É basicamente A Menina que Matou* os Pais** versão argentina.
Tem aquela linguagem que mistura simulação do Linha Direta com um filme do canal Lifetime. Meteram uma narrativa não-linear pra enfeitar, mas só piora a experiência.
*Há dúvidas sobre a autoria da menina. ** Quem morreu não foram os pais.
Será que banho-maria é uma adaptação apropriada pro termo 'slow burn' que os gringos usam pra histórias que se desenvolvem lentamente?
Não sei, o que eu sei é que esse filme funcionou nas duas camadas pra mim. Na superfície como um thriller de ficção cientifica minimalista, que transcorre em banho-maria e apoiado numa atuação muito boa da Lily Sullivan.
onde o tijolo preto misterioso é a representação física de um grande remorso, o totem de um sentimento de culpa, e as visões dos afetados são a manifestação do que causa esse sentimento. Klaus sente a culpa por se sentir feliz com a morte do irmão, e é assombrado por ele. O avô sente culpa pela infidelidade e pelo filho que não criou, e é assombrado pela criança. A própria jornalista recebe seu tijolo quando passa a ser dominada pela culpa por ter afetado tão negativamente a vida de Floramae e sua filha.
Mas e o final? Pra mim o final consuma o que estava sendo construído sutilmente durante o filme: nossa protagonista é uma cretina. Ela publicou uma história acusatória sem as devidas provas e não demonstrava muito arrependimento sobre isso. Ela editava as conversas de forma sensacionalista e até gravava e publicava sem autorização, afinal "é melhor pedir desculpas do que permissão".
Ela se sente culpada por um breve momento, mas não pede desculpas a Paula e Floramae, apaga a gravação-confissão que teve com o pai e destrói o seu remorso a marteladas. E dessa destruição surge a sua nova versão (o clone/doppelganger), uma versão mais fria e livre de sentimentalismo, as duas entram em conflito mas apenas uma delas sobrevive.
Enfim, gostei muito da experiência. Lucy Campbell e Matt Vesely definitivamente estarão no meu radar.
A impressão é que seria melhor fazer 2 filmes de aproximadamente 1h50 do que 3 de 1h30, já que esse segundo capítulo consiste em uma enorme BARRIGA. A narrativa é confusa, enfadonha e anticlimática e o foco da história está em dois personagens totalmente sem carisma. Espero que a terceira parte seja melhor.
Eu achei divertido e eficiente, e a trilha sonora meio dissonante deu um ar de esquisitice que me agradou bastante. Manteve a "sobriedade" no que poderia transformar um filme num episódio de Creepshow (não que eu achasse ruim).
Complicado quando a maior qualidade de um filme é te fazer lembrar de filmes melhores com conceitos parecidos. Eu vi aqui umas pitadinhas de Babadook, um pouco de Maligno, um dedinho de Noites Brutais (Barbarian) e até um retrogosto de Telefone Preto. E mesmo sendo tão derivado, não achei assim tãããão ruim.
Os criadores resolveram levar o Ted Talk do JJ Abrams muito ao pé da letra. Eu li alguns comentários falando que "virou lost" em tom depreciativo, mas a real é que tudo o que eu queria é que tivesse virado Lost mesmo. Pelo menos em Lost os mistérios sem solução eram intercalados com alguns dos melhores desenvolvimentos de personagem da história da TV.
Aqui os personagens não só não foram melhor desenvolvidos, como o pouco de background que tinham na primeira temporada foi abandonado. A complexa relação entre Boyd e o filho por conta da mãe? Não é mais tão complexa. O trauma familiar que abalava a relação entre Jim e Tabitha? Praticamente esquecido. Até a subtrama mais bobinha de aparente 'descoberta sexual' da Julie? Agora não, Julie. Ah, e tinha uma menina ouvindo vozes e recebendo ordens, não? Não é importante.
O importante são as pistas, que vão levar a outras pistas, que vão levar a outras pistas, que vão levar a outras pistas...
Se Toma Lá Dá Cá fosse escrito pelo Nelson Rodrigues em vez do Miguel Fallabella.
Temporada boa até aqui, atuações incríveis (achei meio moralista colocar o adolescente violento jogando "jogos violentos" como se fosse parte da construção da persona, maior papo de tiozão).
Minha teoria sobre Black Mirror é que o Charlie Brooker simplesmente percebeu que ele não conseguia ser mais distópico que a realidade. Parece loucura, mas os episódios de Black Mirror que 'chocaram o mundo' já tem 12 anos e de lá pra cá esse planeta se descaralhou de forma inacreditável.
Sério, um algoritmo de rede social ajudou a eleger um doritos de peruca que tentou golpear a dita "maior democracia do mundo". Tá rolando uma guerra na europa entre um país comandado por um lunático que acha que é um Czar do século 17, e outro governado pelo Odorico Paraguaçu do inferno, isso sem falar em pandemia, QAnom, catástrofes climáticas e tudo o mais de apocalíptico que já rolou de lá pra cá.
Hoje se a gente assistir uma galera pedalando por horas a fio pra ganhar umas migalhas, talvez confunda com um documentário sobre o Jeff Bezos. Um politico famoso transou com um porco? Puxa, deve ser terça feira.
Quem assistiu Supernatural não se surpreenderá com esse final de temporada. Eric Kripke é incapaz de "encerrar ciclos" com seus personagens.
A temporada foi muito boa, mas no fim os caras deram uma "resetada" nos acontecimentos e todo mundo ficou na mesma situação em que estava antes dela começar.
O que aconteceu com o departamento de perucas da disney? Até o molusco gigante é mais convincente do que o cabelo de qualquer um dos personagens.
Dito isso, mesmo tendo o roteiro com a maior quantidade de coincidências e facilitadores da história do MCU, a personalidade que o Sam Raimi conseguiu imprimir na direção compensa demais, mesmo nos momentos mais bregas. Divertido demais.
Nahir - Entre a Paixão e as Grades
2.5 6 Assista AgoraÉ basicamente A Menina que Matou* os Pais** versão argentina.
Tem aquela linguagem que mistura simulação do Linha Direta com um filme do canal Lifetime. Meteram uma narrativa não-linear pra enfeitar, mas só piora a experiência.
*Há dúvidas sobre a autoria da menina.
** Quem morreu não foram os pais.
Eu Vendo os Mortos
3.4 40Mais um pra lista: filmes que poderiam ser um episódio de creepshow.
O Filho de Chucky
2.2 761 Assista AgoraEsse filme envelheceu surpreendentemente bem. A sagacidade, a metalinguagem, as piadas, tudo funciona muito bem.
O Podcast
2.8 22 Assista AgoraSerá que banho-maria é uma adaptação apropriada pro termo 'slow burn' que os gringos usam pra histórias que se desenvolvem lentamente?
Não sei, o que eu sei é que esse filme funcionou nas duas camadas pra mim. Na superfície como um thriller de ficção cientifica minimalista, que transcorre em banho-maria e apoiado numa atuação muito boa da Lily Sullivan.
Mas também no subtexto...
onde o tijolo preto misterioso é a representação física de um grande remorso, o totem de um sentimento de culpa, e as visões dos afetados são a manifestação do que causa esse sentimento. Klaus sente a culpa por se sentir feliz com a morte do irmão, e é assombrado por ele. O avô sente culpa pela infidelidade e pelo filho que não criou, e é assombrado pela criança. A própria jornalista recebe seu tijolo quando passa a ser dominada pela culpa por ter afetado tão negativamente a vida de Floramae e sua filha.
Mas e o final? Pra mim o final consuma o que estava sendo construído sutilmente durante o filme: nossa protagonista é uma cretina. Ela publicou uma história acusatória sem as devidas provas e não demonstrava muito arrependimento sobre isso. Ela editava as conversas de forma sensacionalista e até gravava e publicava sem autorização, afinal "é melhor pedir desculpas do que permissão".
Ela se sente culpada por um breve momento, mas não pede desculpas a Paula e Floramae, apaga a gravação-confissão que teve com o pai e destrói o seu remorso a marteladas. E dessa destruição surge a sua nova versão (o clone/doppelganger), uma versão mais fria e livre de sentimentalismo, as duas entram em conflito mas apenas uma delas sobrevive.
Enfim, gostei muito da experiência. Lucy Campbell e Matt Vesely definitivamente estarão no meu radar.
Halloween 2
2.6 680 Assista AgoraEu não consigo decidir se eu gosto ou não do evento 'Halloween por Rob Zombie'. Tem tanta coisa legal aqui, mas tem tanta coisa ruim também.
É uma experiência muito intrigante.
Liga da Justiça: Crise nas Infinitas Terras - Parte 2
2.4 23 Assista AgoraA impressão é que seria melhor fazer 2 filmes de aproximadamente 1h50 do que 3 de 1h30, já que esse segundo capítulo consiste em uma enorme BARRIGA. A narrativa é confusa, enfadonha e anticlimática e o foco da história está em dois personagens totalmente sem carisma. Espero que a terceira parte seja melhor.
Carona Aterrorizante
3.1 61 Assista AgoraImpressionante como Kyle Gallner se encaixa no papel de americano social e mentalmente fodido.
Bom Garoto
2.5 166 Assista AgoraA versão do Porta dos Fundos é melhor
Um Conto Fatal
2.4 24Não sei se o filme é legal ou se eu sempre caio no golpe do conto de natal do Charles Dickens mesmo.
Tem Algo de Errado com as Crianças
2.2 62 Assista AgoraEu achei divertido e eficiente, e a trilha sonora meio dissonante deu um ar de esquisitice que me agradou bastante. Manteve a "sobriedade" no que poderia transformar um filme num episódio de Creepshow (não que eu achasse ruim).
Ah, e é meio que
uma versão de Pet Sematary melhor do que qualquer adaptação oficial feita depois de 1990.
Eu Sempre Vou Saber O Que Vocês Fizeram No Verão …
1.9 325 Assista AgoraEsse filme parece um clipe do LS Jack, grita ANOS 2000 em cada detalhe.
Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira
2.3 349 Assista AgoraDe longe o meu favorito da franquia, principalmente por não se parecer com nenhum outro filme da saga e ser completamente sem pé nem cabeça.
Dezesseis Facadas
3.3 396Na minha mente esse filme aqui forma uma "trilogia espiritual" com A Morte te dá Parabéns e Freaky - No Corpo de um Assassino.
Toc Toc Toc: Ecos do Além
2.6 236 Assista AgoraComplicado quando a maior qualidade de um filme é te fazer lembrar de filmes melhores com conceitos parecidos. Eu vi aqui umas pitadinhas de Babadook, um pouco de Maligno, um dedinho de Noites Brutais (Barbarian) e até um retrogosto de Telefone Preto. E mesmo sendo tão derivado, não achei assim tãããão ruim.
O Demônio dos Mares
1.7 86 Assista AgoraFilme de tubarão sem tubarão é golpe
Origem (2ª Temporada)
3.7 144Os criadores resolveram levar o Ted Talk do JJ Abrams muito ao pé da letra. Eu li alguns comentários falando que "virou lost" em tom depreciativo, mas a real é que tudo o que eu queria é que tivesse virado Lost mesmo. Pelo menos em Lost os mistérios sem solução eram intercalados com alguns dos melhores desenvolvimentos de personagem da história da TV.
Aqui os personagens não só não foram melhor desenvolvidos, como o pouco de background que tinham na primeira temporada foi abandonado.
A complexa relação entre Boyd e o filho por conta da mãe? Não é mais tão complexa.
O trauma familiar que abalava a relação entre Jim e Tabitha? Praticamente esquecido.
Até a subtrama mais bobinha de aparente 'descoberta sexual' da Julie? Agora não, Julie.
Ah, e tinha uma menina ouvindo vozes e recebendo ordens, não? Não é importante.
O importante são as pistas, que vão levar a outras pistas, que vão levar a outras pistas, que vão levar a outras pistas...
Os Outros (1ª Temporada)
4.0 256Se Toma Lá Dá Cá fosse escrito pelo Nelson Rodrigues em vez do Miguel Fallabella.
Temporada boa até aqui, atuações incríveis (achei meio moralista colocar o adolescente violento jogando "jogos violentos" como se fosse parte da construção da persona, maior papo de tiozão).
Black Mirror (6ª Temporada)
3.3 602Minha teoria sobre Black Mirror é que o Charlie Brooker simplesmente percebeu que ele não conseguia ser mais distópico que a realidade. Parece loucura, mas os episódios de Black Mirror que 'chocaram o mundo' já tem 12 anos e de lá pra cá esse planeta se descaralhou de forma inacreditável.
Sério, um algoritmo de rede social ajudou a eleger um doritos de peruca que tentou golpear a dita "maior democracia do mundo". Tá rolando uma guerra na europa entre um país comandado por um lunático que acha que é um Czar do século 17, e outro governado pelo Odorico Paraguaçu do inferno, isso sem falar em pandemia, QAnom, catástrofes climáticas e tudo o mais de apocalíptico que já rolou de lá pra cá.
Hoje se a gente assistir uma galera pedalando por horas a fio pra ganhar umas migalhas, talvez confunda com um documentário sobre o Jeff Bezos. Um politico famoso transou com um porco? Puxa, deve ser terça feira.
Velozes e Furiosos 10
3.0 296 Assista AgoraJason Momoa simplesmente decidiu meter uma versão bombada do Coringa. E FUNCIONOU.
(e é literalmente a única coisa que funciona aqui)
O Exorcismo da Minha Melhor Amiga
2.4 71 Assista AgoraA "baratização" do CGI matou os filmes de exorcismo.
Pessoal precisa voltar a chacoalhar umas camas, usar mangueirinha pra esguichar sopa de ervilha, sei lá.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 560 Assista AgoraQuem assistiu Supernatural não se surpreenderá com esse final de temporada. Eric Kripke é incapaz de "encerrar ciclos" com seus personagens.
A temporada foi muito boa, mas no fim os caras deram uma "resetada" nos acontecimentos e todo mundo ficou na mesma situação em que estava antes dela começar.
Stranger Things (4ª Temporada)
4.2 1,0K Assista AgoraMetade de mim acha que faltou coragem no desfecho, a outra metade ficaria muito puta...
se eles realmente
matassem a Max.
Temporada excelente, no nível da primeira, destaque especial pra primeira parte que focou um pouco mais no horror.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraO que aconteceu com o departamento de perucas da disney? Até o molusco gigante é mais convincente do que o cabelo de qualquer um dos personagens.
Dito isso, mesmo tendo o roteiro com a maior quantidade de coincidências e facilitadores da história do MCU, a personalidade que o Sam Raimi conseguiu imprimir na direção compensa demais, mesmo nos momentos mais bregas. Divertido demais.
13 Minutos de Tormenta
2.2 25 Assista AgoraAnne Heche, Paz Vega, Amy Smart e Thora Birch... simplesmente uma das maiores seleções de ex-quase-estrelas-fracassadas que se tem noticia.