Um Bergman que envolve mais questões políticas. Que nem é tanto o forte dele, apesar dele ter saído muito bem. Belas imagens, belos quadros, atuações perfeitas. A prova de que Bergman fala de qualquer assunto com um domínio da arte.
A história retrata a visão de uma vítima de serial killer. Não do serial killer. Sem contar o final... Que pode não ter agradado a todos, mas é inegável que está fora dos padrões convencionais. Pouca gente esperava o caminho que a história toma:
O filme é bom justamente pela simplicidade. Parece que algumas pessoas nunca ouviram falar no gênero crônica. Uma das melhores críticas a clásse média(mérdia) Brasileira. Quem já morou em uma rua, onde tem um pessoal da classe média que se acha rico só porque mora em um condomínio com um pouco mais de estrutura, sabe muito bem do que o filme se trata. Quanto ao fato do protagonista ser chato, acho que era justamente a intenção do filme. Retratar um típico cidadão de classe média brasileira. Comum, sem sal, sem emoção, aquele que vive por viver. O "chato" do filme, é proposital. Justamente pra você olhar pra sua vida e do que está fazendo dela. Resumindo: A vida da classe média brasileira é um porre. E a negação do seu espaço e lugar é o que acaba com ela. O fato dela sempre tentar se alocar em posições de uma classe mais alta, faz com que essa negação a torne amórfica. Sem falar nos detalhes que permeiam o mundo dessa gente.
A facilidade em comprar drogas, sem a preocupação de ser morto pela polícia. Onde os grandes problemas que habitam o seio dessa gente são um cachorro que não para de latir, reuniões de condomínios intermináveis, um emprego que o cara detesta e um relacionamento broxante que não dá em nada.
Quem não conseguir perceber o contraste que existe entre essas coisas e o restante do país tem que sair da sua bolha. Estão vivendo uma vida tão merda quanto os personagens desse filme. Achei até melhor que Bacurau. Quem reclamou de tédio vendo o filme, é só voltar a ver os filmes do Van Damme.
Tecnicamente é muito bom. Fotografia, direção, atores, edição... Mas achei frio, não sei se foi a intenção do diretor. Mas não me passou emoção, esperava o contrário. Assim como os personagens, criei falsas expectativas.
Longe da glamourizaçãod e hollywood, serve pras pessoas entenderem que nos EUA, nem tudo são flores. Principalmente pras minorias. Ainda bem que o Cuba Goodin evoluiu na atuação, porque aqui está terrível. Faz sucesso com o publico brasileiro, principalmente pela identificação. Bem próximo da nossa realidade.
Atuações, direção, iluminação.. Tudo isso dispensa comentários.
Bergman definitivamente não é para depressivos. O ato de parar de falar para deixar de se magoar com as pessoas é fonte de vários estudos psicológicos. O silêncio também serve como penitência para atingir aqueles que estão por perto, fica ainda mais atual hoje, onde vivemos em um mundo muito mais barulhento do que aquele da época do filme. Mais que um diretor. Filósofo, psicólogo, existencialista, niilista... O Dostoiévski do cinema.
Tinha tudo pra ser monótono. Mas o bom trabalho da equipe(atores, direção, edição...) e a sacada de alternar os tempos fizeram o filme correr tranquilamente.
A parte musical é o que levanta o filme. Muito pelas músicas dos Beatles.
Mas o filme em si... Bem, tentam falar de muita coisa ao mesmo tempo e acaba passando uma ideia superficial de tudo. Se tentassem ser mais centrado, poderia sair algo melhor.
É impressionante como esse filme consegue fazer com que o personagem principal seja uma cor: Vermelho. Ele está presente em todo filme, em vários momentos importantes. Algo que beira ao surrealismo. Uma cor se transformar em um personagem do filme.
Aqui Bergman trata a morte de uma forma mais implícita. Se em "O Sétimo Selo" ou "Morangos Silvestres" o tema da morte está de forma mais escancarada. Aqui ela oscila, como o título do filme, entre "Gritos e Sussurros".
Estou fazendo uma maratona Bergmaniana, pretendo aos poucos ver todos os filmes do Sueco, que é meu diretor preferido. Comecei com três filmes que já tinha visto antes. "O Sétimo Selo", "Morangos Silvestres' e "Gritos e Sussurros". Apesar de mais fraco que os outros dois, este ultimo ainda é acima da média. Ingmar Bergman é um gênio.
"Levante-se. Agora é espera. E ninguém se importa. E quando a espera acabar, este quarto ainda existirá e continuará guardando sapatos, vestidos, caixas... E talvez um dia outra pessoa á espera. E talvez não. O quarto também não importa."
Uma das grandes definições do que é a vida numa visão niilista. Um dia não estaremos mais aqui, e não importa, o ciclo continuará. Com outras pessoas, que provavelmente não se lembrarão mais de você. Ou talvez se lembrem. O quarto já não importará
A edição ajuda bastante, assim como o toque britânico que é totalmente diferente da abordagem estadunidense, que é bem mais melodramática. No fim, acho que eu mesmo criei uma expectativa falsa do filme, de que seria bem mais pé no chão do que foi. Não é um filme ruim, achei um pouco longo demais mas é bem agradável assistir numa tarde de tediosa. Ainda assim... É tudo bonitinho demais, perfeitinho demais... Tanto que ás vezes incomoda.
Totalmente Glauberiano! Tá explicado porque Pasolini era um dos diretores preferidos de Glauber Rocha. Crítica ácida, com um humor negro da melhor qualidade. Alguns comediantes de hoje em dia que reclamam de um pseudo "politicamente correto", quando a única coisa que lhes interessa é destilar todo seu ódio a uma minoria. Juntando com o fato de não conseguirem renovar seu cardápio de piadas, fazendo com que nos sintamos atrasados 50 anos no tempo, deveria assistir esse filme pra saber como fazer sátira com qualidade. Em 69 Pasolini já ensinava como fazer uma crítica humorista que ainda seria válida mais de 50 anos depois.
Um filme para os nostálgicos dos anos 90. Principalmente pra quem sente saudade do cenário musical da época. Como filme, é mais do mesmo, uma comédia romântica como todas as outras.
Vergonha
4.3 118Um Bergman que envolve mais questões políticas. Que nem é tanto o forte dele, apesar dele ter saído muito bem. Belas imagens, belos quadros, atuações perfeitas. A prova de que Bergman fala de qualquer assunto com um domínio da arte.
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista Agora"Cada um faz a musica que acredita."
Luiz Gonzaga Jr
Alpha Dog
3.6 461 Assista AgoraUm dos finais mais anticlímax que já vi na vida.
Até pelo fato do filme ser carregado de humor até esse momento. Mas no geral, bom filme.
Dúvida
3.9 1,0K Assista AgoraAcho que o Philip Seymour Hoffman nunca teve uma má atuação na vida.
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista Agora"O todo precisa ser mais do que a soma das partes."
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraForçado em muitas partes. Mas se quiser se divertir e que a hora passe, vá em frente.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraSem sal. Igual o Ben Stiller.
Obs: Vejam em uma qualidade boa. A fotografia é a melhor coisa do filme.
Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraO filme foge de todos os clichês.
A história retrata a visão de uma vítima de serial killer. Não do serial killer.
Sem contar o final... Que pode não ter agradado a todos, mas é inegável que está fora dos padrões convencionais. Pouca gente esperava o caminho que a história toma:
Que o serial Killer nunca seria pego, morrendo de forma natural.
Que o corpo nunca seria encontrado.
Bem próximo do que muitas vezes acontece no mundo real.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraO filme é bom justamente pela simplicidade. Parece que algumas pessoas nunca ouviram falar no gênero crônica.
Uma das melhores críticas a clásse média(mérdia) Brasileira.
Quem já morou em uma rua, onde tem um pessoal da classe média que se acha rico só porque mora em um condomínio com um pouco mais de estrutura, sabe muito bem do que o filme se trata.
Quanto ao fato do protagonista ser chato, acho que era justamente a intenção do filme. Retratar um típico cidadão de classe média brasileira. Comum, sem sal, sem emoção, aquele que vive por viver.
O "chato" do filme, é proposital. Justamente pra você olhar pra sua vida e do que está fazendo dela. Resumindo: A vida da classe média brasileira é um porre. E a negação do seu espaço e lugar é o que acaba com ela. O fato dela sempre tentar se alocar em posições de uma classe mais alta, faz com que essa negação a torne amórfica.
Sem falar nos detalhes que permeiam o mundo dessa gente.
A facilidade em comprar drogas, sem a preocupação de ser morto pela polícia. Onde os grandes problemas que habitam o seio dessa gente são um cachorro que não para de latir, reuniões de condomínios intermináveis, um emprego que o cara detesta e um relacionamento broxante que não dá em nada.
Quem não conseguir perceber o contraste que existe entre essas coisas e o restante do país tem que sair da sua bolha. Estão vivendo uma vida tão merda quanto os personagens desse filme.
Achei até melhor que Bacurau.
Quem reclamou de tédio vendo o filme, é só voltar a ver os filmes do Van Damme.
Obs: Irandhir Santos, gigante
Amores Imaginários
3.8 1,5KTecnicamente é muito bom. Fotografia, direção, atores, edição...
Mas achei frio, não sei se foi a intenção do diretor. Mas não me passou emoção, esperava o contrário. Assim como os personagens, criei falsas expectativas.
Boyz'n the Hood: Os Donos da Rua
4.0 247 Assista AgoraLonge da glamourizaçãod e hollywood, serve pras pessoas entenderem que nos EUA, nem tudo são flores. Principalmente pras minorias.
Ainda bem que o Cuba Goodin evoluiu na atuação, porque aqui está terrível.
Faz sucesso com o publico brasileiro, principalmente pela identificação. Bem próximo da nossa realidade.
O Babadook
3.5 2,0KMoleque chato da porra, hein..
Filmaço.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraAtuações, direção, iluminação.. Tudo isso dispensa comentários.
Bergman definitivamente não é para depressivos. O ato de parar de falar para deixar de se magoar com as pessoas é fonte de vários estudos psicológicos. O silêncio também serve como penitência para atingir aqueles que estão por perto, fica ainda mais atual hoje, onde vivemos em um mundo muito mais barulhento do que aquele da época do filme. Mais que um diretor. Filósofo, psicólogo, existencialista, niilista... O Dostoiévski do cinema.
Diário de uma Paixão
4.1 2,6K Assista AgoraTinha tudo pra ser monótono. Mas o bom trabalho da equipe(atores, direção, edição...) e a sacada de alternar os tempos fizeram o filme correr tranquilamente.
Across the Universe
4.1 2,2K Assista AgoraA parte musical é o que levanta o filme. Muito pelas músicas dos Beatles.
Mas o filme em si... Bem, tentam falar de muita coisa ao mesmo tempo e acaba passando uma ideia superficial de tudo. Se tentassem ser mais centrado, poderia sair algo melhor.
Gritos e Sussurros
4.3 472É impressionante como esse filme consegue fazer com que o personagem principal seja uma cor: Vermelho. Ele está presente em todo filme, em vários momentos importantes. Algo que beira ao surrealismo. Uma cor se transformar em um personagem do filme.
Aqui Bergman trata a morte de uma forma mais implícita. Se em "O Sétimo Selo" ou "Morangos Silvestres" o tema da morte está de forma mais escancarada. Aqui ela oscila, como o título do filme, entre "Gritos e Sussurros".
Estou fazendo uma maratona Bergmaniana, pretendo aos poucos ver todos os filmes do Sueco, que é meu diretor preferido. Comecei com três filmes que já tinha visto antes. "O Sétimo Selo", "Morangos Silvestres' e "Gritos e Sussurros". Apesar de mais fraco que os outros dois, este ultimo ainda é acima da média. Ingmar Bergman é um gênio.
Veronica Mars: O Filme
3.9 353 Assista AgoraGalera, tô querendo ver a série mas soube que ela não tem um final conclusivo.
O filme encerra o seriado? Vale a pena ver a série mesmo assim?
Sinédoque, Nova York
4.0 477"Levante-se. Agora é espera. E ninguém se importa. E quando a espera acabar, este quarto ainda existirá e continuará guardando sapatos, vestidos, caixas... E talvez um dia outra pessoa á espera. E talvez não. O quarto também não importa."
Uma das grandes definições do que é a vida numa visão niilista. Um dia não estaremos mais aqui, e não importa, o ciclo continuará. Com outras pessoas, que provavelmente não se lembrarão mais de você. Ou talvez se lembrem. O quarto já não importará
A Festa de Babette
4.0 242O final do filme me incomodou, negativamente.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraGeralmente filmes sobre viagens no tempo são clichês.
Isso aconteceria aqui se não fosse dois pequenos pontos.
a morte do pai dele e o acidente com a irmã
A edição ajuda bastante, assim como o toque britânico que é totalmente diferente da abordagem estadunidense, que é bem mais melodramática. No fim, acho que eu mesmo criei uma expectativa falsa do filme, de que seria bem mais pé no chão do que foi.
Não é um filme ruim, achei um pouco longo demais mas é bem agradável assistir numa tarde de tediosa. Ainda assim... É tudo bonitinho demais, perfeitinho demais... Tanto que ás vezes incomoda.
Moça com Brinco de Pérola
3.6 428Johansson mostrando que é muito mais que um rostinho bonito.
Muitos podem ter se surpreendido com a grande atuação em "Histórias de um Casamento", quem viu esse filme certamente não.
Pocilga
3.7 43Totalmente Glauberiano! Tá explicado porque Pasolini era um dos diretores preferidos de Glauber Rocha.
Crítica ácida, com um humor negro da melhor qualidade. Alguns comediantes de hoje em dia que reclamam de um pseudo "politicamente correto", quando a única coisa que lhes interessa é destilar todo seu ódio a uma minoria. Juntando com o fato de não conseguirem renovar seu cardápio de piadas, fazendo com que nos sintamos atrasados 50 anos no tempo, deveria assistir esse filme pra saber como fazer sátira com qualidade. Em 69 Pasolini já ensinava como fazer uma crítica humorista que ainda seria válida mais de 50 anos depois.
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 226Que falta nos faz hoje em dia um Plínio, um Jango, um Brizola...
Vida de Solteiro
3.7 261 Assista AgoraUm filme para os nostálgicos dos anos 90. Principalmente pra quem sente saudade do cenário musical da época.
Como filme, é mais do mesmo, uma comédia romântica como todas as outras.