O doc segue a negociação e parceria entre duas empresas de peso (uma dos EUA e outra da China) e os infelizes eventos que se sucederam após os vários conflitos gerados pelo choque de cultura entre chineses e americanos e a péssima e desumana administração para com os funcionários. A direção e a edição encaixam os detalhes da jornada empresarial de forma instigante e engajante, mas sem deixar de pingar aqui e ali pequenos pontos de trama que sugerem algo muito errado acontecendo, criando uma angustiante sensação de calmaria antes da tempestade. É uma história chocante que aponta problemas sérios em relação aos precários direitos humanos trabalhistas dos chineses, desemprego, condições de trabalho irrisórias e de alto risco, baixos salários e como uma manipulação exploratória de mão de obra afeta a vida, a rotina, o psicológico e a saúde de um trabalhador. O olhar da câmera é distante e observador, construindo um ótimo tom de intimidade para o longa.
Eu achava que Marriage Story seria oficialmente meu filme preferido de 2019, até chegar 1917 (um filme de guerra, um dos meus gêneros preferidos) e dizer "hold my beer!". O roteiro, inspirado em relatos reais, conta a história de dois soldados que recebem a impossível missão de adentrar em território inimigo para entregar uma mensagem vital e imprescindível para a operação. O filme é rodado em longos blocos planos sequência, uma escolha estética que não só cria uma sensação de imersão e intimidade muito forte, como faz isso com um absurdo senso de precisão, tensão, naturalidade e urgência. A trilha sonora é maravilhosa, a fotografia do Roger Deakins é digna de Oscar, a edição e mixagem de som estão no ponto e o elenco entrega um trabalho muito respeitável, principalmente o George MacKay que interpreta um dos personagens mais físicos e intensos do ano, ele se entrega por inteiro. 1917 é um filme que corre contra o tempo, que puxa o público para dentro do campo de batalha, é cruel, solitário, melancólico, angustiante, tecnicamente impecável e te leva do riso às lágrimas, da tensão ao alívio, do barulho ao silêncio. Quem tiver oportunidade, não deixe de assistir este FILMAÇO no cinema.
O nível de veracidade deste documentário é impressionante, é muito comovente acompanhar o cuidado e o carinho entre mãe e filha, entre natureza e ser humano, entre animais e meio ambiente, o doc é conduzido de forma distante e cede todo o espaço a suas protagonistas, decisão estética e narrativa que cria laços afetivos muito fortes entre público e personagens. É um expressivo e melancólico retrato sobre as consequências da ganância e da negligência ambiental, aborda questões como pobreza, solidão, família, trabalho, frustrações, e a fotografia de paisagens e luzes naturais dispensa comentários. Honeyland provavelmente será o vencedor de Melhor Documentário no Oscar 2020, e será muito justo.
Situado num período de turbulência política em Aleppo, na Síria, o filme mostra a tragetória deste regime totalitário que foi uma das maiores manchas na história da humanidade, a guerra, as batalhas, os bombardeios diários, os inúmeros inocentes que perderam suas vidas, e no meio disso há uma documentarista e ativista em cenário de completa desolação que toma para si as árduas tarefas de registrar na câmera os horrores dos conflitos, ajudar os necessitados e criar sua filha, Sama, num ambiente tão hostil e traumático. As imagens, coletadas ao longo de 5 anos pela própria diretora e narradora do filme, não poupam o público dos bastidores sórdidos de Aleppo, há muito sangue, violência e morte, o suficiente para demonstrar ao público o mínimo do impacto, é um olhar cru, pessoal e intimista que tira qualquer um da zona de conforto. É difícil recomendar For Sama, tendo em vista seu material extremamente sensível, no entando, é um documento audiovisual muito rico e poderoso que fica salvo como um registro histórico.
Mais um filme muito interessante do controverso diretor Clint Eastwood, é impressionante como um diretor de 90 anos ainda consegue encontrar formas de se renovar, aqui o Clint apresenta um panorama amplo em relação à toxicidade, manipulação e sensacionalismo da mídia, à corrupção e negligência do governo e não faz questão de poupar o público de presenciar cada detalhe da destruição em massa da imagem de um inocente e as consequências geradas dentro de seu núcleo pessoal, psicológico e familiar. Paul Walter Hauser está excelente como Richard Jewell, uma interpretação contida, tímida mas carregada de sentimentos, a Kathy Bates interpreta a mãe de um homem que está sendo o alvo de ódio do mundo inteiro e toda a carga emocional que sua personagem exige, ela entrega com louvor, é a minha favorita ao Oscar 2020 de Melhor Atriz Coadjuvante. Olivia Wilde, Sam Rockwell e Jon Hamm também estão ótimos em seus papéis. É tudo tão real e natural que chega a parecer um documentário. Grande filme!
Esta é uma história de separação em que há muito sentimento reprimido, cicatrizes cravadas ao longo do tempo e incontáveis angústidas engolidas a seco, há muito caos, desorientação e vertigem acontecendo por trás das cortinas e o roteiro faz um excelente (imparcial, eu diria) trabalho de expor ambos os lados da moeda e deixar o juízo da moral a critério do público. Scarlett Johansson nunca esteve tão imersa, dedicada e natural como atriz e Adam Driver me levou às lágrimas ao trazer tanta verdade em seu olhar, voz e corporalidade, são dois personagens fortíssimos, muito humanos e cheios de camadas, todas muito bem resolvidas e desenvolvidas. Marriage Story é um filme que trafega nas sutilezas, apresenta um caso situacional complexo de forma verdadeira e íntegra, despeja grandes cargas dramáticas nas pequenas coisas e tem muito a dizer sobre concepções de família, moralidade, paternidade, maternidade e liberdade dentro de um relacionamento. Acho que tenho aqui meu filme preferido do ano.
O filme é uma síntese sobre um período de turbulência na vida e carreira da grande apresentadora Hebe Camargo, aborda sobre as tentativas de censura impostas pela própria emissora em que ela se apresentava (na época a Rede Bandeirantes) censura a seu programa, sua imagem, seus convidados, suas ideologias, retrata seu espírito irreverente e desafiador frente a essas e outras interpéries, como o relacionamento com seu marido abusivo, o cenário de preconceito contra os homossexuais e a propagação da AIDS nos anos 80 e as ameaças de prisão. A reconstituição de época é competente, a trilha sonora evoca toda a atmosfera do passado, o elenco é bom, mas o destaque aqui vai quase todo para a Andréa Beltrão, que nos trouxe uma Hebe muito semelhante em relação ao sotaque, manias, trejeitos, tom de voz e até aparência física. Assistir a este filme mexeu muito com meu emocional porque eu admiro a Hebe e a mulher que ela foi, sua relevância e todos os seus feitos para a história da televisão brasileira, toda segunda-feira à noite eu ficava na companhia da minha avó e assistíamos juntos ao Programa Hebe; elas partiram quase na mesma época e foi inevitável não trazer à tona as lembranças e os sentimentos da infância enquanto o filme ia passando no telão. Destaco duas cenas que me arrancaram lágrimas: a Hebe cantando "Cama e Mesa" com a Nair Bello e a Lolita Rodrigues, e o Roberto Carlos cantando "Emoções" em homenagem à Hebe em seu programa de estreia no SBT. Este é um ótimo filme que, além de contar com uma liberdade artística dos fatos, tem valor para os dias de hoje por abordar temas que continuam muito atuais, mas, para mim, mais do que tudo, foi uma deliciosa e emocionante viagem no tempo. A saudade dói!
Antes de mais nada, lembremos, este é apenas o segundo longa-metragem do diretor Ari Aster, tendo como seu longa primogênito o extraordinário Hereditário, aliás, há vários paralelos entre Midsommar e Hereditário, não em relação à premissa ou ao roteiro, mas em requintes estéticos que eu especulo serem rastros da personalidade artística do diretor. Em ambos os filmes há um simbolismo muito forte da cabeça humana, figuras e signos místicos, movimentos e enquadramentos de câmera arrojados, excelentes interpretações das protagonistas que carregam muitos sentimentos, até mesmo alguns elementos sonoros e o uso dos silêncios, mas, enquanto Hereditário encontra sua alma dentro da escuridão, Midsommar externaliza seus demônios em plena luz do dia e sob um domínio sem igual da construção de atmosfera que alerta gradativamente um mau presságio angustiante. Indo em contrapartida dos terrores tradicionais, que sempre mantém a visão do público em escala reduzida para criar intimidade e proximidade, tudo aqui é grande, imponente, desde os planos gerais, que valorizam toda a majestade das paisagens naturais e as intrigantes estruturas ritualísticas do espaço, como a trilha sonora que, junto à ostensividade visual das tomadas de câmera, engole o espectador num transe hipnótico. O que temos aqui não é só um terror muito competente, mas um filme para ser sentido, absorvido e refletido.
Exatamente igual ao original de 1988, com alguns ajustes de roteiro e pequenas adaptações para os dias atuais. Há um uso interessante da tecnologia e da inteligência artificial, muita violência gráfica, mas nada que fuja da zona de conforto do público. Quem já gostava da franquia deve se divertir com este também.
Talvez seja Kleber Mendonça Filho nosso Kubrick brasileiro em ascenção, grande diretor que com apenas 3 excelentes longas no currículo já é destaque internacionalmente e fez aqui seu filme mais visceral e perturbador até então. Bacurau é um drama/ficção científica/thriller político que não só dialoga com nossa realidade verde-amarelo distorcida de atualmente através de simbolismos e metáforas, como cria um estilo bastante particular de fazer cinema, com inspirações em faroestes e slashers dos anos 60 e 80, respectivamente. O elenco conta com presenças fortíssimas como Sônia Braga, Thomas Aquino, Udo Kier e Karine Teles, tecnicamente é formidável, uma cinematografia embasbacante que valoriza a beleza das paisagens nordestinas, edição e mixagem de som refinadas, edição construída com cuidado para criar gradativamente uma atmosfera de mau presságio crescente e muita violência gráfica. Bacurau é um filme tórrido e agressivo, um filme que aborda sobre colonialismo, injustiça, repressão, dominação, preconceito e a tenacidade e o espírito indomável de um povo que não abaixa a cabeça. Cinema nacional de primeira qualidade que não deve ser perdido nos cinemas.
Era uma Vez em... Hollywood é, mais do que qualquer coisa, uma carta de amor declarada do Tarantino à Sétima Arte. O roteiro trabalha com personagens fictícios (DiCaprio e Pitt) que representam uma concepção mais ampla de figuras marcantes da Era Dourada de Hollywood para transitar em território real e palpável, para interagir com personalidades reais, como o maníaco Charles Manson, sua seita criminosa e uma das grandes musas dos anos 60, Sharon Tate. As interpretações do elenco dispensam comentários, DiCaprio entregou mais um personagem digno de indicação ao Oscar e Pitt não fica muito atrás. A fotografia é tão fidedigna à atmosfera sessentista que é um deleite visual. O Tarantino, assim como em Bastardos Inglórios, por exemplo, toma algumas liberdades artísticas em relação aos acontecimentos dos fatos, decisão essa que se provará certeira. Nos minutos finais há um diálogo trivial entre dois personagens ao interfone, uma cena tão singela, mas de tanto peso e significado histórico, a garganta chegou a embargar de emoção, não haveria um desfecho melhor. O que temos aqui é um filme que retrata com muito carinho uma indústria que desde seus primórdios está impregnada no imaginário coletivo, é um Tarantino menos agressivo e mordaz que corteja uma bela homenagem ao recontar de forma cuidadosa e respeitosa uma história perturbadora que até hoje choca todo o mundo. Aos interessados, recomendo antes uma pesquisa para contextualização sobre o caso Tate-LaBianca e a seita de Charles Manson, isso fará sua experiência cinematográfica ser mais completa e íntegra.
Maçante do início ao fim, reciclado por inteiro, jumpscares previsíveis o tempo todo, ausência total um senso de urgência e perigo iminente, um terror derivado de todos os clichês mais batidos do gênero, até que havia uma boa história aqui, mas foi prejudicada pelo resultado de um produto preguiçoso, mal-acabado e sem inspiração. Vale apenas para ver a ótima Linda Cardellini em cena.
Após as frustrantes novas versões de Dumbo e Aladdin, eis aqui finalmente uma ótima e refrescante refilmagem da Disney, e desta vez daquele que talvez seja seu maior feito: O Rei Leão. Quando fiquei sabendo que haveria uma versão mais moderna em CGI deste clássico, eu não consegui pensar em outro diretor no mundo a não ser o Jon Favreau, quem assistiu Mogli de 2016 sabe que só ele daria conta do recado, e aqui estamos. A priori, vale ressaltar o extraordinário trabalho de hiper-realismo da animação (sem dúvidas será o grande vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 2020, aguardemos), que não só é chocante pelo senso estético absurdamente real, como também por trazer emoções genuínas nas expressões faciais da fauna de seus personagens de forma tão sutil e natural, sem forçar a barra: o amor fraterno na silhueta do Rafiki, a vergonha e a culpa no semblante do Simba, o veneno mortal nos olhos do Scar. O elenco está muito bem escalado e todos abraçam seus personagens com muito carinho, James Earl Jones retorna como Mufasa e dentre as maiores novidades estão Donal Glover como Simba e Beyoncé como Nala, ambos entregam exatamente o que o filme precisa; aliás, o trabalho de voz do filme pode até não contar com o peso e o espírito tão característico do velho Scar do Jeremy Irons, mas há uma interpretação bastante competente e ameaçadora na voz do Chiwetel Ejiofor. Reflitamos por um segundo: essa nova versão de O Rei Leão era necessária? Sinceramente, não, mas a essência da animação original de 1994 se encontra presente em cada fragmento, em cada nascer do sol, em casa canção, é um filme notavelmente feito sob um olhar clínico e científico cuidadoso e convenhamos, ficou bem feito pra caramba!
Democracia em Vertigem é o segundo documentário original Netflix de produção nacional, é dirigido pela Petra Costa e tem como fio condutor toda a tragetória turbulenta da democracia sob o cenário político do Brasil. O que mais chama a atenção aqui é a abordagem para os fatos se desenrolar de forma sensível e sublime, é uma edição macia e cautelosa que espelha tanto a visão e a relação íntima e particular da diretora com a politica, quanto faz um panorama transparente sobre todas as mazelas governamentais que vem acontecendo descontroladamente há anos. Funciona tanto como um documento histórico de extremo valor, quanto um angustiante thriller político, grande mérito da trilha sonora sutil e cuidadosamente inserida nas sequências necessárias sem jamais descaracterizar o peso genuino de tais acontecimentos, é um forte e eficiente recurso para evocar uma carga dramática. O intuito do documentário é convidar o público a uma profunda reflexão sobre preceitos e conceitos já estabelecidos, sobre as marcas de um passado violento que nunca foram apagadas e deixaram sequelas até hoje, sobre como o sentimento de controle é ilusório assim como a democracia que acreditamos fazer parte, sobre como os alicerces da nossa sociedade é tão frágil quanto o orgulho e o ego da classe privilegiada. A narrativa passa por diversos períodos políticos da nossa história, estabelece uma relação complexa de fatos desde a ditadura militar até o cenário político atual, e é intrigante perceber como essa linha do tempo parece mais um ciclo, uma roda, do que de fato uma caminhada em linha reta, sempre avante, sem olhar para trás, e isso é assustador.
Este é um filme poderoso que reflete um retrato de nós mesmos, é difícil de assistir, mas necessário, independente de qual lado você esteja. Felizmente já é um dos frontrunners na categoria de Melhor Documentário para o Oscar de 2020. Já tem minha torcida.
Fênix Negra é indiscutivelmente uma das melhores sagas do universo dos super-heróis, não só porque traz como protagonista uma personagem feminina fortíssima em seu mais notável arco dramático, como também por ser um capítulo muito bem escrito e concebido na tragetória dos X-Men. Admito que não me surpreende em nada o fracasso deste filme, considerando que tenho estado receoso com os mutantes nos cinemas desde o horroroso Apocalype, de 2016. Acredito que Fênix Negra tinha um grande potencial de se tornar tão ilustre quanto a saga dos Vingadores, algo nível Guerra Infinita ou Ultimato, tivessem esses heróis sido pegos pelas mãos certas desde o início. O resultado final é uma frustrante experiência de assistir por 120 minutos uma história extraordinária sendo desperdiçada e reduzida a pó. Mas, em defesa do filme, há uma sequência num trem que é muito bacana e o elenco conta com atores e atrizes de talento muito queridos por mim. Felizmente, os X-Men são da Disney agora, quem sabe era este o pontapé que estava faltando.
Eu sempre fui muito fã do Elton John, todo o histórico musical dele é um trabalho de gênio, mas nunca conheci sua história de vida mais a fundo. Digo agora com toda a certeza, após assistir Rocketman, que baita inspiração esse homem é! Grande mérito do filme toda a construção gradativa de sua jornada desde um garoto maltratado pelos pais até se tornar uma LENDA da música, e mérito também da interpretação do Taron Egerton que está amadurecendo cada vez mais como ator e ainda é um ótimo cantor. Apesar da seleção de canções para a trilha sonora ter sido a dedo, ainda senti falta de Nikita, Circle of Life e Sacrifice, mas é de se relevar. E o filme ainda conta com uma liguagem de musical tradicional, o que valoriza mais ainda a narrativa e seus personagens.
Como é bom ser fã da Carey Mulligan e do Jake Gyllenhaal! E quem diria que o jovem menino do terror A Visita, Ed Oxenbould, entregaria uma interpretação infantojuvenil tão incrível como essa? Elenco fortíssimo.
Arctic é um filme sobre sobrevivência num ambiente inóspito glacial que não oferece explicações, exposição barata, nem respostas, é liderado pelo Mads Mikkelsen que entrega uma interpretação carregada de dor e perseverança, tem pouquíssimos diálogos e uma fotografia extremamente gelada (literalmente) que constrói gradativamente uma experiência sinestésica e imersiva. Pena que o desfecho não é tão ousado quanto o desenvolvimento da narrativa até então. Ainda assim, filmaço!
É leve, despretensioso e adocicado demais, ao lado da Saoirse Ronan a Haley Lu Richardson deve ser uma das melhores atrizes dessa nova geração, ela se entrega de verdade à sua personagem, o mesmo não pode ser dito do Cole Sprouse, que apesar de charmoso quase desaparece quando está em cena com ela. Ambos até tem química mas funciona mais por conta dela do que dele, sem contar que a trama já está desgastada e previsível demais e o filme não se esforça para sair da zona de conforto em momento algum.
A trama é bem interessante, mas o elenco é ruim (destaque para o pai e o garoto que são péssimos e sem um pingo de carisma), os diálogos são ruins, a trilha é ruim, no geral é apenas um filme ruim com algumas cenas de morte e violência muito gráficas. Se for assistir no cinema leve a máscara contra radiação, eu esqueci a minha em casa e hoje acordei com 3 pernas.
Indústria Americana
3.6 168O doc segue a negociação e parceria entre duas empresas de peso (uma dos EUA e outra da China) e os infelizes eventos que se sucederam após os vários conflitos gerados pelo choque de cultura entre chineses e americanos e a péssima e desumana administração para com os funcionários. A direção e a edição encaixam os detalhes da jornada empresarial de forma instigante e engajante, mas sem deixar de pingar aqui e ali pequenos pontos de trama que sugerem algo muito errado acontecendo, criando uma angustiante sensação de calmaria antes da tempestade. É uma história chocante que aponta problemas sérios em relação aos precários direitos humanos trabalhistas dos chineses, desemprego, condições de trabalho irrisórias e de alto risco, baixos salários e como uma manipulação exploratória de mão de obra afeta a vida, a rotina, o psicológico e a saúde de um trabalhador. O olhar da câmera é distante e observador, construindo um ótimo tom de intimidade para o longa.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraEu achava que Marriage Story seria oficialmente meu filme preferido de 2019, até chegar 1917 (um filme de guerra, um dos meus gêneros preferidos) e dizer "hold my beer!". O roteiro, inspirado em relatos reais, conta a história de dois soldados que recebem a impossível missão de adentrar em território inimigo para entregar uma mensagem vital e imprescindível para a operação. O filme é rodado em longos blocos planos sequência, uma escolha estética que não só cria uma sensação de imersão e intimidade muito forte, como faz isso com um absurdo senso de precisão, tensão, naturalidade e urgência. A trilha sonora é maravilhosa, a fotografia do Roger Deakins é digna de Oscar, a edição e mixagem de som estão no ponto e o elenco entrega um trabalho muito respeitável, principalmente o George MacKay que interpreta um dos personagens mais físicos e intensos do ano, ele se entrega por inteiro. 1917 é um filme que corre contra o tempo, que puxa o público para dentro do campo de batalha, é cruel, solitário, melancólico, angustiante, tecnicamente impecável e te leva do riso às lágrimas, da tensão ao alívio, do barulho ao silêncio. Quem tiver oportunidade, não deixe de assistir este FILMAÇO no cinema.
Honeyland
4.1 153O nível de veracidade deste documentário é impressionante, é muito comovente acompanhar o cuidado e o carinho entre mãe e filha, entre natureza e ser humano, entre animais e meio ambiente, o doc é conduzido de forma distante e cede todo o espaço a suas protagonistas, decisão estética e narrativa que cria laços afetivos muito fortes entre público e personagens. É um expressivo e melancólico retrato sobre as consequências da ganância e da negligência ambiental, aborda questões como pobreza, solidão, família, trabalho, frustrações, e a fotografia de paisagens e luzes naturais dispensa comentários. Honeyland provavelmente será o vencedor de Melhor Documentário no Oscar 2020, e será muito justo.
Para Sama
4.4 110Situado num período de turbulência política em Aleppo, na Síria, o filme mostra a tragetória deste regime totalitário que foi uma das maiores manchas na história da humanidade, a guerra, as batalhas, os bombardeios diários, os inúmeros inocentes que perderam suas vidas, e no meio disso há uma documentarista e ativista em cenário de completa desolação que toma para si as árduas tarefas de registrar na câmera os horrores dos conflitos, ajudar os necessitados e criar sua filha, Sama, num ambiente tão hostil e traumático. As imagens, coletadas ao longo de 5 anos pela própria diretora e narradora do filme, não poupam o público dos bastidores sórdidos de Aleppo, há muito sangue, violência e morte, o suficiente para demonstrar ao público o mínimo do impacto, é um olhar cru, pessoal e intimista que tira qualquer um da zona de conforto. É difícil recomendar For Sama, tendo em vista seu material extremamente sensível, no entando, é um documento audiovisual muito rico e poderoso que fica salvo como um registro histórico.
O Caso Richard Jewell
3.7 244 Assista AgoraMais um filme muito interessante do controverso diretor Clint Eastwood, é impressionante como um diretor de 90 anos ainda consegue encontrar formas de se renovar, aqui o Clint apresenta um panorama amplo em relação à toxicidade, manipulação e sensacionalismo da mídia, à corrupção e negligência do governo e não faz questão de poupar o público de presenciar cada detalhe da destruição em massa da imagem de um inocente e as consequências geradas dentro de seu núcleo pessoal, psicológico e familiar. Paul Walter Hauser está excelente como Richard Jewell, uma interpretação contida, tímida mas carregada de sentimentos, a Kathy Bates interpreta a mãe de um homem que está sendo o alvo de ódio do mundo inteiro e toda a carga emocional que sua personagem exige, ela entrega com louvor, é a minha favorita ao Oscar 2020 de Melhor Atriz Coadjuvante. Olivia Wilde, Sam Rockwell e Jon Hamm também estão ótimos em seus papéis. É tudo tão real e natural que chega a parecer um documentário. Grande filme!
The Cave
3.9 48Já estou louco pra ver esse. Alguém tem alguma notícia sobre algum release?
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraEsta é uma história de separação em que há muito sentimento reprimido, cicatrizes cravadas ao longo do tempo e incontáveis angústidas engolidas a seco, há muito caos, desorientação e vertigem acontecendo por trás das cortinas e o roteiro faz um excelente (imparcial, eu diria) trabalho de expor ambos os lados da moeda e deixar o juízo da moral a critério do público. Scarlett Johansson nunca esteve tão imersa, dedicada e natural como atriz e Adam Driver me levou às lágrimas ao trazer tanta verdade em seu olhar, voz e corporalidade, são dois personagens fortíssimos, muito humanos e cheios de camadas, todas muito bem resolvidas e desenvolvidas. Marriage Story é um filme que trafega nas sutilezas, apresenta um caso situacional complexo de forma verdadeira e íntegra, despeja grandes cargas dramáticas nas pequenas coisas e tem muito a dizer sobre concepções de família, moralidade, paternidade, maternidade e liberdade dentro de um relacionamento. Acho que tenho aqui meu filme preferido do ano.
Quadrilha de Sádicos
3.4 205O remake nem se compara a este filme. Sensacional!
Hebe: A Estrela do Brasil
3.4 182O filme é uma síntese sobre um período de turbulência na vida e carreira da grande apresentadora Hebe Camargo, aborda sobre as tentativas de censura impostas pela própria emissora em que ela se apresentava (na época a Rede Bandeirantes) censura a seu programa, sua imagem, seus convidados, suas ideologias, retrata seu espírito irreverente e desafiador frente a essas e outras interpéries, como o relacionamento com seu marido abusivo, o cenário de preconceito contra os homossexuais e a propagação da AIDS nos anos 80 e as ameaças de prisão. A reconstituição de época é competente, a trilha sonora evoca toda a atmosfera do passado, o elenco é bom, mas o destaque aqui vai quase todo para a Andréa Beltrão, que nos trouxe uma Hebe muito semelhante em relação ao sotaque, manias, trejeitos, tom de voz e até aparência física. Assistir a este filme mexeu muito com meu emocional porque eu admiro a Hebe e a mulher que ela foi, sua relevância e todos os seus feitos para a história da televisão brasileira, toda segunda-feira à noite eu ficava na companhia da minha avó e assistíamos juntos ao Programa Hebe; elas partiram quase na mesma época e foi inevitável não trazer à tona as lembranças e os sentimentos da infância enquanto o filme ia passando no telão. Destaco duas cenas que me arrancaram lágrimas: a Hebe cantando "Cama e Mesa" com a Nair Bello e a Lolita Rodrigues, e o Roberto Carlos cantando "Emoções" em homenagem à Hebe em seu programa de estreia no SBT. Este é um ótimo filme que, além de contar com uma liberdade artística dos fatos, tem valor para os dias de hoje por abordar temas que continuam muito atuais, mas, para mim, mais do que tudo, foi uma deliciosa e emocionante viagem no tempo. A saudade dói!
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAntes de mais nada, lembremos, este é apenas o segundo longa-metragem do diretor Ari Aster, tendo como seu longa primogênito o extraordinário Hereditário, aliás, há vários paralelos entre Midsommar e Hereditário, não em relação à premissa ou ao roteiro, mas em requintes estéticos que eu especulo serem rastros da personalidade artística do diretor. Em ambos os filmes há um simbolismo muito forte da cabeça humana, figuras e signos místicos, movimentos e enquadramentos de câmera arrojados, excelentes interpretações das protagonistas que carregam muitos sentimentos, até mesmo alguns elementos sonoros e o uso dos silêncios, mas, enquanto Hereditário encontra sua alma dentro da escuridão, Midsommar externaliza seus demônios em plena luz do dia e sob um domínio sem igual da construção de atmosfera que alerta gradativamente um mau presságio angustiante. Indo em contrapartida dos terrores tradicionais, que sempre mantém a visão do público em escala reduzida para criar intimidade e proximidade, tudo aqui é grande, imponente, desde os planos gerais, que valorizam toda a majestade das paisagens naturais e as intrigantes estruturas ritualísticas do espaço, como a trilha sonora que, junto à ostensividade visual das tomadas de câmera, engole o espectador num transe hipnótico. O que temos aqui não é só um terror muito competente, mas um filme para ser sentido, absorvido e refletido.
Brinquedo Assassino
2.7 612 Assista AgoraExatamente igual ao original de 1988, com alguns ajustes de roteiro e pequenas adaptações para os dias atuais. Há um uso interessante da tecnologia e da inteligência artificial, muita violência gráfica, mas nada que fuja da zona de conforto do público. Quem já gostava da franquia deve se divertir com este também.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraTalvez seja Kleber Mendonça Filho nosso Kubrick brasileiro em ascenção, grande diretor que com apenas 3 excelentes longas no currículo já é destaque internacionalmente e fez aqui seu filme mais visceral e perturbador até então. Bacurau é um drama/ficção científica/thriller político que não só dialoga com nossa realidade verde-amarelo distorcida de atualmente através de simbolismos e metáforas, como cria um estilo bastante particular de fazer cinema, com inspirações em faroestes e slashers dos anos 60 e 80, respectivamente. O elenco conta com presenças fortíssimas como Sônia Braga, Thomas Aquino, Udo Kier e Karine Teles, tecnicamente é formidável, uma cinematografia embasbacante que valoriza a beleza das paisagens nordestinas, edição e mixagem de som refinadas, edição construída com cuidado para criar gradativamente uma atmosfera de mau presságio crescente e muita violência gráfica. Bacurau é um filme tórrido e agressivo, um filme que aborda sobre colonialismo, injustiça, repressão, dominação, preconceito e a tenacidade e o espírito indomável de um povo que não abaixa a cabeça. Cinema nacional de primeira qualidade que não deve ser perdido nos cinemas.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraEra uma Vez em... Hollywood é, mais do que qualquer coisa, uma carta de amor declarada do Tarantino à Sétima Arte. O roteiro trabalha com personagens fictícios (DiCaprio e Pitt) que representam uma concepção mais ampla de figuras marcantes da Era Dourada de Hollywood para transitar em território real e palpável, para interagir com personalidades reais, como o maníaco Charles Manson, sua seita criminosa e uma das grandes musas dos anos 60, Sharon Tate. As interpretações do elenco dispensam comentários, DiCaprio entregou mais um personagem digno de indicação ao Oscar e Pitt não fica muito atrás. A fotografia é tão fidedigna à atmosfera sessentista que é um deleite visual. O Tarantino, assim como em Bastardos Inglórios, por exemplo, toma algumas liberdades artísticas em relação aos acontecimentos dos fatos, decisão essa que se provará certeira. Nos minutos finais há um diálogo trivial entre dois personagens ao interfone, uma cena tão singela, mas de tanto peso e significado histórico, a garganta chegou a embargar de emoção, não haveria um desfecho melhor. O que temos aqui é um filme que retrata com muito carinho uma indústria que desde seus primórdios está impregnada no imaginário coletivo, é um Tarantino menos agressivo e mordaz que corteja uma bela homenagem ao recontar de forma cuidadosa e respeitosa uma história perturbadora que até hoje choca todo o mundo. Aos interessados, recomendo antes uma pesquisa para contextualização sobre o caso Tate-LaBianca e a seita de Charles Manson, isso fará sua experiência cinematográfica ser mais completa e íntegra.
A Maldição da Chorona
2.3 524 Assista AgoraMaçante do início ao fim, reciclado por inteiro, jumpscares previsíveis o tempo todo, ausência total um senso de urgência e perigo iminente, um terror derivado de todos os clichês mais batidos do gênero, até que havia uma boa história aqui, mas foi prejudicada pelo resultado de um produto preguiçoso, mal-acabado e sem inspiração. Vale apenas para ver a ótima Linda Cardellini em cena.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraApós as frustrantes novas versões de Dumbo e Aladdin, eis aqui finalmente uma ótima e refrescante refilmagem da Disney, e desta vez daquele que talvez seja seu maior feito: O Rei Leão. Quando fiquei sabendo que haveria uma versão mais moderna em CGI deste clássico, eu não consegui pensar em outro diretor no mundo a não ser o Jon Favreau, quem assistiu Mogli de 2016 sabe que só ele daria conta do recado, e aqui estamos. A priori, vale ressaltar o extraordinário trabalho de hiper-realismo da animação (sem dúvidas será o grande vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 2020, aguardemos), que não só é chocante pelo senso estético absurdamente real, como também por trazer emoções genuínas nas expressões faciais da fauna de seus personagens de forma tão sutil e natural, sem forçar a barra: o amor fraterno na silhueta do Rafiki, a vergonha e a culpa no semblante do Simba, o veneno mortal nos olhos do Scar. O elenco está muito bem escalado e todos abraçam seus personagens com muito carinho, James Earl Jones retorna como Mufasa e dentre as maiores novidades estão Donal Glover como Simba e Beyoncé como Nala, ambos entregam exatamente o que o filme precisa; aliás, o trabalho de voz do filme pode até não contar com o peso e o espírito tão característico do velho Scar do Jeremy Irons, mas há uma interpretação bastante competente e ameaçadora na voz do Chiwetel Ejiofor. Reflitamos por um segundo: essa nova versão de O Rei Leão era necessária? Sinceramente, não, mas a essência da animação original de 1994 se encontra presente em cada fragmento, em cada nascer do sol, em casa canção, é um filme notavelmente feito sob um olhar clínico e científico cuidadoso e convenhamos, ficou bem feito pra caramba!
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KDemocracia em Vertigem é o segundo documentário original Netflix de produção nacional, é dirigido pela Petra Costa e tem como fio condutor toda a tragetória turbulenta da democracia sob o cenário político do Brasil. O que mais chama a atenção aqui é a abordagem para os fatos se desenrolar de forma sensível e sublime, é uma edição macia e cautelosa que espelha tanto a visão e a relação íntima e particular da diretora com a politica, quanto faz um panorama transparente sobre todas as mazelas governamentais que vem acontecendo descontroladamente há anos. Funciona tanto como um documento histórico de extremo valor, quanto um angustiante thriller político, grande mérito da trilha sonora sutil e cuidadosamente inserida nas sequências necessárias sem jamais descaracterizar o peso genuino de tais acontecimentos, é um forte e eficiente recurso para evocar uma carga dramática. O intuito do documentário é convidar o público a uma profunda reflexão sobre preceitos e conceitos já estabelecidos, sobre as marcas de um passado violento que nunca foram apagadas e deixaram sequelas até hoje, sobre como o sentimento de controle é ilusório assim como a democracia que acreditamos fazer parte, sobre como os alicerces da nossa sociedade é tão frágil quanto o orgulho e o ego da classe privilegiada. A narrativa passa por diversos períodos políticos da nossa história, estabelece uma relação complexa de fatos desde a ditadura militar até o cenário político atual, e é intrigante perceber como essa linha do tempo parece mais um ciclo, uma roda, do que de fato uma caminhada em linha reta, sempre avante, sem olhar para trás, e isso é assustador.
Este é um filme poderoso que reflete um retrato de nós mesmos, é difícil de assistir, mas necessário, independente de qual lado você esteja.
Felizmente já é um dos frontrunners na categoria de Melhor Documentário para o Oscar de 2020. Já tem minha torcida.
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraFênix Negra é indiscutivelmente uma das melhores sagas do universo dos super-heróis, não só porque traz como protagonista uma personagem feminina fortíssima em seu mais notável arco dramático, como também por ser um capítulo muito bem escrito e concebido na tragetória dos X-Men. Admito que não me surpreende em nada o fracasso deste filme, considerando que tenho estado receoso com os mutantes nos cinemas desde o horroroso Apocalype, de 2016. Acredito que Fênix Negra tinha um grande potencial de se tornar tão ilustre quanto a saga dos Vingadores, algo nível Guerra Infinita ou Ultimato, tivessem esses heróis sido pegos pelas mãos certas desde o início. O resultado final é uma frustrante experiência de assistir por 120 minutos uma história extraordinária sendo desperdiçada e reduzida a pó. Mas, em defesa do filme, há uma sequência num trem que é muito bacana e o elenco conta com atores e atrizes de talento muito queridos por mim. Felizmente, os X-Men são da Disney agora, quem sabe era este o pontapé que estava faltando.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraEu sempre fui muito fã do Elton John, todo o histórico musical dele é um trabalho de gênio, mas nunca conheci sua história de vida mais a fundo. Digo agora com toda a certeza, após assistir Rocketman, que baita inspiração esse homem é! Grande mérito do filme toda a construção gradativa de sua jornada desde um garoto maltratado pelos pais até se tornar uma LENDA da música, e mérito também da interpretação do Taron Egerton que está amadurecendo cada vez mais como ator e ainda é um ótimo cantor. Apesar da seleção de canções para a trilha sonora ter sido a dedo, ainda senti falta de Nikita, Circle of Life e Sacrifice, mas é de se relevar. E o filme ainda conta com uma liguagem de musical tradicional, o que valoriza mais ainda a narrativa e seus personagens.
Vida Selvagem
3.4 156 Assista AgoraComo é bom ser fã da Carey Mulligan e do Jake Gyllenhaal! E quem diria que o jovem menino do terror A Visita, Ed Oxenbould, entregaria uma interpretação infantojuvenil tão incrível como essa? Elenco fortíssimo.
Ártico
3.4 126Arctic é um filme sobre sobrevivência num ambiente inóspito glacial que não oferece explicações, exposição barata, nem respostas, é liderado pelo Mads Mikkelsen que entrega uma interpretação carregada de dor e perseverança, tem pouquíssimos diálogos e uma fotografia extremamente gelada (literalmente) que constrói gradativamente uma experiência sinestésica e imersiva. Pena que o desfecho não é tão ousado quanto o desenvolvimento da narrativa até então. Ainda assim, filmaço!
A Cinco Passos de Você
3.6 513 Assista AgoraÉ leve, despretensioso e adocicado demais, ao lado da Saoirse Ronan a Haley Lu Richardson deve ser uma das melhores atrizes dessa nova geração, ela se entrega de verdade à sua personagem, o mesmo não pode ser dito do Cole Sprouse, que apesar de charmoso quase desaparece quando está em cena com ela. Ambos até tem química mas funciona mais por conta dela do que dele, sem contar que a trama já está desgastada e previsível demais e o filme não se esforça para sair da zona de conforto em momento algum.
Brightburn: Filho das Trevas
2.7 607 Assista AgoraA trama é bem interessante, mas o elenco é ruim (destaque para o pai e o garoto que são péssimos e sem um pingo de carisma), os diálogos são ruins, a trilha é ruim, no geral é apenas um filme ruim com algumas cenas de morte e violência muito gráficas. Se for assistir no cinema leve a máscara contra radiação, eu esqueci a minha em casa e hoje acordei com 3 pernas.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraO filme mal foi confirmado e já to aclamando.
Já imagino uma mistura de Atomic Blonde com Red Sparrow, seria meu sonho?
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraEu vivi pra ver o dia em que eu iria ficar emocionado com uma interpretação do Chris Hemsworth