunstâncias do acidente de Frida. Alguns cortes, aliás, são bem mal feitos também; reparei em três ou quatro erros bobos de continuidade. É isso. Me empolguei aqui e acredito que ninguém vai ler tudo. Mas resumindo, vale a pena assistir, só não é excelente como tinha tudo pra ser.
Sério que vocês gostaram? Achei tudo muito clichê, batido e superficial. O drama do protagonista é pífio se comparado ao da mãe, e, ao mesmo tempo, o roteiro insiste em colocá-lo em evidência, desperdiçando uma história incrível e uma atuação brilhante de Molly Shannon. São inúmeros os filmes com temática LGBT que tratam de forma muito mais elaborada a problemática; achei que teria muito mais piada e ironia, já que o protagonista é um roteirista de programas de comédia (foi isso que me chamou a atenção ao ler a sinopse do filme). Enfim, fui com muita sede ao pote e me decepcionei com uma história que pretende ser triste e impactante, mas que não ultrapassa os limites do previsível. Pena.
Não sei se assisti direito, se tava com sono ou sem saco e por isso não captei as pequenas nuances no roteiro, mas não achei isso tudo que falam não. É um filme, no máximo, mediano. Sinceramente, achei a personagem de Amy Adams meio perdida, não entendi se o ex-marido é real ou não, se ela tá paranoica, endoidando ou sei lá o quê. Me deu a impressão que existiam dois filmes em um só; quando a história do assassinato da esposa e filha do cara tava ficando empolgante, cortava pra Amy Adams na banheira. Fiquei também com a sensação de que o filme se acha pretensiosamente genial, porém em nenhum momento entrega tal genialidade. Alguns personagens são simplesmente jogados, com histórias e motivações pessoais pessimamente desenvolvidas (como o xerife lá que ajuda o protagonista(?)). Tem tantas cenas sem sentido e bagunçadas que me deu dor de cabeça. Mas enfim, 3 estrelas por ter uma parte técnica impecável e atuações bem convincentes, principalmente de Amy Adams (o fato de não ter gostado da personagem dela não quer dizer que a culpa seja dela).
Sinceramente, foi melhor do que achei que seria. Dei umas risadas e curti as referências à religião, antissemitismo, racismo e etc. Nada muito genial ou original, mas também não é o lixo que vi muita gente comentando. Vale a pena assistir num dia de tédio, com a cabeça aberta para um humor escrachado.
O roteiro em si não tem nada de mais, nada especial, revolucionário ou emocionante. Porém vale a pena assistir só pelo primor da técnica. Que coisa sensacional. Show de efeitos e direção. Sandra Bullock também não está nada mal. Parece aquelas pinturas renascentistas que não retratavam nada especial mas impressionavam pela beleza.
Que filme. Queria que a comédia fosse respeitada e elevada ao sublime, como ela merece. É um turbilhão de sentimentos e representatividade, sem deixar de lado a leveza, o riso, a crítica e a beleza compatível a todo grande filme. Eddie Murphy (é)está sensacional, bem como o elenco de coadjuvantes. Craig Robinson, Da'vine Joy Randolph, o incrível Keegan-Michael Key e o hilário Tituss Burgess (para quem não o conhece, recomendo Unbreakable Kimmy Schmidt) mantém o nível de atuação lá em cima, fazendo com que Wesley Snipes, infelizmente, destoe de todo o resto. Quando acabou, fiquei com vontade de dar play novamente, mas tinha que trabalhar no outro dia e já eram 3 da manhã. Só assistam galera.
É um puta filme. Me surpreendeu em todos os aspectos. Muita gente aqui revoltada por ter visto algumas pessoas na plateia rindo de situações terríveis ou extremamente tristes. Acontece gente. As pessoas tendem a dissociar o riso do medo ou da infelicidade, quando na verdade são sentimentos interligados que dependem um do outro. O filme é genial ao mesclar a ideia de comédia/tragédia, mostrando que cada um de nós tem um pouco das duas em nossas vidas. Há cenas de um dualismo impressionante,
como no momento em que o anão testemunha o assassinato do cara e não consegue abrir o trinco da porta; ou Arthur metendo a cara na porta de vidro logo após ser interrogado pela polícia no hospital
. Os personagens coadjuvantes dão um brilho a mais à atuação de Joaquin Phoenix (que está realmente incrível, apesar de demorar pra engatar no começo. Demorei para absorver como natural aqueles ataques de riso dele, mas dou um desconto principalmente pelo trabalho de corpo e pelos quilos que ele teve que perder). Zazie Beetz e De Niro (este último dispensa comentários né?) formam uma química ótima com Phoenix. O Coringa é um indivíduo cheio de transtornos digno de pena, e é por isso que nos identificamos com ele. P.S: Só não gostei da linha temporal que não faz muito sentido, já que o Batman ainda é um menino no filme. Mas isso dá pra relevar pelo conjunto da obra.
Bacurau é simplesmente sensacional. Sou pernambucano em primeiro lugar, nordestino em segundo e brasileiro por último, e todos meus alter-egos sentiram-se representados por essa obra prima. É sensível e cativante, ao retratar a vida dura do sertão. É magistral e gigante ao conduzir um faroeste em todas as suas nuances
(forasteiros, "xerife" da cidade, prefeito corrupto, matança generalizada e um guerreiro salvador excêntrico). É crítico e inteligente ao alfinetar a atual conjuntura brasileira, de separação, distanciamento e preconceito do Brasil Sul com Brasil Norte-Nordeste
. Para vocês, sudestinos e sulistas que talvez estejam lendo esse comentário, não é exagero dizer que nós daqui muitas vezes fomos subjugados e depreciados por "alguns" de vocês em algum momento de nossas vidas, mas seguimos de pé e mantendo o orgulho. Mas enfim, pode-se dizer que Bacurau é uma distopia western, nos trazendo um Brasil do futuro, regado de problemas do passado. E por fim, que atuações de Sônia Braga e Silvero Pereira. É de aplaudir de pé. P.S: Deixem de complexo de vira-lata. Na vida real, americanos nos tratam como animais e a simbologia do filme é certeira. Tá na hora de acabar com essa bosta.
Comédia pastelão/besterol também tem seu valor. Nem todo filme tem que ser uma obra-prima iraniana ou francesa vencedora de festivais, com jogos de câmera, luz e sombra e paleta de cores deslumbrante. Deixem de ser chatos e gargalhem com esse clássico maravilhoso. McLovin vive!
Essa nota baixíssima aqui no Filmow realmente me surpreendeu. Assisti o filme ontem, depois de um dia exaustivo de trabalho e consegui relaxar, bem como dar umas boas risadas. Nem todo filme tem que ser uma obra-prima ou um marco para o cinema mundial. Este cumpre o papel ao qual se propôs, ou seja, distrair e divertir, abusando de cenas constrangedoras que são a especialidade de Ben Stiller.
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KNão sei porque ainda vou atrás do hype de filmes da DC. Uma porcaria atrás de outra. E o pior é que, por eu ser homem, fico até com medo de criticar pois "é um filme feminista", "não tenho lugar de fala" e "ver mulher batendo em homem é ótimo". Concordo com todas essas frases que li pelos comentários aqui, mas, infelizmente, o filme é uma bosta. Fui assistir com minha namorada (uma mulher sensacional, com mestrado em literatura e atuante em grupos feministas) e repetirei uma frase que ela me disse após o filme: "Eu, como mulher, fico envergonhada em ver muitas mulheres se contentando com um lixo desses. É um roteiro raso e propositalmente feito para cativar menininhas de pensamento pequeno". É isso.
Agora, sobre o filme:
o roteiro é patético; as cenas de luta são terrivelmente coreografadas, em que pessoas simplesmente desmaiam com tapas na cara e celulares na testa; os flashbacks são confusos; os conflitos são facilmente resolvidos (a luta final do grupo contra um EXÉRCITO termina em 5 minutos, sem ninguém se ferir, e em tom de brincadeira); personagens clássicos, que eu queria muito ver representados no cinema, como Canário Negro e Zsasz, são mal introduzidos (Canário Negro que, inclusive, solta seu famoso grito supersônico sem nenhum tipo de menção ao superpoder durante o filme inteiro, contrariando completamente a diegese da narrativa);
Dá a impressão que a diretora ficou na dúvida se fazia um filme mais adulto e sombrio ou uma comédia colorida e juvenil, errou a mão e não fez nem uma coisa nem outra. Uma pena, queria muito ter gostado.
Amar... Não Tem Preço
3.5 184 Assista AgoraClichêzão porém super divertido. Clichê, sendo bem feito, não tem problema nenhum. Sem falar que juntar a sensacional Audrey Tautou e o não menos sensacional Gad Elmaleh é uma sacada de gênio.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraFilme caótico, barulhento e estressante, mas não necessariamente como algo ruim. A proposta era essa: demonstrar a vida bagunçada de um cara perdido na vida, que só faz escolhas erradas. É um filme excelente, com Adam Sandler mostrando do que é capaz. Só quem já assistiu filmes como "Embriagado de Amor", "Reine sobre Mim" e "Os Meyerowitz: família não se escolhe" sabe que o cara é um puta ator.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraJá é um clássico. Obra-prima contemporânea. São tantos comentários acerca desse filme que essa postagem ficaria gigante se eu fosse falar tudo. Então eu vou preferir trocar uma ideia com meus amigos e só deixar um conselho aqui: assistam de mente aberta. E se divirtam, porque esse filme me fez rir e chorar em escalas que eu não estava acostumado. Té mais!
Um Banho de Vida
3.9 114Que filme sensacional. Comédia da melhor qualidade. Comédia boa é aquela que abre espaço pra reflexões, que toca em assuntos que ninguém costuma tocar, ou que pega um tema clichê e dá uma nova ótica a ele. Em Banho de Vida, absorvemos todos os dramas pessoais dos personagens, porque o roteiro nos insere em suas vidas vagarosamente, com calma, sem alarde, tanto que, a primeira hora de filme é bem lenta. Mas aí você vai recebendo tapas e mais tapas na cara. Permeado por temas como depressão, solidão, alcoolismo, fracasso, falência, ressentimento e, principalmente, heteronormatividade e masculinidade tóxica, o filme demonstra o real retrato da (verdadeira) amizade. Acredito que nunca tive amigos que não me colocassem pra baixo com comentários e brincadeirinhas ou que me apoiassem quando mais precisei. Hoje em dia percebo isso, e prefiro ficar sozinho a me contentar com meias amizades.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraAs atuações dos protagonistas me surpreenderam positivamente. É um ótimo filme sobre relações humanas, ressentimento e (por que não?) amor. Contudo, comparado com o resto de sua verborrágica filmografia, achei o pior do Baumbach, o que me fez não dar 5 estrelas. Mas vale a pena assistir.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraDuas atuações sensacionais de Pryce e Hopkins e belíssima direção de Fernando Meirelles. Vale a pena assistir, mesmo não sendo católico ou religioso, como eu. É uma narrativa sobre fé (não apenas em Deus), solidão, arrependimento e amizade entre duas pessoas tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. Filme cativante, com ótimos diálogos e bem construído.
Catfight
3.1 131 Assista AgoraSinceramente, às vezes sinto raiva de gente que não tem o mínimo de capacidade de interpretação. Muitos comentários aqui dizendo "pensei que fosse comédia". Mas é comédia! É um humor pesado e ácido, com excelentes críticas à guerra, às relações humanas, à burguesia, à hipocrisia e ao egoísmo, que pouca gente entendeu. Nem toda comédia vai ser mastigadinha e de fácil compreensão como As Branquelas e Vai que Cola. E olha que Catfight tem boas doses de humor pastelão (o que não é ruim, também adoro um pastelão de vez em quando) e um nível acima do tom de violência gratuita (único motivo que me fez não dar 5 estrelas). As atuações são surpreendentes e o roteiro acerta em cheio com cenas hilárias e desconcertantes
(rachei com o médico dando a notícia do coma e correndo pro banheiro com diarreia)
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraApesar de ter achado a atuação do Casey Affleck (vencedora do Oscar!) bem mediana, é um excelente filme. Foi possível perceber a melancolia e o eterno luto em quase todas as cenas; muitos diálogos são impagáveis
(o roteiro acerta em cenas aparentemente despretensiosas, como o momento em que o irmão descobre sobre sua doença. "O que é uma doença boa?")
Perdi Meu Corpo
3.8 351 Assista AgoraGostei bastante. Não é impecável, mas emociona e traz uma narrativa incomum: uma mão tentando reencontrar sua contraparte. Não seria essa uma metáfora? Todos queremos encontrar nossa contraparte, inclusive o protagonista,
que (assustadoramente, diga-se de passagem) persegue a moça.
tais como ser pianista, carpinteiro, ou mesmo ser capaz de capturar moscas), carregando a culpa pela morte dos pais e convivendo com uma "família" adotiva de merda,
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraEu não gosto desse tipo de comentário e jurei nunca fazê-lo, mas aí vai: "quem não gostou é por que não viu direito". É longo? Sim. Pode ser cansativo? Demais. Então sugiro fazer o que eu fiz: reserva um dia, um domingão de tédio, senta a bunda no sofá e vai assistindo, comendo batatinha e tomando suco. Eu consegui ir direto, sem pausar, por que já tô calejado e acostumado a filmes longos. Para os iniciantes, acostumados com Transformers e super-heróis, afim de bomba, ação e piadinha o tempo inteiro, tentem abrir a cabeça só um pouco.
Reparem nos dilemas morais de cada personagem, no desenvolvimento da trama, nos diálogos aparentemente inocentes mas que trazem uma tensão absurda a cada cena; prestem atenção nos enquadramentos, nas cenas de silêncio perturbador, na verdadeira epopeia homérica (leiam a Odisseia, aliás hahahaha nada a ver com o comentário, é só uma recomendação mesmo) que o trio de protagonistas passa, que vai da loucura do poder à decadência solitária.
Algumas pessoas reclamaram da atuação de DeNiro, Pesci e Pacino, mas raramente vi algo tão visceral, no sentido de que eles praticamente NÃO atuam, e isso é excelente. Você não vê maneirismos exagerados, olhares que tentam passar emoções falsas, nem gritos para chamar a atenção. Os personagens são assustadoramente reais, plausíveis, naturais. Parece que não são atores, são apenas pessoas que existem na vida real.
Scorsese dá um puta show de direção. Prestem atenção nos movimentos de câmera, principalmente nos diálogos nas lanchonetes. Pra quem já curte e estuda cinema como eu, vai entender do que eu tô falando.
Enfim, é um filme magistral, que perdurará como clássico daqui para a eternidade, certeza absoluta disso.
P.s: Se tiver achando difícil de assistir, vai fazendo como se fosse uma série. Vê meia hora, pausa e volta depois. Os últimos 40 minutos vão fazer valer muito a pena.
Zeitgeist: The Movie
3.8 311 Assista AgoraÉ, no máximo, divertido. Tanta especulação, fofoca e informação distorcida que me fez rir. E olha que eu sou ateu.
Klaus
4.3 610 Assista AgoraAcho que é um dos melhores filmes natalinos já feito. É cativante, divertido, emocionante e tecnicamente belo, com uma animação impecável. Vale muito a pena assistir. Vi gente dizendo que, apesar de tudo, é clichê. Não achei clichê, pelo contrário. Achei extremamente inovador e genial contar a "origem" do mito do Papai Noel, demonstrando que toda a magia em torno da lenda surgiu devido à imaginação das crianças. O Papai Noel torna-se muito mais realista e plausível, o que torna a história melhor. Se você parar pra pensar que
a tradição de esperar o Papai Noel (na narrativa do filme, claro) originou-se de ideias interesseiras de um carteiro mimado,
A redenção do protagonista e o final feliz é previsível, porém compreensível. Vocês queriam o quê? É um filme de Natal, de animação, livre para todos os públicos e produzido pela Netflix; não tem como o final ser diferente.
Between Two Ferns: O Filme
3.1 74Zack Galifianakis me faz rir até sem querer. Vocês são muito chatos, a nota do Filmow deveria ser bem maior. É um filme divertido, espirituoso e que, mesmo que sutilmente, critica a falta de criatividade e babação patética que Hollywood enfrenta já há um bom tempo. Claro que não chega aos pés da série original (vale a pena conferir no youtube), mas é apenas uma singela homenagem. Fãs de séries (boas) de comédia, como Community, Parks and Recreation, 30 Rock, Brooklyn 99, The Office (o britânico é melhor siiiiim!), The IT Crowd e etc provavelmente vão curtir. Agora se você gosta desse humor bobo e deprimente de Friends, The Big Bang Theory ou HIMYM, realmente vai ser difícil gostar.
Frida
4.1 1,2K Assista AgoraEntão, depois de anos vendo esse filme disponível na Netflix e adiando apertar o play, hoje, numa madrugada de insônia, eu assisti. Meio que me decepcionei. É um filme bom, mas não lambe as botas do que Frida representava (e ainda representa) para o mundo da arte, para o feminismo, para os direitos humanos, para o México, América Latina, enfim, para o mundo. Artisticamente falando, agrada, tendo algumas sacadas bem legais, principalmente as animaçõezinhas e as transições obra/cena. Alfred Molina encarna belissimamente o (bem canalha) Diego; e claro, Selma Hayek entrega uma atuação visceral e comovente, digna da indicação ao Oscar que recebeu.
Ainda assim, o roteiro, a meu ver, peca bastante. São duas horas de filme, nas quais a obra, importância, personalidade e apaixonante loucura de Frida são deixados em segundo plano, em detrimento de um relacionamento meia-boca. Transformaram um filme que tinha tudo para ser uma puta biografia numa comédia romântica de mau gosto.
Sem falar que a protagonista sustenta o filme todo, mas com bastante dificuldade, tendo em vista que os personagens coadjuvantes são terrivelmente explorados, demonstrando intenções e motivações mal trabalhadas. Os pais de Frida poderiam ser mais atuantes, a relação dela com a ex-esposa de Diego poderia ser mais efusiva e impactante, etc etc.
Além de tudo, algumas cenas são pobremente trabalhadas, aparentemente por falta de tempo ou recursos. Vi algumas pessoas elogiando, mas, sinceramente, achei a cena do acidente uma das piores que já vi. Suja, confusa e mal editada, de modo que só compreendi o que tinha acontecido (verdadeiramente) porque já conhecia as circunstâncias do acidente de Frida. Alguns cortes, aliás, são bem mal feitos também; reparei em três ou quatro erros bobos de continuidade.
É isso. Me empolguei aqui e acredito que ninguém vai ler tudo. Mas resumindo, vale a pena assistir, só não é excelente como tinha tudo pra ser.
Outras Pessoas
3.7 116Sério que vocês gostaram? Achei tudo muito clichê, batido e superficial. O drama do protagonista é pífio se comparado ao da mãe, e, ao mesmo tempo, o roteiro insiste em colocá-lo em evidência, desperdiçando uma história incrível e uma atuação brilhante de Molly Shannon. São inúmeros os filmes com temática LGBT que tratam de forma muito mais elaborada a problemática; achei que teria muito mais piada e ironia, já que o protagonista é um roteirista de programas de comédia (foi isso que me chamou a atenção ao ler a sinopse do filme).
Enfim, fui com muita sede ao pote e me decepcionei com uma história que pretende ser triste e impactante, mas que não ultrapassa os limites do previsível. Pena.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraNão sei se assisti direito, se tava com sono ou sem saco e por isso não captei as pequenas nuances no roteiro, mas não achei isso tudo que falam não. É um filme, no máximo, mediano.
Sinceramente, achei a personagem de Amy Adams meio perdida, não entendi se o ex-marido é real ou não, se ela tá paranoica, endoidando ou sei lá o quê. Me deu a impressão que existiam dois filmes em um só; quando a história do assassinato da esposa e filha do cara tava ficando empolgante, cortava pra Amy Adams na banheira.
Fiquei também com a sensação de que o filme se acha pretensiosamente genial, porém em nenhum momento entrega tal genialidade. Alguns personagens são simplesmente jogados, com histórias e motivações pessoais pessimamente desenvolvidas (como o xerife lá que ajuda o protagonista(?)).
Tem tantas cenas sem sentido e bagunçadas que me deu dor de cabeça.
Mas enfim, 3 estrelas por ter uma parte técnica impecável e atuações bem convincentes, principalmente de Amy Adams (o fato de não ter gostado da personagem dela não quer dizer que a culpa seja dela).
Festa da Salsicha
2.9 816 Assista AgoraSinceramente, foi melhor do que achei que seria. Dei umas risadas e curti as referências à religião, antissemitismo, racismo e etc. Nada muito genial ou original, mas também não é o lixo que vi muita gente comentando. Vale a pena assistir num dia de tédio, com a cabeça aberta para um humor escrachado.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraO roteiro em si não tem nada de mais, nada especial, revolucionário ou emocionante. Porém vale a pena assistir só pelo primor da técnica. Que coisa sensacional. Show de efeitos e direção. Sandra Bullock também não está nada mal.
Parece aquelas pinturas renascentistas que não retratavam nada especial mas impressionavam pela beleza.
Meu Nome é Dolemite
3.8 361 Assista AgoraQue filme. Queria que a comédia fosse respeitada e elevada ao sublime, como ela merece. É um turbilhão de sentimentos e representatividade, sem deixar de lado a leveza, o riso, a crítica e a beleza compatível a todo grande filme. Eddie Murphy (é)está sensacional, bem como o elenco de coadjuvantes. Craig Robinson, Da'vine Joy Randolph, o incrível Keegan-Michael Key e o hilário Tituss Burgess (para quem não o conhece, recomendo Unbreakable Kimmy Schmidt) mantém o nível de atuação lá em cima, fazendo com que Wesley Snipes, infelizmente, destoe de todo o resto.
Quando acabou, fiquei com vontade de dar play novamente, mas tinha que trabalhar no outro dia e já eram 3 da manhã. Só assistam galera.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraÉ um puta filme. Me surpreendeu em todos os aspectos. Muita gente aqui revoltada por ter visto algumas pessoas na plateia rindo de situações terríveis ou extremamente tristes. Acontece gente. As pessoas tendem a dissociar o riso do medo ou da infelicidade, quando na verdade são sentimentos interligados que dependem um do outro.
O filme é genial ao mesclar a ideia de comédia/tragédia, mostrando que cada um de nós tem um pouco das duas em nossas vidas. Há cenas de um dualismo impressionante,
como no momento em que o anão testemunha o assassinato do cara e não consegue abrir o trinco da porta; ou Arthur metendo a cara na porta de vidro logo após ser interrogado pela polícia no hospital
Os personagens coadjuvantes dão um brilho a mais à atuação de Joaquin Phoenix (que está realmente incrível, apesar de demorar pra engatar no começo. Demorei para absorver como natural aqueles ataques de riso dele, mas dou um desconto principalmente pelo trabalho de corpo e pelos quilos que ele teve que perder). Zazie Beetz e De Niro (este último dispensa comentários né?) formam uma química ótima com Phoenix. O Coringa é um indivíduo cheio de transtornos digno de pena, e é por isso que nos identificamos com ele.
P.S: Só não gostei da linha temporal que não faz muito sentido, já que o Batman ainda é um menino no filme. Mas isso dá pra relevar pelo conjunto da obra.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraBacurau é simplesmente sensacional. Sou pernambucano em primeiro lugar, nordestino em segundo e brasileiro por último, e todos meus alter-egos sentiram-se representados por essa obra prima. É sensível e cativante, ao retratar a vida dura do sertão. É magistral e gigante ao conduzir um faroeste em todas as suas nuances
(forasteiros, "xerife" da cidade, prefeito corrupto, matança generalizada e um guerreiro salvador excêntrico). É crítico e inteligente ao alfinetar a atual conjuntura brasileira, de separação, distanciamento e preconceito do Brasil Sul com Brasil Norte-Nordeste
P.S: Deixem de complexo de vira-lata. Na vida real, americanos nos tratam como animais e a simbologia do filme é certeira. Tá na hora de acabar com essa bosta.
Superbad: É Hoje
3.6 1,3K Assista AgoraComédia pastelão/besterol também tem seu valor. Nem todo filme tem que ser uma obra-prima iraniana ou francesa vencedora de festivais, com jogos de câmera, luz e sombra e paleta de cores deslumbrante. Deixem de ser chatos e gargalhem com esse clássico maravilhoso. McLovin vive!
Antes Só do que Mal Casado
2.8 712Essa nota baixíssima aqui no Filmow realmente me surpreendeu. Assisti o filme ontem, depois de um dia exaustivo de trabalho e consegui relaxar, bem como dar umas boas risadas. Nem todo filme tem que ser uma obra-prima ou um marco para o cinema mundial. Este cumpre o papel ao qual se propôs, ou seja, distrair e divertir, abusando de cenas constrangedoras que são a especialidade de Ben Stiller.