Perde o passo a uns 2/3 do filme, e acaba ficando meio bobo e sem direção no final. Mas o conceito é fantástico e inovador. A "coisa" é creepy enough. Vale o filme.
Surpreendentemente melhor que o esperado. Menos estúpido do que você esperaria de um blockbuster de ação com Jason Statham. O final é meio fraco, mas o resto vale o filme.
Exatamente o que você quer ver, com o plus de ter personagens sólidos e memoráveis. Algumas referências no começo ficaram forçadas, mas não deixa de ser divertido e empolgante.
Um conto sombrio e poético, sobre como o abuso pode transformar as pessoas em monstros terríveis, e o amor pode resgatá-las. O fator sobrenatural mescla com uma espécie de realismo fantástico. O filme não deve ser lido inteiro de forma literal. Existe num espaço entre a narrativa e a poesia. Melancólico, bonito, extremamente bem produzido -- maquiagem e fotografia -- e emocionalmente engajador.
Não espere sustos ou terror psicológico. Isto é pós-terror, na linha de Raw e A Ghost Story.
Não faz sentido classificar esse filme como ruim. É um filme que entrega exatamente o que propõe. Se você quer ver um bom filme slasher descompromissado, Most Likely to Die proporciona exatamente o que você procura.
Atmosférico, denso e extremamente competente, entrega tudo o que promete. Uma nova fábula de amadurecimento, no entanto sombria, e com um twist pervertido. A afirmação de que seria "o Donnie Darko desta geração", porém, é improcedente; não por questão de qualidade, mas porque um título não tem nada a ver com o outro. Está mais para "o Stand By Me desta geração". Com requintes de crueldade.
Melhor filme do ano até o momento, sem sombra de dúvida. Coisas demais para comentar aqui, mas não há nada que valha a pena falar antes que você veja o filme, e nada que precise ser dito depois.
EDIT: Não é mais o melhor filme do ano, uma vez que assisti BlacKkKlansman. Ainda um novo clássico e um must-see, no entanto.
Do mesmo autor, Tomihiko Morimi, e do mesmo diretor, Masaaki Yuasa, da extraordinária série The Tatami Galaxy, este novo filme traz uma história que também se passa na Universidade de Kyoto, com a mesma loucura surrealista que marca o trabalho anterior, mas ainda mergulhando profundamente nos temas de relacionamento, comportamento e aceitação pessoal que aborda. Alguns personagens de Tatami fazem participação aqui, mas não é essencial para a compreensão do filme que se tenha assistido à série antes -- a não ser que você queira estar preparado para a insanidade psicodélica que vai encontrar na tela.
A animação é um primor excêntrico, com músicas que tremulam na linha entre o ridiculamente cômico e o emocionante. A história em si parece um encontro improvável entre Gabriel García Márquez e Cloud Atlas, mas com a marca registrada do trabalho visual de inconfundível de Yuasa. Yoru wa Mijikashi Aruke yo Otome é uma montanha-russa emocional imperdível.
Estive muito ansioso para assistir a este filme, e ele foi completamente diferente do que eu esperava. Completamente maravilhoso.
Ficar elogiando os aspectos técnicos e de roteiro do filme seria chover no molhado, e sinceramente eu estou com preguiça de escrever uma resenha inteira, mas preciso chamar atenção pra esses "detalhes":
> TODAS as interpretações são de alto nível, o que vem se tornando de praxe na Marvel, já, que apesar do foco lúdico tem um veio dramático imanente nas histórias que sempre merece atenção.
> As cenas de combate são EXCELENTES. Provavelmente minhas favoritas em todos os filmes da franquia, porque sou muito fã de combate singular de espada, escudo e lança, e o filme os produziu com um misto de realismo e fantasia que fazem vibrar na tela. Minha única tristeza foi ter viso essas cenas em 480p porque estava sem óculos no cinema.
> O filme tem muito lore, coisas interessantes que provavelmente acionam o interruptor daqueles fãs de quadrinhos mais dedicados, mas que pra mim só me fizeram coçar o queixo e dizer "Dahora".
> A música é MARAVILHOSA. Numa franquia não famosa pelas suas trilhas sonoras, Pantera Negra se destaca, não só pelos maravilhosos ritmos e cantos tribais incorporados na trilha, como também pelas músicas modernas inseridas de forma inteligente e divertida, tudo colaborando muito para a elevação das cenas na tela. Momentos de frisson.
> O cenário único de Wakanda permite a criação de uma história também singular. Os roteiristas abusaram da criatividade no desenvolvimento dos cenários, armas, tribos e conflitos políticos internos e internacionais, dando ao filme ares de algo muito mais sofisticado do que um filme de super-herói regular, mesmo da Marvel.
> Não apenas um, mas DOIS vilões excelentes. Mas por mais que eu ame o Andy Serkis e tenha adorado sua participação, é necessário elogiar devidamente a surpresa incrível que foi o personagem do Killmonger, primo do T'Challa e vilão principal do filme. Talvez o melhor vilão da MCU -- and I don't say that lightly --, e um dos personagens mais relevantes da franquia.
> Um filme maravilhoso, divertido e relevante em vários aspectos.
Assisti duas vezes e, se tivesse a grana pra estar gastando, assistiria de novo com certeza. Se esta é a cara da próxima fase do MCU, eu posso estar me tornando um fã.
Se você está com dúvidas de ir checar, por favor, decida visitar o cinema agora.
>Uns 30min mais longo do que deveria. >Monótono, no sentido estrito da palavra: as cenas de ação oferecem a mesma empolgação que os diálogos. >Os diálogos na verdade não são muito bons; muita exposição. >Trilha sonora não ajuda. >Como sempre Flash incrivelmente nerfado. Caso contrário o filme teria terminado na cena do resgate. >Ainda assim Flash melhor personagem estrela absoluta do filme. >Cyborg é o personagem mais humano (trocadilho não intencional) e com melhor (talvez único) arco do filme. Ainda que raso. >Na verdade tudo no filme é raso. Definitivamente gastaram muito tempo em diálogos e cenas supostamente reflexivas pra aparentar um peso e profundidade a uma história que na real é bem on rails. >Tensão sexual entre Batman e Superman é PALPÁVEL >Ouvi dizerem que tentaram forçar Batman e Mulher Maravilha, mas na real eu só vi Batman e Superman. >Não culpo ninguém por shippar Batman e Superman nesse filme. Certamente é canon. >Vilão não dá nem pro caldo. >Adorei a gag do Aquaman com o Laço. >Vale a pena por causa do Flash.
Ligeiramente anticlimático para o que eu esperava, mas ainda assim um excelente filme com uma storytelling original e muito boa. O fato é que não sou muito fã do gênero, então só consigo analisar de forma mais fria, mesmo.
Nosso psicopata parece menos o Paulo Kogos do que no primeiro filme, mas continua tosco e insuportável. A ausência de verossimilhança nesses filmes é notável. Fica até difícil saber quem é mais retardado: o assassino ou as vítimas. Realmente, "É como se quisessem morrer."
É uma Sessão da Tarde. Mais longa do que de costume, com a paleta de cores disfarçadamente inspirada em "Amélie Poulain", um roteiro questionavelmente semelhante a "Splash: Uma Sereia em Minha Vida" e -- talvez o ponto alto do filme -- uma mensagem bem explorada sobre preconceito. Mas, no fim, nada de original. Extremamente previsível, caindo em (quase) todos os mesmos buracos em que Del Toro vem tropeçando desde a sua masterpiece, "O Labirinto do Fauno".
Hype gratuita e Globo de Ouro só pelo nome do diretor. Espero sinceramente que não vá pro Oscar.
Contra todas as minhas próprias expectativas, acabei gostando. Por dois motivos principais: o roteiro muito bem adaptado e os personagens excelentemente retratados. Exceto talvez pelo Mike, todas as crianças têm um bom desenvolvimento na tela que te faz se apegar a elas tanto quanto no livro, ao mesmo tempo em que seus traços de personalidade marcam, de modo que você vai se lembrar delas depois que sair da sessão. Todo o elenco mirim merece uma ovação.
Como filme, no entanto, algumas coisas me incomodaram bastante: a direção/montagem é bastante fraca, e se utiliza de muitos clichês de terror -- e até alguns de diálogo bem pobres. Outro problema capital é o PÉSSIMO uso de CGI. Não chega a ser super excessivo, como em Mulher Maravilha, mas ainda assim dá na vista; acho que porque foi um filme _feito_ pra ser assistido em 3D -- e, novamente, esse negócio de fazer filmes PARA o 3D tá matando muito filme bom. Neste caso, felizmente, apenas resultou em algumas cenas realmente feias, mas nada que estragasse.
Pennywise também foi uma boa surpresa. Duvidei até o último momento do Skarsgard como o Palhaço Dançarino, mas acabou que ele acertou. (ELE acertou, veja bem; tem algumas coisas que o diretor resolveu fazer com ele que ficaram bem toscas também, até ridículas, pra dizer o mínimo.)
O terror, como era de se esperar, não é nada aterrorizante, e o filme fica mais um drama. Mas como eu já tava esperando isso, não chegou a ser decepcionante -- apenas me remói pensar que o filme poderia ter sido dirigido pelo Fukunaga, e aí sim, talvez tivéssemos a atmosfera certa.
algumas mudanças temáticas foram realizadas na história, mas que achei inofensivas e até boas, de certa forma. O incêndio no qual o pai do Mike estava ocorreu há mais ou menos 10 anos, no filme, enquanto no livro foi há 27 anos, o que parece um detalhe irrelevante, mas é importante na explicação da lore da história. É o tipo de coisa que pode fazer gente apontar pro filme no futuro e dizer que isso ou aquilo é um "furo de roteiro" (Águias n'O Senhor dos Anéis). Em vez de apanhar do pai, o filme dá a entender que Beverly é abusada, o que muda significativamente a personagem dela, mas também "atualiza", de certa forma; achei isso legal (embora o filme nunca mostre explicitamente, não deixa de ser grotesco). A cena do quadro com o Stanley foi PÉSSIMA, e toda aquela coisa da mulher também. E, finalmente, faltaram as moedas de prata.
Essas foram as coisas que julguei mais importantes.
Enfim, foi um bom filme, e uma ótima adaptação, até. Poderia ter sido bem melhor se o diretor se esforçasse um pouco mais (e evitasse usar tanto CGI tosco), mas é o tipo de coisa que não acho que dê pra esperar uma melhora no segundo filme.
Excelente filme biográfico, histórico e dramático. Do tipo que te faz querer ler um pouco depois sobre os eventos e personalidades retratadas e se impressionar com os incríveis acontecimentos reais. Uma história encantadora, que quase parece saída de outro mundo.
Uma tragédia shakespeariana no faroeste pernambucano. Técnica e tematicamente, é algo que o cinema nacional vem devendo há muito tempo, finalmente entregue com nível. No entanto, teria sido um filme bem melhor com menos narração e mais tempo para desenvolver, em tela, as coisas que o roteiro queria nos mostrar. Ainda assim, uma conquista marcante. Vale conferir.
Pseudointelectualismo nenhum será capaz de transformar esta fatigante experiência na reflexão dantesca que seus defensores tanto exaltam. Fatigante mesmo porque, apesar dr incomumente curto e do excelente design de produção e fotografia, o maior trunfo do filme é como mesmo assim consegue ser lerdo e desestimulante. O tipo de sadismo despropositado feito para o prazer daqueles mesmos que até hoje tentam explicar por que O Anticristo (de Lars Von Trier) é um filme visionário - sendo que, em ambos os casos, tudo o que o diretor tem a dizer é que não tem nada pra entender no filme.
[SPOILER (estou no celular, perdão, não tem a opção de esconder o texto):]
As dezenas de pretensas interpretações apresentadas geralmente propõem que Sam está sofrendo um tipo de purgatório - ideia essa que, admito, até me ocorreu durante o filme -, mas, fosse esse o caso, ele parece ainda mais injustiçado do que qualquer outra coisa, tendo em vista que todos os seus algozes parecem ter sido brainwashed por Eddy, que não apresenta a ninguém razão ou prova de que ele seja de fato o assassino: apenas diz que eles "devem odiá-lo".
Funny enough, o mesmíssimo tema é explorado de forma muito semelhante, embora mais crítica e coerente, em Black Mirror. ;)
Não é um mau filme. Seu problema é ser comparado ao original de 95, que é infinitamente mais complexo, mas menos divertido.
No entanto, este live-action tem um roteiro redondo e coerente, que se explica e se sustenta dentro da proposta sem que seja necessário recorrer ao material-fonte para compreender alguma coisa. Não é sem defeitos: a proposta cyberpunk do cenário é exagerada DEMAIS e foge muito ao crível; o filme introduz novos conceitos até 2/3 da reprodução, o que torna a narrativa somewhat inconstante; e o investimento emocional é menor do que o esperado (embora não seja irrelevante). Fora isso, ele parece querer contar duas histórias ao mesmo tempo: a do filme de 95, que fica em segundo plano, apagada e meio perdida; e uma nova, mais simples e cabível para um blockbuster de Hollywood, que, como eu já disse, acaba funcionando direito no fim das contas. Acho que esse é o mais próximo que um blockbuster "cabeça" há de chegar.
Gostei muito de como os personagens foram retratados. Inclusive Batou e a Major. Só senti um pouco de falta do Togusa.
Tematicamente, diverge demais do original, e por isso as homenagens e reconstruções de certas cenas não passam disso mesmo: reproduções, uma espécie de fanservice -- inclusive a sequência final. Mas também não deixam de ser bonitas de se ver. O que realmente me incomodou mais no filme foi a desnecessária poluição visual e, estranhamente, o segmento do motorista do caminhão de lixo, que é memorável no filme de 95.
No todo, é um bom filme. Divertido, bem produzido; o fato de ser mais simples, plotwise, do que que o inspirou, não o torna burro. Também não parece um rip-off dos filmes que o original inspirou, como vi gente comentar por aí (mas sei lá, talvez eu diga isso por já ser conhecedor do material-fonte). Vale assistir. Um bom sci-fi, um bom filme de ação e uma boa trama política. E tem o Takeshi Kitano.
A tensão, o suspense e os sustos são genuínos. Rebecca Hall mata num papel bem-escrito e bem-executado. O filme não tem muito mais a oferecer além disso, mas isso deve ser o suficiente. De forma alguma memorável, mas passa longe de ser lixo.
Divertido e eletrizante do início ao fim, a trilha sonora é o destaque absoluto deste filme. A música é constante, pulando de uma faixa para outra no máximo com poucos minutos de diferença; no entanto, o que foi um defeito dos piores em Esquadrão Suicida, em Baby Driver funciona de maneira orgânica devido à criatividade e ao modo como as músicas se incorporam à trama: a música _faz parte_ da trama, faz parte do Baby. É o modo dele de "enxergar" o mundo, e é também através disso que o filme nos é apresentado.
Isso por si só demonstra a extraordinária habilidade e criatividade de Edgar Wright, que nos presenteia com este roteiro 100% original (e sabemos como Hollywood anda carente disso). Seus inteligentes truques de edição, marca registrada dos empreendimentos anteriores, também estão de volta aqui, mas, novamente, o destaque é o que ele faz com os sons. Por uma vez na vida, a versão brasileira do título não poderia ser mais acertada.
Embora claramente não seja o melhor trabalho do diretor, este filme é uma adição brilhante ao ótimo conjunto de sua obra, e também um sopro de ar fresco, além de uma nova guinada na carreira de um dos melhores diretores-roteiristas da atualidade. :)
Um conceito ótimo, mas bem mal-executado. As interpretações são péssimas, chegando a cenas sofríveis pelo trio principal. O roteiro é forçado, mas poderia ter sido natural, o que é ainda mais lamentável. A seu favor, o filme até faz um bom esforço em trabalhar com seu baixo orçamento, a introdução é brilhante, a música é boa, e ele não faz grandes usos de jumpscare, preferindo construir uma tensão psicológica genuína que, tivesse sido melhor executada, poderia ter salvado o filme.
No geral, não é grande coisa; mas vale a pena conhecer e pode ser uma boa pedida pra ver com os amigos (afinal, filmes de terror bons mesmo estão em falta.)
Gostei muito do desfecho, que nos deixou na tensão de saber se a família do irmão do Elliot seria amaldiçoada também, tudo nas mãos da inocência da menininha.
Foi realmente muito bom. História e roteiro sólidos e convincentes. Performances excelentes, acima da média pra um filme de super-herói. O sotaque da Gal Gadot escapa de vez em quando, mas isso só torna sua personagem mais adorável. As cenas de combate são todo o esplendor que os trailers prometeram e fazem jus à ovação que o filme recebeu.
O que mais me incomodou no filme, do início ao fim, foi o excesso de CGI. Dá muito na vista, é por vezes bem desnecessário (tatu CG, água CG, sério?) e também feio (muitas vezes os saltos da Diana parecem antinaturais; esse foi o único downside das cenas de ação). Os slow motion são legais, mas às vezes excessivos e desnecessários também; foi só um erro de dose. Imagino que deva ter sido estupendo de se ver no cinema, no entanto. O som ajudou muito, e a música, os jogos de câmeras e o drama elevam a experiência. Outro ponto negativo que achei foram os vilões caricatos demais, no começo. General mauzão que mata seus próprios soldados em pleno serviço, cientista maligna com risadas malvadas. Mas isso fica mais na primeira metade do filme, e não distrai tanto. O vilão principal foi otimamente trabalhado e convincente.
Discordo da opinião que ouvi por aí que a Mulher Maravilha teria sido submissa ao Steve, ou que o "poder do amor" é uma tosqueira de última hora. O ato final foi brilhante e genuinamente emocionante (exceto pelo CGI que ficou plástico e anticlimático; BvS não teve esse problema, porque WW teve?). Toda a relação dela com Steve parece simbolizar a relação dela com a humanidade, que ela mal conheceu e logo aprende a considerar pacas. Ela precisa ter um arco para superar e divergir das expectativas de Ares, e isso é bem feito e bem entregue pelo roteiro. Também gostei muito dos personagens secundários.
A cena na Terra de Ninguém é o melhor momento do filme.
Quanto à questão "melhor filme de herói do ano", porém, fico seriamente em dúvida, ainda. O desenvolvimento de personagens do Homem-Aranha foi notavelmente melhor (exceto por aquela MJ, wtf), e o vilão foi um grande destaque. Ambos os filmes me empolgaram muito enquanto assisti e rendem boas discussões, mas nenhum dos dois (sinto) deixa aquela marca indelével de "masterpiece", como The Dark Knight, por exemplo, pra ficar dentro do território dos super-heróis. Então, na minha opinião, acho que é um tie.
Melhor do DCU, no entanto, este é indisputado. Espero que Liga da Justiça mantenha o nível.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraPerde o passo a uns 2/3 do filme, e acaba ficando meio bobo e sem direção no final. Mas o conceito é fantástico e inovador. A "coisa" é creepy enough. Vale o filme.
Megatubarão
2.8 841Surpreendentemente melhor que o esperado. Menos estúpido do que você esperaria de um blockbuster de ação com Jason Statham. O final é meio fraco, mas o resto vale o filme.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraExatamente o que você quer ver, com o plus de ter personagens sólidos e memoráveis. Algumas referências no começo ficaram forçadas, mas não deixa de ser divertido e empolgante.
Nas Trevas
3.0 47 Assista AgoraUm conto sombrio e poético, sobre como o abuso pode transformar as pessoas em monstros terríveis, e o amor pode resgatá-las. O fator sobrenatural mescla com uma espécie de realismo fantástico. O filme não deve ser lido inteiro de forma literal. Existe num espaço entre a narrativa e a poesia. Melancólico, bonito, extremamente bem produzido -- maquiagem e fotografia -- e emocionalmente engajador.
Não espere sustos ou terror psicológico. Isto é pós-terror, na linha de Raw e A Ghost Story.
Mais Propenso Para Morrer
1.8 92 Assista AgoraNão faz sentido classificar esse filme como ruim. É um filme que entrega exatamente o que propõe. Se você quer ver um bom filme slasher descompromissado, Most Likely to Die proporciona exatamente o que você procura.
Tempos Obscuros
3.3 266Atmosférico, denso e extremamente competente, entrega tudo o que promete. Uma nova fábula de amadurecimento, no entanto sombria, e com um twist pervertido. A afirmação de que seria "o Donnie Darko desta geração", porém, é improcedente; não por questão de qualidade, mas porque um título não tem nada a ver com o outro. Está mais para "o Stand By Me desta geração". Com requintes de crueldade.
Selo de qualidade "Poderia Ser Stephen King".
Desculpe Te Incomodar
3.8 275Melhor filme do ano até o momento, sem sombra de dúvida. Coisas demais para comentar aqui, mas não há nada que valha a pena falar antes que você veja o filme, e nada que precise ser dito depois.
EDIT: Não é mais o melhor filme do ano, uma vez que assisti BlacKkKlansman. Ainda um novo clássico e um must-see, no entanto.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraO melhor filme da Marvel, de MUITO longe. Acho que vale até a pena assistir alguns dos chatos e esquecíveis filmes anteriores só para assistir a este.
Yoru wa Mijikashi Arukeyo Otome
4.0 19Maravilhoso???
Do mesmo autor, Tomihiko Morimi, e do mesmo diretor, Masaaki Yuasa, da extraordinária série The Tatami Galaxy, este novo filme traz uma história que também se passa na Universidade de Kyoto, com a mesma loucura surrealista que marca o trabalho anterior, mas ainda mergulhando profundamente nos temas de relacionamento, comportamento e aceitação pessoal que aborda. Alguns personagens de Tatami fazem participação aqui, mas não é essencial para a compreensão do filme que se tenha assistido à série antes -- a não ser que você queira estar preparado para a insanidade psicodélica que vai encontrar na tela.
A animação é um primor excêntrico, com músicas que tremulam na linha entre o ridiculamente cômico e o emocionante. A história em si parece um encontro improvável entre Gabriel García Márquez e Cloud Atlas, mas com a marca registrada do trabalho visual de inconfundível de Yuasa. Yoru wa Mijikashi Aruke yo Otome é uma montanha-russa emocional imperdível.
Estive muito ansioso para assistir a este filme, e ele foi completamente diferente do que eu esperava. Completamente maravilhoso.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraPantera Negra foi um filme excelso.
Ficar elogiando os aspectos técnicos e de roteiro do filme seria chover no molhado, e sinceramente eu estou com preguiça de escrever uma resenha inteira, mas preciso chamar atenção pra esses "detalhes":
> TODAS as interpretações são de alto nível, o que vem se tornando de praxe na Marvel, já, que apesar do foco lúdico tem um veio dramático imanente nas histórias que sempre merece atenção.
> As cenas de combate são EXCELENTES. Provavelmente minhas favoritas em todos os filmes da franquia, porque sou muito fã de combate singular de espada, escudo e lança, e o filme os produziu com um misto de realismo e fantasia que fazem vibrar na tela. Minha única tristeza foi ter viso essas cenas em 480p porque estava sem óculos no cinema.
> O filme tem muito lore, coisas interessantes que provavelmente acionam o interruptor daqueles fãs de quadrinhos mais dedicados, mas que pra mim só me fizeram coçar o queixo e dizer "Dahora".
> A música é MARAVILHOSA. Numa franquia não famosa pelas suas trilhas sonoras, Pantera Negra se destaca, não só pelos maravilhosos ritmos e cantos tribais incorporados na trilha, como também pelas músicas modernas inseridas de forma inteligente e divertida, tudo colaborando muito para a elevação das cenas na tela. Momentos de frisson.
> O cenário único de Wakanda permite a criação de uma história também singular. Os roteiristas abusaram da criatividade no desenvolvimento dos cenários, armas, tribos e conflitos políticos internos e internacionais, dando ao filme ares de algo muito mais sofisticado do que um filme de super-herói regular, mesmo da Marvel.
> Não apenas um, mas DOIS vilões excelentes. Mas por mais que eu ame o Andy Serkis e tenha adorado sua participação, é necessário elogiar devidamente a surpresa incrível que foi o personagem do Killmonger, primo do T'Challa e vilão principal do filme. Talvez o melhor vilão da MCU -- and I don't say that lightly --, e um dos personagens mais relevantes da franquia.
> Um filme maravilhoso, divertido e relevante em vários aspectos.
Assisti duas vezes e, se tivesse a grana pra estar gastando, assistiria de novo com certeza. Se esta é a cara da próxima fase do MCU, eu posso estar me tornando um fã.
Se você está com dúvidas de ir checar, por favor, decida visitar o cinema agora.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista Agora>Uns 30min mais longo do que deveria.
>Monótono, no sentido estrito da palavra: as cenas de ação oferecem a mesma empolgação que os diálogos.
>Os diálogos na verdade não são muito bons; muita exposição.
>Trilha sonora não ajuda.
>Como sempre Flash incrivelmente nerfado. Caso contrário o filme teria terminado na cena do resgate.
>Ainda assim Flash melhor personagem estrela absoluta do filme.
>Cyborg é o personagem mais humano (trocadilho não intencional) e com melhor (talvez único) arco do filme. Ainda que raso.
>Na verdade tudo no filme é raso. Definitivamente gastaram muito tempo em diálogos e cenas supostamente reflexivas pra aparentar um peso e profundidade a uma história que na real é bem on rails.
>Tensão sexual entre Batman e Superman é PALPÁVEL
>Ouvi dizerem que tentaram forçar Batman e Mulher Maravilha, mas na real eu só vi Batman e Superman.
>Não culpo ninguém por shippar Batman e Superman nesse filme. Certamente é canon.
>Vilão não dá nem pro caldo.
>Adorei a gag do Aquaman com o Laço.
>Vale a pena por causa do Flash.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraLigeiramente anticlimático para o que eu esperava, mas ainda assim um excelente filme com uma storytelling original e muito boa. O fato é que não sou muito fã do gênero, então só consigo analisar de forma mais fria, mesmo.
Creep 2
3.1 261Nosso psicopata parece menos o Paulo Kogos do que no primeiro filme, mas continua tosco e insuportável. A ausência de verossimilhança nesses filmes é notável. Fica até difícil saber quem é mais retardado: o assassino ou as vítimas. Realmente, "É como se quisessem morrer."
A Forma da Água
3.9 2,7KÉ uma Sessão da Tarde. Mais longa do que de costume, com a paleta de cores disfarçadamente inspirada em "Amélie Poulain", um roteiro questionavelmente semelhante a "Splash: Uma Sereia em Minha Vida" e -- talvez o ponto alto do filme -- uma mensagem bem explorada sobre preconceito. Mas, no fim, nada de original. Extremamente previsível, caindo em (quase) todos os mesmos buracos em que Del Toro vem tropeçando desde a sua masterpiece, "O Labirinto do Fauno".
Hype gratuita e Globo de Ouro só pelo nome do diretor. Espero sinceramente que não vá pro Oscar.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraContra todas as minhas próprias expectativas, acabei gostando. Por dois motivos principais: o roteiro muito bem adaptado e os personagens excelentemente retratados. Exceto talvez pelo Mike, todas as crianças têm um bom desenvolvimento na tela que te faz se apegar a elas tanto quanto no livro, ao mesmo tempo em que seus traços de personalidade marcam, de modo que você vai se lembrar delas depois que sair da sessão. Todo o elenco mirim merece uma ovação.
Como filme, no entanto, algumas coisas me incomodaram bastante: a direção/montagem é bastante fraca, e se utiliza de muitos clichês de terror -- e até alguns de diálogo bem pobres. Outro problema capital é o PÉSSIMO uso de CGI. Não chega a ser super excessivo, como em Mulher Maravilha, mas ainda assim dá na vista; acho que porque foi um filme _feito_ pra ser assistido em 3D -- e, novamente, esse negócio de fazer filmes PARA o 3D tá matando muito filme bom. Neste caso, felizmente, apenas resultou em algumas cenas realmente feias, mas nada que estragasse.
Pennywise também foi uma boa surpresa. Duvidei até o último momento do Skarsgard como o Palhaço Dançarino, mas acabou que ele acertou. (ELE acertou, veja bem; tem algumas coisas que o diretor resolveu fazer com ele que ficaram bem toscas também, até ridículas, pra dizer o mínimo.)
O terror, como era de se esperar, não é nada aterrorizante, e o filme fica mais um drama. Mas como eu já tava esperando isso, não chegou a ser decepcionante -- apenas me remói pensar que o filme poderia ter sido dirigido pelo Fukunaga, e aí sim, talvez tivéssemos a atmosfera certa.
Plus:
algumas mudanças temáticas foram realizadas na história, mas que achei inofensivas e até boas, de certa forma. O incêndio no qual o pai do Mike estava ocorreu há mais ou menos 10 anos, no filme, enquanto no livro foi há 27 anos, o que parece um detalhe irrelevante, mas é importante na explicação da lore da história. É o tipo de coisa que pode fazer gente apontar pro filme no futuro e dizer que isso ou aquilo é um "furo de roteiro" (Águias n'O Senhor dos Anéis). Em vez de apanhar do pai, o filme dá a entender que Beverly é abusada, o que muda significativamente a personagem dela, mas também "atualiza", de certa forma; achei isso legal (embora o filme nunca mostre explicitamente, não deixa de ser grotesco). A cena do quadro com o Stanley foi PÉSSIMA, e toda aquela coisa da mulher também. E, finalmente, faltaram as moedas de prata.
Essas foram as coisas que julguei mais importantes.
Enfim, foi um bom filme, e uma ótima adaptação, até. Poderia ter sido bem melhor se o diretor se esforçasse um pouco mais (e evitasse usar tanto CGI tosco), mas é o tipo de coisa que não acho que dê pra esperar uma melhora no segundo filme.
Sete Anos no Tibet
3.8 397 Assista AgoraExcelente filme biográfico, histórico e dramático. Do tipo que te faz querer ler um pouco depois sobre os eventos e personalidades retratadas e se impressionar com os incríveis acontecimentos reais. Uma história encantadora, que quase parece saída de outro mundo.
O Matador
3.3 222 Assista AgoraUma tragédia shakespeariana no faroeste pernambucano. Técnica e tematicamente, é algo que o cinema nacional vem devendo há muito tempo, finalmente entregue com nível. No entanto, teria sido um filme bem melhor com menos narração e mais tempo para desenvolver, em tela, as coisas que o roteiro queria nos mostrar. Ainda assim, uma conquista marcante. Vale conferir.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraTalvez o melhor filme underrated de 2017. Uma obra de arte perene.
A Deusa da Vingança
2.8 179 Assista AgoraPseudointelectualismo nenhum será capaz de transformar esta fatigante experiência na reflexão dantesca que seus defensores tanto exaltam. Fatigante mesmo porque, apesar dr incomumente curto e do excelente design de produção e fotografia, o maior trunfo do filme é como mesmo assim consegue ser lerdo e desestimulante. O tipo de sadismo despropositado feito para o prazer daqueles mesmos que até hoje tentam explicar por que O Anticristo (de Lars Von Trier) é um filme visionário - sendo que, em ambos os casos, tudo o que o diretor tem a dizer é que não tem nada pra entender no filme.
[SPOILER (estou no celular, perdão, não tem a opção de esconder o texto):]
As dezenas de pretensas interpretações apresentadas geralmente propõem que Sam está sofrendo um tipo de purgatório - ideia essa que, admito, até me ocorreu durante o filme -, mas, fosse esse o caso, ele parece ainda mais injustiçado do que qualquer outra coisa, tendo em vista que todos os seus algozes parecem ter sido brainwashed por Eddy, que não apresenta a ninguém razão ou prova de que ele seja de fato o assassino: apenas diz que eles "devem odiá-lo".
Funny enough, o mesmíssimo tema é explorado de forma muito semelhante, embora mais crítica e coerente, em Black Mirror. ;)
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraNão é um mau filme. Seu problema é ser comparado ao original de 95, que é infinitamente mais complexo, mas menos divertido.
No entanto, este live-action tem um roteiro redondo e coerente, que se explica e se sustenta dentro da proposta sem que seja necessário recorrer ao material-fonte para compreender alguma coisa. Não é sem defeitos: a proposta cyberpunk do cenário é exagerada DEMAIS e foge muito ao crível; o filme introduz novos conceitos até 2/3 da reprodução, o que torna a narrativa somewhat inconstante; e o investimento emocional é menor do que o esperado (embora não seja irrelevante). Fora isso, ele parece querer contar duas histórias ao mesmo tempo: a do filme de 95, que fica em segundo plano, apagada e meio perdida; e uma nova, mais simples e cabível para um blockbuster de Hollywood, que, como eu já disse, acaba funcionando direito no fim das contas. Acho que esse é o mais próximo que um blockbuster "cabeça" há de chegar.
Gostei muito de como os personagens foram retratados. Inclusive Batou e a Major. Só senti um pouco de falta do Togusa.
Tematicamente, diverge demais do original, e por isso as homenagens e reconstruções de certas cenas não passam disso mesmo: reproduções, uma espécie de fanservice -- inclusive a sequência final. Mas também não deixam de ser bonitas de se ver. O que realmente me incomodou mais no filme foi a desnecessária poluição visual e, estranhamente, o segmento do motorista do caminhão de lixo, que é memorável no filme de 95.
No todo, é um bom filme. Divertido, bem produzido; o fato de ser mais simples, plotwise, do que que o inspirou, não o torna burro. Também não parece um rip-off dos filmes que o original inspirou, como vi gente comentar por aí (mas sei lá, talvez eu diga isso por já ser conhecedor do material-fonte). Vale assistir. Um bom sci-fi, um bom filme de ação e uma boa trama política. E tem o Takeshi Kitano.
O Presente
3.4 832 Assista AgoraA tensão, o suspense e os sustos são genuínos. Rebecca Hall mata num papel bem-escrito e bem-executado. O filme não tem muito mais a oferecer além disso, mas isso deve ser o suficiente. De forma alguma memorável, mas passa longe de ser lixo.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraDivertido e eletrizante do início ao fim, a trilha sonora é o destaque absoluto deste filme. A música é constante, pulando de uma faixa para outra no máximo com poucos minutos de diferença; no entanto, o que foi um defeito dos piores em Esquadrão Suicida, em Baby Driver funciona de maneira orgânica devido à criatividade e ao modo como as músicas se incorporam à trama: a música _faz parte_ da trama, faz parte do Baby. É o modo dele de "enxergar" o mundo, e é também através disso que o filme nos é apresentado.
Isso por si só demonstra a extraordinária habilidade e criatividade de Edgar Wright, que nos presenteia com este roteiro 100% original (e sabemos como Hollywood anda carente disso). Seus inteligentes truques de edição, marca registrada dos empreendimentos anteriores, também estão de volta aqui, mas, novamente, o destaque é o que ele faz com os sons. Por uma vez na vida, a versão brasileira do título não poderia ser mais acertada.
Embora claramente não seja o melhor trabalho do diretor, este filme é uma adição brilhante ao ótimo conjunto de sua obra, e também um sopro de ar fresco, além de uma nova guinada na carreira de um dos melhores diretores-roteiristas da atualidade. :)
Nunca Diga Seu Nome
2.2 468 Assista AgoraUm conceito ótimo, mas bem mal-executado. As interpretações são péssimas, chegando a cenas sofríveis pelo trio principal. O roteiro é forçado, mas poderia ter sido natural, o que é ainda mais lamentável. A seu favor, o filme até faz um bom esforço em trabalhar com seu baixo orçamento, a introdução é brilhante, a música é boa, e ele não faz grandes usos de jumpscare, preferindo construir uma tensão psicológica genuína que, tivesse sido melhor executada, poderia ter salvado o filme.
No geral, não é grande coisa; mas vale a pena conhecer e pode ser uma boa pedida pra ver com os amigos (afinal, filmes de terror bons mesmo estão em falta.)
Comentário especial:
Gostei muito do desfecho, que nos deixou na tensão de saber se a família do irmão do Elliot seria amaldiçoada também, tudo nas mãos da inocência da menininha.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraFoi realmente muito bom. História e roteiro sólidos e convincentes. Performances excelentes, acima da média pra um filme de super-herói. O sotaque da Gal Gadot escapa de vez em quando, mas isso só torna sua personagem mais adorável. As cenas de combate são todo o esplendor que os trailers prometeram e fazem jus à ovação que o filme recebeu.
O que mais me incomodou no filme, do início ao fim, foi o excesso de CGI. Dá muito na vista, é por vezes bem desnecessário (tatu CG, água CG, sério?) e também feio (muitas vezes os saltos da Diana parecem antinaturais; esse foi o único downside das cenas de ação). Os slow motion são legais, mas às vezes excessivos e desnecessários também; foi só um erro de dose. Imagino que deva ter sido estupendo de se ver no cinema, no entanto. O som ajudou muito, e a música, os jogos de câmeras e o drama elevam a experiência.
Outro ponto negativo que achei foram os vilões caricatos demais, no começo. General mauzão que mata seus próprios soldados em pleno serviço, cientista maligna com risadas malvadas. Mas isso fica mais na primeira metade do filme, e não distrai tanto. O vilão principal foi otimamente trabalhado e convincente.
Discordo da opinião que ouvi por aí que a Mulher Maravilha teria sido submissa ao Steve, ou que o "poder do amor" é uma tosqueira de última hora. O ato final foi brilhante e genuinamente emocionante (exceto pelo CGI que ficou plástico e anticlimático; BvS não teve esse problema, porque WW teve?). Toda a relação dela com Steve parece simbolizar a relação dela com a humanidade, que ela mal conheceu e logo aprende a considerar pacas. Ela precisa ter um arco para superar e divergir das expectativas de Ares, e isso é bem feito e bem entregue pelo roteiro. Também gostei muito dos personagens secundários.
A cena na Terra de Ninguém é o melhor momento do filme.
Quanto à questão "melhor filme de herói do ano", porém, fico seriamente em dúvida, ainda. O desenvolvimento de personagens do Homem-Aranha foi notavelmente melhor (exceto por aquela MJ, wtf), e o vilão foi um grande destaque. Ambos os filmes me empolgaram muito enquanto assisti e rendem boas discussões, mas nenhum dos dois (sinto) deixa aquela marca indelével de "masterpiece", como The Dark Knight, por exemplo, pra ficar dentro do território dos super-heróis. Então, na minha opinião, acho que é um tie.
Melhor do DCU, no entanto, este é indisputado. Espero que Liga da Justiça mantenha o nível.